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Fátima, Catalão- Go.

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Academic year: 2022

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TECNOLOGIA ASSISTIVA E LETRAMENTO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS

Wanessa Ferreira BORGES1 Patrícia Maria Machado SILVA2 Dulcéria TARTUCI3 PPGEDUC da Universidade Federal de Goiás - Câmpus Catalão

Agência de fomento: Capes e Fapeg

INTRODUÇÃO

A Inclusão dos alunos com deficiência na escola regular vem sendo amplamente discutida e pesquisada, principalmente após a Declaração de Salamanca sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais” (UNESCO, 1994), que garantiu o direito de todos à educação.

Neste processo de inclusão educacional é necessário considerar as características pessoais, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem próprias, além do acesso às escolas comuns cuja pedagogia deve ser centrada na criança com deficiência. Deste modo a escola deve assumir a responsabilidade pela participação plena e oferecer condições para que o aluno possa vivenciar os processos de ensino e aprendizagem.

A fim de conseguir efetivar o ingresso e permanência com qualidade dos alunos com deficiência vários estudos vêm apontando para a necessidade dos profissionais apoiarem o planejamento, o ensino e a avaliação na implementação da Tecnologia Assistiva (TA) na escola. (COPLEY; ZIVIANI, 2004; BERSH. 2006; ROCHA 2010). Os profissionais que atuam na escola devem identificar as necessidades especificas do aluno com deficiência, considerando suas habilidades físicas, cognitivas, sensoriais e comunicativas; de modo que o planejamento do professor consiga eliminar as barreiras de acesso ao conhecimento destes sujeitos, sendo a TA uma estratégia potencial para atingir tal objetivo. (PELOSI, 2009;

ROCHA 2010; ROCHA DELIBERATO, 2009a, 2009b,)

A TA se constitui como todo arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar as habilidades funcionais de pessoas com deficiência de modo a lhes garantir independência e inclusão. TA é denominada como:

a área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência,

1Mestranda em Educação. Endereço: Rua 538, nº 111, Santa Cruz, Catalão- Go, 75.706-640 E-mail:

wanessafborges@gmail.com

2Mestranda em Educação. Endereço: Travessa da Rua Posse nº 40 Bairro Nossa Senhora de Fátima, Catalão- Go .E-mail: patriciamariamachadosilva@gmail.com

3Doutora em Educação e Pós-Doutoramento em Educação Especial. Endereço: Av. Lamartine Pinto de Avelar.

Bloco H. Catalão-Go, 75.700-000. E-mail: dutartuci@brturbo.com.br

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qualidade de vida e inclusão social (GASPARETTO, 2009 apud FERRONI &

GASPARETTO, 2012, p. 302).

Neste sentido a TA deve ser entendida como todo auxilio que promove a ampliação de uma habilidade deficitária ou que possibilite a realização de determinada função desejada e que se encontra impedida devido a deficiência ou ao envelhecimento, proporcionando a estas pessoas mais autonomia nas atividades de vida diária, na mobilidade, no trabalho e na aprendizagem.

Em relação a TA aplicada aos processos de ensino e aprendizagem, vários autores afirmam que, elas tem se revelado como um importante instrumento para proporcionar o auxilio, aprimoramento e ampliação das habilidades dos alunos com deficiência a fim de que eles possam superar as limitações de acesso ao conhecimento (MANZINI, 2005; MANZINI;

DELIBERATO, 2007; BRASIL, 2006; PELOSI, 2009). Além dos apontamentos encontrados na literatura, as políticas públicas por meio dos decretos 3.298, de 20 de dezembro de 1999 e o 6.949 de 25 de agosto 2009 e a política atual de educação especial preconizam e incentivam a utilização da TA na escola.

Neste sentido ao considerar que os processos de leitura e escrita se constituem como primordiais no ensino básico, e que a utilização da TA dos alunos com deficiência podem contribuir para que esses alunos superem suas limitações, sejam elas físicas, sensoriais ou cognitivas, para alcançar o processo de aquisição do letramento, o presente trabalho tem por objetivo analisar o banco de dados do Scielo, quanto as publicações relativas ao uso da TA como ferramenta para a promoção do letramento dos alunos com deficiência.

1. MÉTODO

Este trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, a partir da realização de um levantamento das publicações disponíveis no banco de dados do Scielo (Scientific Electronic Library Online). O Scielo se caracteriza como uma biblioteca virtual onde são disponibilizados periódicos em formato digital, tal projeto é desenvolvido FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo), em parceria com a Bireme (Centro Latino- Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde).

A coleta de dados foi realizada com as seguintes palavras-chaves: Tecnologia Assistiva, letramento, acessibilidade, recursos, leitura e deficiência. Foram encontrados catorze publicações que abordavam a TA, porém, foram selecionados seis artigos para analise, pois somente estes relacionavam o uso da TA como ferramenta no auxilio das práticas de leitura e escrita para alunos com deficiência.

Quanto aos artigos selecionados, ao utilizar o descritor TA, foram encontrados quatro artigos, ao empregar as palavras chaves acessibilidade e letramento em uma busca combinada foi encontrado um artigo, e ao usar leitura, recursos e deficiência também de maneira combinada encontrou-se um artigo, todas as pesquisas foram realizadas com abrangência de busca em todos os índices (titulo, autor e assunto). Das catorze publicações, oito delas não estabeleciam relação entre o uso da TA e o letramento, tratando destes temas de maneira independente, e por isso não foram comtempladas neste estudo. Deste modo esta pesquisa envolve a análise de seis publicações.

Sobre a pesquisa qualitativa Minayo (2007) afirma:

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A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se ocupa, nas Ciências Sociais, com um nível da realidade que não pode ou não deveria ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores, das atitudes. Esse conjunto de fenômenos humanos é entendido aqui como parte da realidade social, pois o ser humano se distingue não só por agir, mas por pensar sobre o que faz e por interpretar suas ações dentro, e a partir da realidade vivida e partilhada com seus semelhantes. (MINAYO, 2007, p. 21)

A pesquisa qualitativa procura entender, interpretar fenômenos sociais inseridos em um contexto, pois a realidade não está posta, ela precisa ser interpretada.

A fim de organizar e sistematizar os dados coletados foi utilizada uma tabela com as seguintes informações: tema, área de conhecimento, periódico de publicação, ano da pesquisa e de publicação, palavra-chave, problema, objetivo, natureza da pesquisa e método, população estudada, referencial teórico, resultados e discussão e conclusão.

A coleta de dados foi realizada no mês de maio de 2013. Após a coleta de dados foi feita uma leitura sistemática dos textos e então, as publicações foram organizados em tabelas para realização da análise. Para analisar os dados utilizamos algumas categorias comuns entre os artigos analisados. A análise que caracterizou este estudo foi do tipo descritiva, interpretativa e qualitativa.

2. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os primeiros resultados que podemos destacar dentre os seis artigos que relacionavam a TA na promoção do letramento, é que cinco deles (83 %) concentravam na área do conhecimento da saúde e apenas um deles (17%) na área da educação, e 50% do total de seis aborda os recursos de TA para pessoas com baixa visão.

Nossa primeira observação a partir do levantamento dos dados foi a constatação da hegemonia da área da saúde na produção sobre o letramento e TA, já que cinco dos seis artigos pesquisados foram realizados por pesquisadores de cursos da área da saúde e apenas um na área da educação. Este fato mostra que a área da saúde tem se mostrado mais vinculada aos processos de reabilitação de pessoas com deficiência, abrangendo até mesmo as necessidades referentes a atividades educacionais.

Desses seis artigos analisados; 3 artigos (50% deles) discutiam sobre o uso de TA na promoção da inclusão escolar e do letramento para alunos de baixa visão, 2 artigos (33%) tratavam sobre o uso da TA no desenvolvimento das crianças com paralisia cerebral e apenas um deles (17%) abordou o uso de TA para alunos com as diferentes deficiências.

Para facilitar a compreensão dos artigos analisados, organizamos e numeramos todos eles como representado no quadro (Quadro 1) abaixo. A organização dos artigos forma realizadas de forma aleátoria.

Quadro1- Artigos selecionados para analise enumerados, com as seguinte informações: ordem, titulo, autores, ano de publicação e área de conhecimento.

Ordem dos Artigos

Titulo Autores Ano de

Publicação

Área de Conhecimento Artigo 1 Percepção de alunos com paralisia Ana Cristina de Jesus 2011 Saúde

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cerebral sobre o uso de recursos de tecnologia assistiva na escola regular.

ALVES

Thelma Simões

MATSUKURA Artigo 2 Tecnologia assistiva para a criança

com paralisia cerebral na escola:

identificação das necessidades

Aila Narene Dahwache Criado ROCHA

Débora DELIBERATO

2012 Saúde

Artigo 3 Utilização de recursos ópticos e equipamentos por escolares com deficiência visual

Rita de Cássia Ietto MONTILHA

Edméa Rita

TEMPORINI

Maria Inês Rubo de Souza NOBRE

Maria Elisabete Rodrigues Freire GASPARETTO

Newton KARA-JOSÉ

2007 Saúde

Artigo 4 Eduquito: ferramentas de autoria e de colaboração acessíveis na perspectiva da web 2,0.

Lucila Maria Costi SANTAROSA

Débora CONFORTO;

Lourenço de Oliveira BASSO.

2012 Educação

Artigo 5 A atenção fonoaudiólogica e a linguagem escrita de pessoas com baixa visão: estudo exploratório

Mayla Myrina Bianchim MONTEIRO

Rita de Cássia Ietto MONTILHA

Maria Elisabete Rodrigues Freire GASPARETTO

2012 Saúde

Artigo 6 Escolares com baixa visão:

percepção sobre as dificuldades visuais, opinião sobre as relações com a comunidade escolar e o uso de recursos de tecnologia assistiva nas atividades cotidianas

Marília FERRONI Maria Elisabete GASPARETTO

2013 Saúde

Fonte: MONTEIRO, MONTILHA e GASPARETTO 2011; ROCHA E DELIBERATO 2012;

ALVES e MATZAKURA 2011; FERRONI e GASPARETTO 2013; MONTILHA, TEMPORINI, NOBRE, GASPARETTO, KARA-JOSÉ, 2007; SANTAROSA, CONFORTO e BASSO, 2012.

Os resultados das análises estão sistematizados nas seguintes categorias: TA e letramento:

acesso e uso; cultura colaborativa: ensino colaborativo e a mediação entre os pares.

3. 1. Tecnologia assistiva e letramento: acesso e uso

Todos artigos analisados apresentam a discussão sobre o uso de algum tipo de TA como forma de inclusão do sujeito, seja no momento de escolarização, nas práticas de letramento extra escolar ou como inclusão social. O que vai variar é a frequência do uso, os tipos de TA e a finalidade do uso.

No artigo 1 (ALVES; MATSUKURA, 2011), dos 05 alunos com paralisia cerebral entrevistados, quatro alunos relataram que o recurso de TA auxilia a fazer a lição, a escrever, a rabiscar, a fazer a tarefa sozinho, estar na escola e aprender. Uma criança referiu que não

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auxilia porque é difícil de usar. Em relação ao ambiente em que estes alunos tiveram contato e aprenderam a fazer uso de tais recursos, dois aprenderam a utilizar em casa, um com a professora, um sozinho na escola e o último só na escola. Esses alunos tem acesso a diversas formas de TA, como pranchas de comunicação, auxílios óticos, não óticos, etc.

Browning (2002) destacou que a participação da criança em atividades de leitura e escrita desenvolve o pensamento e o aprendizado de forma geral. Afirma ainda que para que isso ocorra com o aluno com dificuldade motora e deficiência física é necessário que ele participe de um ambiente que ofereça variabilidade no acesso aos materiais pedagógicos. Dessa forma, serão oferecidas maiores oportunidades de participação ativa, ampliando as possibilidades de execução de tarefas com autonomia.

Alguns alunos se referiram a necessidade de outros recursos de TA além dos ali disponibilizados, apontando para os que auxiliam à escrita e ao uso do computador ou a máquina copiadora dentro da sala de aula.

No artigo 1 os relatos podem indicar demandas importantes que devem ser consideradas na situação da escolarização desses alunos, como por exemplo, que os recursos devem estar disponíveis dentro de sala de aula para que o aluno possa fazer uso de acordo com suas necessidades, para responder e acompanhar às diferentes dinâmicas e atividades que ocorrem durante as aulas.

O artigo 2 (ROCHA; DELIBERATO, 2012) é o relato de uma pesquisa realizada através das observações feitas às professoras de dois alunos com paralisia cerebral (um deles com baixa visão) que revelam que a TA como forma de facilitar a aprendizagem e de garantir a participação nas atividades propostas pelas professoras não tem sido utilizadas pelas professoras. Algumas formas de TA apresentadas em uma das escolas como forma de adaptações no mobiliário, na outra escola não há nenhum tipo de adaptação apenas um andador que o aluno traz de fora. Apesar das duas escolas terem TA; o seu uso não tem sido proposto pelos docentes.

O artigo 2 aponta foi observado que embora os recursos estivessem presentes nas sala de aula, nas atividades realizadas em sala de aula, ambos os alunos com deficiência não tinham como ter acesso ao seu uso e consequentemente tinham a sua participação na tarefa limitada.

O artigo 3 (MONTILHA et all, 2007), apresenta a concepção de 26 alunos com deficiência visual sobre o uso dos recursos ópticos e equipamentos para ampliação das habilidades funcionais sensoriais nas práticas de leitura e escrita. Da população abordada 46,2 apresentavam baixa visão e 53,8 cegueira. Chama atenção neste estudo a porcentagem de alunos que fazem uso da maquina Braille 94,1%, sendo este dado representativo em relação a inadequação do equipamento de TA usado para ampliação da escrita, uma vez que este universo não correspondia aos alunos cegos. O recurso óptico mais relatado pelos alunos foi o óculos 91,7% e a lupa 33,3%. Estes dados demonstram o desconhecimento e a não utilização por estes alunos dos recursos específicos para as suas necessidades educacionais especiais, já que alunos com baixa visão faziam uso do Sistema Braille e a maioria não eram usuários de recursos ópticos específicos, como a lupa para as práticas de leitura e escrita.

Entre os recursos não ópticos destacaram-se os ambientais, aproximação da lousa 75,0% e da janela 66,7%%, para maior iluminação.

Segundo Carvalho et al (2005) os recursos de TA para alunos com baixa visão dividem-se em recursos ópticos, não ópticos, eletrônicos e de informática. Dentre os recursos ópticos podem

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ser destacadas os óculos comuns, óculos especiais de grande aumento, as lentes de contato, as lupas manuais, fixas, de apoio e os telescópios. Quanto aos recursos não ópticos, incluem-se a aproximação, iluminação, ampliação, contraste, tiposcópios, plano inclinado, ledor, escriba entre outros. Os recursos eletrônicos exemplificam-se como lupas eletrônicas, e os de informática como leitores de telas e ampliação tipo zoom.

Neste sentido, observa-se no artigo 3 que os alunos pesquisados não tinham conhecimento sobre os recursos ópticos e equipamentos que poderiam auxiliá-los na promoção de práticas de leitura e escrita, sendo necessária intervenção de um profissional capacitado para fazer à inserção dos recursos de TA específicos as necessidades de cada um.

Em relação ao artigo 4 (SANTAROSA; CONFORTO; BASSO, 2012) foi descrito o desenvolvimento e discutida a funcionalidade de um ambiente digital/virtual de aprendizagem, em parâmetros acessíveis, chamado Eduquito. A fim de criar novos espaços de letramento nesta plataforma foram inseridos dois recursos: Oficina Multimídia e o Bloguito apresentados no trabalho. Neste espaço eram disponibilizadas inúmeras ferramentas de TA aos alunos/usuários que permitiam acessibilidade a espaços virtuais de letramento como, por exemplo, apresentação da lista de atalhos disponíveis via teclado; a possibilidade de aumento ou redução do tamanho da fonte (letra) apresentada na interface; texto de ajuda sensível ao contexto em que o sujeito se encontra dentro da ferramenta selecionada; vídeo em LIBRAS com o conteúdo representado no texto de ajuda; bem como o áudio que reproduz este texto.

Nesta perspectiva, no artigo 4 é ressaltado que a tecnologia de informação e comunicação vem se apresentando como um potencial instrumento na inclusão social e superação dos limites de acesso ao conhecimento das pessoas com deficiência, pois neles são disponibilizados diversas ferramentas de acessibilidade.

No artigo 5 (MONTEIRO; MONTILHA; GASPARETTO, 2012), as autoras relatam os resultados de uma pesquisa obtidos através de entrevista com oito sujeitos de idade média de 47 anos e com baixa visão e com predominância do sexo masculino. Esses sujeitos relataram que depois que ocorreu a significativa perda visual, as atividades de leitura e escrita diminuíram bastante. Os participantes afirmam que, a partir do uso da TA, passaram a ter uma melhor qualidade de vida e puderam fazer leituras, escrever, ver televisão, etc. Entretanto, relataram que não utilizavam mais a leitura e a escrita com a mesma frequência que utilizavam antes da perda visual alegando dificuldades e cansaço visual. Nesse sentido, as autoras enfatizam que:

A utilização de auxílios ópticos abrange mais do que a melhora da função visual.

Abrange também o lado emocional do sujeito, tão importante para sua participação efetiva durante o processo de reabilitação, proporcionando melhora na qualidade de vida e inclusão social. (MONTEIRO; MONTILHA; GASPARETO, 2012 p. 130 )

De acordo com o artigo 5, o uso da TA ajuda na reabilitação do sujeito com baixa visão e devolve a eles a auto estima e motivação para usufruí-la com qualidade de vida e frequência.

A redução do uso da leitura e da escrita por sujeitos com baixa visão, justifica a necessidade de maior ênfase neste trabalho visando a autonomia nos processos de leitura e a escrita.

No artigo 6 (FERRONI; GASPARETTO, 2013) é relatado uma pesquisa em que foi realizada entrevista com 19 alunos com baixa visão e com idade entre 12 e 17 anos. Os 68% dos estudantes afirmaram utilizar recursos ópticos como: lupa de apoio, óculos para perto e para

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longe, telescópio para longe e não ópticos como ampliação de textos e provas e, em relação ao uso dos recursos de informática, a maioria, 76,7% afirmaram fazer uso de softwares específicos para pessoas com deficiência visual como: Dosvox, Virtual Vision e Jaws e os recursos do próprio Windows.

Sobre estes recursos de informática, Mortimer (2010) afirma que desde a criação do Sistema Braille em 1825, provavelmente nenhum avanço tecnológico superou o impacto do recurso da informática na qualidade de vida das pessoas com deficiência visual.

A maioria dos estudantes, da pesquisa apresentada no artigo 6, relataram ter dificuldades na mobilidade e orientação, dificuldades visuais no lazer, na residência, na escola. Reconhece-se que essas dificuldades citadas dificultam a inclusão escolar e poderiam ser minimizadas por meio do uso de recursos de TA que devem se constituir em elementos prioritários para que os eles tenham acesso ao currículo, portanto para a escolarização dos mesmos.

Na pesquisa, apresentada no artigo em discussão, destacou-se o uso dos recursos da informática, observou-se que a maioria declarou utilizá-la. A informática é um recurso importantíssimo a ser explorado pelos alunos com deficiência visual, pois é mais um recurso a auxiliar no desenvolvimento das atividades escolar, podendo proporcionar melhor desempenho visual na leitura de livros e dicionários que estejam disponíveis na internet.

Diante da análise dos seis artigos pode-se inferir que a TA quando oferecida as pessoas com deficiência apresenta-se como ferramenta potencial para a inclusão, principalmente em relação as praticas de leitura e escrita. Apesar de tal potencialidade os trabalhos analisados trouxeram para a discussão a falta de conhecimento dos professores como mediadores de tais recursos de TA. Outro fator que vale destacar é a presença do computador, uma tecnologia de informação e comunicação que quando disponibilizadas as pessoas com deficiência apresenta- se como um importante recurso de TA.

3.2 Cultura Colaborativa: ensino colaborativo e a mediação entre os pares.

Na pesquisa relatada no artigo 1, três alunos entrevistado referiram que os professores os compreende e dois relataram que eles compreendem parcialmente e que quando isso ocorre, procuram ajuda dos colegas para auxiliar e mediar o processo de comunicação e compreensão entre eles e a professoras, conforme é destacado nos recortes das entrevistas:

Tem coisa que ela (professora) entende e outra que não. Quando ela não entende eu chamo minha amiga. (C1)

Entende um pouco, quando a professora não entende eu falo para os meus amigos.

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Sim. (C5) (ALVES E MATZUKURA 2012, p. 297)

Nesse sentido, no artigo 1, é enfatizado a importância da cultura colaborativa:

Nesse estudo, pode-se notar que as crianças com dificuldade de comunicação quando não compreendidas buscaram o auxílio dos colegas falantes da sala para auxiliarem na comunicação com seu professor, mostrando terem iniciativas comunicativas e perseverarem nas mesmas. A participação dos pares como colaboradores pareceu ser favorável ao contexto da comunicação em sala de aula, devendo-se considerar a importância de se levar os preceitos de uma cultura colaborativa ao cotidiano escolar. (ALVES E MATSUKURA 2011, p. 298)

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Nos artigos, 2, 3, 4, 5 e 6, também foram enfatizados, a importância de ações colaborativas, de uma cultura colaborativa entre alunos, professores e demais funcionários da escola.

Em relação à conduta de um dos alunos com paralisia cerebral (o com baixa visão?????) entrevistado na pesquisa apresentada no artigo 2, a professora relatou que durante a entrevista ele apresentava dificuldades em interagir com as crianças de sua sala. No período de observação foi possível identificar que durante as atividades o aluno direcionava sua comunicação e expressões apenas para a professora e auxiliar. Este fato pode ter acontecido, pois as crianças que frequentavam a sala do aluno apresentavam além de deficiências motoras graves, distúrbios severos de comunicação o que dificultava a interação comunicativa entre elas.

O texto 3, analisou um importante fator em relação ao ensino colaborativo dos alunos com baixa visão, esse quesito diz respeito a presença das salas de recursos. A pesquisa foi realizada em 2000, portanto ainda não tinha sido implantado o programa de sala de recursos multifuncionais. A maioria dos entrevistados estuda em escola que tem sala de recursos (73,1%), e apesar disto estes não tinham conhecimento especifico em relação aos recursos de TA especificos para alunos com baixa visão, fazendo uso muitas vezes de recursos para alunos cegos ou na maioria das vezes apenas de óculos comum. Essa condição sugere a ausência de um ensino colaborativo entre as professoras, de sala de aula comum e de salas de recursos, em relação ao uso dos recursos ópticos, não ópticos e equipamentos. Em contraposição, um dado interessante é o uso de serviços de TA, como o auxilio do colega ao ditar a matéria ao aluno com deficiência visual, já que 81,8% dos entrevistados relataram receber este auxilio do colega, caracterizando assim uma ação colaborativa.

Segundo Souza e Batista (2008) a interação é um importante elemento da vida social do aluno, uma vez que propicia um contexto ao desenvolvimento social do sujeito, e ao se tratar de alunos público alvo da educação especial a relação com os pares adquire importância impar, uma vez que as limitações desses alunos podem ser minimizadas pelo auxilio de outras pessoas.

Esta mesma relação colaborativa foi observada na pesquisa, relatada no artigo 6, em que foram entrevistados dezenove estudantes com baixa visão a fim de analisar suas percepções no ambiente escolar, destes 68,4% relataram possuir boa relação colaborativa com os colegas de classe, pois os mesmos quando necessário ditavam a matéria. Entretanto um dado significativo se refere a relação deste alunos com baixa visão com a comunidade escolar, principalmente no que tange a direção já que a maioria, 52,6% dos entrevistados declararam não ter relação com os gestores. Este dado torna-se preocupante uma vez que, o diretor escolar é alma do projeto educacional, e se este não vem nem interagindo com os alunos público alvo da educação especial, pode dificultar a política de inclusão escolar.

Ao apresentar as duas novas ferramentas do Eduquito através da “Oficina Multimidia” e do

“Bloguito”, o estudo relato no artigo 4, demonstrou a evidente importância e significado do ensino colaborativo na promoção do letramento nestes espaços.

A “Oficina Multimídia:” compreende um espaço virtual que permite a livre distribuição dos elementos dentro do espaço de produção. Essa flexibilidade impulsionará e qualificará o processo a construção da escrita de pessoas com deficiências, na medida em que oportuniza diferentes formas simbólicas de construção e comunicação, por meio de textos, imagens, vídeos ou áudios. Estes espaços permitiam a produção de textos de forma individual ou

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colaborativa, dando ênfase deste modo a potencialidade dos usuários e não transformado suas limitações em barreiras ao acesso ao letramento.

Já o “Bloguito” configura-se como um espaço de letramento digital, que oferece um conjunto de ferramentas de comunicação e interação para a diversidade humana. Ao acessar a ferramenta Bloguito, o sistema permite que o usuário explore um espaço de autoria individual, Meu Bloguito, e outro para a produção de conteúdo de forma coletiva e colaborativa, Bloguito dos Projetos. Neste espaço são disponibilizadas as produções de textos realizadas na “oficina Multimídia” permitindo interação, principalmente na forma de comentários com outros usuários. Por meio desta interação um usuário elogia e sugere outras produções constituindo deste modo uma prática colaborativa entre os usuários deste espaço virtual.

Conforme as autoras do referido artigo a colaboração e a cooperação também são conceitos que marcam a modelagem de cada uma das novas ferramentas, pois a possibilidade de realizar trabalhos de forma coletiva gera oportunidades de reflexões conjuntas entre os participantes, permitindo a interação entre sujeitos com pontos de vista divergentes. A mediação entre pares é central no processo de desenvolvimento humano, um aspecto ainda mais relevante quando os pares são sujeitos com deficiências.

Segundo Damiani (2008) o termo colaboração apresenta prefixo co que significa ação conjunta, adicionado ao verbo colaborar que deriva de laborare que significa trabalhar, produzir, desenvolver atividade tendo em vista determinado fim, deste modo colaboração pode ser definido como um trabalho conjunto em que os membros de um grupo se apoiam a fim de atingir determinado objetivo.

Nesta perspectiva percebemos que os artigos analisados ao abordarem o ensino colaborativo e as ações colaborativas entre os alunos, atribuem ora a essa cultura colaborativa a função de TA, quando alunos prestam serviços de TA aos alunos com baixa visão, como ditar o conteúdo do quadro, ora assumindo a função de mediadores do uso da TA, como no caso dos alunos com paralisia cerebral que auxiliam os colegas na compreensão da utilização de tais recursos ou mesmo quando a comunicação e compreensão entre alunos com deficiências e professora e mediado pelos os outros alunos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao realizar a análise no banco de dados do Scielo em relação a publicação sobre que envolvam a relação TA, leitura e escrita e letramento, nota-se que, foi encontrada uma pequena quantidade de artigos na área, o que aponta a necessidade de ampliação de estudos que abordem essa temática. Além disso, outro fator preponderante diz respeito que a maioria das publicações selecionadas 50% eram para alunos com deficiência visual, sendo 33,3% para alunos com paralisia cerebral e apenas um artigo (16,7%) que abrangia estudos relacionados as pessoas com outras deficiências, sendo preciso deste modo fomentar pesquisas quanto ao uso de TA na promoção do letramento de pessoas com deficiência auditiva, física e intelectual.

Outro elemento que cabe ser salientado é a ausência de pesquisas ou publicações que tematizem o letramento dos alunos com deficiências e o auxilio de TA na área da educação e

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por educadores já que, além do número restrito, a maioria das pesquisas concentram-se na área da saúde.

Em relação às categorias elencadas neste estudo, é possível inferir que a TA constitui-se como importante conhecimento para a superação de habilidades deficitárias, e deste modo apresenta-se como ferramenta potencial para acesso de pessoas com deficiência ao letramento. Entretanto é necessário orientar a escola quanto à existência e especificidade de tais recursos de modo que estes representem auxilio efetivo na escolarização, bem como elemento propiciados de inclusão das pessoas com deficiências.

Em todos os artigos analisados percebemos que a inclusão e a permanência do aluno com deficiência na escola depende do uso da TA. Entretanto, conforme apontado por Gasparetto et al. (2009) os recursos e equipamentos de TA ainda não estão disponíveis nas escolas e quando há disponibilidade, nem todos os professores conhecem esses recursos ou sabem fazer uso dos mesmos.

O despreparo dos professores para apresentar e mediar a inserção da TA nas atividades escolares dos sujeitos das pesquisas abordados nos seis artigos, apresentou-se como uma justificativa para a pequena frequência ou do uso inadequado da TA. Apesar dos artigos não apresentarem a formação dos professores como temática da pesquisa, todos a apontam como um fator essencial na inserção da TA como ferramenta para a promoção da leitura e escrita.

Todos os artigos analisados enfatizam a falta de conhecimento do professor sobre os procedimentos de atenção ao aluno com deficiência e sobre o uso correto da TA, o que conduz a atuações inadequadas que não contribui para a inclusão, a autonomia e a melhoria da qualidade de vida do deficiente.

Os professores atribuem as dificuldades em lidar com os alunos com baixa visão, segundo Manzini (2010), a algumas ausências, tais como a de: preparo pedagógico; discussão e orientação sobre o tema; recursos de TA e orientações para utilizá-los; suporte psicológico para os alunos.

Deste modo a formação de professores, seja inicial ou continuada, deve propiciar ao professor condições de conhecer e saber sobre a utilização dos recursos de TA para orientar seus alunos com deficiências quanto ao seu uso. Nesta pesquisa fica evidente a importância da interação dos alunos com deficiência no ambiente escolar, já que estes estabelecem vínculos e ações colaborativas que os ajudam e propiciam o desenvolvimento social. Ficando evidente deste modo a importância do uso de TA, da capacitação adequada do professor e da construção de uma cultura colaborativa, seja entre professores, entre alunos ou entre ambos, no processo de inclusão escolar e nas práticas de leitura e escrita.

5. REFERÊNCIAS

ALVES, Ana Cristina de Jesus; MATSUKURA, Thelma Simões. Percepção de alunos com paralisia cerebral sobre o uso de recursos de tecnologia assistiva na escola regular. Rev.

Bras. Ed. Esp., v.17, n.2, Marília-SP: 2011, p.287-304.

BERSCH, R. Tecnologia assistiva e educação inclusiva. In: Ensaios Pedagógicos. Brasília:

SEESP/MEC, 2006, p. 89-94.

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DAMIANI, M. F. Entendendo o trabalho colaborativo em educação e revelando seus benefícios. Educar, v. 1, n. 31, Curitiba-PR: 2008, p. 2013-230.

FERRONI, M. C. C.; GASPARETTO, M. E. R. F. Escolares com baixa visão: percepção sobre as dificuldades visuais, opinião sobre as relações com comunidade escolar e o uso de recursos de tecnologia assistiva nas atividades cotidianas. Rev. Bras. Ed. Esp., v.18, n.2, Marília-SP: 2012, p. 301-318.

GASPARETTO, M.E.R.F. et al.. Uso de recursos de tecnologia assistiva na educação municipal, estadual e federal tecnológica. In: BRASIL. Subsecretaria nacional de promoção dos direitos da pessoa com deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas. (Org.). Tecnologia Assistiva, Brasília: Corde, p.41-58, 2009

GASPARETTO, M.E.R.F. et al.. Uso de recursos de tecnologia assistiva na educação municipal, estadual e federal tecnológica. In: BRASIL. Subsecretaria nacional de promoção dos direitos da pessoa com deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas. (Org.). Tecnologia Assistiva, Brasília: Corde, p.41-58, 2009 In: FERRONI, M. C. C.; GASPARETTO, M. E.

R. F. Escolares com baixa visão: percepção sobre as dificuldades visuais, opinião sobre as relações com comunidade escolar e o uso de recursos de tecnologia assistiva nas atividades cotidianas. Rev. Bras. Ed. Esp., v.18, n.2, Marília-SP: 2012, p. 301-318.

GASPARETTO, M.E.R.F. Orientações ao professor e à comunidade escolar referentes ao aluno com baixa visão. In: SAMPAIO, M.W. et al. (Org.). Baixa visão e cegueira: os caminhos para a reabilitação, a educação e a inclusão. Rio de Janeiro: Cultura Médica, Guanabara Koogan, 2010. p.347-360.

MANZINI, E. J. Tecnologia assistiva para educação: recursos pedagógicos adaptados. In:

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Referências

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