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Mapeamento do perfil e destino profissional dos egressos de doutorado da Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC: 2010 - 2017

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FERNANDA CHRISTMANN

MAPEAMENTO DO PERFIL E DESTINO PROFISSIONAL DOS EGRESSOS DE DOUTORADO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM

ESTUDOS DA TRADUÇÃO DA UFSC: 2010 – 2017

Dissertação submetida ao Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Mestra em Estudos da Tradução. Orientadora: Profa. Dra. Andréia Guerini.

Florianópolis 2018

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Fernanda Christmann

MAPEAMENTO DO PERFIL E DESTINO PROFISSIONAL DOS EGRESSOS DE DOUTORADO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM

ESTUDOS DA TRADUÇÃO DA UFSC: 2010 – 2017

Esta dissertação foi julgada adequada para obtenção do Título de “Mestra em Estudos da Tradução” e aprovada em sua forma final pelo

Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução. Florianópolis, 31 de julho de 2018.

__________________________________ Prof ª. Dirce Waltrick do Amarante, Dr ª.

Coordenadora do Curso

Banca Examinadora:

_________________________ Prof.ª Andréia Guerini, Dr.ª

Orientadora

Universidade Federal de Santa Catarina

_________________________ Prof.ª Marie Hélène Catherine

Torres, Dr.ª Examinadora

Universidade Federal de Santa Catarina

_________________________ Prof. Davi Silva Gonçalves, Dr.

Examinador Universidade Estadual do Centro Oeste - Campus Irati

_________________________ Prof. Walter Carlos Costa, Dr.

Examinador (por videoconferência) Universidade Federal de Santa

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Este trabalho é dedicado aos professores, alunos e egressos da PGET.

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AGRADECIMENTOS

O desenvolvimento desta dissertação contou com importantes apoios e incentivos. Gostaria de agradecer em especial à minha orientadora, pela confiança no meu trabalho e paciência.

Aos professores fundadores da PGET e à coordenação, pelo esmero contínuo dedicado a PGET.

Individualmente, Grazie mille.

Andréia Guerini e Karine Simoni. Vielen Dank,

Carlos Ernani Fries. Muchas gracias. Walter Carlos Costa. Merci beaucoup.

Marie Hélène Catherine Torres, Patrícia Costa Rodrigues e Rodrigo D’Avila.

Thank you.

Dirce Waltrick do Amarante, Davi Silva Gonçalves, Maria Lúcia Vasconcellos e Paulo Roberto Kloeppel (In memoriam).

Obrigada,

Eduardo Gabriel Christmann Groscko, Bruna Silva Fragoso, Diego Vieira, Karoly Martini, Marli Dias de Souza Pinto.

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RESUMO

O curso de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é pioneiro da área de tradução no Brasil. Apesar de ser relativamente recente, esse curso tem forte demanda, tendo sido responsável pela titulação de mais de uma centena de doutores até o final de 2017. Por isso, essa dissertação trata do mapeamento do perfil e destino profissional dos egressos doutores da PGET. Este mapeamento, realizado com metodologia própria e informações colhidas no sistema de Controle Acadêmico da Pós-Graduação (CAPG) da UFSC além de fontes abertas (Plataforma Lattes, Plataforma Sucupira e portais de transparência federal e estaduais), visa avaliar a atuação do programa e seu impacto nas competências dos egressos. Os resultados mostram que a missão da PGET é atendida prontamente no tocante à formação de pesquisadores e criação de polo institucional na área de Estudos da Tradução na UFSC uma vez que se observa uma grande concentração de egressos atuando em Santa Catarina e estados vizinhos. Considerando os resultados deste trabalho, pode-se confirmar que a PGET está contribuindo para a continuidade da qualificação dos graduandos em Letras-Línguas Estrangeiras dado que a grande maioria de egressos é oriunda e atua nesta área. A aplicação periódica da metodologia proposta pode auxiliar na elaboração de medidas operacionais que deem suporte para o planejamento estratégico da PGET, auxiliando o acompanhamento das atividades dos egressos do programa. A aplicação da metodologia proposta pode ainda ser estendida a outros programas de pós-graduação, podendo se tornar em uma alternativa promissora para o acompanhamento de egressos conforme as recomendações atuais da CAPES.

Palavras-chave: Egressos. Mapeamento. Pesquisador em Estudos da Tradução. Pós-Graduação em Estudos da Tradução.

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ABSTRACT

The doctoral program of the Postgraduate Program in Translation Studies (PGET) of the Federal University of Santa Catarina (UFSC) is pioneer in the translation area in Brazil. In spite of being relatively recent, this course has a strong demand with more than hundred defended theses until the end of 2017. This work deals with the mapping of the profile and professional destination of PhD graduates of PGET. This mapping was carried out with own methodology and information collected from UFSC Academic Control System (CAPG) in addition to several open sources (Lattes Platform, Sucupira Platform and federal and state transparency portals) aims to evaluate PGET´s performance and its impact on graduates’ competencies. The results show that the mission of PGET is being met in the qualification of researchers and in the founding of an institutional pole in the area of Translation Studies at UFSC, evidenced by the great concentration of doctorates in the State of Santa Catarina and neighboring states. Considering the results of this work, it can be confirmed that the PGET is contributing to the continuity of the qualification of undergraduate students in Foreign Languages since the vast majority of graduates come from and work in this area. The periodic application of the proposed methodology can help in the elaboration of operational plans that support the PGET’s strategic planning, thus preserving the monitoring PhD graduates’ professional activities. Finally, the application of the proposed methodology can be easily extended to other graduate programs, and may become a promising alternative for the follow-up of graduates according to current CAPES recommendations. Keywords: Graduated. Researcher in Translation Studies. Postgraduate in Translation Studies.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Colégios e Grandes Áreas de Avaliação da CAPES ... 34

Figura 2: Titulação por ano - POSTRAD ... 38

Figura 3: Exemplo de histograma mostrando a distribuição da altura de vinte alunos de uma turma ... 41

Figura 4: Exemplo de gráfico de intervalos da média para a altura (em polegadas) de alunos de classe de aula ... 42

Figura 5: Exemplo de gráfico de intervalos da média para a altura (em polegadas) de alunos de classe de aula ... 43

Figura 6: Exemplo de gráfico de intervalos com sobreposição e não sobreposição de intervalos ... 44

Figura 7: Exemplo de gráfico de intervalos em que estes não se sobrepõem ... 44

Figura 8: Exemplo de aplicação do método de agrupamento k-mediana ... 46

Figura 9: Área de concentração e linhas de pesquisas PGET/UFSC (2017) ... 51

Figura 10: Área de concentração e linhas de pesquisas PGET/UFSC (2018) ... 51

Figura 11: Distribuição do quadro de professores PGET/UFSC ... 56

Figura 12: Quantitativo de defesas da PGET (2005 - 2017) ... 57

Figura 13: Proporção relativa ao gênero dos egressos da PGET ... 59

Figura 14: Proporção relativa ao gênero dos doutores em Linguística, Letras e Artes no Brasil ... 60

Figura 15: Distribuição da faixa etária de entrada no doutorado PGET 61 Figura 16: Proporções quanto à nacionalidade dos Egressos PGET ... 61

Figura 17: Mapa mostrando a nacionalidade dos egressos da PGET .... 62

Figura 18: Distribuição dos egressos brasileiros por estado da federação ... 63

Figura 19: Distribuição dos egressos com relação à sua formação nos cursos de Letras e outros cursos ... 64

Figura 20: Frequência das primeiras e segundas graduações cursadas pelos egressos da PGET ... 65

Figura 21: Perfis dos clusters de egressos identificados com respectivas proporções de pertinência ... 67

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Figura 22: Proporção de egressos do doutorado da PGET que cursaram alguma especialização ... 69 Figura 23: Grupos e proporções da titulação de mestrado dos egressos do doutorado da PGET ... 70 Figura 24: Perfis dos clusters de egressos identificados com respectivas proporções de pertinência, considerando a titulação do mestrado ... 71 Figura 25: Faixas de remuneração básica bruta (em reais). ... 72 Figura 26: Quantitativos relativos à segunda proficiência dos egressos da PGET ... 74 Figura 27: Proporções relativas ao número de defesas por linha de pesquisa da PGET ... 75 Figura 28: Distribuição do destino e número de egressos da PGET que fizeram doutorado-sanduíche ... 77 Figura 29: Proporções relativas ao número de egressos com pós-doutorado ... 78 Figura 30: Proporções relativas ao destino profissional dos egressos da PGET ... 79 Figura 31: Clusters de caracterização do destino profissional dos egressos da PGET ... 80 Figura 32: Relação do gênero do egresso com sua remuneração bruta (em reais) ... 82 Figura 33: Relação dos egressos DINTER com remuneração bruta (em reais) dos egressos da PGET ... 83 Figura 34: Relação da atuação profissional com remuneração bruta (em reais) dos egressos da PGET ... 84 Figura 35: Relação da remuneração bruta (em reais) dos egressos da PGET com a proficiência em segunda língua estrangeira ... 85 Figura 36: Destino profissional dos egressos da PGET por estado da federação ... 87 Figura 37: Proporções relativas à natureza jurídica das instituições em que os egressos atuam profissionalmente ... 90

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Fontes de dados e dados coletados ... 28 Quadro 2: Lista das primeira e segunda graduação dos egressos com duas graduações ... 66 Quadro 3: Número de defesas de doutorado por professor da PGET.... 76

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Trabalhos de Conclusão do TRADUSP ... 39 Tabela 2: Número de egressos da PGET por estado da federação ... 86 Tabela 3: Instituições de destino profissional e respectivos números de egressos da PGET ... 90

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BU Biblioteca Universitária

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CAPG Sistema de Controle Acadêmico da Pós-Graduação CCE Centro de Comunicação e Expressão

CNE Conselho Nacional de Educação

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

DINTER Programa de Doutorado Interinstitucional

DLLE Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras IES Instituição de Nível Superior

NUT Núcleo de Tradução

PGET Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina

POET Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal do Ceará

PPGs Programas de Pós-Graduação PROPG Pró-Reitoria de Pós-Graduação SNPG Sistema Nacional de Pós-Graduação SPA Seminário de Pesquisa em Andamento UFC Universidade Federal do Ceará

UFCG Universidade Federal de Campina Grande UFFS Universidade Federal da Fronteira Sul UFPB Universidade Federal da Paraíba UFSC Universidade Federal de Santa Catarina USP Universidade de São Paulo

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 23 1.1 OBJETIVOS ... 25 1.1.1 Objetivo Geral ... 25 1.1.2 Objetivos Específicos ... 26 1.2 RELEVÂNCIA DO TRABALHO ... 26 1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 26 2 METODOLOGIA ... 27 3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 33 3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ... 33

3.2 AVALIAÇÃO DE EGRESSOS DE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ... 35

3.3 PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA TRADUÇÃO NO BRASIL ... 38

3.4 ANÁLISE DE DADOS... 39

3.4.1 Histograma ... 40

3.4.2 Gráficos de intervalos da média (Mean plot) ... 41

3.4.3 Agrupamento k-mediana ... 45

4 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA TRADUÇÃO DA UFSC (PGET) ... 47

4.1 ESTRUTURA CURRICULAR DA PGET ... 50

4.2 PROJETOS DINTER ... 53 4.2.1 DINTER - PARAÍBA ... 53 4.2.2 DINTER - PARÁ ... 54 4.3 PGET EM NÚMEROS ... 55 4.3.1 Docentes ... 55 4.3.2 Discentes ... 56 4.4 PERFIL DO EGRESSO ... 58

5 ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÃO ... 59

5.1 PERFIL DOS EGRESSOS DE DOUTORADO DA PGET . 59 5.1.1 Gênero dos egressos de doutorado da PGET ... 59

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5.1.3 Nacionalidade dos egressos ... 61 5.1.4 Formação acadêmica ... 63 5.1.4.1 Graduação ... 64 5.1.4.2 Pós-Graduação ... 68 5.1.4.2.1 Especialização ... 69 5.1.4.2.2 Mestrado acadêmico ... 69 5.1.5 Remuneração básica bruta... 72 5.2 DOUTORADO NA PGET ... 73 5.2.1 Proficiências ... 73 5.2.2 Linhas de Pesquisa ... 74 5.2.3 Prorrogações... 75 5.2.4 Orientações ... 76 5.2.5 Doutorado-Sanduíche ... 77 5.3 ESTÁGIO PÓS-DOUTORAL ... 78 5.4 DESTINO PROFISSIONAL ... 78 5.4.1 Caracterização dos egressos segundo seu destino profissional ... 79 5.4.2 Análise das relações entre remuneração bruta e outras variáveis categóricas ... 81

5.5 MAPEAMENTO DO DESTINO PROFISSIONAL DOS

EGRESSOS DA PGET ... 85 5.5.1 Mapeamento Geográfico dos Egressos ... 85 5.5.2 Mapeamento das instituições de destino dos egressos PGET

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6 CONCLUSÕES ... 93 REFERÊNCIAS ... 97

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1 INTRODUÇÃO

A disciplina de Estudos da Tradução tem passado relativamente recente. Foi apenas nos anos 70 - 80 do século XX que ela foi criada e reconhecida em âmbito acadêmico, apesar de sua história remontar a tempos imemoriais através das primeiras reflexões desenvolvidas por Heródoto, passando por Cícero, Horácio, Sêneca, Quintiliano, São Jerônimo, Dante, Bruni, Dolet, Joachim Du Bellay e outros1.

No Brasil, os Estudos da Tradução aparecem inicialmente em cursos de graduação e em cursos de especialização2. Em nível de

pós-graduação, stricto sensu, o primeiro programa a ser aprovado foi o da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em nível de mestrado, em 2003 e de doutorado em 2009.

Os cursos de pós-graduação foram implementados no Brasil em 1965 com o Parecer 977 do Conselho Federal de Educação3, conforme

relatado por Newton Sucupira. Porém foi na década de 70 que o desenvolvimento de pesquisas no país consolidou-se (RICHETTI, 2014). Desde então, o intenso avanço científico tem contribuído para importantes mudanças comportamentais e culturais no meio acadêmico, ao mesmo tempo em que os cursos de pós-graduação e projetos de pesquisa foram disseminando-se pelo Brasil. O crescimento foi impulsionado por essas mudanças e pela necessidade de se pesquisar temas e conteúdos mais específicos. No decorrer dos últimos anos, cursos de mestrado e doutorado tornaram-se cada vez mais indispensáveis à formação profissional e competitividade no mercado de trabalho (RICHETTI, 2012).

O Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (PGET/UFSC) foi instituído, de forma pioneira no Brasil, por um grupo de professores que vislumbraram que a área da tradução deveria contar com um programa de pós-graduação com objetivos próprios, atendendo, assim, às necessidades decorrentes do intenso desenvolvimento da pós-graduação e da grande demanda de pesquisadores da área.

1 Robinson, Douglas. Western translation theory: from Herodotus to Nietzsche. New York: St. Jerome Publishing, 1997.

2 Maiores informações sobre os cursos de graduação em tradução no Brasil ver tese de Patrícia Rodrigues Costa (Egressa de Doutorado da PGET – 2018): http://tede.ufsc.br/teses/PGET0372-T.pdf

3 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n30/a14n30.pdf. Acesso em 12 abr. 2018.

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A PGET/UFSC encontra-se inserida na grande área de Linguística e Literatura da CAPES e seu projeto formador4 estabelece como objetivo

geral:

Formar pesquisadores em Estudos da Tradução, além de também ter por meta, consolidar um polo institucional de referência, reunindo atividades de pesquisa no campo dos Estudos da Tradução, desenvolvidas na Universidade Federal de Santa Catarina, contribuindo, dessa forma, para a expansão e a afirmação do conjunto das atividades ligadas aos Estudos da Tradução no Brasil e no exterior. (PGET, 2018a)

E como objetivos específicos:

a) Proporcionar continuidade ao processo de formação de estudantes de graduação em Letras-Línguas Estrangeiras e áreas afins;

b) Vincular pesquisas da graduação e da pós-graduação mediante projetos integrados, que permitam que estudantes da graduação (PIBIC-CNPq, PET, Núcleos de Estudos e de Pesquisa) e da pós-graduação possam atuar em conjunto; c) Oferecer suporte necessário ao desenvolvimento de pesquisas de ponta, mediante incentivo a pesquisadores, professores, estudantes e demais participantes do programa;

d) Promover a criação de novos grupos de pesquisa e fóruns de discussão e de divulgação dos progressos da área;

e) Intensificar as iniciativas existentes de cooperação nacionais e internacionais como meio de integrar os grupos de pesquisa da área;

f) Estabelecer novos acordos de cooperação em função das demandas e das necessidades de cada momento;

g) Fortalecer as iniciativas de outros grupos de pesquisa existentes no cenário nacional e internacional, estabelecendo um centro de referência na UFSC que possa servir como suporte

4 Disponível em: http://ppget.posgrad.ufsc.br/a-pget-2__trashed/projeto-pget/. Acesso em

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para a ampliação e divulgação dos conhecimentos específicos da área;

h) Incentivar a pluralidade de idiomas e culturas estudados, estendendo as pesquisas a línguas e culturas ainda não atendidas;

i) Contribuir para o aperfeiçoamento das ferramentas de trabalho do tradutor;

j) Possibilitar a elaboração de traduções anotadas de textos importantes de diferentes áreas do saber, e provenientes de várias línguas e culturas de forma a oferecer modelos de tradução que possam, eventualmente, incentivar novas práticas tradutórias entre os profissionais da área. (PGET, 2018a)

Com os dados coletados para esta dissertação será possível compreender “se” a formação dos doutores está harmonizada com alguns dos objetivos propostos pela PGET/UFSC em seu projeto formador. Para isso, formulou-se os seguintes questionamentos:

• em linhas gerais, pode-se dizer que o objetivo geral do projeto formador da PGET tem sido alcançado?

• o curso de doutorado da PGET tem atuado como continuidade para a formação de estudantes de graduação em Letras-Línguas Estrangeiras e mestrados em Estudos da Tradução e áreas afins? 1.1 OBJETIVOS

O desenvolvimento deste trabalho conta com o objetivo geral, o qual estabelece o que se pretende atingir com este estudo, enquanto os objetivos específicos, listados na sequência, pormenorizam e detalham as ações que serão executadas para alcançar o objetivo geral do trabalho. 1.1.1 Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo geral realizar um mapeamento do perfil e destino profissional dos doutores titulados pelo programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC, com tese defendida até 31 de dezembro de 2017.

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1.1.2 Objetivos Específicos

Para atingir o objetivo geral, os seguintes objetivos específicos devem ser verificados:

i. realizar levantamento bibliográfico de estudos similares em outras áreas do conhecimento;

ii. perscrutar as raízes históricas do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC em busca da origem, evolução e consolidação;

iii. coletar os dados a respeito dos egressos de doutorado da PGET para constituir uma base de dados.

1.2 RELEVÂNCIA DO TRABALHO

A implantação do programa de doutorado da PGET na UFSC é relativamente recente. Desde sua fundação em 2009, 108 doutores foram titulados. Este considerável número de egressos doutores em estudos da tradução desperta interesse em analisar o perfil e o destino profissional destes egressos. O levantamento bibliográfico realizado sobre o tema não identificou qualquer estudo com este objetivo na área de Estudos da Tradução no Brasil, nem é do conhecimento da autora a existência de outro estudo sendo realizado com este escopo. Devido à inexistência de estudos nesta área e a importância que a PGET da UFSC teve por seu pioneirismo no Brasil, justifica-se a elaboração do mapeamento do perfil e destino profissional dos egressos do programa de doutorado do PGET. 1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

A dissertação organiza-se em seis capítulos. No primeiro capítulo, apresenta-se a introdução, os objetivos, a relevância do trabalho e a estrutura do trabalho. O segundo capítulo descreve a metodologia utilizada para realização da pesquisa. No terceiro capítulo, o referencial teórico é apresentado com a contextualização do tema e um breve panorama dos Programas de Pós-Graduação em Estudos da Tradução no Brasil, em instituições públicas. No quarto capítulo é apresentada uma reconstrução histórica da PGET. No capítulo seguinte estão incluídas as análises e discussão dos dados e o mapeamento realizado. No sexto e último capítulo são apresentadas as conclusões derivadas deste trabalho.

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2 METODOLOGIA

O roteiro metodológico desta dissertação contempla o levantamento de referências bibliográficas sobre estudos similares realizados no Brasil, a coleta e análise de dados, discussão dos resultados e desenvolvimento do mapeamento dos egressos.

O levantamento de referências bibliográficas consistiu da realização de pesquisas por meio do buscador Google Acadêmico. Os termos de pesquisa utilizados foram “pós-graduação”, “egressos” e “avaliação”. Os resultados deste levantamento são apresentados no capítulo seguinte na forma de breves resumos dos trabalhos recentes encontrados.

Para a coleta dos dados, delimitou-se, como amostra, todos os egressos de doutorado da PGET/UFSC com tese defendida desde a criação do programa em nível de doutorado (2009) até dezembro de 2017. Ressalta-se que também são considerados os egressos que defenderam seus trabalhos até esta data, porém ainda não haviam entregue a versão final da tese na Biblioteca Universitária da UFSC. Conforme especificado acima, será utilizado a forma de censo, ou seja, toda a população de egressos de doutorado da PGET/UFSC.

A coleta de dados concentrou-se em três fontes de informações de acesso aberto: Plataforma Sucupira, Plataforma Lattes e o Portal Transparência (Federal e Estadual). Além destas fontes foi também utilizado dados do Sistema de Controle Acadêmico da Pós-Graduação (CAPG/UFSC). Este sistema é de acesso restrito e, por esta razão, os dados foram coletados nas instalações da Secretaria da PGET, com autorização da Coordenação do Programa.

No Quadro 1 são apresentados, de forma estruturada, as fontes de pesquisa e os dados coletados em cada fonte. Os dados coletados foram organizados em uma planilha no Google Drive a fim de se manter uma base de dados, a qual poderá ser alimentada continuamente, conforme ocorram as defesas de teses. Desta forma, o acompanhamento dos egressos de doutorado da PGET é facilitado e pode servir de suporte para pesquisas futuras.

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Quadro 1: Fontes de dados e dados coletados Fonte de Dados Dados Coletados

Plataforma Sucupira

• Dados Cadastrais

• Proposta dos programas de Pós-Graduação em Estudos da Tradução do Brasil;

• Dados de discentes e docentes; e • Trabalhos de Conclusão

Plataforma Lattes

• nome completo

• cursos de Graduação (início, fim e instituição de origem)

cursos de Especialização (início, fim e instituição de origem)

• mestrado (início, fim e instituição de origem) • doutorado [caso tenha realizado outro

doutorado] (início, fim e instituição de origem). • sanduíche (instituição e país)

• estágio Pós-doutoral (instituição, início, fim e bolsa)

• atividade atual (início, tipo, site, atuação em pós-graduação)

Portal Transparência

• conferência do cargo, instituição e data de início remuneração básica bruta.

Plataforma CAPG • data de Nascimento • gênero • naturalidade/UF • nacionalidade • data de ingresso • DINTER • proficiências • data da qualificação • prorrogações • situações especiais • data de defesa • orientador(a) • bolsa Elaboração: Fernanda Christmann.

A Plataforma Sucupira5 “é uma nova e importante ferramenta para

coletar informações, realizar análises e avaliações e ser a base de

5 Acesso disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/. Acesso em 01 jul. de 2018.

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referência do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG).”6. Nesta

plataforma é possível consultar os dados de todos os programas de pós-graduação do Brasil avaliados pela CAPES. Estão disponíveis para consulta os seguintes dados:

• Dados Cadastrais do Programa • Discentes • Disciplinas • Docentes • Financiadores • Linhas de pesquisa • Participantes Externos • Produções Intelectuais • Projetos de pesquisa • Proposta do programa • Trabalhos de Conclusão • Turmas • Fluxo Discentes

Na coleta de dados da Plataforma Sucupira foram utilizados dados cadastrais dos programas de Pós-Graduação em Estudos da Tradução no Brasil; dados dos discentes e docentes; linhas de pesquisa; proposta dos programas; e trabalhos de conclusão (teses).

A Plataforma Lattes7 é uma plataforma online que hospeda

currículos (Currículo Lattes). Essa plataforma foi desenvolvida e é administrada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com o intuito de facilitar ações de planejamento, gestão e operacionalização de fomento à pesquisa, tanto do CNPq quanto de outras agências correlatas.

O Currículo Lattes se tornou um padrão nacional no registro da vida pregressa e atual dos estudantes e pesquisadores do país, e é hoje adotado pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do País. Por sua riqueza de informações e sua crescente confiabilidade e abrangência, se tornou elemento indispensável e compulsório à análise de mérito e competência dos

6 Disponível em: http://www.capes.gov.br/avaliacao/plataforma-sucupira. Acesso em 01 jul. 2018.

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pleitos de financiamentos na área de ciência e tecnologia (CNPq, 2018)8.

Para a coleta de dados referentes aos egressos, optou-se pela Plataforma Lattes devido a sua histórica confiabilidade e larga abrangência. Os dados coletados foram:

• Nome completo. Foi utilizada esta plataforma para coletar essa informação por ser considerada, pela autora, a base de dados mais confiável para este fim, já que por construção desta plataforma, o estudante/pesquisador não consegue alterar seu nome o qual é incluído automaticamente quando o interessado cadastra seu CPF da base de dados da Receita Federal.

• Curso(os) de Graduação (ano de início, ano de finalização e instituição de origem)

• Curso(os) de Especialização (ano de início, ano de finalização e instituição de origem)

• Curso de Mestrado (ano de início, ano de finalização e instituição de origem)

• Doutorado Sanduíche

Atividade Atual (início, tipo, site, atuação em pós-graduação). A terceira fonte de dados de acesso público foi o conjunto de portais transparência disponibilizados pela União e estados da federação. Para a realização deste trabalho foram consultados o Portal Transparência do governo federal9, do governo estadual de Santa Catarina10 e do

governo estadual do Paraná11.

Os dados divulgados em portais de transparência são oriundos de diversas fontes de informação e

o acesso ao Portal não requer usuário nem senhas, sendo permitido a qualquer cidadão navegar pelas páginas de forma livre, bem como visualizar e utilizar os dados disponíveis da forma que melhor lhe convier. (Portal Transparência, 2018).

8 Disponível em: http://lattes.cnpq.br/. Acesso em 01 de jul. de 2018.

9 Disponível em: http://www.portaltransparencia.gov.br/. Acesso em 01 jul. de 2018. 10 Disponível em: http://www.transparencia.sc.gov.br/. Acesso em 01 jul. de 2018. 11 Disponível em: http://www.transparencia.pr.gov.br/pte/home?windowId=605.

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Os dados coletados para a pesquisa foram o cargo, instituição de atuação, data de início do vínculo e a remuneração básica bruta. Optou-se por utilizar os dados da remuneração básica bruta para que fosOptou-se possível criar uma padronização e categorização dos dados.

A quarta fonte de informação tem acesso restrito à PROPG (Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC), a secretaria do programa e a coordenação dos programas de Pós-graduação da UFSC. O CAPG/UFSC foi criado em 1995, porém foi somente a partir de 2009 que a UFSC passou a exigir o registro de alunos de pós-graduação no sistema. Os dados coletados desta Plataforma foram por meio de relatórios da Coordenação do Programa para o auxílio do preenchimento da Plataforma Sucupira. Os dados coletados foram:

• data de nascimento • gênero • naturalidade/UF • nacionalidade • data de ingresso • DINTER • proficiências • data da qualificação

• situações especiais (prorrogação, trancamento, estágio em outra instituição, afastamento para tratamento de saúde, licença maternidade)

• data de defesa • orientador(a) • bolsa

A pesquisa é de natureza tanto quantitativa quanto qualitativa e de caráter descritivo. O caráter descritivo visa identificar, registrar e analisar características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo que se pretende estudar sem que pesquisador interfira na realidade. Ele apenas observa as variáveis que naturalmente estão vinculadas ao fenômeno. Esse tipo de pesquisa pode ser compreendido como um estudo de caso onde, após a coleta de dados, é realizada uma análise das relações entre as variáveis para posterior identificação dos efeitos resultantes (PEROVANO, 2014).

A pesquisa quantitativa se traduz por tudo aquilo que pode ser quantificável, ou seja, traduzir em números as opiniões e informações para então obter a análise dos dados e, posteriormente, chegar a uma conclusão. Os dados referentes à parcela da pesquisa qualitativa são por

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sua vez, retratados por meio de relatórios, tidos como relevantes, como as opiniões e resultado das análises dos dados coletados.

Após coleta e consolidação dos dados, os mesmos serão submetidos a análises estatísticas através do pacote Office (Excel) e do software STATISTICA 12.0, visando identificar padrões, geralmente inerentes à amostra de dados coletados.

O software Microsoft Office utilizado para tabulação dos dados e visualização das informações através de gráficos foi a versão 365, de 2018. Esta versão do pacote permitiu realizar gráficos através de mapas, como será observado no Capítulo 4.

O software STATISTICA é disponibilizado pela UFSC para uso da comunidade acadêmica, por ser um aplicativo consagrado na área de Estatística e possuir grande demanda dentro da universidade. Esse software é um programa integrado para gerenciar análises estatísticas e bases de dados. O software, além de incluir procedimentos estatísticos e gráficos gerais, também inclui módulos especializados (análise de regressão, análise de sobrevivência, séries temporais, análise fatorial, análise discriminante e diversos outros módulos).

Após descrever a metodologia, no próximo capítulo são discutidos os aspectos teóricos desta dissertação.

(33)

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

No Brasil, os cursos de pós-graduação são monitorados através do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) da CAPES. O acompanhamento das atividades desses programas é realizado com a participação da comunidade acadêmico-científica, ou seja, professores de pós-graduação da área a ser avaliada (CAPES, 2018a). A atividade de avaliação é essencial para assegurar e manter a qualidade dos cursos de Mestrado e Doutorado no país e tem como objetivos:

• certificação da qualidade da pós-graduação Brasileira (referência para a distribuição de bolsas e recursos para o fomento à pesquisa); • identificação de assimetrias regionais e de áreas

estratégicas do conhecimento no SNPG (Sistema Nacional de Pós-Graduação) para orientar ações de indução na criação e expansão de programas de pós-graduação no território nacional. ((CAPES, 2018a), grifos da autora.)

Essa avaliação é realizada por área do conhecimento, sendo que a CAPES divide os cursos de Pós-Graduação em 49 áreas. Para facilitar o desenvolvimento das atividades de avaliação, as áreas são agrupadas por critério de afinidade em dois níveis: o primeiro em três Colégios e o segundo nível em nove Grandes Áreas, conforme esquematizado na Figura 1.

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Figura 1: Colégios e Grandes Áreas de Avaliação da CAPES

Fonte: Adaptação de CAPES (2018)12.

O escopo de Estudos da Tradução ainda não conta com uma área própria do conhecimento junto à CAPES. Por isso, a área está incluída no Colégio de Humanidades e na Grande Área: Linguísticas, Letras e Artes (CAPES, 2018b).

12 Disponível em: http://capes.gov.br/avaliacao/sobre-as-areas-de-avaliacao. Acesso em 24 mai. 2018.

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A comissão de avaliação é designada pela CAPES para elaboração de relatórios que apresentam uma descrição da dinâmica utilizada pelos Programas de Pós-Graduação (PPGs). Nestes relatórios constam critérios, resultados e uma breve análise da avaliação. No Relatório da área de Linguística e Literatura é apresentado uma avaliação sobre a proposta do programa, corpo docente, corpo discente, teses e dissertações, produção intelectual e a inserção social (CAPES, 2018c).

Esta avaliação, apesar de abrangente, não oferece indicadores suficientes para avaliar os efeitos dos cursos na atuação profissional dos egressos por eles formados. A ausência desses indicadores inviabiliza o reconhecimento dos benefícios concretos dos cursos de pós-graduação sobre seus egressos, deles sobre o contexto de sua atuação e das prováveis melhorias no ensino em geral.

Barreto e Domingues (2012) ressaltam os desafios do Brasil e seu sistema nacional de pós-graduação em sua descrição histórica sobre os primórdios da pós-graduação no país. Os autores afirmam que “o sistema de pós-graduação está longe de ter batido no teto e deverá ser expandido para atender às necessidades do país”. Essa afirmação decorre dos gargalos e do apagão que atingiram o ensino básico e fundamental no passado recente e a extremamente baixa presença de doutores nas empresas brasileiras, já que o sistema de ensino superior deverá ser expandido à medida que for sendo ampliado o ensino médio, e, por conseguinte, for aumentada a demanda por mestres e doutores. Portanto, a expansão do sistema nacional de pós-graduação é esperada.

3.2 AVALIAÇÃO DE EGRESSOS DE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

Levando em conta a carência de procedimentos oficiais da CAPES quanto aos impactos sobre competência, carreira e renda dos egressos dos cursos de pós-graduação, pesquisadores de diversas áreas do conhecimento têm desenvolvido estudos sobre o tema. Uma amostra dos trabalhos mais recentes, obtida usando a buscador Google Acadêmico com palavras chave “pós-graduação”, “egressos” e “avaliação” é apresentada a seguir:

i. Timóteo (2011) desenvolveu sua dissertação de mestrado sobre a avaliação de cursos e o acompanhamento de egressos de mestrado profissional oferecido pela Fiocruz. Nesse trabalho são analisados três questionários de uso consagrado na instituição no intuito de desenvolver um instrumento único para essas finalidades. A análise individualizada de cada instrumento seguiu a análise do conteúdo de cada questionário,

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sendo as perguntas desagregadas e reestruturadas, vindo a constituir novos blocos organizados por classificação temática. Os pontos falhos dos questionários analisados foram eliminados e outros adaptados. Os pontos positivos na elaboração de questões para compor o instrumento, cujos elementos centrais são passíveis de utilização em outros contextos educativos similares, foram preservados;

ii. um estudo de avaliação do impacto do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações da Universidade de Brasília na atuação profissional de egressos foi elaborado por Andrade et al. (2013). Dados primários coletados por meio de um questionário e outros, secundários, obtidos de banco de dados sobre o psicólogo brasileiro, e também dos currículos Lattes dos participantes mostram que os egressos do referido programa parecem ter conseguido condições de trabalho e renda mais adequadas e vislumbram um melhor futuro profissional. Os resultados sugerem diferenças marcantes entre a atuação profissional dos egressos do programa e a de uma amostra equivalente de psicólogos brasileiros.

iii. Richetti (2014) defendeu tese de doutorado sobre um instrumento para avaliar egressos do Programa de Pós-Graduação Educação Científica e Tecnológica da UFSC. Um dos principais objetivos desta tese foi investigar os fatores que têm contribuído para o êxito dos cursos de mestrado e doutorado do referido programa;

iv. um modelo de avaliação de egressos de cursos de pós-graduação stricto sensu em Administração da Universidade Federal da Bahia é proposto por Souza (2014). Os resultados encontrados apontam que, de forma geral, os participantes da pesquisa percebem o desenvolvimento de competências, carreira e renda após o curso. Quando comparados os egressos dos cursos nos eixos acadêmico e profissional, há uma percepção mais elevada de desenvolvimento de competências que exigem maior prática profissional aplicada nos egressos do eixo profissional;

v. Moreira e Velho (2012) desenvolveram uma ferramenta que analisa a trajetória acadêmica e o destino profissional dos egressos dos cursos de mestrado e doutorado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Para isso, foram realizados levantamento e análise dos dados de 1098 egressos, titulados no período 1968 a 2009, nos cursos de Astronomia, Geofísica Espacial, Meteorologia, Engenharia e Tecnologia Espacial, Computação Aplicada e Sensoriamento Remoto. O trabalho evidencia a importância dos mecanismos de avaliação de desempenho e impacto como subsídios ao planejamento e às ações de formação de competências;

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vi. Estevam e Guimarães (2011) avaliam o perfil de egressos do programa de pós-graduação stricto sensu em Educação da Universidade Federal de Uberlândia. A pesquisa incluiu 39 de um universo de 349 egressos do curso entre 2004 e 2009. Observou-se que a maioria atua em instituições públicas e escolheria a mesma profissão, cursaria o mestrado, optaria pela mesma área e escolheriam o mesmo orientador. O estudo aponta que o medo da exclusão e da marginalização obriga seu aperfeiçoamento acadêmico, onde a educação está caracterizada como algo a ser consumido e que a escola valoriza o saber onde o atributo é socialmente definido como o “valor da educação”;

vii. Ortigoza et al. (2012) relatam em seu estudo, a experiência pioneira do Programa de Pós-Graduação em Geografia - UNESP/Rio Claro (SP) na construção de instrumentos de avaliação a partir da procedência, formação acadêmica e destino profissional dos egressos, nos níveis de Mestrado e Doutorado, no período de 1980-2008. Os resultados foram resumidos em gráficos e mapas e são elementos importantes para mostrar o desenvolvimento e a disseminação da ciência geográfica no Brasil e no exterior. Segundo os autores, a metodologia utilizada revelou-se extremamente eficaz, podendo revelou-ser utilizada por qualquer programa para avaliar tanto sua realidade quando sua extensão;

viii. A avaliação do local e tipo de atuação profissional do egresso do Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas com área de concentração em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (campus São Paulo) – FOUSP foi um estudo realizado por Parizotto et al. (2015). Os egressos foram avaliados por meio da Plataforma Lattes desde a conclusão do curso de pós-graduação por cada um deles, considerando as atualizações feitas. Partindo de um total de 65 egressos (54 do gênero feminino e 11 do masculino), 44 exercem atividade relacionada à docência, sendo que a maioria deles atua em São Paulo e atualiza o Currículo Lattes frequentemente. As atividades clínicas, no entanto, foram pouco relatadas.

Esta lista de trabalhos recentes sobre avaliação de egressos de pós-graduação não é completa. Tomou-se uma amostra dos resultados obtidos para exemplificar a atualidade do tema, sua relevância nas diversas áreas do conhecimento, as fontes de dados usualmente empregadas e os resultados apontando para os impactos positivos sobre a competência, carreira e renda dos egressos de cursos de pós-graduação nas mais diversas áreas.

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3.3 PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA TRADUÇÃO NO BRASIL

Este breve panorama das Pós-Graduações em Estudos da Tradução tem como fontes de informação as propostas dos programas de pós-graduação analisados, encaminhadas para avaliação da CAPES em 2016, e que podem ser consultadas através da Plataforma Sucupira e os respectivos websites institucionais.

Quatro são os programas de Pós-Graduação em Estudos da Tradução stricto sensu públicos no Brasil: a Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) da UFSC, o Programa de Pós-Graduação em Estudos de Tradução da Universidade de Brasília (POSTRAD - UnB), o Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade de São Paulo (TRADUSP - USP) e a Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal do Ceará (POET - UFC).

A POSTRAD teve início em março de 2011, na Universidade de Brasília (UnB) e conta com 16 docentes, sendo treze permanentes e três colaboradores (dados de dezembro de 2017, SUCUPIRA). Cabe ressaltar que todos os professores da POSTRAD possuem Estágio Pós-doutoral (PEREIRA, 2017) e que o programa tem a pretensão de muito em breve ter a implantação de curso em nível de doutorado. O número de mestrandos regularmente matriculados no mesmo período foi de 57 alunos, sendo que desses, apenas 12 possuem bolsa (CAPES - Demanda Social) com dedicação exclusiva ao programa (POSTRAD, 2017). Dos mestres titulados pela POSTRAD tem-se um total de 78 egressos, sendo o número de defesas agrupadas, por ano, mostrado no gráfico da Figura 2.

Figura 2: Titulação por ano - POSTRAD

Fonte: Elaborada por Fernanda Christmann. Dados da Plataforma Sucupira, 2017. 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Defesas 0 13 10 9 16 30 0 5 10 15 20 25 30 35

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Segundo dados da proposta de avaliação do programa da USP (2016), este foi implantado em janeiro de 2012 e seu corpo docente é formado exclusivamente por doutores, sendo que a maioria deles realizou estudos pós-doutorais. Atualmente13 o programa conta com 18

professores permanentes e dois professores colaboradores. O TRADUSP contou com 56 alunos regulares em 2017, divididos em 19 alunos em nível de doutorado, 37 em nível de mestrado. Desde sua formação em 2012, o programa TRADUSP titulou dois doutores e 13 mestres, conforme dados da Tabela 1.

Tabela 1: Trabalhos de Conclusão do TRADUSP

Ano 2015 2016

Tese 1 1

Dissertação 6 7

Fonte: Elaborada por Fernanda Christmann. Dados da Plataforma Sucupira (2016).

Finalmente, em 2014, foi implantado o programa nacional mais recente na Universidade Federal do Ceará, denominado POET. Segundo dados da Plataforma Sucupira, em dezembro de 2017 havia 16 docentes credenciados no programa, sendo 12 permanentes e quatro colaboradores. No mesmo período, o programa possuía 31 discentes regularmente matriculados em nível de mestrado e 15 dissertações defendidas, sendo oito em 2016 e sete em 2017.

3.4 ANÁLISE DE DADOS

Este trabalho visa, como mencionado, realizar o mapeamento dos egressos do programa de doutorado da PGET. Neste sentido, após a coleta e a consolidação dos dados relativos aos egressos tem-se a análise de dados propriamente dita.

A análise de dados é o processo de extrair informações que possam acompanhar decisões em situações de interesse. O processo de análise de dados envolve vários estágios e pode ser de natureza diversa, dependendo do tipo de questão que se deseja atender. Em geral, são análises de natureza descritiva e preditiva. A análise descritiva de dados tende a ser de cunho estatístico enquanto a análise preditiva consiste na aplicação de

13 Os dados da Plataforma Sucupira são atualizados periodicamente pela Coordenação do PPG.

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modelos de predição, estes baseados em algoritmos de clusterização, redes neurais artificiais ou florestas aleatórias (PENG e MATSUI, 2016). As análises de dados realizadas neste trabalho incluem tanto os aspectos descritivos quanto preditivos.

As análises de natureza descritiva estão baseadas em ferramentas de visualização de dados bastante populares: histograma e gráficos de intervalos para a média (também conhecida pelo termo inglês mean plot). A análise de natureza preditiva faz uso de algoritmo de clusterização denominado k-mediana que objetiva classificar, ou definir agrupamentos relativamente homogêneos, ou seja, que partilham similares multidimensionais que permitem predizer propriedades de interesse dos elementos que compõem cada agrupamento.

As ferramentas histograma, gráficos de intervalos para a média e k-mediana empregadas neste trabalho são apresentadas individualmente na sequência.

3.4.1 Histograma

Um histograma é uma representação gráfica da distribuição de uma determinada amostra ou população de dados. Essa ferramenta estatística tem retângulos justapostos, sendo que a base do retângulo é formada pelos intervalos de classe e a altura é proporcional à frequência de observações contidas no intervalo.

Além de fornecer uma representação visual da distribuição dos dados, o histograma é um mecanismo que permite uma visão completa do conjunto de dados, no formato de um gráfico.

Um histograma permitir obter informações sobre:

• Centralidade: Qual é o centro da distribuição? Onde é esperado que esteja a maioria das minhas observações?

• Amplitude: A distribuição contém observações entre quais valores? Qual é o ponto de máximo e o ponto de mínimo? • Simetria: deve-se esperar a mesma frequência de pontos com

valor alto e com valor baixo? Será que as medições tendem à simetria ou valores mais altos são mais raros?

A Figura 3 mostra um histograma típico que mostra a distribuição de frequência observada de quatro categorias de alturas (em metros) de vinte alunos de uma turma. As quatro categorias são delimitadas pelos intervalos de alturas: (1,60-1,70), (1,70-1,80), (1,80-1,90) e (1,90-2,00) com frequência observada de 3, 9, 6 e 2, respectivamente. A inspeção visual permite inferir que as alturas mais frequentemente observadas estão compreendidas no intervalo de 1,70 a 1,80 metro, com 9 casos.

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Também pode-se observar que a distribuição de frequência não é simétrica em relação ao ponto médio da distribuição pois um total de 12 casos estão à esquerda da altura de 1,80 metro enquanto 8 casos estão à direita.

Figura 3: Exemplo de histograma mostrando a distribuição da altura de vinte alunos de uma turma

Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/11105533

Histogramas têm aplicação ampla na análise exploratória de dados pela sua simplicidade tanto na construção quanto na sua interpretação. A utilização de histogramas permite com que frequências e tendências possam ser detectadas e comparadas com especificações ou padrões pré-concebidos, para um determinado fenômeno de interesse (PENG e MATSUI, 2016).

3.4.2 Gráficos de intervalos da média (Mean plot)

Gráficos de intervalos da média são usados para analisar como a média varia entre diferentes grupos de dados. O agrupamento é determinado pelo analista. Na maioria dos casos, o conjunto de dados contém uma variável de agrupamento específica14.

14 Disponível em:

https://www.itl.nist.gov/div898/handbook/eda/section3/meanplot.htm. Acesso em 20 jun. 2018.

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Estes gráficos são úteis para examinar os elementos chaves de análise que são o centro da distribuição (média amostral) e a magnitude do intervalo de confiança considerando o desvio padrão observado e o tamanho da amostra.

A Figura 4 mostra um exemplo de gráfico de intervalos para uma medida de altura de alunos (em polegadas) em uma classe de aula. O ponteiro no centro do gráfico mostra a média estimada (68,7253), o intervalo de confiança (IC) e o tamanho da amostra (N=91 alunos). O gráfico indica que é possível ter 95% de certeza de que a média das alturas está entre 67,9591 e 69,4914.

Figura 4: Exemplo de gráfico de intervalos da média para a altura (em polegadas) de alunos de classe de aula

Fonte: https://support.minitab.com/pt-br/minitab/18/help-and-how-to/graphs/how-to/interval-plot/interpret-the-results/key-results/

O tamanho da amostra pode afetar sensivelmente o formato do gráfico, como mostrado na Figura 5. Apesar destes intervalos parecerem diferentes, ambos foram criados usando amostras selecionadas aleatoriamente dos dados da mesma população15. Geralmente, quanto

15 Disponível em: https://support.minitab.com/pt-br/minitab/18/help-and-how-to/graphs/how-to/interval-plot/interpret-the-results/key-results/. Acesso em 20 jun. 2018.

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maior o tamanho amostral, menor e mais preciso é o intervalo de confiança. Se o intervalo de confiança for muito amplo, deve-se coletar uma amostra maior para se dispor de resultados mais confiáveis. Figura 5: Exemplo de gráfico de intervalos da média para a altura (em polegadas) de alunos de classe de aula

Fonte: https://support.minitab.com/pt-br/minitab/18/help-and-how-to/graphs/how-to/interval-plot/interpret-the-results/key-results/

Em geral estes gráficos de intervalos apresentam intervalos para dois ou mais agrupamentos distintos para os quais deseja-se comparar centro e dispersão destes grupos. Por exemplo, na Figura 6, o primeiro e segundo intervalos sobrepõem-se entre si, mas que não se sobrepõem com o terceiro intervalo. Por conseguinte, a média do terceiro grupo pode ser significativamente diferente do que as médias dos outros dois grupos.

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Figura 6: Exemplo de gráfico de intervalos com sobreposição e não sobreposição de intervalos

Fonte: https://support.minitab.com/pt-br/minitab/18/help-and-how-to/graphs/how-to/interval-plot/interpret-the-results/key-results/

No gráfico da Figura 7 os intervalos não se sobrepõem. Por conseguinte, as diferenças nas médias podem ser estatisticamente significativas.

Figura 7: Exemplo de gráfico de intervalos em que estes não se sobrepõem

Fonte: https://support.minitab.com/pt-br/minitab/18/help-and-how-to/graphs/how-to/interval-plot/interpret-the-results/key-results/

Gráficos de intervalos são empregados neste trabalho para analisar a variável Remuneração anual bruta dos egressos de doutorado da PGET com variáveis categóricas de duas classes do tipo SIM/NÃO definidas para as variáveis “destino profissional como professor universitário”, “egresso do DINTER”, “gênero masculino” e proficiência de segunda língua estrangeira em “Espanhol”, “Alemão”, “Francês” ou “Italiano”.

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3.4.3 Agrupamento k-mediana

Em análise de dados, o agrupamento k-mediana é um método de clusterização que objetiva particionar N observações dentre k grupos onde cada observação pertence ao grupo mais próximo da média (ou centroide). Ou seja, uma observação é atribuída a um cluster específico se estiver mais próximo do centroide (ou centro de massa) desse cluster do que de qualquer outro centroide16.

O método encontra os melhores centroides alternando entre: i. atribuir observação a clusters com base nos centroides atuais; ii. centroides (observações que são o centro de um cluster)

baseados na atribuição atual de pontos de dados a clusters. A Figura 8 mostra exemplarmente o processo de formação de dois clusters (em vermelho e azul) a partir de uma amostra de observações (em verde). As observações da amostra mostradas como pontos e os centroides de cluster são mostrados como cruzes. Na figura, tem-se:

a) conjunto de dados original;

b) centroides de agrupamento iniciais aleatórios;

c)-f) ilustração da execução de duas iterações de k-mediana. Em cada iteração, atribui-se cada observação da amostra ao centroide do cluster mais próximo (mostrado ao "pintar" as observações da mesma cor que o centroide do cluster ao qual é atribuído); depois, move-se cada centroide de cluster para a média das observações da amostra atribuídas a ele.

O método da k-mediana foi utilizado neste trabalho para obter clusters considerando:

1. características dos egressos em relação à gênero, nacionalidade brasileira, se originário da região Sul, segunda graduação em Letras antes e depois do início do mestrado e depois do início do doutorado;

2. curso da titulação de mestrado dos egressos em relação a gênero, nacionalidade, eventual segunda graduação, destino profissional como professor universitário, e região de origem (se brasileiro);

3. destino profissional em relação à realização de estágio pós-doutoral, servidor federal/estadual/municipal, setor privado, gênero, originário da região Sul, segunda graduação em Letras

16 Detalhes matemáticos do método de agrupamento k-mediana podem ser encontrados em http://stanford.edu/~cpiech/cs221/handouts/kmeans

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antes e depois do início do mestrado e depois do início do doutorado.

Figura 8: Exemplo de aplicação do método de agrupamento k-mediana

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4 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA TRADUÇÃO DA UFSC (PGET)

A PGET foi criada por grupo de professores - Walter Carlos Costa17, Marie Hélène Catherine Torres18 e Andréia Guerini19 - da UFSC

- que atuavam na área da tradução em cursos do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) e que tinham em comum, o interesse em torno da revista Cadernos de Tradução20, criada em 1996. Ao ser instituído este

novo programa (PGET) na UFSC, foram incorporados os projetos e os núcleos que lhe deram origem. Entre estes, pode-se citar a coleção de Antologias Bilíngues de Textos Clássicos sobre Tradução, o Núcleo de Tradução (NUT), implantado no CCE em 1999 e a própria revista Cadernos de Tradução (GUERINI et al., 2013, p. 14). Esse grupo de pesquisadores, com o apoio dos docentes e discentes do programa fez a PGET crescer e se consolidar com um programa robusto e de excelência. Pode-se considerar que a consolidação da PGET foi confirmada em 2017, para o quadriênio 2013-2016, quando o programa foi avaliado com nota seis através da avaliação da CAPES (CAPES, 2018d). Vale salientar que a escala de avaliação da CAPES vai de três a sete.

Torres (2014) reafirma o pioneirismo da PGET como primeiro programa de pós-graduação em estudos da tradução no Brasil. Esta iniciativa pioneira proporcionou uma virada institucional para a área,

17 Professor Doutor, da UFSC desde 1982 no Departamento de Línguas-Literaturas Estrangeiras (DLLE). Possui graduação em Filologia românica na Katholieke Universiteit Leuven, Bélgica, mestrado em Romaanse Filologie, pela mesma instituição; doutorado sobre as traduções de Jorge Luis Borges para o inglês pela University of Birmingham, Reino Unido e pós-doutorado pela UFMG. (CV: http://lattes.cnpq.br/9404689780875944).

18 Professora Doutora, da UFSC desde 1993 no DLLE. Possui Pós-Doutorado pela Universidade de Minas Gerais (2011), doutorado em Estudos em Tradução - Katholieke Universiteit Leuven (2001), Mestrado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995) e Licenciatura Dupla:

Português-Francês pela UFSC (1992). (CV:

http://lattes.cnpq.br/1477390958277483).

19 Professora Doutora, da UFSC desde 2002 no DLLE. Possui Estágio Sênior pela Universidade de Coimbra (2018), Pós-Doutorado pela Università degli Studi di Padova, Itália (2009 – 2010), doutorado em Literatura (2001) e Graduação de Letras (1988) pela UFSC. (CV: http://lattes.cnpq.br/1962473391601725). 20 Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao. Acesso em 12

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visto que se abriu caminho para o surgimento de outros três programas dedicados unicamente aos estudos da tradução.

A PGET iniciou suas atividades em 2003, sendo que sua primeira turma de mestrado começou seus estudos em março de 2004 (GUERINI et al., 2013, p. 13). A criação da PGET uniu e fortaleceu as pesquisas em tradução existentes na UFSC, as quais antes estavam dispersas em cursos de graduação em Letras (Inglês, Alemão, Espanhol, Italiano, Francês, e Português) e cursos de pós-graduação (Letras-Inglês, Linguística e Literatura). Essa união teve como objetivo unificar os esforços dos pesquisadores que centravam a atenção em questões referentes aos estudos da tradução, e ao mesmo tempo, incentivar a formação de novos pesquisadores com o enfoque específico em tradução.

Dados dos Relatórios de Avaliação do programa encaminhados anualmente para a CAPES mostram que o programa teve um crescimento exponencial de pesquisas, publicações e titulações na área. Como consequência desse esforço conjunto, já na primeira avaliação, em 2003, a PGET teve seu mérito reconhecido pela CAPES recebendo a nota quatro. Logo após esse reconhecimento, a PGET iniciou o processo para implantação do curso Estudos da Tradução em nível de doutorado, também pioneiro, não só no Brasil, como também na América Latina. A aprovação deste pedido foi concedida em 2008, sendo agraciado com nota cinco pela CAPES, algo raro em programas de pós-graduação, pois o mestrado permanecia com nota quatro nesta oportunidade (UFSC, 2008). Em março de 2009, o programa iniciou sua primeira turma de doutorado, a qual foi selecionada através de edital de seleção combinada com a transferência de discentes que faziam, na época, suas pesquisas em estudos da tradução em outros programas da UFSC (UFSC, 2008).

Desde sua fundação, os professores que compõem o colegiado da PGET empenharam-se para sua expansão, consolidação e reconhecimento.

A PGET tem como política, segundo proposta elaborada pela coordenação do programa e encaminhada para a Plataforma Sucupira, na Avaliação 2016:

i. busca pela excelência acadêmica em todos os planos de sua atuação (ensino, pesquisa e extensão);

ii. o incentivo à capacitação de seu corpo docente; iii. a presença de representantes da PGET em

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iv. o estabelecimento de parcerias com diferentes instituições nacionais (por exemplo, por meio de programas DINTER e PROCAD da CAPES), assim como diversos acordos interuniversitários; e, ainda,

v. o estímulo à publicação de livros, capítulos de livros, artigos e traduções, no Brasil e no exterior, por professores e alunos vinculados à PGET.

O compromisso dos docentes, discentes e egressos do programa tem gerado resultados positivos, tendo em vista o destaque dado à PGET na comunidade acadêmica em geral, atraindo estudantes do Brasil e do exterior para a Pós-Graduação; e, também, direcionando esforços para trazer sucessivamente pesquisadores interessados nos estudos da tradução, os quais participam de bancas, realizam palestras e fazem parte dos projetos de extensão dos docentes credenciados (GUERINI, 2016).

Desde a implantação da PGET, seu corpo docente tem passado por mudanças devido ao credenciamento e recredenciamento de professores. O regimento interno do programa dispõe de normas que regulamentam recredenciamentos e credenciamentos de professores permanentes ou colaboradores. Estas normas buscam manter e ampliar as avaliações positivas que o programa recebe e constam da Resolução n°. 01/PGET/2015, de 27 de abril de 2015. Para que um professor tenha seu pedido de credenciamento aprovado no quadro permanente de professores do programa, deve, o interessado, atender os requisitos abaixo (PGET, 2018a):

I – integrar o quadro de pessoal efetivo da universidade, em regime de tempo integral; II – desenvolver, com regularidade, atividades de ensino na pós-graduação;

III – participar de projetos de pesquisa junto ao programa;

IV – apresentar produção intelectual nos últimos 03 anos anteriores ao seu pedido, de, no mínimo, 06 itens no Produto 1 e, no mínimo, 03 itens no Produto 2, total: 09 itens, conforme especificado no artigo 13 desta Resolução.

No Produto 1 (um) do requisito IV pode ser apresentado como produção intelectual: livro, organização de livro, capítulo de livro,

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tradução de livro ou artigo, artigo ou resenha em periódico nacional ou estrangeiro com arbitragem aos pares, classificadas entre A1 e B2. No Produto 2 (dois): trabalho completo em anais de congresso internacionais publicados no exterior ou no Brasil; apresentação de trabalhos em congresso ou evento similar; conferência ou palestra; artigo ou resenha em jornal ou revista; prefácio ou outra apresentação de publicação; produção técnica (organização de evento, editoria); verbetes; produção artística. (Salvo Art. 5) (PGET, 2018a).

Os docentes da PGET, em sua maioria, estão lotados no Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (DLLE/UFSC), mas também em outros departamentos, como o de Antropologia, Filosofia, Língua e Literatura Vernáculas, Artes e Libras da UFSC. A PGET conta também com uma professora da Universidade Federal do Ceará, a Dra. Luana Ferreira de Freitas, que não faz parte do quadro de docentes da UFSC, mas que mantém convênio de mobilidade de professores com sua instituição de origem (SUCUPIRA, 2018).

A CAPES recomenda o acompanhamento de até três anos após a titulação do aluno de pós-graduação. A PGET, porém, tem envidado esforços em manter contato com seus egressos além dos três anos recomendados, atualizando as informações sobre atuação, pesquisas e publicações. Este contato é usualmente mantido através de convites para participação em bancas, eventos realizados pelo programa e produções bibliográficas em conjunto com os professores.

Ainda, sobre esse breve histórico da PGET, cabe mencionar que ela atuou de forma direta com a experiência e parceria de seus professores, na criação da POSTRAD na UnB e na criação da POET na UFC. Atuou ainda de forma indireta na criação da TRADUSP na USP.

4.1 ESTRUTURA CURRICULAR DA PGET

Segundo a CAPES (2018e), em um programa de pós-graduação, linhas de pesquisa são definidas como “um domínio ou núcleo temático da atividade de pesquisa do programa, que encerra o desenvolvimento sistemático de trabalhos com objetos ou metodologias comuns.”.

A estrutura curricular da PGET consistia, até 29 de janeiro de 2018, de uma área de concentração e três linhas de pesquisa, conforme mostra a Figura 9.

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Figura 9: Área de concentração e linhas de pesquisas PGET/UFSC (2017)

Fonte: Elaborada por Fernanda Christmann.

A estrutura curricular da PGET tinha, até 29 de janeiro de 2018, uma grade de disciplinas que atendia as três linhas de pesquisas do programa. Porém, com a mudança do regimento interno, houve também uma reestruturação das linhas de pesquisas e da estrutura curricular. As novas linhas de pesquisas entraram em vigor a partir da publicação da Resolução n.º 06/2018/CPG, em de 29 de janeiro de 2018 e podem ser observadas na Figura 10.

Figura 10: Área de concentração e linhas de pesquisas PGET/UFSC (2018)

Fonte: Elaborada por Fernanda Christmann.

Quanto à reestruturação curricular, as disciplinas de maiores demandas e de bases para os cursos de mestrado e doutorado em Estudos da Tradução foram mantidas. Contudo, mudanças nas ementas e atualização das bibliografias foram incorporadas, assim como novas disciplinas com vistas ao aprimoramento da qualidade da formação dos egressos da PGET.

Processos de Retextualização

Estudos da Interpretação

Lexicografia, Tradução e Ensino de Línguas

Teoria, Crítica e História da Tradução

Processos de Retextualização

Estudos Literários da Tradução e Interpretação

Estudos Linguísticos da Tradução e Interpretação

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As disciplinas, tanto na estrutura antiga como na nova, são teóricas, metodológicas e práticas. Na sequência apresentam-se as disciplinas da nova estrutura curricular, todas com quatro créditos (60 horas/aula):

• História da Tradução I • História da Tradução II • Teorias da Tradução I • Teorias da Tradução II • Crítica da Tradução • Tradução Comentada • Tradução e Intermedialidade

• Didática da Tradução e da Interpretação • Tradução e Línguas de Sinais

• Interpretação e Línguas de Sinais

• Métodos de pesquisa em tradução e interpretação de Libras • Tópicos Especiais I

• Tópicos Especiais II • Tópicos Especiais III

• Seminário em prática da tradução • Estágio de Docência I • Estágio Docência II • Seminário de Pesquisa I • Seminário de Pesquisa II • Oficina de Tradução I • Oficina de Tradução II

A estrutura curricular do programa prevê a integralização de vinte e quatro créditos para o mestrado e quarenta e oito créditos para o doutorado. Os créditos do curso de mestrado são distribuídos em um mínimo de dezesseis créditos para disciplinas e seis créditos para a dissertação defendida e aprovada. Os créditos do curso de doutorado são, no mínimo, vinte e quatro créditos em disciplinas e doze créditos para a tese defendida e aprovada. Os créditos restantes no doutorado podem ser realizados através do estágio de docência e validação de Produção Intelectual (PGET, 2018b).

As disciplinas da PGET/UFSC são todas eletivas, ou seja, o programa não possui disciplinas obrigatórias, com exceção do estágio docência para doutorandos bolsistas. Esta obrigatoriedade é exigência da CAPES. A não obrigatoriedade das disciplinas na estrutura curricular se deve principalmente à interdisciplinaridade do curso, podendo o aluno

Referências

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