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Aula 13 Os estudos sobre cultura, clima organizacional

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Professor: Cristiano Marins 2018

Professor: Cristiano Marins 2018

Cultura e Clima

Organizacional

Cultura e Clima

Organizacional

Universidade Federal Fluminense

Aula 13

Introdução

Nos últimos anos, a cultura organizacional vem se tornando um tema bastante estudado, principalmente se tratando da relação desta com o desempenho da administração das organizações.

2

Conceitos introdutórios

(2)

Cultura pode ser definida como um padrão de assuntos básicos compartilhados que um grupo aprendeu como forma de resolver seus problemas de adaptação externa e de integração interna.

4

Conceitos introdutórios

Schein considera que há uma cultura dentro das organizações cuja finalidade é estabelecer “aquilo que é válido e desejável para ser transmitido aos novos membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àquelesproblemas”.

5

Conceitos introdutórios

Segundo o pensamento de Schein, toda cultura tem os seguintes níveis de apresentação:

(3)

7

(4)

Segundo Kotter e Herkett a cultura corporativa:

tem um significativo impacto sobre o desempenho da organização a longo prazo; é um importante fator de sucesso ou insucesso empresarial;

é sujeita a mudanças e pode contribuir para a melhoria do desempenho da empresa.

10

Conceitos introdutórios

Esses autores definiram dois níveis da cultura da organização:

nível visível;nível invisível

11

Conceitos introdutórios

(5)

13

Símbolos invísiveis

Há dois tipos de culturas organizacionais: as adaptativas e

as não-adaptativas.

14

(6)

Os autores identificaram os seguintes padrões de excelência (variáveis) nas empresas estudadas:

propensão à ação (valorização da ação, do fazer e da implementação);

proximidade do cliente (orientação para o cliente);

autonomia e espírito empreendedor (incentivo à mudança e à inovação);

produtividade através das pessoas (Administração com o foco nas pessoas);

16

Conceitos introdutórios

orientação para valores (sentido de missão e visão claramente definido e difundido); focalização no negócio (foco no negócio); forma simples, staff enxuto (estrutura simples e enxuta);

propriedades simultaneamente soltas e apertadas (controle rígido dos valores e controles frouxos em ações individuais de mudança e inovação como estímulo à ação).

17

(7)

De acordo com Mintzberg a cultura éa mente da organização, sua força vital, a alma do seu corpo físico, suas crenças comuns que se refletem nas tradições, nos hábitos, nas histórias, nos símbolos, nas instalações e nos produtos.

19

Conceitos introdutórios

Srour, afirma que a cultura impregna todasas práticas e constitui um conjunto preciso de representações mentais, um complexo muito definido desaberes.

20

Conceitos introdutórios

Para Srour, a cultura organizacional tem por características:

ser aprendida, transmitida, partilhada;

resultar de uma aprendizagem socialmente condicionada;

exprimir a identidade da organização; ser construída ao longo do tempo; distinguir diferentes coletividades.

(8)

Segundo esse autor, a análise da cultura organizacional pressupõe a identificação e o estudo detalhado de quatro campos de saber: saber ideológico (evidências doutrinárias, retóricas);

saber científico (evidências explicativas); saber artístico (expressões estéticas); saber técnico (procedimentos, regras).

22

Conceitos introdutórios

OCLIMA ORGANIZACIONAL, por sua vez, é a percepção coletiva que as pessoas têm da empresa, por meio da experimentação de práticas políticas, estruturas, processos e sistemas e a conseqüente reação a esta percepção.

23

Clima Organizacional

Os itens a serem investigados numa PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL são os seguintes:

o trabalho em si (o que as pessoas acham do seu trabalho);

a integração setorial e interpessoal (grau de cooperação e relacionamento existente entre os funcionários e as unidades da empresa); salário (grau de satisfação ou insatisfação em relação aos salários pagos pela empresa);

(9)

estilo gerencial (reação dos funcionários ao comportamento dos gerentes);

comunicação (como as pessoas vêem o processo de comunicação na empresa); desenvolvimento profissional ( as oportunidades de treinamento e desenvolvimento, promoções e carreiras); imagem da empresa (sentimento das pessoas em relação à empresa);

25

Clima Organizacional

processo decisório (grau de centralização ou descentralização das decisões);

benefícios (grau de satisfação em relação aos benefícios oferecidos pela empresa);

condições físicas do trabalho (conforto, instalações);

trabalho em equipe (grau de participação); orientação por resultados (ênfase na busca de metas e objetivos).

26

Clima Organizacional

O modelo japonês de gestão tornou-se o novo paradigma no começo dos anos 1980, e uma boa maneira de analisar tal modelo de excelência da cultura e da gestão japonesa é o livro A teoria Z, de William Ouchi.

(10)

28

As características da cultura organizacional das empresas japonesas são as seguintes: emprego estável para as pessoas (foco no emprego vitalício);

avaliação de desempenho constante e promoção lenta;

pouca especialização das pessoas (foco no treinamento) e a adoção de uma filosofia de treinamento permanente;

29

Teoria Z

igualitarismo no tratamento das pessoas; ênfase na busca do consenso (nenhuma decisão é tomada sem o consenso do grupo);

valorização das pessoas (os funcionários como principal ativo da empresa).

(11)

As características da cultura organizacional das empresas japonesas são as seguintes:

emprego estável para as pessoas (foco no emprego vitalício);

avaliação de desempenho constante e promoção lenta;

pouca especialização das pessoas (foco no treinamento) e a adoção de uma filosofia de treinamento permanente;

igualitarismo no tratamento das pessoas;

ênfase na busca do consenso (nenhuma decisão é tomada sem o consenso do grupo);

valorização das pessoas (os funcionários como principal ativo da empresa).

31

Teoria Z

Em 1942, foi criado o National Training Laboratory (NTL), onde tiveram início as primeiras pesquisas de laboratório sobre comportamento e dinâmica de grupo.

32

D.O.

As empresas tinham diante de si próprias um grande desafio:

Como promover e gerenciar mudanças? Como se adaptar a esse novo mundo em transformação?

(12)

Era necessário integrar indivíduos, grupos, organização e ambiente. Tais elementos deveriam integrar-se num projeto único, porém consensual, de DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL.

34

D.O.

DO é uma proposta de mudança organizacional. Para Bennis (1972), as empresas têm necessidades de mudanças para fazer face aos seguintes problemas: de destino, crescimento, identidade e revitalização;

de satisfação e desenvolvimento humano; de eficiência organizacional.

35

(13)

Diversos autores apresentaram conceitos de DO. Veja estes:

É um esforço de longo prazo, conduzido pelas empresas para melhorar a visão de uma organização em um processo de EMPODERAMENTO de aprendizagem e de solução de problemas, realizado através de um gerenciamento de cultura de organizações, colaborativo e contínuo, com ênfase especial na cultura de equipes de trabalho (FRENCH, BELL, 1999);

37

D.O.

É um esforço planejado, que engloba toda a organização, administrado pela alta direção, que aumenta a eficiência e a saúde da organização através de intervenções planejadas nos processos organizacionais, usando conhecimentos das ciências do comportamento (BECKHARD, 1969);

38

D.O.

É o fortalecimento daqueles processos humanos dentro das organizações, que melhoram o funcionamento do sistema orgânico para alcançar os seus objetivos (GORDON LIPPITT, 1969);

(14)

40

A Scania, fabricante de caminhões, realiza os seguintes programas de desenvolvimento de seus colaboradores:

41

O caso da Scania

programa de aprendizes Senai, cujo objetivo é desenvolver menores de 16 a 18 anos matriculados nos cursos do Senai, através da aprendizagem de habilidades técnicas;

programa de estagiários, que compreende alunos de curso superior e médio matriculados nos últimos períodos;

(15)

programa de trainees que consiste na contratação de recém-formados, os quais se submetem a um programa de treinamento de dois anos na própria empresa;

programa de treinamento e desenvolvimento de colaboradores, extensivo a todos os funcionários da empresa, com o objetivo de desenvolver suas competências técnicas e interpessoais;

43

O caso da Scania

programa de desenvolvimento de lideranças, focado na formação e desenvolvimento de líderes organizacionais, que inclui diretores, gerentes, chefes e supervisores e seus futuros sucessores.

44

O caso da Scania

A estratégia básica de Desenvolvimento Organizacional da Scania consiste na ênfase das atividades de treinamento e desenvolvimento (T&D) de seus recursos humanos, técnicos e gerenciais.

(16)

46

São técnicas que objetivam administrar conflitos grupais e individuais, promover maior coesão grupal e maior integração entre grupos, pessoas e unidades organizacionais, bem como definir metas e objetivos de trabalho.

47

As Tecnicas de D.O.

As técnicas de DO que caracterizam as intervenções na cultura, clima e processos organizacionais são de diversos tipos, segundo os autores apresentados no quadro a seguir:

(17)

49

Dentre as principais técnicas de DO estão o desenvolvimento de equipes (team building), os grupos de confrontação, o espelho organizacional e o laboratório de sensibilidade.

50

As Tecnicas de D.O.

(18)

Como resultado, construiu a seguinte tipologia de sistemas gerenciais:

52

O Estudo Pioneiro de Likert

sistema 1:autoritário forte e explorador

53

O Estudo Pioneiro de Likert

sistema 2:autoritário benevolente

(19)

sistema 3:consultivo

55

O Estudo Pioneiro de Likert

sistema 4:participativo

56

O Estudo Pioneiro de Likert

Assim, Likert definiu dois modelos distintos de gestão:

autoritário: subdividido em autoritário forte e explorador (sistema 1) e autoritário benevolente (sistema 2);

participativo: subdividido em consultivo (sistema 3) e participativo (sistema 4).

(20)

58

Surgido na década de 1950, através dos estudos e pesquisas de Peter Drucker e John Humble, o modelo de APO é um método de avaliação e controle sobre o desempenho de áreas e da empresa como um todo.

59

Administração por Objetivos

São as seguintes as principais características do modelo APO:

compreende o estabelecimento de objetivos, envolvendo chefe e subordinados, em todos os níveis de gerência da empresa;

é centrado na fixação dos objetivos da empresa e das suas diversas áreas funcionais e de negócios.

(21)

61

62

Com o advento dos modelos de gerenciamento de processos, surgiu uma nova abordagem de APO: o ciclo PDCA, desenvolvido por Walter A. Stewart, na década de 1920, e aperfeiçoado por DEMING em 1950.

(22)

64

É a contínua atividade de revisão e melhoria de processos organizacionais. Ao criar novos processos e melhorar os já existentes, o gerenciamento de processos maximiza os objetivos de:

redução de custos;

redução do ciclo dos projetos; melhoria do atendimento; aumento da produtividade; inovação.

65

Administração por Objetivos

A prática de gestão por processos demanda a criação de equipes multifuncionais, com a participação de pessoas de várias áreas da empresa.

(23)

67

68

Introdução

(24)

Introdução

Acreditava-se que todas as práticas administrativas podiam ser aplicadas às organizações indistintamente. Mas a cultura nacional influencia a cultura organizacional.

70

Introdução

A cultura brasileira é heterogênea e formada por vários“traços”o que dificulta a sua análise.

71

Introdução

(25)

Introdução

O comportamento de executivos e trabalhadores baseiam-se em crenças, atitudes e valores e, em certa medida, verdadeiros ciclos viciosos de comportamento são causados por crenças, atitudes e valores.

73

Estilos Administrativos e Culturas

Nacionais

A cultura fornece um referencial que permite aos atores dar um sentido ao mundo em que vivem e as suas próprias ações.

74

Estilos Administrativos e Culturas

Nacionais

(26)

Cultura e Organizações no Brasil

O talento administrativo brasileiro é baixo se comparado com países europeus.

76

Cultura e Organizações no Brasil

O processo de decisão é centralizado e não gostamos de delegar.

77

Cultura e Organizações no Brasil

A estrutura organizacional retrata a estrutura social, preenchida de desigualdade e centralização.

(27)

Cultura e Organizações no Brasil

Nossa sociedade é paradoxal.

79

Cultura Nacional e “Traços

Nacionais”

Traços nacionais são como parte do inconsciente de cada indivíduo.

80

Cultura Nacional e “Traços

Nacionais”

Como definir traços nacionais em um país que mais parece um caos

(28)

Cultura Nacional e “Traços

Nacionais”

Gilberto Freyre (1966) e Caio Prado Jr. (1969) centram sua análise em uma abordagem etnológica e histórica das raízes da nossa cultura.

82

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

As culturas nacionais e subculturas são formadas por pressupostos básicos, artefatos visíveis e outros conjuntos simbólicos.

83

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

(29)

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

Os valores são conscientes e contribuem para criar parâmetros de como pensar, sentir e agir, desempenhando papel fundamental para o sucesso das organizações.

85

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

As organizações são parte da sociedade, e portanto, parte de sua cultura. Elas são

subculturasde uma sociedade.

86

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

(30)

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

Material são as estrutura econômicas, as técnicas, as estruturas sociais, as leis e normas, as vivências concretas.

88

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

Imaterial, é o conjunto de valores, crenças e símbolos que influenciam o comportamento dos indíviduos diante da família, de seu trabalho e de sua organização.

89

Decifrarmos na organização o complexo“material -imaterial”, que forma a denominada “cultura da organização”, implica estabelecer um interdependência entre esta“culturade empresa”, em termo mais gerencial, e as estruturas sociais, a história, a formação de seu povo, o inconsciente impregnado no coletivo humano, as leis, a moral, enfim, todos os fatores formadores dos traços de seu povo. No caso brasileiro, de nossos “traços brasileiros”.

(31)

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

Cada organização delimita uma cultura organizacional única, gerada e sustentada pelos mais diversos elementos e formas.

91

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

A cultura de uma organização sofre influência de seus fundadores, líderes, de seu processohistórico, de seu mercado.

92

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

(32)

94

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

A cultura nacional é um dos fatores na formação da cultura organizacional e sua influênciapodevariar de organização para organização.

95

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

(33)

97

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

A compreensão da cultura nacional onde está inserida é um ponto crítico do seu sucesso.

98

Cultura Nacional e Cultura

Organizacional

(34)

Raízes Brasileiras

O Brasil foi feito de negros, brancos e índios.

100 Triângu

lo Racial Portugueses

Índios Negros

Raízes Brasileiras

Os portugueses impuseram seu modo de produção, suas estruturas sociais e seu rígido sistema de valores.

101

Raízes Brasileiras

(35)

Raízes Brasileiras

Os índios nos influenciaram nas relações sexuais e de família, na magia e na mítica.

103

Raízes Brasileiras

Devido ao processo imigratório temos assimilado culturas diversas:

Italianos; Alemães; Sírios; Libaneses; Judeus; Japoneses; Árabes, etc.).

104

Traços Brasileiros para uma análise

organizacional

(36)

Traços Brasileiros para uma análise

organizacional

Seu trabalho foi realizado nas filiais daIBM em diversos países, entre 1968 e 1972, mediante a análise de 116 mil questionários aplicados em 72 subsidiárias diferentes da empresa, localizadas em países distintos.

106

107

Pais•. Distância hierárquica

Individualismo Masculinidade Controle da incerteza

Alemanha B A A B

Brasil A M M M

China A B M M

Espanha M M B A

Estados Unidos B A A B

França A A M A

Grâ-Bretanha B A M B

Japão M M A A

Portugal M M B A

Rússia A M B A

A = Alto (situado no terço superior da amostra) M = Médio (no terço intermédio) B = Baixo (no terço inferior)

Nível Transcultural: as dimensões de Hofstede

Traços Brasileiros para uma análise

organizacional

(37)

109

A cultura portuguesa foi imposta.

As primeiras relações sociais surgiram com base na força do trabalho do escravo, ordenado e reprimido, separado e calado, gerando uma estratificação social e rígida hierarquização, estabelecendo uma distância entre senhor e escravos.

110

Hierarquia

Também o colonizador estabeleceu um poderaristocrático, centralizando poder na figura dospatriarcas.

(38)

A família patriarcalnos forneceu o grande modelo moral, quase inflexível, que regula as relações entre governantes e governados, definindo as normas de dominação, conferindo a centralização de poder nas mãos dos governantes e a subordinação aos governados.

112

Hierarquia

A família patriarcal estava centralizada na figura dopaie extremamente autoritária.

113

Hierarquia

Concentração do Poder

“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”

“Você sabe com quem está falando?”

(39)

O Brasil vive numa sociedade baseada em relações e desenvolve a necessidade de relacionar-se proximamente e afetuosamente.

115

Personalismo

O brasileiro possui muito calor humano, influenciado pelo africano, em sua terna bondade.

116

Personalismo

Trata-se de um povo acolhedor, hospitaleiro, afetuoso e generoso devido a mistura de raças existentes.

(40)

Possui necessidades de aproximação e valorização da família. Por isso, é também paternalista, pois, ao mesmo tempo que controla, ordenaeprotegeos seus.

118

Personalismo

O que vale não é a figura do cidadão, mas a malha de relações estabelecidas por pessoas, famílias e grupos de parentes e amigos.

119

Personalismo

A democracia não valorizada, vivemos um intermediário entre a autocracia e a democracia.

(41)

Opadrinho assume papel fundamental nas relações de ascensão e como apelo às relações sociais informais.

O“Jeitinho”como forma de contornar a lei

e a formalidade.

121

Personalismo

O emprego do “inho” serve para familiarizarcompessoas ou objetos, torná-los mais próximos.

122

Personalismo

A célula social, ao mesmo tempo que é hierarquizada, tem como unidade básica a relação, a proximidade, o contato íntimo. (Nada mais próximo do que as relações familiares, nada mais distante do que a relação senhor-escravo).

(42)

O “patrão”, ao dominar seu trabalho oferecendo o emprego, também domina suasaspiraçõesereivindicações, pois apela para amoralidade das relações.

124

Personalismo

Ao estabelecer uma relação de confiança, protege-o como seu filho e, com o empregado na mão,controla-o.

125

Personalismo

O empregado, ao sentir protegido, retribui comlealdade a seu superior.

Conotação negativa do termo cidadão: O cidadão vai ter que esperar umpouco”.

(43)

A malandragem é muito típica em nossa sociedade e nas organizações.

127

Malandragem

O indivíduo é freqüentemente reconhecido e valorizado em função de sua rede de relações interpessoais. Quando as situações conspiram contra o indivíduo, apela-se para as relações de intimidade a fim de encontrar uma saída.

128

Malandragem

Vale tudo para conseguir o que precisa ou o que deseja. É o famoso“jeitinho brasileiro” que tem como forma a sobrevivência, relacionando o impessoal com o pessoal.

(44)

O malandro possui um alto grau de criatividade, dedinamismo, deativese de flexibilidadepara as diversas situações.

130

Malandragem

Inconscientemente cada indivíduo adquire um pouco desse caráter e em diferentes níveis. Sabe-se pois, que arelação é um dos caminhos para o sucesso, seja ela pessoal ou profissional.

131

Malandragem

O tratamento não igualitário dos indivíduos possibilitou um modo de navegação social baseado nas relações, ou seja, em laços de família e amizade.

(45)

Entre o “pode” e o “não pode” buscamos um caminho intermediário no famoso “jeitinho”.

O“jeitinho”é um modo de sobreviver O malandro é um mestre na arte do “jeitinho”.

133

Malandragem

Malandro é o sujeito esperto, que dificilmente é enganado. Sendo flexível, consegue adaptar-se às mais diversas situações, saindo-se quase sempre bem das ocasiões difíceis.

O malando é dinâmico e ativo, busca soluções criativas e inovadoras.

O personagem Zé Carioca personificou o conceito de malandro.

134

Malandragem

O personagem Zé Carioca personificou o conceito de malandro.

(46)

136

Zé Carioca teria sido criado pelo próprio Walt Disney dentro doCopacabana PalaceHotel. O desenhista disse que amou tanto oRio de Janeiro, que tinha que deixar um presente para os cariocas. Hoje o Zé Carioca é mais do que um personagem ou mascote carioca, é um elo entre a Walt Disney World e o Brasil. Em sua passagem pelo Brasil, uma das coisas que chamou a atenção de Walt Disney foi o inesgotável repertório de piadas de papagaio que circulavam pela rua. Daí a inspiração para a criação do personagem como um papagaio antropomórfico, que deveria representar o estereótipo do brasileiro (em especial o do Rio de Janeiro, cartão postal do Brasil até hoje)..

Zé Carioca teria sido criado pelo próprio Walt Disney dentro doCopacabana PalaceHotel. O desenhista disse que amou tanto oRio de Janeiro, que tinha que deixar um presente para os cariocas. Hoje o Zé Carioca é mais do que um personagem ou mascote carioca, é um elo entre a Walt Disney World e o Brasil. Em sua passagem pelo Brasil, uma das coisas que chamou a atenção de Walt Disney foi o inesgotável repertório de piadas de papagaio que circulavam pela rua. Daí a inspiração para a criação do personagem como um papagaio antropomórfico, que deveria representar o estereótipo do brasileiro (em especial o do Rio de Janeiro, cartão postal do Brasil até hoje)..

O colonizador Português iniciou sua vida no Brasil afeiçoado à poligamia pelo contato com os mouros.

Descobriu nas índias o campo fértil para expandir sua ferocidade carnal.

A falta da mulher branca contribuiu para que os interesses de procriação abafassem os preconceitos morais e religiosos. Nesse contexto, o apego à carne torna-se intenso. O brasileiro gosta do contato com a pele, da fala carinhosa e do olhar malicioso.

137

Sensualismo

Espera-se, pois, que as relações pessoais dos brasileiros sejam afetivas e próximas. Depositam em suas relações sociais um sensualismo capaz de obter com maior facilidade aquilo que necessita ou deseja.

(47)

No Brasil há um cristianismo humanista apego á carne

Além do próprio carnaval que teve origens religiosas, as festas de São João, ligam funções afrodísíacas desse popularíssimo santo.

O sensualismo também se refrete na culinária.

139

Sensualismo

140

Nas formas de sociedades rudimentares, a distinção fundamental existe entre os povos caçadores e coletores (aventureiros), e os povos lavradores (trabalhadores). Dado pela aversão à agricultura e o desprezo pelo trabalho manual, o brasileiro busca seu foco em algo que lhe traga retorno a curto prazo.

(48)

Não gosta de seguir métodos e é capaz de encontrar soluções em grandes obstáculos. Isso é uma herança trazida dos colonizadores que usavam os escravos para as tarefas pesadas e que até os dias atuais, o trabalho manual está associado ao baixo prestígio social.

142

Aventureiro

O imigrantes representam, em nosso país, o trabalhador e o nosso conjunto social está mais para o aventureiro.

No Brasil o trabalho manual está associado a desqualificação social.

143

Aventureiro

Cultura e Organizações no Brasil

O Brasil é: Coletivista;

Possuí grande distância de poder; Busca evitar a incerteza

(49)

145

As empresas brasileiras são marcadas por

decisões que tendem a ser caracterizadas por uma interação social intensa, bem como por um

envolvimento ativo dos dirigentes superiores

geralmente autocráticos.

As decisões têm responsáveis que buscam

vantagens do que vêem como oportunidades, embora se limitem ao uso de informações de obtenção fácil, geralmente pobres em conteúdo.

A análise da nossa cultura contribui para gerenciar mudanças nas organizações. Para analisar a cultura, é necessário que recorramos a nossas origens, a nosso desenvolvimento e a um perfil de como somos hoje.

Como avaliar a cultura de um país com tais dimensões geográficas e diferenças regionais gritantes?

Existe um“mododegerenciar”brasileiro?

146

(50)

Introdução

Até que ponto a cultura brasileiro determinou ou contribuiu para a concepção de estilo de administrar brasileiro?

148

Introdução

Sistema de ação cultural brasileiro:um modelo de ação cultural brasileira na gestão brasileira.

149

Pensando a cultura brasileira na

gestão empresarial...

(51)

151

Pensando a cultura brasileira na

gestão empresarial...

Através da pesquisa foi possível retratar um modelo do estilo brasileiro de administrar.

152

Pensando a cultura Brasileira na

gestão empresarial...

Sabemos que povos diferentes vivem de formas diferentes e têm alimentação, festas, línguas, símbolos, heróis diferenciados. Mas será a gestão também uma expressão cultural de um país? Será que a forma de administrar as empresas, em cada um dos países, possui características também

diferenciadas?”

Um modelo do sistema de ação

cultural brasileiro

O modelo proposto por Prates e Barros (2007), pode ser considerado um sistema de quatro subsistemas:

o institucional (ou formal); o pessoal (ou informal); dos líderes, e;

(52)

154

Um modelo do sistema de ação

cultural brasileiro

Nos subsistemas podemos encontrar algumas interseções, são elas:

Concentração de poder na interseção dos subsistemas líderes e formal;

Postura de espectador na interseção dos subsistemas liderados e formal;

Personalismo na interseção dos subsistemas líderes e pessoal;

Evitar conflito na interseção dos subsistemas liderados e pessoal.

155

Sistema de Ação Cultural

Brasileiro

Concentração

do Poder Personalismo

Postura de espectador Evitar conflito Formal Pessoal Liderados Líderes Paternalismo Flexibilidade Impunidade Institucional ou Informal ou

Subsistema dos “Líderes”

Concentração do Poder

“Manda quem pode, obedece quem tem juízo

(53)

157

Subsistema dos “Líderes”

Personalismo

Conotação negativa do termo cidadão: O cidadão vai ter que esperar um pouco.

158

Subsistema dos “Líderes”

Personalismo

Magnetismo exercido pela “pessoa”, por meio do seu discurso ou poder de ligações (relações com outras pessoas), e não por sua especialização.

Paternalismo

A combinação do Personalismo e da Concentração do poder resulta no PATERNALISMO;

(54)

160

Paternalismo

Apresenta duas facetas: Patriarcalismo; Patrimonialismo.

Subsistema dos “Líderes”

161

Subsistema Institucional

Postura do Espectador

Prática do diálogo substituída pelos comunicados:

Ex.“Digaao povo que fico;

Subsistema Institucional

Postura do Espectador

(55)

163

Subsistema Institucional

Postura do Espectador

Transferência de responsabilidade:

“se o poder não está comigo, não estou incluído nele e não sou eu quem toma a decisão, a responsabilidade também não é minha.”

164

Formalismo

O Formalismo consiste em uma das formas mais significativas e relevantes de como a nossa cultura procura fugir das incertezas do futuro.

Subsistema Institucional

Formalismo

Meios de garantir maior segurança e evitar riscos futuros:

Tecnologia; Leis; Religião.

(56)

166

Formalismo

O brasileiro buscaresultados imediatistase de

baixa capacidade de provisionamento, mostra uma posturasem ansiedadepara o que possa vir depois.

Subsistema Institucional

167

Formalismo

“Paraos amigos tudo, para os inimigos nada,

para os indiferentes alei”.(Atribuído a Getúlio Vargas).

Subsistema Institucional

Impunidade

É o elo que fecha a cadeia de valores culturais e que lhe dá realimentação crescente.

(57)

169

Impunidade

A impunidade faz com que o poder dos líderes aumente ainda mais além de fortalecer a posição de espectador do brasileiro.

“Salve-se quem puder”. (Dito popular)

“É preciso levar vantagem em tudo”. (Lei de

Gerson)

Subsistema Institucional

170

Subsistema Pessoal

Lealdade Pessoal

É caracterizada pelo mecanismo de ampla interligação entre os vários grupos de uma

sociedade está centrado na pessoa, essencialmente nos líderes.

Subsistema Pessoal

Lealdade Pessoal

A confiança é depositada no líder e é ele que liga a rede.

(58)

172

Subsistema Pessoal

Evitar conflitos

A sociedade brasileira tem uma “tendência” de evitar conflitos.

173

Subsistema Pessoal

Evitar conflitos

O traço de evitar conflitos está muito mais presente no sentidoliderado-líder. No sentido líder-liderado o primeiro não teme a existência do conflito.

Subsistema dos “Liderados”

Flexibilidade

(59)

175

Subsistema dos “Liderados”

Flexibilidade

A Flexibilidade apresenta duas faces:

Adaptabilidade: pacotes econômicos, crises econômicas, etc.

Criatividade: esporte, carnaval, música, etc.

176

Subsistema dos “Liderados”

Adaptabilidade

Pode ser vista no caso das empresas ao se ajustarem a vários pacotes econômicos e no caso dos empregados quando estão em contato com técnicos do exterior, responsáveis pela implantação de processos tecnológicos importado

Subsistema dos “Liderados”

Criatividade

O brasileiro é criativo.

(60)

178

Resultado da pesquisa feita com os

2500 gerentes e dirigentes de 520

empresas

Entrevistados / Características Concordam e Concordam em Parte (%)

Discordam e Discoram em Parte (%) Concentração de poder 88 12 Flexibilidade 81 19

Paternalismo 77 23

Dependência 76 24

Lealdade às pessoas 71 29

Personalismo 69 31

Impunidade 69 31

Evitar conflito 68 32 Postura do Espectador 67 33

Formalismo 65 35

179

Conclusão

Segundo DAMATTA (1984), a nossa capacidade relacional que pretende ligar como força, sugestividade e inigualável desejo, o alto com o baixo, o céu com a Terra, o santo com o pecador, o interior com o exterior, o fraco com o poderoso, o humano com o divino, o passado com o presente.

Conclusão

(61)

181

(62)

184

BARBOSA, Lívia. Cultura e empresas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

MAXIMIANO, A. C. A. Introdução da Teoria Geral da administração: introdução à teoria geral e aos processos da administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015. MAXIMIANO, A. C. A.Fundamentos da administração:

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Referências

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