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Doença meningocócica em Goiás – dados epidemiológicos relativos ao período 1971 – 1974

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Rev. Pat. Trop. — (4):3 _ 43-54, 1975

DOENÇA MENINGOCOCICA EM GOIÁS - DADOS EPIDEAA1OLÔGICOS RELATIVOS AO PERÍODO 1971 - 1974*

JOAQUIM CAETANO DE ALMEIDA NETTO**, SYDNEY SCHMIDT*** CLEÔMENES REIS**** MÁHIO DINÍZ***** MOHAMAD NADEH KOLEILAT****** T. BKANQUINHO****** 2. S. FREITAS*******

DORIVAN CHAVES DA ROCHA****** R. A. RODARTE*******

RESUMO

São apresentados os principais da-dos epidemiológicos da Doença Me-ningocócica em Goiânia e área de a-fluência no período 1971-1574, com base na casuística do Hospitai "Oswal-do Cruz" de Doenças Transmissíveis. 1. Ocorrência em relação ao total anual de internações: em 1971, 33 casos dentre 765 internações (4,3%); em 1972, 62/1.190 (5,4%>; em 1973, 300/1.728 <17,3%) e 1974, 1.078/2.432 (44,3%).

2. Ocorrência dentre as meningites de todas as etiologias: em 1971, 33 casos dentre 167 (19,76%); em 1972, 62/250, (24,80%); em 1973, 300/542 (55,31%); em 1974, 1.078/1.646 (65,48%). 3. Coeficiente de morbídade em

Goi-ânia: em 1971, 4,13 casos poi 100 mil habitantes; em 1972,

6,52; em 1973, 33,30 c em 1974, 150,04.

4. Coeficiente de mortalidade em Goiânia: em 1971, 0,97 óbitos por 100 mil habitantes; em 1972, 1,12; em 1973, 4,60 e em 1974, 13,13.

5. Coeficiente de letalidade: em 1971 faleceram 8 pacientes den-tre 33(24,24%); em 1972, 11/62 (17,74%) em 1973, 41/300 (13,66%) e em 1974, 109/1.078 (10,11%).

6. Distribuição mensal: homogénea em 1971; tendência ascencional em 1972, 1973 e 1974, a partir de maio, apresentando maior in-cidência no período de agosto a dezembro com acme em setem-bro e outusetem-bro.

7. Distribuição por grupo etário: 1971 e 1972 predominou em criança abaixo de 5 anos e em 1973 e 1974, em crianças acima de 5 anos e adultos. • *• •*•• *•»•• ••••á* **••••*

- Trabalho do Hospital "Oswaldo Cruz" em convénio com os Departamentos de Medicina Tropical e Microbiologia do Instituto de Patologia Tropical da Uni versidade Federal de Goiás.

— Professor Adjunto do D.M.T. e Dimor do Hospital — Titular do Dept° de Medicina Tropical

— Titular do Dept° de Mlcroblologia — I.P.T. — UFGo. — Assistente do Dept° de Mlcrobiologit — I.P.T. — UFGo — MJcroblologiitM dl OSEOO

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44 Rev. Pat. Trop. (4):3 — Julho/Setembro, 1975

8. Sorotipos: em 1973 predominou o Sorotipo C e em 1974 o A. Concluem que os dados apresenta-dos caracterizaram uma situação epi-dêmica a partir de 1973, que, em 1974, levou a Meningite Meningocóci-ca a ocupar o 1°. lugar dentre as doenças transmissíveis que exigem in-ternação hospitalar, constituindo-se a-tuahnente numa doença de grande ris-co para a população infanto-juvenil e que os dados disponíveis até de-zembro de 1974 nos permitem ainda uma avaliação epidemiológica da va-cinação, ;

INTRODUÇÃO

Em publicações anteriores l, 2, foi mostrada a importância das meningoencefalites no contex-to das doenças transmissíveis em Goiás» senda enfocados alguns aspectos clínicos e terapêuticos e cpidemiológicos deste grupo sindrÔmico de doenças. Nestas co-municações foi ressaltada a situa-ção da Meningite Meningocócica dentre as meningites bacterianas, mostrando que em Goiânia e áreas de afluência havia esta doen ca 'evoluído de uma condição en-démica para um estado epidêmi-CO2. Tal fato assinalado no Bra-sil, inicialmente em São Paulo em 1971, vem se estendendo a vários outros Estados, tendo as-sumido em 1974, proporções que ultrapassaram todas as expectati-vas,

No presente comunicado,

apre-sentamos os principais dados

epi-demiológicQs observados na

ca-suística do Hospital "Qswaldo

Cruz" de Goiânia, no período de

janeiro de 1971 a dezembro de

1974, objetívando mostrar a

im-portância da doença

meningocó-cica no conjunto das doenças

transmissíveis mais importantes em Goiás, bem como seu com-portamento epidemiológico no pe-ríodo do estudo.

MATERIAL E MÉTODOS Foram estudados os seguintes parâmetros:

1. Situação das meningites em geral e da meningocócica em re-lação ao total de internações e as doenças transmissíveis de maior ocorrência no Hospital.

2. Distribuição mensal da Me-ningite Menineocócica e das me-ntneites de todas as etiologias.

3. Ocorrência da Meningite Menineocócici H^ntr^ meníngites de todas as etiologias.

4. Evolução dos coeficientes de morbidade e mortalidade da do-ença em Goiânia, no período do estudo.

5. Distribuição por grupo etá-rio.

6. Evolução do coeficiente de letalidade no período de estudo.

7. Letalidade por grupo etário. 8. Procedência da casuística. 9. Ocorrência familiar e domi-ciliar da doença.

10. Prevalência dos tipos sorol í gicos. . .

RESULTADOS

Observando a ocorrência das meningites de todas as etiologias na casuística do Hospital, no pe-ríodo de janeiro de 1971 a de-zembro de 1974, verificamos uma tendência ascensional principal-mente da meningocócica. a par-tir do último trimestre de 1972, fato que se acentuou sobremanei-ra em 1973 e ainda mais em 1974 (Tabelas I e II). Da mesma ma-neira a situação da Doença

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T A B E L A I I N C I D Ê N C I A M E N S A L DE M E N I N G I T E S EM G E R A L E DE M E N I N G I T E M E N I N G O C O C C I C A NO HOSPITAL "OSWALDO C R U Z " , NO P E R Í O D O 1 9 7 1 - 1974 M ê s Janeiro Fevereiro Março A b r i l Maio Junho Ju lho Ag O 5 t O Setembro O u t u b r o Novembro Dezembro X O T A I S M . J - . = Meningite M. M . = M e n i n g i t e M . G 10 14 13 15 15 14 10 13 17 16 15 15 167 e~ M e r. 1 9 7 1 M . M . 01 04 02 03 04 02 01 03 06 03 02 02 33 geral ( todas i r i t o c o c c i c a 1 9 7 2 M .G . M 11 17 15 15 18 17 19 18 24 33 37 26 250 as etiologias ) . M . 03 04 03 05 05 03 04 05 05 09 10 06 62 M . G , 13 31 27 30 34 37 47 58 73 70 62 60 542 1 9 7 3 M . M . 06 12 15 17 20 22 34 36 41 33 29 35 300 M . G . 50 52 59 56 87 76 134 287 277 258 169 140 1.646 1 9 7 4 M . M . 28 22 27 31 56 31 69 189 207 198 132 38 1.078

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T A B E L A I I A G E N T E S E T I O L O G I C O S D E M E N I N G I T E S HOC - 1971 - 1974 AGENTES ETIOLOGICOS Meningococo Pneumococo H. influenzae Staf ílococus Pseudomona Klebsiella

Bacterianas não especificadas M. Tuberculosis Criptococus Indeterminadas 1971 N9 33 07 04 06 -05 03 109 7, 19,76 4,19 2,45 3,58 -2,98 1,78 65,26 1972 N? 62 11 07 09 02 01 12 05 141 % 24,80 4,40 2,80 3,00 0,80 0,40 4,80 2,00 56,40 1973 N9 300 28 14 07 01 01 21 02 168 % 55,35 5,17 2,58 1,30 0,18 0,13 3,87 0,37 31,00 1974 N9 1,078 35 41 23 01 -91 04 01 372 Z 65,43 2,13 2,49 1,40 0,06 -5,53 0,24 0,06 22,00 i (

j

• E f » h -j 4 *. i c, C H C

i

_c H Vj «-L TOTAIS 167 100,00 250 100,00 542 100,00 1,646 100,00

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T A B E L A I I I I N C I D Ê N C I A D A S P R I N C I P A I S D O E N Ç A S T R A N S M I S S Í V E I S • ; -.-.. . . ' . ; ' ; . N O H O S P I T A L " O S W A L D O C R U Z " [ ' 1971 - 1 9 7 4 D O E N Ç A S M. Meningococcica M, Outras Etiologias Hepatite Sarampo Poliomielite Tétano Difteria Outras 1971 N9 33 134 106 35 181 96 133 47 4 17 13 4 23 12 17 6 % ,31 ,52 ,86 ,58 ,66 ,55 ,38 '14 1972 N9 62 188 263 205 118 102 78 174 % 5,4 15,80 22,10 17,23 9 , 9 2 8,57 6,55 14,62 . 1973 -N? 300 242 399 " 251 121 113 105 197 17 14 '- 23 '. 14 7 6 6 ' ' 11 % ,36 , ,00 ,09 ,53 ,00 >54 ,08 . . •

,40 ;

1974 N9 1078 568 311 153. 104 86 80 52' . % " 44,32 23,36 1.2,79 • 6,30 4,28 3,53 3,29 2,13 0 1

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p (g 2. õ" w T O T A I S 765 100,00 1.190 100,00 1.72S - 10,0,00 2.432^ 100,00

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Rev. Pat. Trop.- (4):3 — Julho/Setembro, 1975 Meningocócica em relação às

me-ningites de outras etiologias e às doenças transmissíveis de maior ocorrência, no Hospital, vem se avultando em importância a par-tir da mesma época (Tabela II e

III).

Por outro lado, a morbidade da doença em Goiânia, calculada se-gundo a casuística do Hospital foi de 4,13 casos por 100 mil habi-tantes era 1971, 6,52 em 1972; 33,30 em 1973 e 150,04 em 1974, o que mostra uma taxa de ataque já bastante elevada em 1973 a extraodinaríamente alta em 1974, com (ndices máximos em agosto e setembro (Tabela

IV5.

Da mesma maneira, o número de óbitos por 100 mil habitantes em Goiânia foi de 0,97 em 1971, 1,12 em 1972, 4,60 em 1973 c 13,13 em 1974 (Jabcla IV,

No tocante à incidência por grupo etário, observamos na Ta-bela, V, que em 1971 e 1972 a maioria dos casos ocorreu em cri-anças abaixo de 5 anos e que em 1973 e principalmente 1974, doença passou a predominar em escolares e adultos jovens.

A letalidade foi maior nos gru-pos etários extremos, notadamen-te em crianças até l ano de ida-de e adultos acima ida-de 30 anos (Tabela VI).

TABELA IV

EVOLUÇÃO DOS COEFICIENTES DE MORBIDADE E MORTALIDADE DA MENINGITE MENINGOCflCCICA EM GOIÂNIA 1971 - 1974 P E R l O D O 1971 1972 1973 1974 População aproximada Numero anual Coeficiente Numero anual Coeficiente de casos de morbidade de Óbitos de mortalidade 411.463 17 4,13 4 0,97 444.627 29 6,52 5 1,12 480 160 33 22 4 .464 ,30 ,60 319. 1G9 779 150,04 78 13,13

(7)

T A B E L A V D I S T R I B U I Ç Ã O P O R G R U P O E T Á R I O ÍÍRITPfl PTÍBin wivurv Eii.fVivxu Ate 5 m e s e s 6 -11 m e s e s 1 - 4 antos 5 -14 anos 15 -30 anos Mais de 30 anos T O T A I S N9 02 08 13 06 03 01 33 1971 % 06,06 24,24 39,39 18,18 09,10 03,03 100,00 N9 04 11 24 14 07 02 62 1972 % 06,45 17,75 38,71 22,58 11,29 03,22 100,00 1973 N9 31 24 70 128 43 04 300 % 10,33 08,00 23,33 42,64 14,33 01,34 100,00 N9 70 63 228 434 224 59 1.078 d j f É

2

1974 £ e 2 -£ r f 06,49 05,84 \6 j E 40,26 5 20,78 j E 05,47 0 ! 100,00 ! 4 t

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50 Rev. Pat. Trop. (4):3 — Julho/Setembro, 1975 A leíalidade foi de 24,24% em

1971, 17,74% em 1972, 13,66% effl 1973 e 10,11% em 1974, sendo que mais de 40% dos óbi-tos ocorreram nas primeiras 24 horas de internação (Tabela VI). No que se refere à procedên-cia, notamos que Goiânia vem contribuindo de maneira quase uniforme, com aproximadamen-te metade da casuística de Do-ença Meningocócica, tanto no período endémico como no epi-dêmico, proporção que não se modificou substancialmente após a campanha de vacinação, reali-zada na Capital, nos meses de agosto e setembro de 1974 que, contudo, não chegou atingir

50% da população infanto-juve nil.

Ocorrência familiar e domici-liar da doença foi observada 59 vezes dentre os 1.078 casos de 1974, com até 4 casos em uma mesma família.

Tipagens sorológícas feitas a partir de culturas do líquido cefa-Io raquidiano de 231 paciente, sendo 42 no segundo semestre de 1973 e 189 em igual período de 1974. mostraram que em ambos os grupos houve uma ocorrência importante do sorotipo C (52,40 e 44.97 resnectivamente). Já em relação ao sorotipo A, notamos praticamente uma duplicação na sua prevalência pois houve uma

TABELA VI

LETALIDADE POR GRUPO E T Í R I O 1 9 7 1 - 1974 Grupo Etário T O T A I S H9 Casos 1.463 Óbitos Ate 5 m 6 a 11 m 1 a 4 a 5 * 14 a 15 a 30 a Mais de 30 a 108 105 324 582 277 67 30 27 42 31 23 16 27,77 25,71 18,84 5,32 8,30 28, &8 169(11,47%)

(9)

Joaquim C. de Almeida Netto — Doença Meningocócica.. 51

T A B E L A V I I

L E T A L I D A D E DA MENINGITE MEN I NGOCCcICA NO HOSPITAL OSWALDO CRUZ 1971 - 1974

1971

Número anual de casos Número anual de óbitos Coeficiente de letalidade 33 08 2 4 , 2 4 % 62 11 17,74% 300 Al 13, 66Z 1.076 109 10,111 ascenção de 28,80% em 1973, para 54,50 em 1974 (Tabela VII).

Paralelamente a maior ocorrên-cia do sorotipo A houve um au-mento da doença na população adulta bem como uma maior ir cidência a partir de julho com um aumento maior que três ve-zes à média mensal anterior (Ta-bela I).

DISCUSSÃO

Considerando que o Hospital "Oswaldo Cruz" de Goiânia, o único especializado em Doenças Transmissíveis em Goiás, vem in ternando sistematicamente a

par-tir de 1971, todos os casos en-caminhados com diagnóstico de Meningite, a sua casuística se presta para estudar a situação e-pidemiológjca da doença em Goi-ânia e áreas de afluência nos úl-timos 4 anos já que apenas uma minoria de casos é atendida pe-los hospitais particulares. Por outro lado, a amostragem do re-ferido nosocômio não retraia a situação epidemiológica da doen-ça em âmbito estadual, em face das óbvias dificuldades de trans-porte decorrentes da grande ex-tensão territorial do Estado.

Assim, os dados apresentados

permitem as seguintes conclusões:

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TABELA VIII

Ln W

TIPOS SOROLÕGICOS IDENTIFICADOS NO L.C.R. DE 231 CASOS DE MENINGITE f MENINGOCÕCICA OBSERVADOS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 1973 E 1974 »c

T i p o s S o r o l ó g i c o s

Sorotipò A " Sorotipò C

Não Tipados como A ou C

T O T A I S N 9 12 22 08 42 1973 % 28,6 52,4 19,0 100,0 1974 N9 % 103 54,50 84 44,97 02 0,53 189 100,00 ^

i

l

C/J ÍD B 3 cr p VQ ^4 Ui

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Joaquim C. de Almeida Netto — Doença Meningocócica... 53

1. As meningites de todas as ?tiolcgias ocupam um lugar de 'destaque no conjunto de Doenças Transmissíveis mais importantes em Goiás. Avulta-se em impor-tância a Meningite Meningocóci-ca que durante o período de es-tudo mostrou-se a de maior ocor-rência em todos os grupos etá-rios.

2. A Doença Meningocóci-ca, como bem demonstraram as curvas de incidência mensal e de evolução do coeficiente de mor-bidade e mortalidade da doençn em Goiânia, bem como o aumen-to da incidência em crianças maiores e adultos, evoluiu de uma situação de alta endemicida-de para um estado francamente epidêmico em 1973, que se agra-vou sobremaneira em 1974, quando passou a ocupar o 1°. lugar dentre as Doenças Trans-missíveis que exigem tratamento em regime de internação hosp; -talar.

3. As demais meningites bac-tetianas agudas ocupam um lugar bem menos importante que o da meningocócica e das meningites indeterminadas, cabendo contudo

salientar que dentre elas certa-mente existe um contigente apre-ciável de Meningite Meningocó-cica cujo diagnóstico bacterioló-gico poderia ter sido prejudicado por causas variadas entre as quais

sobressaem certamente a antibio-tícoterapia prévia e as falhas téc-nicas na colheita e cultura do L.C.R. que, especialmente pa-ra isolamento do meningococo, exigem cuidados especias,

4. Tipagem sorológica ainda que feita em uma minoria dos ca-sos mostra que o sorotipo C foi

o principal responsável pela do-ença durante 1973, e que, ao «o-rotipo A deve-se o agravamento da situação epidêmica a partir de julho de 1974, fato também cor-roborado pela maior incidência da doença em escolares e adultos a partir da mesma época.

5. A Doença Meningocóci-ca, situa-se, atualmente. em nosso meio como uma doença de gran-de risco em face gran-de sua alta mor-bidade e mortalidade, importan-te letalidade, de serem ainda mal

conhecidos os fatores que condi-cionam o aparecimento dos sur-tos epidêmicos, bem como por snr impossível, com base nos da-dos disponíveis da casuística es-tudada, uma avaliação epidemío-fógica do valor da vacinação.

SUMMARY

MFNINGOCOCCAL DISEASE IN GOTAS — EPIDEMIOLOGICAL

DATE O VER 1971 TO 1974. The principal epidemlology data of Meningococcic Meningitis in Goiânia and its surroundings, are shown

he-re. These data were collectod gut were 1971-1974, and based on tht number of in pafients of the "Osw»I-do Cruz" Hospital for contagiou*

dl-seascs.

1. Occurence of the disease in rela-tion to the annual number of patients interned: in 1971, 33 cases In 765 In-terned patients (4,3%); in 1972 62/1.190 (5,4%); in 1973 300/1.728 (17,3%), and 1974, 1.078/2.432 (44,3%).

2. Occurrence wíthin meníngitli of ali etiology; in 1971, 33 cases In 167 (19,76%); in 1972, 1.078/1.646 (65,48%,.

3. Morhidity coefficient in Goi-ânia: in 1971, 4.13 casei per 100.000 inhabitants; in 1972, 6.52; in 1973, 33,30 and in 1974 150.04.

4. Mortality coefficient in Goiânia; in 1971, 0,97 per 100.000 Inhabitmti in 1972, 1.12; in 1973, 4.60 and fn 1974, 15.60.

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54 Rev. Pat. Trop. (4):3 — Julho/Setembro, 1975 5. Leíhality coefficient: in 1972* 8

patients died from 33 (24,24%), in 1972, II out o£ 62 (17,74%); in 1973, 41 out of 300 (13,66%) and in 1974, 109 out of 1.073 (10.11%).

6. Moothly distribution: Homoge-neus in 1971; Rising tendency in 1972; 1973 and 1974 beginning in may and with the peak in the period .of August to December.

7. Age distribution: children under 5 years old were predominant in 1971 - 1972. Children (aboye 5 years old and adults predominai in 1973 •

iy?4),

8. - Serotype C:. serotype was pre-dominant in 1973 and A in 1974.

These data are characteristic of an Cpidemy since 1973. In 1974, menin-gococcal meningitis, was the main con-tagious disease that required

interna-ticn. Now it constitutes a. high nsk disease for children and young adults. Data available up to Decem-ber 1974 do not allow ns to made an epidemiological eyaluatíon of the vac-cination.

RERERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALMEIDA NETTO, J.C.; REIS, C.; VIEIRA FILHO, J.; DIN1Z. M.; ARAÚJO. L.L.: KOLEILAT. N.N.M. — Meningoencefalitea. Dados clínicos, bacteriológicos e terapêtuicos em 351 casos. Rer. Pat. Trop. (2>:2, 189-205 1973.

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