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O livro didático e suas relações com a educação alimentar

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Academic year: 2020

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O LIVRO DIDÁTICO E SUAS RELAÇÕES COM A

EDUCAÇÃO ALIMENTAR

THE DIDACTIC BOOK AND IT’S RELATIONS WITH FOOD

EDUCATION

EL LIBRO DIDÁCTICO Y SUS RELACIONES CON LA

EDUCACIÓN ALIMENTARIA

Débora Marcília Moreira1

Dulce Maria Strieder2

Resumo: A mudança negativa dos hábitos alimentares das crianças, nos faz pensar em como retomá-la, assim, pretende-se contribuir para a discussão sobre a educação alimentar no contexto da educação formal. Via pesquisa documental, foram analisadas quatro coleções de livros didáticos de ciências dos anos finais do Ensino Fundamental, edição 2017 do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), investigando a presença ou ausência de estímulos à alimentação saudável – educação alimentar. Os dados mostram a centralização do tema em um dos volumes das coleções (8º ano), indicando a perspectiva de abordagem pontual, enquanto conteúdo conceitual, distinta do panorama de formação de atitudes permanentes.

Palavras-chave: Ensino de ciências. Educação alimentar. Livro didático.

Abstract: The negative change of children’s feeding habits make us think on how to redefine it, so, the intention is to contribute for the discussion about food education in formal education’s context. There were analyzed through documental research four collections of didactic books about science of the final years in fundamental learning, 2017 edition, of National Program of Didactic Book (PNLD), investigating the presence or absence of stimulus for healthy feeding – food education. The data show the centralization of the theme in one of the collection’s volume (8th year), indicating the perspective of punctual approach, while concept content, distinct from the formal panorama of permanent attitudes.

Keywords: science teaching, food education, didactic book.

Resumen: El cambio negativo de los hábitos alimentarios de los niños, nos hace pensar en cómo retomarla, así, se pretende contribuir con la discusión acerca de la educación alimentaria en el contexto de la educación formal. A través de la investigación documental, se analizaron cuatro colecciones de libros didácticos de ciencias de los años finales de la Enseñanza Fundamental, edición de 2017 del Programa Nacional del Libro Didáctico (PNLD), investigando la presencia o ausencia de estímulos a la alimentación sana – educación alimentaria. Los datos muestran que el tema se destaca en uno de los volúmenes de las colecciones (8º grado), indicando la perspectiva del enfoque puntual, como contenido conceptual, distinto del panorama de formación de actitudes permanentes. Palabras-clave: Enseñanza de las ciencias. Educación alimentaria. Libro didáctico.

Envio 30/04/2019 Revisão 30/04/2019 Aceite 24/07/2019

1 Graduanda em Ciências Biológicas - Licenciatura. Bolsista de Iniciação Científica/PIBIC/CNPQ. Universidade

Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. E-mail: de.moreirah@gmail.com.

2 Doutora em Educação. Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. E-mail:

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Introdução

O avanço da tecnologia trouxe inúmeros benefícios, entretanto, deixa o mundo em alerta em termos da educação alimentar, principalmente pelo fato de que aquela se tornou grande aliada das propagandas de alimentos calóricos e ricos em gordura. Assim, este tipo de alimentação ganha cada vez mais espaço, levando sua popularização também ao público infantil e juvenil. Associa-se a isto a carência de tempo dos pais que, muitas vezes, afeta os filhos ao aprenderem que a melhor solução é a alimentação rápida e fácil.

As propagandas – sejam elas por televisão, web ou materiais impressos – firmam-se em atrair telespectadores por meios que pouco exploram aspectos negativos e assim, não condizem com a realidade dos produtos. Propagandas que instigam crianças e adolescentes a comerem alimentos industrializados, abundantes em gorduras e conservantes, entre outros, são comuns. Apoiados em Linn (2006), Pontes et al. (2009) afirmam que “o falso conceito de alimento como algo que dê poder é perigoso por permitir que as indústrias alimentícias explorem a vulnerabilidade das crianças” (p. 100).

Neste sentido, Cotrim (2016) esclarece que “Se o público não está preparado para ser crítico da publicidade, será influenciado. Por isso, o mais importante é uma educação crítica sobre o papel da mídia desde cedo.” (n.p.). Pontes et al. (2009) complementam:

A possibilidade de orientação da população quanto ao consumo adequado de alimentos pode corrigir erros alimentares, diminuir seus efeitos deletérios e, simultaneamente, promover o redirecionamento da oferta de alimentos pelo setor produtivo à sociedade de consumo e seus mecanismos de divulgação. (PONTES et al, 2009, p. 100)

Desse modo, "[...] é oportuno estimular hábitos alimentares mais saudáveis e a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) pode ser uma importante estratégia de promoção de saúde" (GOMES; FONSECA, 2013, p. 2). Neste contexto, a cooperação família e escola na promoção de hábitos alimentares saudáveis é de grande valia.

Segundo Pontes et al. (2009, p. 101),

No ambiente familiar é fundamental que os pais participem ativamente das escolhas alimentares de seus filhos desde a primeira infância. Participar deste processo, no entanto, é muito mais do que o preparo da comida; é preconizar

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que as refeições sejam feitas à mesa, tornando aquele momento prazeroso à

criança e ao adolescente. (PONTES et al, 2009, p. 101).

Na vida escolar aprendemos não apenas o conhecimento científico, mas também estruturamos valores, neste sentido é de fundamental importância que a nutrição seja abordada em diferentes aspectos. Considerando isso, a escola como peça norteadora deste processo também é um princípio para a modificação dos hábitos alimentares de crianças e jovens. Tal fundamento é apoiado por diferentes autores, como Schmitz et al. (2008), Pontes et al. (2009) e Gomes e Fonseca (2013). Assim, para Ramos e Stein (2000) em texto de Schmitz et al. (2008), este ambiente “[...] aparece como espaço privilegiado para o desenvolvimento de ações de melhoria das condições de saúde e do estado nutricional das crianças [...]” (p. 1).

Tratando da palavra educação, comumente é vista como de total responsabilidade da escola, no entanto, vê-se que ela está presente em todos os contextos. A educação alimentar, portanto, precisa ser um papel de destaque nos núcleos educacional formal, não formal e familiar. Precisa haver a participação/cooperação entre as distintas instâncias na formação dos hábitos alimentares das crianças e adolescentes, estimulando a escolha saudável.

Considerando a escola e o processo de ensino e aprendizagem, o primeiro instrumento que vem a mente é o livro didático, pelo seu papel fundamental de apoio às ações de ensino. Considerando que o tema alimentação é conteúdo previsto na disciplina de Ciências do Ensino Fundamental, a pesquisa que dá origem ao presente texto tem o intuito de analisar propostas que, possivelmente, estimulem a educação alimentar no âmbito escolar, a partir da da avaliação de livros didáticos de Ciências dos anos finais do Ensino Fundamental, integrantes do Programa Nacional do Livro Didático de 2017 (PNLD 2017). A perspectiva mais ampla é de contribuir com reflexões, políticas e práticas que visem o avanço do contexto da educação alimentar.

Metodologia

Para a realização deste estudo, foram utilizados dois métodos: a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. A primeira, de acordo com Matos e Lerche (2001), ocorre a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos e sites sobre o tema estudado. Portanto, esta modalidade científica foi utilizada para o suporte teórico dos estudos. A segunda, para Lüdke e André (1986), constitui-se como uma técnica importante na pesquisa qualitativa, seja

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complementando informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de

um tema ou problema. Assim, compreendemos a pesquisa documental, na especificidade do olhar sobre os livros didáticos, permitindo a busca por informações de como o tema da educação nutricional está proposto nos mesmos.

Foram analisadas quatro coleções, em um total de 16 livros didáticos de Ciências dos Anos Finais do Ensino Fundamental - PNLD 2017, utilizadas por escolas estaduais de Cascavel, Paraná3. Para tal, o Núcleo Regional de Educação da cidade disponibilizou autorização para o

empréstimo dos materiais em quatro escolas da região. De um total de oito coleções de livros didáticos de Ciências escolhidas pelos colégios da cidade, foram selecionadas para a pesquisa apenas quatro coleções (considerando os mais e os menos adotados), conforme o quadro 1.

Quadro 1 – Coleções analisadas

Título da Coleção Autor Número de escolas que adotam a coleção Coleção Ciências Trivellato Júnior, J.; Trivellato, S. L. F;

Motokane, M. T; Lisboa, J. C. F.; Kantor, C. A

1 Aprendendo com o cotidiano Canto, E. L. do 3 Projeto Teláris Gewandsznajder, F. 7 Coleção Investigar e Conhecer Lopes, S. 12

Fonte: Dados disponibilizados pelo Núcleo Regional de Educação de Cascavel, Paraná.

A análise foi decorrida de acordo com os conceitos de educação alimentar estruturados durante a pesquisa, ou seja, considera-se a concepção de que pela educação nutricional tenha que ocorrer a estimulação da alimentação equilibrada. A apresentação dos textos e das imagens, bem como a relação de ambas com a educação alimentar foram requisitos para a investigação. Para melhor interpretação, apenas os fragmentos mais importantes presentes nestes materiais foram apresentados neste texto.

3 A cidade de Cascavel está localizada na região oeste do Paraná e possui uma população total de 286.205 habitantes, censo 2010 - estimativa de 324.476 indivíduos em 2018 - (BRASIL, 2017). O município tem um total de 46 escolas de Ensino Fundamental, cadastradas pelo Núcleo Regional de Educação, que atendem aproximadamente 35.000 alunos (CASCAVEL, 2019).

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Resultados e discussão

A análise partiu da coleção Investigar e Conhecer que é a coleção adotada no maior número de escolas do campo de investigação. No livro didático de ciências do 6º ano há a apresentação de um capítulo sobre a água, onde a autora descreve que ela é um componente muito importante e está presente em frutas. Mais adiante também informa a importância destes produtos na dieta. No entanto, a abordagem do texto está em um panorama de apresentação de conteúdo e pouco estimula ações efetivas em torno do tema, podendo-se dizer que ocorre pouco incentivo à educação alimentar, efetivamente. A classificação de pouco ou nenhum incentivo à educação alimentar também pode ser atribuída ao livro didático do 9º ano desta coleção, que na análise não apresentou conteúdos que podem ser relacionados com a educação alimentar.

No livro do 7º ano, há várias páginas que retratam aspectos vinculados a alimentação. A autora traz exemplos de alimentos, como pequi, algas e peixes, mas não promove o incentivo a educação alimentar. Isto é, não desperta ações relativas ao querer comer bem, no sentido de refeições equilibradas, em acordo as falas de Sobral e Santos (2010, p. 402): "A expectativa, portanto, é que a educação alimentar e nutricional contribua para a mudança em favor da saúde". O livro didático do 8º ano é mais encaminhado para a educação alimentar. A Unidade dois é destinada a alimentação, trazendo uma pequena introdução fundamentando que ao final do estudo será possível a melhor alimentação a partir da seleção de alimentos mais saudáveis. Indicando o possível incentivo à educação alimentar.

Em geral, todos os capítulos desta coleção apresentam um quadro no início - Voz e vez, onde os alunos têm a possibilidade de mostrar o que já sabem sobre o tema em pauta. Tal quadro incentiva e valoriza a aproximação dos conhecimentos prévios dos estudantes com o conteúdo. De acordo com Gaspar (2009), os educadores precisam compreender as concepções prévias dos estudantes de modo que estimulem a assimilação dos conhecimentos científicos.

Este quadro, no capítulo três denominado, ALIMENTOS E NUTRIENTES, além da ativação dos conhecimentos a priori, instiga o aluno a refletir sobre sua atual alimentação. No quadro Registro, uma das perguntas permite que o aluno pense sobre o que comeu. Ainda que possa representar uma incursão na educação alimentar, é frágil pois não menciona qualquer aspecto que providencie a mudança do estilo alimentar, conforme fundamentado por Sobral e Santos (2010) e depende de um possível direcionamento adicional do professor,

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Durante este capítulo três, muitos textos e questões trazem informações que podem

estimular a formação de hábitos alimentares mais saudáveis, indicando que também é essencial uma alimentação diversificada e com menor ou nenhuma gama de industrialização e, caracterizando assim, a educação alimentar. Além disso, o capítulo apresenta um quadro denominado Quem já ouviu falar. Neste, existem questões que, além de fazer, outra vez, o aluno pensar sobre a sua dieta, faz com que pense em como podem melhorá-la, possibilitando uma aproximação efetiva a educação alimentar compreendida no contexto de Ossucci (2008, p. 13) "Encorajar o desejo de mudar deve ser uma tarefa contínua e demanda desenvolvimento de atividades que proporcionem conhecimento, mudança de comportamento e de atitudes aos adolescentes".

No capítulo quatro intitulado ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, pode-se citar um dos textos que indica a importância da prática de exercícios físicos vinculados à alimentação equilibrada. A autora se preocupa em dizer que a dieta depende do organismo de cada pessoa, visto que as necessidades do organismo diferem de acordo com o indivíduo e indica a visita ao médico. Também há um quadro em destaque, sugerindo a investigação do tema obesidade e se este é um problema atual e, também, há outro quadro indicando a investigação em relação as doenças decorrentes de alimentos contaminados. No entanto, pode-se considerar que estes trechos podem colaborar com a educação alimentar, se reforçados pela atuação do professor em sala de aula, na busca pela estruturação de atitudes que possam ser inseridas no cotidiano vivido pelos estudantes. Neste sentido, vale assinalar o explicitado por Sobral e Santos (2010, p. 401): "Nessa perspectiva, professores, gestores e merendeiras podem ser aliados no processo de formação e mudanças do comportamento alimentar dos alunos".

A unidade três também expõe conteúdos relacionados à educação alimentar. É intitulada

CONHECENDO AS FUNÇÕES DE NUTRIÇÃO e é constituída de três capítulos. A DIGESTÃO DOS ALIMENTOS é um dos capítulos que aborda temas integrantes do campo da educação

alimentar, nele há um quadro que traz informações sobre os distúrbios alimentares, e as questões indicadas ao fim do texto tentam fazer com que os alunos reflitam sobre estes problemas, podendo, assim, incentivar a educação alimentar.

Seguindo a análise das coleções didáticas, tem-se a coleção Ciências, sendo esta adotada por apenas uma escola. A obra destinada ao 6º ano também fala sobre a água e a sua presença em certos alimentos, porém sem nenhuma menção que possa caracterizar a educação alimentar.

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Já no livro didático do 7º ano, várias páginas trazem referência à alimentação. Ao final

de um capítulo, os autores propõem a realização de atividades, mas apenas uma delas providencia a investigação sobre os alimentos. Neste livro, pode-se dizer que não foi localizada atividade que represente cooperação entre estruturação de conhecimentos científicos e o estímulo a mudança ou formação de atitudes avançando na educação alimentar.

O capítulo - Fungos no ambiente, na indústria e na medicina -, apresenta um destaque para os alimentos industrializados. Este traz informações sobre aditivos alimentares e indica um site para o aprofundamento do assunto, colocando o aluno à prova quando sugere perguntas sobre o tema, promovendo, assim, a incursão no âmbito da educação alimentar. Neste caso, também se torna conveniente a ação do professor, recordando Sobral e Santos (2010), para promoção da mesma, podendo, ainda, enfatizar a ideia sobre os alimentos servidos na escola, assunto trazido na questão.

No livro do 8º ano, a unidade um, O corpo humano e a sua nutrição, capítulo dois,

Alimentos e nutrição, mostra o que é comer bem, no sentido saudável. O texto seguinte coloca

o aluno numa situação de reflexão, onde é preciso entender a constituição dos alimentos, levando, possivelmente, a construção de uma alimentação equilibrada. Ainda há o complemento da figura de um prato com refeição equilibrada. Pode-se dizer que há o incentivo à educação alimentar.

Também são apresentadas tabelas sobre a quantidade de nutrientes nos alimentos, vitaminas, sais minerais e suas funções no organismo. São objetivas e podem ser complementadas com o quadro EXPLORE com a sugestão de sites, remetendo à educação alimentar, cujo vínculo está no momento em que o aluno precisará refletir sobre os efeitos que a deficiência e o excesso de vitaminas podem gerar no organismo.

O quadro EXPERIMENTO DA HORA mostra um texto sobre rótulos de alimentos. Nele, os autores trazem três embalagens e pedem que o aluno verifique seus valores nutricionais. Considerando que, conforme Ramos, Santos e Reis, (2013), a educação alimentar deve promover e incentivar a alimentação saudável, mais uma vez é relevante a ação do professor em levar o aluno a associar os valores nutricionais abordados com uma alimentação saudável. Há um quadro em que o aluno é chamado a responder algumas questões sobre o que entendeu de um texto anterior. Neste contexto, ele é colocado a pensar sobre, sendo que uma das perguntas sugere que o aluno reflita no padrão de beleza, no sentido da saúde. Pode-se

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caracterizar a educação alimentar, pois, de acordo com Sobral e Santos (2010) amparado em

afirmações de Costa et al., inserir as questões do dia a dia do estudante acaba “[...] criando [...] condições para tornar o ambiente onde quem atua também ensina e aprende, num empenho conjunto na busca por melhores condições de saúde” (p. 401).

Outro quadro denominado FÓRUM promove o debate sobre algumas soluções para a falta de ferro e vitamina A no organismo. Uma das soluções apresentadas é a mudança da dieta da população, aspecto rico para o âmbito da educação alimentar.

O item Explique, na página 32, permite a educação alimentar, mostrando a importância dos nutrientes na alimentação e indicando a obesidade e a desnutrição, por exemplo. Neste viés, a educação alimentar pode ser encaminhada através de elementos como os abordados em Brasil (2014), que indica que as substâncias nutritivas provenientes dos alimentos são responsáveis pelo funcionamento de um organismo saudável.

A introdução da unidade dois traz aspectos da educação alimentar, mostrando a imagem de dois pratos (doces e salgados; e frutas) e perguntando aos alunos qual iria preferir e qual é o mais saudável. Ainda mostra a importância da dieta saudável, identificando a obesidade e outros elementos. Considerando que, segundo Sobral e Santos (2010), “[...] na atualidade, à educação alimentar e nutricional está sendo atribuída a condição de contribuir para a redução da incidência e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis [...]” (p. 410), pode-se dizer que, a partir destas atividades, os autores incentivam a educação alimentar.

Continuando a análise, percebe-se que a constatação de Sobral e Santos (2010) também se aplica no capítulo dois Absorção dos nutrientes, onde há um quadro falando sobre obesidade e mostrando que ela pode ocorrer devido ao tipo de alimentação. Neste sentido, é pedido que os alunos respondam questões em que deverão analisar propagandas alimentares (os autores até comparam fast food com cigarro) e, depois, o aluno deverá compartilhar os riscos e as prevenções da doença. Os próprios autores falam de hábitos alimentares saudáveis, no intuito de que os alunos divulguem a influência dessas ações para a doença, possibilitando a educação alimentar. Outro quadro, FÓRUM, fala sobre os alimentos oferecidos nas cantinas e a proibição de produtos ruins para a saúde. Este, faz o aluno refletir e potencialmente incentiva, também, a educação alimentar.

Na unidade sete - Hormônios e desenvolvimento -, o capítulo Diabetes e hormônios, leva a questão dos hábitos alimentares, obesidade e prática de exercícios físicos. Além disso,

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no quadro FÓRUM traz questões para refletir sobre o assunto, procurando a prevenção, ou seja,

alimentação de qualidade nutricional.

Neste mesmo capítulo, o aluno é convidado a construir um jornal abordando a hipertensão, diabetes e obesidade. O mesmo ocorre em outra página do texto (179), o diferencial é que nesta são propostas questões que incentivam a reflexão sobre os hábitos alimentares. Ambas incentivando a educação alimentar, assim como no capítulo dois, Crescimento, onde o aluno deve procurar outra solução “mais saudável” para o emagrecimento.

O item Avaliações oficiais traz uma questão que referencia a obesidade a partir da sugestão de pratos e depois com a pergunta sobre qual é o melhor para a dieta de uma pessoa adulta. Outras questões falam sobre a alimentação equilibrada. Todas sugerindo a educação alimentar.

No livro didático do 9º ano desta coleção não foram encontrados conteúdos que possam remeter à educação alimentar.

Na coleção Aprendendo com o cotidiano, adotado em três escolas do campo de pesquisa, o livro didático do 6º ano apresenta uma unidade sobre o tema alimentação. Dentro dela, o capítulo 6 Alimentos, traz a introdução afirmando que a alimentação deve ser saudável. Um quadro em destaque mostra uma reportagem (BBC, 2014) que traz dados sobre a obesidade, afirmando que os casos têm subido em países desenvolvidos e tem aumentado conforme os hábitos da população, como o sedentarismo. Fatos instigantes para contribuição a educação alimentar.

Em seguida, mostra-se como é calculado o IMC (índice de massa corporal), conceituando os valores e suas respectivas categorias de peso. Adiante, são explicitadas perguntas para que os alunos pensem sobre sua dieta, o que significa um alimento ser saudável, assim como os efeitos da nutrição. Tais questões tem potencial de estimular o aluno a agir sobre o tema.

Outro quadro, DESENVOLVIMENTO DO TEMA, mostra um cardápio com pratos variados, fazendo com que o aluno reflita, mais uma vez, sobre a sua alimentação e quais são os alimentos mais indicados para dieta equilibrada. Além disso, o texto que o segue traz imagens de alguns pratos, e pergunta ao aluno qual é o melhor, qual é o pior e qual ele sente vontade em comer. Aqui, classifica-se fielmente a educação alimentar, pois Ossucci (2008),

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informa que os nutrientes “[...] devem ser fornecidos pelos alimentos e consumidos em

quantidades e variedades adequadas” (p. 7).

Logo é mostrada uma imagem que indica a quantidade de energia que alguns alimentos dispõem ao nosso corpo em diferentes momentos de nossas atividades cotidianas. Isso possibilita maior interação e ação do aluno e o tema, em específico na escolha do tipo de alimentação que pretende seguir. Além disso, incentivam a prática de atividades físicas e hábitos alimentares saudáveis. Ainda, há uma página (79) em que o autor informa que algumas substâncias que estão dentro de certos alimentos e são essenciais para o corpo, enfatizando que a deficiência delas não pode trazer consequências ruins para o organismo.

O quadro Reflita sobre suas atitudes pretende a formação crítica do aluno ao levar o mesmo a questionar sobre as informações pautadas em propagandas. Nessa perspectiva, a investigação de anúncios publicitários se faz importante, visto que na mídia são apresentados os dois lados da alimentação, ou seja, “[...] ao mesmo tempo em que mostra [...] alimentos que prometem a melhor forma física, mostram também muitos alimentos inadequados para o consumo, alimentos com excesso de gorduras e açúcares” (OSSUCCI, 2008, p. 12). Além disso, há imagem com legenda que revela maior atenção do autor à alimentação, mostrando que comer frutas é sempre melhor que doces, incentivando a educação alimentar.

O texto Lipídeos mostra a importância de não exagerar nos nutrientes, alertando para os problemas que o excesso pode causar. A imagem que ele traz, tem um ponto de exclamação, indicando a importância de comer com cuidado para não exagerar. O texto também informa que alguns alimentos já têm lipídeos e por isso deve-se tomar cuidado com a gordura. Portanto, ainda tem-se, um quadro Esteja atento aos dizeres publicitários, alertando que se deve ler com atenção as embalagens. Pode-se dizer que tais textos e imagens são incentivadores da educação alimentar, ao ponto de que especificam os malefícios do exagero na alimentação e também a atenção às propagandas. Como indicado em Brasil (2014) e Ossucci (2008), estes fatores são essenciais para a qualidade da alimentação, sendo grandes influenciadores da mesma.

Ainda no livro do 6º ano, nesta mesma coleção Aprendendo com o cotidiano, há um texto que fala sobre O que é se alimentar direito? Levando o aluno a aprofundar sua compreensão sobre o que é ter uma alimentação equilibrada. Assim, também responde uma das primeiras imagens do capítulo que mostra um cardápio, indicando quais seriam as melhores escolhas de pratos. Neste sentido, em acordo ao que dizem Lima (2004), Ramos, Santos e Reis

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(2013) afirmam que a educação alimentar e nutricional se reflete na questão de “[...] tornar os

sujeitos autônomos e seguros para realizarem suas escolhas alimentares de forma que garantam uma alimentação saudável e prazerosa [...]” (p. 2158, grifo dos autores). Portanto,

também podem ser considerados estímulos à educação nutricional, assim como as questões ao fim do capítulo que fazem o aluno refletir sobre como é sua alimentação, porque ser saudável e quais alimentos são melhores para dieta saudável.

O quadro tirinha leva estimula novamente o aluno a pensar sobre as propagandas, mais uma vez, com uma charge sobre ingredientes usados na fabricação de alimentos. Além disso, há sugestão da construção de um blog sobre alimentação, enfatizando propagandas e o que comer. Ambas imergem no contexto da educação alimentar, assim como no quadro Seu

aprendizado não termina aqui, em que o autor enaltece que é necessário pensar antes de comer.

No livro do 7º ano, não foi possível encontrar nenhum conteúdo que pudesse caracterizar a educação alimentar. O mesmo pode ser aplicado ao livro didático destinado ao 9º ano desta coleção.

Já na obra do 8º ano, o tema está presente. A unidade A, no capítulo um Corpo humano:

um todo formado por muitas partes apresenta um quadro onde o autor pede para que os alunos

não confiem totalmente nas publicações referentes à saúde e à beleza. A intenção é fazer com que eles pensem antes de agir, estimulando a educação alimentar.

O capítulo dois, Ossos e músculos, traz a sugestão da construção de um blog. O autor sugere aos alunos a pesquisa de alimentos que são bons para quem tem osteoporose, o que esses alimentos têm para afirmar suas propriedades dentro disso e a importância da vitamina D, incentivando a educação alimentar. No capítulo três, Nós “somos” o que comemos?, tem um quadro que apresenta consequências da deficiência de certos nutrientes e vitaminas. No entanto, não ultrapassa o nível de informação, não apresentando nenhuma ação de envolvimento do aluno.

Ainda no livro do 8º ano, há a discussão sobre a importância das fibras na dieta para a formação das fezes, a exemplo de frutas e verduras. Além disso, há um quadro que pede aos alunos se eles comem esses alimentos, fazendo-os refletir sobre e incentivando a educação alimentar.

O quadro Em destaque, coloca a educação alimentar em prioridade, dando um choque de realidade nos alunos. Fala sobre os nutrientes, como são utilizados, como são encontrados,

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porque comê-los. Fala que os exageros levam a consequências. Chama a atenção para falsas

propagandas, cuidados com os alimentos que consomem e com os suplementos alimentares. Além disso, fala que não há necessidade de suplementos se a alimentação for correta. Também deixa claro que é preciso variar as refeições. Tais aspectos conduzindo a educação alimentar, uma vez que, o debate sobre a mídia e a adequação dos alimentos em níveis variados influencia o estilo alimentar que o estudante irá escolher. Segundo Ossucci (2008), as substâncias nutritivas provenientes da alimentação precisam dispor “[...] quantidades e variedades adequadas” (p. 7).

As questões no fim do capítulo apresentam alguns quadros. Um deles pede que o aluno pense sobre como é a sua alimentação e a pergunta mais intrigante: “Você se importa com ela?”. Outro quadro: “Após estudar este capítulo, que mudanças benéficas você vai fazer em seus hábitos alimentares?”. Um outro quadro ainda pergunta: “Você acredita que dietas “milagrosas” [...] sejam possíveis?”. Tais elementos deste livro estimulam intensamente a imersão na educação alimentar, cujo objetivo é o estímulo de hábitos alimentares saudáveis – especificado por vários autores, como Gomes e Fonseca (2013).

Na unidade B, capítulo quatro Circulação e excreção, há um quadro, indicando o coração e os alimentos bons para ele que, como os autores dizem, pode levar a mudar os hábitos alimentares. A construção do blog na página seguinte, também pede uma pesquisa em relação aos alimentos. As atividades incentivam a educação alimentar.

No capítulo sete Sistema endócrino da unidade C, há a apresentação de um texto em destaque, de autoria de Drauzio Varella, sobre diabetes, cujas causas são relacionadas aos hábitos alimentares “ocidentalizados” (palavra do autor) e falta de exercício físico. Outro quadro também fala da doença. Ambos podem caracterizar a educação alimentar, visto que uma das causas dessa doença remete ao estilo alimentar adotado. Outro incentivo a educação alimentar é encontrado mais adiante no livro (p. 250) onde tem um experimento que pede ao aluno a construção de uma dieta para determinadas pessoas, pensando no estilo de vida delas e nos nutrientes e alimentos, incentivando a educação alimentar.

Seguindo o roteiro de investigação, a última coleção analisada, adotada em sete escolas do campo de estudo, foi o Projeto Teláris. Nesta coleção, pode-se dizer que o material do 6º ano, não apresenta nenhum aspecto com relevância à educação alimentar.

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O livro do 7º ano não possui muitos conteúdos relacionados ao tema, exceto pela

unidade um, capítulo um Estudando a célula, em que no quadro Atividade em grupo, é proposta uma pesquisa. Aqui o olha se volta as alternativas delimitadas aos estudantes, uma delas é a análise de quais alimentos podem constituir uma alimentação equilibrada. Fato que potencialmente leva a discussão sobre o tema e pode ser frutífera para a educação alimentar.

Quanto ao livro didático do 8º ano desta coleção, o capítulo três A química dos

alimentos, pede que o aluno pense sobre como anda se alimentando, remetendo a discussão

para a educação alimentar. O mesmo acontece nas páginas seguintes, que retratam a importância dos nutrientes, assim como da alimentação equilibrada.

O capítulo cinco A alimentação equilibrada, traz perguntas sobre a alimentação e sobre a obesidade, fazendo o aluno refletir sobre isso e, remetendo a educação alimentar. Outros momentos também podem ser classificados como incentivadores da educação alimentar: no decorrer do capítulo, traz textos sobre os alimentos, alertando os estudantes em relação aos fast

foods e mostrando que a alimentação saudável é sempre a melhor opção.

É apresentado também um texto Produtos ricos em gordura e açúcares, que fala sobre

fast foods e os riscos à saúde. Além disso, o texto informa que não se devem comer esses

alimentos, assim como o álcool em um quadro destacado. O texto O controle do peso, fala sobre as práticas de atividades físicas e a dieta, mostrando que é preciso comer bem. Além disso, o autor sempre deixa claro que é preciso ir ao médico antes de tudo. Questões que incentivam a ações salutares em torno da educação alimentar.

As questões ao fim do capítulo estimulam a observação dos hábitos alimentares. Ainda tem-se momentos em que é sugerida a análise e avaliação dos constituintes alimentares, incentivando a divulgação dos resultados. Neste contexto, caracteriza-se a educação alimentar, pois é essencial “[...] na promoção de práticas alimentares saudáveis” (SANTOS, 2005, p. 683). O capítulo 14 O sistema endócrino, na unidade três A relação com o ambiente e a

coordenação do corpo, mostra uma questão sobre diabetes no fim do capítulo que leva o aluno

a pensar sobre o que está mudando no mundo que faz com que as crianças e adolescentes tenham a doença.

O livro didático para o 9º ano apresenta o tema alimentação em alguns momentos que serão mencionados a seguir. Na unidade um Química: a constituição da matéria, capítulo um

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questão da alimentação equilibrada, a partir da apresentação de um caso em que um menino

perdeu alguns quilogramas apenas mantendo “uma dieta mais saudável”.

O capítulo dois Átomos e elementos químicos, dessa mesma unidade, no quadro De olho

nos textos, pode-se inferir à educação alimentar, pois no texto Os aditivos químicos, tem-se a

informação de que os aditivos alimentares não provocam muitos danos a quem consome, no entanto, as questões ao fim do texto levam os alunos a refletir as consequências desses produtos. Considerando Oliveira (2015): “Apesar de a escola proporcionar uma refeição no intervalo do recreio, muitos alunos preferem optar pela compra de salgados fritos e alimentos industrializados como salgadinhos, refrigerantes, biscoitos doces e balas.” (p. 10), pode-se dizer que a atividade mencionada pode estimular a modificação da alimentação, a partir da compreensão de seus efeitos para o organismo.

A unidade quatro Física: calor, ondas e eletromagnetismo, é constituída de quatro capítulos, sendo que no capítulo 12 O calor, é apresentada uma introdução referenciando os

fast foods como alimentos ruins, chamando atenção às calorias dos mesmos, nutrientes,

obesidade e atividade física. Na imagem, há um lanche com batata frita e quantidade de calorias presente neles.

Quadro 2: Presença da educação alimentar nos livros didáticos

Livro Didático

Coleções

Investigar e Conhecer

Ciências Aprendendo com o cotidiano

Projeto Teláris

6º ano Ausente Ausente Presente Ausente 7º ano Ausente Presente Ausente Presente 8º ano Presente Presente Presente Presente 9º ano Ausente Ausente Ausente Presente

Fonte: dados da pesquisa.

No quadro 2, pode-se ver os resultados obtidos e a então caracterização da presença da educação alimentar nos diferentes livros didáticos integrantes das coleções: Investigar e Conhecer, Ciências, Aprendendo com o cotidiano e Projeto Teláris.

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Foi possível perceber que há vários assuntos que referenciam a educação alimentar nos

livros didáticos analisados, assim como todos apresentam o tema Alimentação saudável em 10

lições nas contracapas. Porém, muitos não incentivam a mesma realmente, pois, como visto no

decorrer da pesquisa, vários autores compartilham a ideia de que para a mudança da dieta rica em gordura para a dieta saudável, é preciso ter o estímulo a ação diferenciada de alguma forma.

Também foi observado que as imagens são bem orientadas, algumas com legendas que permitem a classificação como incentivadores da educação alimentar. Quanto aos conteúdos, percebe-se que muitos são os mesmos para as diferentes coleções, porém a forma como são apresentadas as discussões, estimulando ou não a ação do aluno, acaba diferenciando as classificações no que se diz respeito a educação alimentar no ensino de Ciências.

Conclusões

Com a análise dos livros didáticos, foi possível perceber que a educação alimentar e nutricional aparece em todas as coleções selecionadas como objetos de estudo dessa pesquisa. No entanto, vê-se que ela é foco, principalmente, em livros do 8º ano do Ensino Fundamental, apresentadas sucintamente em obras destinadas a outros anos do Ensino Fundamental.

É fundamental que a educação alimentar seja trabalhada no 8º ano, pois é nessa fase que os alunos devem sentir-se no controle, tomando suas próprias decisões e, assim, escolhendo o tipo de alimentação que quer seguir. Porém, se os incentivos aos hábitos alimentares começassem antes, já traria o aluno no sentido de saber a importância dos alimentos para o organismo e prevenção de doenças. Portanto, os livros didáticos de 6º a 9º deveriam trazer com vigor a educação alimentar como tema fundamental na disciplina de Ciências.

Por fim, cabe mencionar que, mesmo que os livros didáticos não tragam esse tema, ou o tragam de forma superficial, o professor tem um papel de destaque no processo de ensino e aprendizagem. Neste sentido, Greenwood e Fonseca (2016) constatam que o educador “faz o livro”. Assim, o professor é importante porta voz e mediador na exploração de conteúdos, como os de educação alimentar e nutricional, em suas aulas.

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