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Sala de recursos multifuncionais-surdez: lugar de aprendizagem, autoestima e interação / Multifunctional resources room-deafness: place of learning, self-esteem and interaction

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 43024-43037, jul. 2020. ISSN 2525-8761

Sala de recursos multifuncionais-surdez: lugar de aprendizagem, autoestima e

interação

Multifunctional resources room-deafness: place of learning, self-esteem and

interaction

DOI:10.34117/bjdv6n7-063

Recebimento dos originais: 03/06/2020 Aceitação para publicação: 02/07/2020

Makswell Sanatana dos Santos

Graduado em Ciências Biológicas / pela Universidade Federal de Sergipe- UFS / Pedagogia pelo Instituto Superior de Educação Ibiturana MG- ISEIB/ Esp.em Educação Ambiental com Ênfase a

Educadores Espaços Sustentáveis pela Universidade Federal de Sergipe Endereço: Rua Campo do Brito, 331- 13 de Julho- Aracaju/Se

E-mail: smakswell@ymail.com

Silvana Delli Colli Morales

Graduada em Letras: Português/ Espanhol pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Jandaia- FAFIJAN. Pedagogia pela Faculdade Facibra. Pós-graduada em Língua Portuguesa:

Leitura e Produção Textual pela FAFIJAN

Endereco: Rua Professor Roberto Rezende Chaves,1080 -Centro. Jandaia do Sul E-mail:silvanaorales11@gmail.com

RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar um estudo sobre o ensino e aprendizagem dos alunos surdos, bem como a inclusão desses alunos e o papel do professor intérprete de LIBRAS na Sala de Recursos Multifuncional - Surdez. A problemática aqui apresentada questiona em como atender os alunos surdos de forma que todos se desenvolvam como cidadãos participativos em uma sociedade extremamente excludente? Desse modo, se esclarecerá que a escola precisa valorizar as ações pedagógicas, mas, ao tempo, precisa entender que as relações humanas são imprescindíveis para que o aluno surdo conquiste a sua independência. Neste contexto de escola, pensa-se no aluno como principal componente do fazer educativo, e o tradutor intérprete como coadjuvante, pois cabe a ele apresentar possibilidades de conhecimento para que o educando surdo trilhe seu próprio caminho com sucesso e autonomia. A metodologia empregada neste trabalho conta com a pesquisa de cunho bibliográfico, pois esta metodologia permite que os dados coletados sobre o assunto, sejam analisados e discutidos, oportunizando melhor coerência e coesão ao trabalho realizado.

Palavras-chave: Aprendizagem. Escola. Inclusão. Surdez. ABSTRACT

This article aims to present a study on the teaching and learning of deaf students, as well as the inclusion of these students and the role of the LIBRAS interpreter teacher in the Multifunctional Resource Room - Deafness. The problem presented here asks how to serve deaf students so that everyone develops as participatory citizens in an extremely exclusive society? In this way, it will be clarified that the school needs to value pedagogical actions, but, at the same time, it needs to understand that human relations are essential for the deaf student to achieve independence. In this context of school, the student is thought of as the main component of the educational activity, and the

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translator interpreter as supporting, because it is up to him to present possibilities of knowledge so that the deaf student treads his own path with success and autonomy. The methodology used in this work relies on bibliographic research, as this methodology allows the data collected on the subject to be analyzed and discussed, providing better coherence and cohesion to the work performed.

Keywords: Learning. School. Inclusion. Deafness.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo tem o intuito de subsidiar aos educadores conhecimentos sobre a escola inclusiva. A partir de um levantamento feito nas escolas públicas estaduais, podemos perceber que temos vários alunos surdos com tradutor/ intérprete de Libras na sala de aula do ensino comum, contudo, mesmo com o acompanhamento do intérprete ainda não tem domínio da Língua Brasileira de Sinais. Por isso, a necessidade de que todos os alunos surdos participem da Sala de Recursos Multifuncional na área da Surdez para que possam, além de ter o contato com seus pares, aprender e/ou aprimorar a LIBRAS que muitas vezes não lhe égenuína.

O estudo sobre a Sala de Recursos Multifuncional - Surdez pretende contribuir com professores (ouvintes e surdos) e intérpretes levando a uma reflexão sobre as dificuldades e avanços que temos ao ensinar alunos com deficiência auditiva, proporcionando aos educandos estratégias de desenvolvimento dentro da instituição escolar.

Como atender os alunos surdos de forma que todos se desenvolvam como cidadãos participativos em uma sociedade extremamente excludente? Pretende-se contribuir com reflexões sobre a inclusão do aluno surdo no ensino regular e o trabalho que o tradutor intérprete de LIBRAS desenvolve na Sala de Recursos Multifuncional e na sala de aula do ensino comum. Com este trabalho, pretende-se evidenciar a inclusão ou a exclusão das pessoas com deficiência, as quais estão intimamente ligadas às questões culturais, sociais e de evolução das sociedades em que estejam inseridas, como também o (re) conhecimento e o respeito dos direitos desse público.

O capítulo, Educação inclusiva para surdos, faz um breve relato sobre a educação inclusiva desde os primórdios da humanidade, mas sempre evidenciando que a escola é o ambiente que promove o ensino e a aprendizagem, devendo acolher a todos sem distinção, valorizando as ações pedagógicas e as relações humanas para que o educando conquiste a sua autonomia.

Na sequência, o item intitulado: O AEE na Sala de Recursos Multifuncional – Surdez apresenta o trabalho da SRM como um Atendimento Educacional Especializado que prima pelo uso da LIBRAS como primeira língua e Língua Portuguesa como segunda, na modalidade escrita. No subitem, O papel do professor ouvinte (intérprete) e do professor surdo na Sala de Recursos Multifuncional – Surdez como mediadores da aprendizagem. O Capítulo seguinte irá propor Estratégias de Adaptação Curricular para alunos surdos, apresentando alguns exemplos

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possíveis de ensino e aprendizagem. Conforme Gil (2007), podemos classificar as pesquisas com base no objetivo geral e com base no delineamento a ser adotado. A metodologia utilizada na elaboração do presente trabalho teve como fonte a pesquisa bibliográfica, a qual permite que os dados coletados sobre o assunto sejam analisados e discutidos, objetivando servir de embasamento para a elaboração deste artigo “maior familiaridade com problema, com vistas a torná-lo mais explícito [...]” (GIL, 2007, p. 41).

Nas palavras de Larosa (2003), a pesquisa bibliográfica dá subsídios ao pesquisador para adquirir conhecimento e solucionar problemas por meio da busca de referências ao assunto estudado em documentos, livros e outros publicados anteriormente.

2 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARASURDOS

Se pensarmos no contexto histórico e social em que vivemos, podemos perceber que a deficiência está intimamente ligada à história da humanidade. Para que possamos entender como se deu o processo inclusivo, faremos um breve relato sobre como a sociedade, desde sempre, enxerga as pessoas com deficiências.

Há estudos que nos mostram que as pessoas com algum tipo de deficiência eram consideradas anormais, doentes, loucas, demônios. Eram segregadas, excluídas do convívio de seus familiares, não frequentavam lugares públicos, já que, eram consideradas doentes e poderiam contagiar as pessoas que as rodeassem. Sendo assim, os deficientes acabavam entregues a própria sorte, tendo que ir, inclusive, atrás de sua própria comida e de abrigo.Nas palavras de Gugel:

Tudo indica que essas pessoas não sobreviveriam. Devido a diversos fatores como, falta de abrigo para os dias e noites de frio intenso e calor insuportável, a ausência de comida, era necessário ir à caça para garantir o alimento diário e, ao mesmo tempo, guardá-lo para o longo inverno e sabemos que para a maioria dos deficientes isso não seria possível (GUGEL, 2008,p.01).

As pessoas que tinham alguma deficiência eram vistas como um empecilho ou como proteção familiar. Empecilho porque não ajudavam nos afazeres domésticos, não tinham “inteligência” para plantar, colher, entre outras atividades realizadas nos primórdios da humanidade. Em contrapartida, para algumas pessoas ter um deficiente em seu convívio familiar era ter um “ser protetivo” enviado pelos deuses, era a personificação do reconhecimento aos esforços daqueles que guerrilhavam.

A história dos deficientes tem diversas pesquisas que passa pelos hebreus que viam a deficiência como uma punição divina, os chineses que jogavam os “defeituosos” ao Mar, os gregos que não aceitavam as deficiências, logo cultuavam o corpo, o belo, a perfeição, enquanto que os

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hindus, os atenienses e os romanos discutiram maneiras de dar assistência e amparar as pessoas com deficiência. Sassaki (1997, p. 30),sintetiza:

Se algumas culturas simplesmente eliminavam as pessoas com deficiência, outras adotaram a prática de interná-las em grandes instituições de caridade, junto com doentes e idosos. Essas instituições eram em geral muito grandes e serviam basicamente para dar abrigo, alimento, medicamento e alguma atividade para ocupar o tempoocioso.

E as pessoas surdas, como eram enxergadas? Eram amparadas?

A surdez, como as outras deficiências, era vista com peso de negatividade, as pessoas surdas (e mudas) por muito tempo foram consideradas como sub-humanas, demoníacas, pois, acreditava-se que o único meio de comunicação entre os acreditava-seres humanos e Deus, acreditava-seria pela fala. Sacks (1989, p.31 ):

a condição sub-humana dos mudos era parte do código mosaico e foi reforçada pela exaltação bíblica da voz e do ouvido como a única e verdadeira maneira pela qual o homem e Deus podiam se falar (‘no princípio era o verbo’).

Ainda de acordo com Sacks (1989), as pessoas acreditavam que a comunicação era estabelecida por meio de sons articulados, ou seja, somente por meio da voz e ruídos sonoros seria possível comunicar-se com Deus. Isto posto, as pessoas surdas, antes do cristianismo, ficavam segregadas e isoladas da Igreja, da escola e da sociedade. Portanto, podemos concluir que a falta de inclusão das pessoas surdas acontece desde sempre, não havia respeito e amparo para estas pessoas.

A política de inclusão deve ser vista como um todo, não apenas no fato de colocarmos a criança surda dentro de uma escola, já estamos incluindo-a na sociedade. A inclusão deve ir além, a pessoa surda deve ter sua cultura respeitada, seu potencial de aprender desenvolvido dentro de sua necessidade. Incluir é acolher de forma significativa sem exceções, é a capacidade de entender e (re)conhecer o outro dentro de sua singularidade.“Inclusão é estar com, é interagir com o outro” (Mantoan, 2005, p. 26).

Incluir, de fato, é ter a consciência que estamos inseridos em uma sociedade democrática, que a Legislação Brasileira está pautada na igualdade de direitos, de oportunidades, e de uma educação de qualidade para todos. Sendo assim, recorremos à Constituição Federativa do Brasil em seu Princípio da Isonomia, no artigo 5º que diz:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (BRASIL, 1988, p. 5).

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Para que a pessoa com uma necessidade especial conquiste sua autonomia e senso crítico, dentro e fora da escola, deverá além de ter seus direitos garantidos, um ensino e aprendizagem significativos. Conforme Mantoan que analisa em seu discurso:

O ensino inclusivo se propõe a explorar talentos, atualizar possibilidades, desenvolver predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades e limitações dos alunos devem ser reconhecidas, assim como suas possibilidades. (MANTOAN, 2013, p. 105)

Neste sentido, a escola inclusiva deverá ser um ambiente acolhedor, sem distinção, sem rótulos, em que cada educando, visto como sujeito, possa mostrar suas capacidades e habilidades de adaptação, seja qual for sua deficiência ou limitação. Entretanto, para que isso ocorra é fundamental que o olhar da escola e dos outros alunos seja de cooperação, solidariedade e valorização das diferenças.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) assegura às pessoas com deficiências os mesmos direitos à liberdade, à uma vida digna, à educação fundamental, ao desenvolvimento pessoal e social e a livre participação na vida e na comunidade. (MEC, 2004, p. 15 e 18 )

Partindo da premissa que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos e deveres que as “ditas normais”, é imprescindível que o professor, a escola, os amigos da turma entendam que o aluno surdo percebe o mundo a sua volta por meio de um canal diferente, ele usa sua própria língua, seu próprio modo de ver e entender o que se passa ao seuredor.

Entender o aluno surdo, dentro de sua particularidade, é beneficiar não somente a ele, mas a todos os estudantes que o cerca. Como nos mostra a Declaração de Salamanca (1994) uma pedagogia que tem como foco a criança é beneficial a todos os estudantes e, obviamente, à sociedade como um todo. Uma escola inclusiva deve ter como princípio que todas as crianças precisam aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. E, na educação de pessoas surdas, há que se considerar a sua cultura, suas diferenças próprias, pois a comunidade surda tem suas peculiaridades que carecem ser (re) conhecidas para que o processo educacional seja realmente efetivado.

Portanto, as Escolas Inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos flexibilizando currículos, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades. (BRASIL, 1997, p. 5).

Por este motivo a necessidade de transformação das escolas como espaços inclusivos e de qualidade, que saibam valorizar e respeitar as diferenças sociais, culturais e físicas atendendo às

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necessidades especiais de cada aluno. A autora Rosita Carvalho, ao abordar sobre educação inclusiva, corrobora com esta ideia:

As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos. Sob essa ótica, não apenas portadores de deficiência seriam ajudados e sim todos os alunos que, por inúmeras causas, endógenas ou exógenas, temporárias ou permanentes, apresente, dificuldades de aprendizagem ou no desenvolvimento. (CARVALHO, 2004, p. 29).

Efetivar políticas públicas de inclusão na área educacional é, nas palavras de Aranha (2001), aceitar a diversidade, na vida em sociedade, e também garantir o acesso das oportunidades para todos. Respeitar as diferenças de todas as pessoas para que se tenha uma política de inclusão é (des)institucionalizar a exclusão, é se valer e aplicar as Leis que asseguram os direitos de todos, dentro e fora do cotidiano escolar.

3 OAEE NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL –SURDEZ

A história dos surdos nos faz repensar como sua trajetória foi cheia de percalços e preconceitos, com momentos marcantes e segregadores como o Congresso de Milão (1880) em que foi discutido sobre a aprendizagem das pessoas surdas, entretanto, os surdos foram proibidos de votar.

Sobre essa assertiva, a autora Strobel (2009, p.33) faz as seguintes indagações:

Nenhuma outra ocorrência na história da educação de surdos teve um grande impacto nas vidas e na educação dos povos surdos. Houve a tentativa de fazer da língua de sinais em extinção.

Em 6 até 11 de setembro de 1880, houve um congresso internacional de educadores surdos em cidade de Milão na Itália. Neste congresso, foi feita uma votação proibindo oficialmente a língua dos sinais na educação de surdos.

Este congresso foi organizado, patrocinado e conduzido por muitos especialistas ouvintistas, todos defensores do oralismo puro. Do total de 164 delegados, 56 eram oralistas franceses e 66 eram oralistas italianos; assim, havia 74% de oralistas da França e da Itália. Alexander Grahan Bell teve grande influência neste congresso. Os únicos países contra a proibição eram os Estados Unidos e Grã-Bretanha, havia professores surdos também, mas as suas “vozes‟ não foram ouvidas e excluídas de seus direitos de votarem.

Como vimos, a luta dos povos surdos para serem “ouvidos” vem de longa data e, infelizmente, não mudou muita coisa. As pessoas com deficiência auditiva ou surdas estudavam, até pouco tempo atrás, em salas de aula específicas, separadas dos de mais alunos “ ditos normais” as sociedade entendia que alunos surdos não poderiam aprender, pois não falavam. Essa ideia de colocá-los separados para aprender, vem de encontro à Declaração de Salamanca (1994) que

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defende justamente o contrário, no documento fica explícito que todas as crianças podem e devem aprender juntas, independentemente das dificuldades que elas apresentarem.

Estudos pedagógicos mostram que essa visão deturpada sobre a inteligência das pessoas surdas, que elas não aprendem, que não pensam, permaneceu por um longo período e que ainda precisa ser estudada, para que a prática de ensino de escolas especiais e do ensino comum sejam modificadas no que se referem ao uso da LIBRAS:

A Língua de Sinais é, certamente, o principal meio de comunicação entre as pessoas com surdez. Contudo, o uso da Língua de Sinais nas escolas comuns e especiais, por si só, resolveria o problema da educação escolar das pessoas com surdez? Não seria necessário o domínio de outros saberes que lhes garantam, de fato, viver, produzir, tirar proveito dos bens existentes, no mundo em que vivemos? (DAMAZIO, 2007,p.21)

Há muito ainda por fazer, os alunos surdos precisam conquistar seu espaço dentro da sala de aula e na sociedade como pessoas capazes de desempenhar qualquer atividade, mostrar que são dotados de inteligência. E, é neste sentido, que a Sala de Recursos Multifuncionais na área da Surdez vem para dar suporte ao ensino da LIBRAS aos alunos surdos ou com deficiênciaauditiva.

O documento que regulamenta a SRM - Surdez é a Instrução nº 08/2016- SEED/SUED de 19/10/2016, que “estabelece critérios para o Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais – Surdez, Ensino Fundamental, anos finais, e Ensino Médio, nas instituições da rede pública estadual de ensino” (PARANÁ, 2016, 01).

O atendimento educacional especializado realizado na Sala de Recursos Multifuncionais é de caráter pedagógico e complementar à escolarização dada na sala de aula do ensino comum. Corrobora com esta afirmação Cerezuela (2016, p.118-119) “a SRM se constitui em um espaço privilegiado para apoiar a escolarização dos alunos a que ela se destina e isso requer um trabalho pedagógico pautado na aprendizagem e desenvolvimento”.

Sendo assim, o trabalho pedagógico desenvolvido com os alunos surdos dentro e fora da SRM deve primar por um ambiente bilíngue, com o uso real das duas línguas que o estudante surdo conhece: a Língua de Sinais como primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa como segunda língua (L2) sempre na modalidade escrita.

O aluno participante pode vir para a SRM – Surdez de duas a quatro vezes por semana, seu horário é feito por cronograma, o que possibilita que o mesmo aluno possa estudar em turmas sozinho e com outros colegas surdos, dependendo da real necessidade que eleapresentar.

Estudos feitos por Damázio (2007), afirmam que a aprendizagem se efetiva quando há uma estruturação didática e pedagógica, que se complementam. O AEE da SRM- Surdez feito em LIBRAS tem por objetivo dar acesso e entendimento aos conteúdos curriculares nas diversas

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disciplinas da sala de aula comum, garantindo uma melhor associação dos conceitos nas duas línguas, bem como trabalhar o que está em defasagem na aprendizagem dos alunos que frequentam este AEE no contraturno, já que, na sala de ensino comum, os alunos surdos têm tradutor intérprete de Libras.

A importância do aluno surdo em frequentar a SRM – Surdez é a aquisição e o aprimoramento, com fluência, da LIBRAS que é a sua língua materna, visto que muitos alunos surdos estão no ensino comum e não sabem nenhuma das duas línguas: nem a L1 ou L2. Na SRM – Surdez são dois professores que atuam como mediadores do processo ensino-aprendizagem: um professor ouvinte bilíngue e professor surdo bilíngue que têm entre outrasatribuições:

“utilizar a Libras na mediação do processo ensino-aprendizagem em todas as atividades escolares, oportunizando condições para a aquisição e desenvolvimento da Libras, como primeira língua e Língua Portuguesa, na modalidade escrita, como segunda língua” (PARANÁ, 2016, 07).

O intercâmbio de informações na Sala de Recursos Multifuncionais – Surdez é imprescindível para que haja troca de conhecimentos, como em diálogos espontâneos entre alunos surdos, professores bilíngues surdos, professores bilíngues ouvintes, sempre usando a língua desinais.

3.1 O PAPEL DO PROFESSOR OUVINTE (INTERPRETE) E DO PROFESSOR SURDO NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS-SURDEZ

O trabalho dos professores que atuam juntos na SRM- Surdez é o de proporcionar aos estudantes surdos interação com os seus pares, motivar para o conhecimento da cultura surda, promover encontros entre os povos surdos e a comunidade surda, promover teatros em L1, enriquecer o trabalho de materiais com imagens, sendo que a pessoa surda tem uma maior abstração de conhecimentos por meio de recursosvisuais.

Pensando numa possível melhora neste contexto, na década de 80 surgiram alguns trabalhos científicos que abordavam a questão da surdez e seu ensino em nosso país. No entanto, somente foi oficializada uma Lei que proporcionasse um acompanhamento aos surdos em escolas e faculdades em 2002. Trata-se da Lei 10.436/ 02, que diz em seu Art. 1º:

É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – Libras a forma de comunicação e expressão em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

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Essa Lei trata do bilinguismo nas Escolas como meio de aprendizagem, como forma do aluno surdo ter seus direitos de aprender garantidos, e ainda de ter um profissional Tradutor de Língua Brasileira de Sinais que o acompanhe em suas atividades escolares e extra-escolares, quando necessário.

Cabe aos professores bilíngues ouvintes e surdos, possibilitar que o aluno aprenda além dos bancos escolares, para isso é necessário que se extrapole os espaços da sala de aula. Uma maneira para a concretização dessas práticas são as aulas-passeio, que levam os alunos a ter contato visual com realidades concretas de aprendizagem, que serão aliadas aos conteúdos curriculares, por meio de murais, fotografias, mapas, para que os educandos tenham uma participação ativa na sala de aula e nasociedade.

Para a autora Mirlene Damázio (2007, p. 26):

Os materiais e os recursos para esse fim precisam estar presentes na sala de Atendimento Educacional Especializado, quais sejam: mural de avisos e notícias, biblioteca da sala, painéis de gravuras e fotos sobre temas de aula, roteiro de planejamento, fichas de atividades e outros.

A Língua Portuguesa, entendida como L2, tem como objetivo desenvolver a proficiência gramatical, linguística e textual nos alunos surdos, na modalidade escrita, não podendo ser cobrada como L1. Está previsto no Decreto 5.626, de 5 de dezembro de 2005 que determina que as pessoas com surdez têm direito a uma educação que garanta sua formação em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa, preferencialmente na sua modalidade escrita, constituam língua de instrução, e que o acesso às duas línguas ocorra de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo educativo.

Trabalhar a autoestima dos alunos surdos é, sem dúvida, a maneira mais eficaz de fazê-los se sentirem parte da sociedade, mostrar a eles que existem outras pessoas que são surdas e que levam uma vida dentro da normalidade, faz com os alunos surdos se empoderem, se façam ser respeitados dentro de sua necessidade especial.

4 ESTRATÉGIAS DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR PARA ALUNOS SURDOS

A inclusão é um desafio que a sociedade enfrenta diariamente. Pensar em incluir de fato alguém é repensar nosso modo de agir diante de pessoas que são diferentes de nós. Muitas empresas acreditam que uma pessoa com algum tipo de deficiência é incapaz de trabalhar, produzir e estudar. Todavia, não é distante encontrarmos Escolas que agem de forma empresarial, totalmente excludente, quando seu papel seria o de incluir e respeitar o diferente dentro de sua especificidade. A Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes (2007), em seu Artigo 3º diz:

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 43024-43037, jul. 2020. ISSN 2525-8761  O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a independência daspessoas;

 Anão-discriminação;

 A plena e efetiva participação e inclusão nasociedade;

 O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e dahumanidade;

 A igualdade deoportunidades;  Aacessibilidade;

 A igualdade entre o homem e amulher;

 O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças com deficiência e pelo direito das crianças com deficiência de preservar sua identidade.

Sendo assim salientamos que, as pessoas com necessidades educacionais especiais têm o direito próprio de ser respeitado, sejam quais forem seus antecedentes, natureza e severidade de sua diferença.

Diante do fato concreto de que todas as pessoas com necessidades especiais devem ser respeitadas, os alunos surdos têm o direito de ter adaptações curriculares, principalmente, no que diz respeito à Língua Brasileira de Sinais. Inserir um aluno surdo, em uma sala de aula regular, sem possibilitar que ele tenha acesso a LIBRAS com um tradutor intérprete, é retroceder no processo de ensino e aprendizagem.

O aluno surdo precisa ser enxergado no seu todo, então cabe aos professores elaborar metodologias e estratégias adequadas à maneira de aprender dessesalunos.

(...) muitos professores não percebem o aluno com capacidades de aprendizagem e desenvolvimento. Às vezes, o aluno é negligenciado; outras vezes, cobrados na mesma medida e com os mesmos instrumentos que os demais alunos. É preciso competência técnica e ética para realizar as adaptações curriculares. (CEREZUELA, 2016, p.214)

Entretanto, o que acontece muitas vezes é a criança surda ser “esquecida” dentro da sala de aula, por conseguinte, crianças e adolescentes surdas tendo que se adaptar ao currículo, sendo que deveria ser ao contrário: o currículo deveria ser flexibilizado e adaptado às necessidades das crianças. De acordo com o Art. 2º da Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001,

os sistemas de ensino devem incluir todos os alunos, sendo responsabilidade das escolas organizarem-se para a chegada dos educandos com necessidades educacionais especiais, oferecendo condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.

Desta forma, as Escolas devem promover adaptações curriculares que sejam apropriadas às crianças sempre respeitando as habilidades e área de interesse de cada estudante. A realização de uma adaptação/ flexibilização curricular deve obrigatoriamente ser inserido no Projeto Político

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Pedagógico da escola, considerando os objetivos educacionais, bem como o planejamento de ensino com estratégias didático-pedagógicas que oportunizem: aprendizagem e acessibilidade a todos os alunos.

Como estratégias pedagógicas para surdos, os professores precisam ficar atentos ao posicionamento ideal desses alunos dentro de sala de aula. Não virar de costas enquanto falam, já que, o surdo estabelece contato visual com as pessoas que o cercam. Em caso de uso de aparelhos auditivos procurar coloca os educandos distantes de portas, janelas, que possam atrapalhar o entendimento entre professor/ tradutor/ aluno.

No processo de ensino e aprendizagem o professor é a peça fundamental na elaboração das adaptações curriculares. As adaptações de pequeno porte são efetivadas no cotidiano escolar e os professores podem fazer uso de diversos materiais para que isso se concretize como: jornais, revistas, imagens, filmes, computador, TV pen drive, cartazes, entre outros. No documento, Projeto Escola Viva do MEC (2000, p.08):

As Adaptações Curriculares de Pequeno Porte (Adaptações Não Significativas) são modificações promovidas no currículo, pelo professor, de forma a permitir e promover a participação produtiva dos alunos que apresentam necessidades especiais no processo de ensino e aprendizagem, na escola regular, juntamente com seus parceiros coetâneos.

A flexibilização curricular deve começar sempre pelo professor e, de maneira nenhuma, devem ser entendidas como ações individuais ou prejuízo pedagógico, pois sabemos que quando há adaptação curricular para um aluno com necessidade especial, todos os outros alunos, com ou sem deficiências, são agraciados. Se o professor faz um trabalho com imagens para um aluno surdo, os outros que possuem outras deficiências (deficiência intelectual, transtorno global do desenvolvimento, etc.), também serãobeneficiados.

Para um melhor aproveitamento dos conteúdos o educador deve levar materiais concretos, visuais que sirvam de apoio para o entendimento dos conteúdos propostos, já que, o aluno surdo tem um modo diferenciado de ver o mundo. Palavras soltas ou traduzidas uma a uma, nem sempre se fazem entender. Os educandos surdos precisam saber o contexto em que essas palavras estão sendo empregadas. Fornecer textos com antecedência para esses alunos é de suma importância, pois terão feito uma leitura prévia e a compreensão será muito mais produtiva, principalmente, na pesquisa de palavras que ainda não hásinais.

Adaptar os conteúdos de maneira significativa é usar de todos os subterfúgios que a atividade permite. Carvalho (2008) pontua que:

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 43024-43037, jul. 2020. ISSN 2525-8761 quanto maior a dificuldade do aluno, mais significativas serão as adequações do currículo para atender seus diferentes níveis de exigência, isto é, maior a necessidade de se adotarem medidas extraordinárias de ajustes ou modificações que se efetuem nos objetivos, conteúdos, metodologias e atividades de ensino-aprendizagem e nos critérios de avaliação para atender a taldiversidade.

Atividades diferenciadas como um teatro sobre determinado assunto pode ser uma excelente maneira do educando surdo interagir com os demais. Pesquisas em grupos também é uma estratégia de troca de experiências entre os alunos ouvintes e surdos. As avaliações devem ser diversificadas e organizadas de modo a permitir que os alunos surdos expressem seu conhecimento de mundo e sua aprendizagem, considerando as interferências linguísticas da língua de sinais.

Estudos realizados por Aranha (2002, p.5) apontam que:

as Adaptações Curriculares, então, são os ajustes e modificações que devem ser promovidos nas diferentes instâncias curriculares, para responder às necessidades de cada aluno, e assim favorecer as condições que lhe são necessárias para que se efetive o máximo possível de aprendizagem.

No entanto, nem sempre são feitos estes ajustes para que o aluno entenda e tenha de fato aprendizagem. É muito comum os professores demandarem que os alunos surdos ou deficientes auditivos escrevam com fluência em língua portuguesa. Na realidade, quando se faz essa exigência, não se está levando em consideração as diferenças e as necessidades de cada um. Para um aluno surdo é muito difícil escrever corretamente outra língua, seja qual for, com as regras gramaticais. Como é sabido, a Língua de Sinais como língua materna, possui gramática própria, sem artigos, verbos conjugados, preposições, sendo assim como podemos exigir que eles produzam textos com excelência em língua portuguesa? Devemos estar atentos ao fato de que alunos surdos são excelentes copistas, mas isso não quer dizer que saibam utilizar todas as normas gramaticais nos textos em língua portuguesa.

Como vimos, não há receita pronta para adaptar conteúdos para alunos surdos, mas há meios para que isso se concretize.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho, verificou-se que na história dos surdos houveram avanços legais e pedagógicos considerando a necessidade especial dos estudantes regularmente matriculados nas escolas regulares. No entanto, há muito por fazer, pois não se constrói uma sociedade somente com leis, precisa-se coloca-las em prática. Desse modo, os professores envolvidos na educação dos surdos precisam estar dispostos a respeitá-los e acolhê-los verdadeiramente, não só na escola , mas em todos os lugares dentro da sociedade, para que esse estudante não seja excluído.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 43024-43037, jul. 2020. ISSN 2525-8761

Vimos que houve avanço quanto à escolarização dos surdos e deficientes auditivos, como a oficialização da LIBRAS, a presença de um Tradutor Intérprete de Libras na sala de aula comum, professor intérprete e professor surdo nas Salas de Recursos Multifuncionais específicas para a área da Surdez, que realizam um trabalho compromissado, buscando o desenvolvimento dos estudantes nas áreas humanas e acadêmicas. Esses professores articulam o trabalho colaborativo com o ensino comum, promovendo flexibilizações e adaptações curriculares necessárias, procurando sempre mediar o saber, nas situações que envolvem o contexto escolar, a família e a comunidade, promovendo a autoestima dos envolvidos para que seu processo de inclusão de seja de forma prazerosa e responsável.

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