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A UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES AUFERIDAS DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS, DOCUMENTADAS POR VEÍCULO AÉREO NÃO TRIPULADO (VANT), PARA FUTURA ANÁLISE E AUXILIO NA AGRICULTURA DE PRECISÃO

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Academic year: 2019

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NÃO TRIPULADO (VANT), PARA FUTURA ANÁLISE E AUXILIO NA

AGRICULTURA DE PRECISÃO

MAURINA, Anderson1 MANCUZO JR., Roberto2

RESUMO

A busca por novas técnicas e tecnologias que alavanquem a produtividade agrícola é cada vez mais constante. Os equipamentos de lavoura se modernizaram e trabalham em conjunto com informações e bancos de dados acondicionados em satélites e na internet. Com base nesses recursos, este trabalho tem o objetivo de documentar e refletir o uso da imagem fotográfica, capturada por Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), como ferramenta auxiliadora para a agricultura de precisão. Vôos realizados em áreas específicas permitem a captura de uma série de imagens, que depois são analisadas para verificar possíveis falhas de solo e de plantio ou oportunidades para otimização de uso das áreas agriculturáveis.

PALAVRAS-CHAVE: Agricultura de Precisão, Fotografia Documental, Tecnologia.

1 INTRODUÇÃO

A tecnologia de precisão tem impulsionado a revolução agrícola nos últimos anos e o monitoramento de culturas a partir de imagens aéreas tem sido um método utilizado pelos agricultores para melhores planejamento e acompanhamento da produtividade.

Este trabalho tem como objeto de estudo os Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants), equipados com câmeras cada vez mais potentes e com sensores de alta resolução com os quais é possível capturar imagens de alta precisão do terreno, cobrindo centenas de hectares em um único vôo, sem o custo e incômodo de serviços com tripulação, além de obter cenas mais nítidas do que as fornecidas por satélites.

1 Pós-graduando do curso de Especialização Lato Sensu em Fotografia, do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Sul Brasil – Fasul.

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Para além da análise, o artigo em questão ainda apresenta os resultados do uso de um Vant,

também conhecido popularmente como drone, para obtenção de dados e coordenadas de áreas agrícolas que apresentem falhas visíveis na região de Toledo, região Oeste do estado do Paraná.

Espera-se, assim, contribuir com o desenvolvimento da agricultura regional oferecendo ao setor

as contribuições da linguagem fotográfica intencionalmente aplicada nas fotografias

documentais. São imagens produzidas com intenções específicas, em especial, levando-se em

conta as necessidades prementes dos produtores rurais que buscam maior produtividade e

menos custo.

2 DESENVOLVIMENTO 2.1.1 Fotografia

Fotografia é literalmente a forma de escrita com a luz e até o próprio nome é

autoexplicativo: foto (luz) + grafia (escrita). (Hauaiss, 2008). Mas para se chegar a este artefato, o processo fotográfico foi precedido por pequenas descobertas que, juntas, evoluíram para o

documento máximo que tem relevância social tanto na construção da identidade de pessoas e

empresas, quanto nos registros de momentos importantes que merecem ser congelados no

tempo e resistem como memória.

A fotografia como um registro do tempo possui diversas funções e, dentre elas, uma das mais importantes: o fato de ser uma fonte histórica, na verdade, tanto para o historiador da fotografia, como para os demais historiadores, cientistas sociais e outros estudiosos. (KOSSOY, 2001, p.47).

A informação e os acontecimentos cotidianos modernos realizam-se com ajuda visual

proporcionada pelas imagens em geral, mas especialmente pela fotografia porque recai sobre

ela um estatuto de credibilidade e afirmação. “O caráter mágico das imagens é essencial para a

compreensão das suas mensagens. Imagens são códigos que traduzem eventos em situações,

processos em cenas.” (FLUSSER, 1985, p. 7).

De certa maneira, opera-se assim com a imaginação e, de acordo com Flusser (1985),

na busca por tornar e compreender o mundo a partir das imagens criadas tecnicamente, com

mensagens próprias, significados, intencionalidades e remetentes. Segundo o autor (1985),

vivencia-se o tempo todo um conjunto infinito de cenas, que leva a compreensões, decisões,

mas também alienações.

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para orientá-lo no mundo. Imaginação torna-se alucinação e o homem passa a ser incapaz de decifrar imagens, de reconstituir as dimensões abstraídas. (FLUSSER, 1985, p.92)

Este aspecto, porém, é uma das possibilidades da imagem fotográfica e neste trabalho

ele é descartado porque se trata aqui de compreender e debater não o caráter manipulatório da

fotografia, mas sua capacidade documental, em especial aquela aplicada à ciência em nome do

desenvolvimento econômico e social.

2.1.2 Fotografia Documental

A palavra documental deriva de documento, é não uma tarefa fácil de conceituar tal

substantivo. Para Houaiss (2008, p. 260) é uma declaração escrita, oficialmente reconhecida,

que serve de prova de um acontecimento, fato ou estado, ou qualquer objeto que comprove,

elucide, prove ou registre um fato, acontecimento. Phillips (1974, p. 187) expõe sua visão ao

considerar que documentos são quaisquer materiais escritos que possam ser usados como fonte

de informação sobre o comportamento humano.

As definições acima mostram com clareza a representação do documento como material

escrito. Porém este conceito de documento foi profundamente modificado devido à evolução

da história enquanto disciplina e método. Cellard (2008, p. 296) define documento como tudo

o que é vestígio do passado, aquilo que serve de testemunho, é considerado como fonte. E mais,

pode tratar-se de textos escritos, mas também de documentos de natureza iconográfica,

cinematográfica ou de qualquer outro tipo de testemunho registrado.

Neste ponto, abre-se caminho para reflexões da fotografia como documento ou o uso

documental. A imagem fotográfica sempre foi testemunha das cenas do cotidiano, faces

desconhecidas, problemas sociais e lugares distantes e dessa junção surgiu a fotografia

documental. O fotodocumentarismo não recebeu a sua importância da imprensa na época de

seu surgimento, na passagem do século XIX para o século XX. Fotógrafos como Thomson

(1837-1921) e Riss (1849-1914) tiveram dificuldades em inserir suas imagens nos jornais, que

as publicaram depois em álbuns (SOUZA, 2000, p.44).

Em termos conceituais, a fotografia documental tem como proposta narrar uma história

por meio de uma sequência de imagens. Com uma especificidade centrada na aliança do registro

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entorno. É, portanto, problematizadora da realidade social, e ao mesmo tempo, reivindicadora

de um modo próprio de expressão. (LOMBARDI, 2008).

Assim, pode-se dizer que a fotografia, desde sua invenção, com maior ou menor

intensidade, é utilizada como forma de documentação. Ledo (1998, p.22) afirma que “a

fotografia nasce como documento, como registro, que se dispõe a intervir no curso dos

acontecimentos, mantendo sua iconicidade, sua semelhança com o referente”.

O interesse pelo desconhecido impulsionou fotógrafos a viajar por diferentes partes do

mundo e ampliar o aspecto documental. Souza (2000, p.30) acredita que esses episódios

marcaram o início da corrente fotodocumentarista, em que os fotógrafos na época do advento

da fotografia passaram a exercer o papel de gravuristas nas expedições cientificas e

exploratórias.

Uma das principais abordagens do fotodocumentarismo é a recorrência a temas

relacionados ao ser humano e seu ambiente. Ela procura documentar fatos sociais e seu

contexto, tendo um propósito, explícito ou não, de intercessão. É aquela imagem que conduz a

“aspectos ocultos com propósito de intervenção”. (LEDO, 1998, p.21).

Atualmente o fotodocumentarismo procura registrar as mudanças sociais, ecológicas e

econômicas. A intenção dessa fotografia é clara, dar ao leitor uma comprovação, mostrar a

quem não esta lá como é ou o que ocorreu e como ocorreu.

“[...] a imagem fotográfica fornece provas, indícios, funciona sempre como documento iconográfico acerca de uma dada realidade. Trata-se de um testemunho que contém evidências sobre algo” (KOSSOY, p.33, 1999).

Ela une, realidade com o passado, captura a matéria e o ato na sua bi dimensionalidade

como também, constata que o objeto fotografado realmente esteve lá́, naquele espaço-tempo,

ou seja, como um certificado legitimador da cena.

De acordo com Kossoy (2002), das múltiplas faces, apenas uma é explícita: a

iconográfica. A foto é uma representação cultural, estética e tecnicamente elaborada, conforme

o fotógrafo que a está captando, em que o índice e o ícone não podem ser desvinculados do

processo de construção da representação, pois a imagem não é a realidade – é sua representação

por analogia.

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Seguindo a ideia do autor, pode-se dizer que a interpretação varia conforme o olhar do

individuo, o conhecimento, a ideologia, a imaginação, a capacidade de reconstruir e interpretar

o fato ocorrido e posteriormente documentado. Este ponto é definido por Kossoy (2002) como

“o outro lado da imagem”.

Desse modo a imagem serve como instrumento de pesquisa, amparado não só pela

simples observação do momento, mas também da construção do pensamento e de sua

intencionalidade.

Segundo Furtado (2005, p. 293), o documento é toda coisa capaz de representar um fato. Ele se

traduz num objeto corporal, produto da atividade humana que conserva os vestígios que, através

da percepção de sinais gráficos sobre eles impressos, ou por meio da luz ou do som que possa

produzir, é capaz de representar, de forma permanente, a quem observe, um fato existente fora

de seu conteúdo. A fotografia digital se configura, portanto, como uma espécie de prova

documental.

Para que a imagem receba o tratamento de documento, segundo o perito Marcelo Costa,

do Instituto de Criminalista Afrânio Peixoto, ela não deve sofrer qualquer alteração ou

tratamento. Existem duas técnicas que garantem a autenticidade desses arquivos.

O primeiro método é o formato de arquivo RAW, que existe em certar câmeras digitais

que atestam que a fotografia está “sem processamento”, “sem tratamento” ou “cru”, ou seja,

garante a autenticidade do arquivo de imagem.

Já a segunda técnica enunciada pelo perito é o HASH, é um software que resulta da

aplicação de um algoritmo unidirecional que converte a parte de um arquivo digital em um

valor de comprimento fixo irreversível, ou seja, uma varredura em todos os pixels da imagem

e obtém informações de que aquela imagem foi extraída de determinada câmera, data e local,

gerando assim uma assinatura digital.

2.1.3 Fotografia Aérea

A primeira fotografia aérea no mundo foi capturada pelo fotógrafo James Wallace Black

com o auxilio de um balão de ar, sobrevoando a cidade de Boston em 1860. Posteriormente

vários outros métodos foram utilizados, como o do fotógrafo alemão Julius Neubronner em

1903, quando acoplou máquinas fotográficas de tamanho reduzido em pombos-correios.

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Os maiores avanços nesse seguimento ocorreram com a invenção do avião,

principalmente no meio militar, onde é possível obter informações de localização,

movimentação e assim antecipar as estratégias e ações, recurso muito utilizado nas guerras que

acontecerem e ainda utilizado pelos militares e forças especiais.

No ano de 1914, até por volta de 1929, como sempre em tempos de guerra e de

revoluções, houve um extremo desenvolvimento das técnicas e máquinas, especialmente do

armamento, da aviação e dos instrumentos óticos. Foi onde alguns artistas se interessaram pela

fotografia aérea, tomadas por aviões, que exibiam paisagens terrestres “transformadas”, mal

identificáveis, sem horizonte e profundidade. Tal método fotográfico forneceu instrumentos

conceituais para a abstração da arte contemporânea como o caso do Jackson Pollock, pintor

americano que trabalhava de pé, verticalmente, caminhando sobre as telas enquanto as pintava

de forma abstrata.

O que impressiona é que, ao contrário da maioria das outras fotografias, a vista aérea levanta a questão de interpretação, da leitura. Não se trata simplesmente do fato que, vistos muito de cima, os objetos são difíceis de reconhecer – são efetivamente – mas, mais especialmente do fato de que as dimensões esculturais da realidade são tornadas muito ambíguas... A fotografia aérea coloca-nos diante de uma “realidade” transformada em algo que necessita de uma decodificação.” (DUBOIS, 1993, p. 262)

Segundo Moreira (2003, p. 307), as fotografias aéreas possuem uma grande diversidade

de funções, podendo ser usadas no planejamento de aéreas urbanas, na cartografia, controle de

queimadas e nas atividades agrícolas.

Os avanços da ciência e engenharia possibilitaram desenvolver pequenos Veículos

Aéreos Não Tripulados (Vants), conhecidos também como drones. Hoje existem milhares ao redor do mundo que podem ser equipados com câmeras e outros sensores e operados por uma

estação de controle em solo. O termo “Veículo Aéreo Não Tripulado” é mundialmente

reconhecido e inclui uma grande linha de aeronaves que são remotamente operadas, autônomas

ou semiautônomas.

Segundo a ABA (Associação Brasileira de Aeromodelismo, 2005), a definição para

Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) é: “um veículo capaz de voar na atmosfera, fora do

efeito do solo, que foi projetado ou modificado para não receber um piloto humano e que é

operado por controle remoto ou autônomo”.

São equipamentos destinados principalmente para fins militares, que passaram a ser

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controlados; filmagens e fotografias aéreas convencionais, monitorização de incêndios,

segurança, agricultura e até mesmo entrega de encomendas a domicilio. Medeiros sustenta:

[...] os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) são pequenas aeronaves, sem qualquer tipo de contato físico direto, capazes de executar diversas tarefas, tais como monitoramento, reconhecimento tático, vigilância e mapeamento entre outras. (MEDEIROS, 2007).

Quando se refere a fotografias aéreas, de uma maneira geral, fala-se daquelas obtidas

com câmera fotográfica instalada em uma aeronave, tripulada ou não, e que podem ser obtida

por equipamentos fotográficos especiais ou através de máquina fotográfica de operação manual.

No caso dos drones, existem tecnologias que possibilitam o monitoramento e controle do equipamento em tempo real.

As fotografias aéreas executadas através de Vant fornecem informações que são

captadas pelas câmeras fotográficas, coordenadas de GPS passadas pelo equipamento e servem

de base para a localização de objetos no espaço.

Aplicando a tecnologia em áreas do agronegócio, os registros das imagens de terrenos

são feitos em relação aos aspectos fisiográficos (topografia, vegetação e drenagem).

Apresentam-se diferenciados na forma, no tamanho, na tonalidade, na cor, na sombra, na

textura, no padrão e nas adjacências. Essas diferentes apresentações permitem fazer a distinção

dos alvos do terreno, identificar através de coordenadas a localização para posterior análise.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A imagem é um artefato cultural que apresenta e representa o mundo. “Ela representa

as atividades de um grupo social, suas significações específicas o que possibilita a compreensão

das ações humanas em determinados momentos históricos. “ (SCHIMITT, 2007, p.11). O termo

imagem se refere às diversas formas visíveis representadas, por exemplo, desenhos, fotografias,

pinturas, etc. A imagem como artefato cultural, “ainda que não seja real, apresenta, representa

ou reapresenta o mundo, tornando presente aquilo ou alguém que está ausente” (WELLER e

BASSALO, 2002, p. 286).

Esta pesquisa caracteriza-se como exploratória, de abordagem qualitativa, com técnica

de coleta de dados documental. Enfoca o discurso mediado do espaço rural, apropriando-se de

métodos específicos do campo da imagem, visto que o objetivo é analisar representação

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A amostra selecionada consiste em três localidades, capturadas através de drone, por se

tratar de pesquisa qualitativa, a seleção da amostra não é baseada em sua representatividade

estatística, e sim por sua homogeneidade, pertinência e rentabilidade.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A região Sul do Brasil é basicamente orientada e movida através da agricultura, o crescimento em investimentos de ferramentas que auxiliam os agricultores a aumentar sua

produtividade é crescente a cada período de safra.

Com base nessas informações, o objetivo dessa pesquisa é observar através de imagens,

documentadas por um drone, se há alguma irregularidade perceptível no solo para uma futura análise de um especialista que identifique a causa desse dano.

A obtenção das imagens para avaliar a sua funcionalidade como documento de pesquisa

e informação seguiu os seguintes critérios:

a) Todas as imagens foram capturadas em RAW, que segundo já apontado neste artigo

em informações oriundas de peritos criminalistas, a comprovam como documento;

b) O horário para uma melhor visualização do plantio se deu das 10 horas às 15 horas;

c) Foi aplicado um padrão técnico de captura em todas amostras documentadas,

obedecendo uma regulagem que não prejudique a visualização das imagens (ISO, diafragma,

obturador, balanço de branco e resolução da imagem);

d) As culturas agrícolas fotografadas foram de soja e trigo, em diferentes regiões e

ângulos, conforme a necessidade para uma melhor visualização da falha existente;

e) As fotografias fornecem uma geolocalização que poderá ser utilizada futuramente

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Imagem 1. Fotografia documentada na região de Palmeiras das Missões, no Rio Grande do Sul, trata-se de uma plantação de soja verde.

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Imagem 3. Fotografia documentada na região de São Luis, Toledo, Paraná, trata-se de uma plantação de trigo verde. (Corte aproximado da falha no plantio).

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Imagem 5.Fotografia documentada na região de Vista Alegre, Distrito de Toledo, Paraná. Trata-se de uma plantação de trigo maduro, pronto para colheita. (Corte aproximado da falha

no plantio)

Imagem 6. Localização da Imagem 5 com dados de GPS: 24º45'44" S 53º40'28" W, altitude de 582,3 metros.

Dentre os dados/documentos coletados, todos passaram por um software de tratamento (Lightroom) para receber contraste linear e nitidez.

Pode-se notar que na Imagem 1, com cultura de soja, fica evidente a grande falha

presente no solo, mesmo que a cena aérea capturada não está em 180º em relação ao solo. A

diferença tonal entre a vegetação e o solo é nitidamente visível, o registro das informações de

captura e dados do GPS reforça a necessidade de um estudo mais detalhado deste trecho.

Já nas imagens 3 e 5, as fotografias foram documentadas de forma vertical, ou seja, 180º

em relação ao solo. Assim, foi possível identificar pequenas falhas aparentes nos plantios, que

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céu, estradas, que desvie a atenção do observador, possibilitando uma leitura precisa da

imagem.

5 CONCLUSÃO

O principal objetivo deste trabalho foi a documentação de imagens aéreas em diferentes

regiões e culturas agrícolas, observando possíveis falhas nas plantações para futuros estudos

especializados e o colhimento coordenadas que facilitem a localização dessas áreas.

Dependendo da cultura apresentada no solo a identificação das irregularidades se torna

mais difícil. O trigo, por exemplo, ocupa um recobrimento do solo maior do que a soja. As

diferenciações tonais das plantas ajudam a observação. Quando a plantação se encontra em fase

de amadurecimento, ou seja, verde, nota-se claramente uma distinção entre áreas com vegetação

sadia e outras que apresentem algum tipo de falha. Já quando a plantação está pronta para a

colheita, essas diferenças de cores já não ficam tão evidentes.

Sendo assim, trabalhos futuros têm como objetivo, caracterizar as falhas existentes nas

culturas agrícolas, apresentar informações mais precisas sobre o tamanho da área e as causas

dessas irregularidades, corroborando para os objetivos iniciais deste trabalho que é atestar o uso

da fotografia aérea como documento.

A imagem fotográfica soma-se, por fim, ao conjunto de tecnologias que impulsionam o

desenvolvimento regional e alcança também um patamar de uso que será benéfico, inclusive,

para os próprios profissionais da imagem, uma vez que podem ser requisitados quando houver

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REFERÊNCIAS

KOSSOY, Boris. Fotografia e História. 2. ed. rev. São Paulo: Ateliê Editorial. 2001.

FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta. São Paulo: Hucitec, 1985.

PHILLIPIS, B.S. Pesquisa social: estratégias e táticas. Rio de Janeiro, Livraria Agir Editora, 1974.

LEDO, Margarita. Documentalismofotográfico. Madrid: Cátedra, 1998.

SOUSA, Jorge Pedro. Uma história crítica do fotojornalismo ocidental. Editora Argos, 2000.

LOMBARDI, Kátia Hallak. Documentário Imaginário: reflexões sobre a fotografia documental contemporânea. Londrina, v4, n4, p. 35-58, 2008.

KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica. Editora Ateliê, 1999.

DUBOIS, Philippe. O Ato fotográfico. Campinas: Papirus, 2006.

WELLER, Wivian; BASSALO, Lucélia de M. Braga. Imagens: documentos de visões de mundo. Sociologias, Porto Alegre, ano 13, n. 28, 2011.

CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, Vozes, 2008.

HAUAISS, A. MinidicionárioHauaiss. 3ª ed. Rio de Janeiro, Objetiva, 2008.

FURTADO, Fabricio Adroaldo, Iniciativa judicial e prova documental procedente da internet.

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COSTA, Marcelo Antonio Sampaio Lemos. A fotografia digital e seu valor legal na perícia oficial. Disponível em: <http://www.periciasambientais.com.br/fotos_dig_per.pdf>.

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