PROBLEMÁTICAS DA OPERACIONALIDADE DOS CONCEITOS DE VANGUARDA E DE PÓS-MODERNISMO

UNIVERSIDADE DE LISBOA

ARTES PLÁSTICAS E PENSAMENTO CRÍTICO EM PORTUGAL NOS ANOS SETENTA E OITENTA:

PROBLEMÁTICAS DA OPERACIONALIDADE DOS CONCEITOS DE VANGUARDA E DE PÓS-MODERNISMO

Isabel Margarida Ribeiro Nogueira

DOUTORAMENTO EM BELAS-ARTES (Especialidade em Ciências da Arte)

Tese orientada por

Professora Associada Doutora Cristina Azevedo Tavares Professor Catedrático Doutor António Pedro Pita

2009

RESUMO

O objecto de estudo desta tese prende-se com uma proposta de compreensão das artes plásticas e da crítica em Portugal nos anos setenta e oitenta, na sua relação com os conceitos de vanguarda e de pós-modernismo. Trata-se, num primeiro momento, de traçar uma perspectiva de carácter mais historicista, pautada pela fixação e cruzamento de informação, até à data apresentada de modo disperso ou parcial. E é precisamente a análise desta informação que nos leva a aceitar a hipótese de que estes conceitos nos permitem o entendimento deste panorama, conduzindo-nos, num segundo momento, a um exercício teórico e epistemológico de definição dos conceitos de vanguarda e de pós-modernismo, os quais, servem, portanto, de fios condutores deste estudo.

Esta investigação culmina na análise da prática artística em Portugal no período em questão, concretamente nos eventos colectivos de artes plásticas que se propuseram, conceptual e objectualmente, interrogar e apropriar os conceitos de vanguarda e de pós-modernismo, procurando perceber se, não obstante os tempos e a intensidade da arte portuguesa, muitas vezes, não terem sido os mesmos dos centros artísticos mais eminentes, estas exposições – Alternativa Zero: Tendências Polémicas na Arte Portuguesa Contemporânea (1977), Depois do Modernismo (1983), Os Novos Primitivos: os Grandes Plásticos (1984), Atitudes Litorais (1984), Arquipélago (1985) e Continentes: V Exposição Homeostética (1986) – conseguem, a seu modo, enriquecer e transformar os conceitos em causa, permitindo uma redefinição da própria história da arte portuguesa deste período.

ABSTRACT

The subject of study of this thesis deals with a proposal of understanding of art and criticism in Portugal in the seventies and eighties, in relation to the concepts of avant-garde and postmodernism.

This is at first to give an overview of the most historic, guided by the setting and crossing of information so far presented so scattered or in part. And it is precisely the analysis of this information leads us to accept the hypothesis that these concepts allow us to understand this landscape, leading us, second, a theoretical exercise and epistemological definition of the concepts of avant-garde and postmodernism , which are therefore of conductors of this study.

This research culminates in the analysis of artistic practice in Portugal in the period in question, particularly in art exhibitions that is proposed, conceptual and objectual, question and take the concepts of avant-garde and postmodernism, trying understand it, despite the time and intensity of portuguese art, often do not have the same artistic centers of the most eminent, these exhibitions – Alternativa Zero: Tendências Polémicas na Arte Portuguesa Contemporânea (1977), Depois do Modernismo (1983), Os Novos Primitivos: os Grandes Plásticos (1984), Atitudes Litorais (1984), Arquipélago (1985) e Continentes: V Exposição Homeostética (1986) – find the way, enrich and transform the concepts in question, allowing a redefinition of the history of portuguese art of this period .

PALAVRAS-CHAVE

Artes Plásticas / Crítica / Teoria / Vanguarda / Pós-modernismo / Portugal

KEY-WORDS

Art / Criticism / Theory /Avant-garde /Postmodernism/Portugal

AGRADECIMENTOS

Aos meus orientadores e amigos, Professores Doutores Cristina Azevedo Tavares e António Pedro Pita.

À Fundação para a Ciência e Tecnologia.

À minha família.

Aos meus amigos, Maria Carlota e Rui Furtado, Sónia Gonçalves, Elsa Aleluia, Viviana Ribeiro, Cláudia Pimentel, Pedro Cabral, Beatriz D’Agostinho, Margarida Andrês, Berta Teixeira, Pedro Medeiros, Sónia Guadalupe, Marisa Pais, Ricardo Rego, Sónia Gaspar, Ana Teresa Barbosa, Susana Lobo, Raquel Magalhães, Albano da Silva Pereira, Delfim Sardo e Julião Sarmento.

À Dra. Isabel Alves, directora do Centro de Estudos Multidisciplinares Ernesto de Sousa, e à Dra. Maria José Miranda, directora da Biblioteca Municipal de Coimbra.

ÍNDICE GERAL

Introdução ……….… 8

1. Modernidades adiadas: aspectos cronológicos ………..……….……… 11

2. Artes plásticas em Portugal nos anos setenta e oitenta:

a teorização e a crítica

2.1. A reflexão e o estado da arte ……….… 76 2.2. O pensamento o estado da crítica …...………. 133 2.3. Um balanço e uma formulação de tese…………..………... 156

3. A conceptualização artística e crítica:

vanguarda e pós-modernismo

3.1. Modernidade, modernismo e vanguarda:

da arte com direcção única à antiarte ……… 167

3.2. Neovanguarda, pós-modernidade e pós-modernismo:

arte objectual, supressão e eclectismo afirmativo ……….…. 220

4. A prática artística colectiva em Portugal na relação com os conceitos

de vanguarda e de pós-modernismo: conceptualização e recepção crítica ……… 281

4.1. Anos setenta e o conceito de vanguarda:

Alternativa Zero: Tendências Polémicas na Arte Portuguesa Contemporânea (1977) ………….... 282

4.2. Anos oitenta e o conceito de pós-modernismo:

Depois do Modernismo (1983), Os Novos Primitivos: os Grandes Plásticos (1984),

Atitudes Litorais (1984), Arquipélago (1985) e Continentes: V Exposição Homeostética (1986) … 302

4.3. Artes plásticas e pensamento crítico em Portugal:

a possível redefinição do cânone conceptual ……… 331

Conclusão ……….. 335

Bibliografia ……….. 350

Índice de imagens ………. 405

Índice onomástico ………. 408