JOSÉ
CARLOS
BORGES
PERCEPÇÕES DE
INDIVÍDUOS
PORTADORES
DE
DIABETES
MELLITUS SOBRE
A DOENÇA
Trabalho
apresentado
à Universidade
Federalde
Santa
Catarina,para
a conclusão
do Curso
de
Graduação
em
Medicina.
_
Florianópolis
Universidade
Federal de
Santa
Catarina
JOSÉ
CARLOS BORGES
PERCEPÇÕES DE
INDIVÍDUOS
PORTADORES
DE
DIABETES
MELLITUS
SOBRE
A DOENÇA
Trabalho
apresentado à Universidade
Federalde
Santa
Catarina,para
a conclusão
do Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Presidente
do
Colegiado:
Prof.
Dr.
Edson
Cardoso
Orientador: Dr.
Iberê
do
Nascimento
Florianópolis
Universidade Federal de
Santa
Catarina
Borges, José Carlos
Percepções de indivíduos portadores de Diabetes Mellitus sobre a doençaI
José Carlos Borges. - Florianópolis, 2003.
27 p.
Orientador: Iberê do Nascimento.
Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) - Universidade Federal de
Santa Catarina
-
Curso de Pós-Graduaçãoem
Medicina.AGRADECIMENTOS
Aos meus
pais,Vanderlan
e Marilda Borges, pela oportunidadeque
me
deram,sempre
me
apoiando
e incentivandoem
todos osmomentos
da
minha
vida.Ao meu
irmãoDouglas
Borges, fontede
admiração e incentivo para seguir a profissão médica.A
minha namorada
Janaina Silvestrini, pela dedicação, carinho eexemplo de
determinação.
Aos
amigos Márcio
Westphal, Giovani César StolfiLuiz Augusto
Moretti e Heitor Tognoli e Silva pela ajudaem
momentos
de
dificuldade.Ao
Dr. Iberêdo
Nascimento, orientador deste trabalho, pela atenção e apoio para arealização deste estudo e pelos ensinamentos transmitidos durante o internato
em
saúde públicano
C.S Córrego
Grande.A
agente comunitáriade
saúde, VarleneMaria
Pereira,que
muito contribuiu paraa
realização das entrevistas.
Às
pessoas entrevistadas, pela participação voluntária, essencial para a realizaçãodo
presente estudo.RESUMO
... ..SUMMARY
... .. 1.INTRODUÇAO
... .. 2.OBJETIVO
... .. 3.MÉTODO
... .. 4.RESULTADOS
E
DISCUSSÃO
5.CONCLUSÃO
... ..REFERÊNCIAS
... ..ANEXO
... ..SUMÁRIO
ooooooooooooooooooooooooo na ooooooooooooooooooooooooo oo ooooooooooooooooooooooooo oo ooooooooooooooooooooooooo no oooooooooooooooooooooooooooo ou ooooooooooooooooooooooooo no ivRESUMO
O
objetivo deste estudo foi identificar as percepçõesde
pessoas diabéticas sobre suaprópria doença, residentes
na
microárea02 do
bairroCórrego
Grande (Área
170)de
Florianópolis/SC. Trata-se
de
um
estudo qualitativo, o qualsubmeteu
dez indivíduos aum
questionário, entre outubro e
novembro
de
2002.A
maioria das pessoasnão mostrou
conhecimento
suficiente sobrea
suadoença
Houve
um
predomínio
do
conceito de glicoseelevada
no
sangue
na
definiçãode
Diabetes Mellitus.Algumas
pessoasconfundiram
complicações
com
os sinais e sintomasda
doença
Percepções sobre causas e tratamentosdo
Diabetes e a influência
do
padrãode
vidada
sociedade atual sobrea
incidênciada doença
apresentaram atenção
em
aspectos reduzidos.A
percepçãode
vivercom
Diabetes Mellitusestá relacionada a incapacidade.
As
percepções sãoum
reflexo de
uma
tendência atransmissão individual
de
informações pelosmédicos
em
oposiçãoa
açõesde abordagem
coletiva,
denotando a
visão biologicistado
conceitosaúde/doença
l
SUMMARY
IThe
purpose of
this studywas
to identify the perceptions of diabetic people abouttheir
own
disease, inhabitants in the02
smallareaof Córrego Grande
district (170 area)of
Florianópolis/SC. It
was
a
qualitative study vvich submitted ten individuals to a questionnaire,betweem
October and
November
of
2002.Most
of
the people did notshow
enough
knowledge about
their ilhiess.There
was
apredominance of
the conceptof
high glucoseblood
level as the definitionof
Diabetes Mellitus.Some
peopleconfounded
complications vvith signsand symptons
of disease. Perceptions about causesand
treatmentof
diabetesand
influence
of
the standardof
livingof
the present society about the incidence of the disease presented attentionon
reduced aspects.The
perceptionof
living with Diabetes Mellituswas
related to incapacity. Their perceptions
were
areflex
of
a trend to individual transmissionof
information
by
physicians against colletiveapproach
actions, vvich denotes the biologicalmedical
model
of
health/disease concept.2
melhora
na
atençãoem
diabetes, o qual consistia essencialmentena
educação
do
paciente.A
partir
da
década de
setentaa educação
passoua
ser reconhecida pelos profissionaisda
saúdecomo
parte essencialdo
tratamentodo
diabetes 4.Muitos
pacientescometem
errosou
dispensam poucos
cuidados a sua doença,em
funçãodo
seu desconhecimento.Quanto
mais seconhece
a respeitoda síndrome
diabética,mais
se reconhecea
necessidadedo profundo
envolvimentodo
indivíduo diabético ede
toda equipede saúde
para assegurar a estabilidade metabólica, indispensável para o seubem
estara curto e a longo prazo 5.O
diabetes mellitus éuma
enfermidade tratável e controlável,mas
não
curável,que
requerum
tratamento integral,em
que
a participaçãodo
paciente é fundamental;mas
isto só éalcançado através
de
um
processo educacionalque
durará a vida toda 6.A
educação do
diabético, seja pelo médico, enfermeira, nutricionista
ou
equipe multidisciplinar é de extremaimportância para
que o
pacientemude
o seucomportamento
em
relaçãoa
doença
Modificação
de comportamento
exige conhecimento, habilidade e motivação, entretanto, é necessárioque
paciente percebaque
as vantagens destamudança
superam
as desvantagens 4.A
educação
éuma
parte essencialdo
tratamento. Constituium
direito e deverdo
paciente e
também
dos
responsáveis pelapromoção
da
saúde.A
ação educativaem
diabetesdeve
abranger os seguintes pontos:- Informar sobre as conseqüências
do
Diabetes Mellitusnão
tratado; - Reforçara
importânciada
alimentaçãocomo
partedo
tratamento;- Esclarecer sobre crendices, mitos, tabus e altemativas populares
de
tratamento; - Desfazer temores, inseguranças e ansiedadedo
paciente;- Enfatizar os beneficios
da
atividade ñsica;- Orientar sobre hábitos saudáveis de vida;
- Ressaltar os beneficios
da
automonitoração, insistindono
ensinode
técnicasadequadas
epossíveis;
- Ensinar
como
o paciente e sua famíliapodem
prever, detectar e tratar as emergências;- Ensinar claramente
como
detectar os sintomas e sinais de complicações crônicas,em
particular
nos
pés;- Ressaltar
a
importânciade
fatoresde
risco cardiovasculares;As
estratégiasque
vem
sendo empregadas
em
educação
em
diabetesdevem
ser constantemente revistas, e educadoresdevem
ser treinados para executar suas funções e estaratentos para
o
nível intelectual e capacidadede
compreensão
dos pacientes.Deve
ainda serconsiderada
a
condição sócio-econômicado
indivíduona
instituição emanutenção
dequalquer
programa de
educação, o qualpode
se constituirnum
fator limitantena
obtençãode
resultados favoráveis 5.
Todo
indivíduo diabético e seus familiaresdevem
saber:-
O
que
é diabetes?- Tipos e objetivos
do
tratamento;- Necessidades nutricionais e
como
planejá-las;- Tipos
de
insulina, suas ações e indicações, técnicasde
injeção, rotaçãode
sítiosde
aplicação e reutilização
de
seringas;- Tipos de hipoglicemiantes orais, ações e indicações; - Efeitos
da
ingestãode
alimentos, exercícios, estresse;- Sinais e sintomas
de
hipo e hiperglicemia,como
proceder;-
Automonitoração
e controle domiciliar, significado dos resultados ecomo
proceder diantedeles;
-
Cuidados
com
os pés para prevençãode
lesões; -Complicações
crônicas ecomo
prevení-las 8.A
educação
em
diabetes objetivanão somente
melhoraro conhecimento do
paciente,mas
também
desenvolver habilidades, facilitara
autonomia,promover
a adesão, tornando-o capazde
entendercomo
as próprias ações influenciam o padrão de saúde 9.Apontava
muitobem
Joslin:“O
diabéticoque mais
sabe é oque mais
vive” 1°.Diante
do
exposto, considerou-se relevante realizarum
estudocom
a
finalidadede
identificar as percepções sobre
a
própriadoença
de individuos diabéticos residentesem uma
2.
OBJETIVO
O
presente estudotêm
por
objetivo identificar as percepções dos indivíduos portadoresde
Diabetes Mellitus, residentesna
microárea02
do
bairroCórrego
Grande (Área
170), sobre a sua doença.1.
INTRODUÇÃO
O
Diabetes Mellitus éuma
síndrome
de etiologia múltipla, decorrenteda
falta de insulina e/ouda
incapacidadeda
insulina exerceradequadamente
seus efeitos. Caracteriza-sepor
hiperglicemia crônicacom
distúrbiosdo metabolismo
dos carboidratos, lipídios eproteínas.
As
conseqüênciasdo
diabetes a longo prazo incluem danos, disfimção e falênciade
vários órgãos, especialmente os rins, olhos, nervos, coração e vasos sangüíneos 1.
Os
doisprincipais tipos são o
DM
tipo 1,que
resulta primariamenteda
destruição das células betapancreáticas e
tem
tendência a cetoacidose, eo
DM
tipo 2,que
resulta,em
geral,de
grausvariáveis
de
resistênciaà
insulina e deficiência relativa de secreção de insulina 2.O
Diabetes Mellitus éum
importanteproblema
de saúde públicauma
vezque
éfreqüente, está associado
a
complicaçõesque
comprometem
a
produtividade, qualidadede
vida, e sobrevida
dos
indivíduos,além de
envolver altos custosno
seu tratamento e das suascomplicações 2.
No
Brasil é bastante elevada a incidênciade
complicações crônicas (distúrbiovisual, cegueira, hipertensão, nefropatia,
pé
diabético,amputação
demembros
inferiores,impotência sexual, distúrbios cardiocirculatórios e vasculares cerebrais) devido
principalmente
a
existênciade
poucos programas de educação
ede
capacitação profissionalem
diabetes e recursos escassos para prevenção e controleda
moléstia 3.O
tratamentodo
diabetes inclui as seguintes estratégias: educação,modificações
do
estilo
de
vidaque
incluema
suspensãodo fumo,
aumento
da
atividade fisica e reorganizaçãodos
hábitos alimentares e, se necessário, usode
medicamentos.O
pacientedeve
sercontinuamente estimulado
a
adotar hábitosde
vida saudáveis(manutenção de
peso adequado,prática regular
de
exercicio, suspensãodo
fumo
e baixoconsumo
de
bebidas alcoólicas).Mudança
no
estilode
vida é difícil de ser obtida,mas pode
ocorrer sehouver
uma
estimulação constante aolongo
do
acompanhamento, não
apenasna
primeira consulta 2.A
educação
em
diabetes foi proposta inicialmente por Joslin,que
fimdou
em
1929
uma
clínica
de
ensinoem
Diabetes Mellitusem
Boston,nos
EUA.
Suas idéiasnão foram
facilmente aceitas pela
medicina
tradicional,porque chamar
o paciente para participar ativamentedo
tratamento representou Luna revoluçãona
tradicional e autoritária relação médico-paciente.O
maior
evento responsável pelamudança
foia demonstração
em
1972 do
3.
MÉTODO
Este estudo foi realizado utilizando
o
método
qualitativo.A
pesquisa realizou-sena
microárea
02 do
bairroCórrego Grande
(Área 170),no
períodode
outubroa
novembro
de 2002.Foram
entrevistados dez indivíduos diabéticos residentes nesta localidade,sem
considerar
o
tipode
Diabetes Mellituspor
eles apresentado.Os
dados
foram
obtidos atravésda
aplicaçãode
questionário interpessoal(Anexo
1), tendo sido elaboradocom
perguntas abertascom
a finalidadede
identificar as percepções destes indivíduos sobre a suadoença
As
entrevistasforam
realizadas individualmente acada
pessoa após o consentimentoprévio,
sendo
registradasem
aparelho gravador e transcritas respeitandoo
vocabulário dos entrevistados.4
-RESULTADOS
E
DISCUSSÃO
A
faixa etáriados
indivíduos pesquisados variou entre25
e 71 anosde
idade.A
menor
idade correspondea
única paciente portadorade
DM
tipo 1, enquanto a maioria apresentouidade
acima de
quarenta anos,que
corresponde a faixa etáriade maior
incidência deDM
tipo2.
Segundo
a literatura,90%
dos pacientes apresentamDM
tipo2
e apenas 8 a9%
apresentam
DM
tipo 1 3.A
maioria cursou apenas partedo
curso primário, doiseram
analfabetos e dois
apresentavam
nível superior.A
maioria dos. indivíduos'não
possuiaum
conhecimento
suficiente sobre o DiabetesMellitus.
A
faltade conhecimento
em
relação ao tratamento, sinais e sintomas eprincipalmente das complicações, leva os pacientes a
cometerem
errosque influenciam de
maneira
negativao
prognósticoda
doença,demonstrando
a necessidadedo
'desenvolvimentode
atividadesde
ensino ou, práticas educativasde
saúde dirigidas a esses pacientes e seusfamiliares.
Déntro
deste contexto ressaltamosa
importânciaque temos
como
profissionaisda
saúde, pois
devemos
atuarde maneira a
conscientizá-losda
necessidadeda mudança
de
comportamentos
e atitudes, proporcionando-lhes maisconhecimento a
respeitode
sua doença,e assim,
obterem
um
melhor
auto-controle.4.1
-
Conceito
de
Diabetes
Mellitus
Dentre
os individuos, apenasum
admitiunão
saber oque
é Dabetes Mellitus.A
maioriatinha
alguma
noção
sobreo
conceitoda
doença.Predominou
entre os entrevistados o conceitode doença onde
há
um
acúmulo de
açzúcarno
sangue.“Acho
que
éaçúcar
no
sdñgue
”.“Dizem que
e'açúcar
no
sangue
glicoseno
sangue
“Eu sou
diabética tipo I, entãonão
produzo
insulina,como
não
produza
eunão
consigo processara
glicose ingerida7
Quando
analisamos as repostas,percebemos que
existeuma
popularizaçãodo
conceitoem
tomo
da
presençade
açúcarno
sangue,ou
seja,a
reproduçãoda
visão biologicistado
processo
saúde/doença que
lhe é transmitida pelo sabermédico
hegemônico.O
profissionalda
saúde
deve
refletir e questionar sobre a sua atuação, pois estandonuma
posição centralno
serviço
de
saúde,pode
incorrerno
engano de
sermero
retransmissorde
informaçõesreducionistas aos indivíduos, fazendo
com
que
elestenham
uma
visão limitadado
problema, encarando-ocomo
algo isolado.Numa
doença
epidemiologicamente importantecomo
o Diabetes Mellitus,devemos
orientar corretamente os pacientes acerca
da
doença, pois trata-sede
um
dosmais
importantesproblemas de saúde
públicada
atualidade, alcançando expressiva significaçãocomo
causasde
doença
emorte
e constituiuma
das principais causasde
hospitalizaçãono
país U.4.2
-Causas
Quando
os pacientesforam
questionados sobre oque
poderia terprovocado
o aparecimentodo
DM
em
suas vidas,a
maioria dos entrevistados relatouque
poderia ter sidodevido
a
uma
alimentaçãocom
excessode
açúcar.Em
segundo
lugar apareceu ahereditariedade.
A
obesidade eo
usode
remédiostambém
foram
citados.“Eu
acho
que
foipor
doçura,Na
época
do
calor eutomava muito
suco.Eu
também
tomava
muito
cafédoce
“Eu acho
que
é hereditário,porque minha
mãe
era diabética eminhas
tiaschegaram
atéa
amputar
dedos
do
pé
“Eu
acho
que
épela
obesidade“Eu
tôachando
que
foio
excessode remédio que
eu tomei.Eu
tomava
uma
quantidade
muitogrande de
remédios,cada
marca
vinha uns quarentacompridos
para
eu
tomar.Faz
unsquarenta
anos que eu
tomo
essa“remediarada
”para
o coração
“No
meu
caso eu realmentenão
sei.Na
época
eu procureium
médico,na
verdadepara
fazeruma
dieta,porque
eu
tavaganhando
muito peso
epor
acaso
ele descobriuo
diabetes,porque
eu
não
tinha sintomasna época”
A
maioria dos indivíduosdesconheciam
os fatores desencadeantes implicadosno
8
Diabetes Mellitus
demonstram
que
por ignorância dos gruposde
risco,aumentam
aprevalência e
a
incidênciada
doença
12.Pelo fato
de
o Diabetes Mellitus seruma
doença
crônico-degenerativa enão
possuirum
agente etiológico determinado pela medicina oficial,mas
sim
fatores desencadeantesda
doença,
vemos
que
isso abre espaço parauma
série de causas,que vão
desde orgânicas, aos hábitosdo
indivíduo atéa
uma
explicaçãomágica
e religiosa 13.Os
profissionaisda saúde
devem
alertar estes indivíduos sobre a importância de seconhecer os fatores
de
risco para o desenvolvimentoda
doença, poiso
padrão de vidada
sociedade atual
tem
contribuídocada
vez mais parao aumento
da
incidênciado
Diabetes.Dieta inadequada, sedentarismo e
o
stress são alguns dos fatores presentes atualmentena
vidacotidiana e
que
têm
forte relaçãocom
a doença.4.3
-Tratamento
Questionados sobre
como
deve
sero
tratamentodo
DM,
predominou
entre osentrevistados
a
realizaçãode
dieta e atividade fisica,com
o
mesmo
número
de
citações.O
controle
do
açúcar eo
usode medicação
também
foram
citados.Uma
pessoachegou
a relataro
usode
chás,o que demonstra a
procurade
práticas populares parao
tratamentoda
doença
Percebe-se
que
os indivíduos apresentam dificuldadesem
relação ao tratamento,que
pode
sertanto por falta
de
orientação adequada,como
pela faltade
interesse dos próprios pacientes. Sabe-seque
para trataro
DM
é necessário educação,modificações
dos hábitosde
vidae, se necessário, medicarnentos.
“Tem
que
evitar doçura, gorduras, fazer exercícios,caminhar
“Dieta, exercícioƒísico e
medicação
quando
necessário“Em
primeiro lugareu
acho
que
a
melhor
coisa éandar
ecomer
verdura. Isso éa
chave
do
diabetes,
porque a
minha
já
teveem
580
eeu
botei elaem
70
andando
ecomendo
verdura“T
em
que
fazermuito
regime, né,tomar
os remédiosque médico
mandar
enão
fazer/››
“cavalice
ne
.“Que
eu
sei é reduzir0
açúcar, carboidratostambém, aumentar o
exercício físico,o qual
eu9
“Tem
que
fazer dieta,tem que
fazero
seguimentodos
remédios.Eu
tenhotomado
algunschás
também
O
tratamentodo
diabéticodeve
incluir educação, dieta, exercício e medicação,seqüência
que
comumente
é invertida devido aotempo da
consultaou
por faltade
treinamento e atitude
do
médico
paraa educação
do
paciente.O
objetivo primordial émelhorar
o
controle metabólico, evitarou
diminuir as complicaçõesagudas
e crônicas emelhorar a qualidade
de
vida.O
conhecimento
por partedo
paciente acercado
diabetes e suasimplicações amplia
o
interesse emagnifica
a cooperaçãocom
o
médico
1°.Educar o
paciente implica desenvolver nele os conhecimentos, as destrezas, as motivações e os sentimentosque
lhepermitam
enfrentar as exigência terapêuticasdo
diabetescom
autonomia
e responsabilidade 12.Alguns
indivíduosfazem
uma
referênciamaior
aalimentação
em
relaçãoa
outrosmeios
que
também
contribuem para o controleda
doença.O
conhecimento
e as habilidades necessárias para implementarum
regime
de
tratamento
não
podem
ser adquiridos duranteuma
breve consulta.As mudanças
ocorrem
gradualmente e se apresentam
como
pequenos
incrementos;não
é infreqüenteque
ospacientes
tenham
retrocessos periódicos.É
entãoquando o
paciente se beneficiamais
da
experiência
da
equipe dos profissionaisda
saúde, os quaispodem
proporcionar-lhenão
só habilidades para resolverproblemas
específicos,mas
também
o apoio necessário 1°.O
que
ocorrecomumente
é a imposição de conceitos para os populares,numa
espéciede educação
bancária, esperandoque
elespassem a
assumir o controlede
sua doença.A
busca
de
práticas popularesde
cuidadoscom
a saúde constituiuma
maneirade
defesa coletiva frentea
imposiçãoda
racionalidademédica hegemônica que não contempla
os anseios subjetivosdo
ser
humano
13.Os
profissionaisda
saúdedevem
ter consciência deque além de fomecer
aprescrição, eles
devem
orientaradequadamente
os pacientes sobrea
enfermidade e suasformas de
tratamento.4.4
-Dieta
Quando
foram
questionados sobre quais alimentoso
diabéticodeve
evitar,houve
um
predomínio
dos alimentosque contém
açúcar e gorduras.10
“Eles
falam
que
épara
evitaro
sal,a gordura
eo
açúcar”.“Eu
não
evito.Tem
época que
eucomo
a
vontade.Se
puder
evitar ébom, passar
sóna
baseda
verdura éo
melhor.Tenho
um
amigo
que
dizque
se eucomer
só verdura euvou
melhorar
“Eu
evito sódoçuras
e gorduras.Eu
não
sei sea gordura
prejudicaa
diabetes,mas
eu evito.No
mais eu
como
o que
euposso
comer
Percebeu-se entre os entrevistados
que
haviauma
preocupação maior
com
osalimentos
que contém
açúcar e gordurasem
sua composição.A
educação
alimentar éum
dospontos fundamentais
no
tratamentodo
Diabetes Mellitus.Os
alimentos ricosem
gordurasaturada e colesterol, frituras e carboidratos simples
devem
ser evitados 7.Os
profissionaisda
saúde
devem
estar capacitados para lidarcom
estes indivíduos, orientando-os quanto auma
dieta
adequada
eque
lhes permitaum
melhor
controle metabólico, evitando certos tabus alimentaresque
geram
mais
ansiedadeem
suas vidas.4.š
-
Afiviaaae
Física
Em
relação a atividade fisica, todos os entrevistadosacharam que
o diabéticodeve
realizá-los,
porém
duas pessoasafirmaram
a sua maneira,que a
sua práticadepende
dascondições
do
indivíduo.“Eu acho
que
sim.Acho
que
ébom
pra
pessoa
“Conforme a pessoa
pode,agora
eujá
não
dá.Cada
caso éum
caso,cada pessoa
temo
organismo de
um
jeito.O
médico
mandou
que
eu andasse,mas
eu tenhomuita
canseira.Agora
eu sintoque
atépara andar
dentrode
casao
meu
coração
“ tá solto”.“Sim.
É
bastante importanteno
controleda
glicemia, deve-se praticar regularmente“Acho que
sim.Acho
que
para
emagrecer,para ficar
mais
saudável“Deve,
porque
ajuda
a
criar insulinano
sangue
A
tecnologia disponível atualmentetem
contribuídocada
vezmais
paraaumentar
osedentarismo.
Todas
as inovações tecnológicastem
como
finalidade proporcionar aohomem
uma
vidamenos
complicada. Carro,computador,
intemet, entre outros, facilitam a vida das pessoas,mas
implicam
em
menor
esforço fisico.O
estímuloa
atividade fisica é importante, poisalém de
favorecera perda
ponderal eaumentar
a sensibilidadea
insulina, potencializaosll
efeitos
da
dietano
perfil lipídico,diminuindo
os níveisde
triglicerídeos e elevando ode
HDL-
c 2.
A
maioria dos entrevistados relatou ser necessárioa
realização de atividade fisica,porém
com
justificativasque demonstraram pouco
conhecimentoda
sua finalidade.Dieta e exercício fisico são aspectos fundamentais
no
manejo
destes pacientes e deve-se estabelecer
de maneira
conjuntacom
os pacientes ea
equipede
saúde as possibilidades altemativas parao
seucumprimento
14.Alguns
indivíduos apresentam limitações paraa
prática
de
atividade fisica,como
por exemplo
a presençade
cardiopatia.A
idade, aptidãofisica e as preferências
de cada
paciente são importantes 7.4.6
-Complicações
Quando
questionados sobre oconhecimento
das complicaçõesdo
DM,
nenhum
entrevistado citou as complicações agudas
da doença
(hipoglicemia, cetoacidose ecoma
hiperosmolar).Observou-se
também
que
alguns indivíduosconfimdiram
as complicaçõescom
os sinais e sintomas
do
Diabetes Mellitus.Outro
fato observado foique a
maioria dosentrevistados
desconheciam
termoscomo
retinopatia, nefropatia e neuropatia, referindo-se aeles
usando a linguagem
popular.As
alteraçõesda
visãoforam
as mais citadas pelosindivíduos.
Em
seguidavieram
as complicações renais e as amputações.Complicações
cardiovasculares, impotência sexual,
trombose
ederrame
cerebral(AVC) também
foram
citados.
Nenhum
entrevistado citoupé
diabético e apenasum
relatounão
saber quaiseram
ascomplicações.
a
canseira ea
cegueira.Tem
horas
que eu
tenho muita faltade
vista,não
enxergo
nada.Outra
coisaque
eunão
sei se é devidoao
coração
ou ao
diabetes, émuita
ânsiade
vômito“Alterações
na
visão,que
éa
retinopatia diabética.Além
disso, alteração renal etambém
complicações cardiovasculares
são
asque
eume
recordo“A
primeira coisa éque
todohomem
perde a
potência. Visão, você vaiperdendo
a
visão,eu
acho
que eu
perdimais
de
30%
da
minha
visão.Tem
genteque
temque
amputar a perna
também
12
“Principalmente
a
deficiência renal,porque
conforme a
glicoseno
sangue,fica bem
grossoedificulta
a
irrigaçãodo
sangue
pelos vasos.Pode
dar
trombose,pode
dar derrame
e váriasoutras
complicações
Visto
que
aorigem
das complicações estáno
descontrole crônico, fica evidente oinsuficiente traballio
de convencimento
no
consultório e a necessidadede
um
esforçomaior
para
a educação
tantodo
pacientecomo
do
médico, ea formação
de educadoresem
diabetes.Tem
sidodemonstrado que o
treinamentodo
paciente diminui onúmero
e intensidade dascomplicações, o
número
e dias de hospitalizações e os gastoscom
medicação
1°.Devido
a
faltade
conhecimento, muitos indivíduosconfundem
as complicaçõesdo
Diabetes Mellitus
com
os sinais e sintomasda
doença,demonstrando não
ter consciência dosriscos
que
a enfermidadepode
acarretar.4.7
-
Sinais e
Sintomas
Quanto
aos sinais e sintomascomuns
do
diabetes,a
maioria dos individuosdemonstrou
conhecer pelomenos
um
deles apesardo
elevado graude
desinformação.Os
termos poliúria, polidipsia, polifagia são desconhecidospor
grande parte dos entrevistados,fato
que
também
ocorreucom
as complicaçõesda
doença, pois estes tennos são referidosna
linguagem
popular.Alguns
indivíduos apresentaram total desconhecimento sobre os sinais esintomas
do
Diabetes Mellitus.tontura.
Dizem
que
dá
muitador de
barrigatambém
“Eu
não
sei sabe.Me
dava
unspar
de
dor.Eu
tinhador
de
cabeça, muitador de
cabeça.Tinha dia
que eu
tinhamuita fraqueza
e tonturatambém
“A
questãode
sentirmuita
sede, urinar bastante,comer
bastante emesmo
assim perder peso,tontura,
mal
estar,são
os sintomasque eu
me
lembro
“Eu
tinhamuita
sede, eramuita
sede,de
dia,de
noite.Acho
que
eutomava mais de 5
litrosde
água por
dia“Eu
creioque
a
diabetes,quando
você temqualquer
machucado no
corpo,quando
ele támeio
alto, eledá
sintomas, né.Se
temuma
ferida, eledá
coceira, eleaumenta.
Dizem
que o
13
Estudos epidemiológicos
defendem que
oDM
tipo2
é muito subdiagnosticadoem
virtude
do desconhecimento dos
sinais e sintomasda
doença.Por
isso éde
fundamental importânciaque o
paciente saiba reconhecê-los.4.8
-
Mundo
Atual Contribuindo para
0
Aumento
da
Incidência
do
Diabetes
Mellitus
qPara
a maioriados
indivíduos, viver nos diasde
hoje contribui parao aumento do
número
de
casosda
doença
Prevaleceu entre os entrevistadosa
idéiade que
isto está ocorrendo devido auma
dieta inadequada.Alguns
indivíduos relataramque
istopode
estarocorrendo devido ao
consumo
de
produtos industrializados eque
apresentam produtosquímicos
em
sua composição.O
consumo
excessivode
alimentos ricosem
açúcar,o
stress eosedentarismo
também
foram
citados.“Acho que
sim, émuita
comilança.Antigamente
não
tinha essas coisas enlatadas, tudoo que
a
gentecomia
eramais
natural“Eu
acho
que
sim,porque
tudo os alimentosque
a
gente usa hojeem
dia tem coisaque
prejudica
a
gente.Antigamente
era tudo alimento natural“Eu
acho
que
sim,porque
a alimentação
da
gente tácada
vezmais
inadequada.Se
come
cada
vezmais
doces,gorduras
ecom
issomenos
frutas e verduras,o que
contribuipara
aumentar
não
sóo
diabetes,mas
várias outras doenças.Estamos
também
cada
vezmais
sedentários
“Eu
acho
que
sim, principalmentena
alimentaçãoque
é muito ricaem
açúcar, carboidratos,né, tudo isso
que
tem bastante glicosena
sua composição. Isso contribui bastante,principalmente nestes fast
food
e tudomais
que
tem muita gordura.E
também 0
stress,acho
que
contribui bastanteO
estilode
vidada
sociedade atualtem
contribuído bastante parao aumento da
incidência
do
diabetes.O
consumo
excessivode
produtos industrializados,que
muitas vezes substituem as principais refeiçõesdo
dia, associado ao stressda
vida cotidiana e aosedentarismo, entre outros fatores, são
motivo
depreocupação
para os organismosde
saúdeem
todoo
mundo.
Dietainadequada
e sedentarismo são responsáveis pelo crescenteaumento
14
principalmente
nos
países ocidentais,como
por exemplo, osEUA.
Sabe-seque
a obesidadeestá freqüentemente associada ao diabetes tipo 2. É' crescente
a
elevaçãoda
incidência e prevalênciaem
todo
omundo.
Alguns
autores jáapontam
para o caráter epidêmicoque
o Diabetes Mellitus possa assumir nospróximos
anos 15.4.9
-
Orientações
e
Busca de
Informações
Quando
questionados sobre as orientaçõesque
recebiam, a maioria dos entrevistados relatouque
elaseram
transmitidas pelo médico.Alguns
relataramque
as recebiam nasreuniões
do grupo de
diabéticos.Quanto a busca de
informação, observou-seque
grande partedos indivíduos
não
tem
interesse eou
motivação para saber mais a respeitoda
suadoença
A
maioria relatou
que não
procura infomiações; outros relataram dificuldade devido aoanalfebetismo.
“O
médico
me
falou algumas
coisasque
eunem
lembro
mais.Não
leionada a
respeito,nem
a
bulados remédios
eu leio“A orientação
que médico
me
deu
foicomer
bastante fruta e verdura,porque
você estacom
diabetes e pronto.Nunca
linada
a
respeitodo
diabetes.Acho
que
seo
médico
tivesseme
orientado melhor,
eu
talveznão
estariano
estadoque
estáa minha
“Eu
leio muitos livros,mas
de conhecimento
em
diabetes eunão
tenho lido ainda.Tenho
informação dos
médicos,que
me
dizem o que
pode
fazerou
não.Eu
procuro
seguir tudodireitinho,
mas
tempessoas
que
nem tomam
osremédios
direito,que
não
ligampara
o que 0
médico
fala, aínão
tem
jeito“O
médico
dissepara
eu
não comer
doçura.Eu
não
leionada porque
não
sei ler”.“Já, tanto
do
médico,como
informações via internet, revistas.Sempre
procuro
me
informar.Acho
que
osmédicos deveriam
dar mais
ênfase.Alguns médicos
não
estãopreparados
para
lidar
com
o
diabético.Um
médico que eu
tiveme
disseque
eu precisavade
atendimentopsicológico
para
lidarcom
o
meu
problema
Verificou-se
que
alguns indivíduos transferem a responsabilidade toda para omédico
em
relação ao seu problema. Isto éreflexo
da
posição centralizada ehegemônica da figura do
médico.
Não
podemos
falarna
existênciade
um
auto-cuidado propriamente dito, haja visto15
prescrições
dos
técnicosem
saúde.A
referênciaa figura
do
médico
se estende ao fisico,ao
psicológico, ao social, indicando, desse
modo,
o monopólio
do
discursomédico
em
espaçosque não
lhecabem”. Alguns
entrevistados sequeixaram que
as orientações recebidasnão
eram
suficientes, entretanto observou-seque
nem
todos faziamum
acompanhamento
constante e sequer participavam
do grupo de
diabéticos.De
maneira
geral os profissionaisda
saúde sequeixam do desânimo
e falta demotivação da
maioria dos pacientes e, diferentes trabalhostem
abordado
sobre oproblema
da
falta
de
capacitação dos profissionaisda
saúde para desenvolver sua funçãode
educaçãoterapêutica 12.
A
consultamédica
éum
momento
importante para a conscientização dos pacientes arespeito
da
sua doença, despertando nele a motivação necessária para lidarcom
o
problema, e assim, obteruma
melhor
qualidadede
vida.A
influênciado
médico
na
consulta, constituium
ponto cardinalque
muitosprofissionais
da
saúdenão
consideram, limitando-se ao diagnóstico e a prescrição, deixandode
ladoa
valiosa ferramentada
educação
do
paciente 1°.Os
profissionaisda
saúdedevem
estimular os grupos terapêuticos e incentivar aparticipação dos indivíduos.
A
respeitoda
eficácia, apósa
participaçãono gmpo,
constatamosque a
capacidadede
se autocuidar foia mais
destacada,havendo
uma
mudança
na
percepçãoda doença
eno
estilode vida
Estanão
se restringe apenas ao nível fisico,mas
ao social e aopsicológico, indicando Luna visão ampla,
que
remete aogrupo
como
espaço social. Assim, ogrupo
funcionacomo
uma
extensão das práticas de saúde e aomesmo
tempo
permite relaçõeshumanas,
fimcionando, sob esse pontode
vista,como
um
grupo de
auto-ajuda 13.4.10
-
Viver
com
Diabetes
Mellitus
Questionados sobre o
que
mudou
em
suas vidas após o diagnósticodo
DM,
percebe-seque
os entrevistadosfazem
grande referênciaa
alimentação.“A
gentefica
muito
tristeporque não
pode comer
o
que a
gentecomia
antes, as doçúras, essas coisas boas.O
restonão
mudou
nada
“Eu acho
que quase
tudo.A
questãoda
alimentação, consciênciade
terque manter
uma
16
questão social
também
muda
um
pouco,
porque
vocênão
pode
mais beber
da
mesma
forma, temque
terum
certo controle'Mudou
um
pouco porque
a
gentefica com
medo,
não
come
tudoo
suficiente,porque
temmedo
de
exagerar ”.“O
que
mudou
éque eu
não
posso
comer
tudoo que eu
quero.As
vezes sevou
numa
festa e tem bolo, eucomo, posso
comer,mas
a
gente evitade
comer para
não
aumentar o
diabetes,que
e' chatoo
médico
dizerque
táaumentando, que
aumentou
o
diabetes“
Fico
chateado
porque
eu
queria
comer
tudo, eagora
muitas coisas eunão
como. Fico tristecom
isso, é dificilcomer
sóum
pedacinho de
bolo,ficar
controlando,não
é fácil ” .A
representaçãoda
doença
como
algo contráriodo que
ébom,
algo desagradávelque
afeta o sujeito e
o
incapacita, denota algo ruim, omal
em
si.A
percepçãoda doença
como
um
mal
é tãocomum
em
nossa culturaque
parece atéque
é algo “natural” 13. Ser diabéticonão
significa ser anormal,
mas
necessitaque o
indivíduo adquirauma
nova
visãodo
seu problema,que
lhe permita convivermelhor
com
a
doença
Estes indivíduos
dão muita
importância a alimentação e seesquecem
de outrosmeios
que contribuem
parao
controleda
doença. Neste sentido aeducação
é fundamental para derrubar os preconceitos e fantasmasque
afetama
vida destes pacientes,melhorando a
sua auto-estima e reduzindo a ansiedade 5.É
necessáriouma
sensibilização dos profissionaisde
saúdedo
primeiro nívelde
atenção para
promover
programas
educacionaisde
acordocom
a
situação sócio-cultural eeconômica
em
que
vivem
os pacientes 14. Sobretudo é necessário conhecero
estadodo
paciente frente a enfennidade, seu ânimo, suas motivações e barreiras para
o
aprendizado e asexperiências prévias, se conta
com
apoio familiar e a capacidade de adaptação 1°.“A
forma
pela qual
os sujeitosentendem a
realidade vaideterminar
a
sua maneira de
se5.
CONCLUSÕES
As
percepções dos indivíduos sobreo
Diabetes Mellitus sãouma
reproduçãoda
visão
médica hegemônica
e biologicista, responsável pela tendênciaà
transmissão individualde
conceitos,em
detrimentode
açõesde
enfoque coletivo.Percepções sobre causas e tratamentos ficam enfocadas
em
aspectos reducionistas.Na
percepção sobrea
influênciado
padraode
vidada
sociedade atual sobre aincidência
do
Diabetes Mellitus, os indivíduos apresentamuma
visão simplista frente ao contexto global envolvido.A
percepçãode
vivercom
Diabetes está relacionadaà
algomim
e incapacitante, oREFERÊNCIAS
World
Health Organization. Definitionand
Classificationof
Diabetes Mellitusand
itsComplications.
Report of a
WHO
Consultation. Part 1: Diagnosisand
Classification ofDiabetes Mellitus. 1999.
Consenso
Brasileiro sobre Diabetes. Diagnóstico e Classificaçãodo
Diabetes Mellitus eTratamento
do
Diabetes MellitusTipo
2. 2000.Chacra
AR
Dib SA.
Diabetes Mellitus. In:Borges
DR,
RothschildHA,
editors. Atualização Terapêutica.20
ed.São
Paulo: Artes Médicas; 2001.Maldonato
A, BloiseD,
CeciM,
Fraticelli E,F
allucca F. Diabetes mellitus: lessonsfrom
patient education. Patient
Educ
Couns
1995;26(1-3):57-66.Vivolo
MC,
Oliveira O, FerreiraSRG.
Educação
em
Diabetes: Papel e Resultados das Colôniasde
Férias.Arq
Bras EndocrinolMetab
1998;42(6):444-50.Rodríguez
MS,
FajardoEV. Labor de
la enfermera en el control del paciente diabético /Nurse's role in the control
of
the diabetic patient. Rev.cuba
enferm
1998;l4(2):131-5.Ministério
da
Saúde. Protocolo sobre Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus.In:
Cademos
deAtenção
Básica. Brasília; 2001.Diabetes Mellitus.
Guia
para Diagnóstico e Tratamento. In:Programa
Harvard/Joslin/SBD.Educação
em
Diabetesno
Brasil. Brasília; 1996.A
corecuniculum
for diabetes education.2
ed. Chicago:American
Associationof
Diabetes Educators; 1995.González
SZ,Andrade
SI.Educación
del paciente diabético:un
problema
ancestral. Rev.méd.
2ooo;3s(3)z137-191.Ministério
da
Saúde.O
atendimentodo
diabéticona
rede básicade
saúde. In:Manual
dediabetes; 1993. p. 86-9.
Pérez
RS, González
RG,
PadillaDA,
Diaz
OD.
Resultadosde
la educaciónen
diabetes de proveedoresde
saludy
pacientes.Su
efecto sobre el control metabólico sel paciente. Rev.cuba
endocrinol 2000;l1(l):3l-4.Teixeira
ER.
Representações culturais de clientes diabéticos sobre saúde,doença
e19
14. Juárez
ENA.
Ideas populares acerca de diabetesy
su tratamiento / Popular deliefs aboutdiabetes
and
its treatment. Rev.méd.
1998;36(5):383-7.15. Ministério
da
Saúde.Guia
Básico para Diagnóstico e Tratamento. In: Diabetes Mellitus.ANEXO
1
1.Características dos entrevistados:
Nome:
Idade: Sexo: Estado Civil:Número
de
filhos: Profissão: Naturalidade: Procedência:Grau
de
escolaridade: Questionário:1.
Há
quantotempo
o
sr (a)tem
o diabetes diagnosticado? 2.O
sr (a) sabeo
que
é diabetes?3.
O
que o
sr (a)acha
que provocou o
aparecimentodo
diabetesem
sua vida? 4.O
que
o sr (a)acha
que
uma
pessoacom
diabetesdeve
fazer para tratar a doença?5.
O
diabéticodeve
evitar quais tiposde
alimentos? 6.O
diabéticodeve
praticar atividade fisica?Por quê?
7.
O
sr (a) sabe quais são as complicações mais freqüentesdo
diabetes?8.
O
sr (a) sabe quais são os sinais e sintomas importantesno
diabetes?9.
O
sr (a)acha
que
mundo
atual contribui paraaumentar
os casosde
diabetes?10.
O
sr (a) já recebeu orientaçõesou
procurou
informações sobrea
doença?TCC
UFSC
SP
0067
Ex.l N-ChflflhTCC UFSC
SP
0067Autor: Borges, José Carlo
Título: Percepções de indivíduos portado
972811924 Ac. 254145