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Cálculo III - Poli - 2020

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Cálculo III - Poli - 2020

Gláucio Terra glaucio@ime.usp.br https://www.ime.usp.br/∼glaucio

Departamento de Matemática IME - USP

19 de fevereiro de 2020

(2)

Integrais Duplas

Definição (Retângulos)

Umretânguloouitervalo bidimensionalé um produtoI1×I2, ondeI1,I2⊂Rsão intervalos.

Definição (Partições e Pontilhamentos) SejaR= [a,b]×[c,d]um retângulo compacto.

• UmapartiçãodeR é um produtoP=P1×P2onde P1={a=x0<· · ·<xm=b}é uma partição de[a,b]e P2={c=y0<· · ·<yn=d}é uma partição de[c,d].

• Umpontilhamentoda partiçãoP=P1×P2é um produto ξ =ξ1×ξ2ondeξ1é pontilhamento deP12é um pontilhamento deP2.

(3)

Partições e Pontilhamentos (cont.)

Definição (Partições e Pontilhamentos)

• Osretângulosousubintervalosda partiçãoPsão os produtosPij := [xi−1,xi]×[yj−1,yj], para 1≤i≤me 1≤j ≤n.

• Anormada partiçãoP é|P|:= max{|P1|,|P2|}.

(4)

Definição (Integrabilidade no sentido de Riemann) SejamR = [a,b]×[c,d]ef :R →R.

• DadosP ={(xi,yj)|0≤i≤m,0≤j≤n}partição deRe {ξi,j = (ξi, ξj)|1≤i≤m,1≤j≤n}pontilhamento deP, a soma de Riemanndef com respeito a(P, ξ)é

S(f,P, ξ) :=

m

X

i=1 n

X

j=1

f(ξi,j) (xi−xi−1)(yj−xj−1)

| {z }

área do(i,j)-ésimo retângulo deP

.

• f diz-seRiemann-integrávelse existir o limite das somas de Riemann def, i.e. se a seguinte condição for satisfeita:

∃`∈R,∀ >0,∃δ >0,∀P partição deRcom|P|< δ,

∀ξpontilhamento deP,

S(f,P, ξ)−` < . Caso afirmativo, diz-se que`é limite das somas de Riemann def.

(5)

Proposição

O limite das somas de Riemann de f : [a,b]×[c,d]→R, caso exista, é único.

Definição (Integral de Riemann)

Sef : [a,b]×[c,d]→Rfor Riemann-integrável, chamamos o limite das suas somas de Riemann deintegral de Riemannde f.

Notação

• RR

[a,b]×[c,d]f(x,y)dA(x,y)ouRR

[a,b]×[c,d]fdAou RR

[a,b]×[c,d]f;

• R

[a,b]×[c,d]f(x,y)dA(x,y)ouR

[a,b]×[c,d]fdAouR

[a,b]×[c,d]f. Teorema (uma condição suficiente para integrabilidade) Se f : [a,b]×[c,d]→Rfor contínua, então f é integrável.

(6)

Interpretação Geométrica

Interpretação Geométrica

SejaR:= [a,b]×[c,d].f :R →Rfor Riemann-integrável e maior ou igual a zero, interpretamosR

RfdAcomo ovolumeda região do espaço

{(x,y,z)∈R3|(x,y)∈R,0≤z ≤f(x,y)}.

(7)

Soma superior e inferior, Integral superior e inferior

Definição (Soma superior e inferior)

Sejamf : [a,b]×[c,d]→Ruma função limitada eP partição de[a,b]×[c,d]e{Pi,j |1≤i≤m,1≤j≤n}o conjunto dos retângulos deP. Definimos asoma superiore asoma inferior def com respeito aP, respectivamente, por:

• S(f,P) :=Pm i=1

Pn

j=1Mi,jA(Pi,j),

ondeMi,j := sup{f(x)|x ∈Pi,j}eA(Pi,j)denota a área de Pi,j.

• S(f,P) :=Pm i=1

Pn

j=1mi,jA(Pi,j), ondemi,j := inf{f(x)|x ∈Pi,j}.

(8)

Soma superior e inferior, Integral superior e inferior

Definição (Integral superior e inferior)

Sejamf : [a,b]×[c,d]→Ruma função limitada. Definimos a integral superiore aintegral inferiordef, respectivamente, por:

• R

[a,b]×[c,d]f := inf{S(f,P)|P partição de[a,b]×[c,d]}.

• R

[a,b]×[c,d]f := sup{S(f,P)|Ppartição de[a,b]×[c,d]}.

(9)

Soma superior e inferior, Integral superior e inferior

Proposição

Sejam f : [a,b]×[c,d]→Rlimitada e P ⊂Q partições de [a,b]×[c,d]. Então:

• S(f,P)≤S(f,P);

• S(f,P)≤S(f,Q)e S(f,P)≥S(f,Q).

Corolário

Seja f : [a,b]→Rlimitada. Então R

[a,b]×[c,d]f ≤ R

[a,b]×[c,d]f .

(10)

Soma superior e inferior, Integral superior e inferior

Proposição

Seja f : [a,b]×[c,d]→Rlimitada. Então f é integrável se, e somente se, R

[a,b]×[c,d]f = R

[a,b]×[c,d]f . Caso afirmativo, tem-se Z

[a,b]×[c,d]

f = Z

[a,b]×[c,d]

f = Z

[a,b]×[c,d]

f.

Corolário

Seja f : [a,b]→Rlimitada. Então f é integrável se, e somente se, para todo >0, existe P partição de[a,b]×[c,d]tal que S(f,P)−S(f,P)< .

(11)

Propriedades da Integral Dupla

• Essencialmente, valem as mesmas propriedades da integral de Riemann na reta.

• SejaQ= [a,b]×[c,d]. Então{f :Q→R|f integrável}é um subespaço vetorial deRQ, e a integral de Riemann é linear.

• Sef ≤g são ambas integráveis emQ, entãoR

Qf ≤R

Qg.

• Desigualdade triangular: sef e|f|forem ambas integráveis emQ, então

Z

Q

fdA ≤

Z

Q

|f|dA.

(12)

Teorema de Fubini

Teorema (Fubini)

Sejam Q= [a,b]×[c,d]e f :Q→Rintegrável.

• Se existirem as integrais iteradasRb a

Rd

c f(x,y)dy dx , então

Z

Q

fdA= Z b

a

Z d

c

f(x,y)dy dx.

• Se existirem as integrais iteradasRd c

Rb

a f(x,y)dx dy , então

Z

Q

fdA= Z d

c

Z b

a

f(x,y)dx dy.

(13)

Teorema de Fubini

Interpretação Geométrica

Com a notação do teorema anterior, sef ≥0:

• Rb a

Rd

c f(x,y)dy

dx é a integral em[a,b]da função que associax ∈[a,b]à área da seção ortogonal ao eixo Ox passando porx da região

{(x,y,z)∈R3|(x,y)∈Q,0≤z ≤f(x,y)}.

• Rd c

Rb

a f(x,y)dx

dy é a integral em[c,d]da função que associay ∈[c,d]à área da seção ortogonal ao eixo Oy passando pory da região

{(x,y,z)∈R3|(x,y)∈Q,0≤z ≤f(x,y)}.

(14)

Conjuntos de Medida Nula

Definição (Conjuntos de Medida Nula)

Diz-se queA⊂R2é umconjunto de medida nulase, para todo >0, existir uma coleção enumerável de retângulos(Qi)i∈Ntal queA⊂ ∪i∈NQi eP

i=1m(Qi)< , ondem(Qi)denota a área do retânguloQi.

Observação

• P

i=1m(Qi)denota o limite da sequência n∈N7→Pn

i=1m(Qi).

• É equivalente, na definição acima, usar bolas no lugar de retângulos.

• Conjuntos deconteúdonulo: mesma definição com “finita”

no lugar de “enumerável”.

(15)

Condição Necessária e Suficiente para Integrabilidade

Teorema (critério de Lebesgue)

Seja f : [a,b]×[c,d]→Rlimitada. Então f é integrável se, e somente se, o conjunto Df ⊂[a,b]×[c,d]dos pontos de descontinuidade de f tiver medida nula.

(16)

Algumas Propriedades dos Conjuntos de Medida Nula

1. Conjuntos enumeráveis têm medida nula.

2. A união enumerável de conjuntos de medida nula tem medida nula.

3. Um subconjunto de um conjunto de medida nula tem medida nula.

4. A imagem de um conjunto de medida nula por movimentos rígidos é um conjunto de medida nula.

5. Retas têm medida nula.

6. O gráfico de uma função contínua[a,b]→Rtem medida nula.

7. Imagens de curvas de classe C1têm medida nula.

(17)

Algumas Propriedades dos Conjuntos de Medida Nula

Interpretação Geométrica

Um subconjunto deR2tem medida nula se, intuitivamente, for um conjunto de “área” nula.

Referências

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