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O problema do volume

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Academic year: 2019

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Texto

(1)

Fun¸c˜

oes de V´

arias Vari´

aveis

FVV BC 0407

01/04/2016

FVV BC 0407 Fun¸c˜oes de V´arias Vari´aveis 01/04/2016 1 / 1

Integrais M´

ultiplas-Parte I

Oitava Aula

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O problema da ´

area

FUV

f : [a,b]R fun¸c˜ao cont´ınua

f(x,y)0 em [a,b] Ent˜ao

Z b

a

f(x)dx

´e a ´area da regi˜ao Ado plano compreendida entre

◮ o eixox

◮ o gr´afico da fun¸c˜ao f ◮ as retas x=aex =b

O problema do volume

f :R ⊂R2 →R fun¸c˜ao cont´ınua, onde

R= [a,b]×[c,d] ´e um retˆangulo

f(x,y)0 emR(ent˜ao, o gr´afico de f ´e uma superf´ıcie, situada acima do retˆangulo R.)

Consideremos o s´olido W determinado

◮ pelo gr´afico def ◮ pelo retˆanguloR

◮ pelos planosx=aex =b ◮ pelos planosy=c ey =d

(2)

Fun¸c˜

ao limitada

Dizemos quez =f(x,y) ´e umafun¸c˜ao limitada no retˆanguloR ⊂R2

se, existe uma constante real positivaM tal que

|f(x,y)| ≤M, qualquer que seja (x,y)∈ R

Observa¸c˜ao: Toda fun¸c˜ao cont´ınua em R´e limitada.

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Integral dupla sobre um retˆ

angulo

z =f(x,y) fun¸c˜ao limitada emR= [a,b]×[c,d] Parti¸c˜ao de [a,b]: P1={x0,x1,· · · ,xn}, onde

a=x0 <x1 <· · ·<xn =b e xj+1−xj =

ba n

Parti¸c˜ao de [c,d]: P2 ={y0,y1,· · · ,yn}, onde

c =y0 <y1 <· · ·<tn =d e yj+1−yj =

d c n

Ent˜aoP1× P2 ´e uma parti¸c˜ao de n2 subretˆangulos do retˆangulo R

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Ovolume do paralelep´ıpedo de base ∆x ·∆y e alturaf(cjk) ´e

f(cjk)∆x·∆y

Formemos a soma

Sn = n−1

X

j=0 n−1

X

k=0

f(cjk) ∆x ·∆y

!

=

n−1

X

j,k=0

f(cjk) ∆x·∆y

| {z }

∆A

=

n−1

X

j,k=0

f(cjk) ∆A

Uma soma deste tipo ´e chamadaSoma de Riemann def sobre R.

Observemos que o valor deS depende da escolha dec .

Defini¸c˜ao

Dizemos que uma fun¸c˜aoz =f(x,y) limitada em R= [a,b]×[c,d] ´e

integr´avel sobreRse

s = lim

n→+∞

n−1

X

j,k=0

f(cjk) ∆A existe

e este limite independe da escolha dos pontoscjk. Escrevemos

s =

Z Z

R

f(x,y)dx dy.

e chamamos deintegral dupladef sobreR.

(3)

Assim, quando f(x,y)0, a integral dupla

Z Z

R

f(x,y)dx dy =

Z Z

R

f(x,y)dA

nos d´a o volume do s´olido W (delimitado superiormente pelo gr´afico def, inferiormente pelo retˆangulo Re lateralmente pelos planos x =a, x =b,

y =c, y =d).

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Propriedades da Integral Dupla

1. Linearidade: f,g fun¸c˜oes integr´aveis sobreR

a eb constantes

Ent˜ao

◮ af +bg ´e integr´avel sobreR ◮

Z Z

R

(a f +b g)dx dy =a

Z Z

R

f(x,y)dx dy+b

Z Z

R

g(x,y)dx dy 2. Monotonicidade: f,g fun¸c˜oes integr´aveis sobreR

f(x,y)g(x,y); para todo (x,y)∈ R Ent˜ao

Z Z

R

f(x,y)dx dy ≥

Z Z

R

g(x,y)dx,dy

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3. Aditividade: O retˆanguloR´e subdividido em 2 retˆangulosR1 e R2

f integr´avel sobreR1 e sobreR2

Ent˜ao

◮ f ´e integr´avel sobreR ◮

Z Z

R

f(x,y)dx dy=

Z Z

R1

f(x,y)dx dy+

Z Z

R2

f(x,y)dx dy

Integrais Iteradas

O Teorema a seguir nos d´a um m´etodo pr´atico para calcular algumas integrais duplas, atrav´es de duas integra¸c˜oes sucessivas de fun¸c˜oes de uma vari´avel:

Teorema de Fubini

Seja z =f(x,y) uma fun¸c˜ao cont´ınua emR= [a,b]×[c,d]. Ent˜ao

Z Z

R

f dx dy =

Z b

a

Z d

c

f(x,y)dy

dx =

Z d

c

Z b

a

f(x,y)dx

dy

As integrais acima usualmente s˜ao chamadasintegrais iteradaspois temos

(4)

Exemplo 1

Seja R= [1,1]×[0,π2]. Calcule

Z Z

R

(x sen y y ex)dx dy.

Solu¸c˜ao: Como f(x,y) =x sen yy ex ´e cont´ınua em R, pelo

Teorema de Fubini temos que

Z Z

R

(x sen y y ex)dx dy =

Z π 2

0

Z 1

−1

(x sen yy ex)dx

dy

= π

2

8

1

e −e

Observa¸c˜ao: Por Fubini tamb´em temos

Z Z

R

(x sen yy ex)dx dy =

Z 1

−1

"Z π 2

0

(x sen yy ex)dy #

dx

= π

2

8

1

e −e

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Exemplo 2

Determine o volume do s´olido W que ´e determinado

◮ pelo parabol´oide el´ıpticoz = 16−x2−2y2

◮ pelos planosx= 2,y = 2 e os trˆes planos coordenados.

Solu¸c˜ao: Como z = 16x22y20 em R= [0,2]×[0,2], ent˜ao

Volume deW =

Z Z

R

f(x,y)dA

=

Z 2

0

Z 2

0

(16x22y2)dx dy

= 48

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Integral dupla sobre regi˜

oes mais gerais

Seja DR2 uma regi˜ao fechada e limitada. Logo,D pode ser

cercada por uma regi˜ao retangular R.

Definamos uma nova fun¸c˜ao ˜f como dom´ınioR por

˜

f =

(

f(x,y) se(x,y)D

0 se(x,y)∈ R −D

Observemos que

◮ f˜´e cont´ınua, exceto, possivelmente, na fronteira deD ◮ f˜´e limitada

◮ f˜´e integr´avel sobreR Definimos

Z Z

D

f(x,y)dA

| {z }

independe da escolha deR

=

Z Z

R

˜

(5)

Regi˜

ao Tipo I

ϕ1, ϕ2: [a,b]→Rcont´ınuas ϕ1 ≤ϕ2

D ={(x,y)R2 : ax b eϕ1(x)≤y ≤ϕ2(x)}

Regi˜ao Tipo I

Observe que D´e uma regi˜ao fechada e limitada.

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Regi˜

ao Tipo II

φ1, φ2 : [c,d]Rcont´ınuas

φ1≤φ2

D={(x,y)R2 : c y d e φ1(y)≤x ≤φ2(y)}

Regi˜ao Tipo II

Observe que D ´e uma regi˜ao fechada e limitada.

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Teorema

DR2 regi˜ao fechada e limitada

f :DR2 Rfun¸c˜ao cont´ınua

(i) SeD ´e uma regi˜ao Tipo I, ent˜ao

Z Z

D

f(x,y)dA=

Z b

a

Z ϕ2(x)

ϕ1(x)

f(x,y)dy dx

(ii) SeD ´e uma regi˜ao Tipo II, ent˜ao

Z Z

D

f(x,y)dA=

Z d

c

Z φ2(y)

φ1(y)

f(x,y)dx dy

Observa¸c˜

ao:

Seja D uma regi˜ao Tipo I ef(x,y) = 1 para todo (x,y)D. Ent˜ao

Z Z

D

1dx dy =

Z b

a

Z ϕ2(x)

ϕ1(x)

dy dx

=

Z b

a

[y]ϕ2(x) ϕ1(x) dx

=

Z b

a

(6)

Exemplo 1

Calcule Z Z

D

(x+y)dx dy,

onde D ´e o triˆangulo de v´ertices (1,0),(0,1) e (1,0).

Solu¸c˜ao: Observemos que para 0y 1 temos que

φ1(y)

| {z }

y−1

≤x φ2(y)

| {z }

1−y .

Ent˜aoD={(x,y)R2 : 0y 1 e (y 1)x (1y)}´e uma regi˜ao do Tipo II. Logo

Z Z

D

(x+y)dA=

Z 1

0

Z φ1(y)

φ2(y)

(x+y)dx dy = 1 3.

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Observa¸c˜

ao:

A regi˜aoD pode ser dividida em:

D1 ={(x,y)∈R2 : −1≤x ≤0 e 0≤y ≤x+ 1} regi˜ao tipo I

D2 ={(x,y)∈R2 : 0≤x ≤1 e 0≤y ≤1−x} regi˜ao tipo I

tais queD =D1∪D2. Ent˜ao

Z Z

D

(x+y)dA =

Z Z

D1

(x +y)dA+

Z Z

D2

(x+y)dA

=

Z 0

−1

Z x+1

0

(x +y)dy dx +

Z 1

0

Z 1−x

0

(x+y)dy dx

=13

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Exemplo 2

Encontre o volume do s´olido limitado pelos cilindros

(

x2+y2=a2 x2+z2 =a2

Figura: S´olidoW

Solu¸c˜

ao

O volume do s´olido pedido ´e 8 vezes o volume do s´olido W (ver figura)

Base do s´olido: (Regi˜ao Tipo I)

D={(x,y) : 0x a e 0y √a2x2}

Para cada (x,y)D, a altura do s´olidoW ´e dada por

z =f(x,y) =√a2x2

Ent˜ao

Z Z

D

p

a2x2dx dy =

Z a

0

Z √a2x2

0

p

a2x2dy dx

=

Z a

0

(a2x2) ˙d x = 2a

3

Referências

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