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Desempenho zootécnico e retenção nutrientes no sistema de criação de suínos em cama sobreposta de casca de arroz no IRDER/DEAg/UNIJUÍ

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MAURÍCIO SEABRA BERNARDI

DESEMPENHO ZOOTÉCNICO E RETENÇÃO NUTRIENTES NO SISTEMA DE CRIAÇÃO DE SUÍNOS EM CAMA SOBREPOSTA DE CASCA DE ARROZ NO

IRDER/DEAg/UNIJUÍ

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DESEMPENHO ZOOTÉCNICO E RETENÇÃO NUTRIENTES NO SISTEMA DE CRIAÇÃO DE SUÍNOS EM CAMA SOBREPOSTA DE CASCA DE ARROZ NO

IRDER/DEAg/UNIJUÍ

Trab alh o d e Con clus ão d e C urso ap resent ado com o um dos requi sito s para a o btenção d o tí tulo de En genh ei ro Agrôn omo, ao Cu rs o de Agron omia do Depart am ento d e Es tudos Agrários d a Univ ersid ad e R egi o nal d o No ro est e d o Est ado do Rio Grand e d o Sul .

Orientador: Prof. Dagmar Camacho Garcia

Ijuí

Estado do Rio Grande do Sul – Brasil Dezembro - 2010

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MAURÍCIO SEABRA BERNARDI

DESEMPENHO ZOOTÉCNICO E RETENÇÃO NUTRIENTES NO SISTEMA DE CRIAÇÃO DE SUÍNOS EM CAMA SOBREPOSTA DE CASCA DE ARROZ NO

IRDER/DEAg/UNIJUÍ

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia - Departamento de Estudos Agrários - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, aprovado

pela banca examinadora abaixo subscrita.

Ijuí, 23 de dezembro de 2010.

Prof. Dagmar Camacho Garcia ... DEAg/UNIJUÍ

Prof. Nilvo Basso - Examinador ... DEAg/UNIJUÍ

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Ao meu orientador, Prof. Dagmar Camacho Garcia, pela disponibilidade e incentivo durante a realização deste trabalho.

A minha família por nos momentos difíceis me darem força e incentivo e pela paciência.

Aos funcionários do Departamento de Estudos Agrários, Cesar Oneide Sartori, Raquel Fraga Battaglin e Antonio Manchini pela ajuda e disponibilidade de seu tempo.

Ao professor Jose Antonio Gonzalez da Silva pela realização da análise estatística.

Aos colegas Renato Bertoldi e Luiz Henrique Albieiro que contribuíram decisivamente para que esse trabalho de pesquisa fosse realizado.

A Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) pela infra-estrutura cedida, e em particular ao Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), para a realização deste trabalho.

A Cooperativa Tritícola Regional Sãoluizense Ltda, COOPATRIGO, de São Luiz Gonzaga – RS, pelo fornecimento da casca de arroz.

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IRDER/DEAg/UNIJUÍ

Aluno: Maurício Seabra Bernardi Orientador: Prof. Dagmar Camacho Garcia

RESUMO

O trabalho foi conduzido no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (DEAg/IRDeR), localizado no Município de Augusto Pestana/RS, no período de 06 de julho à 26 de setembro de 2010, num total de oitenta dias. O objetivo foi de comparar o desempenho zootécnico de suínos criados em cama sobreposta de casca de arroz em diferentes profundidades, visando a redução do impacto ambiental e uma melhor valorização agronômica dos dejetos a serem utilizados como adubo orgânico. Para tanto foi avaliado a quantidade de nutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) retidos antes e após a saída dos animais. O experimento foi realizado com vinte e quatro animais, pesados no momento da instalação do experimento e depois a cada vinte dias. A ração consumida também foi pesada durante o período experimental. O experimento teve quatro tratamentos, sendo sobre cama sobreposta com as medidas de 0,45m (T1), 0,55m (T2), 0,65m (T3) e 0,75m (T4) de profundidade da cama, respectivamente. Os animais foram distribuídos no Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) e as comparações de médias dos tratamentos foram realizadas pelo teste de Scott e Knott a 5% de probabilidade. O sistema de criação de suínos em cama sobreposta é uma alternativa viável em substituição ao sistema convencional, no que diz respeito a redução do impacto ambiental devido à obtenção de um dejeto sólido O desempenho zootécnico dos animais não apresentou diferença significativas entre os animais criados nas camas de casca de arroz em diferentes profundidades.

Palavras Chave: Consumo de Ração, Ganho de Peso, Conversão Alimentar, Retenção de Nutrientes.

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Lista de Abreviaturas % - percentagem

CA – Conversão Alimentar cm – centímetro

CR – Consumo de Ração

DEAg – Departamento de Estudos Agrários

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária F1 – cruzamento das raças Landrace e Large White

g – gramas

GL – Graus de Liberdade GP – Ganho de Peso

GPD – Ganho de Peso Diário GP20D – Ganho de Peso aos 20 dias GP40D – Ganho de Peso aos 40 dias GP60D – Ganho de Peso aos 60 dias GP80D – Ganho de Peso aos 80 dias K – Potássio kg – quilogramas m – metro m3 – metro cúbico mg – miligramas ml – mililitro MS – Massa Seca

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P – Fósforo PF – Peso Final PI – Peso Inicial

QM – Quadrado Médio RS – Rio Grande do Sul t - tonelada T1 – Tratamento 1 T2 – Tratamento 2 T3 – Tratamento 3 T4 – Tratamento 4 NH3 – Amônia

CO2 – Dióxido de Carbono H2O – Água

H2S – Gás Sulfídrico H2SO4 – Ácido Sulfúrico H2O2 – Água Oxigenada Na2SO4 – Sulfato de Sódio NaOH – Hidróxido de Sódio Na – Sódio

Jul – Julho Ago – Agosto Set - Setembro

DBO – Demanda Biológica de Oxigênio DBQ – Demanda Química de Oxigênio

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Lista de tabelas

Tabela 1: Comparação do desempenho zootécnico e do rendimento de carcaça dos animais criados sobre o piso ripado e sobre cama de maravalha. ... 18 Tabela 2: Parâmetros comparativos entre sistemas de cama sobreposta e convencional... 19 Tabela 3: Médias de ganho de peso (kg) de suínos criados com diferentes resíduos utilizados como cama de acordo com o tratamento e época do ano ... 19 Tabela 4: Desempenho animal observado em granjas produtoras de suínos em sistema de cama sobreposta ... 20 Tabela 5: Comparação do desempenho zootécnico dos animais criados sobre o piso ripado e sobre cama de maravalha ... 21 Tabela 6: Comparação do balanço de nitrogênio nos sistemas de criação de suínos sobre o piso ripado ou sobre cama de maravalha, por 100 unidade de N que entra no sistema. ... 23 Tabela 7: Características dos dejetos de suínos em crescimento e terminação (25 a 100 Kg de peso vivo). ... 25 Tabela 8: Análise de variância do Peso Inicial nas diferentes profundidades de cama de casca de arroz aos oitenta dias de permanência dos animais sobre a cama. ... 32 Tabela 9: Avaliação do peso inicial nas diferentes profundidades da cama de casca de arroz no inicio do experimento sobre a cama pelo teste comparativo de médias... 32 Tabela 10: Análise de variância do Ganho de peso final (GPF) nas diferentes profundidades de cama de casca de arroz aos oitenta dias de permanência dos animais sobre a cama. .. 33 Tabela 11: Avaliação do ganho de peso final nas diferentes profundidades da cama de casca de arroz aos oitenta dias de permanência dos animais sobre a cama, pelo teste comparativo de médias. ... 33 Tabela 12: Análise de variância da Conversão Alimentar (CA) nas diferentes profundidades de cama de casca de arroz aos oitenta dias de permanência dos animais sobre a cama. .. 34 Tabela 13: Avaliação da conversão alimentar final nas diferentes profundidades da cama de casca de arroz aos oitenta dias de permanência dos animais sobre a cama, pelo teste comparativo de médias. ... 34 Tabela 14: Análise de variância do Ganho de peso aos 20 dias (GP20D)no experimento, nas diferentes profundidades de cama de casca de arroz. ... 35 Tabela 15: Avaliação do ganho de peso aos 20 (GP20D) dias nas diferentes profundidades da cama de casca de arroz, pelo teste comparativo de médias. ... 35 Tabela 16: Análise de variância do Ganho de peso aos 40 dias (GP40D)no experimento, nas diferentes profundidades de cama de casca de arroz. ... 35 Tabela 17: Avaliação do ganho de peso aos 40 dias (GP40D) nas diferentes profundidades da cama de casca de arroz, pelo teste comparativo de médias. ... 36 Tabela 18: Análise de variância do Ganho de peso aos 60 dias (GP60D)no experimento, nas diferentes profundidades de cama de casca de arroz. ... 37

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diferentes profundidades de cama de casca de arroz. ... 38 Tabela 21: Avaliação do ganho de peso aos 80 dias nas diferentes profundidades da cama de casca de arroz, pelo teste comparativo de médias. ... 38 Tabela 22: Análise de variância da retenção de nitrogênio (N) no experimento, nas diferentes profundidades de cama de casca de arroz. ... 39 Tabela 23: Avaliação da retenção de nitrogênio (N) nas diferentes alturas da cama de casca de arroz, pelo teste comparativo de médias. ... 39 Tabela 24: Análise de variância da retenção de fósforo (P) no experimento, nas diferentes alturas de cama de casca de arroz... 40 Tabela 25: Avaliação da retenção do fósforo (P) nas diferentes alturas da cama de casca de arroz, pelo teste comparativo de médias. ... 40 Tabela 26: Análise de variância da retenção de potássio (K) no experimento, nas diferentes alturas de cama de casca de arroz... 41 Tabela 27: Avaliação da retenção do potássio (K) nas diferentes alturas da cama de casca de arroz, pelo teste comparativo de médias. ... 41

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Figura 1: Vista externa da edificação para a produção de suínos sobre cama sobreposta de casca de arroz (DEAg/IRDeR, Augusto Pestana – RS 2010). ... 27 Figura 2: Vista interna da edificação para a produção de suínos sobre cama sobreposta de casca de arroz (DEAg/IRDeR, Augusto Pestana – RS 2010). ... 28 Figura 3: Vista dos suínos sobre cama sobreposta de casca de arroz (DEAg/IRDeR, Augusto Pestana – RS 2010). ... 29

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Tabela 1: Informações Meteorológicas referente ao mês de Julho de 2010... 45 Tabela 2: Informações Meteorológicas referente ao mês de Agosto de 2010 ... 46 Tabela 3: Informações Meteorológicas referente ao mês de Setembro de 2010...47

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ... 13 1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 16 1.1 EDIFICAÇÃO ... 16 1.2. SANIDADE DO REBANHO ... 16 1.3. DESEMPENHO ZOOTÉCNICO ... 18 1.4. MANEJO DA CAMA ... 21 1.5. ASPECTOS ECONÔMICOS ... 22 1.6. RETENÇÃO DE NUTRIENTES ... 23 2. MATERIAIS E MÉTODOS ... 26 2.1. LOCAL E ÉPOCA ... 26 2.2. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL ... 26 2.3 INSTALAÇÕES ... 26 2.4 ANIMAIS ... 28 2.5 ANÁLISE DE NUTRIENTES ... 29 2.6 VARIÁVEIS MENSURADAS ... 29 2.7. ANÁLISE ESTATÍSTICA ... 31 2.8. DIETAS ... 31 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 32 3.1. DESEMPENHO ZOOTÉCNICO ... 32

3.1.1. Peso Inicial (PI), ao Inicio do Experimento. ... 32

3.1.3. Conversão Alimentar Final. ... 33

3.2. RETENÇÃO DE NUTRIENTES ... 38 3.2.1. Retenção de Nitrogênio ... 39 3.2.2. Retenção de Fósforo ... 39 CONCLUSÕ ES ... 42 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 43 5.ANEXO ... 45 6. APÊNDICE ... 48

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INTRODUÇÃO

A produção de suínos vem crescendo, com isso mais produtores buscam entrar na cadeia suínicola, e por conseqüência há um aumento no número de animais confinados gerando um grande volume de dejetos, que por fim, estes são lançados ao solo sem critérios técnicos contaminando os fluxos de água, tornando um problema ambiental.

Os mercados mais exigentes estão cobrando dos produtores um desenvolvimento sustentável da atividade produtiva, no qual os cuidados com a preservação do meio ambiente passam a ser exigidos nos contratos comerciais. Neste sentido, a pesquisa está procurando novas tecnologias, mais simples, econômicas e eficientes no uso da água para o manejo dos animais e de seus dejetos, tais como a criação de suínos em camas de maravalha, casca de arroz, casca de girassol, serragem e palhadas.

O sistema de criação de suínos em cama teve origem na China mais precisamente em Hong Kong; este sistema também é utilizado no Chile e Europa, porém este sistema de manejo é pouco utilizado no Brasil. O princípio de funcionamento do sistema de cama sobreposta baseia-se na estabilização dos dejetos por meio da compostagem. À medida que as camas absorvem o dejeto, estas iniciam o processo de fermentação aeróbia promovido pela movimentação dos animais. O aumento da temperatura causada pela fermentação, aliado ao manejo adequado das camas, pode reduzir a proliferação de vetores e minimizar problemas de odor.

A criação dos animais sobre cama tem por objetivo reduzir os custos com armazenagem, tratamento e operacionalidade do sistema com dejetos no local de produção e reduzir os riscos de poluição. Formando um produto de maior valor agronômico e melhor manuseio do que o chorume. O processo de compostagem, em função do calor gerado, é capaz de evaporar praticamente toda a água contida nos dejetos, reduzindo o volume a ser tratado e valorizando-os como fertilizante orgânico (OLIVEIRA e NUNES, 2002).

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Os dejetos da suinocultura têm sido utilizados como fertilizante agrícola de forma inadequada, o que gera um grande risco de poluição ambiental em regiões de produção intensiva, devido, principalmente a infiltração do nitrogênio no solo e ao escorrimento superficial do fósforo. Este fato, somado aos custos relativamente altos na aplicação deste resíduo nas lavouras, torna imprescindível o desenvolvimento de técnicas de manejo economicamente viáveis e que não ofereçam riscos potenciais, principalmente de poluição hídrica (OLIVEIRA et al., 2002).

O presente trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho zootécnico dos animais a partir do ganho de peso e da conversão alimentar dos animais, no sistema de criação de suínos em cama sobreposta de casca de arroz, em diferentes profundidades, bem como a concentração de nutrientes da cama, nas fases de crescimento e terminação.

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1. REVIS ÃO B IBLI OGRÁFI CA 1.1 EDIFICAÇÃO

Segundo Corrêa (2003), uma instalação adequada tem maior necessidade de ventilação nas edificações, para eliminação do vapor de água produzido no processo de compostagem e controle do calor gerado pela presença dos animais. A edificação da criação de suínos sobre cama nas fases de crescimento e terminação devem possuir área destinada para a cama para decomposição do dejeto, possuir boa ventilação, impedir a absorção de água oriunda da chuva e desperdiçada dos bebedouros pela cama e a instalação deve possuir uma disposição que permita a revira mecânica da cama.

A densidade recomendada na fase de crescimento e terminação é de 1,2 m2/ suíno, e o consumo de maravalha é em torno de 1m3 para cada seis suínos, considerando-se, no mínimo, três ciclos de produção com a reposição do material, quando necessário. A altura do leito que forma a cama deve situar-se entre 40 e 50 cm e os bebedouros e comedouros são os mesmos em uso nos sistemas convencionais. O pé direito deve ter no mínimo 3,4 m de altura e a largura da edificação deve ficar em torno de 10 m (OLIVEIRA e DIESEL, 2000).

O sistema de criação sobre leito formado por maravalha, casca de arroz, casca de girassol, etc. Constitui-se em alternativa “agroecológica” de produção de suínos, onde os dejetos sofrem uma compostagem dentro da edificação, reduzindo os riscos de poluição ambiental e melhorando sua valorização agronômica.

Com a finalidade de oferecer um sistema de produção de baixo custo aos pequenos e médios produtores a Embrapa Suínos e Aves vem desenvolvendo alguns modelos de edificação adaptados às exigências termodinâmicas dos animais, ao manejo e as condições climáticas brasileiras.

1.2. SANIDADE DO REBANHO

Com o uso da cama sobreposta vários problemas são reduzidos, como o canibalismo caudal, problemas de casco e articulações. Mas em alguns rebanhos tem sido observado um aumento na ocorrência de linfadenite provocada por Mycobacterium avium-intracellulare. Hoy e Stehmann1 (1994), citados por Morés (2000), em trabalho comparativo com suínos nas fases de crescimento e terminação, observaram a ocorrência de linfadenite por

1 H O Y , S . ; S T E H M A N N , R . H y g i e n i s c h e a s p e k t e d e r t i e f s t r e u h a l t u n g v o n

ma s t s c h w e i n e n mi t mi k r o b i e l l - e n z y ma t i s c h e r e i n s t r e u b e h a n d l u n g . D e r P r a k t i s c h e T i e r a r z t , n . 6 , p . 4 9 5 -5 0 4 , 1 9 9 4 .

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micobactérias em 29,8% dos suínos criados em cama de maravalha e em 3,4% daqueles alojados em piso metálico totalmente ripado.

A linfadenite é a doença mais importante nos sistemas de produção de suínos, principalmente sobre cama, causada por micobactérias, pertencentes ao Complexo Mycobacteriu avium (MAC), responsáveis pela linfadenite granulomatosa em suínos observadas em matadouro. Estas lesões geralmente estão confinadas aos linfonodos do mesentério e das regiões cervical e faringeana. Os animais afetados apresentam se clinicamente sadios, mas as perdas econômicas ocorrem devido às condenações das carcaças, por apresentarem lesões granulomatosas nos linfonodos e pelo seu potencial zoonótico.

As possíveis fontes de infecção de microbactérias para suínos podem ser a água fornecida, aves domésticas ou silvestres que tem acesso às instalações dos suínos ou à fábrica de rações, o solo, materiais usados como cama para suíno sem tratamento prévio, os próprios suínos portadores que eliminam o agente nas fezes.

A maior ocorrência de linfadenite está associada à má higiene dos rebanhos, o que possibilita os suínos se contaminarem pelo Mycobacterium do complexo avium, estando está bactéria presente nas fezes dos animais contaminados (AMARAL et al., 2002).

Em estudo realizado por Oliveira2 (1999) citado por Morés (2000) foi observado menor freqüência de lesões no estômago nos suínos criados em cama sobreposta, em comparação com aqueles criados em piso totalmente ripado. Entretanto Corrêa (1998), não encontrou diferença na ocorrência de úlcera estomacal, entre os animais criados em cama sobreposta, usando-se diferentes substratos, e com aqueles mantidos em piso parcialmente ripado.

Segundo Hoy & Stehmann3 (1994), citados por Morés (2000), a criação de vários lotes de suínos sobre a mesma cama pode trazer riscos sanitários para os animais. Em estudo realizado por estes autores, a percentagem de hepatite parasitária aumentou de 15,8% no primeiro lote para 72,2% no quarto lote nos suínos criados em cama de maravalha sobreposta, enquanto que no lote controle mantido em piso metálico ripado, a incidência de lesões permaneceu estável, com prevalência ao redor de 15,3%.

2 O L I V E I R A , P . A. V . d e . C o mp a r a i s o n d e s s y s t è me s d ’ é l e v a g e d e s p o r c s s u r l i t i é r e d e

s c i u r e o u c a i l l e b o t i s i n t é g r a l . T h è s e d e D o c t e u r , n º : 9 9 -2 4 , D -3 2 , L ’ E N S A d e R e n n e s , F r a n c e , 2 7 2 p . , 1 9 9 9 .

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1.3. DESEMPENHO ZOOTÉCNICO

Segundo Corrêa (2003), de forma geral, o desempenho zootécnico é avaliado pelo índice de ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar. Estes parâmetros são influenciados por vários fatores, como nível nutricional, do efeito de restrição alimentar, do sexo e do genótipo. São considerados normais para as fases de crescimento e terminação, valores de ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar de 65 kg; 175 kg e 2,5 a 2,7 respectivamente

Os resultados médios de dois anos de trabalho desenvolvido por Oliveira (1999) de comparação de desempenho zootécnico em sistemas de criação de suínos em cama de maravalha e piso ripado estão na Tabela 1. Pode-se observar que o peso médio dos animais foi ligeiramente superior no sistema de criação sobre cama, mas a diferença não foi significativa. Não houve diferença para o consumo de alimento, conversão alimentar, ganho de peso e rendimento de carcaça nos animais criados em cama de maravalha quando comparado ao piso ripado.

Tabela 1: Comparação do desempenho zootécnico e do rendimento de carcaça dos animais criados sobre o piso ripado e sobre cama de maravalha.

Resultados médios Ano 1 Ano 2

Parâmetros avaliados Ripado Cama Ripado Cama

Peso de entrada (kg) 29,8±1,2 30,5±1,4 31,5±1,7 31,6±1,4 Peso de saída (kg) 99,9±7,5 102,3±7,9 95,6±12,6 94±10,3

Consumo de alimento (kg) 189,7 191,8 187,3 184,2

Ganho de peso (g/dia) 779 794 712 701

Conversão alimentar (kg/kg) 2,71 2,67 2,91 2,95

Relação água/alimento (l/kg) 2,25 2,33 2,05 2,36 Consumo total água (litros) 423,7ª 446,6b 383,8a 435,4b Rendimento de carcaça (%) 81,9±2,7 81,8±2,6 82,3±1,2 82,8±1,0

Valores diferentes por uma letra minúscula diferem estatisticamente entre eles (P<0,05).FONTE: Oliveira (1999).

Conforme Cuevas (2001), os parâmetros comparativos entre sistema de cama sobreposta e o sistema convencional mostram que o consumo de alimento é menor no sistema de cama sobreposta quando comparado ao sistema convencional. Entretanto, o ganho de peso

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do sistema sobre cama é inferior ao convencional e a conversão alimentar é pior quando comparado ao sistema convencional. A mortalidade foi similar nos dois sistemas (Tabela 2). Tabela 2:Parâmetros comparativos entre sistemas de cama sobreposta e convencional

Parâmetros Cama Convencional

Peso de entrada (kg) 22,8 23,7

Peso de saída (kg) 101 105

Dias de permanência 102 102

Ganho de peso total (kg) 78,1 81,5

Ganho de peso / dia (kg) 0,77 0,80

Consumo alim./dia (kg) 2,26 2,28

Conversão alim. (kg/kg) 2,94 2,87

Fonte: Cuevas (2001).

Em estudo conduzido por Corrêa (1998) sobre o ganho de peso de suínos criados em cama sobreposta, pode-se observar que houve efeito da estação do ano para o ganho de peso e efeito de tratamento quando considerado dentro de época. Estes dados revelam uma tendência para menor ganho de peso nos animais criados sobre piso de concreto à medida que a temperatura do ambiente diminui (inverno) e maior ganho na época quente (verão) quando comparados aos leitos de serragem, sabugo de milho e casca de arroz. Entretanto, no sistema de cama formada por maravalha, o ganho de peso foi maior no inverno e semelhante no verão em relação ao piso de concreto (Tabela 3).

Tabela 3: Médias de ganho de peso (kg) de suínos criados com diferentes resíduos utilizados como cama de acordo com o tratamento e época do ano

Tipos de piso

Épocas do Ano

Outono Inverno Primavera Verão Média Maravalha 69,3 a A 63,0 c A 65,3 b B 64,6 c A 65,5 A Serragem 69,5 a A 62,5 c A 66,9 b A 60,1 c C 64,7 A Sabugo de milho 67,5 a B 61,2 c B 66,5 b A 59,4 c C 63,6 A Casca de arroz 67,8 a B 62,0 c A 66,4 b A 61,0 c B 64,3 A Piso de concreto 68,8 a A 60,1 c B 66,5 b A 65,1 c A 65,1 A Médias seguidas por letra minúscula na linha e maiúscula na coluna diferem significativamente pelo teste de Tukey (P<0,05).

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Oliveira e Nunes (2002) apresentam o resultado de observações a campo do desempenho de animais criados em sistema de cama sobreposta nas regiões de Marau, no Rio Grande do Sul e Chapecó, em Santa Catarina. Os dados de conversão alimentar obtidos indicam a necessidade de alterações no manejo dos animais, principalmente durante a fase inicial de crescimento. A maior movimentação dos suínos durante as primeiras semanas de alojamento, em função da baixa densidade, acarreta em maior gasto de energia contribuindo para uma pior conversão alimentar (Tabela 4).

Tabela 4: Desempenho animal observado em granjas produtoras de suínos em sistema de cama sobreposta Região Tipo de cama Estação do ano Peso médio de entrada (kg) Peso médio ao abate (kg) Ganho de peso diário (kg) Conversão alimentar

Marau Serragem Outono 24,79 106,60 0.871 2,920

Marau Serragem Inverno 33,95 114,70 0,927 2,849

Marau Serragem Verão 28,00 108,36 0,873 2,919

Marau Casca arroz Outono 23,33 111,58 0,882 2,882 Marau Casca arroz Inverno 23,12 115,78 0,827 2,995 Marau Casca arroz Inverno 25,13 117,06 0,828 3,133 Marau Casca arroz Inverno 23,04 108,35 0768 3,089 Marau Casca arroz Verão 22,70 112,12 0,745 3,047 Marau Casca arroz Verão 23,08 112,89 0,754 3,022 Marau Casca arroz Inverno 38,91 124,30 1,041 2,819 Marau Casca arroz Verão 20,00 111,91 0,981 2,771 Chapecó Maravalha Verão 18,73 105,06 0,918 2,579 FONTE: Oliveira e Nunes (2002).

Estudos realizados por Perdomo et al. (1997) demonstraram que o desempenho zootécnico de suínos criados sobre cama de maravalha quando comparado a sistemas de piso ripado não obtiveram diferenças significativas, sendo que a conversão alimentar foi ligeiramente melhor no sistema de criação de suínos sobre cama (Tabela 5).

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Tabela 5: Comparação do desempenho zootécnico dos animais criados sobre o piso ripado e sobre cama de maravalha

Resultados médios Ripado Cama

Peso de entrada (kg) 29,8 30,5

Peso de saída (kg) 99,9 102,3

Consumo de alimento (kg) 189,7 191,8

Ganho de peso (g/dia) 779 794

Conversão alimentar (kg/kg) 2,71 2,67

Peso de carcaça quente (kg) 81,7 82,7

Rendimento de carcaça (%) 81,9 81,8

FONTE: Perdomo et al. (1997). 1.4. MANEJO DA CAMA

Segundo Corrêa (2003), o material selecionado para ser utilizado como cama deve ter características específicas em relação à modificação do meio, proporcionar conforto aos animais, evitar oscilações de temperatura e o contato direto dos animais com as excreções. O manejo da cama dependerá do tipo de substrato utilizado como leito aos animais.

Os aspectos a serem considerados são basicamente o tipo, a qualidade, a quantidade da cama e a manutenção de características recomendadas para o desenvolvimento da compostagem dentro das edificações. O manejo da cama dependerá do tipo de substrato utilizado como leito aos animais. A cada saída de lote, o material deve ser revolvido para que a atividade das bactérias presentes na massa seja ativada, a temperatura se eleve e ocorra a evaporação da água contida na cama. A adição de cama nova deverá ser realizada retirando-se parte da cama existente já decomposta (relação C/N menor que 25) com coloração marrom escura ou quando se encontrar saturado pela água. Mesmo assim, a reposição da cama nunca deverá ser feita retirando-se totalmente a mesma, e sim partes ou faixas decompostas ou saturadas (OLIVEIRA et al., 2002).

Para cada tipo de resíduo usado como cama e para cada condição climática existe um manejo recomendado para a otimização do processo de compostagem. Podemos citar como exemplo, o revolvimento da cama no inverno na região Sul, para mantê-la seca e produzindo calor com a finalidade de melhorar o conforto térmico da edificação. Este procedimento deve ser evitado no verão em função do calor gerado que é prejudicial aos suínos.

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Os resultados de pesquisa e as experiências a campo mostram a necessidade de se ter cuidados quanto ao manejo do sistema de cama sobreposta para garantir a eliminação da água contida nos dejetos (altura adequada da cama, revolvimentos na saída dos lotes, ventilação suficiente da edificação para a eliminação do vapor d’água, adequação do manejo ao tipo de substrato utilizado como leito aos animais). Estas recomendações devem ser levadas em consideração para que o processo de compostagem se desenvolva e a cama seja decomposta convenientemente, favorecendo a evaporação da água, reduzindo o volume dos dejetos, concentrando os nutrientes no composto, aumentando assim a valorização agronômica dos dejetos (OLIVEIRA et al., 2002).

Estudos realizados por Oliveira et al. (1998) demonstraram que o calor produzido no processo de compostagem das camas, praticamente elimina toda a água contida nos dejetos. Esta eliminação corresponde a 5,7 kg d’água/suíno/dia, para cerca de 6,2 kg d’água/suíno/dia ingerida ou gerada no sistema. Em contrapartida, no sistema de criação sobre piso ripado toda a água é conservada e armazenado sob o piso ou em sistemas de lagoas.

1.5. ASPECTOS ECONÔMICOS

Nos sistemas de criação convencionais existentes no Brasil observa-se uma alta diluição dos dejetos (matéria seca entre 1,6% e 3%). Isto ocorre em função do grande desperdício de água nos bebedouros e da limpeza das instalações, bem como no manejo inadequado das águas pluviais. Este sistema resulta em um resíduo final cuja concentração de nutrientes é muito baixa, o que praticamente inviabiliza economicamente o seu uso como adubo orgânico. Entretanto, observa-se que o composto gerado no sistema de produção em cama sobreposta apresenta uma concentração alta de nutrientes quando comparado ao sistema de piso (OLIVEIRA et al., 2001).

O custo para distribuição dos dejetos líquidos, a uma distância acima de 2 km, é maior que o custo do adubo químico para 1 ha de lavoura de milho, o que torna inviável economicamente o seu uso como fertilizante orgânico. Em contrapartida, o composto gerado nos sistemas de produção em cama sobreposta apresenta uma concentração de nutriente muito maior, quando comparado ao resíduo líquido, o que viabiliza economicamente sua utilização como fertilizante a distâncias maiores (7 km). Esta vantagem da distribuição do dejeto na forma sólida em relação à forma líquida é ainda mais marcante quando se considera que nos valores calculados para a forma sólida foram incluídos os custos referentes à maravalha para utilização como cama (CHIOCHETTA e OLIVEIRA, 2002).

(22)

1.6. RETENÇÃO DE NUTRIENTES

Os resultados (Tabela 6) demonstram que somente 20 à 40% do N excretado pelos suínos se encontram retido na cama, enquanto que 70 à 75% do N se encontra retido nos dejetos líquidos. O N retido na cama encontra-se mais de 90% na forma orgânica contra 30 à 40% no caso do piso ripado com 60 à 70% do N na forma amoniacal. Pode-se afirmar que um sistema de criação de 1000 suínos, sob cama de maravalha (biruta), produzirá em um ano 600 toneladas de composto orgânico pronto para ser utilizado na agricultura com uma relação C/N em torno de 16, contra 750 toneladas de dejetos líquidos fortemente mineralizado para o caso de sistema sobre piso ripado. O fósforo excretado pelos suínos se encontra totalmente armazenado nos dejetos líquidos para o caso de sistemas com piso ripado. No sistema da cama de maravalha 58% do fósforo excretado pelos animais é retido na camada de 15 cm de profundidade da cama (KERMARREC, 2000).

Tabel a 6: C omp aração d o b al an ço d e ni tro gên io n os sis tem as de criação de suíno s sob re o pi so ripado ou sob re cam a de maraval h a, po r 1 00 unid ad e d e N que ent ra no sist em a.

Resultados Experimento 1 Experimento 2

Globais Ripado Cama Ripado Cama

Retido Suíno 35 36 33 34 Dejeto / composto 48 12 45 26 NH3 12 5 13 7 N2O < 1 7 < 1 6 N2 4 40 8 27 FONTE: Kermarrec, (2000).

A quantidade de N-total no efluente final representa entre 20 à 40% do N contido nos dejetos e se encontra essencialmente sob forma orgânica (> 90% do N-total) para o caso das criações sobre cama (Tabela 4). No caso do piso ripado este N representa uma fração de 70 à 75%, dividido em N_orgânico e N_amoniacal, respectivamente 30-40% e 70-60%. A diferença entre os dois sistemas é em função da emissão significativa de N2 (40-60%) para o caso das criações sobre cama de maravalha. Independentemente do sistema de criação em torno de 20% do N contido nos dejetos é eliminado na forma de gás NH3 e N2O. Para o caso do sitema de cama as emissões de NH3 e N2O são sensivelmente semelhantes. Porém, para o caso do piso ripado as emissões da NH3 são dominantes (KERMARREC, 1999; ROBIN et

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Estudos realizados têm demonstrado que o uso contínuo de dejetos líquidos de suínos em solos não traz aumento significativo da concentração de matéria orgânica. Em contrapartida, os resíduos de produção sobre camas de maravalha apresentam uma concentração muito maior de nutrientes quando comparadas aos sistemas de produção de suínos sobre piso ripados.

Os outros nutrientes como o fósforo e o potássio quando aplicados em excesso no solo podem chegar aos corpos d’água por erosão e causar poluição se práticas conservacionistas não forem adotadas, o fósforo, por exemplo, uma vez liberado em alta quantidade nas águas superficiais desencadeia muito rapidamente o crescimento de algas causando a eutrofização, baixa concentração de oxigênio com a conseqüente mortalidade de peixes e a proliferação de insetos. (PERDOMO, 2001).

Os dejetos de suínos na forma líquida, ou oriundos de cama sobreposta constituem-se num fertilizante de boa qualidade. Quando manejados de forma adequada e criteriosa podem contribuir para os aumentos dos teores de matéria orgânica do solo, para a melhoria de seus atributos químicos e microbiológicos, e para o aumento da produtividade das culturas.

É de fundamental importância fazer análise química da cama toda vez que a mesma for usada como adubos orgânicos, diferentemente dos dejetos líquidos, não são considerados, no caso da cama as perdas de 20% de N pelo fato do mesmo se encontrar na forma orgânica.

Um dos primeiros trabalhos sobre a composição físico-quimico dos dejetos suínos realizado no Brasil, pertencem a Konzen (1980), e relata a grande variação existente entre o conteúdo dos dejetos suínos nas propriedades amostradas, com destaque para a Matéria Seca (Tabela 5), e que caracteriza as diferenças de manejo adotadas pelos produtores.

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Tabel a 7: Caracterís ticas dos d ej eto s de suíno s em cres cim en to e termin ação (25 a 10 0 Kg de p eso vivo ).

Parâmetro Unidade Média Coeficiente

de variação (%)

Ph Log 1/[H] 6,94 2,45

Umidade % 90,38 1,42

Matériaseca % 8,99 13,68

Sólidos totais mg/litro 90.000 27,33

Fibra bruta % 1,21 24,79

Energia bruta Kcal/Kg 391,26 13,24

Proteína bruta % 3,78 8,73

Nitrogênio tot Ton 6,00 8,33

Fósforo Ton 2,50 28,00 Potássio Ton 1,20 33,33 Cálcio Ton 5,70 24,56 Magnésio Ton 0,96 23,96 DBO Mg/litro 52.270 23,71 DBQ Mg/litro 98.680 17,32 Sódio Ton 4,00 25,00 Cobre Mg/l 11,79 26,80 Zinco Mg/l 72,36 39,34 Manganês Mg/l 49,23 18,28 Ferro Mg/l 216,41 46,41

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2. MATE RI AIS E MÉTODOS 2.1. LOCAL E ÉPOCA

O experimento foi realizado nas instalações do IRDeR (Instituto Regional de Desenvolvimento Rural) no município de Augusto Pestana/RS no período de junho/2010 à setembro/2010.

2.2. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado (DIC), utilizando-se os seguintes tratamentos:

T1: cama de casca de arroz com 0,45 m de profundidade; T2: cama de casca de arroz com 0,55 m de profundidade; T3: cama de casca de arroz com 0,65 m de profundidade; T4: cama de casca de arroz com 0,75 m de profundidade.

Foi selecionado animais com peso inicial médio de 23,83 kg, sendo 2 suínos por baia com um tamanho de 8 m2, com 12 baias totalizando 24 animais. Também foi efetuada a retirada de amostras da casca de arroz antes de colocar os suínos e no final do experimento com os suínos. As amostras foram retiras com 10 cm de profundidade, para medir a quantidade de nutrientes retidos na cama. O tempo total do experimento foi de 80 dias com início dia 06 de julho de 2010 a 26 de setembro de 2010.

O desempenho zootécnico dos animais foi avaliado através do ganho de peso diário (GPD), ganho de peso (GP) e conversão alimentar (CA). Também foram analisados os nutrientes retidos na cama da casca de arroz, nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) retida nas diferentes alturas da cama.

2.3 INSTALAÇÕES

A edificação utilizada para o experimento é de madeira e alvenaria (mista) possuindo um tamanho de noventa e seis metros quadrados, com cobertura de telha de barro e zinco. Possui doze baias, com área de oito metros quadrados cada unidade experimental. Apresentado na figura 1 uma foto externa e na figura 2 uma foto interna da instalação do DEAg/IRDER – Augusto Pestana – RS.

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Figu ra 1 : Vi sta ex tern a d a edifi cação p ara a p rod ução de suí nos so bre cam a sob repost a de cas ca de arroz (DEAg/ IR DeR, Au gust o P est an a – RS 2 010 ).

(27)

Figu ra 2 : Vist a i nt ern a d a edi fi cação p ara a p rod ução d e su í nos s ob re cam a sob repost a de cas ca de arroz (DEAg/ IR DeR, Au gust o P est an a – RS 2 010 ). 2.4 ANIMAIS

Foram utilizados um total de 24 animais (machos castrados e fêmeas), filhos de cruzamento de fêmeas F1 (Large White x Landrace) com macho MS 115 (EMBRAPA-CNPSA). O peso médio dos animais ao iniciar o experimento foi de 23,83 kg (saídos da creche). O tempo de observação do lote no experimento foi de 80 dias, sendo os animais abatidos ao final do experimento.

Foram distribuídos 2 animais (figura 3) em cada baia, sendo 4 tratamentos com 3 repetições, totalizando 24 animais.

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Figu ra 3 : Vis ta d os suín os so bre cama so brep ost a d e casca d e arro z (DEAg/ IR DeR, Au gu sto P est an a – RS 201 0).

2.5 ANÁLISE DE NUTRIENTES

A análise de nutrientes e umidade da cama sobreposta de casca de arroz foi efetuada no laboratório de Bromatologia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ. Foram determinadas as quantidades de nitrogênio, fósforo e potássio existentes na cama, antes dos animais serem colocados no experimento e após a verificação final do peso dos suínos, no término do experimento (decorridos 80 dias). Foram coletadas amostras (a uma profundidade de 10 cm) das camas sobrepostas, de todas as baias (4 tratamentos e suas repetições) para determinar a quantidade de nutrientes retidos na cama nas diferentes profundidades (0,45; 0,55; 0,65 e 0,75 m).

2.6 VARIÁVEIS MENSURADAS 2.6. 1 Desemp enho Zootécni co

Neste experimento foi avaliado o desempenho zootécnico dos animas através do ganho de peso diário (GPD), do ganho de peso (GP) e a conversão alimentar (CA). A pesagem dos animais e cada vinte dias, sendo que a ração foi fornecida à vontade.

(29)

2.6. 2 Anális e d e Nu tri entes Retidos n a Ca ma

O objetivo da análise é de verificar a qualidade dos nutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) retidos nos resíduos orgânicos resultantes da cama sobreposta de casca de arroz. A metodologia possibilita determinar os nutrientes com uma digestão das amostras em H2O2 e H2SO4. O procedimento utilizado para o levantamento da quantidade de nutrientes retidos na cama sobreposta de casca de arroz está demonstrado detalhadamente a seguir.

PROCEDIMENTO:

É efetuada a pesagem de 0,2 g das amostras, a qual é colocada em tubos de digestão, adicionados vagarosamente 2 ml de H2SO4, após adiciona 1 ml de H2O2 e 0,7g da mistura de digestão (sulfato de cobre e sulfato de sódio). Após coloca-se no bloco digestor à temperatura de 100ºC por 10 minutos, aumenta-se para 150ºC por mais 10 minutos, logo após para 200ºC, deixando por mais 10 minutos, em seguida para 280ºC por 10 minutos, 320ºC por 15 minutos e 375ºC por mais 10 minutos, num total de 65 minutos de aquecimento. Após alterar a cor para amarelo esverdeada, deve-se manter esta temperatura por uma hora, retirar os frascos do bloco e deixar esfriar, completar o volume com água destilada até a marca de aferição de 50 ml.

Para o nitrogênio, a recuperação quantitativa é dificultada pela presença no tecido nos compostos heterocíclicos “refratários” como ácido nicotínico e piridina, ou outros contendo ligações N-N e N-O. Devem ser utilizados, portanto na digestão catalisadores (cobre) e alta temperatura (esses são os motivos de se utilizar temperatura entre 350- 375ºC); a adição de sais como Na2SO4 eleva o ponto de ebulição do ácido.

A determinação do N-total, adiciona-se uma alíquota de 10 ml de água destilada descrito por TEDESCO et. al. (1995), após adição de NaOH [10 mol/L], coletando-se o destilado em indicador-ac bórico e titulado-se com H2SO4 [0,0025%] diluído.

Na determinação da quantidade de fósforo, é utilizado o método de espectrofotometria em uma alíquota do extrato após adição de molibdato de amônia e ácido aminonaftolsulfônico. Este método possui sensibilidade adequada, diluído 1 ml da amostra, 2 ml de água e 3 ml de PB, sendo livre de interferências por H2O2, e sais da mistura de digestão. A determinação do potássio ocorre por fotometria de chama após diluição de 1 ml da amostra em 10 ml de água destilada, ajustando-se sensibilidade do aparelho com os padrões adequados.

(30)

A presença de Na (= 420 mg L-1) não causa interferência, observando-se, entretanto o efeito supressor de ionização (TEDESCO, et. Al. 1995).

2.7. ANÁLISE ESTATÍSTICA

A análise estatística foi realizada pelo programa estatístico Genes produzido pela Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG – BRASIL

2.8. DIETAS

As dietas foram idênticas para os suínos nas fases de crescimento e terminação durante todo o período experimental.

(31)

3. RESULT ADOS E DIS CUSSÕES

Os resultados obtidos no experimento de criação e terminação de suínos em cama de casca de arroz no período de 06 julho de 2010 a 26 de setembro de 2010 estão demonstrados nas tabelas a seguir.

3.1. DESEMPENHO ZOOTÉCNICO

3.1.1. Peso Inicial (PI), ao Inicio do Experimento.

Como podemos observar na tabela 8, não houve variância significativa no desempenho referente ao peso inicial nas diferentes profundidades da cama de casca de arroz. (P>0,005). Tabel a 8: An áli se d e v ariânci a d o P eso In i ci al n as d iferentes profundi dades de cama d e casca d e arroz ao s oit en ta di as d e perm an ên ci a d os anim ais sob re a cama.

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL => Peso Inicial

FV GL SQ QM F Probabilidade Tratamentos 3 3,1608 1,0536 0,1045 100 Resíduo 8 80,6767 10,0846 Total 11 83,8375 Média geral 23,5750 CV (%) 13.4703

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes (2006).

Através dos dados apresentados na tabela 9, verificou-se que os valores obtidos para o desempenho zootécnico não obtiveram diferença significativa, ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Scott e Knott para suínos em crescimento e terminação nas diferentes profundidades de cama sobreposta de casca de arroz.

Tabel a 9 : Avaliação do p es o ini ci al nas diferentes p ro fun did ad es da cam a d e casca d e arroz no i n icio do ex p eri mento sob re a cam a pel o t este co mp arati vo de médias.

VARIÁVEL: PI QMR: 10,0846 Nível: 5 GLRes: 8 N.Rep: 3 Tratamento Média Grupo

75 cm 24,2167 a

45 cm 23,8333 a

55 cm 23,4167 a

65 cm 22,8333 a

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes pelo teste comparativo de médias Scott e Knott (2006).

(32)

3.1.2. Ganho de Peso Final.

Pelos dados apresentados na tabela 10 é possível observar que não houve diferença significativa ao nível de 5% probabilidade para o ganho de peso final para as diferentes alturas do experimento (P>0,05).

Tabel a 10 : Anál is e de v ari ân cia do Gan ho d e p eso fin al (GP F) n as di ferent es pro fu ndid ad es d e cama d e casca d e arroz aos oit ent a di as de perm an ên ci a dos anim ais so bre a cam a.

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL => Ganho de Peso Final

FV GL SQ QM F Probabilidade Tratamentos 3 73,6473 24,5491 0,4248 100 Resíduo 8 462,365 57,7931 Total 11 535,9923 Média geral 67,3958 CV (%) 11,2799

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes (2006).

Pelos dados apresentados na tabela 11 é observado que não houve diferença significativa a 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott para as diferentes alturas do experimento.

Tabel a 11: Av ali ação do ganho d e p eso final n as di ferent es p ro fun did ad es d a cama d e cas ca de arroz ao s oit ent a di as de p ermanênci a do s anim ais s ob re a cama, p elo t est e com parativo d e m édi as .

VARIÁVEL: GPF QMR: 57,7931 Nível: 5 GLRes: 8 N.Rep: 3 Tratamento Média Grupo

45 cm 71,5000 a

55 cm 67,1333 a

65 cm 65,8333 a

75 cm 65,1167 a

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes pelo teste comparativo de médias Scott e Knott (2006).

3.1.3. Conversão Alimentar Final.

Pelos dados apresentados na tabela 12 é possível observar que não houve diferença significativa ao nível de 5% probabilidade para conversão alimentar final para as diferentes alturas do experimento (P>0.05).

(33)

Tabel a 12 : An ális e de vari ân ci a d a Co n vers ão Alim ent ar (C A) nas di ferent es pro fu ndid ad es d e cama d e casca d e arroz aos oit ent a di as de perm an ên ci a dos anim ais so bre a cam a.

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL => Conversão Alimentar

FV GL SQ QM F Probabilidade Tratamentos 3 0,1206 0,0402 0,3963 100 Resíduo 8 0,8116 0,1014 Total 11 0,9322 Média geral 2,8575 CV (%) 11,1465

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes (2006).

Observando a tabela 13 conclui-se que não houve diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott para as diferentes alturas do experimento, porém as menores alturas de cama (45 cm e 55 cm) foi ligeiramente melhor o desempenho zootécnico no que se refere à conversão alimentar.

Tabel a 1 3: Aval i ação d a conv ers ão alim ent ar fin al n as diferent es pro fu ndid ad es d a cama d e casca d e arroz aos oit ent a di as de perm an ên ci a dos anim ais so bre a cam a, pelo t est e comp arativo de médi as.

VARIÁVEL: CAF QMR: 0,1015 Nível: 5 GLRes: 8 N.Rep: 3 Tratamento Média Grupo

45 cm 2,6867 a

55 cm 2,8867 a

65 cm 2.9200 a

75 cm 2,9367 a

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes pelo teste comparativo de médias Scott e Knott (2006).

3.1.4. Ganho de Peso por Período.

⇒ ⇒

Ganho de peso aos 20 dias após o inicio do experimento de criação e terminação de suínos em cama sobreposta.

Pelos dados apresentados na tabela 14 é possível observar que não houve diferença significativa ao nível de 5% probabilidade para o ganho de peso aos 20 dias para as diferentes alturas do experimento.

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Tabel a 14 : Anál ise de v ari ân cia do Gan ho d e p eso aos 20 d ias (GP2 0D) n o ex perim ent o, nas di feren tes p ro fun did ad es d e cama d e casca d e arroz.

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL => Ganho de peso aos 20 dias

FV GL SQ QM F Probabilidade Tratamentos 3 3,6157 1,2052 0,2802 100 Resíduo 8 34,4096 4,3012 Total 11 38,0254 Média geral 14,2817 CV (%) 14,5216

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes (2006).

Observando a tabela 15 conclui-se que não houve diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott para as diferentes alturas do experimento.

Tabel a 15: Av ali ação do ganho d e p eso aos 2 0 dias (GP20 D) nas diferent es pro fu ndid ad es d a cama de cas ca d e arroz , p elo teste comp arat ivo d e médi as.

VARIÁVEL: GP20D QMR: 4,3012 Nível: 5 GLRes: 8 N.Rep: 3 Tratamento Média Grupo

45 cm 14,4267 a

55 cm 15,1167 a

65 cm 13,7333 a

75 cm 13,8500 a

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes pelo teste comparativo de médias Scott e Knott (2006).

Ganho de peso aos 40 dias após o inicio do experimento de criação e terminação de suínos em cama sobreposta.

Pelos dados apresentados na tabela 16 é possível observar que não houve diferença significativa ao nível de 5% probabilidade para o ganho de peso aos 40 dias para as diferentes alturas do experimento.

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Tabel a 16 : Anál ise de v ari ân cia do Gan ho d e p eso aos 40 d ias (GP4 0D) n o ex perim ent o, nas di feren tes p ro fun did ad es d e cama d e casca d e arroz.

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL => Ganho de peso aos 40 dias

FV GL SQ QM F Probabilidade Tratamentos 3 3,5306 1,1768 0,3012 100 Resíduo 8 31,2550 3,9069 Total 11 34,7856 Média geral 17,6625 CV (%) 11,1908

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes (2006).

Observando a tabela 17 conclui-se que não houve diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott para as diferentes alturas do experimento.

Tabel a 17: Av ali ação do ganho d e p eso aos 4 0 dias (GP40 D) nas diferent es pro fu ndid ad es d a cama de cas ca d e arroz , p elo teste comp arat ivo d e médi as.

VARIÁVEL: GP40D QMR: 3,9069 Nível: 5 GLRes: 8 N.Rep: 3 Tratamento Média Grupo

45 cm 18,1000 a

55 cm 18,3000 a

65 cm 17,1000 a

75 cm 17,1500 a

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes pelo teste comparativo de médias Scott e Knott (2006).

Ganho de peso aos 60 dias após o inicio do experimento de criação e terminação de suínos em cama sobreposta.

Pelos dados apresentados na tabela 18 é possível observar que não houve diferença significativa ao nível de 5% probabilidade para o ganho de peso aos 60 dias para as diferentes alturas do experimento.

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Tabel a 18 : Anál ise de v ari ân cia do Gan ho d e p eso aos 60 d ias (GP6 0D) n o ex perim ent o, nas di feren tes p ro fun did ad es d e cama d e casca d e arroz.

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL => Ganho de peso aos 60 dias

FV GL SQ QM F Probabilidade Tratamentos 3 50,8816 16,9605 1,6798 0,2477 Resíduo 8 80,7750 10,096875 Total 11 131,6567 Média geral 19,9166 CV (%) 15,9542

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes (2006).

Pelos dados observados na tabela 19 conclui-se que não houve diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott para as diferentes alturas do experimento.

Tabel a 1 9: Av ali ação d o ganho d e peso ao s 6 0 d ias n as diferent es pro fu ndid ad es d a cama de cas ca d e arroz , p elo teste comp arat ivo d e médi as.

VARIÁVEL: GP60D QMR: 10,0969 Nível: 5 GLRes: 8 N.Rep: 3 Tratamento Média Grupo

45 cm 23,4167 a

55 cm 19,3333 a

65 cm 18,2167 a

75 cm 18,7000 a

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes pelo teste comparativo de médias Scott e Knott (2006).

⇒ ⇒ ⇒

Ganho de peso aos 80 dias após o inicio do experimento de criação e terminação de suínos em cama sobreposta.]

Pelos dados apresentados na tabela 20 é possível observar que não houve diferença significativa ao nível de 5% probabilidade para o ganho de peso aos 80 dias para as diferentes alturas do experimento.

(37)

Tabel a 20 : Anál ise de v ari ân cia do Gan ho d e p eso aos 80 d ias (GP8 0D) n o ex perim ent o, nas di feren tes p ro fun did ad es d e cama d e casca d e arroz.

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL => Ganho de peso aos 80 dias

FV GL SQ QM F Probabilidade Tratamentos 3 37,5358 12,5119 1,7269 0,2385 Resíduo 8 57,9634 7,2454 Total 11 95,4992 Média geral 15,4083 CV (%) 17,4693

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes (2006).

Pelos dados observados na tabela 21 conclui-se que não houve diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott para as diferentes alturas do experimento.

Tabel a 2 1: Av ali ação d o ganho d e peso ao s 8 0 d ias n as diferent es pro fu ndid ad es d a cama de cas ca d e arroz , p elo teste comp arat ivo d e médi as.

VARIÁVEL: GP80D QMR: 7,2454 Nível: 5 GLRes: 8 N.Rep: 3 Tratamento Média Grupo

45 cm 18,2500 a

55 cm 14,4167 a

65 cm 13,5500 a

75 cm 15,4167 a

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes pelo teste comparativo de médias Scott e Knott (2006).

Não foi observado efeito de tratamento para a variável ganho de peso (P>0,05), pelos dados obtidos nas tabelas podemos observar que as camas com menor altura apresentam ligeiro desempenho zootécnico. melhor.

O consumo de ração não apresentou variação significativa, pois foi fornecido sempre a mesma quantidade para todos os animais e a reposição foi a mesma em todas as baias.

3.2. RETENÇÃO DE NUTRIENTES

Análise das amostras da cama de casca de arroz após os 80 dias do experimento com os animais, e análise de uma testemunha retirada antes de montar o experimento.

(38)

3.2.1. Retenção de Nitrogênio

Pelos dados observados na tabela 22 a retenção de nitrogênio teve diferença significativa entre as diferentes alturas de cama com a testemunha ao nível de 5 % de probabilidade (P<0,05).

Tabel a 22 : An áli s e d e v ari ân ci a d a ret en ção d e nit ro gênio (N) no ex perim ent o, nas di feren tes p ro fun did ad es d e cama d e casca d e arroz.

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL => Retenção de Nitrogênio

FV GL SQ QM F Probabilidade Tratamentos 4 0,6396 0,1599 17,5725 0,000161 Resíduo 10 0,0910 0,0091 Total 14 0,7306 Média geral 0,7920 CV (%) 12,0446

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes (2006).

Pelos dados obtidos na tabela 23 conclui-se que não houve diferença significativa a 5% de probabilidade de erro entre os tratamentos com suínos encima da cama, porém os tratamentos apresentaram maior retenção de nitrogênio em relação à testemunha.

Tabel a 23 : Aval iação da retenção d e nit ro gênio (N) n as d iferent es altu ras d a cama d e casca d e arroz, p elo test e comp arat ivo d e m édi as .

VARIÁVEL: N QMR: 0,0091 Nível: 5 GLRes: 10 N.Rep: 3

Tratamento Média Grupo

Test. 0,4000 b

45 cm 0,7900 a

55 cm 0,9033 a

65 cm 0,8733 a

75 cm 0,9933 a

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes pelo teste comparativo de médias Scott e Knott (2006).

3.2.2. Retenção de Fósforo

Pelos dados observados na tabela 24 a retenção de fósforo teve diferença significativa entre as diferentes alturas de cama com a testemunha ao nível de 5 % de probabilidade (P<0,05).

(39)

Tabel a 24 : An ális e de vari ân ci a d a retenção de fósforo (P) no ex perim ento , nas di ferent es p ro fun did ad es de cam a de cas ca d e arroz .

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL => Retenção de Fósforo

FV GL SQ QM F Probabilidade Tratamentos 4 0,0317 0,0079 3,1949 0,0494 Resíduo 10 0,0227 0,0023 Total 14 0,0544 Média geral 0,4387 CV (%) 10,8612

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes (2006).

Pelos dados obtidos na tabela 25 conclui-se que não houve diferença significativa a 5% de probabilidade de erro entre os tratamentos com suínos encima da cama, porém os tratamentos apresentaram maior retenção de fósforo em relação à testemunha.

Tabel a 25 : Av ali ação d a ret enção do fósforo (P ) n as di ferent es p rofun did ad es da cam a d e cas ca d e arroz, p elo test e com parativo d e m édi as .

VARIÁVEL: P QMR: 0,0023 Nível: 5 GLRes: 10 N.Rep: 3

Tratamento Média Grupo

Test. 0,3500 b

45 cm 0,4600 a

55 cm 0,4833 a

65 cm 0,4500 a

75 cm 0,4500 a

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes pelo teste comparativo de médias Scott e Knott (2006).

3.2.3. Retenção de Potássio

Pelos dados observados na tabela 26 a retenção de potássio teve diferença significativa entre as diferentes alturas de cama com a testemunha ao nível de 5 % de probabilidade (P<0,05).

(40)

Tabel a 2 6: Análi se de v ari ân ci a da ret en ção de pot ás sio (K) no ex perim ent o, nas di ferent es p ro fun did ad es de cam a de cas ca d e arroz .

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL => Retenção de Potássio

FV GL SQ QM F Probabilidade Tratamentos 4 0,4560 0,1140 5,6118 0,0124 Resíduo 10 0,2031 0,0203 Total 14 0,6590 Média geral 0,7647 CV (%) 18.6373

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes (2006).

Pelos dados obtidos na tabela 27 conclui-se que não houve diferença significativa a 5% de probabilidade de erro entre os tratamentos com suínos em cima da cama, porém os tratamentos apresentaram maior retenção de potássio em relação à testemunha.

Tabel a 27 : Av ali ação da ret enção do pot ássi o (K) nas di ferent es pro fu ndid ad es d a cama de cas ca d e arroz , p elo teste comp arat ivo d e médi as.

VARIÁVEL: P QMR: 0,0203 Nível: 5 GLRes: 10 N.Rep: 3

Tratamento Média Grupo

Test. 0,4233 b

45 cm 0,8100 a

55 cm 0,8233 a

65 cm 0,9133 a

75 cm 0,8533 a

Fonte: Dados coletados do experimento de cama sobreposta de casca de arroz e analisados no Programa Genes pelo teste comparativo de médias Scott e Knott (2006).

(41)

CONCLUSÕES

Os suínos criados sobre cama não apresentaram diferença significativa quanto ao desempenho zootécnico nas diferentes alturas de cama, porém no ponto de vista ambiental é uma alternativa viável, sendo que com a produção de dejetos sólidos há um menor desperdício de água no manejo com os animais.

O dejeto sólido obtido da cama sobreposta de casca de arroz apresentou um enriquecimento significativo na concentração de nutrientes (N, P e K), ao final do experimento (80 dias), significando uma melhor valorização agronômica dos dejetos, sendo um bom destino para o resíduo do beneficiamento do arroz.

(42)

4. RE FE RÊNCI AS BIBLIO GRÁFICAS

CHIOCCHETTA, O.; OLIVEIRA, P.A.V. de Variação cambial e sua influência na utilização agronômica dos dejetos suínos sólidos como fertilizante. In: Congresso Latino Americano de Suinocultura, 1, Anais. Foz do Iguaçu, PR, 2002. p.293-294.

CORRÊA, E. K. Avaliação de diferentes tipos de cama na criação de suínos em crescimento e terminação. Dissertação de Mestrado. UFPel. Pelotas, RS, 105p. 1998.

CUEVAS, L. Criação de suínos em Deep Bedding. In: Simpósio Nacional de Suinocultura, 2, Anais. Foz do Iguaçu, PR, 2001. p.122-126.

MIRANDA, C.R. de et al. Observações sobre o sistema de criação de suínos sobre leito de cama nas fases de crescimento e terminação. In: Congresso Brasileiro de Veterinários Especialistas em Suínos, 8, Anais. Foz do Iguaçu, PR, Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos, 1997. p.415-416.

MORÉS, N. Produção de suínos em cama sobreposta (Deep Bedding): Aspectos sanitários. In: Seminário Internacional de Suinocultura. 5, Anais. Expo Center Norte, SP, 2000. p.101-107.

MORÉS, N. Linfadenite em suínos causada por micobactérias atípicas. In: Congresso Brasileiro de Veterinários Especialistas em Suínos, 8, Anais. Foz do Iguaçu, PR, Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos, 1997. p.165-172.

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(43)

OLIVEIRA, P.A.V. de; NUNES, M.L.A; MORÉS, N. et al. Produção de suínos em sistema de cama sobreposta com casca de arroz nas fases de crescimento e terminação. In: Congresso Latino Americano de Suinocultura. 1, Anais. Foz do Iguaçu, PR, 2002 b. p.325-326.

OLIVEIRA, P.A.V. de et al. Compostagem e utilização de cama na suinocultura. In: Simpósio sobre Manejo e Nutrição de Aves e Suínos e Tecnologia da Produção de Rações. 1, Anais. Campinas, SP, CBNA.2001. p.391-406.

PERDOMO, C.C. et al. Efeito do tipo de cama sobre o desempenho de suínos em crescimento e terminação. In: Congresso Brasileiro de Veterinários Especialistas em Suínos, 8, Anais. Foz do Iguaçu, PR, Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos, 1997. p.421-422.

OLIVEIRA, P.A.V. de; ROBIN, P.; KERMARREC, C. et al. Comparaison de l’évaporation d’eau en élevage de porcs sur litière de sciure ou caillebotis intègral. Journées de la Recherche Porcine en France, 30, 1998. p.355-361.

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(44)
(45)

Tabel a 1 : In fo rm açõ es Met eo ro ló gi cas referent e ao mês d e J ul ho d e 201 0

FONTE: Estação meteorológica IRDER - Augusto Pestana – RS (Julho de 2010).

Precipitação Temperatura (ºC)

Dia mm Mínima Máxima

01/jul/2010 12,0 16,8 02/jul/2010 14,4 26,2 03/jul/2010 9,4 27,8 04/jul/2010 9,4 27,8 05/jul/2010 13,2 06/jul/2010* 15,4 27,8 07/jul/2010 1,6 15,4 28,0 08/jul/2010 8,4 12,2 19,0 09/jul/2010 13,6 12,6 17,2 10/jul/2010 12,4 19,8 11/jul/2010 4,8 11,4 23,6 12/jul/2010 60,0 13,2 23,8 13/jul/2010 -2,0 11,4 14/jul/2010 -3,2 13,4 15/jul/2010 -2,0 11,4 16/jul/2010 -2,0 9,6 17/jul/2010 24,0 4,6 12,0 18/jul/2010 60,6 11,6 13,0 19/jul/2010 20,5 5,8 20/jul/2010 1,2 13,0 21/jul/2010 9,8 9,0 24,0 22/jul/2010 8,4 15,0 23/jul/2010 0,4 24/jul/2010 3,0 25/jul/2010 10,0 26/jul/2010 1,6 2,2 21,4 27/jul/2010 0,0 19,0 28/jul/2010 7,8 25,2 29/jul/2010 11,8 26,8 30/jul/2010 11,4 27,4 31/jul/2010 20,4 11,0 22,2 Total 225,3 7,7 16,9

(46)

Tab el a 2: In fo rm açõ es Met eo ro ló gi cas referent e ao mês d e Agosto de 20 10

FONTE: Estação meteorológica IRDER - Augusto Pestana – RS (Agosto de 2010).

Precipitação Temperatura (ºC)

Dia mm Mínima Máxima

01/ago/2010 2,2 22,0 02/ago/2010 0,6 13,20 03/ago/2010 0,0 11,60 04/ago/2010 -0,4 10,60 05/ago/2010 4,2 12,20 06/ago/2010 0,0 16,60 07/ago/2010 4,0 20,60 08/ago/2010 8,0 19,60 09/ago/2010 4,2 16,80 10/ago/2010 3,0 19,0 11/ago/2010 7,8 27,0 12/ago/2010 0,6 14,80 22,00 13/ago/2010 11,8 7,2 18,6 14/ago/2010 0,4 6,0 13,0 15/ago/2010 -0,8 16/ago/2010 4,0 20,0 17/ago/2010 8,2 21,4 18/ago/2010 9,6 24,0 19/ago/2010 8,0 24,0 20/ago/2010 9,4 23,4 21/ago/2010 7,4 28,0 22/ago/2010 11,8 28,6 23/ago/2010 13,0 24/ago/2010 31,0 25/ago/2010 12,8 24,4 26/ago/2010 15,4 21,4 27/ago/2010 15,2 28/ago/2010 16,2 27,4 29/ago/2010 17,4 22,4 30/ago/2010 14,4 22,0 31/ago/2010 Total 12,8 7,2 18,1

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Tabel a3: In formaçõ es M eteoroló gicas referen te ao m ês de Set emb ro d e 2 010

FONTE: Estação meteorológica IRDER - Augusto Pestana – RS (Setembro de 2010).

Precipitação Temperatura (ºC)

Dia mm Mínima Máxima

01/set/2010 20,0 13,6 23,0 02/set/2010 40,2 18,0 19,0 03/set/2010 3,7 12,0 19,2 04/set/2010 12,5 8,0 19,8 05/set/2010 8,0 19,8 06/set/2010 6,6 22,9 07/set/2010 7,2 24,8 08/set/2010 9,2 29,4 09/set/2010 10,5 26,0 10/set/2010 11,1 27,7 11/set/2010 15,0 16,4 21,8 12/set/2010 2,3 15,0 21,8 13/set/2010 21,0 14,8 19,6 14/set/2010 13,7 11,2 19,2 15/set/2010 8,2 21,0 16/set/2010 8,0 26,6 17/set/2010 8,8 22,4 18/set/2010 7,6 21,0 19/set/2010 8,2 26,0 20/set/2010 12,9 27,1 21/set/2010 62,4 17,0 26,2 22/set/2010 52,0 14,2 18,5 23/set/2010 7,8 12,2 13,0 24/set/2010 11,0 23,4 25/set/2010 9,0 27,1 26/set/2010 11,6 26,3 27/set/2010 12,0 27,6 28/set/2010 15,4 26,8 29/set/2010 14,0 23,8 30/set/2010 6,8 23,6 Total 250,6 10,9 22,3

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