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D T I 01 ago

prof Rodrigo de Castro Lucas Biblografia:

Constituição Federal. Art 150 ao 159. Código Tributário Nacional

Doutrina L Manual / Curso de Direito tributário - Vitório Cassone.

hugo de Brito Machado. Ricardo Lobo Torres. lucuano Amaro.

Como se dá a relação Fisco x Contribuinte?

Onde o Estado arruma dinheiro para cumprir o papel de proporcionar o bem estar social? Saúde, lazer, educação, moradia, aposentadoria, (art 7mo CF).

ele depende de receitas. Receitas do Estado:

Originárias: são receitas q se originam do próprio patrom do Estado. Ex. Prédio público alugado ou vendido. Emissão de títulos da dívida pública, etc.

Derivadas: deriva do patrimônio de terceiros. Ex. Tributos (gênero). impostos, taxas, CS, Empr Compuls., Contr de Melhoria.

O Tributo incide sobre: - Patrimônio (propriedade) - Renda (salários)

- Consumo

A grande incidência dos tributos é sobre o consumo. 70% do que se arrecada é sobre o consumo. Prova: 19 set 25 ptos

Trib I 4 ago

Atividade Financeira do Estado.

O Estado necessita de recursos "entradas" para custear seus gastos. Essas entradas se dividem em:

Receitas Originárias = são as despesas provenientes de Royalties, Tarifas, Aluguéis, Preços Públicos. Derivam do patrimônio do Estado.

Receitas Derivadas: Tributos que derivam do patrimônio do contribuinte A atividade financeira abrange três situações distintas:

1. Arrecadação. Deu origem ao Direito Tributário.

2. Gestão. Cuida do planejamento dos gastos. Orçamento participativo. Tribunal de contas

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3. Despesa.

As receitas derivadas são conhecidas por receitas tributárias. O conceito de tributo encontra-se previsto no art. 3ro do Código Tributário Nacional.

"Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituida em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada".

Trib I 8 ago

O CTN - lei 5172 / 1966 - lei Ordinária art 146 CR88

Cabe à lei complementar estabelecer as normas gerais de Direito Tributário. Definição de tributos, fatos geradores, contribuinte,

Foi realizado um ato declarando que o CTN é lei complementar.

Materialmente o CTN é lei complementar mas surgiu como lei ordinária. TRIBUTO:

Tributo, Conceito: art 3ro CTN.

Prestação pecuniária = paga em dinheiro. Compulsória = obrigatória.

Tributo não decorre da prática de atividade ilícita. Tributo não é multa. Multa é uma sanção por ato ilícito e serve pra coibir inadimplemento.

É instituído em Lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Não há discricionariedade, ou seja, não há juizo de conveniência na cobrança de tributos Distinção entre Tributos vinculados e não vinculados.

Art 16 CTN Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador situação independente de ação estatal -não é vinculada.

Vinculado significa que há uma contraprestação estatal e não vinculado significa que não há contraprestação estatal.

Portanto, Imposto é tributo não vinculado. Portanto IPVA nunca será usado para consertar estrada.

O imposto é a única espécie de tributo que não é vinculado. O art 167 da CF. A Constituição veda IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa.

Taxa é tributo vinculado pois há uma prestação de serviço público. Os outros tributos são todos vinculados.

Classificação dos Tributos segundo o CTN (art 5to) - tripartite. 1- Impostos.

2- Taxas.

3- Contribuições de Melhoria.

Classificação dos tributos segundo a CR88 (classificação quinquipartite): 1- Impostos.

2- Taxas.

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3- Contribuições de Melhoria.

4- Contribuições Sociais. Destinadas à Seguridade Social. INSS-FGTS-SAT-PIS-COFINS. Art 194/195 CF. 5- Contribuições Gerais - Contribuições para entidades de classe. Anuidade da OAB.

tem ainda:

6- Impostos Extraordinários 7- Empréstimos Compulsórios.

O único tributo não vinculado é o Imposto. Os outros tipos de tributo são vinculados. Trib I 11 ago

22 de Ago = Exercício em sala valendo 5 ptos, com consulta, individual- sobre processo legislativo. Discutir a questão de hierarquia de lei ordinária, lei complementar, medida provisória na legislação tributária

2 provas de 25 4 trabalhos de 5 ptos. Fontes do Direito Tributário.

As fontes dividem-se em primárias e secundárias.

As fontes primárias inovam no Ordenamento Jurídico criando, modificando ou extinguindo direitos e obrigações. As fontes secundárias pressupõem a existência de uma fonte primária, são as chamadas “Normas de Regulamentação”.

PROCESSO LEGISLATIVO. (art 59 CR88). Fontes Primárias.

CF

Emenda Constitucional - art 60 CR88 Leis Complementares - art 69 a 146 CR88 Leis Ordinárias

Leis Delegadas - art 68 CR88 Medidas Provisórias - art 62 CR88 Decretos Legislativos

Resoluções - art 68, 2do CR88 Fontes secundárias.

Portarias, Circulares,

Instruções Normativas.

A lei é a principal e legítima fonte do DTr. Usos e costumes raramente se prestam a ser fonte, porque via de regra o contribuinte não quer pagar tributo.

Fontes primárias e secundárias são as chamadas fontes formais.

As fontes secundárias não inovam no Ordenamento e apenas regulamentam, esclarecem, dão aplicabilidade às fontes primárias,

O poder executivo geralmente extrapola seu poder, legislando através de fontes secundárias. Fonte primária é a lei.

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Para entendermos o DTr é necessário entendermos o Processo Legislativo. A CR88 é a lei das leis. É uma Carta de Princípios.

O papel da CF em termos de DTr é:

1 - Repartição de Competências Tributárias.

A CF não cria tributos, ela reparte as competências: ex:

Art 156 CF. Compete aos municípios a criação de IPTU, ITBIIV; ISSQN.

art 155 CF. Estados cobram ICMS (25% vai pr o município) - IPVA (50% vai pr o município no qual o carro foi emplacado) - ITCMD =Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação ().

art 153 - cabe à União - II, IE, IR, ITR, IPI, IOF, IGF.

A União é a única que tem competência para cobrar as Contribuições Sociais. É uma outorga de competência para instituir impostos.

O Distrito Federal cobra os impostos municipais e os estaduais. Trib I 18 ago

- PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS.

Falamos sobre as fontes do direito. As primárias e as secundárias. A idéia da fonte principal do direito é a lei. A legislação é a principal fonte do direito. Existe um princípio no direito penal, que também se aplica na legislação tributária, que é:

Princípio da Legalidade tributária

Art 150, I, CF = Para que um tributo seja exigido ou aumentado deve haver uma Lei previamente estabelecida.

Vamos falar bastante desse princípio, mas por enquanto ele servirá para entendermos algumas discussões que se aplicam às Medidas Provisórias.

Então, conforme o artigo 150, I da CF, somente a lei pode exigir ou aumentar tributos. Lei vem do poder legislativo e Medida Provisória parte do poder executivo. Então, a Medida Provisória pode aumentar tributo? É o que discutiremos, hoje. Uma questão bastante polêmica no Direito Tributário. Veremos quais os poderes do chefe do executivo em relação à utilização de Medida Provisória em matéria tributária.

É uma questão que já trouxe muita polêmica, mas, com a EC 32, essa polêmica diminuiu.

A CF distribui competências tributárias, como vimos. É uma fatia enorme para a União Federal, pq ela cobra mais impostos; uma fatia bem menor para os Estados; e uma fatia menor ainda para os Municípios.

A CF não cria, não modifica e não cobra tributo. O que ela faz é outorgar as competências tributárias. Ela fala: “Compete aos estados instituir ICMS. O estado querendo, institui a cobrança do ICMS. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA:

Competência é a aptidão concedida pela Constituição para INSTITUIÇÃO, ARRECADAÇÃO e COBRANÇA de tributos. A competência tributária é indelegável.

Instituição (legislar). Só a União, o DF, os Estados e os Municípios têm competência tributária. É indelegável. 4

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A Constituição, quando outorga competência aos entes federados (estados, DF, municípios e à própria União federal), na verdade outorga poderes para que eles instituam, arrecadem e cobrem tributos.

Instituir é criar. Instituir tributos é o poder de legislar sobre tributos. Competência tributária é diferente de Capacidade tributária.

CAPACIDADE TRIBUTÁRIA (ou derivada da competência tributária). Capacidade tributária é a aptidão para ARRECADAR e COBRAR tributos

A capacidade tributária é delegável. Os entes dotados de competência podem delegar a capacidade tributária, ou seja, capacidade para promover arrecadação e cobrança

.

Arrecadar = coletar.

Cobrar = notificar e executar débitos.

O INSS faz a arrecadação e a cobrança das contribuições previdenciárias. A Caixa Econômica Federal é gestora do FGTS.

Se o contribuinte deixar de pagar o FGTS será cobrado pela CEF. Se deixou de pagar o INSS será cobrado pelo Instituto.

As autarquias podem ter capacidade tributária, assim como outros entes da AP. Mas, nenhum desses entes podem legislar.

O INSS é cheio de portarias, decretos, Ordens de Serviços, Instrução Normativas e são todas fontes secundárias. Portanto não podem inovar no ordenamento jurídico.

É importante estudar o processo legislativo, porque quando vamos defender o interesse do contribuinte, nos deparamos com um excesso da normatização. Por exemplo: uma lei cria o IPVA e cumpre ao poder executivo baixar normas, fontes secundárias do direito tributário, para dar aplicabilidade à lei, fonte primária. Então existem diversos excessos, principalmente na legislação previdenciária.

Uma crítica construtiva para os contadores:

O contador é o aplicador da legislação tributária. Então, quem entende de normatização tributária é o contador, com certeza. Porém, eles devem ser os intérpretes da legislação tributária como um todo, tanto da fonte primária como da secundária. Mas, o que eles têm na mão, para trabalhar é o Decreto, o Regulamento do IPI, do ICMS, etc, ou seja, apenas as fontes secundárias. E a legislação tributária não pode ser interpretada apenas dessa forma. Eles devem verificar também o que diz o princípio, a lei ordinária. Eles não fazem a interpretação que o jurista faz que é discutir a ilegalidade, inconstitucionalidade.

Se temos um problema pr resolver, temos de ver o que a Constituição fala sobre esse assunto. A partir daí já delineamos um critério para resolver a dúvida que, por ventura, surja.

Emenda Constitucional

A Emenda Constitucional tem seu campo de atuação apenas na Constituição.

Inclui, exclui ou altera artigos da Constituição. Qualquer alteração na Constituição deve ser por emenda. Sua aprovação é extremamente difícil e por isso é difícil alterar a Constituição. É feita por maioria qualificada = 3/5 dos votos dos membros do Congresso Nacional e passa pelas duas casas.

Leis Complementares

Como sabemos quando utilizar uma lei é complementar ou ordinária?

A CR88 determina se o assunto vai ser legislado por lei ordinária ou lei complementar.

Artigo 5º, XXXII, CR88. “o Estado promoverá na forma da lei o Código de defesa do consumidor (CDC). A CR88 não fala qual é essa lei, então aplicamos a Lei Ordinária que é aprovada pela maioria simples = 50% + 1 dos votos presentes, desde que presentes pelo menos ½ dos membros da casa.

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Art 146, CR88 - cabe à lei complementar regular conflitos de competência em matéria tributária entre a União, os estados, o DF e os Municípios. Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar e estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária.

Então, as Leis Complementares, em matéria tributária, servem para: a) Regular conflitos de competência.

b) Regular as limitações ao poder de tributar. c) Estabelecer normas gerais em matéria tributária. Normas Gerais em Matéria Tributária são:

a) definição dos tributos e suas espécies. b) definição do fato gerador

c) definição do contribuinte d) definição de crédito tributário. e) definição do lançamento tributário.

f) definição da prescrição e decadência tributária.

g) definição de leis que dão tratamento diferenciado e favorecido às micro empresas e empresas de Pequeno Porte. É a lei do SIMPLES nacional.

As normas gerais de direito tributário estão previstas no Código Tributário Nacional, assim como as normas gerais de direito civil estão previstas no Código Civil. Porém, essas leis são ordinárias.

O CTN é a lei 5172 de 1966. A Constituição de 1946 não exigia que as normas gerais de direito tributário estivessem previstas em Lei Complementar. Então foi feita uma lei ordinária, número 5172 em 1966 que criou o CTN. Em 1988 a Constituição Federal falou que normas gerais de direito tributário têm de ser disciplinadas em Lei Complementar.

À época, surgiu um conflito pois já havia o CTN de 1966 que é, formalmente lei ordinária, mas o seu conteúdo é de lei complementar, pelo atual dispositivo constitucional. O que fazer?

Então, foi recepcionado o CTN naquilo que não for contrário à Constituição e confere a esse código status de lei complementar.

Então, o CTN é uma lei ordinária no aspecto formal e uma lei complementar no aspecto material. Para alterar uma lei complementar só outra lei complementar.

Uma lei complementar pode alterar uma lei ordinária porque quem pode mais, pode menos.

Vamos fazer um trabalho sobre o conflito entre lei ordinária e lei complementar. É uma discussão que ainda existe nos tribunais. Parte da doutrina diz que não existe hierarquia e parte diz que há. Se uso uma lei complementar para alterar uma lei ordinária. Depois, uma lei ordinária pode revogar a lei complementar? Para aprovar uma lei complementar é preciso 50%+1 (maioria absoluta) dos votos dos membros do CN. Para falarmos de maioria absoluta, vou sempre contar pr cima.

Para aprovarmos uma EC temos que ter o voto de pelo menos 40 senadores. Para aprovarmos uma lei complementar precisa de 41+1 = 42 senadores.

Para iniciar uma discussão sobre lei ordinária temos que ter pelo menos metade dos membros da casa, ou seja, pelo menos 41 senadores. Para votar precisamos de 20,5 + 1 = 22 senadores.

Mas, qual é o objetivo de definir quorum de votação distinto e diferenciado para votação de cada lei?

É claro que o objetivo é o debate. Quando vamos tratar de legislação tributária exige-se um consenso maior. Direito tributário e direito financeiro é previsto em lei complementar.

CC, CP, etc, é previsto em lei ordinária.

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Leis Delegadas:

Poder legislativo delega para o chefe do poder executivo o poder de tributar. A Câmara delega poderes pr o prefeito, a Assembléia legislativa delega para o governador e o CN delega para o presidente da República. Para celebrar convênios e tratados internacionais, no caso do Presidente da República.

As Leis Delegadas então em desuso. Não tem tanta delegação em legislação tributária porque existem as Medidas Provisórias.

Medidas Provisórias:

Em caso de relevância e urgência, o Presidente pode emitir medidas provisórias com força de lei. Mas o que tem força de lei é lei?

Valiam por 30 dias e eram prorrogadas infinitas vezes antes da EC 32/2001. Art 62, 2do.da Constituição.

Diz que Medida Provisória que implique em instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos artigos 153, I (ii), II (ie), IV (ipi) e V (iof) e 154, II(i extraordinários), só produzirá efeitos no exercico financeiro seguinte, se houver sido convertido em lei até o último dia do ano em que foi editada.

Os impostos mencionados no artigo 62 da CF são regulatórios do Comércio exterior: o IPI, II, IE, IOF. Eles são exceção aos princípios que estudaremos, Princípio da Legalidade, da Anterioridade, porque são impostos que quando instituidos ou aumentados ou diminuídas suas alíquotas, a aplicação é imediata e por medida provisória. São impostos que regulam a atividade econômica.

É, portanto, necessário que a MP seja convertida em lei no exercício financeiro em que foi editada. Se o presidente aumenta o IPI em 150%. Chega no final do ano, a MP não é convertida em lei. Pergunta-se: quem pagou imposto com a aliquota alterada tem direito a restituição? Porque?

A ausência de conversão de MP em lei, seja por caducidade ou perda do prazo, seja por rejeição do Congresso Nacional, retroage ao nascimento da MP?

Art. 62, 3º. : As MP perderão eficácia desde a edição se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogados uma vez por igual período.

Perder eficácia é deixar de produzir efeitos, e no caso é desde a edição. Ou seja, ela nunca existiu ou nunca foi apta a produzir efeitos. Agora, como ficam os efeitos que ela produziu?

“devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas dela decorrentes. Ou seja, nem a Constituição trouxe resposta para a pergunta.

Art 62, 11º. Não editado o decreto legislativo a que se refere o parágrafo 3º, até 60 dias após a rejeição ou perda da eficácia da MP, as relações constituidas decorrentes de atos praticados durante sua vigência, conservar-se-ão por ela regidas. Ou seja, fica como está e o contribuinte pagou a mais e o dinheiro não será devolvido pelo executivo.

Trib I 25 ago

hipótese de incidência tributária - aliomar balleio

PRINCÍPIOS CONSTITUICIONAIS TRIBUTÁRIOS ou Limitações constitucionais ao poder de tributar.

Princípio é algo norteador. É o que vai direcionar a construção, a formação de uma determinada área do direito. O princípio estrutura a norma.

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Princípios implícitos: razoabilidade, proporcionalidade.

Princípios explícitos estão esparramados no texto da Constituição. Estudaremos os princípios explícitos.

Os princípios são voltados para o contribuinte, pois limitam o poder de tributar do Estado. São verdadeiras garantias do contribuinte.

Os princípios constitucionais previstos no art 150 da CF funcionam como limitadores ao poder de tributar dos entes federados.

I. Princípio da Legalidade.

Nos termos do disposto no art 150, I CF é vedado à U-E-DF-M instituir ou aumentar tributo sem que lei o estabeleça.

Para criar ou majorar é preciso Lei.

Exceção: os impostos regulatórios do comércio exterior. II, IE, IPI e IOF.

A primeira função de um tributo é fiscal. A segunda é ser extra fiscal, ou seja, o tributo regulando a economia. II. Princípio da Isonomia (igualdade).

Previsto no art 150, II, CF. Este princípio veda a cobrança de tributos de forma diferenciada entre os contribuintes que se encontrem na mesma situação. Este princípio deriva do ensinamento difundido por Aristóteles, segundo o qual: "os iguais devem ser tratados igualmente, e os desiguais desigualmente, na medida da desigualdade."

Tributário I 29 ago

Prova dia 19 Set - 2da Feira. Valor 25 ptos. Até imunidade tributária.

Os princípios são verdadeiras garantias ao contribuinte justamente por serem limitações ao poder de tributar do Estado. o Estado ao exercer seu poder de tributar, segundo sua competência tributária dada pela CF, tem como limites os princípios constitucionais tributários.

Então, se a União, os estados, o DF ou os Municípios querem cobrar tributo devem observar:

1 - Existência de lei (criar ou majorar). Todo tributo é fruto de um consenso de toda a população. Esse consenso é o que justifica esse jus império no exercício do poder de tributar.

A lei leva em conta se o tributo é isonômico. Ou seja,

2 – O tributo atende ao princípio da isonomia? Esse princípio não é apenas de direito tributário. É um princípio do Estado de Direito e uma garantia fundamental. Está no artigo 5º, caput: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.” – essa é a igualdade formal, ou seja, o tratamento deve ser igual para todos. O direito tributário parte do pressuposto de que nem todos são iguais, pelo menos em termos de capacidade econômica. A capacidade econômica é o fator decisivo para que o princípio da isonomia possa ser aplicado.

Para entender: vamos imaginar que numa empresa existem dois funcionários que ganham salários iguais. Um deles tem uma família muito numerosa e tem muito gasto com educação, saúde, alimentação, transporte, etc. o outro, que ganha exatamente a mesma coisa que este, é solteiro e tem suas despesas custeadas pelo pai que é dono da empresa. Qual deles tem maior capacidade econômica? É óbvio que é o solteiro.

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O princípio da Capacidade Contributiva deriva do princípio da Igualdade e diz que sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão cobrados segundo a capacidade econômica do contribuinte.

O que se quer dizer com isso, é que mesmo que hajam cidadãos que se encontrem em condições equivalentes muitas vezes, à luz do princípio da igualdade eles não se encontram na mesma situação. A primeira pessoa do exemplo acima tem uma despesa necessária para sua subsistência muito maior que a segunda.

3 - considera a capacidade contributiva do contribuinte?

O princípio da igualdade diz que devemos tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual na medida de suas desigualdades.

No exemplo, os dois são iguais em termos de receita, porém são diferentes em termos de despesas, ou seja, são diferentes em termos de capacidade econômica. Então o que tem mais despesa deve ser tratado de forma desigual justamente por ser diferente. O primeiro, então, tem direito às deduções no seu imposto de renda e o segundo não terá pois tem maior capacidade econômica.

Quando falamos de direito tributário temos que entender que a igualdade expressa no caput do artigo 5 da CF é a igualdade formal e o direito tributário quer a aplicação da igualdade material, ou seja, a aplicação da igualdade no caso concreto, analisando caso a caso para ver quem tem capacidade econômica.

III - Princípio da Capacidade Contributiva.

Previsto no art 145, 1º, da CF, esse princípio estabelece o dever do Estado de tributar o contribuinte segundo suas condições econômicas.

§ 1o Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Trata-se, na prática, de um princípio derivado do próprio princípio da igualdade, e sua efetivação, dá-se com a progressividade fiscal.

Esse dispositivo passa uma idéia de desânimo legiferante. “sempre que possível”, ou seja, quando der é que se aplica o princípio?

As três frentes de incidência tributária é sobre o patrimônio, sobre a renda e sobre o consumo.

Sobre a renda, é o caso do IR, sempre é levada em conta a capacidade econômica do contribuinte em razão da progressividade. Quem tem mais renda paga mais imposto de renda..

Sobre a propriedade, está sendo levada em conta a capacidade econômica do contribuinte, em razão da progressividade do IPTU. Está sendo discutido no momento se a tributação do patrimônio pode ou não ser progressiva.

TRIBUTAÇÃO PROGRESSIVA.

Todo tributo, para ser calculado, precisa de uma BASE DE CÁLCULO E DE UMA ALÍQUOTA. IPVA

Base de Cálculo = Valor do Veículo = 10 mil 100 mil 1 milhão Alíquota (estabelecida em lei) = 4% = 0,4 mil/ano 4 mil/ano. 40 mil/ano.

O IPVA é um imposto proporcional porque apesar da alíquota permanecer a mesma, o valor do imposto aumenta na medida em que a base de cálculo aumenta.

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É um imposto proporcional porque o seu valor aumenta na proporção em que a sua base de cálculo aumenta, mantendo a alíquota constante.

IR alíquota = 10%

Empregado = 600 Reais. 60 Reais de IR O salário é de 540 reais. Dono = 60 mil - 6000 reais - 54 mil

É um imposto proporcional. Imposto Proporcional:

O valor a pagar é proporcional à base de cálculo. Se ela aumenta o imposto também aumenta. A alíquota permanece a mesma.

Imposto Progressivo:

O tributo progressivo, à medida que a base de cálculo aumenta, a aliquota também aumenta. Aplica-se a progressividade no IR, no IPTU (em razão do valor do imóvel).

O princípio da capacidade contributiva está sendo discutido quanto à propriedade. Nos impostos sobre a propriedade, aplica-se a progressividade ou não?

No art 156, 1º, I, se diz que o IPTU é progressivo em razão do valor do imóvel. A lógica é quanto mais caro o imóvel, maior será a alíquota.

A capacidade contributiva é subjetiva e objetiva.

Se uma viúva, sem renda, mora numa casa de valor 3 milhões. Objetivamente ela não tem capacidade contributiva mas subjetivamente tem.

A doutrina já sedimentou, para não emperrar o trabalho do fisco, que existem signos presuntivos de riqueza. Ou seja, presume-se a riqueza de uma pessoa que, apesar de passar fome, como é o caso da viúva, mora numa casa de 3 milhões.

Então, é com base nessa capacidade contributiva subjetiva que o fisco tributa. Na propriedade, esse princípio da capacidade contributiva está sendo bem discutido.

O IPVA, imposto sobre o patrimônio, pode ser progressivo? O artigo 145, 1º da CF não responde. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: § 1o Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

“Graduar segundo a capacidade econômica” é a progressividade.

No imposto sobre a propriedade é possível medir a capacidade econômica do contribuinte?

Já vimos que o fisco presume a capacidade subjetiva e os tribunais não podem retirar essa presunção. Agora, se tenho uma BMW, sob os olhos do fisco tenho uma capacidade contributiva maior do que alguém que tenha um carro de 20 mil e sob essa ótica o fisco não me permite pagar um ipva mais barato.

Pela doutrina antiga, existem os impostos reais e os pessoais; os imposto reais não se admite gradação da capacidade contributiva. Só para o IPTU com a EC29 que houve progressividade.

Para os impostos pessoais é obrigatória a gradação da capacidade contributiva.

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Hoje, há doutrinadores que entendem que esse princípio só se aplica aos impostos pessoais. Uma parcela do STF, com formação mais humanista, entende que a função do tributo é arrecadar para que o dinheiro volte para a sociedade.

Os objetivos da CF, segundo o art 3º, são:

Art. 3o Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II – garantir o desenvolvimento nacional;

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação

Os Fundamentos existentes na CF são auto aplicáveis.

Objetivos existentes na CF são metas, é onde queremos chegar como sociedade.

Queremos chegar numa sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização; reduzir a desigualdade social.

Se reduz a desigualdade social distribuindo renda. A justiça social contribui para erradicar a pobreza e a marginalização.

O direito tributário tem uma função importantíssima nesse aspecto porque para reduzir desigualdade tem-se que fazer igual ao Robin Hood, tirar dos mais ricos e entregar aos mais pobres.

A igualdade tributária e a capacidade contributiva enxergadas sob a ótica dos nossos objetivos fundamentais autorizam os entes federados a tributar de forma progressiva.

Ou seja, se quer ter uma BMW, ou um apartamento de 3 milhões tem de pagar o imposto para ter para que quem tem menos pague pouco ou nada pois não tem capacidade contributiva.

Então, na propriedade há essa discussão; na renda não tem essa discussão. E no consumo?

No consumo não existe possibilidade de aplicar o princípio da capacidade contributiva, porque todos pagamos a mesma aliquota porque não há uma maneira de dar efetividade à esse princípio. 70% dos tributos cobrados no país são sobre o consumo.

Trib I 1 set

Medida Provisória número 528 /2011 (altera valores constantes da tabela do IRPF). Para o ano calendário de 2011

Base de Cálculo Alíquota até R$ 1560,00 isento de 1566,62 a 2347,85 7,5% de 2347,86 a 3130,51 15% de 3130,52 a 3911,63 22,5% acima de 3911,63 27,5%

A técnica da capacidade contributiva é a progressividade. Ou seja, quanto maior a base de cálculo maior a alíquota.

Isenção é a dispensa legal de pagar o tributo. IV Princípio da Irretroatividade.

Nos termos do art 150, III, "a", é vedado à U-E-DF-M cobrar tributos relativos a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei.

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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III – cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou

aumentado;

Observe-se que, nos termos do art 106 do CTN, existem situações nas quais a legislação tributária aplica-se a fatos pretéritos.

retroage para beneficiar o contribuinte. Imposto não retroage.

Multa retroage Trib I 5 set

O art 106 do CTN prevê as hipóteses nas quais se admite a aplicação retroativa da legislação tributária, desde que mais benéfica ao contribuinte.

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I – em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

II – tratando-se de ato não definitivamente julgado:

a) quando deixe de defini-lo como infração;

b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha

sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;

c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.

Exemplo:

Ano ICMS(%) MULTA (%)

2006 18 50

2007 10 75

2008 20 100

2009 25 150

2010 5 30

Os impostos serão cobrados conforme o ano, a multa retroage de 30% em 2010 pr 30% em 2009, pr 30% em 2008...

O objetivo do princípio da irretroatividade é evitar que o contribuinte seja pego de surpresa.

Previsto no art 150, III, "a", "b", "c" da CF, este princípio tem por objetivo permitir ao contribuinte o prévio conhecimento da legislação tributária que venha a instituir novos tributos ou majorar aqueles já existentes.

V. Princípio da Anterioridade (não surpresa)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III – cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou

aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

(13)

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

Tributo criado em: passa a vigorar em:

05/Set/2011 01/jan/2012

10/out/2011 01/jan/2012

31/dez/2011 - 01/jan/2012

Trib I 8 Set

A regra geral do princípio da não surpresa determina que o tributo que for instituido ou que for aumentada sua alíquota num exercício financeiro, esse aumento ou essa criação só pode produzir efeitos a partir do exercício financeiro seguinte.

O exercício financeiro é de 01 de janeiro a 31 de dezembro e coincide com exercício civil. REGRA GERAL do princípio da anterioridade:

Pela regra geral do princípio da não surpresa, é vedada a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que criou ou que tenha aumentado o tributo. Ou seja, ninguém pode ser surpreendido com aumento ou criação de tributo no mesmo exercício financeiro.

Exemplo de tributos: Regra geral

criado em: só é exigível em:

01/jan/2011 01/jan/2012 (não surpresa geral) (só no exercício financeiro seguinte). 08/set/2011 01/jan/2012 (não surpresa geral) (só no exercício financeiro seguinte) 15/nov/2011 01/jan/2012 (não surpresa geral)

31/dez/2011 01/jan/2012. (prática corriqueira de criação de tributo)

Quanto à legalidade nada se questiona mas quanto à moralidade essa prática corriqueira é questionável pois aproveita-se a desmobilização social para tributar.

Primeira exceção à regra geral: São as Contribuições Sociais. Tais contribuições são vinculadas, diferentemente dos impostos, e são aplicadas na Seguridade Social, que compreende : Saúde, Previdência Social e Assistência social (art 194, CF). São receitas exclusivas da União.

Tal princípio comporta diversas exceções à regra geral. Dentre elas destaca-se, inicialmente, a anterioridade nonagesimal aplicável às Contribuições Sociais, conforme art 195, pr 6to CF.

Deve-se observar também a inclusão da alínea "c", no inciso III do art 150, feita pela EC 42/2003, bem como o pr 1ro desse mm artigo.

As Contribuições sociais trazem a seguinte novidade: Anterioridade Nonagesimal (noventena).

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III – cobrar tributos:

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

Prevista no art 195, 6to da Cf, a anterioridade nonagesimal é aplicada às Contribuições Sociais.

(14)

§ 6o As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no artigo 150, III, b. (essa é a exceção à regra geral).

Ou seja, toda CS já pode ser exigida 90 dias após a lei que a instituiu ou aumentou. Contribuição Social:

Criada em: só é exigível em:

08/set/1201 08/dez/2011 (noventena) (no mesmo exercício financeiro) 15/nov/2011 15/fev/2012. (noventena)

31/dez/2011 31/mar/2012 (noventena)

01/jan/2011 01/abr/2011 (noventena A CS pode ser cobrada no mesmo exercício financeiro) Há casos em que o imposto é cobrado até antes da Contribuição Social.

Terceira exceção à regra geral:

Em razão da prática corriqueira de se criar/aumentar imposto no último dia do exercício fiscal para ser exigida no início do exercício seguinte foi criada a seguinte modificação na CF.

EC42/2003 – a exemplo das CS, essa EC criou a noventena também para os impostos, para que o contribuinte tenha pelo menos 90 dias e para que a regra da anterioridade prevaleça, a lei que cria o imposto tem de ser editada pelo menos 90 dias antes do exercício financeiro seguinte.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III – cobrar tributos:

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

Essa EC trouxe pelo menos 90 dias para que o tributo possa ser cobrado. Imposto criado em: pela noventena é exigível em:

08/set/2011 08/dez/2011 01/jan/2012 (mais benéfico para o contribuinte)

15/nov/2011 15/fev/2012 (mais benéfico para o contribuinte)

31/dez/2011 31/mar/2012 (mais benéfico para o contribuinte)

01/jan/2011 01/jan/2012 (mais benéfico para o contribuinte)

O governo fazia pouco caso do princípio da anterioridade e chegava no final do ano publicava um monte de lei que produzia efeitos já no 1 de janeiro. Por isso que houve a EC42 que trouxe pelo menos 90 dias, porém, se a regra básica for mais benéfica prevalece, que é a cobrança no exercício financeiro seguinte.

Então, para que a regra básica prevaleça, a lei do imposto tem de ser editada pelo menos antes de 90 dias do exercício financeiro seguinte.

Quarta exceção à regra geral:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

§ 1o A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.

O inciso III, b veda cobrança de tributo no mesmo ano em que foi criado. Então, de acordo com o 150, 1º, pode-se cobrar os seguintes tributos no mesmo ano em que foi criado para:

(15)

148, I (empréstimo compulsório para despesas extraordinárias por calamidade pública) 153, I ( ii), II (ie), IV (ipi), V (iof).

154, II (i extraordinário pr guerra externa).

O inciso III, c veda a cobrança de tributos antes de 90 dias da data de sua criação ou modificação. Então, de acordo com 150, 1º, pode-se cobrar os seguintes tributos antes de 90 dias da data de sua criação ou modificação para:

148, I (empréstimo compulsório para despesas extraordinárias por calamidade pública) 153, I ( ii), II (ie), III (ir), V (iof).

154, II (i extraordinário pr guerra externa) Significa que:

148, I (empréstimo compulsório para despesas com calamidade pública) pode ser cobrado no dia seguinte à sua publicação. Não espera o ano seguinte e nem a noventena. Aumentou hoje, vale amanhã.

153, I ( ii) não espera o ano seguinte e nem a noventena. Aumentou hoje, vale amanhã. 153, II (ie) não espera o ano seguinte e nem a noventena. Aumentou hoje, vale amanhã. 153 IV (ipi) não espera o ano seguinte mas respeita a noventena.

153, V (iof) não espera o ano seguinte e nem a noventena. Aumentou hoje, vale amanhã. 153, III (ir) espera o ano seguinte mas não respeita a noventena.

154, II (i extraordinário pr guerra externa). não respeita o ano seguinte e nem a noventena. Aumentou hoje, vale amanhã

Quinta exceção à regra geral:

155, III (base de cálculo do ipva) não respeita a noventena. Pode ser criado/modificado em 31/12 e cobrado 01/01.

156, I (base de cálculo do iptu) não respeita a noventena. Pode ser criado/modificado em 31/12 e cobrado 01/01.

Se a alíquota do IPI for reduzida a zero, hoje, não precisa respeitar os 90 dias pois para beneficiar o contribuinte pode valer já. O que não pode é majorá-lo de imediato sem respeitar os 90 dias, no caso do IPI. Trib I 12 set

VI. Princípio da Vedação ao Confisco. Fiscos em latim é cesta.

Confisco dá idéia de punição e está ligado a multa.

Nos termos do art 150, IV CF é vedada a cobrança de tributos com efeitos confiscatórios, contudo, não há lei determinando a partir de qual percentual a cobrança de um tributo pode ser considerada confiscatória. É aplicado apenas aos tributos.

Às multas não se aplica esse princípio. Quanto maior a infração maior a penalidade. A multa tem que ser pesada pois é uma punição.

No Brasil não há teto pra considerar um tributo confiscatório.

O princípio da capacidade contributiva é o que reafirma o princípio da vedação ao confisco.

Nas execuções, o título, a despeito do direito empresrial, é formado pelo próprio Estado. Ações de execução fiscal.

É a elevação da aliquota de um um tributo a um tal patamar que torna o pagamento inviável.

(16)

Qaundo a minha capcidade contributiva diminui estará aí o confisco. É de difícil aplicação pois não dá pra determinar o que é confiscatório.

O que se sabe é que uma aliquota de iptu de 50% significa que a cada dois anos compro o mesmo imóvel. VII. Princípio da Vedação à Limitação ao Tráfego de Pessoas ou bens.

- art 150, V, Cf. É vedado à união, por meio de tributos.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; os estados e municípios não podem estabelecer barreiras fiscais pr fornecimento de serviços e produtos e pessoas.

VIII. Princípio da Uniformidade Tributária. art 151, I, CF

Art. 151. É vedado à União:

I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o Território Nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País; aplica-se exclusivamente à União Federal. Ganahr 10 mil em qualquer estado do país há a mesma alíquota pr IR.

IX. Princípio da Vedação à diferenciação em razão da procedência ou destino de bens e serviços. - art 152, CF.

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Aplica-se a vedação aos estados, municípios e à União. Em razão da aplicação dos produtos.

Sua preservação é feita pelo CONFAZ. Qualquer benefício, isenção, alteração de base de cálculo tem de ser referendado pelo CONFAZ.

Segue a Atividade de revisão 15 set trib I

1ª Questão: O presidente da Republica editou em 22/09/2005 Medida Provisória nº. 000/2005 que regulamentou o aumento do Imposto de Importação de equipamentos e máquinas industrializadas, passando da alíquota de 20% para 35%. Pergunta-se:

1) O aumento poderá ser exigido a partir de quando? A partir de 23/09/2005

2) Qual o prazo de validade dessa Medida Provisória? Poderá ser prorrogado? 60 dias prorrogáveis por mais 60 uma única vez. Art. 62, 3º, CF.

3) Na hipótese da Medida Provisória não vir a ser convertida em lei pelo Congresso Nacional, como fica a situação do contribuinte que recolheu durante a vigência da MP, o imposto na alíquota de 35% ? Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

(17)

§ 2o Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos artigos 153, I (ii), II (ie), IV (ipi), V (iof), e 154, II (i extraordinários por guerra), só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3o até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.

Ou seja, o contribuinte permanece com a alíquota de 35% e o que pagou a mais não será devolvido. 2ª Questão: O Presidente da Republica, via Decreto do Executivo, determina o imediato aumento da alíquota do IPI sobre cosméticos, que passará a vigorar no dia seguinte à publicação no Diário Oficial da União, de 30% para 60%. Pergunta-se:

O IPI é um tributo vinculado ou não vinculado? É não vinculado pois, por ser uma espécie de imposto, não há contraprestação do Estado.

Qual é o critério para estabelecer o valor de sua alíquota? O critério é a vinculação à essencialidade ou seja, a seletividade.

O Presidente pode determinar o aumento na forma como foi informado? Esse decreto do executivo seria inconstitucional pois não respeita a noventena

Quais os princípios constitucionais envolvidos? Legalidade, anterioridade, seletividade, capacidade contributiva do contribuinte.

Foram todos observados?

Não foi observado o princípio da anterioridade pois não respeitou a noventena, nem o princípio da capacidade contributiva do contribuinte em razão da alíquota, nem o princípio da vedação ao confisco em razão da proporção do aumento do imposto que foi o dobro..

Justifique todas as suas respostas. Trib I 22 set

vamos finalizar o estudo do artigo 150, Cf -

os princípios constitucionais são uma limitação ao poder de tributar do Estado, de forma a respeitar os direitos e garantias do contribuinte.

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA.

É uma exclusão ao poder de tributar. Só existe na Constituição. É la que se cria esse poder. Ela dá a competência e somente ela pode tirar. E, algumas situaçõe spode e em outras não pode cobrar tributos. Imunidade, Isenção e não incidência.

Imunidade é exclusão do poder de tributar. Dado pela CF.

Isenção é a chamada dispensa legal do pagto de tributos. Só pode isentar de pgto de tributo quem tem competência de cobrar. O poder de tributar corresp ao poder de isentar.

A diferença prática é:

Na imunidade não nasce a obrigação tributária.

Na isenção o fato gerador ocorreu, nasceu o dever de pagar o tributo, mas por razões do ente federado não será cobrado.

(18)

Não incidência = não existência de lei pr cobrar o imposto. O fato não se adequa à norma. Imunidade: é uma proteção à incidência de tributos.

Ela está restrita ao texto constitucional.

Os entes federados só podem isentar e não imunizar.

São institutos jurídicos distintos que atingem a mesma finalidade, que é o não pagamento do tributo. Nos termos do artigo 150, VI CF encontram-se previstas as hipoteses de imunidade, a saber: a) Imunidade recíproca.

Art 150, VI, a.

patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros entes federados. Isso acontece pr não criar nenhuma relação de dependência entre os entes federados.

b) Imunidade dos Templos de qualquer culto.

Se uma igreja utiliza-se do seu estacionamento pr auferir renda, o locatário terá de pagar imposto.

c) Imunidade do Patrimônio, Renda e serviços dos partidos políticos, entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de educação e de assitência social, atendidos os requisitos dos art 9no e 14to do CTN.

São interpretadas de forma restritiva.

Na relação empregado/empregador deve haver os sindicatos dos trabalahdores e esses são imunes. O dos patrões não é.

Quanto aos partidos políticos deve haver pluralidades ideológicas que justificam a imunidade. Ptto, todos os partidos são imunes para serem iguais.

Patrim, renda, serv das inst de educação e de ass social sem fins lucrativos. É a PUC.

Quando há imunidade tributária, é imperativo que todo o lucro seja revertido em prol da atividade institucional.

No art 14no do CTN:

Não distribuir lucros em entidades filantrópicas mas pode pagar funcionário com valores de mercado.

Aplicar integralmente seus recursos na manutenção de seus objetivos institucionais. Manterem escrituração de receitas e despesas.

d) Imunidade dos livros e do papel destinado a sua impressão. Trib I 26 set

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

imunidade distingue-se da isenção. Na imunidade não ocorre o fato gerador da obrigação pois está previsto na CF.

Imunidade recíproca - U, E, M não podem cobrar impostos uns dos outros. Imunidade dos templos de qq culto - pr preservar a liberdade religiosa.

Imunidade dos part políticos, fund, sindicatos dos trabalhadores, entidades de assitência social - pr usufruirem devem cumprir os req dos art 9 e 14 do CTN.

Imunidade vem na própria CF é a exclusão do poder de tributar e a isenção é a dispensa do pagamento do tributo.

A igreja, se ceder a exploração do seu estacionamento, sua imunidade não passa pr o terceiro. O dinheiro arrecadado tem de ser usado nos objetivos institucionais.

IMPOSTOS DIRETOS E INDIRETOS

(19)

Os impostos diretos são aqueles que incidem diretamente sobre o contribuinte, como é o caso do imposto sobre a renda e sobre a propriedade. Nos impostos diretos, o contribuinte de fato coincide com o contribuinte de direito.

Os impostos indiretos são aqueles cujo ônus da obrigação de pagar recai sobre outra pessoa diferente do contribuinte. Nos impostos indiretos, o contribuinte de direito difere do contribuinte de fato. É o caso dos impostos sobre o consumo, como o ICMS, cujo contribuinte de direito é quem vende a mercadoria e o contribuinte de fato é quem arca com o ônus de pagar o imposto que é o consumidor final.

A lojinha da igreja que vende produtos religiosos paga ICMS? Há os impostos diretos e os indiretos.

Os diretos tenho contribuinte de direito é igual de fato.

Os indireto tenho o contribuinte de direito diferente do contribuinte de fato. Contr de direito é o que a lei estabelece. Icms é o comerciante, empresário. Quem de fato arca coma carga tributária é o consumidor final

nos impostos indiretos há a transferência do ônus tributário.

Os impostos sobre o consumo são indiretos. O consumidor final assume o ônus tributário. A lojinha paga o ICMS pq ela repassa o imposto pr o público.

o IR que repercute na própria essência dela há imunidade. Os que ela repassa pr terceiros não há imunidade.

- Livros, jornais periódicos e o papel destinado a sua impressão.

Essa imunidade serve pr facilitar a educação, baratear a formação cultural. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS:

Segundo o CTN, o gênero tributo se divide em:

- Impostos (art 16 CTN) = sao tributos cujo fato gerador independe de uma contraprestação por parte do Estado. Servem pr as despesas gerais do Estado.

- Taxas (art 77 a 80 CTN). É tributo vinculado à uma contraprestação do Estado.

Sou taxado quando o Estado presta um serviço público. Mas não são todos os serviços. São para serviços "UTI SINGULI" e ""UTI UNIVERSI".

Taxa advém de prestação de serviços públicos específicos e divisíveis. uti universi não pode ser cobrada taxa. Só pr a uti singuli.

a taxa de ilum pública é inconst pois ´não é divisível e só específica. específico = o que o Estado está me prestando.

divisível = só pode cobrar do contribuinte beneficiário do serviço.

As taxas são menos injustas q os impostos pq quem paga é quem recebe o serviço.

Nem sempre a taxa é devida qdo o serviço é prestado. Como passaporte, só pago se eu procurar o órgão. Existem serviços q são de utilização compulsória e devo pagar mesmo se eu não utilizar. Coleta de lixo. É de utilização compulsória pq envolve saúde pública.

- Contribuições de Melhoria (art 81 e 82 do CTN). trib I 28 set

(20)

TAXAS.

São diferentes dos impostos, que são tributos não vinculados. As taxas são notadamente vinculados. Existe uma correlação entre o que se paga com o que se arrecada.

A taxa pode ter efeito confiscatório. Mas não existe critério pr se cobrar uma taxa e ela não ser confiscatória.

O limite q tem q ser observado pr se cobrar uma taxa é. A taxa existe pr se prestar um serviço ou pr fiscalizar o particular, e o seu valor deve ser no máximo o preço do serviço ou a fiscalização.

O critério pr se cobrar a taxa judic é o valor da causa. Mas o juiz não trabalha mais ou menos conforme o valor da causa.

A taxa não pode ter base de cálculo própria dos impostos. Mas um ou outro fator pode ser igual.

Competência para instituição e cobrança: U, E, DF, M (art 145, II, CF). - Fato Gerador das taxas.

a) Exercício regular do poder de polícia (art 78 CTN). - taxas de fiscalização.

b) Utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível. Só paga taxa quem usufrui = divisível. Tem q se especificar qual a intervenção feita pelo Estado.

Efetiva é o que demando especificamente do estado. Potencial é apenas para serviços de utilização compulsória. Como, esgoto, lixo.

As taxas não podem ser cobradas em razão do capital social de empresa, de acordo com a capacidade contributiva do contribuinte.

O art 79 do CTN dispões sobre os conceitos importantes para o entendimento das seguintes expressões. - Utilização efetiva.

- Utilização potencial. - Servíço específico. - Serviço divisível.

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

(21)

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I – utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

II – específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas;

III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA.

A contribuição de melhoria será sempre devida quando for realizada obra pública da qual decorra valorização do imóvel, conforme disposto no art 81 do CTN. O art 82 estabelece quais os requisitos a serem observados para a instituição e cobrança desse tributo.

Está em desuso pela dificuldade de cobrança. Hoje o Estado joga a valorização auferida no IPTU. Trib I 3 out

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS. I. Impostos.

II. Taxas.

III. Contribuições de Melhoria. IV. Contribuições Gerais. V. Empréstimos Compulsórios. Trib I 13 out

Geraldo ataliba - hipótese de incidência da obrigação tributária . Trata como algo distinto do fato gerador. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA.

È, no fundo, o pagamento de um tributo. Discutiremos quem tem o dever de cobrar e quem tem o dever de pagar.

O credor é titular da obrigação eo contribuinte é o devedor. A lei é um rol de situações hipotéticas.

- Art 113 CTN Obrigação Tributária - Principal = pagar o tributo.

- Acessória = facilita o cumprimento da obr trib pincipal. Quando a descumpro infrinjo uma norma. Inscrição no CNPJ, IE, escrituração de todas as receitas.

se descumpro uma obrigação principal recebo uma multa. Se descumpro uma obrigação acessória recebo uma multa isolada.

A Obrigação Tributária surge com a ocorrência do fato gerador. Fato gerador difere de Hipótese de Incidência.

(22)

O fato gerador ocorre quando há o acontecimento de uma hipótese de incidência no concreto. FG é hipótese de incidência concretizada.

Hipótese é a situação prevista em lei.

Para que ocorra o fato gerador de uma obrigação tributária é necessário o preenchimento dos 5 aspectos da hipótese de incidência. São eles:

1. Aspecto Pessoal. Art 119/121 CTN. Tem de haver

-Sujeito Ativo: U-E-DF-M é o titular da competência tributária dada pela CF. - Sujeito Passivo - ou o contribuinte ou o responsável tributário.

Contribuinte é o que pratica o FG da OT.

Resp trib é a pessoa que sem se revestir da condição de contribuinte, tem uma relação como FG ocorrido. É o caso do empregador q retém o IR do empregado. O empregado é o contribuinte mas o empregador é o responsável.

2. Aspecto Territorial. É onde ocorre o FG. 3. Aspecto Temporal. Quando ocorreu o FG. 4. Aspecto Material

É formado por um verbo + complemento.

É por esse aspecto que determino a natureza jurídica. Prestar serviço é fg do ISS.

Auferir renda - fg

5. Aspecto Quantificativo.

È formado pela base cálculo e pela alíquota.

É a grandeza sobre a qual vou aplicar um percentual. Trib I 17 out

Na aula passada, falamos de Fato Gerador, de hipótese de incidência.

Quando a hipótese se torna fato? Qual é a diferença entre Hipótese de incidência e Fato Gerador da Obrigação Tributária? A hipótese é uma situação abstrata, hipotética, prevista na lei. Para que haja a incidência ou não da norma tributária sobre mim depende da minha conduta, ou seja, se a minha conduta se enquadra no tipo previamente previsto na legislação tributária.

Para que eu possa afirmar que a minha conduta se enquadra no tipo tributário, tenho que fazer análise dos 5 aspectos da hipótese de incidência tributária:

- aspecto pessoal – suj ativo que é o fisco, e o sujeito passivo que é o contribuinte.

- aspecto territorial, ou seja, onde ocorreu o fato gerador. Ex. se possuo um imóvel em Contagem, esse fato é totalmente irrelevante para a cobrança de IPTU por outros municípios.

- aspecto temporal – quando ocorre FG da OT. Cada tributo vai ter seu momento de ocorrência do FG. Isso é extremamente importante para aplicarmos o princípio da anterioridade tributária, para sabermos qual norma incide sobre aquele ato praticado. O princípio da legalidade tributária diz que a norma só produzirá seus efeitos, ou seja, o contribuinte só deverá pagar o tributo depois que publicada a lei que instituiu ou aumentou o tributo. Mesmo assim, deve ser respeitado o princípio da anterioridade que diz que mesmo que atenda o princípio da legalidade, a lei só pode valer no exercício financeiro seguinte à sua publicação.

Nos impostos sobre a propriedade é fácil falar qual é o momento da ocorrência do FG. No caso do IPTU ou do IPVA o FG ocorre ou no dia 31 de dez, ou no dia 01 de jan., aplica a legislação.

Esse aspecto temporal se torna mais interessante quando formo trabalhar com o ICMS, com o IR.

(23)

No caso do IR, o momento da ocorrência do FG é no momento da aquisição da disponibilidade econômica. Ou seja, no dia que é feito o pagamento do empregado, por exemplo, ocorre a aquisição da disponibilidade econômica e portanto ocorre o FG do IR.

- aspecto material – esse aspecto diz, que no caso do IR, por exemplo, auferir renda é a hipótese de incidência do IR. E é por isso que existe a declaração de ajuste anual do IR.

Renda é remuneração (no direito do trabalho existem as verbas indenizatórias e as remuneratórias). Exemplo de definição de renda. O caminhão da empresa foi roubado e a seguradora pagou 100 mil do valor da apólice de seguro. Isso não é renda pois é verba indenizatória, ela não está acrescendo o patrimônio da empresa, está apenas repondo o valor do patrimônio.

Então, renda é acréscimo de patrimônio.

Mas, a legislação determina que o momento do FG do IR é o momento da aquisição da disponibilidade econômica. Então terei o meu IR retido quando receber o meu salário.

Anualmente o fisco determina que tenho de cumprir a obrigação acessória de fazer a declaração do ajuste anual do IR, o que significa que vou ter que mostrar todas as minhas receitas e, minhas despesas podem ser deduzidas, como educação, saúde, os recolhimentos de IR feitos ao longos dos meses do ano, etc. O fisco vai dizer o seguinte: eu tinha que cobrar o IR dele quando recebeu o salário mensalmente porque pelo aspecto temporal da hipótese de incidência, ele praticou o FG do IR no momento em que adquiriu disponibilidade econômica.

Agora, ao analisar o aspecto material, percebemos que o fisco fez retenção do IR sobre algo que não é considerado renda, logo ele tem de efetuar a restituição com a mesma correção que ele cobra que é pela taxa CELIC.

- aspecto quantificativo – o tributo para ser cobrado precisa ter definido na lei a sua base de cálculo e a alíquota.

Base de cálculo é a parcela, a dimensão sobre a qual o fisco se utiliza para aplicar a alíquota. A base de caçulo do ICMS é o valor da mercadoria.

Quando a lei deixa de prever a hipótese de incidência do imposto ele deixa de ser cobrado imediatamente. Hipótese de incidência tributária é a situação necessária e suficiente, prevista em lei que, uma vez ocorrida dá nascimento à uma obrigação tributária.

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. Art 113

A Obrigação tributária só surge quando a hipótese de incidência se concretiza, ou seja, quando a hipótese torna-se fato gerador da obrigação tributária.

Agora, praticado o FG da OT, o tributo já pode ser exigido? Isso será respondido daqui há algumas aulas, porque a obrigação só trona-se líquida e exigível depois que é feito o lançamento dessa obrigação.

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária.

Vamos agora, falar de Solidariedade, Capacidade tributária, Domicílio tributário, Responsabilidade tributária. Vamos até o artigo 142. Depois vamos voltar a falar da Constituição do Crédito Tributário.

A linha do tempo é:

- tem a CF outorgando a competência tributária.

- tem os entes federados U- E- DF- Municípios legislando de acordo com a competência tributária

- tem o contribuinte praticando a hipótese de incidência prevista em lei, ou seja, concretizando o FG da OT. 23

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- tem o nascimento da OT.

Tem a exigência do cumprimento da OT que vai depender do lançamento da OT. (são 3 modalidades) FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. Art 114.

Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

NORMA GERAL ANTI ELISIVA - par Unico do art 116. Foi acrescido pela LC 104/2001.

Tem causado grandes discussões no meio jurídico em razão do alcance dessa norma geral anti elisiva. Parágrafo único art 116 CTN. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

Ou seja, o fisco pode desconsiderar atos praticados pelo sujeito passivo, que pelo critério dele, fisco, foram criados para fraudar.

Existem os fenômenos da Evasão e da Elisão tributários.

No planejamento tributário eu adéquo a minha conduta antes da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária. Ou seja, antes de ocorrer o FG eu analiso o quanto vou gastar com pagamento de tributos e tomo uma decisão.

Elisão fiscal é lícita, ocorre quando o contribuinte se adequa à condição mais favorável à ele. E o caso da Localiza que emplacava seus veículos em Curitiba no PR, pq o IPVA lá, era mais barato.

Evasão tributária é ilicita e pode ser desconsiderado o ato e considerar praticado o fato gerador.

Ex. de evasão: tenho escritório funcionando em BH portanto pratico o FG do ISS em BH e alugo uma portinha com uma impressora em Nova Lima, porque lá o ISS é mais barato e só tiro nota por lá. Isso é ilegal pois é evasão fiscal.

Art 123 - CONVENÇÕES PARTICULARES NÃO SÃO OPONÍVEIS AO FISCO.

Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

A tem um contrato de locação com B e se obriga a pagar água, IPTU, luz, mas não paga. A será cobrado e não pode alegar que tem contrato com B e quem deve é B. A tem que pagar o tributo e depois cobra em regresso de B.

Esta norma existe para evitar fraudes fiscais. Veremos as fraudes quando estudarmos a Responsabilidade tributária.

SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA.

A responsabilidade no DT não é subsidiária. É solidária e não comporta benefício de ordem.

A empresa X deve 100 mil de ICMS. A fazenda publica executa a dívida. São 5 dias para pagar, ou nomeia bens a penhora. O oficial de justiça vai e não encontra mais a empresa. O juiz intima o autor e este pede a cobrança aos coobrigados sócios da empresa. Pode ser cobrado os 100 mil de cada um e quem pagar cobra dos outros. Isso é solidariedade. Todos tem obrigação de pagar integralmente a dívida e o pagamento integral aproveita os demais. Em sede de embargos eles resolvem entre si.

Para que haja a desconsideração da personalidade jurídica da empresa é necessário cumprir os requisitos do art 135 do CTN.

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A solidariedade em matéria tributária não comporta benefício de ordem (art 124 CTN) Art. 124. São solidariamente obrigadas:

I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; II – as pessoas expressamente designadas por lei.

Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem. Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade: I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;

III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA. Art 126 CTN.

A capacidade tributária independe da capacidade civil. Independe da pessoa jurídica estar regularmente constituida. Isso é irrelevante pr o DT. Ou seja, tem q pagar tributo. Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

I – da capacidade civil das pessoas naturais; O menino de 1 ano pode ser proprietário de uma fazenda. Ele será o contribuinte do ITR da propriedada. Porém, o pai é responsável tributário.

II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; O médico que está impossibilitado de praticar medicina por erro médico mas tem renda alta.

III – de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO.. Art 127 CTN.

É de livre escolha do contribuinte. Mas a autoridade pode recusá-lo quando o domicílio dificultar a cobrança do tributo.

Na matriz ficam a escrituração fiscal federal.

O contribuinte só não pode escolher aquele domicílio que vai dificultar a fiscalização.

Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

I – quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;

II – quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;

III – quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.

§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. Art 128 ao 138 CTN. Trib I 20 out

Responsabilidade é uma obrigação, um ônus, é um dever a ser adimplido.

Referências

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