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Academic year: 2021

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TÍTULO: EFEITO DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO NA MARCHA DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Educação Física SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADES DE DRACENA INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): EDNA TEODORO DE OLIVEIRA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ANA CLAUDIA DE SOUZA FORTALEZA MARQUES ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): DENISE RODRIGUES BUENO, TALICIA CEZARIO DA COSTA COLABORADOR(ES):

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Efeito de um programa de intervenção na marcha de indivíduos com Doença de Parkinson

1. RESUMO

A Doença de Parkinson (DP) cursa com diversos sintomas motores que levam a redução do equilíbrio e dificuldade na marcha, aumentando o risco de quedas. O exercício físico tem papel importante na melhora desses sintomas. Nos Estados Unidos um Programa conhecido como treinamento ABC tem sido utilizado com bons resultados nessas variáveis. Como este tipo de exercício é de fácil aplicabilidade e baixo custo, parece ser efetivo no equilíbrio e marcha e ainda não foi testado no Brasil, o presente estudo apresenta como objetivo verificar o efeito do treinamento ABC na marcha de indivíduos com DP. Para isso foram avaliados oito idosos com média de idade de 69,42 anos antes e após um programa de intervenção por meio do treinamento ABC. O teste utilizado para avaliação foi o Timed up and go Test (TUG). Para análise dos dados foi utilizado o teste t pareado utilizando-se do programa SPSS, versão 17.0 (SPSS Inc, Chicago, IL). Não foi encontrada diferença significativa na média do TUG no momento pré e pós intervenção (p=0,139), apesar de observarmos uma redução das medidas após o treinamento ABC. Sugerimos que outros estudos com maior número de pacientes sejam realizados a fim de comprovar a eficácia do treinamento ABC na marcha de indivíduos com Doença de Parkinson.

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2. Introdução

Nos últimos anos tem ocorrido no Brasil o aumento da população idosa com consequente predomínio de doenças e agravos não transmissíveis (DANT) entre as quais podemos citar doenças cardiovasculares e neurodegenerativas, principais causas de morbimortalidade (BARRETO et al., 2015). No conjunto das doenças neurodegenerativas, se destacam na população idosa: a doença de Parkinson (DP) (TAGLIABUE et al.,2009).

A DP apresenta uma tríade clínica clássica: tremor, rigidez e bradicinesia, além disso também é característica dessa doença alterações posturais de equilíbrio e marcha (VERGHESE et al., 2006). A redução nessas capacidades afeta diretamente a marcha e consequentemente a funcionalidade desses indivíduos, com impacto em atividades simples como ir ao mercado, atravessar a rua, caminhar dentro de casa. Em pessoas com DP a velocidade da marcha se torna reduzida e o déficit de equilíbrio tanto estático quanto dinâmico pode ocasionar quedas, um dos principais problemas de saúde pública, já que as quedas levam a internações e complicações como doenças infecciosas que podem causar até mesmo a morte (HUSSE et al.,2005).

Assim, podemos observar que a DP acarreta grandes custos para o serviço público de saúde, além de redução considerável na qualidade de vida do indivíduo. Um dos fatores que podem diminuir a gravidade dessa situação é a pratica de exercícios físicos, que tem se mostrado bastante eficiente para a melhora da mobilidade, equilíbrio, marcha e consequentemente, qualidade de vida. (TAYLOR et al., 2013).

Fora do Brasil é realizado um treinamento de reabilitação chamado treinamento Agility Boot Camp (ABC), o qual desenvolve habilidades importantes como a velocidade da marcha, equilíbrio, reações posturais e interação entre a mobilidade e a cognição, enfatizando a DP.

Recentes artigos mostram resultados favoráveis ao treinamento ABC em diferentes variáveis como mobilidade, velocidade da marcha, equilíbrio e comprimento da passada, (KING et al.,2009). Como este tipo de exercício é de fácil aplicabilidade e baixo custo, parece ser efetivo no equilíbrio e marcha e ainda

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não foi testado no Brasil, o presente estudo apresenta como objetivo verificar o efeito do treinamento ABC na e marcha de indivíduos com DP.

3. Objetivo:

- Verificar o efeito do treinamento ABC na marcha de indivíduos com Doença de Parkinson.

4. Metodologia

Participaram dessa pesquisa oito idosos com Diagnóstico de Doença de Parkinson, com média de idade de 69,4 anos e que realizam acompanhamento nas Unidades Básicas de Saúde da cidade de Dracena. Aqueles que aceitaram participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Este projeto possui a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (número do parecer 2.598.619)

5. Desenvolvimento

5.a. Avaliação

Anteriormente e após o programa de intervenção foi aplicado o teste conhecido como Timed Up and Go Test (TUG). Este teste consiste em, ao sinal do avaliador, o indivíduo deve levantar-se da cadeira, caminhar uma distância de três metros, girar, voltar e sentar-se novamente (CHAVES et al.,2011). O resultado do teste é o tempo que o indivíduo leva para realizar todas essas atividades.

5.b. Intervenção

As intervenções foram realizadas durante quatro meses, com uma frequência de duas vezes por semana e duração de 60 minutos. As atividades consistiam em exercícios baseados no treinamento ABC (KING et al.,2009):

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- Exercícios de caminhada: enfatizando passos largos, balançar dos braços, dissociação de cinturas, mudanças de direção e outros aspectos importantes comprometidos na marcha de pessoas com Doença de Parkinson;

- Exercícios funcionais e posturais: indivíduos na posição em pé e deitado ou sentado. Esses exercícios eram focados em aspectos funcionais como o rolar, sentar e levantar, utilizando o apoio dos braços para aprender a se posicionar corretamente, auxiliando a prevenção de quedas, entre outros;

- Exercícios em forma de circuito: os indivíduos caminhavam passando por circuitos que envolviam situações da vida diária como transpor e desviar obstáculos, passos para a lateral e para trás entre outras dificuldades envolvidas na mobilidade do dia a dia;

- Exercícios de Boxe: nos quais foram trinadas as reações posturais;

5.c. Análise estatística

Os dados foram apresentados de forma descritiva com a utilização de média e desvio padrão. Para comparação do tempo de realização do TUG foi utilizado o teste t pareado. Todas as análises foram realizadas utilizando o programa SPSS, versão 17.0 (SPSS Inc, Chicago, IL) e a significância estatística foi estabelecida em 5%.

6. RESULTADOS

Não foi possível identificar diferença significativa entre o momento pré e pós intervenção após a realização do Teste t pareado (p=0,139). No entanto, foi possível verificar que as médias foram diferentes entre os momentos, como mostrado na Figura 1. No momento pré-intervenção a média foi de 28,25 segundos, que reduziu para 19,34 segundos no momento pós-intervenção.

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Figura1. Valores de desempenho da marcha obtidos no TUG no momento pré intervenção.

7. Considerações finais

O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito do treinamento ABC na marcha de indivíduos com Doença de Parkinson e foi possível obervar de que apesar de não encontrarmos resultados significativos, as médias do tempo de realização do TUG foram menores no momento pós intervenção.

O TUG é um teste funcional que tem sido amplamente utilizado para avaliação da marcha, onde além do caminhar o indivíduo deve realizar outras atividades como levantar e sentar na cadeira e mudar a direção da marcha. O TUG também tem sido utilizado para verificar o risco de quedas em idosos sendo que valores maiores de 20.1 indicam riso de cair (RODRIGUES, ET AL.,2018).

Dos oito participantes avaliados, quatro apresentavam tempo de realização do teste maior de 20.1 segundos anteriormente a intervenção, caindo para apenas dois após as quatro semanas de treinamento com o ABC, desta forma podemos entender que quatro semanas de ABC treinamento pode melhorar a marcha e reduzir o risco de quedas em indivíduos com Doença de Parkinson.

No entanto esses resultados não foram estatisticamente significantes, o que pode ter sido influenciado pelo pequeno número da amostra. Dessa forma, sugerimos que outras intervenção com maior número de pacientes e também com a presença de um grupo controle sejam realizadas

0 5 10 15 20 25 30

Momento pré-intervenção Momento pós-intervenção

Valores obtidos no TUG no momento pré e

pós intervenção

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8. Fontes consultadas

BARRETO PS, DEMOUGEOT L, PILLARD F, LAPEYRE-MESTRE M, ROLLAND Y. Exercise training for managing behavioral and psychological symptoms in people with dementia: a systematic review and meta-analysis. Ageing Res Rev., v.11, 2015.

CHAVES, C. M.C.M.; MITRE N.C.D.; LIBERATO F.A. Efeitos de um programa de fisioterapia em pacientes com Doença de Parkinson. Revista Neurociências, v.19, n.3, 2011.

HUSE DM, SCHULMAN K, ORSINI L, CASTELLI-HALEY J, KENNEDY S, LENHART G. Burden of illness in Parkinson's disease. Movement Disorders. V. 20, n.11, p:1449-1454, 2005.

KING L.A, HORAK F.B. Delaying Mobility Disability in People With Parkinson Disease Using a Sensorimotor Agility Exercise Program. Phys Ther. v.89, n.4, p.384-93. 2009.

RODRIGUES, R.A.S; et al. Timed up and go test and self-perceived health in elderly: population-based study. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 20, n.3, 2018.

TAGLIABUE M, FERRIGNO G, HORAK F. Effects of Parkinson's disease on proprioceptive control of posture and reaching while standing. Neuroscience. V. 18 n. 4, p.:1206-1214, 2008.

TAYLOR ME, DELBAERE K, MIKOLAIZAK AS, LORD SR, CLOSE JC. Gait parameter risk factors for falls under simple and dual task conditions in cognitively impaired older people. Gait Posture, v. 37, n.1, p:126-30, 2013.

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VERGHESE J, LEVALLEY A, HALL CB, KATZ MJ, AMBROSE AF, LIPTON RB. Epidemiology of gait disorders in community-residing older adults. Journal of the American Geriatrics Society, v. 54, n.2, p:255-261, 2006.

Referências

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