ADMINISTRAÇÃO DE
ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
MEDICAMENTOS
Prática do Processo do Cuidar 1 4º semestre
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A administração de terapia
medicamentosa tem por indicação manter ou restaurar o estado de saúde do cliente. O preparo e
administração de medicamentos é um dos procedimentos mais
realizados pela equipe de
enfermagem e uma das atividades de maior responsabilidade.
A primeira forma de uso de
medicamentos efetuada pelo homem foi o consumo de plantas medicinais. Talvez muitas descobertas tenham
sido feitas durante a procura de novas fontes de alimentos, mas
provavelmente um número
significativo se deve à curiosidade e ao desejo de investigação
FARMACOLOGIA
FARMACOLOGIA
É uma disciplina que estuda e
pesquisa medicamentos, e passou a se desenvolver pouco tempo depois de o médico inglês William Harvey descobrir a circulação sangüínea. A partir de então, a farmacologia
evoluiu rapidamente e, na atualidade, milhares de novos medicamentos são descobertos e testados em animais, | para a avaliação de uma possível
SUB DIVISÃO
SUB DIVISÃO
FARMACODINÂNMICA
FARMACODINÂMICA
FARMACODINÂMICA
Estuda a atuação dos medicamentos
sobre o corpo, responsáveis por efeitos desejáveis e indesejáveis;
O local e o mecanismo de ação dos
diferentes medicamentos são
importantes para a avaliação da ação farmacológica, que pode se manifestar
como um efe terapêutico ou tóxico para o corpo.
Nessa etapa, o Enfermeiro pode avaliar
se o medicamento prescrito está
determinando um efeito terapêutico benéfico ou não.
FARMACOCINÉTICA
FARMACOCINÉTICA
Se preocupa em estudar o
comportamento do organismo em relação ao fármaco administrado. O CORPO REAGINDO AO FÁRMACO. BIOTRANSFORMAÇÃO DOS
FÁRMACOS.
Distribuição do medicamento no corpo.
Excreção do medicamento pelo corpo.
TERMINOLOGIAS
TERMINOLOGIAS
IMPORTANTES
IMPORTANTES
Droga. Qualquer substância
química, simples ou composta de múltiplas origens, que é utilizada com várias finalidades. Quando
administrada em organismos vivos (os corpos), são capazes de provocar alterações somáticas e funcionais.
Medicamento. Sinônimo de
fármaco. Quando administrado no corpo, é capaz de produzir efeitos terapêuticos,
Tóxico. Droga que, ao ser administrada no
corpo, é capaz de produzir efeitos nocivos a ele.
Efeito terapêutico. Está relacionado ao
efeito benéfico para o organismo, esperado quando da sua administração. Por exemplo, o efeito terapêutico de um fármaco
antitérmico diminuição da temperatura.
Dose terapêutica. E a quantidade mínima
de um fármaco administrado no corpo para ser capaz de desenvolver efeito terapêutico. Um exemplo de dose terapêutica é se de
100 mg diários de AAS para atuar no
Efeito colateral. Freqüentemente
encontrado na admi-ção dos fármacos, principalmente naqueles de atividade
seletiva, corresponde a um efeito que se percebe paralelamente ao efeito
terapêutico. Ele poderá se manifestar no mesmo sistema em que se desejava
alcançar o efeito terapêutico ou outro sistema do corpo. Esse tipo de efeito é rotineiramente esperado, mas não é desejado. Normalmente, não trazem maiores prejuízos ao organismo.
Efeito adverso. Efeito
geralmente nocivo e incômodo, que resulta da administração de um fármaco. E também
conhecido como reação adversa. E menos freqüente que o efeito colateral e, diferentemente
deste, sua ocorrência não é esperada nem desejada
Reação alérgica. Algumas vezes esperada
pela própria natureza do fármaco, é um tipo de reação que está intimamente
relacionada com a sensibilidade alérgica de cada indivíduo. Esse tipo de reação poderá variar de uma simples reação local,
caracterizada por vermelhidão (rubor),
coceira intensa (prurido) e edema (inchaço), a quadros alérgicos mais graves, como os casos de anafilaxia, podendo inclusive levar o indivíduo à morte em poucos instantes. Por isso, é preciso estar atento as reações anafiláticas que ocorrem em função da
hipersensibilidade do organismo ao fármaco.
Agonista e antagonista.
Agonista é um fármaco ou hormônio que, ocupando
receptores celulares específicos produz um efeito biológico. O
antagonista é toda substância, incluindo fármacos, que se opõe à estimulação um sistema
ETAPAS DA ADM.
ETAPAS DA ADM.
MEDICAÇÃO
MEDICAÇÃO
Executado em várias
etapas, como
armazenamento,
conservação, prescrição
médica, aprazamento,
dispensação, preparo e
administração ao paciente
.
São necessários
conhecimento e
aplicação de princípios
científicos que
fundamentem a ação,
de forma a prover a
segurança necessária.
Tal atividade reveste-se de
grande importância para profissionais e clientes
envolvidos, na medida em que é de responsabilidade legal da
equipe de enfermagem, e ocupa papel de destaque na função
terapêutica a que o cliente está submetido.
Os programas de prescrição médica
computadorizada facilitam o
entendimento do que está pres crito, de forma a evitar a interpretação
errônea por problemas de caligrafia, e contam com progra mas de segurança, que checam prescrição de drogas,
dosagens e diluições com dados do paciente inseridos previamente à prescrição dos medicamentos.
Uma das maiores responsabilidades
atribuídas ao profissional de saúde e o praparo e administração de
medicamentos. Qualquer erro nessa tarefa pode render conseqüências fatais para o cliente. Por essa razão, é fundamentai que profissionais da área tenham
conhecimento, comprometimento, respeito, responsabilidade e muita atenção durante o preparo e
O conhecimento das regras e
fórmulas para cálculo e dosagem de medicamentos é essencial não apenas para o exercício da
profissão, mas também para
ingressar no mercado de trabalho. Não são raras às vezes em que
esse conhecimento torna-se pré-requisito para aprovação do
RESPONSABILIDADE
RESPONSABILIDADE
Todo profissional de Enfermagem deve
conhecer os princípios básicos que compreende:
• Ação
• Doses diárias
• Vias de administração • Efeitos colaterais
Além disso, deve desenvolver a capacidade
de perceber os efeitos colaterais, quando ocorrem e agir imediatamente, a fim de evitar complicações.
PRESCRIÇÃO MÉDICA
PRESCRIÇÃO MÉDICA
O primeiro cuidado está em
assegurar o entendimento da
prescrição médica, que deve ser clara e conter obrigatoriamente os itens identificação do paciente,
nome da medicação, com dose e via de administração, diluição e
horário. Para aumentar a segurança nessa etapa, inovação tecnológica vem sendo testada e implantada.
PRESCRIÇÃO VERBAL
PRESCRIÇÃO VERBAL
A prescrição verbal é uma
ocorrência comum nos serviços, principalmente em situações de
urgência e emergência, porém, é de extremo risco para todos os
envolvidos (médico, paciente, enfermeiro/técnico ou auxiliar).
Esse procedimento que deve ser
evitado exceto em caso de absoluta urgência e/ou emergência.
Na emergência, a enfermagem
deverá anotar o procedimento
necessário na folha de prescrição do paciente, detalhando:
medicação prescrita, horário de administração, via de
administração e nome do médico responsável pelo paciente. Feito
isso, logo que possível, deve obter a prescrição por escrito.
RESPALDO
RESPALDO
Sobre isso o profissional de
Enfermagem encontra respaldo
legal na Resolução COFEN 225 de 28 de fevereiro de 2000 que
dispõe sobre cumprimento de Prescrição
Medicamentosa/Terapêutica à distância e que diz:
Art. Io — vedado ao Profissional
de Enfermagem aceitar, praticar, cumprir ou executar prescrições medicamentosas/ terapêuticas, oriundas de qualquer Profissional da área de Saúde, através de
rádio, telefonia ou meios
eletrônicos, onde não conste a larura dos mesmos.
Art 2° — Não se aplica ao artigo
anterior as situações de urgência, na qual, efetivamente haja
iminente e grave risco de vida do cliente.
Art 3o — Ocorrendo o previsto no
artigo 2°, obrigatoriamente
deverá o Profissional enfermagem, elaborar Relatório circunstanciado e minucioso, onde deve constar
todos os aspectos que envolveram a situação de urgência, que o
levou a praticar o ato, vedado pelo artigo Io.
RESPONSABILIDADES
RESPONSABILIDADES
LEGAIS
LEGAIS
As responsabilidades legais relacionadas a preparo e administração de medicamentos são orientadas pelo Código deÉtica dos Profissionais de
Enfermagem, que entrou em vigor com a Resolução COFEN 160, de 12 de maio de 1993.
DAS RESPONSABILIDADES
DAS RESPONSABILIDADES
Art 16 — Assegurar ao cliente
uma assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de
imperícia, negligência ou imprud.ência
NEGLIGENTE
NEGLIGENTE
É quem, podendo ou
devendo agir de
determinado modo, por
indolência ou preguiça
mental, não age ou se
comporta de modo
IMPRUDENTE
IMPRUDENTE
É quem age com
precipitação,
insensatez, sem cautela
necessária e sem
atender às
circunstâncias ou à
razão.
IMPERÍCIA
IMPERÍCIA
Consiste na incapacidade, falta de
conhecimento ou habilitação para o
exercício de determinada função; falta de prática ou ausência de
conhecimentos técnicos da profissão.
Art. 17 - Avaliar atenciosamente sua
competência técnica e legal e somente aceitar encargos ou atribuições
quando capaz de desempenho segure para si e para sua clientela.
DOS DEVERES
DOS DEVERES
Art. 24 — Prestar à
clientela uma
assistência de
Enfermagem livre de
riscos decorrentes de
imperícia, negligência
ou imprudência.
DAS PROIBIÇÕES
DAS PROIBIÇÕES
Art. 47 - Administrar medicamentos
sem certificar-se da natureza das
drogas que compõem e da existência de risco para o cliente.
Art. 48 — Prescrever medicamentos ou
na praticar atos cirúrgicos, excetos se previstos legislação vigente ou em caso de emergência.
Art. 50 — Executar prescrições
terapêuticas quando contrárias a segurança do cliente.
SISTEMAS DE PESOS E
SISTEMAS DE PESOS E
MEDIDAS
MEDIDAS
UNIDADES DE MASSA E VOLUME
Siglas: kg - símbolo de quilograma g - símbolo de grama mg - símbolo de miligrama mcg - símbolo de micrograma mL - símbolo de mililitro
SISTEMA DOMÉSTICO:
gotas (cada gota contém três microgotas); colher de chá (uma colher de chá
corresponde a aproximadamente 5 ml);
• colher de café (uma colher de café
corresponde a aproximadamente 2,5 ml);
colher de sopa (uma colher de sopa
corresponde a aproximadamente a 15 ml);
copo graduado
colher de sobremesa (uma colher de sopa
CONSERVAÇÃO
CONSERVAÇÃO
Os medicamentos devem ser
guardados de acordo com a orientação do fabricante
constante nas bulas. Por exemplo:
Conservar ao abrigo de luz; Conservar em geladeira;
NOMENCLATURA
NOMENCLATURA
Todo medicamento possui no mínimo
três nomes: o químico, o genérico e o comercial. Exemplos:
Químico: (6R, 7R) - 7 - (Z) - 2 - (6R. 7R) -7- (Z) (amino -4- tiazolil)
-2-[metoxiimino] acetamido -3- [(2, 5-diidro -6-hidroxi- 2-metil -5-oxo-as-triazin-3
il)tio]metil-8-oxo-5-tia-1-azobiciclo [4, 2, 0] -oct-2-en-2-ácido carboxílico.
Genérico: Ceftrioxona sódica. Comercial: Rocefin®
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE
MEDICAMENTOS
CONCEITO
CONCEITO
FUNDAMENTAIS
FUNDAMENTAIS
Toda substância
química que tem ação
profilática, terapêutica
ou que atua como
auxiliar de
PRODUTOS
PRODUTOS
FARMACÊUTICOS
FARMACÊUTICOS
Contém um ou mais
princípios ativos
convenientemente
manufaturados.
FORMA FARMACÊUTICA
FORMA FARMACÊUTICA
Como se apresenta. Forma do
produto farmacêutico: solução, comprimido, xarope etc.
Exemplos:
Furosemida comprimido, Dipirona
injetável e a Amoxacilina suspensão.
FÓRMULA FARMACÊUTICA
FÓRMULA FARMACÊUTICA
É a descrição do produto farmacêutico,
ou seja, a discriminação dos princípios ativos que o compõem e descrição das respectivas dosagens.
Exemplo:
Solução de permanganato de potássio
a 1%. Fórmula:
Permanganato de potássio... lg
AÇÃO DOS
AÇÃO DOS
MEDICAMENTOS
MEDICAMENTOS
AÇÃO LOCAL; AÇÃO SISTÊMICA.AÇÃO LOCAL
AÇÃO LOCAL
quando age no próprio local onde é
aplicado (na pele ou mucosa), sem passar pela corrente sanguínea, ou quando age diretamente no sistema digestivo. São medicamentos de ação local, entre outros:
Pomadas e loções Colírios
Alguns antiácidos que neutralizam a
ação do suco gástrico e são eliminados sem ser absorvidos.
AÇÃO SISTÊMICA
AÇÃO SISTÊMICA
Quando seu princípio ativo
precisa, primeiramente, ser
absorvido e entrar na corrente
sanguínea para, só depois chegar ao local da ação.
EXEMPLO:
FORMAS
FORMAS
SÓLIDAS PÓ COMPRIMIDO DRÁGEA CÁPSULA SUPOSITÓRIO LÍQUIDAS: SOLUÇÕES; XAROPE; ELIXIR; SUSPENSÃO ORAL; EMULSÃO; LOÇÃO.
PASTOSAS:
POMADA (SEMI SÓLIDA, MACIA E
OLEOSA);
CREME (SEMI SÓLIDA, MACIA 20%
DE PÓ);
GASOSAS:
SUBSTÂNCIAS VOLÁTEIS;
CLASSES OU GRUPOS DE
CLASSES OU GRUPOS DE
MEDICAMENTOS
ANALGÉSICOS
ANALGÉSICOS
Nome dado a medicamentos para
o alívio da dor.
Podem ser classificados em tres
grupos:
Opióides
Não opióides
ANTITÉRMICOS
ANTITÉRMICOS
São medicamentos utilizados
para aliviar os estados febris, que podem ser causados por
inflamações, desidratações e moléstias infecciosas.
ANTIGRIPAIS
ANTIGRIPAIS
São medicamentos utilizados para
aliviar os sintomas das gripes e
resfriados. Geralmente associados, reúnem em sua fórmula
analgésicos, antitérmicos, vitamina C e descongestionantes nasais.
EX. Coristina D, Apracur e
ANTIÁCIDOS
ANTIÁCIDOS
Utilizados para combater o
excesso de ácido clorídrico estômgo.
Devido a alguns distúrbios, há
indivíduos que passam a produzir o ácido clorídrico em excesso,
provocando dor, queimação (azia) etc.
REEDUCADORES
REEDUCADORES
INTESTINAIS
INTESTINAIS
Para regular a função normal do
intestino. São compostos ricos em fibras, normalmente
derivados de frutas como
mamão, ameixa e tamarindo.
Exemplos: Trifibra Mix, Fiber
LAXATIVOS E PURGATIVOS
LAXATIVOS E PURGATIVOS
Facilitam a eliminação das fezes
através de mecanismos variados.
Mecanismo de ação:
aumentam o peristaltismo
intestinal - Ducolax e Laxol.
Lubrificam e estimulam a contração
do reto — Supositório de Glicerina
Aumentam o volume do bolo fecal
ANTIFLATULENTOS
ANTIFLATULENTOS
Utilizados para eliminação de
gases formados pelo trato
gastrointestinal. Os gases são
formados normalmente no
processo de digestão dos
alimentos.
REHIDRATANTES ORAIS
REHIDRATANTES ORAIS
Utilizados para repor
rapidamente água e sais minerais essenciais ao organismo, que
passam por processo de desidratação.
Ex. Pedialyte, Rehidrat e soro
ANTI-SÉPTICO
ANTI-SÉPTICO
São substâncias utilizadas para destruir
ou inibir o crescimento de
microorganismos. São aplicadas
principalmente na pele ou nas mucosas. Podem ser para:
Higiene Bucal: Cepacol, Flogoral,
Listerine etc.
Higiene Ocular: Agua boricada, Colírios
como Leri, Lavoolho.
Higiene da Pele: Dermacyd, Proderm
DESCONGESTIONANTES
DESCONGESTIONANTES
Alivia a congestão nasal, diminui
a coriza e ressecamento da
mucosa nasal. O uso prolongado pode provocar inchaço, que é o efeito contrário do desejado,
além do ressecamento da
mucosa nasal. Não usar por mais de cinco nsecutivos.
ANTIBIÓTICOS
ANTIBIÓTICOS
São compostos químicos
produzidos por seres vivos e
modificados quimicamente em laboratórios, sendo capazes de inibir ou destruir as bactérias.
BRONCODILATADORES
BRONCODILATADORES
Medicamentos que promovem umamaior expansão pulmonar, ou seja,
broncodilatação, aliviando assim crises de asma e bronquite.
Exemplos:
* Agonistas B-adrenérgicos - Reveni,
Berotec e Aerolin.
O efeito colateral mais comum é a
taquicardia, principalmente em crianças, sendo preferível seu uso através de
CARDIOTÔNICOS
CARDIOTÔNICOS
Medicamentos que aumentam a
força de concentração do coração e controlam a velocidade dos
batimentos cardíacos.
OUTROS
OUTROS
ANTIHIPERTENSIVOS HIPOGLICEMIANTES ANESTÉSICOS ANSIOLÍTICOS OVULATÓRIOS ANTICONCEPCIONAIS DIGESTIVOS ETCVIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA ORAL – V.O.
VIA ORAL – V.O.
É mais utilizada para administração de
sólidos e líquidos, porém, exige do paciente a ingestão e deglutição do medicamento.
A absorção se dá no trato digestivo,
podendo se iniciar na boca
(comprimidos sublinguais e soluções), ou diretamente no estômago
(comprimidos e cápsulas), ou no
intestino (drágeas de desintegração entérica).
VIA PARENTERAL
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
A via parenteral é definida como a via,
que não seja o tubo digestivo, utilizada para a administração de substâncias
diversas (água, sais, glicose,
aminoácido, medicamentos etc.) a um paciente.
A administração parenteral de fármacos
tem algumas vantagens importantes em relação à via oral. E a via que usa uma ou mais camadas da pele para administração do medicamento.
VANTAGENS
VANTAGENS
Pode ser utilizada na administração de
medicamentos não absorvíveis no trato
digestivo, como por exemplo, a gentamicina injetável (Garamicina);
Permite administração do medicamento nas
situações em que o paciente, por exemplo, esteja impossibilitado de deglutir;
Permite reposição rápida de líquidos e
eletrólitos, como por exemplo, uma solução de glicose a 5%;
É de extrema validade no tratamento em
situações de emergência, pois possibilita ação mais rápida e eficiente em relação a outras vias.
DESVANTAGENS
DESVANTAGENS
Risco de contaminação, caso não
se utilize técnica e material
assépticos; dor; custo muito mais elevado em relação a outras vias; exigência de profissional
especialmente treinado; além de outras.
INTRAMUSCULAR – I.M.
INTRAMUSCULAR – I.M.
Aplicação direta no músculo. E a via
de administração de soluções e
suspensões. Os músculos e regiões mais usados são os seguintes:
* Região do músculo deltóide Sobre o músculo: deltóide.
Indicação: vacinas ou impossibilidade
de outras vias de acesso.
* Região Glútea
Sobre o músculo: glúteo.
Indicação: todos os casos de
medicação intramuscular.
Volume suportado: máximo de
* Região Antero-lateral da
coxa
Sobre o músculo: vasto lateral da
coxa.
Indicação: todos os casos de
medicação intramuscular.
Volume suportado: máximo de
ENDOVENOSA – E.V.
ENDOVENOSA – E.V.
INTRAVENOSA – I.V.
INTRAVENOSA – I.V.
Aplicação no interior de uma veia,
indicada quando se quer obter
concentração sanguínea elevada e efeito imediato, ou quando o
medicamento é irritante por outra via.
Uma das maiores vantagens da via EV é
a possibilidade de infundir grande
quantidade de líquido, ação rápida ou imediata por não passar pela fase de absorção e administração da dose
Observação: Nesta via de
administração não deve-se
administrar medicação oleosa, sob risco de causar embolia, e também medicação que cause hemólise (destruição de glóbulos vermelhos do sangue, com
libertação ia oemoglobina; hemotexia).
PRINCIPAIS VIAS
PRINCIPAIS VIAS
* Fossa ante-cubital (prega do
cotovelo) — veias basílica e médio-basílica
* Veias radial e ulnar * Fibular e pediosa
* jugular e epicraniana
INTRA-ARTERIAL - I. A.
INTRA-ARTERIAL - I. A.
Aplicação diretamente no interior
de uma artéria com objetivo de atingir um tecido ou órgão
determinado. Esta via é utilizada principalmente para administrar contraste radiológico e
antineoplásicos. Exige extremo cuidado e só deve ser feita por profissional experiente e
SUBCUTÂNEA – S.C.
SUBCUTÂNEA – S.C.
HIPODÉRMICA
HIPODÉRMICA
É a aplicação da medicação na
camada logo abaixo da pele, sempre com substâncias não irritantes e de pH semelhante ao do local de aplicação, para se evitar necrose. Aplica-se no máximo 2mL do medicamento.
E a via de escolha para se administrar: * Insulina
* Brycanil® * Heparina
INTRADÉRMICA – I.D.
INTRADÉRMICA – I.D.
Aplicação entre a derme e
epiderme. O volume máximo a ser administrado é de 0,5mL.
E a via utilizada para vacina
contra tuberculose (BCG) e alguns testes alérgicos.
TÓPICA
TÓPICA
Aplicação de cremes, pomadas, gel e loções, entre outros produtos.
a) Mucosas
A absorção através das mucosas ocorre rapidamente. Na verdade, anestésicos locais aplicados para efeito local, algumas vezes, são absorvidos tão rapidamente que
b) Pele:
Poucas substâncias penetram com
facilidade a pele íntegra. A absorção,
quando ocorre, é proporcional à superfície de aplicação e à lipossolubilidade da
substância. A absorção se realiza mais facilmente na pele com abrasão,
queimadura ou solução de continuidade. Também favorecem a absorção reações inflamatórias e outros tipos de problema que aumentam o fluxo sanguíneo cutâneo.
SUBLINGUAL – S.L.
SUBLINGUAL – S.L.
É utilizada para comprimidos,
cápsulas e algumas soluções. Por se tratar de região muito
vascularizada, esta via possibilita rápida absorção (superior à VO) e, por isto, é a preferida por
profissionais médicos que
CUIDADOS
CUIDADOS
1. Colocar o comprimido embaixo da língua do
paciente e pedir que feche a boca.
2. Pedir para que procure reter a saliva na boca,
sem engolir, até que o comprimido se dissolva completamente. Se, após alguns minutos, o paciente sentir gosto amargo, é sinal de que o
comprimido ainda não foi completamente absorvido e de que ele deve continuar retendo a saliva por
mais algum tempo.
3. Orientar para que, após a completa dissolução do
medicamento, o paciente degluta a saliva e só beba água.
4. Orientar para não fumar, comer ou chupar bala
enquanto a medicação está sendo dissolvida.
Exemplos:
Captopril 25mg (Capotem®) - anti-hipertensivo ,
OCULAR
OCULAR
Aplicação na mucosa conjuntival
— colírios e pomadas.
Utilizada para obter ação local e
NASAL
NASAL
Aplicação na mucosa nasal.
Utilizada para obter ação local ou
VAGINAL
VAGINAL
Aplicação na mucosa vaginal.
Na vagina podem ser
administrados óvulos, cápsulas, comprimidos, supositórios,
pomadas e cremes vaginais. De absorção rápida, esta via é
utilizada para obter ação local e, mais raramente, sistêmica.
INTRAVESICAL
INTRAVESICAL
Administra-se a droga após a
introdução da sonda vesical de demora na bexiga.
Usada para tratar infecções na
RETAL
RETAL
Com freqüência, a via retal é usada quando a
ingestão não é possível por causa Vômito ou porque o paciente está inconsciente. Cerca de 50% dos fármacos absorvidos pelo reto não passam pelo fígado.
A administração de drogas via retal, por
supositório, tem como objetivo deixar o fármaco livre do metabolismo de primeira passagem, no fígado, pois a droga entra em vasos que a levam diretamente à veia cava inferior. Deve-se ressaltar o desconforto que a via retal pode proporcionar ao paciente. Além disso, absorção por essa via costuma ser irregular e incompleta, e muitos fármacos provocam irritação da mucosa retal.
CUIDADOS COM
CUIDADOS COM
SUPOSITÓRIOS
SUPOSITÓRIOS
1, Pedir ao paciente que permaneça deitado
por alguns minutos após a colocação do supositório, procurando retê-lo pelo menos durante uma hora.
2. Alguns supositórios vêm com a
recomendação de serem guardadosna geladeira.
3. No momento de usar, se o produto
apresenta consistência mole, deve-se colocá-lo por alguns minutos no congelador ou dentro de um copo com água bem gelada (sem
retirá-lo da embalagem), até que adquira novamente uma consistência firme.
CUIDADOS COM ENEMAS
CUIDADOS COM ENEMAS
1. Introduzir a cânula do aplicador
no reto.
2. Acionar o mecanismo do
aplicador até que todo o seu
conteúdo seja transferido para o intestino.
3. Retirar a cânula do reto e
manter o paciente deitado até que ele sinta forte vontade de evacuar.
INALAÇÃO
INALAÇÃO
Absorção pulmonar.
Fármacos gasosos e voláteis podem ser
inalados e absorvidos através do
epitélio pulmonar e das mucosas do trato respiratório. As vantagens são a quase instantânea absorção para o
sangue, ausência de perda hepática de primeira passagem e, no caso de
doenças pulmonares, aplicação local do fármaco no ponto de ação desejado.
SPRAY GARGANTA
SPRAY GARGANTA
Orientar o paciente para:
1. Abrir bem a boca e apertar o spray,
procurando atingir toda a parede da garganta.
2. Fechar a boca e procurar não engolir a
saliva durante um ou dois minutos.
3. Só beber água ou outro líquido após algum
tempo. Quanto mais a medicação permanece em contato com a garganta, melhor seu
efeito.
Importante:
Engolir saliva com o medicamento não causa
problema ao paciente. Caso a medicação
cause enjôo ou algum problema de estômago, o paciente pode cuspir a saliva impregnada pela medicação, ao invés de engoli-la.
OUTRAS VIAS
OUTRAS VIAS
a) Intratecal (aplicação no SNC) É um procedimento médico. A administração do medicamento é feita através de punção lombardiretamente no liquor (líquido cefalorraquidiano).
Intraperitoneal (aplicação na
cavidade peritoneal)
Introdução da medicação diretamente
na cavidade peritoneal. As drogas
permanecem mais tempo na cavidade e menos tempo na circulação
sanguínea. Podem ser colocados
cateteres de longa permanência ou
cateter curto tipo Jelco. A solução deve ser aquecida à temperatura corporal.
Intrapleural
É também um procedimento
médico e exige técnica asséptica. É indicada para administração
OBSERVAÇÃO
OBSERVAÇÃO
O surfactante pulmonar é uma mistura de
substância, principalmente fosfolípides e
proteínas específicas, que reveste a camada interna dos alvéolos e com capacidade de diminuir a tensão superficial do pulmão. Esta atividade que diminui a tensão superficial é essencial para estabilizar os alvéolos, e
evitar o colabamento ao final da expiração de tal forma que é possível a manutenção adequada da troca gasosa duran-: d:
ventilatório. A deficiência de surfactante
pulmonar, seja qual for a causa, insuficiência respiratória grave em crianças pré-termo e é conhecida como Síndrome do Desconforto Respiratório ou Doença da Membrana
ORIENTAÇÕES GERAIS
ORIENTAÇÕES GERAIS
Manter concentração total na
atividade desenvolvida ;
Identificar medicamentos prescritos
e conferir com prescrição médica antes de administrados;
Lavar as mãos antes e depois do
procedimento ;
Reunir todo o material necessário
sobre mesa ou bancada previamente limpa;
Conferir novamente a medicação
com a prescrição médica;
Conferir nome do medicamento; Conferir dosagem;
Conferir forma farmacêutica; Conferir via de administração; Abrir apenas um frasco de cada
vez de forma a não contaminar a parte interna;
Quando administrar suspensão,
agitar sempre para homogeneizá-la;
Nunca utilizar medicamento sem
rótulo ou com rótulo ilegível;
Nunca administrar medicamento cujo
aspecto esteja diferente do habitual (cor ou presença de corpo estranho);
Não associar medicações sem
orientação para tal, pois estas podem se precipitar;
Desprezar material utilizado em local
apropriado;
Utilizar sempre a Regra dos 5 Certos
(descrita a seguir).
Importante:
Nunca administrar medicação se há
dúvida: pedir orientação. Após
administrar, lembrar-se de checá-la na prescrição médica, a fim de evitar erros como administração repetida.
REGRA DOS 5 CERTOS DA
REGRA DOS 5 CERTOS DA
MEDICAÇÃO
MEDICAÇÃO
1. Medicamento certo 2. Via certa 3. Dose certa 4. Hora certa 5. Paciente certo3 LEITURAS CERTAS DA
3 LEITURAS CERTAS DA
MEDICAÇÃO
MEDICAÇÃO
• Confira SEMPRE o rótulo da medicação! • Nunca confie!
Leia você mesmo!
1. PRIMEIRA VEZ: antes de retirar o frasco
ou ampola do armário ou carrinho de medicamentos
2. SEGUNDA VEZ: antes de retirar ou aspirar
ao medicamento do frasco ou ampola
3.TERCEIRA VEZ: antes de recolocar no
armário ou desprezar o frasco ou ampola no recipiente.
HORÁRIOS SUGERIDOS PARA
HORÁRIOS SUGERIDOS PARA
ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO
De 6 em 6 horas: 6 - 12 - 18 - 24h De 8 em 8 horas: 6 - 14 - 22h ou 7 - 15 - 23h De 12 em 12 horas: 8-20h ou 10 – 22h Diuréticos: recomenda-se administrar
sempre ás 10h da manhã, nunca no período noturno.
ATENÇÃO
ATENÇÃO
1. Todo medicamento a ser administrado no
cliente deve ser prescrito pelo médico ou odontólogo;
2. a prescrição deve ser escrita e assinada.
Somente em caso de emergência, a Enfermagem pode atender prescrição verbal, que deve ser
transcrita pelo médico logo que possível;
3. toda prescrição de medicamento deve conter:
data, nome do cliente, registro, enfermaria, leito, idade, nome do medicamento, dosagem, via de administração, freqüência, assinatura do médico;
4. lavar as mãos antes de preparar e administrar
5. fazer a desinfecção concorrente da bandeja antes
do preparo e depois da administração do medicamento;
6. manter o local de preparo de medicamento limpo
e em ordem;
7. anotar qualquer anormalidade após a
administração do medicamento (vômito, diarréia, erupções, urticária etc);
8. não conversar durante o preparo do
medicamento para não desviar a atenção;
9. a prescrição do cliente ou cartão de
medicamento deve ser mantido à vista do executante;
10. ao preparar e ao administrar, seguir a regra dos
"5 Certos":
cliente certo, via certa, dose certa, horário certo e
11. certificar-se das condições de
conservação do medicamento (sinais de decomposição, turvação, deterioração, precipitação etc);
12. nunca administrar medicamento sem
rótulo;
13. ler o rótulo do medicamento três vezes: antes de retirar o recipiente do local onde
estiver (farmácia, armário etc.)
antes de preparar o medicamento
antes de guardar o recipiente no local
14. sempre verificar a data de validade
do medicamento
15. em caso de dúvida, nunca administrar
o medicamento sem esclarecer a dúvida;
16. antibióticos devem ser administrados
no máximo 15 minutos antes ou 15 minutos depois do horário prescrito;
17. utilizar técnica asséptica ao manusear
material esterilizado.
18. não administrar medicamento
preparado por outras pessoas, assim evitando danos ao cliente;
19. manter sob refrigeração medicamentos
como: insulina, vacinas, soro antiofídico, antitetânico, antiaracnídico, anti-rábico,
supositórios, alguns antibióticos, Frascos de Nutrição Parenteral – NPP, entre outros
20. alguns medicamentos, como
antibióticos, hormónios, vitaminas e sulfas precisam ser guardados corretamente, pois de alteram na presença de luz, ar ou calor;
21. manter controle rigoroso sobre
medicamentos disponíveis
22. controlar rigorosamente os narcóticos e
seus derivados, guardando-os em gaveta fechada com chave ou de acordo com
23. registrar todos os narcóticos e
guardar as ampolas utilizadas
24. identificar o cliente, certificando-se
de seu nome completo
25. manter a bandeja de medicamento
sempre à vista do funcionário
responsável pela administração de medicamentos;
26. orientar o cliente quanto a: nome do
medicamento, acão do medicamento, procedimento, autocuidado (horário, doses, cuidados gerais
27. orientar quanto ao perigo de
automedicação;
28. posicionar o cliente adequadamente,
mantendo-o confortavelmente;
29. evitar movimentos desnecessários
na administração de medicamentos, o que acarreta erros de postura e
desconforto físico;
30. identificar a seringa ou recipiente de
via oral: quarto, leito, via e o nome do medicamento;
31. Inteirar-se sobre as diversas
drogas, para conhecer cuidados específicos ao administrá-las:
• melhor horário;
• diluição: formas, tempo de validade; • ingestão com água, leite, sucos;
antes, durante ou após as refeições;
• incompatibilidade ou não de mistura
32. monitorar, anotar qualquer anormalidade
após administração do medicamento (vômito, diarréia, erupções, urticária etc
33. após a administração do medicamento,
checar a prescrição imediatamente, evitando administração dobrada;
34. após a administração do medicamento,
desprezar o material usado na técnica em seus devidos lugares (seringas no recipiente de perfuro-cortante, algodão no lixo branco, recipientes recicláveis, como copos, para o devido destino conforme rotina da entidade).
PAPEL DO ENFERMEIRO
PAPEL DO ENFERMEIRO
A equipe de enfermagem deve estar
apta para instruir quanto ao
procedimento, à medicação e aos
efeitos esperados e reações adversas, bem como orientar sobre os cuidados necessários. O enfermeiro desenvolve nesse momento uma importante
função educacional, a fim de facilitar a compreensão paciente e sua adesão ao tratamento.
ORIENTAÇÃO DO CLIENTE
ORIENTAÇÃO DO CLIENTE
PRÉ E PÓS POCEDIMENTO
PRÉ E PÓS POCEDIMENTO
As orientações ao cliente e à família são
essenciais e devem ser realizadas em todas as etapas do procedimento, e, sempre que dúvidas surgirem, ressalta-se que a equipe deve estar apta para prestar informações objetivas quanto ao medicamento e à técnica de administração.
A cada administração, deve-se orientar quanto
ao procedimento a ser realizado, informando a medicação que será administrada, via, efeitos esperados e reações adversas, esclarecendo possíveis dúvidas.
Caso o paciente recuse o medicamento, deve-se
procurar reforçar as orientações acerca da necessidade do mesmo e possíveis
conseqüências de ficar sem usá-lo; persistindo a recusa, deve-se avisar o médico e registrar em prontuário.
Cada vez mais na administração
de medicamentos, destaca-se a ação educativa realizada pelo
enfermeiro, especialmente para pacientes que irão utilizar essas medicações fora do ambiente
hospilar necessitando assim de
conhecimentos acerca do produto e cuidados necessários.
RISCOS NO
RISCOS NO
PROCEDIMENTO
PROCEDIMENTO
Prescrição médica ilegível ou que
promova dúvida no seu entendimento.
Solicitação inadequada, seja quanto à
medicação ou dose.
Dispensa da medicação errada. Preparo sem a técnica adequada.
Erros quanto ao paciente, dose, via
de administração, diluição correta e horário.