UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SÃO JOÃO DEL-REI
ELETRONICA II
FILTROS ATIVOS
Sumário
1. Características;
2. Filtro Passa-Alta RC;
3. Filtro Passa-Baixa RC;
4. A função de transferência do filtro;
5. Circuitos dos filtros;
6. Filtros com capacitores chaveados;
7. Exemplo.
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Filtros são circuitos lineares projetados para deixar passar
determinadas frequências e atenuar outras;
São baseados em elementos reativos;
Podem ser passivos (apenas resistores e capacitores) ou ativos (amplificadores realimentados);
Quanto à resposta em frequência classificam-se em:
Passa Baixas
Passa Altas
Passa Faixa
Rejeita Faixa
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Existem 3 regiões principais, que são:
Faixa de
Passagem
:
faixa de frequência na qual o sinal sofre
mínima atenuação;
Faixa de
Rejeição
:
faixa de frequência na qual os sinais
sofrem grandes atenuações;
Faixa de
Transição
:
faixa de frequência na qual os sinais
apresentam atenuação variável.
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- Módulo da transmissão de um filtro real
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A transmissão de um filtro é definida por 4 parâmetros:
1.
Borda
na faixa de
passagem
:
f
p2.
Borda
na faixa de
rejeição
:
f
s3.
Máxima
variação do ganho
permitida na faixa de
passagem
:
A
max4.
Atenuação mínima
necessária para a faixa de
rejeição
:
A
minA partir desses parâmetros é montado o gabarito do filtro, dentro do qual deve estar contida sua resposta em frequência
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A Função de transferência do filtro
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A função de transferência do filtro T(s) pode ser escrita como uma razão de dois polinômios:
O grau do denominador N, é a ordem do filtro. Para o circuito do filtro ser estável, o grau do numerador deve ser menor ou igual ao do denominador; M ≤ N. Os coeficientes do numerador e do denominador, a0, a1, ..., aM e b0, b1, ..., bN-1, são números reais.
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Os polinômios no numerador e no denominador podem ser
fatorados e T(s) pode ser expresso na forma:
As raízes no numerador, z1, z2, ..., zM, são os zeros da função
de transferência, ou zeros de transmissão, e as raízes do denominador p1, p2, ..., pN são os polos da função de transferência ou os modos
naturais. Cada zero ou polo de transmissão pode ser um número real ou complexo.
Os zeros e os polos complexos, entretanto, devem ocorrer aos
pares conjugados. Portanto, se acontecer de -1 +j2 ser um zero, então -1 –j2 também será um zero.
A Função de transferência do filtro
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Como na faixa de bloqueio do filtro é necessário que a transmissão seja zero ou muito pequena, os zeros de transmissão do
filtro são usualmente posicionados sobre o eixo jω nas frequências da faixa de bloqueio. Esse é o caso para o filtro cuja função de transferência está esboçada abaixo.
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Esse filtro particular pode ser visto como tendo uma atenuação infinita (transmissão zero) em duas frequências da faixa de bloqueio: ωl1 e ωl2. O filtro então deve ter zeros de transmissão em s=+jωl1 e s=+jωl2. Porém, como os zeros complexos ocorrem aos pares conjugados, deve haver também zeros de transmissão em s=-jωl1 e
s=-jωl2. Logo, a função de transferência desse filtro será:
Estamos assumindo que esse filtro seja de quinta ordem (N=5). Ele tem dois pares de polos conjugados complexos e um polo
no eixo real, com um total de cinco polos. Todos os polos estão na vizinhança da faixa de passagem, o que dá ao filtro uma alta transmissão nas frequências da faixa de passagem.
A Função de transferência do filtro
𝑇 𝑠 =
𝑠
5+ 𝑏
𝑎
4(𝑠
2+ ω
𝑙12)(𝑠
2+ ω
𝑙22)
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Passa-baixa
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Passa-baixa
+ 3 -2 V+ 7 V-4 OUT 6 B2 5 B1 1 0 V+ V-R1 1k R2 1k C1 10n V3FREQ = 32k VAMPL = 1V VOFF = 0
0 + 3 -2 V+ 7 V-4 OUT 6 B2 5 B1 1 V-0 V+ R3 1k R4 1k 0 V4
FREQ = 32k VAMPL = 1V
VOFF = 0 C2 10n R5
1k
0
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Passa-baixa
Time
0s 10us 20us 30us 40us 50us 60us 70us 80us 90us 100us V(V3:+) V(U1:OUT)
-1.0V -0.5V 0.0V 0.5V 1.0V
Circuitos dos Filtros
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Passa-alta
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Passa-alta
+ 3 -2 V+ 7 V-4 OUT 6 B2 5 B1 1 V-0 V+ R6 1k R7 1k V5FREQ = 8k VAMPL = 1V VOFF = 0
0 + 3 -2 V+ 7 V-4 OUT 6 B2 5 B1 1 V-0 V+ R8 1k R9 1k 0 V6
FREQ = 8k VAMPL = 1V VOFF = 0
0 R10 1k C4 10n C3 10n
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Passa-alta
Time
0s 40us 80us 120us 160us 200us 240us 280us 320us 360us 400us V(V5:+) V(U3:OUT)
-1.0V -0.5V 0V 0.5V 1.0V
Circuitos dos Filtros
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Passa-faixa
+ 3 -2 V+ 7 V-4 OUT 6 B2 5 B1 1 0 V+ V-R11 1k R12 1k V7FREQ = 8k VAMPL = 1V VOFF = 0
0 C5 10n + 3 -2 V+ 7 V-4 OUT 6 B2 5 B1 1 0 V+ V-R15 1k R16 1k C7 10n
Circuitos dos Filtros
Filtro rejeita-faixa
Um filtro Rejeita-Faixa pode ser construído a partir da diferença
entre o sinal de entrada e a saída de um filtro Passa-Faixa.
Filtro rejeita-faixa
As características dessa topologia são idênticas às do filtro
passa-faixa utilizado.
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Ex.) Obtenha a frequência de corte dos circuitos abaixo.
Exemplo
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Os circuitos de filtros ativos RC apresentados anteriormente têm duas propriedades que tornam difícil sua produção monolítica na forma de CI, se não praticamente impossível: a necessidade de
capacitores de altos valores e de constantes de tempo RC precisas.
Portanto, continua-se a busca por um método de projeto de filtros que se preste mais naturalmente à implementação em CI, como será visto nessa seção.
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-
O princípio básico
A técnica de filtros com capacitores chaveados está baseada na hipótese de que um capacitor chaveado entre dois nós de um
circuito operando a uma taxa suficientemente alta é equivalente à conexão de um resistor entre esses dois nós.
Para ser específico, considere o integrador RC ativo da Fig. 5a. Ele é o familiar integrador de Miller. Na Fig. 5b, substituímos o
resistor de entrada R1 por um capacitor aterrado C1 junto com dois transistores MOS funcionando como chaves. Em alguns circuitos são usadas configurações mais elaboradas, mas tais detalhes estão além de nossa necessidade.
36 Fig. 5 – Funcionamento da técnica de capacitor chaveado.
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As duas chaves MOS na Fig. 5b são acionadas por um relógio
de duas fases não-superpostas. A Fig. 5c mostra as formas de ondas do relógio. Vamos supor nesta exposição introdutória que a frequência do relógio fc(fc=1/Tc) seja muito maior do que a frequência do sinal de entrada vi, as variações do sinal de entrada são desprezivelmente pequenas. Isso significa que durante ɸ1 o capacitor C1 carrega até o valor da tensão vi.
Depois, durante a fase ɸ2, o capacitor C1 é conectado ao terra
virtual da entrada do AmpOp, conforme indicado na Fig. 5d. O capacitor C1 é então forçado a descarregar e sua carga anterior, qc1, é transferida para C2, no sentido indicado na Fig.5d.
Filtros com capacitores chaveados
38 Fig. 5 – Funcionamento da técnica de capacitor chaveado.
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Pela descrição anterior vemos que, durante cada período do
relógio Tc uma quantidade de carga qc1=C1vi é extraída da fonte de entrada e fornecida ao capacitor do integrador C2. Portanto, a corrente média que circula entre o nó de entrada (IN) e o nó do terra virtual (TV) é:
Se Tc for suficientemente pequeno, podemos pensar nesse
processo como quase contínuo e definir uma resistência equivalente Req que está efetivamente presente entre os nós IN e TV.
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Usando Req, obtemos uma constante de tempo equivalente para o integrador:
Portanto, a constante de tempo que determina a resposta em frequência do filtro é determinada pelo período do relógio Tc e pela razão dos capacitores C2/C1. Esses dois parâmetros podem ser bem controlados no processo de fabricação de um CI.
Observe a dependência com a razão dos capacitores em vez
dos valores absolutos dos capacitores. A precisão das razões dos capacitores na tecnologia MOS pode ser controlada até uma faixa de
0,1%.
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Outro ponto importante é que, para uma frequência de clock
razoável (como 100 kHz) e uma razão de capacitores não muito alta (digamos de 10), podemos obter constantes de tempo razoavelmente altas (como 10-4segundos), convenientes para aplicações de áudio.
Como os capacitores ocupam tipicamente áreas relativamente grandes de pastilha do CI, é importante observar que as precisões das razões citadas anteriormente são obtidas com capacitores de valores
tão baixos quanto 0,2pF.
Programação próximas aulas
Dias de Aula
01/06 – 1ª aula prática
06/06 – Aula 15 – Filtros Ativos
08/06 – 2ª aula prática
13/06 – Aula 16 – Osciladores
20/06 – 3ª aula prática
22/06 – Apresentação Trabalho Final
27/06 – Aula 17 – Conversores A/D e D/A
29/06 – Prova Prática
06/07 – Prova 2
13/07 – Prova Final