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Método para gerenciamento do consumo de energia elétrica em sistemas ciberfísicos

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E SISTEMAS

ELISABETE NAKONECZNY MORAES

M´ETODO PARA GERENCIAMENTO DO CONSUMO DE

ENERGIA EL´ETRICA EM SISTEMAS CIBERF´ISICOS

Florian´opolis 2013

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M´ETODO PARA GERENCIAMENTO DO CONSUMO DE ENERGIA EL´ETRICA EM SISTEMAS CIBERF´ISICOS

Tese submetida ao Programa de P´ os-Gradua¸c˜ao em Engenharia de Auto-ma¸c˜ao e Sistemas para a obten¸c˜ao do Grau de Doutora em Engenharia de Automa¸c˜ao e Sistemas.

Orientador: Prof. Leandro Buss Becker, Dr.

Florian´opolis 2013

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Nakoneczny Moraes, Elisabete

xxM´etodo para gerenciamento do consumo de energia el´etrica em Sistemas Ciberf´ısicos\ Elisabete Nakoneczny Moraes ; orientador, Leandro Buss Becker - Florian´opolis, SC, 2013.

xx243 p.

xxTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa

Catarina, Centro Tecnol´ogico. Programa de P´os Gradua¸c˜ao em Engenharia de Automa¸c˜ao e Sistemas.

xxInclui referˆencias

xx1. Engenharia de Automa¸c˜ao e Sistemas. 2. Modelo de consumo de energia. 3. Gerenciamento do consumo el´etrico. 4. Sistemas sens´ıveis ao consumo de energia el´etrica. 5. Sistema Ciberf´ısico. I. Becker, Leandro Buss. II.

Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de P´ os-Gradua¸c˜ao em Engenharia de Automa¸c˜ao e Sistemas. III. T´ıtulo

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me apoiaram e me amaram incondicional-mente, proporcionando o apoio necess´ario para que essa conquista fosse alcan¸cada. Os adjetivos para expressar minha gra-tid˜ao e admira¸c˜ao s˜ao poucos diante da grandeza dos seus gestos.

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A Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a, que junto com os meus colegas do Departamento Acadˆemico de Eletrot´ecnica, viabilizou o meu afastamento.

`

A Universidade Federal de Santa Catarina, seus professores e servidores, especialmente ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em Enge-nharia de Automa¸c˜ao e Sistemas pela infraestrutura fornecida, apoio material e cient´ıfico.

`

A Biblioteca Universit´aria da UFSC, pelo fundamental aux´ılio em prover meios para a formaliza¸c˜ao e concretiza¸c˜ao do conhecimento e do saber cient´ıfico.

Ao professor Leandro Buss Becker, o meu profundo respeito e admira¸c˜ao. Os motivos s˜ao muitos, mas principalmente pela confian¸ca e apoio no per´ıodo inicial do doutorado e que, ao longo das discuss˜oes sobre a pesquisa, transformaram-se em s´abios conselhos, argumenta¸c˜oes r´ıgidas e orienta¸c˜oes precisas.

`

A professora Patricia Plentz, por viabilizar os trˆamites de impor-ta¸c˜ao do robˆo Pioneer P3-DX e indicar o seu aluno para me auxiliar.

Ao professor Edson Roberto De Pieri, pelo aux´ılio prestado na condu¸c˜ao das quest˜oes acadˆemicas enquanto o Professor Leandro esteve ausente para a realiza¸c˜ao do p´os-doutorado.

Aos membros da banca examinadora, pela ativa participa¸c˜ao e coerente avalia¸c˜ao nesse processo, e pelas sugest˜oes, coment´arios e cr´ıticas.

Ao Douglas Wildgrube Bertol e ao Rafael Pedretti que con-tribu´ıram diretamente para que os ensaios no Pioneer P3-DX fossem realizados com sucesso.

Aos muitos colegas, cuja oportunidade de conhecer foi maravi-lhosa. Companheiros que me ajudaram na solu¸c˜ao de problemas que pareciam insol´uveis; que me afagaram quando perceberam a minha tristeza, que me motivaram quando tudo estava dando errado, quando “o mundo conspirava contra mim”; que foram pacientes em me ouvir quando divagava sobre os detalhes e os resultados das experiˆencias que realizava ou simplesmente que ficaram ao meu lado.

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dedica¸c˜ao e esmero em cuidar dos bens mais preciosos que possuo. `

A minha fam´ılia, que soube compreender a minha ausˆencia nos momentos mais especiais, especialmente `a Suzete, minha segunda m˜ae e ador´avel irm˜a.

`

A Rhara, por ter aceitado o desafio de crescer sem a minha presen¸ca e, que o fez de forma esplendorosa.

Ao Julimar por permitir a concretiza¸c˜ao do meu sonho. Aos meus pais, pela d´adiva da vida.

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gu´em nos confere coragem.

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xxxA cada dia ´e maior o n´umero de dispositivos ou sistemas com algum n´ıvel de processamento. Isso contribuiu para que ´areas com pouca ou nenhuma afinidade passassem a integrar uma classe emergente de sistemas: os sistemas ciberf´ısicos (SCF). Os SCFs s˜ao sistemas em que o n´ucleo computacional ´e integrado a processos f´ısicos, biol´ogicos e de en-genharia, incorporando-lhes novas capacidades finais. A diversidade dos componentes desse conjunto de sistemas implica em diferentes perfis de consumo energ´etico, sendo parte deles alimentados por baterias. Sabe-se que a natureza finita da capacidade da bateria ´e um fator crucial para o desempenho do sistema, pois interfere diretamente na quantidade, qualidade e durabilidade das suas funcionalidades. Dessa forma, a aplica¸c˜ao de t´ecnicas que proporcionem meios para o gerenciamento do consumo energ´etico, torna-se um requisito essencial no desenvolvimento de projetos sens´ıveis ao consumo de energia (energy-aware). Esta tese prop˜oe um conjunto de a¸c˜oes integradas, constituindo-se, assim, em um m´etodo, cujo prop´osito ´e realizar o gerenciamento do consumo de energia el´etrica em SCFs alimentados por baterias. A abordagem desenvolvida utiliza um modelo matem´atico de consumo que define modos de opera¸c˜ao. Esses, encapsulam o consumo energ´etico dos perif´ericos externos, controlados pelo software embarcado, integrante do SCF. Dessa forma, os estados ativos do sistema s˜ao caracterizados por tarefas computacionais usadas para levantar o perfil de consumo da instala¸c˜ao. Com isso, estima-se a autonomia da bateria, que por sua vez, ´e usada como referˆencia para o ajuste da demanda do sistema. Para a verifica¸c˜ao da proposta, utilizou-se um cen´ario representativo de um SCF, caracterizado por sistema rob´otico m´ovel. Desenvolveram-se experimentos para medir as correntes el´etricas consumidas pelos

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estimados a partir da abordagem proposta. A an´alise do conjunto de in-forma¸c˜oes confirma a validade da hip´otese defendida nesta tese: h´a uma rela¸c˜ao entre o sistema computacional e os dispositivos eletromecˆanicos, ou seja, o acionamento dos dispositivos est´a ligado ao tipo de tarefa computacional que o sistema executa. A partir disso, apresentam-se as considera¸c˜oes que embasam a validade do modelo e a viabilidade da abordagem desenvolvida. Ao final, relacionam-se as contribui¸c˜oes e limita¸c˜oes da pesquisa, bem como as sugest˜oes para trabalhos futuros. Palavras-chave: Modelo de consumo de energia. Gerenciamento do consumo el´etrico. Sistema Ciberf´ısico. Sistemas sens´ıveis ao consumo de energia el´etrica. Sistema Embarcado. Modelo de bateria. Autono-mia da bateria.

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xxx Each day the number of devices or systems with some level of processing is greater. This point has contributed to areas with little or no affinity to set an emerging class of systems: the Cyber-Physical Systems (CPS). They are systems in which the computational core is integrated into the physical, biological and engineering processes; so new capabilities can be integrated to them. These systems are formed by different components and most of them are powered by batteries, because of this they have different energy profiles. The finite nature of the battery capacity is a crucial aspect to the system performance because it interferes directly on the quantity, quality and durability of its features. Thus, the usage of techniques which provide the means for managing the power consumption becomes an essential requirement in energy-aware designs. Therefore, this thesis proposes a set of integrated actions that are performed via software. The purpose is to realize a management of the power consumption in CPSs that are battery-powered. The approach uses an energy consumption mathematical model which defined by an operation mode. The operation mode encapsulates the energy consumption of external peripherals, that are controlled by an embedded software, into the CPS. Thus, the active states of the system are characterized by computational tasks, used to perform the energy consumption profile. In this way, it is possible to estimate the battery life, which is used as a reference for setting the system demand. A CPS scenario was used to validate the approach which was characterized by a mobile robotic system. Some targeted experiments have been developed in order to measure the currents drawn by the robot peripherals and also by the computer system during its operation. The results have been compared with the estimated

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system and electromechanical devices, that is, the devices activation is related to the type of computational task performed by the system. Based on that, the considerations underlying the proposal are presented and they go toward the validation of the model and the feasibility of the developed approach. Finally, the contributions and limitations of the research, as well as the suggestions for a future work are related. Keywords: Energy consumption model. Energy management. Cyber-Physical System. Embedded System. Battery modeling. Battery autonomy. Energy-aware.

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Figura 1 Diagrama em blocos de um sistema de automa¸c˜ao (PEREIRA, 1996). . . 40 Figura 2 Rela¸c˜ao dos assuntos envolvidos no desenvolvimento da tese. . . 43 Figura 3 Estrutura das disciplinas que integram o sistema ciber-f´ısico (adaptado de Dutt e Bozorgzadeh (2010)). . . 53 Figura 4 Etapas integrantes do MGCEE. . . 76 Figura 5 Representa¸c˜ao do SCF usada para o desenvolvimento do MGCEE. . . 77 Figura 6 Representa¸c˜ao gr´afica da energia dos MOs por meio de retas de carga. . . 85 Figura 7 Limites de autonomia da bateria, considerando os planos de Trabalho e Seguro. . . 92 Figura 8 Gr´afico ilustrativo da Primeira Condi¸c˜ao. . . 95 Figura 9 Gr´afico ilustrativo da Segunda Condi¸c˜ao. . . 95 Figura 10 Distribui¸c˜ao das instru¸c˜oes dinˆamicas segundo o

bench-mark MiBench (Guthaus et al. (2001), p.5). . . 101

Figura 11 Abstra¸c˜ao do comportamento da bateria. . . 105 Figura 12 Circuito el´etrico do test-bench sint´etico. . . 107 Figura 13 Comportamento da tens˜ao e corrente para o cen´ario 1. No detalhe, a condi¸c˜ao de t´ermino do ensaio. . . 108 Figura 14 Comportamento da tens˜ao e da corrente para o cen´ario 2. . . 109 Figura 15 Comportamento da tens˜ao e da corrente para o cen´ario

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MGCEE. . . 112 Figura 17 Diagrama dos processos usados no mapeamento de ativi-dades do SCF. . . 114 Figura 18 Elementos integrantes na fase da listagem dos perif´ericos.115 Figura 19 Quadro modelo para o desenvolvimento do plano de trabalho. . . 115 Figura 20 Diagrama el´etrico ilustrativo da classifica¸c˜ao dos perif´ e-ricos. . . 118 Figura 21 Esquema do circuito para o teste de descarga da bateria.124 Figura 22 Resumo da metodologia de desenvolvimento do MGCEE.125 Figura 23 Estrutura empregada para a coleta das medi¸c˜oes com a interface USB. . . 129 Figura 24 Software da interface gr´afica para a coleta de dados das medi¸c˜oes com apenas 1 medi¸c˜ao. . . 129 Figura 25 Tela do mesmo software, contendo 6 medi¸c˜oes simultˆaneas.130 Figura 26 Ilustra¸c˜ao do robˆo Pioneer P3-DX e o respectivo dia-grama em blocos. . . 131 Figura 27 Vista interna do chassi do robˆo Pioneer P3-DX antes da adapta¸c˜ao el´etrica. . . 133 Figura 28 Vista interna do chassi do robˆo Pioneer P3-DX durante a adapta¸c˜ao el´etrica. . . 134 Figura 29 Leiaute e disposi¸c˜ao dos pontos de interrup¸c˜ao do conec-tor de terminais extra´ıvel. . . 135 Figura 30 Etapa que ilustra o aspecto final ap´os a interven¸c˜ao ter sido conclu´ıda. . . 135 Figura 31 Robˆo com os acess´orios usados durante os ensaios. . . 136 Figura 32 Instˆancia que ilustra o procedimento usado para a elab-ora¸c˜ao do diagrama el´etrico do robˆo. . . 137 Figura 33 Instante subsequente, sem altera¸c˜ao proposital no cen´ario.137 Figura 34 Diagrama unifilar el´etrico do robˆo Pioneer P3-DX, obtido atrav´es do levantamento do balan¸co das intensidades de corrente. . 139 Figura 35 Sequˆencia dos movimentos definidos pelo algoritmo de navega¸c˜ao. . . 142 Figura 36 Vista lateral do robˆo suspenso sobre suporte. . . 146 Figura 37 Vista frontal da parte interna do robˆo. . . 146

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Figura 39 Gr´afico das correntes A1, A5 e A6 medidas com o robˆo suspenso.. . . 148 Figura 40 Gr´afico das correntes A3 e A4 medidas com o robˆo suspenso.. . . 148 Figura 41 Vista da parte traseira do robˆo no cen´ario de navega¸c˜ao com carga. . . 150 Figura 42 Vista frontal, ilustrando a disposi¸c˜ao dos instrumentos. 150 Figura 43 Pontos de medi¸c˜ao que foram avaliados durante a nave-ga¸c˜ao do robˆo sobre o piso. . . 151 Figura 44 Gr´afico das correntes A1, A3 e A4 medidas com o robˆo navegando com carga. . . 152 Figura 45 Sistema do scanner LASER integrante da configura¸c˜ao do Pioneer P3-DX. . . 154 Figura 46 Pontos de medi¸c˜ao avaliados no ensaio do scanner LASER.154 Figura 47 Gr´afico das correntes A3, A4 e A7 durante a ativa¸c˜ao do

scanner LASER. . . 155

Figura 48 Sensor CMOS e placa processamento PCI. . . 156 Figura 49 Base do sistema de vis˜ao. . . 156 Figura 50 Gr´afico das correntes obtidas do ensaio do sistema de vis˜ao est´ereo. . . 157 Figura 51 Gr´afico da corrente total do robˆo e dos pontos A4 e A3 para o cen´ario: s = 1m e n = 4ciclos. . . 186 Figura 52 Curva de descarga da bateria avaliada e a reta adotada para descrevˆe-la. . . 217 Figura 53 Gr´afico do estado de carga da bateria em fun¸c˜ao do γ:

ST OC = f (γ). . . 220

Figura 54 Representa¸c˜ao da estrutura qu´ımica da bateria. Em c´elulas eletroqu´ımicas sim´etricas, processos qu´ımicos ocorrem de maneira similar. (a) totalmente carregada, (b) antes do efeito de recupera¸c˜ao, (c) ap´os o efeito de recupera¸c˜ao e (d) bateria descarregada (RAO; VRUDHULA; RAKHMATOV, 2003). . . 240

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Tabela 1 Valores do fator de complexidade em fun¸c˜ao do per-centual de instru¸c˜oes que utilizam a ULA. . . 102 Tabela 2 Lista dos materiais usados na realiza¸c˜ao do ensaio.. . . 106 Tabela 3 Compara¸c˜ao entre os resultados obtidos nos ensaios. . . 109 Tabela 4 Rela¸c˜ao dos dispositivos usados no desenvolvimento dos ensaios. . . 131 Tabela 5 Rela¸c˜ao dos componentes integrantes do sistema el´etrico do robˆo. . . 132 Tabela 6 Rela¸c˜ao dos dispositivos el´etricos mapeados, com os respectivos pontos de medi¸c˜ao. . . 138 Tabela 7 Parˆametros de entrada do algoritmo de navega¸c˜ao. . . 143 Tabela 8 Levantamento das a¸c˜oes relativas aos processos de ini-cializa¸c˜ao, execu¸c˜ao e conclus˜ao da atividade do SCF. . . 143 Tabela 9 Detalhamento do plano de trabalho quanto `a listagem dos perif´ericos. . . 144 Tabela 10 Detalhamento do plano de trabalho quanto aos requisitos n˜ao funcionais. . . 145 Tabela 11 Detalhamento das a¸c˜oes seguras do plano seguro. . . 145 Tabela 12 Rela¸c˜ao dos dispositivos de consumo constante e o re-spectivo valor da intensidade de corrente na base 12V. . . 158 Tabela 13 Dura¸c˜ao m´ınima, m´axima e m´edia de um ciclo de nave-ga¸c˜ao. . . 163 Tabela 14 Rela¸c˜ao dos valores usados para o desenvolvimento dos c´alculos baseados nas especifica¸c˜oes. . . 164

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Tabela 16 Rela¸c˜ao dos perif´ericos subtra´ıdos do c´alculo do consumo do A3. . . 166 Tabela 17 Resumo comparativo do consumo do motor, do proces-samento do software de controle e do tempo de atividade durante o deslocamento linear do robˆo. . . 169 Tabela 18 Resumo comparativo do consumo do motor, do proces-samento do software de controle e do tempo de atividade durante a frenagem linear. . . 172 Tabela 19 Resumo comparativo do consumo do motor, do proces-samento do software de controle e do tempo de atividade durante a rota¸c˜ao. . . 174 Tabela 20 Resumo comparativo do consumo do motor, do proces-samento do software de controle e do tempo de atividade durante a frenagem angular. . . 176 Tabela 21 Especifica¸c˜oes el´etricas do scanner LASER. . . 177 Tabela 22 Resumo comparativo do consumo do sistema scanner LASER, do processamento do software de controle e tempo de atividade. . . 178 Tabela 23 Especifica¸c˜ao do consumo do sistema de vis˜ao. . . 179 Tabela 24 Resumo comparativo do sistema de vis˜ao, do respectivo

software de controle, e tempo de atividade. . . 181

Tabela 25 Resumo dos valores do tempo de atividade, da potˆ en-cia e intensidade de correntes calculados, conforme os dados das especifica¸c˜oes. . . 181 Tabela 26 Resumo dos valores do tempo de atividade, da potˆencia e intensidade de correntes, conforme os dados dos ensaios. . . 182 Tabela 27 Resumo dos valores das potˆencias totais e os erros percentuais para o SEE e os MOs. . . 182 Tabela 28 Resumo dos valores das potˆencias dos perif´ericos e os respectivos erros percentuais para os MOs. . . 183 Tabela 29 Resumo dos valores das potˆencias dos softwares de controle e os respectivos erros percentuais para os MOs. . . 183 Tabela 30 C´alculo da energia requerida pelo SEE e pelos MOs durante a realiza¸c˜ao dos ensaios. . . 185 Tabela 31 Intensidade das correntes m´edias, durante a navega¸c˜ao

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com intensidade constante de 2,8A (Vbat= f (t)@ImaiorM Op). . . 218

Tabela 33 Faixa de valores da tens˜ao da bateria resultante da subdivis˜ao do tempo em 10 partes. . . 219 Tabela 34 Valores calculados do fator γ em fun¸c˜ao os intervalos definidos para a tens˜ao da bateria. . . 219 Tabela 35 Resumo dos resultados obtidos pela aplica¸c˜ao do modelo n˜ao linear para os cen´arios exemplificados. . . 221 Tabela 36 Rela¸c˜ao dos coeficientes de sensibilidade energ´etica dos cen´arios avaliados. . . 228 Tabela 37 Compara¸c˜ao entre as composi¸c˜oes qu´ımicas das baterias de ´ıons de l´ıtio (GEB, 2009). . . 236 Tabela 38 Resumo das caracter´ısticas dos m´etodos que avaliam o STOC das baterias (POP et al., 2005). . . 239

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Siglas

VLSI Very Large Scale Integration . . . 38

CPS Cyber-Physical System . . . 38

SCF Sistema Ciberf´ısico . . . 38 MGCEE M´etodo para Gerenciamento de Energia El´etrica

xxem Sistemas Ciberf´ısicos . . . 41 CC Corrente Cont´ınua . . . 48 CA Corrente Alternada . . . 48 CMOS Complementary Metal Oxide Semiconductor . . . 49

PMOS Positive Channel Metal Oxide Semiconductor . . . 50

NMOS Negative Channel Metal Oxide Semiconductor . . . 50

SPEC Standard Performance Evaluation Corporation . . . 52

EEMBC EDN Embedded Microprocessor Benchmark xx xxxx xxxConsortium . . . 52

P&D Pesquisa e Desenvolvimento . . . 54 NSF National Science Foundation . . . 55

NITRD Federal Networking and Information Technology R&D 55

LASIC Laborat´orio de Sistemas Ciberf´ısicos . . . 55 UFRA Universidade Federal Rural da Amazˆonia . . . 55 QoS Quality of Service . . . 57

NOC Network-on-chip . . . 64

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SPM Static Power Management . . . 65

HPC High Computing Performance . . . 66

SSS Supercomputing in Small Spaces . . . 66

FLPA Functional-Level Power Analysis . . . 72

DSP Digital Signal Processing . . . 72

MIPS Microprocessor without Interlocked Pipeline Stages . . . 73

MO Modo de Opera¸c˜ao . . . 79 SEE Sistema Eletroeletrˆonico . . . 79 LASER Light Amplification by Stimulated Emission ofxxxxxxxxxx

xxxRadiation . . . 80

STOC Estado de carga da bateria . . . 87 MDC M´aximo Divisor Comum . . . 89 ULA Unidade L´ogica Aritm´etica . . . 100 PCM Pulse Code Modulation . . . 102

SHA Secure Hash Algorithm . . . 103

MD Message Digest . . . 103

GSM Groupe Special Mobile . . . 103

TDMA Time and Frequency-Division Multiple Access . . . 103

IFMA Interleaved Frequency-Division Multiple Access . . . 103

PGP Pretty Good Privacy . . . 103

fft Fast Fourier transform . . . 103

PATRICIA Practical Algorithm to Retrieve Information Coded in

x xxAlphanumeric . . . 103

MPEG Moving Picture Expert Group . . . 104

TIFF Tagged Image File Format . . . 104

NAF Normalmente Aberto Fechado . . . 106 IR infra-vermelho . . . 107 RNF Requisitos n˜ao funcionais . . . 115 IMU Inertial Measurement Unit . . . 117

MMD Mult´ımetro digital. . . 128 PWM Modula¸c˜ao por largura de pulso . . . 128 USB Universal serial bus . . . 128

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PCI Peripheral Component Interconnect . . . 130

DC Direct Current . . . 130

ARCOS Advanced Robot Control and Operations . . . 131

SO Sistema operacional . . . 131 ARIA Advanced Robotics Interface for Applications . . . 131

SATA Serial Advanced Technology Attachment . . . 131

LKC Lei de Kirchhoff das Correntes . . . 136

scn LASER Scanner LASER . . . 136

VGA Video Graphics Array . . . 156

des Movimento de deslocamento . . . 163 freL Frenagem linear . . . 163

rot Movimento de rota¸c˜ao . . . 163 freW Frenagem angular . . . 163

MCU Microcontrolador . . . 164 OEM Original Equipment Manufacturer . . . 164

SES Stationary Energy Storage . . . 234

EMF For¸ca eletromotriz . . . 238 IC Integrated Circuit . . . 238

SoH State of Health . . . 238

EMF Electromotive force . . . 238

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p Potˆencia ativa instantˆanea em watt (W ) . . . 48

w Trabalho el´etrico em joule (J ) . . . 48

E Energia el´etrica em fun¸c˜ao do tempo em joule (J ) . . . 48

tini Tempo do in´ıcio da opera¸c˜ao em segundo (s) . . . 48

T Intervalo de tempo da observa¸c˜ao em segundo (s) . . . . 48

P Potˆencia ativa em watt (W ) . . . 48

Q Potˆencia reativa em volt− ampere reativo (V Ar). . . . 48

S Potˆencia aparente em volt− ampere (V A) . . . 48

ET Energia total de um sistema el´etrico em joule (J ) . . . . 49

Pcmos Potˆencia total do transistor watt (W ) . . . 51

Pdin Potˆencia dinˆamica do transistor em watt (W ) . . . 51

Pf uga Potˆencia devido `a corrente de fuga do transistorxxxxxxxxxx

xxxem watt (W ) . . . 51

Pcc Potˆencia devido `a corrente de curto-circuito doxxxxxxxxxx

xxxtransistor em watt (W ) . . . 51

Vdd Tens˜ao de dreno do transistor em volt (V ) . . . 51

CL Capacitˆancia de carga do transistor em f arad (F ) . . . 51

Nsw Atividade de comuta¸c˜ao do transistor . . . 51

fclock Frequˆencia de opera¸c˜ao rel´ogio em hertz (Hz) . . . 51

Vth Tens˜ao de limiar do transistor em volt (V ) . . . 70

EM Op Energia do modo de opera¸c˜ao em joule (J ) . . . 79

Pper Potˆencia ativa do perif´erico em watt (W ) . . . 79

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P er Conjunto dos perif´ericos . . . 79

ton Tempo de atividade do modo de opera¸c˜ao emxxxxxxx

xxxsegundo (s) . . . 79  Termo que representa a energia el´etrica dos dispositivos

xxque n˜ao sejam controlados por um software embarcado. 79

Vper Tens˜ao de opera¸c˜ao do perif´erico em volt (V ) . . . 81

Iper Intensidade da corrente de opera¸c˜ao do perif´erico em

xxampere (A) . . . 81 Pperi Potˆencia m´edia do perif´erico i pertencente ao SEE em

xxwatt (W ) . . . 81 Pup Potˆencia da unidade de processamento em watt (W ) . 83

Vup Tens˜ao de opera¸c˜ao da unidade de processamento em

xxvolts (V ) . . . 83 Iup Intensidade da corrente drenada pela unidade dexxx

xxxprocessamento em ampere (A) . . . 83

Fsw Fator de complexidade do software . . . 83

Pmb Potˆencia da placa-m˜ae em watt (W ) . . . 83

toni Tempo de dura¸c˜ao da atividade do modo de opera¸c˜ao

xxi em segundo (s) . . . 84 TM Opi Per´ıodo de ocorrˆencia do modo de opera¸c˜ao ativo ixxx

xxxem segundo (s) . . . 84

EP l Seguro Energia do Plano Seguro em joule (J ) . . . 87

PP l Seguro Potˆencia m´edia total dos modos de opera¸c˜ao do Plano

xxSeguro em watt (W ) . . . 87

tcrit Tempo cr´ıtico de execu¸c˜ao do Plano Seguroxxxxxxxx

xxxem segundo (s) . . . 87

Q0 Capacidade real da bateria em ampere.segundo (As) 88

δaximo per´ıodo comum em segundo (s) . . . 89

Imed M´edia das intensidades das correntes dos modos dexx

xxopera¸c˜ao em ampere (A) . . . 89

Qk Capacidade residual da bateria no kesimo´ intervalo em

xxampere.segundo (As) . . . 90 PM Op max Potˆencia do modo de opera¸c˜ao ativo de maior consumo

xxno intervalo de an´alise em watt (W ) . . . 90 ΔA Autonomia da bateria em segundos (s) . . . 91

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EP l T rabalhoEnergia do Plano de Trabalho em joule (J ) . . . 92

Qcrit Carga cr´ıtica da bateria em ampere.segundo (As) . . . 92

ΔAmin Autonomia m´ınima da bateria em segundos (s) . . . 93

ΔAmax Autonomia m´axima da bateria em segundos (s) . . . 93

PP l T rabalhoPotˆencia do Plano de Trabalho em watt (W ) . . . 93

PP l Seguro Potˆencia do Plano Seguro em watt (W ) . . . 93

Qcrit Carga cr´ıtica da bateria em ampere.segundo (As) . . . 93

QR Carga residual atual da bateria em xxxxxxxx xxxxx

xxxampere.segundo (As) . . . 94 QAnt Carga residual do intervalo anterior em xxxxx xxx

xxxampere.segundo (As) . . . 94 δt Intervalo de an´alise em segundo (s) . . . 94

PM Op f ut Potˆencia m´edia total dos “n− t” modos de opera¸c˜ao

xxxfuturos em watt (W ) . . . 94

IM Opi Intensidade da corrente do i´esimo modo de opera¸c˜ao

xxxem ampere (A) . . . 122

ImaiorM Op Intensidade da corrente do modo de opera¸c˜ao de maior

xxvalor em ampere (A). . . 122

Vbat Tens˜ao nominal da bateria em volt (V ) . . . 122

PM Opi Potˆencia m´edia do i-´esimo modo de opera¸c˜ao emxxxxxxx

xxwatt (W ) . . . 122

Δtdesc Intervalo de dura¸c˜ao do teste de descarga em xxxxxx

xxsegundo (s) . . . 124 σ Desvio Padr˜ao . . . 146

Vstoc N´ıvel de tens˜ao equivalente ao n´ıvel do STOC daxxxx

xxbateria em volts (V ) . . . 212

Vbatmax Tens˜ao m´axima da bateria na condi¸c˜ao de plena carga

xxem volts (V ) . . . 212

v Tens˜ao te´orica da c´elula que constitui a bateria emxxx xxvolts (V ) . . . 212 γ Parˆametro que relaciona a tens˜ao de opera¸c˜ao com o

xxn´ıvel do STOC . . . 212

m Coeficiente angular da reta da tens˜ao da bateria em

(34)

stoc percentual da m´axima carga presente no interior de

xxxuma bateria recarreg´avel. . . 214 Δtstoc Valor equivalente a 1/10 do intervalo total de dura¸c˜ao

xxdo teste de descarga . . . 214

m Coeficiente angular da reta do STOC em fun¸c˜ao doxx xxparˆametro γ . . . 215

k Coeficiente linear da reta do STOC em fun¸c˜ao doxxxx xxparˆametro γ . . . 215

Qnl Carga da bateria segundo o modelo n˜ao linear emxxxx

xxampere.s (As) . . . 216 Qf Capacidade residual final da bateria considerando o

xxxcomportamento linear e n˜ao linear. . . 216

Q Carga da bateria em ampere hora (Ah) . . . 237

I(t) Intensidade da corrente de carga/descarga da bateria

xxxem ampere (A) . . . 237

μ Fator de eficiˆencia ou utiliza¸c˜ao da bateria . . . 237

C/T Taxa de descarga da carga da bateria . . . 237

C Capacidade da bateria em ampere hora (Ah) . . . 237

Tdescarga Tempo de descarga da bateria em hora (h) . . . 237

(35)

1 INTRODU ¸C ˜AO . . . . 37 1.1 APRESENTA ¸C ˜AO . . . 37 1.2 CONTEXTUALIZA ¸C ˜AO DO PROBLEMA DE PESQUISA . 38 1.3 JUSTIFICATIVA . . . 40 1.4 OBJETIVOS E CONTRIBUI ¸C ˜OES . . . 41 1.5 METODOLOGIA . . . 42 1.6 ORGANIZA ¸C ˜AO DO DOCUMENTO . . . 44 2 FUNDAMENTA ¸C ˜AO TE ´ORICA . . . . 47 2.1 POTˆENCIA E ENERGIA EL´ETRICA . . . 47 2.2 CONSUMO DE POTˆENCIA EM PROCESSADORES . . . 49 2.3 BENCHMARKS . . . 52 2.4 SISTEMAS CIBERF´ISICOS . . . 53 2.4.1 Contextualiza¸c˜ao da P&D dos SCFs. . . 54 2.4.2 Desafios de Pesquisa dos SCFs . . . 55 2.4.3 Principais Dom´ınios e Aplica¸c˜oes dos SCFs . . . 57 2.5 CONSIDERA ¸C ˜OES . . . 59 3 AN ´ALISE DO ESTADO DA ARTE . . . . 61 3.1 ABORDAGENS DE PROJETO VISANDO A EFICIˆENCIA

ENERG´ETICA EM SISTEMAS COMPUTACIONAIS . . . 61 3.1.1 Abordagem de Baixo Consumo de Potˆencia El´etrica

(Low-Power Design) . . . 63 3.1.2 Abordagem Sens´ıvel ao Consumo de Potˆencia El´etrica

(Power-Aware Design) . . . 64 3.1.3 Abordagem Sens´ıvel ao Consumo de Energia El´etrica

(Energy-Aware Design). . . 65 3.2 CONSUMO RELATIVO AO PROCESSAMENTO DOS

(36)

3.2.2 Consumo doSoftware pela Abordagem Baseada em Simula¸c˜ao . . . 70 3.3 CONSIDERA ¸C ˜OES . . . 73

4 M´ETODO PARA GERENCIAMENTO DO CONSUMO

DE ENERGIA EL´ETRICA EM SCFS . . . . 75 4.1 APRESENTA ¸C ˜AO DA PROPOSTA . . . 75 4.2 ESTIMATIVA DO CONSUMO ENERG´ETICO . . . 78 4.2.1 C´alculo da Potˆencia do Perif´erico . . . 81 4.2.2 C´alculo da Potˆencia do Processamento doSoftware

de Controle . . . 82 4.2.3 Formula¸c˜ao do Tempo de Dura¸c˜ao da Atividade . . . . 83 4.3 AVALIA ¸C ˜AO DA CARGA RESIDUAL DA BATERIA . . . 85 4.3.1 Modelo Linear da Bateria . . . 87 4.3.1.1 Identifica¸c˜ao dos parˆametros el´etricos da bateria . . . 88 4.3.1.2 C´alculo da autonomia da bateria . . . 89 4.4 AJUSTE DA DEMANDA DO SISTEMA . . . 91 4.5 CONSIDERA ¸C ˜OES . . . 96 5 APRESENTA ¸C ˜AO DO FATOR DE COMPLEXIDADE

E DO MODELO LINEAR DA BATERIA . . . . 99 5.1 C ´ALCULO DO FATOR DE COMPLEXIDADE DO

SOFT-WARE . . . 99

5.1.1 Introdu¸c˜ao . . . 100 5.1.2 Fun¸c˜ao dos Programas Selecionados pela Heur´ıstica 102 5.2 MODELO LINEAR DA BATERIA . . . 105 5.2.1 Apresenta¸c˜ao . . . 105 5.2.2 Set-up Experimental . . . 106 5.2.2.1 Cen´ario 1 - ciclo ´unico . . . 107 5.2.2.2 Cen´ario 2 - ciclo ´unico . . . 107 5.2.2.3 Cen´ario 3 - ciclo composto . . . 108 5.2.3 An´alise dos Resultados . . . 108 5.3 CONSIDERA ¸C ˜OES . . . 110 6 APLICA ¸C ˜AO DO M´ETODO PROPOSTO . . . 111 6.1 APRESENTA ¸C ˜AO . . . 111 6.2 LEVANTAMENTO DAS INFORMA ¸C ˜OES DO SCF . . . 112 6.2.1 Identifica¸c˜ao das Atividades da Aplica¸c˜ao . . . 113 6.2.1.1 Plano de Trabalho . . . 113 6.2.1.2 Plano Seguro . . . 116 6.2.2 Estrutura¸c˜ao dos Perif´ericos . . . 116 6.3 LEVANTAMENTO DAS POTˆENCIAS . . . 117

(37)

6.3.3 Potˆencia do Processamento dosSoftwares de Con-trole . . . 120 6.3.4 Defini¸c˜ao dos Modos de Opera¸c˜ao . . . 121 6.4 DETERMINA ¸C ˜AO DA CAPACIDADE REAL DA BATERIA121 6.5 AJUSTE DA OPERA ¸C ˜AO DO SCF . . . 125 6.6 CONSIDERA ¸C ˜OES . . . 126 7 AVALIA ¸C ˜AO DA PROPOSTA . . . 127 7.1 APRESENTA ¸C ˜AO . . . 127 7.2 MATERIAIS E M´ETODOS . . . 128 7.3 ROB ˆO PIONEER P3-DX . . . 130 7.3.1 Prepara¸c˜ao do Set-up do Robˆo . . . 131 7.3.2 Detalhamento do Diagrama El´etrico . . . 136 7.4 DESENVOLVIMENTO DOS ENSAIOS . . . 141 7.4.1 Prepara¸c˜ao dos Ensaios Baseados no Algoritmo de

Navega¸c˜ao . . . 141 7.4.2 Desenvolvimento dos Ensaios Navega¸c˜ao . . . 143 7.4.2.1 Robˆo suspenso . . . 144 7.4.2.2 Robˆo com carga . . . 149 7.4.3 Ensaios Independentes da Navega¸c˜ao . . . 153 7.4.3.1 Scanner LASER . . . 153 7.4.3.2 Sistema de vis˜ao est´ereo . . . 155 7.4.3.3 Testes complementares . . . 157 7.5 CONSIDERA ¸C ˜OES . . . 158 8 RESULTADOS OBTIDOS . . . 161 8.1 APRESENTA ¸C ˜AO . . . 161 8.2 TEMPO DE ATIVIDADE DOS MODOS DE OPERA ¸C ˜AO . 162 8.3 CONSUMO DO SISTEMA ELETROELETR ˆONICO . . . 164 8.3.1 Estimativa Atrav´es das Especifica¸c˜oes . . . 164 8.3.2 Estimativa Atrav´es dos Ensaios . . . 165 8.4 CONSUMO DOS PERIF´ERICOS E SOFTWARES DE

CON-TROLE . . . 166 8.4.1 Motor – Modo Deslocamento . . . 166 8.4.1.1 Estimativa a partir das especifica¸c˜oes . . . 167 8.4.1.2 Estimativa a partir do ensaio . . . 168 8.4.2 Motor – Modo Frenagem Linear . . . 170 8.4.2.1 Estimativa a partir das especifica¸c˜oes . . . 170 8.4.2.2 Estimativa a partir dos ensaios . . . 171 8.4.3 Motor – Modo Rota¸c˜ao . . . 172 8.4.3.1 Estimativa a partir das especifica¸c˜oes . . . 172

(38)

8.4.4.1 Estimativa a partir das especifica¸c˜oes . . . 175 8.4.4.2 Estimativa a partir dos ensaios . . . 175 8.4.5 Modo – Laser . . . 177 8.4.5.1 Estimativa a partir das especifica¸c˜oes . . . 177 8.4.5.2 Estimativa a partir dos ensaios . . . 178 8.4.6 Modo – Sistema de Vis˜ao . . . 179 8.4.6.1 Estimativa a partir das especifica¸c˜oes: . . . 179 8.4.6.2 Estimativa a partir dos ensaios . . . 180 8.4.7 Resumo do Consumo do SEE e dos MOs . . . 181 8.4.8 Avalia¸c˜ao do Erro no C´alculo das Potˆencias . . . 182 8.5 AN ´ALISE DA ENERGIA DOS MOS . . . 184 8.6 ENERGIA FINAL CONSUMIDA PELO SCF AVALIADO . 187 8.7 CONSIDERA ¸C ˜OES . . . 187 9 CONCLUS ˜OES E PERSPECTIVAS . . . 189 9.1 S´INTESE DA PESQUISA . . . 189 9.2 CONSIDERA ¸C ˜OES . . . 190 9.3 CONTRIBUI ¸C ˜OES . . . 193 9.4 CONCLUS ˜AO . . . 195 9.5 SUGEST˜AO PARA FUTUROS TRABALHOS . . . 196 REFERˆENCIAS . . . 199 APˆENDICE A -- Modelo N˜ao Linear da Bateria . . . 211 APˆENDICE B -- An´alise da Sensibilidade Energ´etica do

SCF . . . 225 ANEXO A -- Baterias - Aspectos Gerais . . . 233

(39)

Introdu¸

ao

“S´o h´a um princ´ıpio motor: a faculdade de de-sejar.”

Arist´oteles, Gr´ecia Antiga, 384a.C.-322a.C. (Fil´ o-sofo Cientista)

Ao longo deste cap´ıtulo, apresentam-se as bases que funda-mentam o estudo desenvolvido. Primeiramente a ´area de pesquisa ´e contextualizada e justificada. Na sequˆencia apresenta-se o objetivo geral, os objetivos espec´ıficos e as contribui¸c˜oes imediatas do modelo desenvolvido. Faz-se um resumo de como a pesquisa foi conduzida e ao final faz-se a s´ıntese do conte´udo dos cap´ıtulos integrantes desta tese.

1.1 APRESENTA ¸C ˜AO

O consumo de energia el´etrica impacta de forma decisiva no desempenho dos servi¸cos relacionados aos sistemas computacionais. Dessa forma, torna-se importante gerenciar os aspectos relacionados `

a energia, pois a cada dia aumenta o n´umero de dispositivos computa-cionais denominados embarcados. Entende-se por sistema embarcado um sistema de computa¸c˜ao cujo processamento da informa¸c˜ao ´e inte-grado ao dispositivo ou sistema que ele controla, com o objetivo de aumentar e/ou otimizar suas funcionalidades (MARWEDEL, 2011;LEE; SESHIA, 2011).

Em grande parte das situa¸c˜oes, as caracter´ısticas construtivas dos sistemas embarcados os impedem de serem conectados `a rede de energia el´etrica. Em tais condi¸c˜oes, a op¸c˜ao para torn´a-los operacionais ´

(40)

deste tipo de fonte implica em uma s´erie de restri¸c˜oes para o sistema devido `a sua natureza finita. O uso indevido ou a negligˆencia em rela¸c˜ao `

as medidas preventivas pode representar riscos para a instala¸c˜ao, como a perda ou a deteriora¸c˜ao de equipamentos, resultante da interrup¸c˜ao indevida do sistema.

Dessa forma, a gest˜ao da energia passa a ser de fundamental relevˆancia para os sistemas embarcados, uma vez que, al´em dos riscos citados, os limites energ´eticos interferem diretamente na quantidade e na qualidade dos servi¸cos e dos aplicativos disponibilizados. Nesse sentido, as funcionalidades ficam limitadas `a capacidade da fonte de energia que os alimenta.

A preocupa¸c˜ao com a redu¸c˜ao do consumo era uma quest˜ao pouco difundida at´e meados de 1980. Desde ent˜ao, ela passou a ser um requisito chave na concep¸c˜ao de circuitos integrados, prin-cipalmente por levar em conta os requisitos t´ermicos e a oferta das funcionalidades da aplica¸c˜ao, ditadas pela capacidade da bateria. Com essa preocupa¸c˜ao, foram desenvolvidas t´ecnicas para apoiar o projeto desses dispositivos, as quais podem ser aplicadas em n´ıvel de circuitos, sistemas, arquiteturas e aplica¸c˜oes (VENKATACHALAM; FRANZ, 2005).

1.2 CONTEXTUALIZA ¸C ˜AO DO PROBLEMA DE PESQUISA

No que diz respeito ao uso da energia el´etrica, vivencia-se a fus˜ao acelerada de infraestruturas de informa¸c˜ao. Dispositivos confi´aveis, conectados em rede, com custo reduzido de hardware e ferramentas amig´aveis de software, atingiram n´ıveis atrativos para serem conjugados em aplica¸c˜oes mais abrangentes. Essas aplica¸c˜oes empregam recursos da Ciˆencia e da Engenharia da Computa¸c˜ao para ampliar e melhorar as aplica¸c˜oes em sistemas mecˆanicos, el´etricos, t´ermicos, qu´ımicos, biol´ogicos e suas combina¸c˜oes (KIM, 2010).

A comunidade cient´ıfica designou o termo “Cyber-Physical

Sys-tem (CPS)” para endere¸car as pesquisas nessa ´area. No Brasil, o uso da terminologia ´e recente, de modo que, nesta tese, adotou-se a express˜ao “Sistema Ciberf´ısico (SCF)” para estabelecer a sua referˆencia.

Os SCFs s˜ao exemplos de sistemas onde ´e pertinente o emprego de t´ecnicas relacionadas `a eficiˆencia energ´etica. Tais sistemas se carac-terizam por uma forte intera¸c˜ao entre os dispositivos eletromecˆanicos, presentes em uma determinada aplica¸c˜ao, e o sistema computacional embarcado (BAHETI; GILL, 2009). Por fazerem parte dos SCFs, os projetos de sistemas computacionais embarcados s˜ao confrontados com

(41)

o desafio de obter um alto desempenho com um consumo reduzido de energia el´etrica. O alto desempenho ´e exigido pelos aplicativos cada vez mais complexos que s˜ao executados em dispositivos port´ateis, enquanto que o baixo consumo de energia ´e necess´ario para alcan¸car n´ıveis condizentes com a autonomia da bateria que alimentam esses sistemas.

Considerando esse cen´ario, questiona-se como ´e poss´ıvel fazer o projeto desses sistemas para que se maximize o seu desempenho e a vida ´util da bateria. O desafio est´a em como equilibrar esses objetivos conflitantes, pois as t´ecnicas para a redu¸c˜ao da energia tendem a diminuir o desempenho, enquanto que n´ıveis de performance elevados requerem um maior consumo de energia.

T˜ao importante quanto o desenvolvimento de estrat´egias que minimizem o consumo energ´etico dos sistemas computacionais ´e a necessidade de se conhecer o perfil energ´etico do conjunto e, assim, avaliar aspectos de performance e consumo com crit´erios que permitam considerar a natureza da aplica¸c˜ao (VENKATACHALAM; FRANZ, 2005). A avalia¸c˜ao energ´etica de uma aplica¸c˜ao n˜ao deve estar so-mente limitada ao conhecimento da potˆencia que o dispositivo consome, porque para determinar a autonomia da bateria tamb´em ´e necess´ario que se conhe¸ca a energia consumida pelo sistema, que depende do tempo. Portanto, para a correta avalia¸c˜ao da energia de um sistema ´e necess´ario incluir n˜ao s´o a potˆencia, mas tamb´em a frequˆencia de uso de cada componente do sistema (LORCH, 2007).

De uma forma geral, os sistemas alimentados por baterias - nesse grupo incluem-se os SCFs sob estudo - est˜ao sujeitos a uma s´erie de restri¸c˜oes que se referem `a capacidade e `a durabilidade da bateria, tornando desej´avel a ado¸c˜ao de pr´aticas relacionadas `a eficiˆencia ener-g´etica. Apesar da criticidade que diz respeito ao consumo de energia em SCF, existem poucas ferramentas para auxiliar os desenvolvedores desses sistemas a elaborar e a avaliar seus projetos em torno dessa quest˜ao.

Ao analisar os componentes que integram os SCFs, nota-se que a diversidade de dispositivos eletroeletrˆonicos constitutivos desses sis-temas implica em diferentes perfis energ´eticos. Esse aspecto, em adi¸c˜ao ao fato da grande maioria das ferramentas destinadas ao gerenciamento do consumo serem voltadas para o projeto de circuitos integrados, prejudica a convergˆencia de procedimentos para integrar diferentes dom´ınios da ciˆencia (PEDRAM, 1995; PEDRAM; WU, 2002; VENKAT-ACHALAM; FRANZ, 2005). Tais constata¸c˜oes refor¸cam a necessidade de abordagens relacionadas ao gerenciamento energ´etico capazes de

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atender `as exigˆencias dessa classe de sistemas.

Essa integra¸c˜ao implica em uma dependˆencia de funcionamento entre as estruturas computacional e f´ısica, envolvidas no desempenho das atividades do SCF, conforme sugere o diagrama ilustrado na figura 1. Nesse caso, os sinais sensores e de controle dos atuadores realizam a interface entre essas estruturas. Por consequˆencia, s˜ao geradas as condi¸c˜oes necess´arias para o sensoriamento de um processo e a realiza¸c˜ao de a¸c˜oes de controle, sendo essas frutos de a¸c˜oes planejadas.

Figura 1 – Diagrama em blocos de um sistema de automa¸c˜ao (PEREIRA, 1996).

A presente tese pretende contribuir na amplia¸c˜ao de solu¸c˜oes para as quest˜oes relacionadas `a eficiˆencia energ´etica em SCFs e, por isso, prop˜oe um m´etodo para gerenciar o consumo de energia el´etrica em SCFs alimentados por baterias. Esse gerenciamento tem a finalidade de adequar a demanda do sistema `a capacidade residual da fonte de energia, atrav´es do escalonamento da atividade compat´ıvel para o funcionamento seguro da instala¸c˜ao. O diferencial da proposta ´e que o gerenciamento ser´a realizado via software, de modo que as vari´aveis associadas ao consumo sejam obtidas e manuseadas sem a utiliza¸c˜ao de m´etodos intrusivos, tais como instrumentos de medi¸c˜ao.

1.3 JUSTIFICATIVA

A crescente multiplica¸c˜ao de aplica¸c˜oes relacionadas aos SCFs demanda pelo aprimoramento das ferramentas relacionadas ao projeto desses sistemas. A estrutura multidisciplinar dos projetos acarreta a presen¸ca de uma diversidade de dispositivos com diferentes perfis de consumo energ´etico (motores e outros perif´ericos, sensores, sistema de comunica¸c˜ao, etc). Tal fato sugere o estabelecimento de teorias que relacionem os princ´ıpios computacionais ao consumo energ´etico. Entretanto, as atuais abordagens que tratam sobre o gerenciamento

(43)

energ´etico (discutidas no cap´ıtulo 3), n˜ao s˜ao completas o suficientes para tratar dessa classe de sistemas.

Assim, no intuito de se estabelecer uma estrutura gen´erica para a gest˜ao da energia em SCFs, ´e necess´ario avaliar o consumo da aplica¸c˜ao como um todo. Em outras palavras, deve-se incluir detalhes sobre o funcionamento do sistema computacional e dos perif´ericos, o que exige o conhecimento da arquitetura, dos programas usados para o controle das funcionalidades, das caracter´ısticas el´etricas e/ou mecˆanicas dos perif´ericos e das condi¸c˜oes em que o sistema ir´a operar.

Pelo ponto de vista da operacionalidade do SCF, a incerteza da durabilidade da fonte de energia ´e um fator de risco para o sistema, uma vez que panes por falta de energia podem causar acidentes ou exigir retrabalhos. Por outro lado, o momento apropriado para a recarga da bateria depende da aplica¸c˜ao e da experiˆencia do projetista, o que torna o sistema vulner´avel ou ineficiente, al´em do que recargas r´apidas e frequentes contribuem para a redu¸c˜ao da vida ´util da bateria.

Com base nesses fatos e com o apoio das informa¸c˜oes que inte-gram o cap´ıtulo 3, constata-se a limita¸c˜ao de abordagens que auxiliem na avalia¸c˜ao do perfil energ´etico de SCFs alimentados por baterias. Portanto, buscando desenvolver esse aspecto, esta tese elabora um conjunto de procedimentos para auxiliar na identifica¸c˜ao de situa¸c˜oes energeticamente cr´ıticas, que colocar˜ao o sistema em riscos de opera¸c˜ao devido `a falta de capacidade da bateria.

1.4 OBJETIVOS E CONTRIBUI ¸C ˜OES

O objetivo principal desta pesquisa ´e estabelecer um modelo matem´atico para calcular o consumo energ´etico de SCFs alimentados por baterias. O modelo desenvolvido ´e aplicado via software e ´e denomi-nado M´etodo para Gerenciamento de Energia em Sistemas Ciberf´ısicos (MGCEE).

O MGCEE ´e um conjunto de a¸c˜oes integradas dedicadas ao gerenciamento do consumo de energia el´etrica. Consequentemente, destina-se a capturar e a antecipar situa¸c˜oes energeticamente cr´ıticas, de modo a evitar a ocorrˆencia de paradas indesej´aveis, motivadas pela falta de capacidade da bateria. Dessa forma, o modelo matem´atico desenvolvido ´e inicialmente empregado para avaliar e monitorar o consumo energ´etico do SCF. Posteriormente, caso necess´ario, ajusta-se a sua opera¸c˜ao, ponderando as atividades da aplica¸c˜ao em conjunto com a carga residual da bateria.

(44)

Delineado o objetivo geral desta pesquisa, seguem-se os objetivos espec´ıficos:

1. Elaborar um modelo matem´atico para avaliar o consumo energ´ e-tico dos perif´ericos controlados por softwares embarcados; 2. Estabelecer crit´erios para auxiliar na identifica¸c˜ao da intera¸c˜ao

energ´etica entre o sistema computacional e o sistema f´ısico; 3. Estabelecer um equacionamento para formular a energia

consu-mida em SCFs alimentados por bateria.

4. Propor uma heur´ıstica para avalia¸c˜ao do consumo dos softwares usados no controle dos perif´ericos;

5. Desenvolver um modelo matem´atico para estimar a carga da bateria via software;

6. Definir os procedimentos para dar suporte ao desenvolvimento do MGCEE;

7. Elaborar uma m´etrica para avaliar o n´ıvel de sensibilidade do sistema com rela¸c˜ao ao consumo de energia;

Com base nos objetivos enumerados acima, vislumbram-se as seguintes contribui¸c˜oes de pesquisa:

• A defini¸c˜ao de um equacionamento para sistematizar o c´alculo da

potˆencia dos dispositivos em n´ıvel de projeto do SCF. A estrutura gen´erica do modelo proposto facilita a adapta¸c˜ao e o seu reuso em fun¸c˜ao das informa¸c˜oes el´etricas dispon´ıveis.

• Desenvolvimento de uma abordagem exclusivamente

computa-cional para o monitoramento do consumo de energia de SCFs, criando-se meios para antecipar a¸c˜oes preventivas, como a pre-ven¸c˜ao de paradas pela falta de carga da bateria.;

Entende-se que o conjunto proporciona uma vis˜ao organizada do SCF sob o aspecto energ´etico, em que consideram-se os elementos do sistema computacional e do sistema f´ısico.

1.5 METODOLOGIA

O processo investigativo foi constru´ıdo com base em informa¸c˜oes que abrangem assuntos relacionados `a Engenharia da Computa¸c˜ao e

(45)

`

a Engenharia El´etrica. A figura 2 resume o conjunto dos principais assuntos envolvidas na realiza¸c˜ao da tese.

Figura 2 – Rela¸c˜ao dos assuntos envolvidos no desenvolvimento da tese.

Na primeira etapa de pesquisa buscou-se conhecer melhor os SCFs, atrav´es de buscas pela express˜ao original do inglˆes

“Cyber-Physical Systems”. Caracterizou-se a partir dessa investiga¸c˜ao que, al´em do sistema computacional embarcado, um SCF re´une diferentes componentes anal´ogicos e digitais. Tudo isso adiciona uma elevada complexidade a esses sistemas, os quais s˜ao minuciosamente tratados ao longo desta tese de doutorado.

Em seguida estruturou-se o conhecimento para as quest˜oes rela-cionadas aos sistemas embarcados, sob a ´otica do consumo de potˆ en-cia e da energia el´etrica. Delimitaram-se os aspectos relevantes no escopo da avalia¸c˜ao energ´etica de tais sistemas. O amadurecimento do conhecimento foi definido a partir da ˆenfase sobre as t´ecnicas de gerenciamento do consumo. Analisaram-se as abordagens que tratam da redu¸c˜ao do consumo em sistemas embarcados, de forma a identificar as vari´aveis envolvidas com esse processo, contextualizar os cen´arios aplic´aveis dessas abordagens e, por fim, estruturar parte da solu¸c˜ao.

Ainda na fase de desenvolvimento, foi necess´ario aprofundar os estudos sobre baterias, suas caracter´ısticas, modelos e formas de avaliar o seu estado de carga. Essa fase foi marcada pela necessidade de definir um mecanismo capaz de mensurar o estado da bateria sem a utiliza¸c˜ao de meios intrusivos. Tal caracter´ıstica ´e um dos diferenciais da proposta da tese: realizar a estimativa da autonomia via software, assemelhando-se a um instrumento virtual. A formaliza¸c˜ao do modelo matem´atico da bateria foi estruturado utilizando das informa¸c˜oes te´oricas aplicadas ao

(46)

desenvolvimento de experimentos que auxiliaram no equacionamento final do modelo.

A avalia¸c˜ao do modelo matem´atico do consumo energ´etico foi feito atrav´es da realiza¸c˜ao de um estudo de caso envolvendo um sistema rob´otico m´ovel. O estudo concentrou-se em aspectos relacionados `a navega¸c˜ao, para ent˜ao ser viabilizado o desenvolvimento dos experi-mentos usados para a verifica¸c˜ao do modelo proposto.

Paralelamente ao desenvolvimento dos experimentos, exigiu-se o emprego de conhecimentos sobre instala¸c˜oes el´etricas, medidas el´etricas e eletrˆonica. Tais habilidades foram necess´arias para que as correntes el´etricas consumidas durante a opera¸c˜ao do robˆo fossem medidas. Tendo-se as intensidades de corrente e os n´ıveis de tens˜ao de opera¸c˜ao dos componentes, foram obtidos os subs´ıdios necess´arios para validar a proposta da tese.

1.6 ORGANIZA ¸C ˜AO DO DOCUMENTO

O restante deste documento ´e organizado da seguinte maneira:

• Cap´ıtulo 2 - Conceitua¸c˜ao Te´orica

Cap´ıtulo em que apresentam-se os fundamentos te´oricos e ma-tem´aticos relacionados com o tema de pesquisa. Inicialmente, exp˜oe-se a base matem´atica sobre potˆencia e energia el´etrica. Na sequˆencia, discutem-se quest˜oes relativas ao consumo de proces-sadores, seguido por uma breve introdu¸c˜ao sobre benchmarks. Os Sistemas Ciberf´ısicos s˜ao contextualizados, e, ao final, comenta-se sobre tecnologia de armazenamento de energia com o foco em baterias.

• Cap´ıtulo 3 - An´alise do Estado da Arte

Consideram-se nesse cap´ıtulo as abordagens na ´area de redu¸c˜ao de potˆencia el´etrica e energia el´etrica existentes. Resumem-se as t´ecnicas usadas para a medida do consumo energ´etico de softwares atrav´es da apresenta¸c˜ao de alguns trabalhos relacionados com a medida do consumo de energia em softwares embarcados e t´ecnicas para mensurar o consumo de processamento de softwares embarcados.

• Cap´ıtulo 4 - M´etodo para Gerenciamento de Energia El´etrica em SCFs

Cap´ıtulo em que se descreve a proposta de pesquisa desta tese. Apresenta-se a fundamenta¸c˜ao matem´atica usada para estruturar

(47)

o modelo matem´atico do consumo energ´etico em SCFs alimenta-dos por baterias. Ap´os a apresenta¸c˜ao do modelo, segue-se com as explica¸c˜oes que estruturam o m´etodo proposto.

• Cap´ıtulo 5 - Apresenta¸c˜ao do Fator de Complexidade e do Modelo Linear da Bateria

Composto por duas se¸c˜oes. A primeira delas detalha a heur´ıstica elaborada para definir o fator de complexidade do software. A segunda se¸c˜ao refere-se `a explica¸c˜ao do modelo linear da bateria e como foi realizada a sua avalia¸c˜ao.

• Cap´ıtulo 6 - Aplica¸c˜ao do M´etodo Proposto

Faz-se a orienta¸c˜ao de como implementar o m´etodo proposto pelo cap´ıtulo 4, atrav´es da inclus˜ao de informa¸c˜oes sobre formas de execu¸c˜ao e procedimentos que integram o desenvolvimento do MGCEE. Explicam-se as particularidades `a respeito da sequˆencia de a¸c˜oes que conduzem `a estrutura final do m´etodo.

• Cap´ıtulo 7 - Avalia¸c˜ao da Proposta

Descreve-se o estudo de caso usado na valida¸c˜ao do modelo, cujo cen´ario ´e composto por uma aplica¸c˜ao de rob´otica m´ovel. S˜ao expostos os meios usados na implementa¸c˜ao do experimento, no qual foram realizadas medi¸c˜oes da intensidade da corrente el´etrica consumida pelo robˆo. Os resultados s˜ao usados na comprova¸c˜ao da hip´otese em an´alise.

• Cap´ıtulo 8 - Resultados Obtidos

Os resultados dos experimentos s˜ao apresentados e analisados. S˜ao estabelecidas compara¸c˜oes entre as estimativas obtidas pela aplica¸c˜ao do MGCEE e os resultados das medi¸c˜oes realizadas na etapa da avalia¸c˜ao da proposta. Ao final, os resultados da compara¸c˜ao s˜ao analisados e discutidos para estabelecer um parecer sobre a valida¸c˜ao da hip´otese defendida.

• Cap´ıtulo 9 - Conclus˜oes e Perspectivas

Finaliza-se o documento com a apresenta¸c˜ao das conclus˜oes sobre o modelo proposto e as considera¸c˜oes acerca da estrutura do MGCEE. Acrescentam-se as sugest˜oes sobre temas para compor futuras pesquisas.

• Apˆendice A - Modelo N˜ao Linear da Bateria

Explica-se a heur´ıstica que calcula o comportamento n˜ao linear da bateria, a qual complementa o modelo do comportamento linear.

(48)

• Apˆendice B - An´alise da Sensibilidade Energ´etica do SCF

Introduzem-se os conceitos `a respeito de como avaliar o qu˜ao energ´eticas s˜ao as atividades que integram o funcionamento de um sistema. Tais conceitos s˜ao empregados na an´alise da sensi-bilidade energ´etica do estudo de caso do robˆo Pioneer P3-DX.

• Anexo A - Baterias – Aspectos Gerais

Apresentam-se as caracter´ısticas das baterias, focando as infor-ma¸c˜oes e detalhes pertinentes ao desenvolvimento do estudo.

(49)

Fundamenta¸

ao Te´

orica

“Nossas a¸c˜oes s˜ao as melhores interpreta¸c˜oes de nossos pensamentos.”

John Locke, Inglaterra, 1632-1704 (Fil´osofo) Neste cap´ıtulo apresentam-se os princ´ıpios que fundamentam os temas relacionados com essa tese de doutorado: a energia el´etrica, o consumo energ´etico em processadores, os benchmarks e os sistemas ciberf´ısicos. Inicialmente, s˜ao revisados os conceitos matem´aticos rela-cionados com potˆencia e energia el´etrica em circuitos el´etricos, sendo tais conceitos estendidos para abranger o consumo dos processadores, respons´aveis pelo processamento dos programas computacionais. Apre-senta-se tamb´em um t´opico sobre benchmarks, que tem como objetivo fundamentar a base te´orica usada para o desenvolvimento do c´alculo do consumo do software proposto por esta tese. Tamb´em se inclui nesse cap´ıtulo uma caracteriza¸c˜ao detalhada dos Sistemas Ciberf´ısicos, incluindo suas principais caracter´ısticas, desafios e aplica¸c˜oes.

2.1 POTˆENCIA E ENERGIA EL´ETRICA

Segundo EDMINISTER (1981), a potˆencia refere-se a qu˜ao rapi-damente a energia ´e usada ou convertida em outra forma de energia. Em sistemas el´etricos, a Potˆencia El´etrica ´e calculada pelo produto entre a tens˜ao el´etrica v (em volt (V )) e a corrente el´etrica i (em amperes (A)), conforme mostra a equa¸c˜ao 2.1.

(50)

O mesmo autor define Energia como sendo a capacidade em realizar trabalho, calculada a partir da potˆencia e do per´ıodo de tempo no qual a potˆencia foi utilizada, conforme indica a equa¸c˜ao 2.2.

w =  t2 t1 p dt =  t2 t1 v i dt (2.2)

Sendo: w a energia em joule (J ), p a potˆencia el´etrica instantˆanea em

watt (W ) e t1o tempo inicial e t2´e o tempo final da observa¸c˜ao, ambos

em segundos (s).

Em rela¸c˜ao ao problema tratado nesta tese, considera-se a ener-gia gasta pelo processador para executar um conjunto de instru¸c˜oes (software). Sendo este efeito o resultado da atividade desenvolvida pela potˆencia el´etrica.

Tendo em vista que a classe de sistemas sob an´alise ´e formada por SCFs alimentados por baterias, evidencia-se que essa fonte de alimenta¸c˜ao ´e de natureza cont´ınua (Corrente Cont´ınua (CC)), ou seja, o circuito el´etrico que emprega essa fonte de alimenta¸c˜ao consome apenas potˆencias ativa em regime cont´ınuo de opera¸c˜ao. J´a em circuitos de corrente alternada (CA), al´em da potˆencia ativa, cuja unidade de medida ´e o watt (W ), devem se preocupar com a potˆencia reativa (Q), representada pela unidade volt− ampere reativo (V Ar), devido `

a presen¸ca de indutores e capacitores. A soma vetorial das potˆencias anteriores resulta na potˆencia aparente (S), sua unidade ´e o volt−

ampere (V A) (BOYLESTAD, 1998).

Dado o exposto, as equa¸c˜oes 2.1 e 2.2 podem ser reescritas assumindo os valores m´edios das grandezas envolvidas. Assim, a potˆencia el´etrica, ´e calculada meio da equa¸c˜ao 2.3.

P = V · I (2.3)

Onde: P indica a potˆencia ativa em watt (W ), V ´e a tens˜ao de opera¸c˜ao m´edia do sistema em volt (V ) e I ´e a corrente m´edia em

ampere (A).

Resolvendo a integral 2.2 e aplicando a substitui¸c˜ao dada por 2.3 chega-se `a e 2.4.

(51)

Onde: E ´e a energia el´etrica consumida em joule (J ) e T indica o intervalo de tempo em que se estabelece o consumo energ´etico em

segundos (s).

Para estabelecer o consumo total em um sistema el´etrico com-posto por m subsistemas, procede-se com o somat´orio das energias parciais consumidas, conforme indica 2.5.

ET = E1+ E2+· · · + Em ET = m  i=1 Ei (2.5)

Onde: ET ´e a energia total do sistema e Eirepresenta as

parce-las individuais do consumo energ´etico de cada subsistema integrante, ambas em joule(J ) .

2.2 CONSUMO DE POTˆENCIA EM PROCESSADORES

A partir da d´ecada de 70, as inova¸c˜oes tecnol´ogicas prove-nientes da integra¸c˜ao de transistores em muita larga escala (VLSI) contribu´ıram para a redu¸c˜ao de custos e consequente diversifica¸c˜ao de aparelhos port´ateis. Esse fato fez surgir necessidades que deram in´ıcio ao desenvolvimento de novas pesquisas, entre elas, as relacionadas ao consumo de energia el´etrica. Tal interesse, justifica-se n˜ao s´o por estar relacionado `a est´etica do dispositivo (peso, portabilidade e design), mas tamb´em `as funcionalidades disponibilizadas por ele (multim´ıdia, ´audio e comunica¸c˜ao) e `a dura¸c˜ao da fonte de energia. Assim, novas ´areas de pesquisa se dedicaram ao estudo de meios para solucionar as quest˜oes envolvendo a eficiˆencia energ´etica.

O ponto de partida para analisar a redu¸c˜ao do consumo de potˆ en-cia come¸ca pela an´alise das principais fontes de consumo em circuitos CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor ): corrente de fuga (leakage current ), corrente de curto circuito (short-circuit current ) e a corrente respons´avel pela carga e descarga dos capacitores de carga. Tais fenˆomenos desencadeiam consumos dinˆamicos ou est´aticos que est˜ao relacionados `a existˆencia de transi¸c˜oes entre os n´ıveis de tens˜ao (nas entradas e sa´ıdas das portas durante a mudan¸ca dos n´ıveis l´ogicos) ou `a ausˆencia da transi¸c˜ao (BUTZEN; RIBAS, 2008;BUTZEN et al., 2009). A literatura aborda as seguintes intensidades de correntes como sendo as principais fontes de consumo de potˆencia em circuitos digitais:

(52)

⇒Corrente de Carga: o modelo da entrada de uma porta de um

circuito digital ´e determinado por um circuito RC, estabelecendo uma estrutura de resistores e capacitores. A corrente de carga ´e a corrente resultante do processo de carga e descarga da capacitˆancia de sa´ıda das portas (PEDRAM, 1995). Nesse caso, a denomina¸c˜ao usual para indicar a potˆencia ligada `a corrente de carga ´e “potˆencia dinˆamica”. A express˜ao que determina seu valor ´e indicada pela equa¸c˜ao 2.6:

Pdin=

1 2 · V

2

dd· CL· Nsw· fclock (2.6)

Onde: Pdin´e a parcela da potˆencia dinˆamica, relacionada `a corrente de

carga, em watt(W ), Vdd´e a tens˜ao de alimenta¸c˜ao do circuito digital em

volt(V ), CL ´e a capacitˆancia de carga da porta l´ogica em f arad (F ),

Nsw indica a atividade de comuta¸c˜ao, que representa o n´umero m´edio

de transi¸c˜oes do circuito por 1/fclocke fclock´e frequˆencia de rel´ogio em

hertz (Hz).

⇒Corrente de Curto Circuito: resultante da corrente que flui

en-tre Vdde GN D nos momentos intermedi´arios das transi¸c˜oes de entrada

(DEVADAS; MALIK, 1995), durante os quais h´a transistores conduzindo simultaneamente em ambas as redes, pull-up e pull-down, criando um caminho de curto-circuito entre Vdd e GN D. Isso ocorre quando um

circuito CMOS est´atico ´e chaveado por um sinal de entrada com tempos de subida e descida n˜ao-zero, tendo-se os transistores PMOS (Positive

Channel Metal Oxide Semiconductor ) e NMOS (Negative Channel

Metal Oxide Semiconductor ) conduzindo simultaneamente por um curto intervalo de tempo. Este consumo pode se tornar substancial se a entrada mudar de maneira lenta, ou seja, se os tempos de subida ou descida dos sinais de entrada dos circuitos forem grandes. Como resultado, surge uma corrente direta de Vdd para GN D durante o

intervalo da comuta¸c˜ao, onde os transistores PMOS e NMOS conduzem simultaneamente. O c´alculo da potˆencia devido `a corrente de curto circuito emprega a equa¸c˜ao 2.7 (DEVADAS; MALIK, 1995):

Pcc= Vdd· Qcc· fclock· Nsw (2.7)

Onde: Pcc´e a parcela da potˆencia devido `a corrente de curto circuito

em watt (W ), Vdd ´e a tens˜ao de alimenta¸c˜ao do circuito digital em

volt (V ) e Qccrepresenta a carga transportada pela corrente de curto

circuito por transi¸c˜ao em coulombs (C), NSW a qual indica atividade

de comuta¸c˜ao, representa o n´umero m´edio de transi¸c˜oes do circuito por 1/fclock e fclock´e frequˆencia de rel´ogio em hertz Hz.

(53)

⇒Corrente de Fuga: essencialmente relacionada aos portadores

minorit´arios da estrutura cristalina de sil´ıcio e manifesta-se quando o cristal ´e polarizado reversamente. Circula no momento em que n˜ao h´a transi¸c˜ao alguma no sinal da porta dos transistor (BUTZEN; RIBAS, 2008). As correntes de fuga, correntes el´etricas que fluem atrav´es de dois pontos entre os quais deveria haver idealmente uma resistˆencia infinita. Estas correntes eram desconsideradas em tec-nologias microm´etricas devido a sua insignificante magnitude. Em tecnologias nanom´etricas elas passaram a ter um papel significativo no consumo total do circuito A equa¸c˜ao que determina o valor da potˆencia consumida em fun¸c˜ao da corrente de fuga ´e expressa pela equa¸c˜ao 2.8.

Pf uga= Vdd· If uga (2.8)

Onde: Pf uga´e a parcela da potˆencia devido `a corrente de fuga em watt

(W ), Vdd ´e a tens˜ao de alimenta¸c˜ao do circuito digital em volt (V ) e

If uga´e a corrente de fuga em amperes (A).

Portanto, as formula¸c˜oes apresentadas servem como base para a an´alise do consumo de potˆencia de circuitos CMOS. De acordo com Chandrakasan, Sheng e Brodersen (1992) s˜ao trˆes as principais fontes de dissipa¸c˜ao de potˆencia, resultantes da corrente de fuga (Pf uga), da

corrente de curto-circuito(Pcc) e da corrente de carga (Pdin), as quais

combinadas resultam na potˆencia total, indicada por 2.9.

Pcmos= Pf uga+ Pcc+ Pdin (2.9)

De forma geral, h´a um consenso na literatura de que a fonte dominante de consumo de potˆencia em circuitos CMOS resulta das capacitˆancias de carga, a qual referem-se como potˆencia dinˆamica (BROOKS; TIWARI; MARTONOSI, 2000;UNSAL; KOREN, 2003; VENKAT-ACHALAM; FRANZ, 2005;BUTZEN; RIBAS, 2008), seguida pela potˆencia relativa `a corrente de curto circuito (BUTZEN; RIBAS, 2008).

Para viabilizar a redu¸c˜ao do consumo de potˆencia, primeira-mente, deve-se identificar, no conjunto de equa¸c˜oes anteriormente apre-sentadas, as vari´aveis que est˜ao acess´ıveis para realizar esta conduta. Esse procedimento, se resume em minimizar uma ou mais vari´aveis determinadoras do valor da potˆencia dinˆamica (Pdin), considerando que

ela ´e a respons´avel pela parcela de maior consumo. Nesse sentido, as possibilidades incluem o desenvolvimento de processos de produ¸c˜ao de transistores com geometrias e composi¸c˜oes e de t´ecnicas que alterem o funcionamento do hardware ou ainda que interfiram no software. Com base nesse grande grupo, as abordagens de projeto relacionadas ao

(54)

consumo de potˆencia classificam-se em: baixo consumo de potˆencia (low-power design) e sens´ıvel ao consumo de potˆencia (power-aware

design) que s˜ao melhor discutidas no cap´ıtulo 3.

De modo geral, em projetos de baixo consumo, o principal objetivo ´e a minimiza¸c˜ao da potˆencia. Em sistemas sens´ıveis ao consumo de potˆencia, a potˆencia e a energia s˜ao metas de desempenho significativas; nesses casos, o sistema est´a autorizado a modificar o seu comportamento com base na disponibilidade de potˆencia ou de energia (UNSAL; KOREN, 2003).

2.3 BENCHMARKS

A diversidade e a evolu¸c˜ao das arquiteturas dos computadores modernos torna a tarefa de avaliar o desempenho dos sistemas com-putacionais cada vez mais complexa, principalmente perante objetivos espec´ıficos. Assim, os benchmarks tˆem como principal prop´osito pro-porcionar uma infraestrutura capaz de estabelecer, manter e aplicar programas computacionais e m´etricas que auxiliem na compara¸c˜ao de desempenho de objetivos espec´ıficos. Essas estruturas s˜ao compostas por um conjunto de programas computacionais, representativos de uma classe de aplica¸c˜oes. Os benchmarks s˜ao utilizados em diferentes sistemas, fornecendo meios para que esses resultados possam ser com-parados entre as diferentes arquiteturas (BILEN; ALCALDE, 2010).

As poss´ıveis finalidades para os benchmarks encontram-se na avalia¸c˜ao do desempenho de computadores, de aplica¸c˜oes desenvolvidas para a web, de sistemas de alto desempenho, de tempo de execu¸c˜ao, entre outras. S˜ao exemplos de benchmarks: Dhrystone (WEISS, 2002) e

Whetstone (LONGBOTTOM, 2004) (avalia¸c˜ao do desempenho de proces-sadores), LINPACK (medida da performance com opera¸c˜oes com ponto flutuante) (LINPACKBENCHMARK, 2000),(Standard Performance

Eval-uation Corporation (SPEC)(SPEC, 1998) (diversos objetivos: consumo de potˆencia, desempenho de navegadores, entre outros).

Em rela¸c˜ao aos benchmarks voltados para aplica¸c˜oes embar-cadas, destaca-se o conjunto de programas desenvolvido pelo cons´orcio

EDN Embedded Microprocessor Benchmark Consortium (EEMBC). A

EEMBC disponibiliza mais de 60 programas relacionados `as aplica¸c˜oes embarcadas distribu´ıdas nas ´areas de automa¸c˜ao de escrit´orio, automo-tiva e controle industrial, telecomunica¸c˜oes, redes de comunica¸c˜ao, apli-ca¸c˜oes para digitaliza¸c˜ao de imagem, entretenimento digital (POOVEY et al., 2009). Por´em, as informa¸c˜oes s˜ao limitadas aos membros do

(55)

cons´orcio (EEMBC, 2012).

Com prop´osito semelhante, a Universidade de Michigam de-senvolveu e disponibiliza gratuitamente, em c´odigo C, um conjunto contendo 35 programas, chamado MiBench (GUTHAUS et al., 2001). Os programas s˜ao usados em aplica¸c˜oes embarcadas nos seguintes dom´ınios: automotivo e controle industrial, redes de comunica¸c˜ao, seguran¸ca, dispositivos para os consumidores, automa¸c˜ao de escrit´orio e telecomunica¸c˜ao.

Segundo os desenvolvedores do MiBench, o diferencial de pro-gramas computacionais destinados `a aplica¸c˜oes embarcadas se d´a pela computa¸c˜ao mais intensa (opera¸c˜oes com n´umeros inteiros e de ponto flutuante), pela ocorrˆencia de a¸c˜oes de controle (desvios condicionais e incondicionais) e pelo uso de mem´oria (busca e armazenamento de instru¸c˜oes I/O). Com base nessa classifica¸c˜ao, foram realizados testes que mediram o percentual de ocorrˆencia dessas instru¸c˜oes para cada programa; o resultado foi expresso em gr´afico comparativo contendo os

softwares avaliados.

2.4 SISTEMAS CIBERF´ISICOS

Os Sistemas Ciberf´ısicos (SCFs) s˜ao caracterizados pela estreita integra¸c˜ao e coordena¸c˜ao entre a computa¸c˜ao embarcada e as vari´aveis f´ısicas, que interagem com o sistema por meio de sensores e atu-adores (NITRD, 2013).

Figura 3 – Estrutura das disciplinas que integram o sistema ciberf´ısico (adaptado de Dutt e Bozorgzadeh (2010)).

Como uma ´area de pesquisa emergente e interdisciplinar, os SCFs atraem a aten¸c˜ao da comunidade acadˆemica, j´a que eles integram as ´areas de computa¸c˜ao, comunica¸c˜ao e controle de sistemas. Esse contexto est´a representado pela figura 3. Em esferas isoladas, essas

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