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EAD: dos egípcios à atualidade

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Academic year: 2021

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(4) $)í .  %(í& %(à)*"  $ '%"% '%((%' %*)%'*"

(5)  %#  %()% '(ã% $"# *)*'%. Resumo A modalidade de ensino a distância não é uma novidade como muitos pensam – houve, sim, uma evolução com o passar das épocas pelas mudanças ocorridas em nossa sociedade. Este trabalho tem como objetivo apresentar de forma bastante breve a evolução do ensino a distância desde suas origens até a atualidade, sua implementação no Brasil e as formas de aprendizado praticadas atualmente. Verificamos a transformação dessa modalidade de ensino que, num primeiro momento (e, em alguns casos, ainda hoje) era necessária a utilização do papel impresso; com o avanço tecnológico e com a preocupação em preservar o meio ambiente, houve a necessidade de transformar essa forma de ensino com a construção de plataformas virtuais, utilizadas quando oferecidos cursos de graduação e de pós-graduação em instituições de ensino superior como em treinamentos em empresas de médio e de grande porte. $ (%# $á' %

(6)  %"%. Introdução No princípio eram os gregos, quando faraós utilizavam mensageiros para a difusão de decretos entre seus súditos por todo o reino. Depois vieram os persas que aperfeiçoaram o sistema e o passaram aos gregos, cuja eficiência ficava a desejar pela falta de unidade política. Os cretenses e fenícios também adotaram o sistema e o ampliaram com o uso de pombos e andorinhas; quanto aos chineses, de acordo com relatos de Marco Pólo, ofereciam luxuosas pousadas em todas as estradas para os mensageiros. O imperador romano Augusto desenvolveu o sistema de correios dos romanos que se sobressaiu pelo emaranhado de estradas. A infraestrutura, dotada de postos para troca de animais, estalagens para viajantes e mensageiros com suas bigas e cavalos velozes, ou de mulas para serviços de menor urgência, permitia aos +++$ %#' %!($ %#'.

(7) soberanos governar a enorme extensão de territórios do império a partir de Roma. Mas, e o ensino a distância? Trata-se de uma prática antiga também, iniciada por volta do século XVII, com o intuito de educar pessoas em lugares longíquos, utilizando o correio. A teleducação permite que o aluno possa ter acesso ao conhecimento sem estar fisicamente presente numa sala de aula, pesquisando e ampliando pouco a pouco seus estudos, tendo o professor como um orientador e não mais a figura deste como o detentor de todo o saber. Esse tipo de ensino estimula a pesquisa e cabe ao aluno a descoberta diária do tema ou temas estudado(s). De acordo com especialista na área, o estudo via Internet é tão ou mais eficiente que o presencial, através do uso de cadernos e livro, haja vista a possibilidade de interagir com o seu conteúdo de aula através de sons, vídeos e imagens. O educando estudar um determinado tópico e assistir a um vídeo explicativo ou ainda ouvir um arquivo de áudio gravado pelo professor de acordo com sua possibilidade de horário e traz a vantagem de realizar o estudo no trabalho ou em casa, desde que tenha uma conexão com a Internet. Vemos com frequência alunos participarem de chats em formato de vídeoconferência tanto com o professor ou em conjunto com os alunos. Assim sendo, trata-se de uma modalidade de ensino ideal a quem precisa estudar e não tem tempo em horários tidos como “normais”, principalmente se o aluno trabalha durante o dia ou à noite em horários não convencionais. O ensino à distância deve ser visto como possibilidade de inserção social, além da propagação do conhecimento individual e coletivo, auxiliando na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Assim sendo, muitas universidades viram a possibilidade de formar cidadãos conscientes de seu papel sócio político, ainda que estes se encontrem em regiões onde a oportunidade de ensino de qualidade seja distante ou que a disponibilidade para investir nos estudos seja menor.. 16. Isso pode ser percebido pelas várias tecnologias que são empregadas no processo ensino aprendizagem: o correio (um dos meios mais antigos), o rádio (principalmente em regiões muito distantes e de difícil acesso), a televisão (como o antigo Telecurso 2º Grau, oferecido pela Rede Globo), os vídeos educativos (alguns deles lançados pela TV Cultura de São Paulo), além da internet (o mais utilizado hoje).. Um pouco de História A correspondência entre as pessoas sempre foi algo bastante realizado – tratados de paz, casamentos, notícias do front, entre outros, eram realizados a partir de cartas entre as partes envolvidas. Algumas histórias, fictícias ou não, podem ser lembradas, tais como filmes ou casamentos da realeza. Um dos filmes mais tocantes sobre a correspondência entre duas pessoas e a troca de conhecimentos entre ambas pode servir de exemplo. No Brasil, recebeu o título de “Nunca te vi, sempre te amei”. Trata da história de Helene Hanff (interpretada pela atriz Anne Bancroft), uma escritora americana que adora livros raros e se corresponde com Frank Doel (interpretado pelo ator Anthony Hopkins), o gerente de uma livraria especializada em edições raras e esgotadas. Durante vinte anos eles se correspondem trocando impressões sobre literatura, vida, visão de mundo. Nada tão diferente do que ocorre hoje com as amizades virtuais, favorecida pela internet, ou seja, num tempo em que as comunicações virtuais não eram sonhadas, a troca de cartas faz com que seja possível o entendimento entre duas pessoas que se admiram, mesmo que seja a distância. Quanto às figuras da realeza, sabemos pelos livros de História e pelos arquivos de diversos reinados a troca de correspondência entre portugueses e espanhóis ou entre portugueses e franceses, por exemplo. Casamentos sem amor, voltados para os tratados de paz e a comunhão entre dois países para fortalecimento de um deles ou de ambos perante a comunidade mundial. 

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(9) A criação e a evolução do Ead (Ensino a Distância) podem ser notadas desde a Revolução Científica, no Século XVII, até os nossos dias. Um dos marcos para essa modalidade foi o anúncio, em março de 1728, na Gazeta de Boston, pelo Professor Cauleb Philips sobre um curso de taquigrafia: “Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston”. Nascia o ensino por correspondência. A partir da metade do século XIX, mais precisamente em 1856, na Alemanha, temos a primeira escola de ensino de línguas por correspondência. Um pouco mais tarde, por volta de 1895, Joseph W. Knipe, em Oxford, com a experiência bem-sucedida da formação de duas turmas para o Certificated Teacher’s Examination, iniciou os cursos de Wolsey Hall utilizando o mesmo método de ensino. Em1898, em Malmö, na Suécia, Hans Hermod, diretor de uma escola que oferecia cursos de idimoa e alguns cursos comerciais, criou o primeiro curso por correspondência, dando início ao Instituto Hermod. William Harper, em 1886, dizia numa de seuas correspondências que "Chegará o dia em que o volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas aulas de nossas academias e escolas; em que o número dos estudantes por correspondência ultrapassará o dos presenciais." Um visionário para a época. E ele estava certo. O ensino a distância não teria tamanha amplitude sem o aperfeiçoamento dos serviços de correio, a agilização dos meios de transporte e, sobretudo, o desenvolvimento tecnológico aplicado ao campo da comunicação e da informação. Na década de 20, União Soviética organizou um sistema de ensino por correspondência que passou a atender 350 mil usuários em apenas dois anos de criação. Em 1939, foi a vez da França em criar um serviço de ensino via postal para seus estudantes. Na década de 40 e 50, o rádio passou a ser utilizado como um novo meio de comunicação, penetrando também no ensino formal e á 

(10)  . alcançando bastante sucesso em experiências na América Latina nos programas de educação a distância do Brasil, Colômbia, México e Venezuela. Nas décadas de 1960 e 1970, a educação a distância manteve os materiais escritos e incorporou, de forma articulada e integrada, o áudio e o videocassete. Depois disso, surgiram o videotexto, o computador e, mais recentemente, percebemos mecanismos de geração de caminhos alternativos ao processo ensino (hipertextos, diferentes linguagens) e instrumentos para fixação de aprendizagem com resposta imediata, por exemplo, os programas tutoriais informatizados. Percebemos que hoje o ensino não presencial está presente em quase todo o mundo, seja em nações altamente industrializadas quanto em países em desenvolvimento. Novos e mais complexos cursos são desenvolvidos, tanto ao que se refere a sistemas de ensino formais quanto nas áreas de treinamento profissional. O Ead, inicialmente, foi utilizado para suprir alguns pontos relativos à deficiência educacional e à qualificação profissional. Hoje, temos tal modalidade como uma alternativa que complementa uma parte do sistema regular de ensino presencial.. Assim caminha o EaD Estamos em constante evolução; nada mais certo, pois, que o sistema de ensino a distância também evoluísse e se transformasse conforme os recursos e/ou avanços tecnológicos criados pelo homem de acordo com cada época e oferecidos à comunidade. Constatamos três gerações básicas quanto ao aperfeiçoamento do EaD. A primeira geração se refere ao ensino por correspondência, com material impresso. No Brasil, temos o Instituto Monitor como pioneiro – no final da década de 30, oferecia o curso de Radiotécnico; em seguida, temos o famoso Instituto Universal Brasileiro, criado em 1941, que concretizou essa modaliade de ensino oferencendo diversos cursos para todas as regiões do país e atuante .

(11) até hoje tanto com material impresso quanto ao Ead. A segunda geração se caracteriza pelos famosos Telecursos, com programas de rádio ou televisão. As aulas eram expositivas e contavam com material impresso e/ou com fitas de vídeo. O Projeto Minerva se destaca entre eles. Elaborado pelo governo federal brasileiro na década de 70, pelo Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação e Cultura, impunha a todas as emissoras do país a obrigatoriedade de transmitir a sua programação, fundamentada na Lei 5.692/71. Outro exemplo foi o Telecurso  1º Grau e o Telecurso  2º Grau, numa  parceria entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Fundação Roberto Marinho – com material impresso e/ou vídeos, foi concebido a pessoas que por algum motivo não concluíram os ensinos Fundamental e Médio. A terceira geração elimina o tempo fixo ao processo ensino aprendizagem e ao acesso ao conhecimento; não há uma sincronia temporal – as informações são armazenadas e os acessos ocorrem em tempos diferentes; no entanto, não se perde a interatividade entre educador e educando, pois ambos podem desfrutar, no ambiente virtual, de várias ferramentas para que haja um perfeito entendimento do tópico proposto e das respostas que lhes são feitas por teleconferências, fóruns de discussão, chats, email, entre outras. O professor, nesse ambiente, atua como tutor ou mediador do conhecimento – ele deve mostrar caminhos, e não apenas expor o conhecimento ao aluno, que se torna sujeito de sua própria aprendizagem, descobrindo, por meio de pesquisas e de compartilhamento do saber, novos conteúdos inerentes a sua formação. As Instituições de Ensino que promovem esta modalidade de ensino devem, por sua vez, “buscar desenvolver seus programas de acordo com os quatro pilares da educação, definidos pela Unesco”, ou seja, deve haver a aceitação e o estabelecimento de relações cordiais quanto à diversidade cultural. Essas novas tecnologias aplicadas ao processo ensino-aprendizagem trazem novos desafios pedagógicos para as universidades. Os 18. professores necessitam de capacitação para aprender a gerenciar os vários espaços e a integrá-los de forma harmoniosa. Um desses espaços é o da nova “sala de aula” diferentemente equipada e com diversas atividades: o laboratório se tornou um espaço tanto para pesquisas como para o domínio das tecnologias atuais. Não raro, tais atividades se ampliam a distância, em ambientes virtuais de aprendizagem conectados à Internet, permitindo a diminuição do número de aulas presenciais e a continuidade do aprendizado à distância. Dessa forma, as universidades devem reestruturar os cursos oferecidos, principalmente os semipresenciais, além de prever o equilíbrio entre aulas virtuais com as presenciais, em que encontramos a experimentação e a inserção dos educandos em ambientes profissionais e informais em todas as disciplinas e ao longo do curso. Para tanto, é imprescindível o planejamento e flexibilização do tempo quer seja quanto à presença física em sala de aula quanto ao de aprendizagem no ambiente virtual, conferindo ao curso a integração de forma criativa e inovadora em diferentes espaços e tempos. Verifica-se, também, que a modalidade EaD dá ênfase à eficácia dos aspectos organizacionais e administrativos de uma Instituição de Ensino Superior: mecanismos de inscrição são mais ágeis; a distribuição de materiais básicos de estudo se torna mais eficiente; a burocracia do ensino convencional é substituída por informações mais precisas; há uma atenção aos alunos diferenciada no decorrer do curso. Os alunos inscritos em cursos cuja modalidade seja o EaD devem ser orientados sobre sua autonomia em relação à escolha de tempo e espaço dedicados ao estudo. Embora isso aconteça, não se deve esquecer que há uma seleção prévia de conteúdos e um planejamento quanto ao desenvolvimento dos estudos e das atividades propostas a fim de que os estudantes resolvam problemas, estudos de caso ou exercícios mais complexos e interessantes. A proposta pedagógica do EaD se difere da convencional por apresentar um maior 

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(13) conteúdo didático que o utilizado nas situações presenciais e pela ausência de fronteiras ou de um grupo de pessoas que se conhecem apenas pessoalmente na situação de ensino. Nas três gerações apresentadas, percebemos que os alunos deveriam/devem ter atitudes também diferenciadas, como por exemplo, o de não se esquecer de que o objetivo é o aprendizado do conteúdo, como ocorre também em cursos presenciais, pois de nada adianta apenas concluir etapas se não absorver as matérias inerentes a cada disciplina. Tais alunos devem ser também tratados de forma diferenciada pelo professor tutor, haja vista serem capacitados para explorar os recursos e as ilustrações, além de saberem que a função destas é exemplifica e melhorar o entendimento sobre o conteúdo. A busca para complementar sua formação, sem ser no ambiente virtual, ou seja, informações, pesquisas, exercícios e leituras extras, a execução de atividades práticas, faz com que o educando entenda que o processo de aprendizagem não se realiza somente no momento do curso e que é importante ficar atento às coisas que estão à sua volta, permitindo encontrar elementos de reforço àquilo que foi aprendido, apreendido e colocado em prática no seu dia a dia. O aluno, ciente de seu papel em sua própria formação, deve ter em mente que todos têm acesso aos conteúdos e que seu fará a diferença entre um “aluno capacitado” e um “aluno certificado”.. Considerações Finais Dos antigos faraós com seus escribas às bigas dos romanos, dos navios de terras distantes à invenção do avião, percebemos que o processo de comunicação entre as sociedades evoluiu muito ao longo do tempo. Hoje recebemos notícias e informações de toda. á

(14)   . natureza em poucos segundos, às vezes em tempo real. A comunicação entre as pessoas deve ser como a que se busca há muito tempo entre educador e educando, ou seja, clara, objetiva, limpa de quaisquer ruídos a fim de que o entendimento e a apreensão de conhecimentos específicos e de mundo e valores éticos. A formação de novos profissionais também passa por transformações diárias e nós, educadores, devemos aproveitar e nos renovarmos também, usufruindo o que a Internet e as novas tecnologias têm de melhor a oferecer, revendo nossa atuação pedagógica. O docente precisa equilibrar a forma como ministra suas aulas, ora organizando um resumo das informações de uma respectiva área de conhecimento, ora contextualizando os tópicos da matéria. É necessário, portanto, que o professor não só passe as informações como também as questione junto a seus alunos, que os faça pensar e construir sua própria forma de pesquisa. Comunicar de forma precisa utilizando todas as ferramentas possíveis (sejam virtuais ou não), passar o conhecimento técnicocientífico de forma clara e ampliar a pesquisa por parte dos alunos – três bases para o alicerce de uma educação de qualidade e da formação de bons profissionais.. Referências Bibliográficas (1) MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 15a ed. São Paulo: Papirus, 2008. (2) SILVA, Marcos (Org.). Educação Online: teorias, práticas, legislação, formação corporativa. São Paulo: Loyola, 2003.. .

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Referências

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