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Relatório de Estágio

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e

Secundário

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Diogo Filipe Coelho de Melo

Professor Orientador: Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro

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2º Ciclo em Ensino de Educação Física nos Ensinos

Básico e Secundário

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos

Básico e Secundário

Diogo Filipe Coelho de Melo

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Relatório de Estágio, apresentado à UTAD, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob orientação da professora Doutora Maria Dolores Monteiro.

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“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão

pequeno que não possa ensinar.”

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Agradecimentos

À Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, por me proporcionar a realização deste estágio.

À direção da Escola Básica e Secundária de Santa Maria, por me abrirem portas e me receberem de braços abertos para a realização do estágio. Por me ter proporcionado todos os recursos para que o estágio se desenrolasse com êxito.

À professora orientadora cooperante do meu estágio, pela grande ajuda, paciência, orientação, apoio, motivação e dedicação desde o momento em que solicitei a orientação da professora para poder realizar o estágio na Escola Básica e Secundária de Santa Maria. Pelos seus ensinamentos, conselhos e pela amizade estabelecida durante o estágio e depois deste.

À professora Doutora Maria Dolores Monteiro, supervisora do meu estágio, pela sua orientação, pela transmissão dos seus conhecimentos, pela prontidão e disponibilidade no esclarecimento de dúvidas.

Aos professores Ágata Aranha e Nuno Garrido por se mostrarem sempre disponíveis para o esclarecimento de dúvidas e pelos conhecimentos e experiência transmitidos.

Aos professores do grupo de educação física da escola, onde realizei o estágio, pela forma como me receberam e me integraram no grupo, a sua simpatia, a sua total disponibilidade em ajudar-me, pela partilha de informação. Por proporcionarem um ambiente, onde foi possível um crescimento pessoal e profissional.

Aos professores da turma do 9ºB, pela partilha de conhecimentos e informação.

À turma à qual lecionei durante o ano de estágio, o 9ºB e ao grupo de desporto escolar. Pelos bons momentos passados. Pela sua dedicação, respeito e apreço para comigo. Permitindo-me melhorar o meu desempenho profissional.

A todos os professores que fizeram parte do meu percurso académico, durante estes 5 anos, por todos os conhecimentos transmitidos e pela sua paciência, que se revelaram cruciais para o meu crescimento pessoal e profissional.

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À minha família, mãe, pai e irmão pelo suporte familiar, incentivo, compreensão e apoio em todos os momentos. À minha avó e avô pela hospitalidade e pela forma como me trataram. Aos meus tios pelo apoio.

Aos meus amigos, que me apoiaram durante este percurso, quer na vida académica, quer na vida pessoal. Obrigado pela sua amizade.

Aos meus atletas da equipa de iniciados e juvenis do Clube Desportivo Os Marienses e equipa técnica pelo apoio e compreensão que tiveram comigo durante este período de estágio.

Aos meus colegas de equipa dos séniores do Clube Desportivo Os Marienses, treinador e direção pela amizade e compreensão que demonstraram durante este ano de estágio.

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Índice

Agradecimentos ... vii Índice de Figuras ... x Abreviaturas ... xi Resumo ... 1 1. Dimensão Pessoal ... 9

3. Tarefas de estágio de ensino aprendizagem ... 11

a. Integração na Escola ... 11

b. Planeamento ... 13

c. Unidades Didáticas (UD) ... 14

d. Planos de Aula (PA) ... 16

4. Práticas de Ensino Supervisionada ... 18

5. Atividades de Participação na Vida da Escola ... 20

a. Desporto Escolar (DE) ... 24

b. Corta Mato ... 26

c. Mega Salto e Mega Sprinter ... 26

6. Ações de formação frequentadas ... 26

7. Tarefas de Estagio de Relação Escola-Meio ... 27

a. Estudo de Turma (ET) ... 27

i. Amostra ... 29

ii. Instrumentos ... 29

iii. Procedimentos ... 30

iv. Relatório e Conclusões... 30

8. Avaliação ... 32

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Índice de Figuras

Figura 1- Plano de Aula ... 17 Figura 2 – Prática de Ensino Supervisionada ... 19 Figura 3 – Estudo de Turma ... 28

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Abreviaturas

RE – Relatório de estágio

UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro UD – Unidade Didática

EBSSMA – Escola Básica e Secundária de Santa Maria DE – Desporto Escolar

DT – Direção de Turma EF – Educação Física

CDM – Clube Desportivo Os Marienses ET- Estudo de Turma

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Resumo

O presente documento, intitulado de Relatório de Estágio, foi elaborado no âmbito da Unidade Curricular Seminário Interdisciplinar 1/2, do 1º e 2ºsemestres do 2º ciclo de estudos, correspondendo ao grau de Mestre no Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

A realização do presente Relatório de Estágio é de extrema importância na medida em que possibilita o relato e uma análise reflexiva deste ano letivo. O Estágio Pedagógico decorreu na Escola Básica e Secundária de Santa Maria, na Região Autónoma dos Açores, na ilha de Santa Maria. Este estágio foi sempre acompanhado, supervisionado e orientado pela professora cooperante e pela professora orientadora Maria Dolores Monteiro da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Neste documento, serão apresentadas todas as estruturas que dizem respeito ao Relatório de Estágio pedagógico, bem como, todas as vivências, experiências, aprendizagens e dificuldades sentidas.

O objetivo deste relatório é refletir sobre as atividades desenvolvidas ao longo do ano, realizando uma avaliação de todo o trabalho desenvolvido e os conhecimentos adquiridos. As principais competências profissionais a desenvolver enquanto professores estagiários são: o Planeamento, Realização e Avaliação. O conhecimento adquirido, as dificuldades sentidas e o impacto do estágio na realidade escolar, foram uma forma de refletir sobre o trabalho desenvolvido ao longo de todo o ano letivo. O professor ao refletir sobre os seus atos, consegue reajustar o ensino às necessidades do aluno, aperfeiçoando o processo de ensino-aprendizagem. O Estágio Pedagógico oferece uma oportunidade de aprendizagem e promove o desenvolvimento de competências profissionais e pessoais.

PALAVRAS-CHAVE: Relatório de Estágio, análise reflexiva, estágio pedagógico,

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Introdução

O presente trabalho, intitulado relatório de estágio pedagógico, decorreu no âmbito do Mestrado em Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com vista à obtenção do grau de Mestre. O referido estágio pedagógico decorreu na Escola Básica e Secundária de Santa Maria, na região autónoma dos Açores. Durante 10 meses fui o único professor estagiário na escola. Todo o estágio decorreu sobre a supervisão da professora cooperante, com o acompanhamento da professora orientadora Maria Dolores Monteiro.

Durante o ano letivo fui responsável pelo processo de ensino-aprendizagem da turma, 9ºB, que havia sido atribuída à professora cooperante. Assim sendo, todos os fundamentos relativos à conceção, planeamento, realização foram executados por mim, sob a permanente supervisão da orientadora cooperante.

Segundo Canário (2001), considerando a necessidade e a importância da formação prática dos futuros professores, optamos por considerar o estágio, como um período inicial de aprendizagem prática, integrado com as disciplinas ao longo do curso, cuja responsabilidade é de tematizar e problematizar as experiências vivenciadas pelos alunos nas escolas-campo, com o objetivo de contribuir com a formação prática profissional dos futuros professores. Compreender o estágio curricular como um tempo destinado a um processo de ensino e de aprendizagem é reconhecer que, apesar da formação oferecida em sala de aula ser fundamental, só ela não é suficiente para formar e preparar os alunos para o pleno exercício da sua profissão. É necessária a inserção na realidade escolar para aprender com a prática dos profissionais com mais experiência.

Segundo Almeida (1978) o relatório de estágio é também um elemento colaborador à avaliação do currículo. Ao abordar o estágio de um modo geral, tentou verificar a possível relação entre o estágio e a avaliação curricular, a partir da compreensão do estágio com um duplo efeito, em que, ao mesmo tempo, o aluno beneficia com o cumprimento do mesmo para conclusão do seu curso e para sua formação e a universidade, enquanto centro de formação, apropria-se das vivências do estágio dos seus alunos para corrigir sua trajetória curricular.

Este documento é composto por um capitulo, que diz respeito ao estágio em si, a todo o percurso realizado e ainda toda a atividade desenvolvida. Nele faço referência à

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minha dimensão pessoal, à expetativa que tinha referente ao estágio, às atividades de ensino e aprendizagem, às atividades de relação escola-meio, às atividades na escola, às tarefas de estágio de extensão à comunidade, às ações de formação frequentadas e às conclusões finais que retiro deste estágio pedagógico. Debruço-me sobre as aulas em si, a sua planificação, as dificuldades sentidas e as estratégias utilizadas. Decidi englobar a abordagem das práticas de ensino supervisionadas, das unidades didáticas e dos respetivos planos uma vez que, na minha opinião, tudo se interliga, e cada um destes parâmetros, não fariam sentido sem a existência dos restantes. Faço uma abordagem ao estudo de turma, à sua utilidade, à sua importância, na medida em que beneficiou o processo de ensino. Realço todas as atividades realizadas ao longo do ano letivo na escola. Abordo as tarefas de estágio estendidas à comunidade. No final, executo uma reflexão sobre todo o processo decorrido ao longo do meu estágio.

Este documento é o culminar de vários meses de empenho e trabalho onde irá ser retratado o meu percurso ao longo do estágio. Neste documento constam todas as atividades desenvolvidas ao longo do estágio pedagógico, onde irão ser referidos os acontecimentos de maior relevo, que tiveram influência no meu processo de ensino-aprendizagem.

Em suma, o relatório de estágio pretende desenvolver a capacidade reflexiva, relacionar a teoria e a prática num contexto real de aprendizagem, refletir sobre as várias experiências e vivências adquiridas de modo a adquirir novos conhecimentos, contribuindo fortemente para o meu enriquecimento pessoal e profissional.

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Relatório de Estágio

1. Dimensão Pessoal

Eu, Diogo Filipe Coelho de Melo, nascido em 8 de agosto de 1992, natural de Santa Maria, Açores.

O meu percurso enquanto desportista começou desde cedo, aos 6 anos de idade comecei a minha carreira desportiva ao ser atleta federado de andebol no CDM. Desde esse momento adquiri um gosto enorme pela modalidade. Dos 6 aos 18 anos fui atleta desse mesmo clube até entrar na universidade. Na minha adolescência também fui atleta de basquetebol durante quatro anos e de voleibol durante três no mesmo clube. Este percurso desportivo fez-me aumentar o meu leque de capacidades motoras e o conhecimento de várias modalidades desportivas, que se tornou importante no meu percurso académico. Todo este percurso desportivo, o meu gosto pelo desporto, ambiente escolar e o sonho de ter uma carreira como profissional de desporto, fez com que me candidatasse para o curso de Educação Física e Desporto Escolar, na UTAD. Escolhi a UTAD pela sua boa reputação, como uma das melhores universidades do país em desporto, pelos seus docentes, pelas suas instalações e por ter família na cidade de Vila Real.

Ao entrar para a universidade representei o clube Associação Desportiva de Godim, na Régua e o Vila Real e Benfica, ambos na terceira divisão nacional. Durante o meu percurso universitário, também representei a UTAD pela equipa de andebol. Enquanto estava na universidade tornei-me árbitro de andebol e que hoje em dia ainda o sou. Inesperadamente, no meu primeiro ano do segundo ciclo de estudos na universidade, surgiu a minha primeira experiência como técnico de futebol. Fui treinador adjunto de futebol dos traquinas durante 4 meses, no clube Associação Desportiva e Cultural da Escola Preparatória Diogo Cão.

Ao terminar a minha estadia em Vila Real, regressei a casa e ao clube em que fora atleta. Voltei a ser atleta do CDM, clube esse que limita na segunda divisão nacional de andebol, nesse mesmo clube. Nesse momento iniciei a minha carreira como treinador de andebol a convite do presidente do CDM, nos escalões de formação de iniciados e juvenis e

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também treinador de natação de crianças entre os 6 e os 10 anos de idade. No verão de 2015/2016, realizei um estágio profissional (estagiar U, estágio promovido pelo Governo dos Açores, para os alunos que frequentam um curso no ensino superior), com a duração de um mês num ginásio. Onde era responsável por acompanhar atletas de Voleibol, Basquetebol, Futsal e Andebol, propondo exercícios para o fortalecimento muscular e recuperação de lesões. Com este trabalho pretendi que estes atletas melhorassem as capacidades motoras como a força, agilidade, coordenação, resistência, velocidade e flexibilidade. O público-alvo eram atletas de vários clubes e de diferentes níveis etários. Durante este estágio, pude ficar a conhecer um pouco melhor o funcionamento de um ginásio. Neste período, também tive a oportunidade de acompanhar alguns clientes do ginásio em prescrição de exercício do mais variado género, como hipertrofia muscular, manutenção, perda de peso e tonificação.

Todo este percurso revelou-se fulcral para o meu desenvolvimento pessoal e profissional. Este trajeto desportivo percorrido até hoje, associado ao gosto pelo ensino, resultaram na pessoa que sou hoje. Todas as experiências, os treinadores, professores, a família, transmitiram-me a bagagem necessária para enfrentar o futuro da melhor forma.

Na UTAD licenciei-me em Educação Física e Desporto Escolar. Após a primeira etapa estar concluída, ingressei no 2º ciclo de estudos, o Mestrado do Ensino da Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundários, cumprindo desta forma os meus objetivos académicos a curto prazo. As minhas expetativas foram alcançadas tendo amealhado um vasto reportório de conhecimentos. O fato de residir na cidade de Vila Real, proporcionou-me a oportunidade de obter outra formação complementar, que na minha opinião são fundamentais para o meu futuro.

2. Expetativas referentes ao estágio curricular

Esta nova etapa do meu percurso académico, iniciou-se com a escolha da escola onde iria realizar o meu ano de estágio, inserido no segundo ano no Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário. Escolhi uma escola nos Açores, por ser natural de lá, pelo seu cariz acolhedor e familiar. Esta, não foi uma escolha fácil, pois por um lado era bom realizar o estágio perto de casa e pelas regalias posteriores de obter

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a primeira prioridade numa fase de candidatura a docente. Por outro lado, estar longe da Universidade e de alguns dos meus colegas que também realizaram estágio em Vila Real, não me permitia estar em constante comunicação e não haver uma partilha de conhecimentos tão grande. Não estar em permanente contato com a orientadora da universidade, deixou-me um pouco reticente. Ao refletir sobre o assunto decidi realizar o estágio na EBSSMA.

As referências que possuía da escola eram as melhores, pois foi onde realizei o meu segundo, terceiro ciclo e secundário como estudante. Já conhecia grande parte dos docentes da escola, a sua direção e as suas instalações. Uma das razões para ter escolhido esta escola, foi por já conhecer a minha coorientadora Gabriela Barata e saber o seu nível de exigência e profissionalismo, que me obrigaria a levar este ano com grande responsabilidade e dedicação.

Relativamente às expectativas referentes ao estágio pedagógico, previa a oferta do maior número de experiências que me permitissem enfrentar o seguimento da minha experiência profissional, ansiava o contato com as turmas, e comunidade escolar, ambicionava transmitir todos os saberes que fui adquirindo, as tarefas complementares à prática pedagógica.

Em suma estava ansioso para os novos desafios e pôr em ação todos os conhecimentos adquiridos ao longo do percurso escolar. Queria sentir as sensações de ser professor. Em relação à minha orientadora destacada pela UTAD, Professora Doutora Maria Dolores Monteiro, esperava que desenvolvesse um ambiente que fosse favorável à minha aprendizagem e desenvolvimento como futuro professor. Que através da sua análise, criticasse aspetos que fossem relevantes para a minha evolução e transformação como professor.

3. Tarefas de estágio de ensino aprendizagem

a. Integração na Escola

Como era esperado, aguardava com grande ansiedade este dia, mas também com grande nervosismo e timidez. O primeiro contato com a escola, foi no dia 8 de setembro de 2015,

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encontrei-me com a coorientadora e com a vice-presidente da escola que me puseram logo à vontade. Ambas receberam-me de forma respeitosa e atenciosa promovendo uma relação de afetividade positiva. Apresentaram-me as instalações da escola, o seu funcionamento, alguns auxiliares de educação, principalmente os responsáveis pela manutenção do pavilhão desportivo, que eram aqueles com quem iria privar frequentemente.

Numa fase inicial, a professora cooperante foi uma pessoa importante para a minha integração social na escola para que conhecesse não só os espaços da instituição, mas também as pessoas que nela trabalhavam, professores e funcionários.

Desde o início do ano fui visto como um professor por toda a comunidade escolar. Todo o grupo de EF, foi importante na minha integração, pondo-me à vontade em todas as reuniões de grupo, dando-me voz ativa. Sempre disponíveis para qualquer ajuda.

A participação nas reuniões de departamento e conselhos de turma foi mais um momento de aprendizagem, em que era permitido dar a minha opinião, não sendo apenas um espetador, onde todos os professores tratavam-me como um colega, o que fez com que desde logo perdesse a timidez.

Parte da minha integração na escola foi feita na sala dos professores, instalação esta, onde me sentia menos à vontade, pois enquanto estudante era um local restrito aos professores. Este foi um local onde me permitiu conhecer novos professores, partilhar conhecimentos e mais um local de trabalho onde poderia expor as minhas duvidas a outros docentes. Ao perceber as vastas funções que o professor desempenha, as suas ações não se verificam apenas em sala de aula. Procurei sempre ter um papel ativo na escola, criando laços com a comunidade escolar. Para além da relação profissional com os outros docentes, também participei em momentos de convívio e lazer (jantar de apresentação dos docentes, jantar de Natal, final de ano e jantares do grupo de EF), para fortalecer os laços de afetividade entre os mesmos.

Na escola onde realizei este estágio, encontrei um ambiente proporcionador de uma fácil adaptação. Nesta escola não encarado como um simples estagiário, mas sim como um professor. Desta forma, sentia-me bem na escola que me tinha acolhido o que foi fundamental para que desenvolvesse um bom trabalho.

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b. Planeamento

Segundo Aranha (2005), o professor assume a responsabilidade da direção, da sistematização e da estruturação dos conteúdos e das estratégias de ensino a utilizar. Posto isto, deve-se por isso planear e estruturar o ano letivo para que não hajam problemas no processo de ensino.

Segundo Luckesi (1990), “O planeamento como ato politico, será dinâmico e constante, pois estará adaptado a uma constante tomada de decisão. Não necessariamente deverá ser registado em documento escrito. Poderá tão somente ser assumido como uma decisão e permanecer na memória viva como um guia de ação. Aliás, só como memória viva ele faz sentido. Papéis e formulários são simplesmente mecanismos de registo e fixação gráfica do decidido.”

Considerando os autores, entende-se que o planeamento é um processo de reflexão, racionalização, organização e coordenação da ação do docente, onde não pode ser um documento rígido e absoluto, pois pode sofrer alterações e modificações, face às condições reais do contexto escolar.

O planeamento anual do grupo de EF, foi definido na primeira reunião do grupo, onde foram debatidos e esclarecidos vários parâmetros: as regras da educação física, critérios de avaliação e a própria planificação. Ao longo destes dias foram realizadas várias reuniões de grupo de EF onde foram abordados outros aspetos: o plano anual de atividades, regulamentos da educação física, grelhas de avaliações, professores disponíveis para o DE, critérios de avaliação e critérios de classificação. No inicio do ano também foi realizada uma reunião com os docentes da turma que lecionei, o 9º B. Os docentes foram apresentados, e foram apresentados verbalmente os alunos, foi comunicado aos docentes quem era o delegado e subdelegado da turma e foram abordados os temas a serem falados na reunião com os encarregados de educação.

O planeamento da minha ação como professor processou-se em três níveis: o planeamento anual, planeamento das unidades didáticas e planeamento de cada aula. O planeamento dos três níveis foi-se construindo do mais geral (planeamento anual) para o mais específico (planeamento da aula) estando por isso, interligados e realizados numa sequência lógica de ensino.

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Executar o planeamento não foi uma tarefa fácil, foi necessário pesquisar, trocar ideias com a professora cooperante e os restantes professores de EF, refletir sobre o que era o melhor para o processo de ensino-aprendizagem. Graças a este processo, ao serem encontrados os problemas, era encontrada a sua solução, tornando-se uma mais-valia para a minha aprendizagem enquanto professor.

Inicialmente senti-me um pouco perdido, mas ao longo do tempo e com a experiência que fui adquirindo ao longo do ano, fui melhorando sempre que era necessário realizar um novo planeamento.

Posto isto, na minha opinião vinha a etapa mais importante de todas, conhecer os meus alunos. A ansiedade e curiosidade eram enormes. Na primeira aula como professor-estagiário, apresentei-me na presença da professora coorientadora. Individualmente, cada aluno fez a sua apresentação. Foram apresentadas as regras da disciplina de EF e solicitei que preenchessem um questionário individual, para conhecer melhor os alunos dentro e fora da sala de aula. No final, foi eleito o responsável pelo saco de valores para o sexo feminino e masculino e foram apresentados os critérios de avaliação.

Nas primeiras aulas, foram realizadas avaliações diagnosticas de modo a conhecer o nível dos alunos. Após esta etapa foi possível realizar uma planificação inicial do processo de ensino.

Só através deste conhecimento inicial foi possível planificar as UD’s, as aulas, bem como todo o processo inerente ao ensino.

c. Unidades Didáticas (UD)

O autor Carvalho (1969), utiliza a expressão “Ensino por Unidades Didáticas”, no uso da palavra didática para garantir o significado desse campo de conhecimento, o ato de ensinar, para designar o papel do professor na direção das atividades de aprendizagem desenvolvidas pelos alunos, por meio do ensino organizado em unidade matéria.

A UD é um documento orientador, de cada modalidade a ser abordada. É composta pelos conteúdos que serão lecionados em cada aula, deve ser seguida uma sequência lógica por ordem crescente de complexidade e dar mais ênfase aos conteúdos que os alunos sentem mais dificuldades.

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A elaboração das UD’s eram baseadas na calendarização definida pelo grupo disciplinar. Ao ter dúvidas na construção das UD’s eram realizados momentos de esclarecimentos de dúvidas, com troca de opiniões com a orientadora. Seguidamente, eram elaboradas as UD’s, e posteriormente entregues à orientadora. Após a entrega e primeira análise da orientadora, eram referidos alguns aspetos a melhorar, se necessário, de forma a não haver nenhum problema na sua lecionação.

As UD’s lecionadas por mim foram: Basquetebol, Voleibol, Atletismo, Ginástica, Natação, Andebol e Futsal.

As UD’s que mais dificuldades me criaram foram o atletismo e a natação. Devido à menor familiaridade com estas modalidades e pouca experiência profissional no ensino destas. Na modalidade de atletismo senti algumas dificuldades na elaboração da planificação da UD, na escolha de exercícios a aplicar ao nível dos alunos, devido ao pouco material de atletismo existente na escola e devido às poucas condições das instalações para a modalidade de atletismo. Após algum estudo e uma troca de opiniões com a orientadora, dissiparam-se a maioria das dúvidas. Outra dificuldade que tive foi abordar os conteúdos estipulados no tempo previsto devido às condições climatéricas. O que foi ajustado com a lecionação de outra modalidade, nos dias em que a lecionação das aulas na rua era inapropriada.

Na modalidade de natação tive algumas dificuldades na escolha dos conteúdos a abordar ao nível dos alunos, mas após realizar a avaliação diagnostica e estudar um pouco a modalidade e haver um esclarecimento de dúvidas com a professora orientadora reduziram-se as minhas dúvidas. Outro aspeto que dificultou um pouco a planificação desta modalidade foi o fato de tentar lecionar todos os conteúdos no pouco tempo disponível para a lecionação desta modalidade.

As restantes UD’s também requereram bastante trabalho e empenho para cumprir o planeamento.

Todas as reflexões feitas após lecionar o conjunto de aulas que constituem a UD foram essenciais, para correção de erros e manutenção da aprendizagem. Assim, refiro com toda a certeza, o benefício da construção das UD, tanto para orientação do professor como para estudo e reflexão dos conteúdos a aplicar aos alunos.

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Na minha opinião esta foi a tarefa de ensino mais complicada, onde foi preciso um período de estudo, investigação e reflexão. As unidades didáticas eram realizadas antes da lecionação das mesmas, com o auxilio e aprovação da orientadora da escola. Para superar estas dificuldades foi necessário um esforço maior. A ajuda da professora orientadora foi crucial, transmitindo toda a sua experiência, facilitando esta etapa. A realização das UD’s foi um grande momento de aprendizagem, onde pude pôr em prática os meus conhecimentos e partilhar ideias com outros docentes.

d. Planos de Aula (PA)

Segundo Takahashi, R.T.; Fernandes, M.F.P. (2004), o plano de aula (PA) consiste na organização de conteúdos orientando procedimentos que circunscrevem e antecipam possíveis resultados. Apresenta também a função de facilitar a avaliação diagnóstica do trabalho conjunto do professor e dos alunos. Os objetivos devem ser formulados de forma clara, dos mais simples para os mais complexos, de maneira concreta e prática, mantendo uma sequência lógica e assegurando a inter-relação entre os mesmos.

No que diz respeito ao planeamento, os planos de aula eram a última etapa a realizar. Os PA são uma antevisão das atividades a realizar em cada aula. Como foi descrito acima, os objetivos devem ser formulados mantendo uma sequência lógica. Na elaboração dos PA devemos ter em conta os melhores exercícios para cada conteúdo, do mais simples para o mais complexo. Tendo em conta o nível de desempenho dos alunos, o espaço disponível e o material existente na escola. De forma a haver uma evolução das suas capacidades físicas.

Apesar do PA ser um documento, onde estão descritos os exercícios, conteúdos e as estratégias que irão ser abordados é importante não esquecer, que não passa de um “plano” que pode ser alterado mediante as circunstâncias em cada momento da aula. No PA consta aquilo que intencionamos que seja realizado, mas nem sempre a aula corre como queremos e têm que ser feitas alterações ao PA, de forma a proporcionar as melhores condições possíveis ao processo de ensino-aprendizagem. Tudo depende das situações específicas que se “criam” no espaço de aula que, como se sabe, é marcado pela imprevisibilidade. Embora o plano construído fosse um guia, foi necessário estar sempre preparado para agir e lidar com imprevistos, da melhor forma possível. Acho que

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consegui, ao longo de todo o ano, dentro das limitações, adotar as estratégias mais adequadas à medida que iam surgindo estas situações de imprevisto, existindo agora a consciência de se estar preparado para qualquer situação.

Na elaboração dos PA tentei sempre que respeitasse a sequência lógica de conteúdos da unidade didática. Podendo realizar alterações a qualquer momento.

O balanço final executado depois de lecionar as aulas foi importante para perceber as diferenças entre aquilo que era espectável realizar e o que foi feito na realidade. As estratégias que melhor se adequaram naquele momento e os conteúdos abordados, de forma a haver um ajuste no planeamento das aulas seguintes.

Na figura seguinte é apresentado um resumo de como deve ser executado um PA.

Figura 1- Plano de Aula

A construção dos planos de aula é sem dúvida essencial e uma mais-valia à prática docente. Os PA, ao longo de todo o ano letivo, e a partilha de conhecimentos da professora coorientadora na elaboração dos mesmos, foram um bem fulcral para a minha prática e para a melhor formação profissional possível.

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4. Práticas de Ensino Supervisionada

A observação é uma capacidade essencial a qualquer professor ou treinador. Ela é tão importante na análise e avaliação das prestações dos alunos ou atletas, como na da própria atividade do professor. Ela permite identificar prestações menos eficazes, e, consequentemente, melhorar essa atividade. É neste contexto que a observação é largamente utilizada no apoio à formação de professores Aranha (2007).

Uma vez que nesta escola era o único professor estagiário, tive a oportunidade de observar as aulas, tanto da minha orientadora, como também, de outros 3 professores (3º ciclo e secundário). Quando solicitei a observação das suas aulas, estes mostraram-se disponíveis.

Cumpri os parâmetros estipulados para a avaliação, nomeadamente as quarenta e cinco aulas dos professores de EF, e as vinte aulas da professora orientadora, nas quais observei estratégias, e exercícios que me permitissem também por em prática na minha turma. Procurei seguir os bons exemplos dos professores mais experientes. Essas observações foram importantes na aprendizagem e aperfeiçoamento das capacidades educativas. A relação entre professores titulares mais experientes e professores estagiários é muito importante, para haver uma transferência de conhecimentos.

A orientadora cooperante observou todas as minhas aulas. No final da maioria das aulas, eu e a professora realizávamos um balanço, onde a professora transmitia os seus feedbacks para eu melhorar o meu desempenho enquanto professor. Efetuava também uma avaliação de cada plano de aula.

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Na figura seguinte é explicado resumidamente o objetivo da PES.

Figura 2 – Prática de Ensino Supervisionada

Durante as práticas de ensino supervisionada, realizei outras experiências também desafiantes. Lecionei outras turmas na mesma escola. A pedido de um professor que leciona o 2º ciclo, lecionei uma aula de basquetebol à turma do secundário do 11º A. No final da aula, eu e o professor efetuamos um balanço final. Foi mais uma experiência benéfica para mim, pois permitiu-me lecionar um ciclo diferente onde os alunos são mais maturos e a minha postura enquanto professor é diferente.

Por último, a direção regional da educação entrou em contato com o conselho executivo da Escola Básica e Secundária de Santa Maria, com a informação que eu como professor estagiário, da única unidade orgânica da ilha, tinha que lecionar aulas no 2º ciclo, podendo assim, no concurso do pessoal docente, concorrer ao grupo de recrutamento 260. Posto isto, reuni-me com um professor a lecionar turmas do 2º ciclo. O professor mostrou-se disponível e apresentou-me as turmas que iria lecionar. No dia 18 de maio de 2016, lecionei duas aulas, uma aula de 90 minutos à turma 5º A, das 10:15 às 11:45 e outra aula de 45 minutos à turma 6º B, das 11:55 às 12:40. Em ambas as turmas foi abordada a unidade didática de badminton, pois tinha sido uma modalidade que os alunos não tinham tido contato neste ano letivo. Durante as aulas, o professor titular das turmas esteve presente, e no final fez um balanço final comigo, abordando aspetos positivos e negativos. De um modo geral, ambas as aulas correram muito bem e sem incidentes, foi importante ter contato com estes alunos, pois os seus comportamentos são muito diferentes dos alunos do 3º ciclo, turma que leciono. Estas experiências são essenciais para a formação

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de um docente, pois com a prática com alunos de diferentes ciclos, permite-nos ganhar uma maior plasticidade, preparando-nos para o futuro.

5. Atividades de Participação na Vida da Escola

No dia 21 de outubro de 2015, participei no torneio de futsal como organizador e árbitro juntamente com um docente do grupo de EF, onde também fui encarregue da publicidade para o mesmo. Este torneio, tinha o objetivo de promover a atividade física a todos os alunos da comunidade escolar de ambos os sexos e promover a modalidade na escola. No dia 4 de abril de 2016, foi concretizada outra reunião, com todos os professores do grupo de EF, para definir as atividades a realizar no dia da educação física. Por consenso, foi-me incumbida a organização deste evento.

Como foi referido anteriormente, fiquei responsável pela organização das atividades a realizar no dia da atividade física, como tal, preparei uma prova de orientação na escola. Esta prova foi programada para ser realizada por todas as turmas que tivessem EF no dia 6 de abril, durante a manhã, mas devido às más condições climatéricas não foi possível realizar a prova. Parti para o plano B. Foram montadas 6 estações (campo de badminton, 3 mesas de ténis de mesa, campo de goalbol, escalada, tração à corda e lançamento de bola ao alvo). Nesta atividade fui responsável por requisitar a ajuda da turma de gestão desportiva, para a montagem e desmontagem das estações e para o controlo dos alunos em algumas estações. Requisitei as linhas de voleibol de praia à associação de voleibol de Santa Maria. No inicio da atividade encarreguei-me de fazer o briefing aos alunos. Fui o cronometrista, dava a ordem de rotação para a estação seguinte e fui responsável pela estação onde decorreu o jogo de goalbol, em que lhes era explicado no que consistia o jogo, suas regras e quem o pratica. Também, organizei os alunos em grupos e distribui-os pelas estações. Para este evento não foi necessário fazer publicidade, porque a direção da escola não deu dispensa a todos os alunos para a poderem realizar. Assim, apenas foi realizada pelas turmas que tiveram aula naquela manhã.

Faço um balanço bastante positivo desta atividade, pois os alunos realizaram atividades que nunca tinham experienciado, o facto de os alunos executarem grupos com colegas de turmas diferentes, permitiu uma interação com pessoas que não é frequente, promoveu o trabalho de equipa, fair-play. Este evento permitiu aos alunos estarem em constante

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atividade física e permitiu a alguns alunos ficarem a conhecer a existência do dia mundial da atividade física. Foi de salientar a ajuda por parte de todos os professores de educação física da escola, incluindo a orientadora cooperante.

Para mim foi uma mais valia realizar esta atividade e estar a organizar este evento. Fez-me perceber que organizar tantos alunos ao Fez-mesmo tempo não é fácil, mais foi um projeto muito engraçado, pois todos os alunos mostraram-se motivados e com vontade de realizar todas as atividades programadas. O mais complicado foi constituir todos os grupos no inicio da atividade, e incluir os alunos nas estações, das turmas com horários diferentes, que apareciam ao longo da manhã. Apesar do pouco tempo horário, para organizar esta atividade, foi necessário um trabalho árduo de preparação, para que nada corresse mal durante a atividade. No final, todo o grupo de EF felicitou-me pela boa organização deste evento.

Como já tinha organizado a prova de orientação para o dia da atividade física, mas devido à impossibilidade de ser realizado, a orientadora cooperante propôs-me a sua realização no dia 15 de abril de 2016. Questionei os restantes professores do grupo de EF se estavam disponíveis a ceder os seus alunos e a auxiliarem-me durante a atividade. A sua resposta foi positiva. Posto isto, preparei a prova para todas as turmas que realizassem aula de EF nessa manhã, havendo uma hora de partida às 10:25h e outra às 11:10h. Antes disso foi feito uma briefing com todos os docentes de EF que participaram na tarefa, onde se mostraram prestáveis e foram importantíssimos na sua realização. Neste briefing foi feita a sua distribuição pelas estações, foram apresentadas as suas funções e como iria decorrer a atividade, incluindo o preenchimento dos cartões de controlo e as atividades a realizar em cada estação. Seguidamente foi preparado e distribuído todo o material e os docentes distribuídos pelas estações. A atividade consistia num percurso de orientação, em que os alunos tinham de percorrer 5 estações no menor tempo possível, nessas estações tinham tarefas a executar (escalada, lançamentos de basquetebol, corrida de sacos, gincana de bicicleta e percorrer um labirinto através dos pontos cardeais).

À chegada dos alunos, organizei-os para o ponto de partida e apresentei a prova e suas regras. Durante a prova, a minha função era certificar-me que todos os alunos percorriam as estações por ordem, que os grupos terminavam a prova com todos os elementos e cronometrava os tempos de chegada dos grupos. Sabendo que os alunos gostam de receber prémios palpáveis, tive a preocupação de no final da atividade oferecer algumas

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ofertas aos 3 primeiros grupos, chapéus, t-shirts e porta chaves, material esse que se encontrava na posse do grupo de EF, obtido pelo DE no ano anterior.

Para a realização da prova, foi necessária a elaboração dos cartões de controlo, mapas com identificação das estações, requisição das balizas de orientação, fornecimento dos prémios para os elementos das equipas primeiras classificadas e foi feita uma reunião com todos os professores de educação física para saber a sua disponibilidade para a realização da prova.

O balanço final desta atividade foi muito positivo, os alunos mostraram-se empenhados e motivados ao longo da atividade. Inicialmente alguns grupos não respeitaram a ordem das estações, mas após um esclarecimento, realizaram a prova sem problemas. Na minha opinião, provas deste género deveriam ser feitas com mais frequência, tanto melhora o seu sentido de orientação, como as suas capacidades físicas e trabalho de equipa. A elaboração desta atividade foi muito satisfatória, permitiu-me ganhar conhecimento e experiência.

Outra atividade em que participei foi no intercâmbio desportivo, contando com a participação de todas as turmas do 1º ciclo do ensino básico. A atividade realizou-se em dois dias distintos, nos dias 9 e 11 de maio, na Escola Básica e Secundária de Santa Maria. No dia 9 de maio participaram os alunos do 1º e 2º ano, no dia 11 participaram os alunos do 3º e 4º ano. Nos dois dias as atividades realizaram-se das 9:45 às 11:15.

Nesta atividade fui responsável pela organização e recolha do material utilizado nas atividades e pela estação 3, salto ao eixo no plinto de espuma. Inicialmente, ajudei na organização e distribuição dos alunos pelas estações. Na estação 3, fui responsável pelo aquecimento articular dos alunos, exemplificação do exercício e pelas ajudas feitas aos alunos na sua execução. No final da atividade organizava os alunos em coluna e levava-os à próxima estação.

Os objetivos deste intercâmbio foram atingidos, os alunos realizaram novas atividades desportivas, conheceram e interagiram com novos colegas de outras escolas do 1º ciclo, pois os grupos foram compostos com alunos de diferentes turmas e escolas. Os alunos demonstraram grande empenho. Foi uma experiência enriquecedora, porque nunca tinha trabalhado com alunos do 1º ciclo e fiquei a conhecer um pouco melhor os seus comportamentos e as suas capacidades físicas.

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A penúltima atividade que organizei na escola, foi em conjunto com um docente do grupo de EF, organizamos um pedi-paper, para comemorar o dia mundial contra a obesidade, dia 20 de maio. A prova teve inicio às 10:00h e desenrolou-se durante toda a manhã pelos arredores de Vila do Porto (fora da escola). Foram constituídas equipas de 5 elementos. Nesta prova puderam participar docentes, auxiliares e alunos do 3º ciclo e secundário. As turmas de 3º ciclo do ensino básico tiveram que ser acompanhadas por, pelo menos, um docente da turma. Estes alunos também receberam autorizações de forma aos encarregados de educação assinarem, para poderem deslocar-se para fora da escola. A prova consistiu na realização de um percurso a pé, orientado por um mapa, com um conjunto de pontos de passagem obrigatória para todos os elementos da equipa, onde lhes foram atribuídas tarefas. O objetivo foi realizar o percurso no menor tempo possível. Juntamente com o docente referido acima, elaborámos o cartaz publicitário da prova, mapa com a distribuição das estações, as atividades a realizar nessas estações, cartões das equipas, ficha de inscrição das equipas e autorizações dos encarregados de educação para os alunos do 3ºciclo, poderem sair da escola.

Esta prova foi constituída por 7 estações, onde foram atribuídas tarefas relacionadas com exercício físico e perguntas teóricas. Nas estações, foram responsáveis os alunos das turmas 9º A e B. A turma do 9º A, lecionada pelo docente que realizou a atividade em conjunto comigo e 9º B lecionada por mim. No dia anterior à prova, foi feito um briefing com as turmas, para apresentar a prova, as tarefas e distribuição de cada aluno. Ao longo desta prova cada equipa tinha que recolher lixo reciclável. No final da prova a equipa vencedora teve direito a um prémio. De salientar que eu apenas participei na organização da prova, mas não estive presente no dia da mesma, por não me encontrar na ilha nessa data.

A prova decorreu com a maior normalidade, sem incidentes, o único ponto negativo, foi a ausência de equipas constituídas por docentes e auxiliares. Numa próxima prova, a publicidade a esta, terá que ser efetuada nas salas e pelo conselho executivo e com maior antecedência, para haver uma maior adesão da comunidade escolar. Esta prova foi benéfica para os alunos, pois percorreram um grande percurso, nas estações praticavam diversas atividades físicas e respondiam a perguntas teóricas sobre cultura geral. De salientar também o dever civil que os alunos efetuaram ao recolherem lixo reciclável. Esta foi uma prova de maior dimensão, onde requereu uma melhor organização. O

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docente que realizou a atividade em conjunto comigo e a orientadora cooperante felicitaram-me pela cooperação na organização do evento.

Por fim, a última atividade em que estive envolvido, foi no dia 1 de junho, dia mundial da criança. Em parceria com a Delegação do Desporto de Santa Maria, o grupo de EF, organizou uma atividade no Complexo Desportivo de Santa Maria, direcionada para as crianças de todas as escolas do 1º ciclo. A minha função nesta atividade, quanto ao material, cingiu-se à sua organização, distribuição e recolha. Durante o tempo útil da prova, fui responsável pela estação de andebol, onde os alunos podiam ter um primeiro contato com esta modalidade. Era responsável pela organização dos alunos, instrução inicial e por transmitir feedbacks e uma afetividade positiva. A atividade consistia num conjunto de estações, onde os alunos ao fim de algum tempo trocavam até percorrer todas as estações. Estas estações eram compostas por atividades, que alguns alunos nunca tinham experienciado (slide, insufláveis, ginástica, atletismo, voleibol, andebol, futebol, basquetebol, jogos tradicionais e jogos pré-desportivos). Esta atividade foi importante, permitiu-me entrar em contato com crianças duma faixa etária mais baixa, melhorar a minha capacidade de organização de grandes eventos e melhoramento da minha capacidade de coordenação de trabalho em equipa. Para as crianças, foi uma atividade muito interessante, onde puderam fazer novas amizades com alunos de escolas diferentes, experienciar novas atividades e modalidades desportivas, sair de um ambiente de aula, e permitiu a alguns alunos conhecer as instalações desportivas do Complexo Desportivo. A organização deste evento foi importante para promover a atividade física nestas idades.

a. Desporto Escolar (DE)

Como professor estagiário, voluntariei-me para ser treinador de desporto escolar na escola onde estive a realizar estágio.

Segundo o decreto-lei n.º 95/91, de 26 de fevereiro, Artigo 5º, define “Desporto Escolar é (…) o conjunto de práticas lúdico-desportivas e de formação com objeto desportivo, desenvolvidas como complemento curricular e de ocupação dos tempos livres, num regime de liberdade de participação e de escolha, integradas no plano de atividade da escola e coordenadas no âmbito do sistema educativo”.

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Como consta no programa do DE, segundo o Ministério da Educação, o seu objetivo é “aprofundar as condições para a prática desportiva regular em meio escolar, como estratégia de promoção do sucesso educativo e de estilos de vida saudáveis. Pretende-se criar condições para o alargamento gradual da oferta de atividades físicas e desportivas, de caráter formal e não formal, a todos os alunos abrangidos pela escolaridade obrigatória.”

Na reunião do dia 14 de outubro de 2015, foi debatido o tema “desporto escolar”. Como professor estagiário e com vontade de participar nesse projeto, voluntariei-me para ser treinador do mesmo. A modalidade escolhida pelos professores do grupo de educação física, foi o voleibol feminino. Eu e outra docente de EF, fomos responsáveis pelos treinos que se realizaram todas as quartas feiras das 14:00h às 16:00h durante o 2º e 3º períodos escolares. A competição dos XXVII jogos desportivos escolares, fase inter-ilhas do ensino secundário, realizou-se durante os dias, 13, 14 e 15 de maio na ilha de Santa Maria, com a participação das EBS Santa Maria, ES Ribeira Grande, EBS Madalena do Pico e EBS Graciosa.

Como balanço final, afirmo que foi uma experiência enriquecedora, tanto a nível profissional e pessoal. Fortaleci o meu sentido de responsabilidade, compromisso e organização. Foi um evento que implicou a coordenação de diversas entidades, Direção Regional do Desporto, serviços do desporto de Santa Maria, EBSSMA e Secretaria Regional da Educação e Cultura. Trabalhar em conjunto com estas entidades permitiu-me conhecer permitiu-melhor como se organiza um evento desta natureza, tendo a noção da dificuldade que é organizar este tipo de atividades envolvendo escolas de diferentes ilhas. A atividade foi concretizada com êxito, a equipa alcançou o 2º lugar na classificação, tendo ganho 2 dos 3 jogos, mas o mais importante foi o convívio e as experiências partilhadas pelas alunas, a camaradagem, a realização e fortalecimento de novas amizades, a possibilidade de conhecerem novas ilhas e tradições. De salientar a importância dada à organização pelo fair-play praticado pelas equipas e pelos resultados académicos das alunas. A formação para a ética no desporto na minha opinião teve grande importância, tanto para os atletas, como para os dirigentes e encarregados de educação, porque muitas vezes estes esquecem-se que o fair-play, divertimento e camaradagem são os aspetos mais importantes na formação destes alunos, tanto como atletas, como pessoas.

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b. Corta Mato

No dia 04 de novembro de 2015, participei como membro organizativo na prova de corta mato, onde participaram todas as escolas desta unidade orgânica. Nesta prova, ajudei na montagem do circuito que os alunos percorreram, pela numeração dada a cada aluno e pela anotação dos tempos efetuados pelos alunos.

c. Mega Salto e Mega Sprinter

No dia 14 de janeiro de 2016, realizou-se o Mega salto e Mega sprinter em toda a unidade orgânica, onde participei como membro organizativo e júri. A atividade realizou-se no complexo Desportivo de Santa Maria. Neste encontro fui responsável pela distribuição dos dorsais dos alunos, e pela cronometragem dos tempos efetuados no mega sprinter. No Mega Salto e Mega sprinter os alunos foram distribuídos por escalões etários. Iniciando os escalões mais baixos, para os mais elevados. Também ajudei na organização e constituição dos grupos formados pelos alunos. No final ajudei na distribuição da alimentação aos alunos e na recolha do material, utilizado no mega sprinter.

Todas estas atividades contribuíram para a minha integração na comunidade escolar e na minha evolução enquanto futuro professor.

6. Ações de formação frequentadas

No dia 24 de fevereiro de 2016, realizou-se o plenário do sindicato dos professores da região Açores (SPRA), na Escola Básica e Secundária de Santa Maria. Tive a oportunidade de presenciar este plenário, onde foram apresentados diversos temas como: Intervenção politico sindical; Avaliação do desempenho de docentes do quadro e contratados; Regime transitório da avaliação; Apreciação do decreto regulamentar regional proposto pela SREC; Estatuto da carreira docente (novas regras para os docentes); Concursos nacionais e regionais e propostas de alteração.

Foi importante ter participado neste plenário, pois permitiu-me ter um maior conhecimento sobre a evolução da carreira de um docente e como são efetuados os concursos nacionais e regionais, sendo esta parte a que mais me interessava para a carreira que quero iniciar.

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O clube de proteção civil da Escola Básica e Secundária de Santa Maria em parceria com os bombeiros voluntários de Santa Maria, organizaram uma ação de formação de primeiros-socorros, no dia 9 de março de 2016, na mesma escola. Inscrevi-me nesta ação de formação, onde foram apresentadas as técnicas utilizadas na prestação de primeiros socorros em crianças e adultos, em casos de engasgamento, intoxicações e afogamentos. Foi uma formação muito importante, tanto a nível pessoal, como profissional, pois nunca sabemos se irá ser necessário socorrer o próximo. Podemos salvar uma vida apenas com uma formação de pouca carga horaria. Esta formação deveria ser obrigatória a toda a população, tanto a docentes, alunos e auxiliares.

Como referi fui o professor responsável pelo DE. No fim de semana da prova, de voleibol feminino, no final do dia14 de maio, às 21:00h decorreu uma ação de formação, promovida pelo plano nacional de ética no desporto (PNED-IPDJ), com a duração de 3h e atribuição de 0,6 créditos. O tema abordado foi “Educação para valores e ética pela prática desportiva”, na Escola Básica e Secundária de Santa Maria. Nesta formação foram abordados diversos assuntos, bullying no desporto, dicas para os pais educarem os seus filhos para a ética no desporto, perigos da dopagem, compromisso com a ética no desporto entre praticantes, encarregados de educação, treinador e dirigente. Código de ética desportiva, linhas orientadoras para treinadores e professores na ética do desporto e aprender a jogar com fair-play.

Foi um tema bastante interessante, pois está relacionado com aquilo que é ser professor e treinador. Dando bastantes conselhos de forma a reduzir comportamentos desviantes nos alunos e atletas.

7. Tarefas de Estagio de Relação Escola -Meio

a. Estudo de Turma (ET)

É importante qualquer professor ter o máximo de informação possível sobre os alunos e as turmas que leciona. Para tal, é necessário realizar um estudo de turma para ficar a conhecer melhor os seus alunos dentro e fora da sala de aula. As suas atitudes e comportamentos. Assim, descortinando e elaborando estratégias educativas que facilitem não só a intervenção pedagógica, mas que também possibilite uma melhor aprendizagem dos alunos, ajustando o ensino às condições reais dos estudantes.

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Segundo (Gomez, Flores & Jimenez, cit. por Araújo, Pinto, Lopes, Nogueira, Pinto, 2008), o objetivo geral de um estudo de caso é “explorar, descrever, explicar, avaliar e/ou transformar”. Posto isto, o presente estudo tem como objetivo principal a caracterização da turma 9º B, turma que me foi atribuída para lecionar. Identificar características especificas dos alunos a ter em conta no processo de ensino aprendizagem, isto para a melhoria da eficácia da resposta educativa. Após explorar, descrever, explicar e avaliar os dados recolhidos junto da amostra, o próximo passo é transformar, ou seja, traçar algumas estratégias gerais de intervenção com o intuito de melhorar as suas relações interpessoais e de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais eficaz.

O estudo de turma realizado, pretendeu analisar a constituição da turma, constituição do agregado familiar, boletim de saúde, as rotinas diárias, vida escolar, a prática desportiva e as relações interpessoais entre os alunos. De modo a conhecer a pessoa que está por trás de cada individuo. Ajustar a AF à condição física dos alunos. Analisar os seus objetivos futuros (vida escolar) pois compete-nos a nós, profissionais da educação, ajudá-los a atingir esses objetivos, bem como o modo de ocupação dos tempos livres para dessa forma os podermos ajudar e orientá-los para uma vida saudável.

A figura abaixo explica resumidamente no que consistiu e o objetivo da realização do ET.

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i. Amostra

A turma do 9º B apresenta um total de 21 alunos, dos quais 13 são do sexo masculino e 8 do feminino. Verifica-se uma distribuição heterogénea, prevalecendo o sexo masculino. Um dos alunos do sexo masculino é NEE, tendo apenas as disciplinas de cidadania e educação física com a restante turma.

Relativamente à idade dos alunos, varia entre os 13 e os 19 anos, formando um valor médio de 14,71 anos, o que não está dentro dos valores previstos (13 e 14 anos). Os alunos com idades superiores às previstas, encontram-se no 9º ano devido às reprovações no seu percurso escolar e um dos alunos tem NEE.

Após a recolha e análise dos dados essenciais à elaboração do referido estudo, foi possível então conhecer a área de residência dos alunos, a situação familiar dos pais, onde um dos alunos não vivia com os pais e sete dos alunos têm os pais separados. As suas habilitações literárias, onde foi possível constatar que a maioria dos pais concluiu os 2º e 3º ciclo. Quanto à sua situação profissional, na sua maioria pertencem ao setor primário e alguns ao setor secundário. Pude verificar o número de irmãos pertencente ao agregado familiar de cada aluno. Um aspeto importante foi o fato de podermos verificar os problemas de saúde ou doenças que os alunos possuem, podendo ajustar as aulas e exercícios às suas limitações.

Como para ser professor não nos podemos preocupar com os alunos apenas dentro da sala de aula, este estudo permite criar linhas orientadoras para os alunos seguirem bons estilos de vida, como o descanso, as suas rotinas diárias para praticarem atividade física para além das aulas de EF, permitiu saber as modalidades que os alunos têm menos interesse e coube-me motivar os alunos para estas modalidades. Ao realizar este estudo, permitiu conhecer o currículo académico do ano anterior.

ii. Instrumentos

Para a recolha de dados, foi utilizado um questionário pessoal de caracterização individual. Deste, foram selecionadas algumas perguntas para serem analisadas. A seleção foi feita de acordo com os objetivos deste estudo, formando assim 6 grupos temáticos principais:

1. Identificação Pessoal;

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4. Rotina Diária; 5. Vida Escolar;

6. Educação Física/ Desporto Federado.

Relativamente ao parâmetro sociométrico, foi realizado um questionário, com três questões, cuja resposta era preferência ou rejeição. A primeira estava relacionada com trabalhos de grupo, a segunda questão era sobre lazer e a terceira dizia respeito ao lazer, mas envolvia o convívio entre os colegas durante uma semana.

iii. Procedimentos

Na primeira aula foi fornecido aos alunos um questionário, para os ficar a conhecer um pouco melhor. A atitude em particular face à disciplina em questão e o seu rendimento no ano anterior, as preferências pelas modalidades, no sentido de lhes ser possibilitado o acesso à prática e ainda, se eram portadores de alguma doença. Mais tarde, ainda no inico do 1º período, tive acesso ao questionário sobre os dados biográficos dos alunos, que foi distribuído pela diretora de turma. Numa das minhas aulas os alunos preencheram um questionário sociométrico elaborado por mim e uma ficha de caraterização individual. Os alunos foram instruídos verbalmente sobre os procedimentos do estudo, bem como os objetivos do mesmo. Os alunos foram também informados do carater sigiloso dos dados. Foi pedido aos alunos o máximo de veracidade possível nas respostas dadas.

A análise dos dados recolhidos foi efetuada no programa “Microsoft Office Excel 2007” e no programa “Microsoft Office Word 2007”.

iv. Relatório e Conclusões

A realização deste estudo é uma mais-valia pois fiquei a conhecer melhor os meus alunos e as melhores pedagogias a aplicar durante o ano letivo.

Após a sua elaboração, fiquei a conhecer por inteiro todos os meus alunos. Nomeadamente como lidar com cada um deles, e em particular com o aluno NEE, que

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necessita de outro tipo de estratégias para o manter motivado e com um comportamento satisfatório durante as aulas.

Na realização deste estudo apercebi-me que é importante sabermos se há algum problema de saúde com os nossos alunos para podermos ajustar os exercícios e as estratégias mais indicadas para estes.

Neste estudo percebi que as modalidades nas quais os alunos têm mais dificuldades ou não se sentem tão confiantes, encaram-nas com menor motivação. É neste ponto que cabe ao professor conseguir delinear estratégias para contornar essas limitações sentidas pelos alunos, com o objetivo de as minimizar ou até mesmo de as eliminar. Ao longo deste estudo foi possível verificar que os alunos que praticam desporto federado, têm menos dificuldade na execução de tarefas durante as aulas.

É importante darmos linhas orientadoras aos nossos alunos para além da sala de aula, pois esta é uma das nossas competências enquanto professor, como tal é importante chamarmos a atenção aos alunos ao tempo de descanso que devem praticar por dia, ter bons hábitos alimentares e praticar atividade física, para além das aulas de EF.

Outro aspeto que foi possível observar, foi que o agregado familiar pouco interfere no rendimento escolar dos seus filhos.

Ao verificar os resultados obtidos no questionário sociométrico, o professor deve procurar a explicação para a rejeição dos alunos referidos, para posteriormente poder intervir de modo a atenuar essa rejeição. Deve ter um papel mais assertivo na resolução destes conflitos sociais e aplicar algumas estratégias para a sua resolução. Pode-se colocar os alunos com maior índice de rejeição na mesma equipa que os alunos de preferência. Poder-se-á desenvolver uma dinâmica que ajude os alunos com mais dificuldades de integração a serem melhor aceites pelos restantes elementos da turma. Poder-se-á dar maior destaque aos alunos com rejeição para que se sintam mais valorizados. Por exemplo, atribuir-lhes uma tarefa importante (aquecimento, demonstrações) em cada aula.

Este estudo de turma revelou-se muito trabalhoso, mas muito importante, para o conhecimento dos nossos alunos e tudo o que os rodeia. O que nos permite criar estratégicos para o processo de ensino-aprendizagem ser o mais eficaz possível.

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8. Avaliação

A avaliação em educação é um elemento integrante e regulador da prática educativa, em cada nível de educação e ensino e implica princípios e procedimentos adequados às suas especificidades.

A avaliação foi uma das tarefas mais árduas, pois nunca tinha realizado uma avaliação e para além disso realizei a avaliação qualitativa e quantitativa de cada aluno. Para facilitar a realização desta tarefa, ao fim de cada UD era realizada uma ficha de avaliação (avaliação sumativa), para qualificar e quantificar o desempenho de cada aluno. No final de cada UD era feita a comparação entre a avaliação diagnostica e avaliação sumativa. de sucesso do processo de ensino-aprendizagem. Nessa mesma ficha foi definido, aquando do planeamento, o que avaliar, os critérios de avaliação e em que momentos tal aconteceriam. Neste sentido, foram realizados três tipos de avaliação: Avaliação Diagnóstica, Avaliação Formativa e Avaliação Sumativa.

Todas as UD’s foram iniciadas por uma aula de avaliação diagnóstica que tinha como objetivo verificar em que nível se encontravam os alunos. Dessa forma, ao analisar a informação recolhida, procurei apropriar a metodologia de ensino, assim como os conteúdos a lecionar. Pretendi assim, adequar todo o processo de ensino-aprendizagem às necessidades dos alunos e ao seu nível para que eles desenvolvessem ao máximo as suas habilidades.

A avaliação diagnóstica não foi uma tarefa fácil, como há pouca carga horaria dirigida para cada UD, não se podia perder muito tempo com esta. Estipulou-se que a avaliação diagnóstica iria ser uma avaliação qualitativa para se poder comparar com a avaliação sumativa, de modo a analisar a sua evolução e o processo de ensino-aprendizagem. Ao longo das avaliações diagnósticas foi possível observar que a maioria dos alunos não dominavam os conteúdos base, que o Ministério da Educação atribui a cada UD daquele ciclo. Desta forma foi necessário adequar os conteúdos ao seu nível de desempenho. A avaliação formativa, foi realizada ao longo do processo de ensino-aprendizagem de cada UD. Foi de grande utilidade, pois permitiu avaliar o desempenho de cada aluno e do seu comportamento longo de cada aula, sem os alunos se aperceberem. Assim realizaram as tarefas sem pressão, ao invés do que acontece na avaliação sumativa, que é apenas um momento de avaliação, em que os alunos estão sobre pressão e podes-lhes prejudicar na

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sua performance desportiva. A avaliação formativa permite um ajuste, caso a avaliação sumativa tenha um desempenho fraco.

Na avaliação sumativa, optei por uma “check-list”, para o domínio técnico e tático. No final de cada avaliação trocava ideias e opiniões sobre as avaliações de cada aluno com a professora cooperante. Na maioria das avaliações, concordávamos com os resultados dos alunos, o que me deixava aliviado, por ter uma boa capacidade de avaliação.

Para a atribuição da nota final, realizava uma tabela de cálculo para a turma, analisando os critérios de avaliação, como informações que fossem importantes na avaliação. Na UD didática de andebol, no 3º período foi realizada uma ficha de avaliação. Para a sua avaliação, foi elaborada uma matriz, com a cotação de cada grupo e cada pergunta. Para a avaliação final da ficha de avaliação, foi elaborada uma folha de cálculo para atribuir os resultados a cada um dos alunos.

No final de todos os períodos escolares, os alunos realizavam a sua autoavaliação, num formulário que era distribuído por mim, mas realizado pelo grupo de EF. No final da autoavaliação, individualmente eu realizava a heteroavaliação, transmitindo feedbacks aos alunos com o intuito de melhoram nos períodos seguintes.

“Avaliar é uma forma intrínseca e indissociável a qualquer tipo de ação que visa provocar mudanças. Nesse sentido, a avaliação é uma atividade constituinte da ação educativa, quer nos refiramos à avaliação do projeto educativo, avaliação do ensino, ou à avaliação de aprendizagem.”

Avaliar está para além da atribuição de notas. Através dos vários momentos de avaliação realizados ao longo do ano letivo, foi possível verificar a diferença entre o que era planeado e a realidade. Todo este procedimento permitiu-me reajustar as estratégias que melhor se adequavam, para que o processo de ensino-aprendizagem fosse o mais propicio à evolução dos alunos.

Tendo em conta que a reflexão se trata também de um momento de avaliação, na qual se analisa a planificação e realização das aulas ou das Unidades didáticas, em muito contribuiu para o aperfeiçoamento no planeamento das ações seguintes.

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Conclusão

Ao chegar ao final deste estágio pedagógico, penso que cumpri todos os requisitos a que a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro me propôs. Este estágio, pretende preparar os futuros professores através de uma experiência real, onde permite-nos pôr em prática todos os conhecimentos adquiridos ao longo do nosso percurso académico. Ao longo deste ano houve uma troca de conhecimentos e ideias entre mim, a orientadora cooperante, os restantes docentes e os próprios alunos. O estágio tratou-se de uma oportunidade onde foi permitido agir, cometer erros, avaliar, refletir e reajustar a minha ação através de uma prática orientada. Permitiu-me perceber que o local de ação do professor não se limita às paredes da sua sala de aula, que este pode desempenhar uma vasta panóplia de funções dentro da instituição escolar. Tratou-se, portanto, de uma fonte de conhecimento no qual aprendi com tudo o que observei e experienciei. Aprendi com os professores mais experientes, com o pessoal não docente e com os meus alunos. Com eles sempre se tratou de uma relação de mútua aprendizagem, tendo sido a minha orientação neste percurso.

Com a construção deste documento e ao realizar o estágio, foi possível refletir e perceber que não foi uma tarefa fácil, com momentos bons e menos bons. Em todos os momentos procurei utilizar as melhores estratégias e métodos de forma a melhorar o meu desempenho, até nas alturas em que tudo correu bem, mas podia ter corrido melhor. Todo este exercício ajudou ao meu crescimento tanto profissional como pessoal.

Ao deparar-me com a realidade escolar, apercebi-me que pouco correspondia com aquilo que eu tinha em mente. A realidade escolar é muito mais desafiante, entusiasmante e motivante. Na escola sentimos o valor que o professor tem, valor esse que é reconhecido por toda a comunidade escolar.

Apesar deste documento ter o objetivo de retratar tudo o que se desenrolou durante este ano letivo, é impossível descrever o vasto leque de conhecimentos adquiridos, e a experiência adquirida, naquele que acho que foi o momento mais rico de aprendizagem ao longo da minha passagem como estudante na UTAD.

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Figura 1- Plano de Aula
Figura 2 – Prática de Ensino Supervisionada
Figura 3 – Estudo de Turma

Referências

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