Mecânica dos
Fluidos I
Prof. D.Sc. Cláudio C. Pellegrini
Introdução e conceitos
fundamentais
Capítulo 1
Definição e objetivos da
Mecânica dos Fluidos
Ramos da Física
Física
Relativi-dade
Mecânica Quântica
Mecânica Clássica
Eletromag-netismo
Termo-dinâmica
Mecânica dos Fluidos
Mecânica dos Sólidos
Definição e objetivos
• MFL é a ciência que estuda forças e movimento em
fluidos
• Fluidos são líquidos ou gases
• Objetivo em engenharia: determinar a relação entre o
escoamento e as forças resultantes
( , , , )x y z t ( , , , )x y z t
Definição de fluido
Fases de uma substância
• Fluido: líquido ou gás, por enquanto
• Fases de uma substância
– Sólidos: ligações intermoleculares fortes – Gases: ligações muito fracas
– Líquidos: ligações fracas
• Sólidos: possuem forma predeterminada
• Líquidos: amoldam-se ao recipiente e apresentam interface com o ambiente
Fases de uma substância
• Sólidos: as moléculas são arranjadas num padrão que se repete. Pequenas distâncias e forças intermoleculares
fortes mantém a forma aproximadamente fixa
• Líquidos: moléculas movem-se umas em relação às outras mas o volume não varia muito devido às forças intermoleculares relativamente fortes, por isso eles amoldam-se ao recipiente
O que é um fluido?
• Substancias podem ser sólidas ou fluidas
• A distinção é a forma como elas reagem a esforços
cisalhantes:
– Sólidos de deformam
– Fluidos se deslocam, por menor que a força seja
• Sólidos: tensão proporcional à deformação
• Fluidos: tensão proporcional à taxa de deformação
Em fluidos, ( )
Em sólidos,
t t
O que é um fluido?
• Experimento: material é colocado entre placas
horizontais, uma móvel e uma fixa; a placa superior é deslocada por uma tensão tangencial
• Definição: a substância é um fluido se ela se desloca continuamente sob ação da tensão, por menor que seja a força que a originou
• O movimento de um fluido é chamado escoamento
Condição de não deslizamento
• Evidências experimentais: um fluido em contato com
um sólido ou outro fluido imiscível tem velocidade relativa zero na interface
• O atrito, a mobilidade e a pequena massa das
moléculas são os responsáveis
(int) 0
flu
id
o
Condição de não deslizamento
sup
Superfície sólida:
( , , 0) ( , , 0) ( , , 0)
sup sup
u x y u
v x y v
w x y w
sup
Superfície porosa:
( , , 0) ( , , 0) ( , , 0)
sup sup
transp
u x y u
v x y v
w x y w w
fluido
x z
y
f3 01’30” a 01’ 50” 03’45” a 04’40” 06’ 07” a 06’ 38”
1 1 2 1,sup
2 1 2 2,sup
3 1 2 3,sup
Coordenadas generalizadas: ( , , 0)
( , , 0)
( , , 0) transp
v x x v
v x x v
v x x v
(int) 0
r V
Ocorre em todo tipo de geometria
Ocorre também com a temperatura e outras propriedades
Visualização dos escoamentos
Seção 1.3
Visualização
• Trajetória: caminho percorrido por uma partícula fluida
• Linha de emissão: conjunto de posições das partículas que
passaram por um ponto fixo do escoamento
• Linha temporal: conjunto de
partículas adjacentes marcadas no mesmo instante
• Linha de corrente: linha tangente ao vetor velocidade
• Em regime permanente: Tr = LE =
Trajetórias
• Caminho percorrido por uma partícula fluida
• Mesmo conceito da Mecânica dos Sólidos
0 0 0 0 0 0 ( ) ( ) ( ) t
p p t p
t
p p p
t t
p p t p
x t x u dt
y t y v dt
z t z w dt
Tr Sp( )t x t y t z tp( ), ( ), ( )p p
x z y 0 p S
0 0, 0, 0
p xp yp zp
S
p
Linhas de emissão
• Conjunto de posições das partículas que passaram
por um ponto fixo do escoamento
• Podem ser geradas em grupo
0 0 0 0 0 0
Para partículas 1, passando pelo
mesmo ponto: ( ) ( ) ( ) i i i t
i i i
p p p
t t
i i i
p p t p
t
i i i
p p p
t
i N
x t x u dt
y t y v dt
z t z w dt
( ) ( ), ( ), ( ) , 1,
i i i i
p t x t y t z tp p p i N
S
1 2
1 1 1 1
LE( )t Sp( ),t Sp( ),t ,SNp ( )t 7( ) 7( ), ( ), ( )7 7
p t x t y t z tp p p
S
x z
Linhas temporais
• Conjunto de partículas adjacentes marcadas no
mesmo instante
• Geralmente são geradas em sequencia
0
0 0
0
Para partículas 1, distribuidas no espaço:
( )
( )
i
i t
i i i
p p p
t t
i i i
p p t p
i M
x t x u dt
y t y v dt
( ), ( ) , 1,
i i i
p x t y tp p i M
S
1 2
1 1 1 1
LT( )t Sp( ),t Sp( ),t ,SMp ( )t
1 2
2 2 2 2
LT( )t Sp( ),t Sp( ),t ,SMp ( )t
1 2 3 M 3 x z y 3 2 ( ) p t S 1 1 0 0
Linhas de corrente
• Linha tangente ao vetor velocidade a cada instante
• Logo, o escoamento não atravessa as LCs
• Tubos de corrente: superfícies formadas por LCs
originadas em uma curva fechada
• Por semelhança de triângulos:
dr dx dy dz
V u v w
Em 2D: dy v y yLC( )x
dx u
Em 3D: ( ) ( , )
etc.
V
dr dx r f x g y z
Comparação
• Em regime permanente Tr = LE = LC
• Mas em regime transiente...
(0, 5 0, 8 )
(1, 5 2, 5 sin(2 ) 0, 8 ) 0
x
t y
V i
Exemplo 4.4 Çengel
(0,5 0, 8 )x (1,5 0, 8 )y 0
V i j k
Trace as LC para o campo de velocidades dado
1, 5 0, 8 0, 5 0, 8
dy v y
dx u x
1, 5 0, 8 0, 5 0, 8
dy dx
y x
1 ln 1, 5 0, 8 ln 0, 5 0, 8
0, 8 0, 8
y x
C
2 ln 1,5 0, 8y ln 0,5 0, 8x C
1
3
ln (1, 5 0, 8 )y lnC (0, 5 0, 8 )x
3 1
(0, 5 0, 8 )
1, 5 0, 8y C x
3
1
1, 5 0, 8
(0, 5 0, 8 ) y
C x
1, 875
0, 4 0, 64 C y
x
O valor escolhido para define a LC
Exercício 4.36 Çengel
Trace as trajetórias para o campo de velocidades dado
2
4 (5 3) 3
p x y t
V i j k
0 0
( ) t
p p t p
x t x u dt
0 0
( ) t4 4 , certo ?
p p t
x t x xdt xt
O certo é up dxp /dt
4xp dxp /dt
4dt dxp /xp
0 0
4(t t ) ln(xp /xp )
/
p p
v dy dt
/ (5 3)
p p
dt dy y
0 0
5(t t ) ln[(5yp 3) / (5yp 3)]
2 3 3
0 0
3t dzp /dt zp zp t t
Tr ( ), ( ), ( ) .
Podemos tb criar um curva paramétrica
p x t y t z tp p p
S
0 0
0 0
4( ) ln( / )
5( ) ln((5 3) / (5 3))
p p
p p
t t x x
t t y y
0 0
0
ln((5 3)( / ) / (5 3)) 9
p p p p
y x x y
t t
3 3
0 0
p p
z z t t
3
0 0 0 3
0 0 0
ln((5 3) / (5 3 ))
9
p p p p p
P p
x y x y x
z z t t
0 0 0
Representação gráfica
• Campo é uma distribuição
contínua no espaço-tempo de uma determinada grandeza
• Campos escalares: temperatura,
pressão, massa específica (e derivados), concentração, etc.
• Campos vetoriais: velocidade,
aceleração, força, quantidade de movimento, etc.
• Campos tensoriais: tensão, taxa
de deformação, etc.
Representação gráfica
• Gráficos de perfil
– Mostra como uma grandeza
escalar varia em uma dimensão do espaço em um dado instante
• Gráficos vetoriais
– Mostra como uma grandeza vetorial varia em até duas
dimensões em um dado instante
• Gráficos de contorno
Exercícios recomendados
• Exercícios recomendados: 2.3 – 2.20 (Fox, 7ª edição)
• Exercícios recomendados: 4.35, 37, 38, 40, 42, 43,
44, 47 (Cengel, 3ª edição)
• Exercícios recomendados: 1.80 – 1.84 (White, 4ª
Classificação dos escoamentos
Seção 1.4
Classificação dos escoamentos
• Quanto à relevância do atrito
– Com atrito
– Sem atrito
• Quanto ao tipo de fronteira
– Interno
– Externo
• Quanto à variação de volume
– Compressíveis
– Incompressíveis
• Quanto ao regime
– Laminar
– Turbulento
Seção
Classificação dos escoamentos
• Quanto à dependência temporal
– Permanente
– Transiente
• Quanto à dependência espacial
– Escoamento 3D
– Escoamento 2D
– Escoamento 1D
• Quanto aos componentes do campo de velocidades
– 3-direcional
– 2-direcional
Escoamentos internos e externos
• Escoamento interno: limitado por fronteiras físicas
• Escoamento externo: ao redor de corpos
Quanto à variação de volume
• Escoamentos (in) compressíveis: (sem) com
variações significativas de massa por unidade de volume
• Líquidos podem ser considerados incompressíveis
com alto grau de precisão. Gases são sempre compressíveis
• Porém gases podem escoar incompressivelmente.
Depende do número de Mach. Detalhes
Quanto à dependência temporal
• Escoamento permanente:
• Escoamento transiente:
( , , ), , , , , , , , ,
Logo, 0
p
f x y z u v w p T c
t
Exemplos
•
Escoamentos transientes
– Partida e parada de bombas, ventiladores, turbinas, compressores, caldeiras, condensadores, trocadores de calor, etc.
– Atmosfera e oceano
– MCIs e outras máquinas alternativas
– Sistema cardiovascular e respiratório
•
Escoamentos permanentes
– Operação de bombas, ventiladores, etc.
– Atmosfera e oceano em certos (raros) casos
Quanto à dependência espacial
• Depende do número de dimensões espaciais das
quais o escoamento depende
• Escoamento 3-D:
• Escoamento 2-D:
• Escoamento 1-D:
• Variável uniforme:
( , , , ), , , , , , , , ,p
f x y z t u v w p T c
( , , ) 0
f x y t
z
( , ) 0
f x t
z y
( ) 0
f t
Escoamento 1-D
—
2-D
Quanto aos componentes de V
• Escoamento 3-direcional:
• Escoamento 2-direcional:
• Escoamento 1-direcional:
u v w
V i j k
Apenas velocidade
u v
V i j
u
V i
Não implica zu yu 0
Esta definição é minha, não está nos livros. Também
Unidades
Unidades
• Leitura recomendada: item 1-6 de Çengel e Cimbala
Modelagem e Solução de
Problemas
Modelagem
Solução de Problemas
• Leitura recomendada: itens 1-8 e 1-9 de Cimbala e
Çengel
Step 1: Problem statement Step 2: Schematic
Step 3: Assumptions and approximations Step 4: Physical laws
Step 5: Properties Step 6: Calculations
Step 7: Reasoning, verification, and discussion
Propriedades
Seção 1.7
Grandezas Físicas e Propriedades
• Grandezas físicas são definidas especificando duas
operações:
– Comparação: gA = gB ou gA gB
– Adição: gA + gB = gC
• Exemplos
– GF escalar: temperatura, pressão...
– GF vetorial: velocidade, força...
– Não são grandezas físicas: formato, cor, ...
• Propriedades: GFs que apresentam o mesmo valor
independente da história do sistema físico
– Ex.: pressão, temperatura, volume, massa, energia
– CEx:. fluxos (massa, energia, quant. movim.)
The Physical Basis of Dimensional Analysis, Ain A. Sonin
Propriedades
• Estado: conjunto E de propriedades de um
sistema, necessário e suficiente para descrever inequivocamente sua condição
• O estado é quase sempre um subconjunto
próprio do conjunto de propriedades de um sistema, i.e., E P mas E P
• Mudança de estado = processo
– Reversíveis ou irreversíveis
– Abertos ou fechados (ciclos)
– Propriedades são independentes do processo
• Propriedades podem ser intensivas ou
extensivas
Referenciais Euleriano e Lagrangeano
No referencial Euleriano ( , )t ( , , , )x y z t
V V x V
Na descrição Euleriana, as propriedades do
escoamento são descritas como função da posição e do tempo.
Na descrição Lagrangeana, partículas
individuais são acompanhadas em seu movimento ao longo do tempo.
0 0
0 0
No referencial Lagrangeano
( , ) e ( , )
em que ( )
p p p p p p
p p
t t
t
S S S V V S
S S
Aqui olhamos para o ponto no espaço
Aqui olhamos para a partícula
Sólidos
Fluidos
Campo de Aceleração
A aceleração de uma partícula é
/
p p
a dV dt
Pela Regra da Cadeia,
p p p
p p p
dx dy dz
d dt
dt t dt x dt y dt z dt
V V V V V
a
Como a posição independe do referencial,
, , e
p p p
x x y y z z
u v w
t x y z
V V V V
a
Mas as props. da partícula coincidem localmente e em todo instante com as do campo, logo a dV/dt
local advec
Campo de Aceleração
d
u v w
dt t x y z
V V V V V
a
0
t V
No referencial Euleriano o escoamento é permanente No referencial Lagrangeano
(partículas) o escoamento é acelerado
0
p p
Operador Derivada Material
d
u v w
dt t x y z
V V V V V
Mas, no formalismo dos operadores,
u v w u v w
x y z x y z
V V V
V
( , , ) , ,
u v w u v w
x y z x y z V
( )
d D
dt Dt t
V V V
V V
Posteriormente este termo ganhará significado físico
Propriedades mais relevantes
1 ref dm v d g d Corolário: ref dW d d v dm d 3 3 3 kg m N m m kg 1 v d Cinemáticas: ( , , , ) ( , , , ) ( , , , ) ( , , , ) ( , , , ) x( , , , ) y( , , , ) z( , , , )x y z t u x y z t v x y z t w x y z t
x y z t a x y z t a x y z t a x y z t
V i j k
a i j k ( , , )
( , , )
( , , )
( , , )
x y z
r z
z u v w
v v v v v v v v v V V V V x z y Termodinâmicas: , ,
, , , ,p v
T p
u h s c c
Transporte: , ,k DAB
Eq. generalizada de estado:
( , , , , , , , , , ,p T u h s c c kp v DAB,...) 0
4 4 3 4 9
No referencial Euleriano as propriedades são
: , : ou :
E
Massa específica
3 0
3
( , ) 1.000 kg m ,
( , ) 1,225 kg m
ag atm
ar atm atm
P T
P T
1,7
o o
1.000 0, 0178 4
em C, 0 100 C
ag T
T T
/
287 J/kg.K
ar g
ar
P R T
R
o o
0
Em que,
101.325 Pa,
4 C, 15 C
atm
atm
P
Hipótese do contínuo
Meios Reais e Contínuos
• Os materiais são compostos de moléculas separadas
por espaço vazio
• Isso cria um problema matemático com a visão
Euleriana e ao se calcular derivadas e integrais
• Supõe-se, então, o meio como sendo contínuo:
– A matéria formando o meio preenche toda a região
Propriedades em meios reais
L
0
Como calcular
lim ?
V
dm m
dV V
m V
Hipótese do Contínuo
• HC: todas as propriedades
apresentam distribuição contínua por partes no espaço
• Pode haver saltos e
descontinuidades, porém localizados e em número finito
• Redefine-se então:
0
0
lim lim
L L
L L
m V F p
A
m V
L0 L
Vapor
Água
z
1
Continuidade: lembrando
Dizemos que a funçao é contínua em , , se e somente se as
condições a seguir forem satisfeitas:
(i) ( ) existe (ii) lim ( ) existe (iii) lim ( ) ( )
A condição (ii) implica, evidentement
x a x a
f x a a
f a f x
f x f a
e, que lim ( ) lim ( )
x a x a
f x L f x
Se as funções e são contínuas em , , são também contínuas as funções compostas ( ), ( ), ( ), ( / ), se ( ) 0
f g x a a
f g f g f g f g g a
Uma função será contínua no intervalo real fechado [ , ] se ela for contínua
em todos os pontos do intervalo aberto ( , ), contínua à direita em e à esquerda em .
a b
a b a
b
Continuidade à esquerda:
(i) ( ) existe (ii) lim ( ) existe (iii) lim ( ) ( )
x b x b
f b f x
f x f b Continuidade à direita:
(i) ( ) existe (ii) lim ( ) existe (iii) lim ( ) ( )
x a x a
f a f x
f x f a
Uma função será contínua por partes em um intervalo se ela for contínua em
Continuidade: lembrando
Funções contínua por partes.
Funções descontínuas
em x c
Função contínua
Limites de validade, gases
• Ar atmosférico a 15 C e 1 atm
– Existem 3x1016 moléculas por mm3
– Livre caminho médio: l = 8x10-8 m
– Distância média entre moléculas: d = 3x10-9 m, ou seja, l = 25d
• Em um cubo de aresta l, existem 15.000 moléculas
• Teoria cinética: flutuações em da ordem de 0,8%
• Em um cubo de aresta 0,1l, existem 15 moléculas
• Flutuações em da ordem de 25%
l
m V
Limites de validade, gases
• Logo, l pode ser usado para estabelecer o limite de
validade da HC
• A métrica para avaliar a validade da HC em gases é
o número de Knudsen: Kn = l/L
• Redefine-se, então
lim , etc
L l m V
l
A 100 km de altitude, l = 10 cm
Limites de validade
• Para os líquidos a análise anterior não é válida mas
o limite de validade é ainda menor do que para os gases
• Em geral, trata-se de identificar o volume elementar
representativo (REV) de cada material, um volume que representa um composto estatisticamente, i.e., que inclui uma amostra de toda a sua
Compressibilidade
Compressibilidade isotérmica
Sistema compressível simples:
( , )
p f v T
Logo:
p p
dp dv dT
v T
v
T v
T
p
E E Av v
v
( ) ( )
dp A dv B dT
Coef. de compressibilidade isotérmica
Coef. de compressibilidade isocórica
Inverso da variação percentual (positiva) do volume com a pressão em
processos isotérmicos Coeficiente (%) de
Compressibilidade isotérmica
2
1 Mas
HC
dv dv d dv
d
v v v v
v
T T
p p
E v
v Inverso da variação % da
massa esp. com a pressão em processos isotérmicos
v
T T
p p
E v
v
v
T
p
E v
Alguns Valores
( g )
v g
T T
R T p
E R T p
Material (MPa)
Sólidos Rocha 105
Líquidos
Água 2,24.103
Água do mar 2,42.103
Glicerina 4,59.103
Mercúrio 28,5.103
Óleo lubrificante 1,44.103
Gases Ar atmosférico 1,01.10
-1
Outros à Patm 1,01.10-1
Para um gás ideal isotérmico, p R Tg
v E
Mater
ial
in
co
m
pr
ess
ív
Fluidos e escoamentos compressíveis
• Definição: fluido incompressível tem Ev > 103
• Definição: escoamento incompressível tem d 0
• No escoamento incompressível:
grande
ou seja 0
0 v
v
T
E p
E d
dp
Mas, por conservação da energia, dp 0 dV 0, logo
Fluido incompr. Esc. incomp.
Fluidos e escoamentos compressíveis
• A condição dV 0 V cte. Ocorre em baixas
velocidades ou na ausência de obstáculos, logo
• Escoamento incompressível é
– Fluido incompressível e/ou
– Baixas velocidades
• “Baixa velocidade”?
Seja / . Pode-se mostrar (MFL-2) que
1, 02 , para 0, 3 (erro aceitável)
comp incomp
M V c
Forças e Tensões
Seção 1.10
Forças
• Forças de corpo: agem sobre a totalidade do corpo,
independente de contato (atração gravitacional, elétrica, magnética, ...)
• Forças de superfície: agem sobre a superfície do
Tensões
• Forças de superfície podem ser divididas em
componentes normal e tangencial
• Define-se então:
• Investiguemos melhor esse conceito
0
0 lim
lim
t t
t
L L
n n
n
L L
dF F
dA A
dF F
Área
• Sabemos que a força é um vetor
• Se quisermos orientar espacialmente a área, ela
precisa assumir caráter vetorial também
• Dada uma área A, definimos A como o vetor com
modulo igual a A e direção perpendicular à área
(plana):
(A A Ax, y, z)
A
x z
y
A • Vamos mostrar que Ax, Ay e Az
são as projeções da área A
Área
x z
Ay
Az Ax
y
A
Sejam , e os ângulos diretores e seja
( x, y, z). Para o vetor, cos z
a b c
A A A c A
A A
Como 90º, para a área,
cos sin Projz
c b
c b
A A
x z
Projz
c
b
b A |A|
Az
Tensores
Então, a área é um vetor. Qual seria o significado de ?
d d
T F A
Há uma definição geral para divisão de vetores?
Sejam ( , , ) e ( , , )
Calcular significa obter tal que
x y z x y z
B B B C C C
B C
B
D D
C
B D C
Pode-se pensar em definir um novo operador matemático ou uma nova
entidade matemática para validar .
A escolha precisa ter consistência matemática e sentido físico.
D B D C
However, with complex vectors, vector division can be uniquely defined using the usual rules of complex division. (http://mathworld.wolfram.com/VectorDivision.html)
Sabe-se que com tem-se e .
Logo, a divisão usando só estaria definida para e perpendiculares
B D C B C B D
Tensores
1 11 12 13 1
2 21 22 23 2
3 31 32 33 3
Mas tem solução (não única) se for uma matriz e
for a multiplicação tradicional de matrizes por vetores coluna
B D D D C
B D D D C
B D D D C
B D C D
11 12 13
21 22 23
31 32 33
Qual o sentido disso com ?
x x y y z z dF dA dF dA dF dA
dF = TdA
Temos que / ou / , com , variando em ( , , ), pois
Homogeneidade dimensional
/ nos restringe a tensões normais Escolha da ordenação: ( , , ) (1,2, 3)
ij i j j i
i i
dF dA dF dA i j x y z
dF dA
x y z
11 1 12 2 13 3 1
21 1 22 2 23 3 2
31 1 32 2 33 3 3
sistema indeterminado 3 x 9
Tensores
/ ou /
Logo, ou
ij i j ij j i
x x x x y z
x y z x x x
y y y x y z
x y z y y y
z z z x y z
x y z z z
dF dA dF dA
dF dF dF dF dF dF
dA dA dA dA dA dA
dF dF dF dF dF dF
dA dA dA dA dA dA
dF dF dF dF dF dF
dA dA dA dA dA dA
T
z
Mas /
x x x
x y z
x x
y y y
ij i j y y
x y z
z z
z z z
x y z
dF dF dF
dA dA dA
dF dA
dF dF dF
dF dA dF dA
dA dA dA
dF dA
dF dF dF
dA dA dA
1 3
implica 3
Possibilidade rejeitada
x x x
x x y z x
x y z
dF dF dF
dF dA dA dA dF
Tensores
Se /
implica OK
y
x z
x x x
x x
y
x z
ij j i y y
y y y
z z
y
x z
z z z
y
x z
x x y z x
x x x
dF
dF dF
dA dA dA
dF dA
dF
dF dF
dF dA dF dA
dA dA dA
dF dA
dF
dF dF
dA dA dA
dF
dF dF
dF dA dA dA dF
dA dA dA
Tensores - propriedades
/
y
x z
x x x
xx xy xz xx xy xz
y
x z
ij j i yx yy yz yx yy yz
y y y
zx zy zz zx zy zz
y
x z
z z z
dF
dF dF
dA dA dA dF
dF dF
dF dA e T
dA dA dA dF
dF dF
dA dA dA
As tensões (diagonal principal) são normais e as são tangenciaisii ij
1
Redefine-se pressão:
3 xx yy zz
p
Para fluidos em repouso 0 Mostraremos posteriormente que
ij
xx yy zz p
Equilibrando momentos pode-se mostrar que é simétrico em fluidos, i.e.,
, ,
xy yx xz zx yz zy
Convenção de sinais
• Plano positivo: normal
externa no sentido positivo e v.v.
• Tensão positiva: se o plano e o sentido da força são ambos
positivos ou negativos
• Tensão negativa: caso contrário:
x z
y
nx nz
Uma outra interpretação
0
1
2
Escalares: um componente 3 Vetores: tres componentes 3 Tensores: nove componentes 3
Generalizando:
Tensor de ordem zero = escalar, sem direção
Tensor de ordem um = vetor, uma direção Tensor de ordem dois = diade, duas direções Tensor de ordem três = triade, três direções
Tensor de ordem , n-iade, direçõesn n
Produto escalar-vetor: altera a magnitude do vetor, não a direção Produto vetor-vetor: altera a magnitude do vetor, e a direção a 90º
Produto tensor-vetor: altera a magnitude e a direção do vetor (dF = TdA)
Tensão superficial e capilaridade
Tensão superficial
• Denomina-se interface à região que
separa dois líquidos imiscíveis ou um líquido de um gás
• Admite-se que a interface é uma descontinuidade: não possui
espessura, massa, energia e momento linear.
• Uma força interfacial aparece devido à atração diferenciada sobre as
moléculas do líquido na interface,
criando uma “película”
• A tensão superficial é a força por
unidade de comprimento para manter a interface unida (ou a energia por
unidade de área)
Surface tension1
tg dF Y
Tensão superficial
Sendo Y dFtg e supondo constante, Y F 2bY dl
Supondo F constante ao longo do estiramento,
o trabalho de estiramento é 2 . Daí a interpretação de energia por unidade de área.
W F x bY x Y A
A energia é usada para realocar as moléculas, trazendo-as do
interior para a superfície à medida que ela aumenta
A tensão superficial é uma propriedade binária, ou seja, depende dos dois fluidos
em contato
Efeito capilar
• Além das forças coesivas responsáveis pela tensão
superficial, existem forças adesivas:
– Forças coesivas: entre moléculas do mesmo fluido
– Forças adesivas: entre moléculas de fluidos diferentes
• A diferença entre forças coesivas e adesivas origina
um deslocamento do fluido no contato líquido-gás-sólido
– Se < 90º, diz-se o líquido “molha” o sólido.
– Se > 90º, ele não molha
2
Igualando peso e componente vertical da força
de tensão superficial:
( ) 2 cos
g R h RY
2 cosY h
gR
tg
dF Y
Ângulo de contato
• Com líquido, sólido e gás em contato, as diferentes forças
adesivas criam um ângulo de contato, , para equilibrar as forças
• Tudo isso só se manifesta em pequenas escalas de
comprimento!
Viscosidade
Atrito Fluido
Fx
A experiência mostra que a tensão cisalhante
é proporcional à taxa de deformação do fluido:
( )
Em sólidos,
yx yx
d dt G
s+ds
s
ds = du.dt
d Para quaisquer camadas de fluido distantes ,
dy ds du dt
d
dy dy
dy
Logo, d du
dt dy
yx
Atrito Fluido
x
y
dF du
dA dy
Fx
Ay
Área molhada
Velocidade paralela à força
Direção perpendicular à força
Viscosidade dinâmica
Logo, representa a capacidade do fluido de resistir a esforços tangenciais
yx
Alguns Valores
2 2
N.s/m Pa.s kg/m.s
m /s
Água e Ar
2
0
3 0
273 273
ln 1, 704 5, 306 7, 003 ,
1, 788.10 kg/m.s, 273 373 K
T T
T
0,7 3/2
0
0 0 0 0
5
0 0
ou ,
1, 71.10 kg/m.s, 273 K, 110, 4 K
T S
T T
T T T S
Líquidos
0 ( ), 0 0 20 C,
precisão de 6% em 0 100 C
T T
T
0
0
ln exp C T 1 ,
Gases
–
Lei de potência
0 0
, n
T T
Gases
–
Fórmula de Sutherland
3/2
0 0
0
( / )T T (T S)
Viscosidade
• Viscosidade é uma medida de resistência à
deforma-ção do fluido
• Depende fortemente da temperatura e fracamente da
pressão para líquidos e gases rarefeitos
• Para o ar por exemplo, se P1 = 1 atm e P2 = 50 atm, 2
= 1,11
• Nos líquidos está relacionada com as forças coesivas
entre as moléculas, nos gases com o seu movimento aleatório
x
y
dF du
Fluidos Newtonianos
• Observa-se que só vale para certos tipos de fluidos, denominados Newtonianos
• Newtonianos : água (líquida e vapor), gasolina,
álcool, óleo mineral, ar atmosférico, GN, GLP
• Não Newtonianos : petróleo bruto, lama de
perfuração, sangue, a maioria dos cosméticos e dos alimentos líquidos
( / )
Fluidos não Newtonianos
• Plásticos de Bingham: (pseudo-fluido)
• Exs.: lama de perfuração, suspensão de argila,
dentifrício
• Dilatantes:
• Exs.: suspensão de areia e de amido
• Pseudo-plasticos:
• Exs.: suspensão de polímeros, coloidais e pasta de
papel
• A viscosidade aparente, , pode depender do
tempo também
( / ) ,n 1
yx k du dy n
0 ( / )
yx du dy
( / ) ,n 1
yx k du dy n
1
( / )n
k du dy
Exemplo 1.8
Aplicação direta
Óleo SAE 30 a 20 ºC entre superfícies sólidas planas, V =
3 m/s, h = 2 cm.
Calcule a tensão de atrito 1
h : fluido newtoniano
du dy
2
h : perfil linear de velocidades
( ) (0)
0
u h u
u V
y h h
( )
y f x
y
x
x y
tan y/ x
Da tab. 1.4, 0,29 kg/(m.s) 0,29 3
0, 02
V h
43 Pa
Perfil linear de velocidades
(0) 0
( )
u a by
u
u h V
0 a b 0
V a b h
0
/
a
b V h
y u V h du V dy h 0 '( ) lim
x
y f x
Problema 2.28 Fox (ampliado)
Escoamento em canal
Água a 15 ºC, umax = 0,05 m/s, h = 5 mm, área de 0,3 m2.
Perfil quadrático de velocs.
Obtenha as ctes. no perfil de velocidades. Calcule a força de atrito sobre as superfícies
do canal
0
1
2
3
h : condição de não deslizamento
h : simetria do perfil h : ( )
h : fluido newtoniano yx f A
y
x h
2
u a by cy
0 0
1 max
: ( /2) 0
: ( /2) 0
: (0)
h u h
h u h
h u u
2 max 2 4 1 y u u h 2 max 2 1 u y u h 2 2 2 max
0 /2 /4
0 /2 /4
0 0
a bh ch
a bh ch
u a b c
max a u 2 max 2 max Somando:
0 2 2 /4
4 /
u ch
c u h
Subtraindo: 0 0 bh b 2 max max 2
4y
u u u
Problema 2.28 Fox (ampliado)
y
x h
2 max
u u a by
2 max
2 max
1
0 1 /4
4 /
a
u bh
b u h
2 max 2 2 max 4 1 2 1 y u u h u y u h
Escoamento em canal
Água a 15 ºC, umax = 0,05 m/s, h = 5 mm, área de 0,3 m2.
Perfil quadrático de velocs.
Obtenha as ctes. no perfil de velocidades. Calcule a força de atrito sobre as superfícies
do canal 0
0
1 max
: ( /2) 0
: ( /2) 0
: (0)
h u h
h u h
h u u
2 max 2 max max max 0 /4 0 /4 0
u a bh
u a bh
u u a
2 max max 2
4y
u u u
h
0
1
2
3
h : condição de não deslizamento
h : simetria do perfil h : ( )
h : fluido newtoniano yx f A
Problema 2.28 Fox
2 max 2 1 u y u h 3 h yx du dy du F A dy 2 3h : ( )
h : fluido newtoniano
yx f A 2 x yx y h yx yx dF dA
F dA A
max 2
8u y
F A h y x h max max sup 2 max max inf 2
8 ( / 2) 4
8 ( / 2) 4
u h u A
F A
h h
u h u A
F A
h h
3
1,14 10 kg/(m.s)
3 sup
inf
4 1,14 10 0, 05 ( 0, 3)
0, 0137 N 0, 005
0, 0137 N
F F n sup F inf F
Forças exercidas pelo fluido (p/ direita)
A < 0
A > 0
n
Escoamento em canal
Água a 15 ºC, umax = 0,05 m/s, h = 5 mm, área de 0,3 m2.
Obtenhas as ctes. no perfil de velocidades. Calcule a
Problema 2.33 Fox
Aplicação de tinta
Fmax = 33,36 N, b = 0,3048 mm, w = 25,4
mm, L = 19,05 mm, = 1,005 N.s/m2.
Calcule a veloc. máxima de tração 2 h yx du du F A dy dy 1 2 3 4
h : ( )
h : fluido newtoniano h : perfil linear de veloc. h : cond. n-deslizamento
yx f A
1 h yx yx yx dF dA
F dA A
3 h sup
sup sup
du u
F A A
dy y max 2 wLV F F b max max 2 F b V wL 4 max 3 max
33, 36 3, 048 10
2 1,005 0, 0254 19, 05 10
10, 45 m/s
V V b max F L b 4 h sup 0 ( ) V AV F A
b t t b y
x
sup
n
sup inf
F F F
inf
0
0 ( )
V AV
F A
b b
inf
n
A < 0 A > 0
Problema 2.38 Fox
Viscosímetro
Cilindro interno a 250 rpm, folga preenchida com óleo de rícino a 32 C. R = 3.81 cm, a =
0,0254 mm, h = 152,4 mm.
Calcule o torque T necessário
O torque aplicado ao cilindro interno equilibra o torque de atrito:
0
cil
at A
T r dF
1 h
0
A
T R dA
2 h
0
T R A
3 h
2
2
dv dv
T RA R h
dr dr
4 h
2
2 v
T R h
r 5 h 2 0 2 ( ) R
T R h
R R a
3
2 R h T
a
1 2
Gráfico da fig. A.2:
3, 8 10 N.s/m
3
2 0, 0381 0,1524 0, 38 26,18 0, 0000254
T
250 rpm 250(2 /60) 1/s 26,18 Htz
20, 74 N.m
T 1 2 3 4 5
h : da area molhada cte. h : ( ) - bordas h : fluido newtoniano h : perfil linear de veloc. h : cond. n-deslizamento
Problema 2.46 Fox
Viscosímetro de cone.
Calcule o torque
O torque no cone deve
equilibrar o torque de atrito, logo
at
T r dF
2 3
h h
( / ) ( / )
at
dF dA v z dA v z dA
4 h
( 0)/ ( )
at
dF r h r dA
( / tan ) /tan
at
dF r r dA dA
/tan
tan
T r dA rdA
(2 ) cos tan
T r r dr
2 0
2 sin
R
T r dr
3 2 3 sin R T dr R r dr z h 2 3 4
h : fluido newtoniano h : perfil linear de veloc. h : cond. n-deslizamento
2 / cos
dA rdr
2 rdr
Problema 2.44 Fox (Ampliadão)
Blocos acelerando. Cabo inextensível, polia sem atrito, ar
sem resistência.
Calcule V(t) e a(t)
1
2
3
4
h : ( )
h : fluido newtoniano h : perfil linear de veloc. h : cond. n-deslizamento
yx f A
1 2
3 4
h h
h h
at yx yx b b
b b
du
F dA A A
dy u V A A y h para /
F ma m
gm T m dV dt
para /
at
F ma M
T F M dV dt
Eliminando :
( ) /
at
T
gm F M m dV dt
( )
b
AV dV
gm M m
h dt ( ) / b M m dV dt
gm AV h
, ;
( )
b A
dV gm
dt A B
A BV M m h M m
0 0
1
ln A BV V t t
B
1
ln A BV t
B A
eBt
A BV
A
0 0
V dV t
dt
Problema 2.44 Fox
( ) 1 exp
( )
b
b
A hmg
V t t
A h M m
( ) exp
( ) ( )
b A mg
a t t
M m h M m
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 20 40 60 80 100 120 Veloc. (m/s) Acel. (m/s2)
m 10 kg
M 20 kg
h 0,001 m A 0,01 m2
Visc. 0,25 Pa.s
Blocos acelerando. Cabo inextensível, polia sem atrito, ar
sem resistência.
Calcule V(t) e a(t)
eBt 1
A V B ; ( ) b A gm A B
M m h M m
( )
dV dV
dt A BV a t
A BV dt
eBt
A BV
Problema 2.44 Fox
0 0
S t
S dS Vdt
0 0 0 e e 1 t Bt t Bt A A
S S dt t
B B B
; ( ) b A gm A B
M m h M m
Blocos acelerando. Cabo inextensível, polia sem atrito, ar
sem resistência.
Calcule V(t) e a(t) 0
eBt 1
A
S S t
B B
0
( )exp 1
( )
( )
b
b
A
h M m t
h M m gmh
S t S t
A A 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Análise Matemática
0
0 (0) e 1 0
A
V V
B
0 (0) 0
m
a a A BV A g
M m
0
e 1
( )
( ) e 1 ;
( )
Bt
Bt A
S t S t
B B
A V t
B
a t A BV
com e
( )
b A gm
A B
M m h M m
lim e 1
t
A A hmg
V V
B B A
lim 0
t
a a A BV
0
0 0
e 1
(0) A 0
S S S
B B 0 0 e 1 lim 1 t A
S S S t
B B
S V t
B
Análise Matemática
0 n-visc
0
0
lim e 1
0 0 A V V ( ) n-visc 0
Pela regra de L'Hopital
(e 1)/ lim / B t Ad d V dB d n-visc 0
V a t
eBt 1
A V B ( ) n-visc 0
lim e 1
( ) B t A V B n-visc 0
Pela regra da cadeia
(e 1) 1
lim
/
Bt
d dB
V A
dB d dB d
0 n-visc
0
lim eBt e
V At At At
; ( ) b A gm A B
M m h M m
n-visc
Conclusão
• Calcular os esforços gerados pelo escoamento
significa conhecer o campo de velocidades A
dF du du
F dA
Exercícios recomendados
Camada Limite
Seção 1.13
Camada Limite Dinâmica
x
z
U
d
CLD
Esc. livre ou
potencial U
U
Camada Limite Dinâmica
• Região do escoamento em que os efeitos do atrito
viscoso não podem ser desprezados
• Região em que o gradiente (a variação) de velocidade
perpendicular à superfície não pode ser desprezado
• Região dinamicamente afetada pela superfície
• Região 0 z (x), em que u(x,) = 0,995 U(x)
• Na ausência de gradiente longitudinal de pressão
(dp/dx = 0), tem-se d/dx 0
Camada Limite Térmica
• Região do escoamento em que os efeitos da TRC não podem ser desprezados
• Região em que o gradiente de temperaturas perpendicular à superfície não pode ser desprezado
• Região termicamente afetada pela superfície, com 0 z t(x), em que T(x,t ) = 0,995 T(x)
• Na ausência de gradiente longitudinal de pressão (dp/dx = 0) tem-se dt /dx 0
0
q k dT dz
x
z
U, T T
t
CLT
Separação da Camada Limite
• Sobre um cilindro a baixas
velocidades:
– VP = 0, logo PP é máxima
– VQ é máxima, logo PQ é mínima
– Com pouco atrito, tudo é aprox. simétrico em torno do eixo vertical
– Assim, PR > PQ mas, por inércia o
escoamento segue
• Aumentando a velocidade:
– VP = 0, VQ é máxima
– Com muito atrito, a inércia é insuficiente para manter o
escoamento e a simetria se quebra
– Recirculação e separação
Camadas Limites
• A CL aparece em todo tipo de
escoamento, desde que haja rápida variação na propriedade envolvida (velocidade, temperatura, umidade, concentração, etc.)
– Escoamentos internos e externos
– Corpos rombudos ou carenados
– Superfícies estacionárias ou em movimento
• A CL é uma região muito fina
Regimes Laminar e Turbulento
Seção 1.14
Primeiras Observações
• Por volta de 1880 um dos principais
problemas práticos da MFL permanecia em aberto
• Em um escoamento com baixa
velocidade, a perda de energia por atrito é proporcional à velocidade
• Quando a velocidade é aumentada, a
Osborne Reynolds (1842-1912)
• Reynolds observou diferenças de
comportamento no escoamento à medida que a velocidade variava
• Observou que a viscosidade e
outras propriedades do fluido também interferiam
• Em um famoso experimento,
Reynolds (1883) mostrou que haviam dois regimes de
escoamento: o laminar e o turbulento
Primeiras Observações
• Reynolds observou que a mudança de regime estava associada a pequenas instabilidades externamente impostas ao
escoamento, que se amplificavam até dominá-lo
• Em seu experimento, estas instabilidades estavam associadas às irregularidades do material e ao formato da entrada do tubo
• O escoamento poderia ser mantido laminar até altas velocidades se as instabilidades fossem minimizadas
• Em geral: instabilidades associadas a geometria, vibrações, ruído, irregularidades superficiais, máquinas usadas para impulsionar o fluido, estado inicial do fluido, etc.
Número de Reynolds
Neste experimento, 2000 < Re < 4000
Vamos supor que a turbulência possa ser quantificada
por um número adimensional exprimindo a relação entre as forças totais em e as forças viscosas em :
/
Re z , ( )
zr z
z r
m dv dt
f A A z r 2 /
Re z , pois rz zr rz
m dv dt
R
/ Re
/ 2
z z z
z
Lv v L v D
O O
v R
Re v Dz
Ftot Fvisc
, RC
z z z z z
dv v dt v dr v d v dz
dt t dt r dt dt z dt
z z z z z
r z
dv v v v v v
v v
dt t r r z
2
Em ordem de grandeza, ( / )
Re z z , pois z r e rz
m v v z
O v v v
R
Por unidade de volume, com ( , , ) /
Re
/ z z
z
f x y z
L v v z
O v r 2 / Re / z z z
m v v z
O