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Efeito da depreciação e Imposto de Renda na análise dos projetos Olá, caros alunos!

Sejam bem-vindos à disciplina de Engenharia Econômica! Antes de iniciar seus estudos, assista ao vídeo que está no material on-line e saiba um pouco mais sobre o que será estudado nesta aula.

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Na maioria dos fluxos apresentados nos itens anteriores, foi demonstrado o valor do montante de caixa, que representa o resultado dos diversos períodos projetados. Na elaboração do fluxo de caixa, é importante sempre considerar a depreciação dos equipamentos, máquinas, prédios e seu efeito no cálculo do Imposto de Renda.

Esses dois itens influenciam diretamente no resultado que vai para o caixa da empresa, sendo diferente muitas vezes do resultado econômico da empresa, apurado pela Demonstração do Resultado. Na Demonstração do Resultado existem registros contábeis que interferem no cálculo do Imposto de Renda, mas não interferem no caixa, por serem apropriações e não saídas de caixa.

Vamos analisar o impacto do IR simulando algumas situações em um fluxo de um projeto: um investimento em máquinas necessitará de R$42.000,00 para ser feito, gerando os fluxos a seguir relacionados.

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Vamos considerar uma taxa de imposto de renda de 15% somente para fins de cálculo e evidenciação dos efeitos.

Ano Investimento Receitas Despesas Fluxo antes do

Ir IR (15%) Fluxo após o IR 0 - 42.000,00 - 42.000,00 - 40.000,00 1 14.000,00 500,00 13.500,00 2.025,00 11.475,00 2 15.000,00 500,00 14.500,00 2.175,00 12.325,00 3 14.000,00 550,00 13.450,00 2.017,50 11.432,50 3 13.500,00 550,00 12.950,00 1.942,50 11.007,50 5 13.500,00 550,00 12.950,00 1.942,50 11.007,50 6 13.000,00 600,00 12.400,00 1.860,00 10.540,00

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Vamos calcular o VPL e a TIR do Projeto. Para o cálculo do VPL, vamos considerar uma TMA de 10% ao ano:

VPL = 9.509,79 TIR = 17,93%

O investimento trará um valor presente líquido positivo de R$9.509,79 e um retorno de 17,93%, demonstrando ser um projeto viável economicamente.

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A máquina adquirida possui a vida útil de 6 anos, o mesmo tempo do projeto. Contabilmente, são registrados os valores dessa redução, que pode ser uma perda da capacidade da máquina, uma obsolescência, a ação da natureza, defasagem tecnológica, dentre outros. O registro da redução denomina-se Depreciação, que consiste em diminuir o valor da máquina e registrar uma Despesa com Depreciação na Demonstração do Resultado. Esse lançamento diminui o lucro contábil da empresa.

A depreciação é calculada sobre os itens do ativo fixo (ativo Imobilizado) da empresa, tendo seus percentuais (vida útil dos bens) fixados pela Receita Federal para fins fiscais. Nessa situação, sempre que tivermos prédios, veículos, equipamentos, máquinas, informática, móveis, comunicação, precisamos calcular a depreciação dos mesmos, que impactam no montante do imposto de renda, que será pago pela empresa. A depreciação é considerada uma despesa e reduz a base para o cálculo do IR, reduzindo, consequentemente, o IR a ser pago.

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Conforme explica Camargo (2007, p.124), a depreciação (perda do valor de um bem) não representa uma saída de caixa, portanto, para fins de análise de investimento, não deve aparecer como redutora das receitas do projeto. Porém, contabilmente, a depreciação figura como uma despesa operacional e interfere no cálculo do IR a pagar e é por esse motivo que devemos calculá-la para ajustar a renda tributável resultante do investimento.

A depreciação é calculada sobre o Valor Depreciável do bem, que consiste em: VALOR DE AQUISIÇÃO DO BEM – VALOR RESIDUAL = VALOR DEPRECIÁVEL

O valor residual é o valor pelo qual conseguiríamos vender o bem no final da sua vida útil. No exemplo não será considerado um valor residual.

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Cálculo:

R$42.000,00 / 6 anos = R$7.00,00 de depreciação anual. Caso quiséssemos saber o percentual de depreciação anual:

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Vamos incluir agora a depreciação no fluxo:

Ano Investimento Receitas Despesas Fluxo antes

do Ir Depreciação Renda Tributável IR (15%) Fluxo após o IR 0 -42.000,00 -42.000,00 -40.000,00 1 14.000,00 500,00 13.500,00 7.000,00 6.500,00 975,00 12.525,00 2 15.000,00 500,00 14.500,00 7.000,00 7.500,00 1.125,00 13.375,00 3 14.000,00 550,00 13.450,00 7.000,00 6.450,00 967,50 12.482,50 3 13.500,00 550,00 12.950,00 7.000,00 5.950,00 892,50 12.057,50 5 13.500,00 550,00 12.950,00 7.000,00 5.950,00 892,50 12.057,50 6 13.000,00 600,00 12.400,00 7.000,00 5.400,00 810,00 11.590,00

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Explicações:

 A Depreciação é uma despesa e reduz o lucro contábil, diminuindo o lucro que será tributado pelo Imposto de Renda;

 O imposto de renda será menor, pois a depreciação reduz o lucro tributável;

 O fluxo após o IR é o fluxo de caixa, o resultado de caixa, e nesse resultado, a depreciação não é considerada, pois não há uma saída de caixa, pois a depreciação é somente uma apropriação contábil, reconhecendo a redução do valor dos bens do ativo imobilizado;

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Recalculando o VPL e a TIR: VPL = 14.082,82

TIR = 21,52%

Vejam que a Depreciação tornou o projeto mais vantajoso, gerando um maior Valor Presente Líquido e uma Taxa Interna de Retorno maior.

Devemos sempre considerar os impactos da depreciação sobre os investimentos e considerar que contabilmente ocorre a redução do lucro da empresa pelo registro da despesa de depreciação, mas, para o caixa, o impacto gerado é a redução no Imposto de Renda.

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Para saber mais

Em relação aos impactos da depreciação, clique no link a seguir e leia o artigo para auxiliar na compreensão:

http://www.engenhariacompartilhada.com.br/secoes.aspx?capitulo=160

Para explicações sobre as taxas de depreciação consideradas pela Receita Federal, clique no link a seguir:

http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2002/pergresp2002/pr357a370.htm

Vamos aprofundar um pouco mais os nossos conhecimentos sobre a depreciação? Então não perca as explicações do professor Guilherme, no vídeo que está disponível no material on-line.

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Árvore de Decisão

Investimentos mal planejados podem acarretar grandes prejuízos para as empresas. Nesse sentido, é necessário buscar limitar os riscos dos fracassos e a extensão desses fracassos. Galesne, Fensterseifer e Lamb (1999, p. 179) definem análise de decisão como um processo de análise sistemática e racional dos problemas confrontados pelos dirigentes das empresas.

A ideia básica das técnicas de análise de decisão é decompor um problema complexo em problemas menores e, por isso, mais fáceis de resolver, analisar as decisões relativas a esses problemas mais elementares e então combinar seus resultados, a fim de deduzir uma solução ótima para o problema inicial.

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Os autores distinguem três fases essenciais para a resolução de um problema criado na elaboração de um projeto de investimento:

Fase de geração das variantes do projeto: é a etapa de prever todas as possíveis consequências de cada decisão elementar e identificar todas as restrições que poderiam existir ou surgir ao longo da vida útil do projeto.

Fase de atribuição de probabilidades às diversas consequências possíveis das sucessivas decisões: trata-se da quantificação dos julgamentos dos dirigentes.

Fase de avaliação de alternativas existentes e de análise propriamente dita do problema: identifica-se a melhor variante do projeto de investimento analisado.

Para isso utiliza-se a Árvore de Decisão, na qual os ramos indicam decisões que podem ser tomadas e as consequências de sua decisão, resultando em acontecimentos que dependem ou não da decisão.

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A empresa pode construir uma fábrica de grande porte ou de pequeno porte:

Grande porte: pode apresentar três cenários possíveis: de demanda elevada, de demanda baixa ou demanda elevada e baixa.

Pequeno porte: pode apresentar uma demanda elevada ou baixa. Se apresentar uma demanda elevada, pode aumentar ou não a fábrica. Caso amplie a fábrica, pode acontecer de a demanda ficar elevada ou baixa. Caso não amplie, também pode acontecer de a demanda ficar elevada ou baixa.

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Após a visualização das opções, busca-se determinar probabilidades da ocorrência de determinadas alternativas, o que pode permitir avaliar os resultados associados a cada uma das consequências.

Vamos ver um exemplo numérico:

Nossa fábrica está analisando um projeto de ampliação da capacidade produtiva. Os dois projetos são distintos, necessitando de investimentos iniciais diferentes e resultados distintos. Para contribuir na decisão de qual projeto deve ser implementado, vamos montar uma árvore de decisão com as previsões das consequências de cada um dos projetos.

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As informações dos projetos são:

Projetos Investimentos Vendas Resultado

Projeto A 20.000,00

A produção anual máxima pode ser de 1.200 unidades, por um período de 6 anos.

O lucro por unidade é de R$15,00.

Projeto B 30.000,00

A produção anual máxima pode ser de 1.500 unidades, por um período de 6 anos.

O lucro por unidade é de R$16,00.

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Utilizando-se de pesquisa de mercado, a empresa determinou os possíveis cenários e a probabilidade de ocorrerem:

Projeto Investimento Cenários Demanda em Qtde Probabilidades de Ocorrência Projeto A 20.000,00 Demanda Elevada 1.200 25% Demanda Média 800 50% Demanda Baixa 400 25% Projeto B 30.000,00 Demanda Elevada 1.500 30% Demanda Média 1.000 40% Demanda Baixa 500 30%

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A árvore de decisão ficaria dessa forma: Decisão A Demanda elevada – 25% Demanda média – 50% Demanda Baixa -25% B Demanda elevada – 30% Demanda média – 40% Demanda Baixa – 30%

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Agora, vamos calcular o VPL de cada uma das alternativas (A e B) em cada um dos cenários (elevado, médio e baixo). O prazo é de 6 anos e a TMA é de 10%. Será demonstrado o primeiro cálculo e os demais somente o resultado:

O projeto requer investimento inicial de 20.000,00 e gerará um fluxo de 18.000,00 (R$15,00 unitário x 1.200 unidades) por 6 anos.

Períodos 0 1 2 3 4 5 6

Projeto A Demanda Elevada

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Calculando para os demais, temos os seguintes valores:

Projeto Investimento Cenários Demanda em Qtde Probabilidades de Ocorrência VPL

Projeto A 20.000,00 Demanda Elevada 1.200 25% 58.394,69 Demanda Média 800 50% 32.263,13 Demanda Baixa 400 25% 6.131,56 Projeto B 30.000,00 Demanda Elevada 1.500 30% 74.526,26 Demanda Média 1.000 40% 39.684,17 Demanda Baixa 500 30% 4.842,09

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Vamos calcular a rentabilidade do projeto, considerando o VPL e a probabilidade de ocorrência:

Projeto Cenários Probabilidades de Ocorrência VPL Valor Esperado Valor Projeto do

Projeto A Demanda Elevada 25% 58.394,69 14.598,67 32.263,13 Demanda Média 50% 32.263,13 16.131,56 Demanda Baixa 25% 6.131,56 1.532,89 Projeto B Demanda Elevada 30% 74.526,26 22.357,88 39.684,17 Demanda Média 40% 39.684,17 15.873,67 Demanda Baixa 30% 4.842,09 1.452,63

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O valor esperado é obtido multiplicando o VPL pela probabilidade de ocorrência. No caso do Projeto A, na Demanda elevada, o valor é de R$14.598,67 (VPL de 58.394,69 x 25%). O somatório dos três cenários do Projeto A indicam um retorno de R$32.263,13.

Comparando os projetos, o que deixa um maior retorno é o Projeto B, que deve ser o projeto priorizado pela empresa.

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Para saber mais

O uso da árvore de decisão na análise de investimentos é utilizado para auxiliar no processo decisório. A seguir, você encontrará um artigo sobre a aplicação deste modelo. Clique no link e boa leitura!

http://ngdweb.paginas.ufsc.br/files/2012/04/mn_arvore-da-decisao.pdf

Vamos saber mais sobre a árvore de decisões? Então acesse o material on-line, assista ao vídeo a seguir e veja o que o professor Guilherme tem a dizer sobre o assunto!

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Operações de Arrendamento Mercantil (Leasing)

Quando projetamos um investimento, um projeto de melhoria, substituição de máquinas ou ampliação de fábrica, precisamos analisar os recursos disponíveis para os investimentos iniciais. De modo a não comprometer os projetos, uma das opções para adquirir máquinas e veículos é pela operação de arrendamento mercantil, conhecido também como leasing.

Conforme explicam Castanheira e Macedo (2008, p. 150), o leasing é uma operação financeira que teve seu início em 12 de setembro de 1974, denominado de arrendamento mercantil. Hoje, o termo é utilizado para nos referirmos ao Leasing Financeiro, que nada mais é que um contrato entre duas partes: o arrendador, que possui um bem, e o arrendatário, que utiliza esse bem a partir do pagamento

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periódico de prestações, durante o prazo estipulado entre as partes envolvidas. Normalmente é feito por instituições financeiras.

O arrendamento pode ser financeiro ou operacional. O arrendamento financeiro é a modalidade em que o arrendatário, decorrido o prazo contratual, adquire o bem pelo seu valor residual. O valor residual não precisa necessariamente ser pago no final, pode ser amortizado ao longo de sua vigência. Na modalidade do arrendamento operacional, o arrendatário não fica com o bem, devolvendo-o ao arrendador, que arrenda novamente o mesmo.

Com as alterações na legislação contábil ocorridas em 2008, o arrendamento mercantil financeiro passou a integrar o ativo imobilizado da companhia, mesmo que a posse legal seja ainda do arrendador. Como o arrendatário possui o controle do bem, ele usufrui dos benefícios e assume os riscos com o mesmo, o bem é considerado um ativo da empresa arrendatária. A operação fica sendo de financiamento, onde as

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parcelas pagas e os juros correspondem à amortização da operação. Os bens devem sofrer depreciação pela perda da capacidade produtiva ou obsolescência.

No arrendamento mercantil operacional não há o registro no Balanço Patrimonial do arrendatário, sendo consideradas despesas as parcelas pagas durante o prazo de vigência do contrato estipulado entre as partes.

Castanheira e Macedo (2008, p. 150) citam como vantagem para o arrendador o fato de que o bem rapidamente gera rendimentos, por ser uma maneira mais fácil do bem ser adquirido. Caso tivesse que ser vendido à vista ou em menores prestações, poderia haver uma dificuldade maior na sua venda ou utilização para obtenção de receitas. Já para os arrendatários, os autores explicam que a grande vantagem é não precisar desembolsar grandes valores no momento da aquisição do mesmo. Esse dinheiro pode ser utilizado no capital de giro da empresa.

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Vamos a um exemplo com base nos autores citados:

É feito um contrato de leasing para a aquisição de um computador no valor de R$5.000,00. O contrato é feito por um prazo de dois anos, com prestações mensais e iguais, com a primeira vencendo ao final do primeiro mês do contrato. Vamos calcular o valor das prestações, considerando uma taxa de arrendamento igual a 3,2% ao mês e supondo que o valor residual do computador, após o contrato, é de 30% do valor atual. Variáveis: Capital = 5.000,00 Valor residual = 1.500,00 (30% de 5.000,00) n = 24 meses i = 3,2% ao mês

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Como há um valor a ser pago ao final do contrato, o valor efetivamente financiado não é de R$ 5.000,00. O valor financiado é o valor de 5.000,00 menos o valor residual trazido para a data zero, ou seja, no momento em que se efetuou a operação de leasing.

Vamos utilizar a fórmula: M = C . (1+i)n

1.500 = C . (1,032)24

C = 1.500 / 2,129672 = 704,33

O valor efetivamente financiado foi de: 5.000,00 – 704,33 = 4.295,67

Vamos ao cálculo das prestações:

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As prestações do arrendamento mercantil serão de R$259,14. Essa opção deve ser levada em conta quando a empresa não dispõe de recursos para realizar os investimentos e adquirir as máquinas.

Debêntures

É um título de dívida amortizável, cujo nome tem origem no latim debere, que significa dever ou aquilo que deve ser pago. Como o próprio nome indica, a debênture é, portanto, um título comprobatório de dívida de quem a emitiu. A expressão inglesa debenture geralmente é mais empregada no país do que sua correspondente francesa obligation, também adotada na legislação brasileira (CASTANHEIRA, MACEDO, 2008, p. 154).

Debênture é um valor mobiliário emitido pelas sociedades anônimas, representativo de uma fração de um empréstimo. Cada debênture oferece aos debenturistas idênticos direitos de crédito contra a Sociedade Emissora, direitos esses estabelecidos na escritura de emissão.

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A debênture é um financiamento mais econômico para a empresa, captando recursos financeiros para as sociedades por ações, evitando constantes e caras operações de curto prazo. As empresas recebem os recursos do público, com longos prazos de pagamentos e juros mais baixos, com ou sem atualização monetária, para melhor adequar o seu fluxo de caixa.

De acordo com a BM&FBovespa, as Debêntures originadas de ofertas públicas podem ser admitidas à negociação no ambiente da BM&FBOVESPA e possuem as seguintes vantagens:

Utilização dos recursos captados

Ao emitir debêntures, as companhias podem utilizar os recursos captados para o financiamento de projetos, reestruturação de passivos, aumento do seu capital de giro ou estruturação de operações de securitização de recebíveis.

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Captação de Recursos para Investimentos

É uma alternativa aos financiamentos bancários, abrindo para a companhia um amplo espectro de investidores potenciais, tanto no Brasil quanto no exterior.

Reestruturação de Passivos

As debêntures são utilizadas para consolidar as dívidas de diversas naturezas da empresa e têm como vantagens a diminuição de seu custo médio (inclusive o custo e a complexidade da administração da dívida), o alongamento e a adequação do seu perfil e a diminuição significativa das garantias utilizadas na captação de recursos.

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Securitização de Recebíveis

A securitização de recebíveis é uma operação que envolve a venda de recebíveis de uma empresa originária para uma segunda, qualificada como Sociedade de Propósito Específico (SPE). Esta última tem como único objeto o acolhimento dos créditos, adquiridos com os recursos provenientes de uma emissão de debêntures.

Flexibilidade do Valor Mobiliário

A debênture é um título bastante flexível que viabiliza a montagem de operações de médio e/ou longo prazos dentro das necessidades da emissora. São instrumentos de captação extremamente maleáveis em termos de garantias, prazo, conversibilidade em ações, remuneração, além de oferecer a possibilidade de repactuação ou mudança de suas características por Assembleia Geral de Debenturistas (AGD).

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Agilidade na Captação de Recursos

Com o procedimento simplificado de registro e a possibilidade de registro de um Programa de Distribuição junto à CVM, é possível aos emissores grande rapidez na emissão de debêntures e captação de recursos de maneira mais ágil, por exemplo, em um momento em que as taxas de juros são atraentes.

Entrada no Mercado Acionário

O lançamento de debêntures pode ser considerado como um estágio preliminar a uma plena abertura de capital realizada por meio da emissão de ações, especialmente no caso de debêntures conversíveis.

Então, no caso de uma sociedade anônima, a captação de recursos para financiar seus investimentos e projetos por meio de Debêntures é uma possibilidade.

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Para saber mais

No primeiro link a seguir, você terá acesso a um manual sobre arrendamento mercantil e suas principais características. Nos outros, você encontrará alguns sites com explicações sobre debêntures. Não deixe de acessar!

http://www.leasingabel.com.br/site/Adm/userfiles/guiapratico.pdf

http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/renda-fixa/o-que-sao-debentures.aspx?idioma=pt-br

http://www.debentures.com.br

Assista à videoaula que está no material on-line e aprofunde um pouco mais os seus conhecimentos sobre as operações de arrendamento mercantil. Não deixe de conferir!

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Alavancagem operacional e financeira

De acordo com Assaf Neto (2010, p. 105), uma expectativa presente em toda decisão financeira é que ela contribua para elevar o resultado operacional e líquido da empresa. Esse desempenho é potencialmente demonstrado pelo respectivo grau de alavancagem.

A aplicação da alavancagem permite que se conheça a viabilidade econômica dos projetos, identificando as causas que determinaram eventuais variações nos resultados. A alavancagem financeira permite analisar como o endividamento da empresa está influindo sobre a rentabilidade dos proprietários.

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Como explica Camargo (2007, p. 111), os custos fixos, tanto operacionais quanto financeiros, permanecem constantes mesmo com a variação do volume de produção dentro de um limite de capacidade. Assim, um acréscimo no volume de vendas resulta em maior receita, se considerado um mesmo preço de venda e maior custo variável total; porém, os custos fixos serão diluídos com o aumento da produção, elevando, portanto, os lucros da empresa. É o Resultado da alavanca:

Força

De Vendas

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Grau de Alavancagem Operacional (GAO)

Devido à existência de custos fixos na empresa, a variação de seus resultados é diferente da variação das vendas. A alavancagem operacional é o parâmetro resultante da relação entre variação de vendas e variação do lucro operacional (antes do pagamento dos juros e dos impostos) (CAMARGO, 2007, p. 112). Com base em uma estrutura de Custos e Despesas, a alavancagem operacional revela como uma alteração no volume de atividade influi sobre o lucro operacional da empresa. Nesse sentido, é possível que a empresa tenha um aumento de 1% nas vendas e 5% nos lucros.

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Podemos calcular a alavancagem operacional de duas maneiras:

1. Tomando por base o volume de vendas, o grau de alavancagem operacional pode ser calculado pela fórmula:

Na qual:

R = receita para dado volume de vendas;

CV = custo variável para este mesmo volume de vendas; CF = custos fixos.

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Vamos desenvolver um exemplo agora: Quantidade de Produtos Vendidos: 40.000 Preço de Venda Unitário: 5,00

Custo Variável Unitário: 1,5 Custo Fixo: 70.000,00

Se quisermos calcular o resultado operacional da empresa:

Descrição Valor – R$ Cálculo

Receita de Vendas 200.000,00 40.000 x 5,00

Custos Variáveis (60.000,00) 40.000 x 1,50

Custos Fixos (70.000,00)

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Aplicando a fórmula:

O grau de alavancagem operacional é igual a 2, o que significa que o aumento nas vendas provocará um aumento de 2 vezes no lucro da empresa.

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Testando o GAO:

Vamos considerar um aumento de 10% na quantidade vendida, que passa a ser de 44.000 unidades.

Descrição Valor – R$ Cálculo

Receita de Vendas 220.000,00 44.000 x 5,00

Custos Variáveis (66.000,00) 44.000 x 1,50

Custos Fixos (70.000,00)

Lucro Operacional 84.000,00 220 – 66 - 70

O aumento nas vendas foi de 10% = (200.000 x 10% = 220.000), mas o aumento no lucro foi de 20% = (70.000 x 20% = 84.000).

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Vamos utilizar a fórmula e comparar com a estrutura de Receitas, custos variáveis e fixos de duas empresas, representadas a seguir:

Contas Empresa A Empresa B

Receita de Vendas 1.000 100% 1.000 100%

Custos e Despesas Variáveis -400 -40% -600 -60%

Margem de Contribuição 600 60% 400 40%

Custos e Despesas Fixos -300 -30% -100 -10%

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Apesar do resultado operacional ser o mesmo de R$300,00, a empresa A tem maior capacidade de alavancar seus resultados, mensurados pelo GAO:

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Vamos supor que ocorra um aumento de 20% nas vendas e nos custos e despesas variáveis, o resultado seria:

Contas Empresa A Empresa B

Receita de Vendas 1.200 100% 1.200 100%

Custos e Despesas Variáveis -480 -40% -720 -60%

Margem de Contribuição 720 60% 480 40%

Custos e Despesas Fixos -300 -30% -100 -10%

Resultado Operacional 420 30% 380 30%

A empresa A aumentou seu lucro em 40% = ((420 / 300) – 1 x 100), enquanto a empresa B aumentou seu lucro em 26,67% = ((380 /300) -1 x 100).

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O Grau de Alavancagem Operacional também pode ser calculado com a seguinte fórmula:

Da mesma maneira que a existência de custos e despesas fixas elevadas pode provocar maiores aumentos nos resultados, a partir dos aumentos nas vendas, mensurados pelo grau de alavancagem operacional, também pode provocar maiores prejuízos se a empresa não apresentar lucro. O risco da empresa alavancada é maior que o de uma empresa que tenha menor alavancagem.

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Grau de Alavancagem Financeira (GAF)

De acordo com Camargo (2007, p. 114), a justificativa econômica para o uso de capital de terceiros se baseia no conceito de alavancagem financeira, que é o parâmetro que indica a relação entre a variação da rentabilidade do capital próprio e a variação da rentabilidade do investimento total.

Os recursos de terceiros na estrutura de capital da empresa interessam sempre que seu custo for menor que o retorno produzido pela aplicação desses recursos. Quando isso ocorre, a diferença positiva encontrada promove uma elevação mais que proporcional nos resultados líquidos dos proprietários, alavancando a rentabilidade (ASSAF NETO, 2010, p. 111). Quando a empresa toma emprestada, a um custo superior, a taxa de retorno que pode aplicar esses recursos, o proprietário cobre esse resultado desfavorável mediante seus resultados líquidos, onerando sua taxa de retorno.

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A fórmula para o cálculo da alavancagem financeira (GAF) é:

Por exemplo, se determinada empresa apresentar os seguintes números: Lucro Operacional = 1.020

Despesas Financeiras = 170

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A alavancagem financeira é favorável, indicando que a variação no lucro operacional implicará em uma variação de 1,2 vezes maiores no resultado líquido dos proprietários. Exemplo: se a empresa apresentar um aumento no lucro operacional de 20%, o incremento no lucro líquido será de 24% (20 x 1,24).

Vamos utilizar agora um exemplo de Assaf Neto (2010, p. 114) que demonstra o GAF em diferentes estruturas de capital, bem como o risco associado ao endividamento da empresa.

Contas A B C D E F

Ativo Total 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000

Passivo Exigível 0 20.000 40.000 60.000 80.000 90.000

Patrimônio Líquido 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 10.000 Receitas de Vendas 110.000 110.000 110.000 110.000 110.000 110.000

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CMV (50.000) (50.000) (50.000) (50.000) (50.000) (50.000)

Lucro Bruto 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000

Despesas de vendas e adm. (15.000) (15.000) (15.000) (15.000) (15.000) (15.000) Lucro Operacional (antes

do IR) 45.000 45.000 45.000 45.000 45.000 45.000

Imposto de Renda (40%) (18.000) (18.000) (18.000) (18.000) (18.000) (18.000) Lucro Operacional (após IR) 27.000 27.000 27.000 27.000 27.000 27.000 Despesas Financeiras

(25%) 0 (5.000) (10.000) (15.000) (20.000) (22.000)

Redução de IR 0 2.000 4.000 6.000 8.000 9.000

Lucro Líquido 27.000 24.000 21.000 18.000 15.000 13.500

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Análise:

 Quanto mais a empresa se endivida (Passivo Exigível), mais rentável ela se apresenta, do ponto de vista do proprietário. Ex: no cenário A o retorno dos proprietários é de 27% (lucro líquido / patrimônio líquido x 100). Já no cenário F, o retorno dos proprietários é de 135%;

 Conforme é incrementada a participação de dívidas mais baratas na estrutura de capital, ocorre o efeito alavanca nos resultados dos proprietários;

 A empresa passa a assumir maiores riscos ao aumentar a participação de terceiros (Passivo Exigível). Se houver uma eventual redução em sua atividade operacional, a alavancagem financeira passará a atuar de maneira desfavorável;

 O aumento das despesas financeiras proporciona uma redução no IR a pagar, pois as despesas reduzirão o lucro tributável;

 Apesar do lucro diminuir, pelo aumento das despesas financeiras, o retorno dos sócios ou acionistas é maior.

(53)

Grau de Alavancagem Total (GAT)

A alavancagem operacional surge quando existe na estrutura de custos a figura dos Custos e Despesas Fixos. A alavancagem financeira surge quando na estrutura de capital existem capitais de terceiros a um custo mais baixo que o capital próprio. O efeito combinado dos dois leva a uma alavancagem total, que pode ser calculada pela fórmula:

GAT = GAO . GAF Ou

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Para saber mais

Para aprofundar seus conhecimentos, clique no link a seguir e leia o artigo indicado sobre o retorno das ações e a alavancagem operacional das empresas, buscando evidências de que existe associação entre as variáveis:

http://www.scielo.br/pdf/rcf/v17n41/v17n41a06.pdf

No vídeo que está no material on-line, o professor Guilherme faz alguns comentários sobre a alavancagem. Vamos assistir?

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Custo de capital

O custo de capital total equivale aos retornos exigidos pelos credores da empresa (instituições financeiras, debenturistas etc.) e por seus proprietários. Identifica o retorno que a empresa deve auferir em seus investimentos de maneira a remunerar suas fontes de financiamento (ASSAF NETO, 2010, p. 237).

Gitman (2010, p. 432) explica que o custo de capital é a taxa de retorno que uma empresa precisa obter nos projetos em que investe, para manter o valor de mercado da empresa. Também pode ser considerado a taxa de retorno exigida pelos fornecedores de capital no mercado, para que seus fundos sejam atraídos para a empresa.

(56)

Custo de capital de terceiros de longo prazo

Corresponde ao custo da dívida de longo prazo, após o imposto de renda, do levantamento dos fundos de longo prazo por meio de empréstimos. O custo específico de financiamento deve ser medido depois do imposto de renda, pois os juros de capital de terceiros são dedutíveis para os fins de apuração do imposto de renda, reduzindo o lucro tributável da empresa.

O custo de capital de terceiros após o imposto de renda (Ki) pode ser encontrado multiplicando-se o custo antes do imposto de renda (Kd) por 1 menos a alíquota de imposto de renda (T), como mostra a equação (GITMAN, 2010, p. 438):

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Vamos ver um exemplo:

Custo de capital de terceiros, antes do imposto de renda = 12% Alíquota do imposto de renda = 40%

Ki = 12% x (1-0,4) Ki = 12% x 0,6 = 7,2%

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Custo de capital próprio

O custo de capital próprio corresponde ao custo dos recursos fornecidos pelos sócios ou acionistas da empresa. Corresponde à melhor taxa de retorno de risco semelhante a que o investidor renunciou para aplicar seu recurso no capital da empresa. Essa taxa varia segundo o setor de atividade e as condições da economia.

O custo de capital próprio pode ser dividido em: (i) custo de capital das ações preferenciais; (ii) custo de capital das ações ordinárias; e (iii) custo de capital dos lucros retidos. Para o cálculo do custo de capital próprio na forma de ações ordinárias, Gitman (2010, p. 440) argumenta que duas técnicas são usadas para mensurar o mesmo: o modelo de avaliação com crescimento constante (também denominado de Modelo de Gordon) e o modelo de formação de preços do ativo (CAPM).

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Agora, vamos ver a fórmula do CAPM:

Ke = Rf + [b x (rm – Rf)] Na qual:

Ke = custo de capital próprio; Rf = taxa de retorno livre de risco;

b = beta;

rm = retorno de mercado.

Essa fórmula considera uma taxa livre de risco e o risco da empresa por meio do beta da companhia. O beta é a medida de risco sistemático da empresa em relação ao mercado (volatilidade da empresa em

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relação ao mercado). Se o beta da empresa for 1, significa que ela se movimenta na mesma direção do mercado.

Custo médio ponderado de capital

O custo de capital é obtido pelo custo de cada fonte de capital ponderado por sua respectiva participação na estrutura de financiamento. A fórmula é:

CMPC = (W1 x Ki) + (W2 x Ke) Na qual:

CMPC = custo médio ponderado de capital das várias fontes de financiamento utilizadas pela empresa; W1 e W2 = proporção de fundos de terceiros e próprios na estrutura de capital;

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Ke = custo de capital próprio, ou seja, taxa de retorno requerida pelos acionistas em seus investimentos na empresa.

Vamos analisar o seguinte exemplo:

Investimento R$ 65.000,00 Passivo Exigível R$ 25.000,00 Patrimônio Líquido R$ 45.000,00

O investimento gera um retorno (lucro operacional) de R$38.000,00. O custo de capital de terceiros após o imposto de renda é de 8%. O custo de capital próprio é de 15%.

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O cálculo da participação dos capitais de terceiros e próprios sobre o total do Passivo é: Capital de Terceiros = 25.000 / 65.000 = 0,3846 ou 38,46%

Capital Próprio = 45.000 / 65.000 = 0,6153 ou 61,53%

Aplicando a Fórmula, temos: CMPC = (W1 x Ki) + (W2 x Ke)

CMPC = (0,3846 x 8%) + (0,6153 x 15%) CMPC = 3,07% + 9,23% = 12,30%

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A remuneração mínima exigida pelos credores e acionistas é de 12,30% para remunerar suas fontes de financiamento. Vamos demonstrar agora os valores dessa remuneração mínima:

a) Capital de Terceiros 25.000,00 x 8% = 2.000,00 b) Capital Próprio 40.000,00 x 15% = 6.000,00 Total = 8.000,00 CMPC = 8.000,00 / 65.000,00 = 0,1230 x 100 = 12,30%

Se o retorno produzido pela empresa for menor que 12,30%, não conseguirá remunerar seu custo de capital.

(64)

Tributos a serem considerados na Gestão Financeira

O capítulo desenvolvido agora é com base em Seleme (2010, p. 190 a 234). O objetivo é apresentar os principais tributos, com algumas características dos mesmos. Não há a presunção de esgotar o assunto, somente a introdução e apresentação dos diferentes tipos existentes, elegendo os principais deles.

Tributos Federais

Formam a receita da União, podendo ser impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios. Vamos ver os principais:

Imposto de Renda – Pessoa Física (IRPF)

Incide sobre rendas e proventos de qualquer natureza, de acordo com o art. 153, inciso III, da Constituição Federal. Esse imposto é regulado pela Instrução Normativa do SRF nº 25, de 29 de abril de 1996, e pelo Decreto 3.000, de 26 de março de 1999.

(65)

A base de cálculo é o rendimento bruto anual, ajustado com as devidas deduções previstas na lei. As alíquotas de incidência do imposto são assim distribuídas (tabela de incidência mensal):

Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IR (em R$)

Até 1.903,98 - -

De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,8

De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,8

De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13

(66)

Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)

É regulado pela Instrução Normativa do SRF nº 25, de 29 de abril de 1996, e pelo Decreto 3.000, de 26 de março de 1999. O IRRF incide sobre os valores de:

 Trabalhos assalariados com ou sem vínculo empregatício;

 Proventos de aposentadoria;

 Proventos de reserva e de reforma;  Pensões civis e militares;

 Aluguéis;  Royalties;  Arrendamento de bens;  IR;  Contribuições previdenciárias;  Seguro de vida;

 Multas e vantagens por rescisão de contrato;

 Pró-labore pago aos sócios de empresas e titulares de microempresas.

(67)

As alíquotas variam de acordo com o tipo de rendimento, como rendimentos de trabalho (de 7,5% a 27,5%), rendimentos de capital (de 15% a 22,5%), outros rendimentos (de 1,5% a 30%).

Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)

É regulado pelo Decreto 3.000, de 26 de março de 1999, incidindo sobre a renda e os proventos de qualquer natureza de empresas jurídicas. A base de cálculo do imposto varia em função da forma como o lucro obtido é calculado. Pode ser pelo lucro real ou lucro presumido.

 Lucro Real: obtido quando a empresa tem escrita regular na qual são deduzidas todas as despesas legais. O imposto é apurado sobre o lucro líquido, podendo ter seu recolhimento trimestral ou mensal.

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 Lucro Presumido: o imposto é apurado aplicando-se o percentual de 8% sobre o valor da receita bruta mensal. Em atividades específicas (caso dos serviços), os percentuais de aplicação podem variar.

Imposto sobre a Importação (II)

O fato gerador do II é a entrada de produtos de origem estrangeira no território nacional, por qualquer via de acesso. As alíquotas para calcular o II são previstas na Tarifa Externa Comum (TEC) e no Acordo Geral de Tarifas Aduaneiras e Comércio (Gatt). A alíquota máxima foi estipulada para 30% de acordo com a Lei 9.716/88, e o prazo de recolhimento ocorre na data do registro da declaração de importação.

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Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF)

O fato gerador são operações creditícias, de câmbio, se seguros ou, ainda, se realizada com títulos e valores mobiliários. Para cada uma dessas operações, terá um fato gerador específico. As alíquotas também variam de acordo com as operações, podendo ser de 1,25% nas operações de crédito até alíquotas de 25% no caso de operações de seguros.

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

A base de cálculo do IPI é a alíquota incidente sobre produtos industrializados (nacionais e estrangeiros), obedecidas às especificações constantes na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). O IPI é muito utilizado quando é necessária a interferência na econômica, buscando aumentar ou reduzir o consumo de alguns produtos. O fato gerador é a saída da mercadoria, o desembaraço aduaneiro ou a arrematação.

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Imposto Territorial Rural (ITR)

A base de cálculo é o valor da terra nua tributável, conforme previsto no Decreto 4.382, de 19 de setembro de 2002. O fato gerador é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município.

Os contribuintes são os proprietários de imóveis rurais, o titular de seu domínio útil, considerando determinada área ou o seu possuidor a qualquer título. A alíquota varia de 0,03% até 20%. Quanto menor for a área da propriedade e maior o seu grau de utilização, menor será a alíquota do imposto.

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Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP)

Objetiva angariar fundos para o orçamento da Seguridade Social, servindo para custear despesas com atividades-fim das áreas de saúde, previdência e assistência social.

O fato gerador pode ser proporcionado pelo aferimento de receita pela pessoa jurídica de direito privado e público, bem como por folha de salários das entidades que preencham as condições e requisitos.

As alíquotas podem variar de 0,65% (incidência cumulativa), 1% (entidades sem fins lucrativos) e 1,65% (incidência não cumulativa).

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Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)

A contribuição incide sobre o valor agregado e seu fato gerador é o faturamento mensal. A base de cálculo é o montante do faturamento mensal, tendo alíquotas que variam de 2% a 7,6%, tendo modalidades cumulativas e não cumulativas de recolhimento da contribuição.

Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido das Pessoas Jurídicas (CSLL)

Para o cálculo da CSLL, deve-se aplicar as mesmas normas utilizadas para a apuração e pagamento do IRPJ. A alíquota vai de 9% até 32% da receita bruta, caso das empresas prestadoras de serviços. Sua apuração pode ser trimestral ou mensal.

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Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)

A previdência social no Brasil é uma contribuição mensal, representando custos para o empregador e para o trabalhador concomitantemente. A previdência social é que vai garantir a renda do trabalhador e/ou sua família quando este, por motivos temporários ou permanentes, ficar impedido de trabalhar. As alíquotas que incidem sobre o valor dos salários, que representa o valor descontado do funcionário, vão de 8% a 11%. As alíquotas da parte patronal, de responsabilidade da empresa, vão de 15% a 20%.

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)

O Fundo é formado por depósitos mensais efetuados pelas empresas em nome dos seus funcionários, tendo alíquotas de 8% sobre a remuneração. No caso de rescisão contratual, é devido também uma multa de 40% sobre o total depositado.

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Tributos Estaduais

Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações (ICMS)

O fato gerador são as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações, a entrada de mercadorias importadas, o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços e o fornecimento de alimentação. Por ser um imposto estadual, a cobrança, alíquotas, incidências, entre outras, são determinadas pelos estados.

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Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)

O fato gerador é a propriedade de veículo automotor, sendo contribuinte o proprietário deste. A base de cálculo é o valor venal. As alíquotas variam de estado para estado e, ainda, por tipo de veículo automotor.

Tributos Municipais

Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)

O Fato gerador é a propriedade, o domínio útil ou a posse do bem imóvel localizado na zona urbana do município. O contribuinte é o proprietário do imóvel, a do titular do seu domínio ou a de seu possuidor a qualquer título. A base de cálculo é o valor venal do imóvel, apurando anualmente através de avaliação administrativa.

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Imposto Sobre Serviço (ISS)

A legislação especifica as atividades de prestação de serviço tributadas pelo ISS, excluindo as que pagam o ICMS.

Cada município legisla sobre a cobrança do ISS, sendo que o fato gerador desse imposto é localizado no âmbito da prestação de serviços a terceiro, sendo o contribuinte o prestador de serviço.

As alíquotas são de competência dos municípios, mas devem oscilar entre o mínimo de 2% e o máximo de 5%, conforme disposições da legislação federal.

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Para saber mais

Clique nos links a seguir para ter acesso a um artigo, que buscou trabalhar o custo de capital próprio, e uma apostila com explicações sobre o custo de capital:

http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=1284 http://www.cavalcanteassociados.com.br/utd/UpToDate164.pdf

Muito bem, chegamos ao final da nossa disciplina! E para encerrar seus estudos sobre o Custo de Capital, assista ao vídeo que está disponível no material on-line com as explicações do professor Guilherme. Não perca!

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Referências bibliográficas

ANDRICH, Emir Guimarães; CRUZ, June Alisson Westarb. Gestão Financeira Moderna: uma abordagem prática. Curitiba: InterSaberes, 2013.

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. CAMARGO, Camila. Planejamento Financeiro. Curitiba: Ibpex, 2007.

CAMARGO, Camila. Análise de Investimentos e Demonstrativos Financeiros. Curitiba: Ibpex, 2007.

CASTANHEIRA, Nelson Pereira; MACEDO, Luiz Roberto Dias de . Matemática Financeira Aplicada. 2 ed. Curitiba: Ibpex, 2008.

(79)

GALESNE, Alain; FENSTERSEIFER, Jaime E.; LAMB, Roberto. Decisões de investimento da empresa. São Paulo: Atlas, 1999.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 12. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

RYBA, Andrea; LENZI, Ervin Kaminski; LENZI, Marcelo Kaminski. Elementos de Engenharia Econômica. Curitiba: Ibpex, 2011.

SELEME, Roberto Bohlen. Diretrizes e práticas da gestão financeira e orientações tributárias. Curitiba: Ibpex, 2010.

(80)

SOUZA, Alceu; CLEMENTE, Ademir. Decisões financeiras e análise de investimentos: fundamentos, técnicas e aplicações. 6. Ed. 3. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008.

Referências

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