LESSANDRO
GESSER
LUCIANO
~ESTUDO DOS RESULTADOS
EM
PACIENTES
SUBMETIDOS
À
ARTROPLASTIA TOTAL.DO JOELHO
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.FLORIANÓPOLIS
J
ESTUDO DOS RESULTADOS
EM
PACIENTES
SUBMETIDOS
À
ARTROPLASTIA
TOTAL
DO
JOELHO
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.Coordenador do Curso: Edson Cardoso Orientadores: Ari Digiácomo
Ocampo Moré
Antônio Tavares
FLORIANÓPOLIS
1997
~Trabalho de conclusão no Curso de Graduação em Medicina, - Universidade
Federal dc Sama Catarina.
I.Prótese dejoelho 2.Pró1ese 3.Joelho
Luciano e Lúcia
À
minha
namorada
Ana
PaulaÀ
minha
irmã
Fernanda
Ao
ProfessorDoutor
AriDigiácomo
Ocampo
Moré, que além de
orientador e incentivador, foi
um
grande amigo, estandosempre
disposto acolaborar,
não
sóna
realização deste trabalho,mas também
em
minha fonnação
acadêmica
como
um
todo.Ao
Ortopedista-Tratunatologista Antônio Tavares, que muitome
ajudou e orientouna
realização deste trabalho,além
de possibilitar que eu oacompanhasse
em
suas atividades profissionais, mostrando-seum
grandemédico
e dedicado professor.à
'
Aos
pacientesque
compreendendo
o objetivo desse estudo, semostraram
prontamente dispostos e satisfeitosem
ajudar.À
minha
família e àminha namorada
Ana
PaulaQuadros
dos Santos, pelogrande incentivo e apoio.
As
famíliasOcampo
Moré
e Tavares, pelacompreensão
nas vezesem
que, pela incompatibilidade de horários duranteo
dia, tiveque
telefonar para as suasresidências,
ou
atémesmo,
visitá-los durante a noite.Aos
funcionáriosdo
Sen/iço de Ortopedia e Traumatologia edo
SAME
do
Hospital
Govemador
CelsoRamos,
que sempre
demonstraram' grande interesseem
colaborar.Aos
colegas de faculdadeque
também
desenvolvem
trabalhosna
área de\
INTRODUÇÃO
... ..oIOBJETIVO
... ..02REVISÃO
DA
LITERATURA
... ..o3 3.1. Estudos relacionados às indicações, contra-indicações e perfildo
paciente submetido à anroplastia ... ..O3 3.2. Estudos relacionados à difusão
do
usoda
artroplastia totaldo
joelho e seus custos financeiros ... ..04 3.3. Estudos relacionados aosmodelos
de próteses, à hospitalização e aos cuidados pré e pós-operatórios ... ..O53.4. Estudos relacionados aos critérios de avaliação, resultados e
complicações
da
ATJ
... ..O93.5. Estudos relacionados aos achados radiológicos após a artroplastia ... ..l4
MÉTODO
... ..1óRESULTADOS
... ..l9DISCUSSÃO
... ..26CONCLUSÕES
... ..31REFERÊNCIAS
... ..32RESUMO
... ..36SUMMARY
... ..37APÊNDICE
....ss
Devido
a alta prevalência das doenças inflamatórias e degenerativasdo
joelho, aliado
ao
progressivocomprometimento
articular,o
tratamentosatisfatório dessas doenças,
tem
sido,há
muitos anos,uma
preocupação
paramédicos
e pacientes. .Desde
o
seu surgimentona década de
70, a artroplastia totaldo
joelho(ATJ),
vem
sendo
alvo de estudo de muitos pesquisadores, gerandouma
produção
científica significativa efirmando-se
como
uma
importantemodalidade
terapêutica para as anroses e doenças inflamatórias
do
joelho.Com
o conhecimento
desses dados, teremosmaior confiança
para indicarou não
a artroplastiano
tratamentoda
osteoartrose e/ou doenças inflamatóriasdo
joelho,
além de
podermos
mostrar os beneficios e as desvantagens de talreconstituição articular
no
nosso meio.Acreditamos que
este estudo sejauma
contribuição a maisna
verificaçãoda
eficáciada
técnica cirúrgica propiciando aos pacientesmelhor
reintegraçãoem
suas atividades e devolvendo a esperançade
dias melhores.2.
OBJETIVO
Este trabalho
tem
como
objetivo avaliaro
resultado funcional de pacientesPara
melhor
exposiçãoda
literatura,optamos
por dividi-laem
cinco partes,de
acordocom
os seguintes temas: 1- Estudos relacionados às indicações, contra- indicações e perfildo
paciente submetido à artroplastia; 2- Estudos relacionados à difusãodo
usoda
ATJ
e seus custos financeiros; 3- Estudos relacionados aosmodelos
de próteses, à hospitalização e aos cuidados pré e pós-operatórios; 4-Estudos relacionados aos critérios
de
avaliação, resultados e complicaçõesda
ATJ;
5- Estudos relacionados aos achados radiológicos após a artroplastia.3.1.
Estudos
relacionados às indicações, contra-indicações e perfildo
pacientesubmetido
à
artroplasfiaMONT
et al.' (1994) realizamum
estudoem
que
os pacientescom
gonartrose
que haviam
sido tratados,sem
o
sucesso esperado, pela osteotomiatibial,
foram
submetidos, posteriormente, à artroplastiado
joelhocom
bons
resultados.
BULY
&
SCULCO2
(1995) citamem
seu estudoque
a principal indicaçãoda
ATJ
é a dorem
pacientescom
artroseou
artrite avançadas,coincidindocom
uma
série de outros a11tores3=4*5=6>7. Outras indicações destacadas nesse estudo,foram
a falênciado
tratamentocom
osteotomia, necrose avascularda
articulaçãodo
joelho, fraturado
joelhoem
idosos e após ressecções tumorais. Elesdestacam
musculatura
do
joelho; e,como
relativas, pacientes jovens,com
má
cobertura departes moles,
mecanismo
extensor incompetente e obesidade excessiva. =LOMBARDI8
(1996) citacomo
principais indicações para aATJ
adoença
articular degenerativa
em
estágio final, necrose avascular e, aitropatias inflamatórias,como
a artrite remnatóide.Destaca
como
contra-indicações ainfecção, idade
jovem,
estilo de vida fisicamente ativo e obesidade.O
autoraponta
como
objetivos primáriosda
prótese de joelhoo
alívioda
dor, restauraçãoda
função, alcance de estabilidade extrínseca e criação deuma
reconstruçãodurável.
F
inahnente, descreveo
perfildo
paciente ideal para a artroplastia: idade fisiológicaacima de 60
anos, estilo de vida relativamente sedentário, diagnósticode artrose, amplitude de
movimentos
pré-operatóriamaior
de90
graus,menos
de
10 graus de contratura
em
flexão, deformidade angular de até 15 graus eque
seja corrigível até neutro.3.2.
Estudos
relacionados à difusãodo
uso
da
ATJ
e seus custosfinanceiros
ALENCAR
&
MESTRINER3
(1990) discutemem
seu estudoque
apesarda
ATJ
serum
procedimento de sucesso, existem urna sériede
dificuldadesque
impossibilitam a
maior
realização desta cirurgiaem
nosso meio,como,
porexemplo: custo elevado dos implantes,
formação
técnica dos ortopedistas,disponibilidade
de
instrumentação de precisão, desinformação dos pacientesque
relutam
em
aceitar a indicação cirúrgicaem
um
fasemais
favorável e a protelam atéque
a situação esteja insuportável.BOHANNON
&
COOPER9
(1993)no
levantamento (realizadoem
seus estudoschegam
aum
custo final de 16.149 dólares para aATJ
unilateral e,de
23.549
para aitroplastia bilateral.HEALY
&
FINNIO
(1994) realizamum
trabalhocomparando
os custosda
ATJ
(excluindo apenas os honoráriosdo
cirurgião) nos anos de 1983 e 1991.Qbseivam
que
os custos subiram de 10.122 dólaresem
1983 para 11.826 dólaresem
1991,ou
seja,um
aumento médio de
17%;
no
entanto, se considerada a inflaçãodo
mesmo
período,houve
uma
reduçãonos
custos de15%.
Entretanto,o
custo
da
prótese especificamente, subiu de 1.359 dólares para 2.960em
1991, representandoum
aumento
de59%
já ajustada a inflaçãodo
período.Os
autoresafirmam
aindaque
a prevalênciada
artroplastiavem
aumentando
anualmentenos
EUA,
de talforma que foram
realizadas 191.000ATJ,
no ano
de 1991.3.3.
Estudos
relacionados aosmodelos de
próteses, à hospitalização eaos
cuidados
pré, trans e pós-operatóriosINSALL
et al.6 (1976) realizamum
estudocomparando
e descrevendo as prótesesdo
tipo condilares edo
tipo dobradiça.Nas
condilares,somente
as superficies articulares são substituídas e, os ligamentos são necessários paraprover estabilidade.
As
próteses condilares são divididasem
2 grupos:No
primeiro, as próteses
que
mantém
aconfiguração normal do
joelho (porexemplo,
as unicondilares e duocondilares) e,
no seglmdo
grupo, as prótesesque
alteram ageometria
normal do
joelho (por exemplo, as geométricas e a de Guston).Nas
prótesesdo
tipoem
dobradiça (por exemplo, aGuepar)
os ligamentos sãosacrificados e, a estabilidade é devida
ao
própriodesenho da
prótese.Os
autoresobtém
melhores resultadoscom
as próteses condilares, mas,em
todos os tiposde
próteses avaliadas, os pacientes submetidos
à
artroplastiapermanecem
com
dor residual,sendo
atribuída, pelos autores, aocomponente
patelar,que não
haviasido substituído
em
nenhum
caso.INSALL
et al.” (1983)descrevem que
a prótese totaldo
tipo condilar I,que
corresponde aodesenho
mais antigo das artroplastias de joelho, continuasendo o
tipode
prótese mais utilizadono
“The
Hospital for Special Surgery”.ALENCAR
&
MESTRINER3
(1990) citamem
seu estudo que as prótesescondilares, por preservar,
o
quanto possível, as estruturas osteoarticulares, representamuma
evoluçãoem
relação aos desenhos de próteseem
dobradiça.Nessas
as ressecções ósseas são maiores e são utilizadas hastes longasintramedulares
no fêmur
ena
tíbia,fixadas
pormeio
de cimento acrílico.Em
talsituação,
segundo
os autores, a solução cirúrgica para tratamento de certas complicações,como
a infecção,com
alguma
frequência, é a amputação. Entre as próteses condilares,há
certas divergências,como
porexemplo
a preservaçãoou
não do
ligamento cruzado posterior.Os
autoresdestacam algumas
vantagensda
sua remoção:
Defonnidades
acentuadaspodem
ser conigidascom
maior
precisão; a
remoção do
cimento acrílicoda
parte posteriordo
joelho é facilitadae; a exposição
da
tíbia é ampla,com
consequente simplicidade técnica para implantaçãodo componente
tibial.MESTRINER
&
LAREDO12
(1993) consideram a prótese condilar totalcom
estabilização posterior(PCT-EP)
como
a prótese ideal para a osteoartrose.a ressecção
de
ambos
oshgamentos
cruzados.Afirmam
que
suaconcepção
mecânica
admiteque
as forças geradasno
movimento
determinem
deslizamento erolamento
que
“copiam”, de certomodo,
a açãodo
ligamento cruzado posterior.Destacam
que
esta prótese foi idealizada para prevenir a luxação posterior, melhoraro
grau deflexão
e, garantirmaior
habilidadeem
escadas e para~
levantar~se
da
posiçao sentada.MESTRINER
&
LAREDO13
(1993)em
outro estudo,também
utilizando aPCT-EP,
tem, respectivamente, 16 e22
dias demédia de
intemação hospitalar para aATJ
em
pacientescom
artrite reumatóide e osteoartrose.Em
77%
dascirurgias a anestesia utilizada é a regional.
Os
pacientestem
tempo
de
imobilização
médio de
5 dias.GOLDBERG14
(1993) citaem
seu editorial,que o
crescente sucessoda
ATJ
deve-se a evolução dos desenhos das próteses,do aprimoramento da
técnicacirúrgica e dos cuidados pós-operatórios.
Destaca
que afixação
cimentadados
componentes permanece
como
padrão-ouro, estandoo
uso de parafusosrelacionado a
um
maior
risco de complicações neurológicas e vasculares. E,afirma
que
permanece
controverso se a pateladeve
ser substituídaem
todos oscasos.
BOHANNON
&
COOPER9
(1993) constatamem
seus levantamentosque
a
média da
intemação hospitalar foi de 9,9 dias paraATJ
unilateral e, 11,9 diaspara artroplastia bilateral. Eles avaliam positivamente
um
programa de
reabilitação, para
o
pós-operatório imediato,que
incluiu o uso demáquinas de
obtivessem 85 a
90
graus de mobilidadeno
joelho.Além
disso, são usados exercícios para fortalecer osmembros
inferiores,2
vezes por dia.TURQUETO
et al.” ,(1994) citamque algumas
complicaçõesda
ATJ,
como
a dor peripatelar e a dificuldade de subir escadas,tem
sido relacionadas aonão recapeamento da
patela.Afirmam,
que a
maioria dos autoresconcordam no
revestimento
do componente
patelar nos pacientescom
artrite reumatóide, e,que
não há
consenso para os pacientescom
artrose. `1
HEALY
&
FINNIQ
(1994)comparando
a duraçãoda
hospitalização dospacientes para realização
da ATJ,
evidenciamque
ela caiude
18 diasem
1983, para9
em
1991 e, para 5,5 diasem
1993. `.
`
1
EJSTED,
HINDSO
eMOURITZENIÕ
(1994) citamem
seu estudoque
aprótese condilar total introduzida por Insall
em
1974,permanece sendo
largamente usada e
com
grande sucesso, apesardo
surgimento denovos
desenhos de próteses mais atualizadas. `EL1<;E,WARN1<E
oMORSCHERW
(1995)oomparando
os resultadosda
ATJ,
em
pacientescom
diagnóstico de osteoartrose e artrite reumatóide,obtém
uma
média
de intemação hospitalar de, respectivamente,23
e25
dias.BULY
&
SCULCO2
(1995)destacam
em
sua revisão bibliográfica osmelhores resultados
da
prótese cimentada sobre a não-cimentada,independentemente
da
preservaçãoou não do
ligamento cruzado posterior.propriocepção e capacidade de subir escadas.
Citam que permanece
controversa a substituiçãodo componente
patelar.TANKERSLEY
&
HUNGERFORD7
(1995)em
seus estudos, realizadoentre
1980
e 1991,com
pacientesacima de 80
anos,tem
média de
hospitalização, de respectivamente, 15,8 e 20,6 dias, paraATJ
unilateral e bilateral.Mas,
afirmam
que, atuahnente, a hospitalizaçãomédia
é de 7 dias.DUNBAR
&
GROSS18
(1995) realizamum
estudo para avaliar todos os passosda
aitroplastia totaldo
joelho. Eles dividiram a cirurgiaem
42
passos econsideraram
2
como
sendo
críticos: o posicionamentodo
aparelho para fazero
1° corte femoral e
o
1° coite femoral.Além
disso,o
tempo médio
de
cimrgia (pele a pele) é de 72,63 minutos.EZZET
et al.” (1995) realizamum
trabalhocomparando
a incidênciade
osteólise nas artroplastias de joelho.
Os
autores sabiam, previamente,que
na
prótese
de
tomozelo, independentementedo uso de
cimentoou
de parafusos, alise Óssea ocorre
de
maneira significante. Elesobservam que no
componente
tibial após a
ATJ,
a lise óssea ocorreem 30%
das próteses não-cimentadas e,em
apenas,13%
das anroplastias cimentadas.3.4.
Estudos
relacionados aos critériosde
avaliação, resultados ecomplicações
da
ATJ
`FREEMAN
et al.2° (1977)descrevem o
protocolo utilizadono
London
Freeman-Swanson.
São
avaliadas característicasda
dor, usode
órteses, capacidadede
marcha,
de
se levantar, de subir e descer escadas e, insegurançado
paciente.No
exame
fisico, são registrados a amplitude demovimento
articular,a
extensãodo
membro
inferior, presençade
crepitação articular e deformidades angulares.INSALL
et al.” (1983) avaliam os resultadosda
prótese totaldo
tipocondilar I,
em
79
pacientescom
gonartrose,no
The
Hospital for Special Surgery.Os
autoresobtém
91%
debons
resultados.A
pontuaçãomédia
de 43 pontos,no
pré-operatório, subiu para
84
após a artroplastia.Há
grandemelhora na
capacidade de
marcha
(28%
caminhavam
por distância ilimitada) ede
subirescadas.
A
mobilidade articular de87
graus subiu para98 no
último seguimento.Tem
como
complicações,um
caso de sépsis, quatro revisões devidoquadro
doloroso, duas revisões por subluxação e, duas solturas assépticas
do
componente
tibial.INSALL
et al.” (1989)descrevem o
Knee
Score, elaborado pelaKnee
Society,
em
1989, para convencionar os resultados das artroplastiasde
joelho. Este critério é divididoem
duas partes:uma
primeiraque
avaliao
joelho e,uma
segtmda
que
avalia a parte funcional.Em
cada
uma
das partes, o pacientepode
obter
uma
pontuaçãomáxima
de
100 pontos.A
avaliaçãodo
joelho inclui dor, amplitudede
movimento
articular, estabilidade, presença de contraturaem
flexão, extensãoda
pema
e alinhamentodo
membro
inferior.A
avaliação fimcional incluia distância
de
marcha, capacidadede
subir e descer escadas e uso de Órteses.ALENCAR
&
MESTRINER3
(1990) analisando30
artroplastiasem
24
pacientes,
observam melhora da
dorem
90%
dos pacientes,82%
passam
a terautores
tem
como
complicações: trêshematomas
do
joelho operado,uma
necrosede
pele,uma
fratura de patela,uma
rupturado
tendão patelar,uma
revisão por soltura asséptica e,uma
conversão para artrodese por infecção profunda.MESTRINER
&
LAREDO12
(1993)descrevem
em
seu estudo,o
Knee
Rating Scale (1973), critério padrão
do
Hospital for Special Surgery.Nesta
escala,
o
scoremáximo
é de 100 pontos e, são avaliados: dor (durantea
marcha
eem
repouso), função (distância de marcha), arco demovimento,
força muscular, defonnidadeem
flexão, instabilidade e uso de Órteses.Os
autores avaliam26
artroplastias, obtendo
81%
debons
resultados.A
pontuação
subiu de54
para80
pontos
no
pós-operatório,onde
a grandemelhora
ocorreno
critério dor.Praticamente
não há melhora
no
quesito arcode movimento.
As
complicaçõesocorridas são as seguintes: três casos
de trombose venosa
profunda,um
de
embolia pulmonar, cinco de necrose de pele e deiscência de sutura (19%), duas infecções profundas (8%), duas solturas assépticas e, instabilidade
do
joelhoem
dois casos.MEsT1uNER
&
LAREDOI3
(1993)comparando
os resultadosde 52
artroplastias,
em
pacientescom
artrite reumatóide e artrose,não
observam
diferenças significativas entre os dois grupos.Os
bons
resultadosocorrem
em
92%
dos pacientescom
artrite reumatóide e,em
81%
nos pacientescom
artrose.As
melhoras observadas são diminuiçãoda
dor emaior
distância de marcha.Não
verificou-se
melhora
na
amplitude demovimento
articular.Há
necrose de pele edeiscência
de
suturaem 13%
dos pacientes, soltura assépticaem
8%
dos casos e,RYU
et al.” (1993) criamuma
classificação para avaliar a mobilidadearticular,
no
pré eno
pós-operatório das artroplastias de joelho,que
estabelece:“ótima”, se
maior que 129
graus; “boa”, entre129
e 120 graus; “regular”, de119
a 91 graus; e “ruim”, se
menor
ou
igual a90
graus.Os
autores avaliam aamplitude
de
movimento
articular,em
60
artroplastias e,verificam
melhora,em
média, de
92
para 106 graus após aATJ.
Eles consideram seus resultadosbons
em
29
pacientes, regularesem
40
e, ruinsem
outros 21.EJSTED,
H1NDso
eMoUR1TzEN16(1994)
analisando as resultadosda
124 pacientes submetidos a 152
ATJ,
tem
95%
de
bons
resultados. Utilizandoo
Knee
Rating Scale, a pontuaçãomédia
subiu de49
para86
pontos.No
pré-operatório,
99%
dos pacientes tinham dor durante a marcha. E,no
pós-operatório,
95%
caminham
praticamentesem
dor e,60%
deles por mais de1000
metros.A
contraturaem
flexão
diminuiu de30%
dos casos para10%
e, ainstabilidade
do
joelho de72%
para4%.
As
complicações são as seguintes:um
caso de emboliapulmonar
fatal, quatro infecções superficiais, três casosde
trombose
venosa
profimda
e, três revisões por infecções profundas e consequentesoltura.
FEHRING
&
VALADIE4
(1994) avaliarn as causasde
revisõesem
126
pacientes submetidos à
ATJ
e,determinam que
20%
dessas,ocorrem
devidoinstabilidade
da
articulaçãodo
joelho.TURQUETO
et al.” (1994) avaliam 54 joelhos de48
pacientescom
artrose submetidos à
ATJ.
Em
apenas27
artroplastias é utilizada a prótese patelar.Os
autoresobtém
87%
debons
resultadosem
ambos
os grupos,HOSICK,
LOTKE
eBALDWIN5
(1994)estudam
107 pacientescom
mais
de
80
anosque
são submetidos àATJ,
utilizandoo
Knee
Society Rating Scores.A
média, pré-operatória,de 43
pontos subiu para92 no
último seguimento.Como
complicações,
há morte
peri-operatória de dois pacientes por embolia pulmonar,2
revisões por infecçãoprofimda,
doishematomas
e,uma
tromboseda
artériapoplítea.
Os
autoresconcluem que
os resultados são semelhantes aos outrosestudos
com
pacientesmais
jovens.TANKERSLEY
&
HUNGERFORD7
(1995)também
avaliam aATJ
em
pacientes octagenários utilizando
o
Knee
Score.A
pontuação, após a artroplastia, subiu de 33 para84
pontos.Os
autoresverificam que há
alívioda
dor,de
forma
considerável
em
90%
dos pacientes.Destacam
o
pequeno
número
de
complicações pós-operatórias e a ausência de mortalidade.
ELKE
et al.” (1995) utilizando os critériosda
Knee
Society,comparam
os resultadosda
prótesede
joelhoem
415
pacientescom
artrose e 61com
artrite reumatóide.Nos
pacientescom
osteoartrose, a pontuação pré-operatória subiude
28
para89
pontosno
primeiroano
de seguimento e, é de 87 após quatro anos.Nos
com
artrite reumatóide, subiu de 21 para90
pontosno
primeiroano
e, caiupara 77 pontos
no
último seguimento.Os
autoresconcluem
que aATJ
éum
procedimento seguro para pacientes
com
artrite reumatóide.8
QUEIROZ
&
LUzo”
(1996) analisando
250
ATJ
vaúficam
infecçãoprofunda
em
6%
(15) dos casos. Destas,80%
ocorrem
precocemente,ou
seja,desbridamento e
manutenção da
prótese,porém,
em
dez
pacientes o tratamentonão
é efetivo.Nesses
casos, os pacientes são submetidos à altrodese.3.5.
Estudos
relacionados aosachados
radiológicosapós a
artroplastiaINSALL
et al.” (1983)acompanham
79
pacientes submetidos a100
artroplastias por 6 anos.
Observam
através de avaliação radiográficaque
osjoelhos 'sofrem
mudanças
mínimas
em
relação ao alinhamentoda
prótese.No
seguimento,
41%
doscomponentes
tibiais apresentamalgum
graude
radiolucência,
mas
as linhasde
radiolucêncianão
são completasou
circunferenciais.
Destacam
que
em 81%
dos casos essa radiolucência já estápresente
no
finaldo
primeiroano de
seguimento,mas
não
apresentam progressãocom
o
decorrerdo
tempo.EWALD24
(1989) descreveem
seu artigoum
sistema depontuação
para avaliar radiologicamente os resultadosda ATJ.
Esse sistema depontuação
foidesenvolvido pela
Knee
Societyem
1989
e ébaseado
na
avaliação das linhasde
radiolucência próximas a
cada
um
dos trêscomponentes
da
artroplastia total.MONT
et all (1994)mostram
em
seu estudo Luna sequênciade achados
radiográficos de pacientes
com
artrosede
joelhoque
são submetidossem
sucesso a osteotomia,com
posterior realizaçãode
artroplastia,onde
é obtido êxito.MANASTER25
(1995) descreveem
seu estudo os achados radiográficosdo
joelho após aATJ com
evoluçãonormal
e, nas principais complicações.O
autor descreveque
com
o passardo
tempo
énormal
apareceruma
discretaradiolucência
na
interface osso-cimentona
prótese cimentada e, na interfaceosso-componente na
prótesenão
cirnentada.Essa
linha esclerótica é maiscomum
no componente
tibial, e senão
progredir após dois anos,pode
ser consideradanonnal.
O
segundo achado
consideradonormal
foium
aumento da
massa
ósseano fêmur
distal, visto principalmente nas radiografias de perfil.O
autor descreve,ainda, achados radiográficos de complicações
da
ATJ
como,
por exemplo, asoltura
da
prótese, necrose avascular e fraturada
patela, fraturas ao redorda
Nossa
casuística consta de25
pacientes submetidos à artroplastia totaldo
joelho,
no
períodode
setembrode
1991 amarço
de 1997,no
Serviçode
Ortopedia e Traumatologia
do
HospitalGovemador
CelsoRamos,
utilizando aprótese
de
Insall II.Do
tmiverso de25
pacientes, 16eram do
sexo feminino e 9do
masculino.A
idade dos pacientesno
momento
intervenção cirúrgica variou de49
a 83anos,
com uma
média
de
64,1.O
joelho esquerdo foi operadoem
15 pacientes,o
direito
em
10 e,nenhum
foi submetido à artroplastia bilateral.Em
23 pacientes aintervenção cirúrgica decorreu
do
diagnósticode
osteoartrose tricompartirnental eem
2 foi devido à artrite reumatóide. Esses pacientesforam
convocados, pormeio
de
correspondência, acomparecerem
ao hospital para avaliar a evolução, atravésde
mn
protocolo. Dezessete pacientesretomaram
para avaliação constituindo,desta forma, a amostra final desse estudo.
As
razões pelas quais osdemais
pacientes
não
retomaram foram
as seguintes:mudança
de
residência para local desconhecido (2 casos), pacientesmorando
em
municípios distantes (4), endereço insuficiente (1) e faltade
colaboração dos familiares (1).Nessa
amostra final, os pacientesforam
operados entrenovembro
de
1991 emarço
de 1997,sendo que
10eram do
sexo feminino e 7do
masculino.Os
pacientesforam
avaliadosdo
ponto de vista clínico e radiográfico, e revistoscom
no
mínirno três eno
máximo
64
meses
deacompanhamento
pós-operatório,com
um
tempo
de seguimentomédio
de
17,3meses
(Tabela I).As
idadesno
momento
da
cirurgia variaramde 54
a 83 anos e a idademédia
foi de 67,3 (Tabela II).A
reumatóide
nos
outros 2.Foram
realizadas 10 artroplastiasno
lado esquerdo e 7no
direito. .TABELA
I.Número
de pacientes e percentualsegundo o
tempo
deseguimento
pós-operatório.
`
ento
N°
Paçiemeg Frequênciaiiiiiiiiii A
iiiátéfiio
47,1%
de ll a 30 meses 6
35,3%
maior que 30 meses 3
17,6%
Í iiiiiiiiiiiiiiiiii
"Tšfál
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
17
100%
TABELA
II.Número
de pacientes e percentualsegimdo
a faixa etáriano
momento
da
cirurgia. iiii A iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii '2
iiiiiiiiiiiiiiiiiii ii11,8%
61 a 70 anos ll64,7%
maior de 70 anos 423,5%
iiiiiiiiiiiiii íóíái iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ii ii iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii *100%Foi utilizada a prótese de Insall II,
com
fixação cimentada
(polimetihnetacrilato) dos componentes, ressecando
o
ligamento cruzadoposterior e incluindo o
componente
patelar.Os
pacientesreceberam
de maneira profilática cefazolina(um
grama, via endovenosa, acada
12 horas, por 5 dias) e heparina (5.000U,
via subcutânea, acada
12 horas, por4
dias).Os
pacientesforam
incentivados, a partirdo
2° dia pós-operatório, à deambulação,com
carga, utilizando muletas.Na
maioria dos casos,foram
realizadas,no
pré eno
pós-operatório,radiografias panorâmicas dos
membros
inferiores,em
AP,
com
carga,num
único filme, e radiografiasem
perfilcom
apoio monopodálico.As
variáveis analisadasno
retorno dos pacientesforam comparadas
com
o
pré-operatório e incluem: intensidade
da
dor, distânciamáxima
decaminhada
sem
dor, mobilidade articular, capacidade de subir escadas,
tempo
de
caminhada,presença de atitude viciosa de
flexão
e instabilidade articular. Outras variáveisincluem
o
tempo
de cirurgia ede
internação hospitalar, tipo de anestesia utilizadae complicações pós-operatóiias. -
A
intensidadeda
dor foi avaliada,no
pré eno
pós-operatório, atravésda
classificação elaborada pela Sociedade
do
Joelho(Knee
Society, 1989)”,que
estabelece: 0, para os paciente
sem
dor; 1, para dor leve ocasional; 2, para dor levedesencadeada somente ao
subir escadas; 3, para dor leve ao caminhar e subirescadas; 4, para dor
moderada
ocasional; 5, para dormoderada
contínua; e 6,para dor severa.
A
A
capacidade demarcha
foi avaliada,no
pós-operatório, e classificadaem:
“ótima”, se a distância de
marcha
formaior que 1500
metros; “boa”,de 1500
a500
metros; “regular”, entre500
e300
metros; e “ruim”, se distânciamáxima
de
marcha
formenor
que 300
metros.A
mobilidade articular foi avaliada,no
pré e pós-operatório, e classificadaem
excelente, boa, regular eruim conforme
a classificação adotada porRYU22
(1993)
que
estabelece: “Ótima”, semaior que 129
graus; “boa”, de129
a120
Os
resultados estão apresentados nas tabelas e figurasque
seguem.Inicialmente, estão os
dados
relacionadosao
tempo
de
cimrgia, tipode
anestesia e duração
da
internação hospitalar para a realizaçãoda
aitroplastia.A
seguir, são apresentadosdados
quanto à intensidadeda
dor, distância etempo
de marcha, capacidadede
marcha
e amplitude articular,no
pré eno
pós- operatório.Finalmente, são
mostrados dados
quanto a capacidadede
subir e descerescadas, aspectos relacionados
a
instabilidade aiticular e complicações pós- operatórias.TABELA
III.Número
de pacientessegundo
a duraçãoda
cirurgia (inícioda
anestesia até fechamento
da
pele),em
minutos.H
Tempo
de CirurgiaN°
Pacientes Frequênciade 100 a 120 minutos 7
41,2%
de 121 a 140 minutos 4
23,5%
de 141 a 160 minutos 6
35,3%
TABELA
IV.Número
de pacientessegundo o
tipo de anestesia empregada. Tipo de AnestesiaN°
Paçiemeg FrequênciaRegional 16 94,
1%
Geral 1
5,9%
Total 17
100%
TABELA
V.Número
de pacientessegimdo
a duraçãoda
internação hospitalar,em
dias.Tempo
de lntemaçãoN°
PaciemgSiwlšreijiiëinciaiEde 4 a 6 dias 12-
70,6%
de 7 a 10 dias 529,4%
Total 17
100%
TABELA
VI.Número
de pacientes e percentual segimdo a intensidade da dorno
pré e-no pós-operatório.
Pré-operatório Pós-operatório
Intensidade da dor Severa
Moderada
Leve Ausenteís¶£í`_
11 (ó4,7%) o 1 7 3Moderada
5 (29,4%) O 0 2 3Leve 1 (5,9%) O O O 1
Ausente O (0%) O O 0 O
EI Pre-oper 4 N, ãPos-oper OB. O-uma MOIOSID'-O :~z N11 -Lo 8 --.š _Â.. -›-_¬ ;,_"i.l '.. "1.` _.. í:-fr J , "ff "¬" "f" "-°' 4 ___. -_ _;_ . - -_ :':_:z_.§.'; ..._r_¡.."¿ ._ .. . .. vz_ › ›- 2 ¡íÍ{' _ã:-;. , ' '"$ ._ V .,\,..¬ M _ _ _- ¡~ .T O . .-
Severa Moderada Leve Ausente
Intensidade da dor
FIGURA
I.Número
de
pacientessegrmdo a
intensidadeda
dorno
pré eno
pós-operatório.
TABELA
VII.Número
de pacientessegtmdo
a distância de marcha,sem
dor,em
metros,
no
pré eno
pós-operatório. Pré-operatório Pós-operatório Distância demarcha
- até 300 301 a 500 501 a 1500>
1500 até 100m
13 O 5 7 1 de 100 a 300m
4 0 O 3 1 maior que 300m
0 0 0 0 0 ,_ 0 f.._z.-zm-.z,.,zz,.›¬=~=.«.w›`-».z»zz››,»-‹.zz.z‹~z..~««›-.z » f‹~ ›~ =¬›»›‹z¬»~»»-.~‹»«.z».z.1.-,¢..z.¬..zzw‹~.-»., «..›.z .>.z‹«._-_-,-.z›..×.›,úz»›«~z»~z›«- ›».z.›››.~z»¬.›‹.f~»‹~‹«›.z‹»w=««=.‹z-›‹-«az»z¬z..zzz».‹z-«wzfl›.«¬».»f K z.z..,.›‹z-‹z.zz.~z_»~›.z~.<-.›w,.»z«.=Capacidade de
marcha n
(%)n
Pré-operatório Pós-operatório
(%)
Ruim
(até 300m)
13 (7ó,5) """i(0i)iA (Rzgu1zz(301 z 500
m)
4 (23,5) 5Boa
(501 a 1500m)
0 (0) 10 Ó1-â_ma(> que 1500m)
0 (0) 2 (29,4) (58,8) (1 1,8) Total 17 (100) 17 (100)TABELA
IX.Número
de pacientessegundo
otempo
de' caminhada,sem
dor,em
mmutos, no
pré eno
pós-operatório.Pré-operatório 15¿šl6"¡šëfái6šiÉ›W7
Tempo
de marcha até 10 ll a 20 21 a 30>
30até 10
min
maior que 10
min
17 0 0 O Total 6 7 4 O O O 17 O 6 7 4
dddddddd
"rrèlšfiéfštéfióiiiii Êiós-opeišiãho
n
(%)n
Tempo
demarcha
(%)Ruim
(até 10 min)Regular (11 a
20
min)Boa
(21 a 30 min)Ótima
(> que 30 min)17 (100) 0 0 (0) ó 0 (0) 7 0 (0) 4 (0) (35,3) (4l,2) (23,5) Total 17 (100)
17
(100)TABELA
XI.Número
de pacientessegundo
a amplitude articular,em
graus,no
pré e
no
pós-operatório.Pré-operatório Pós-operatório
Arco de
movimento
até6061a90
91a1l0 >ll1
até 60 graus 5
de 61 a 90 graus
-9
de 91
a110
graus 3maior que 111 graus 0
O 2 O 4 O 1 O 0 2 3 1 O Total 17 0 iiiii 0 7 6
TABELA
XIII.Número
de pacientes e percentualsegundo
a capacidadede
subirPré-operatório Pós-operatório
Mobilidade articular
n
(%)n
(%)_iiii
"Rfií£fi"(à1ëi*9i0°) 15""(76;ši5Wiii
'ÍWii(4llííw
Rzguizf (91 z 119‹›) 4 (215) 6 05,2)Boa
(120 a 129°) 0 (0) 2 (IL8)Ótima
(> que 129°) 0 (0) 2 (11,8)Total 17 (100) 17 (100)
e descer escadas,
no
pré eno
pós-operatório.Pré-operatório Pós-operatório
Capacidade Incapazes
Só
com
apoioSem
apoioIncapazes 12 (70,6%) 4 7 1
Somente
com
apoio 5 (29,4%) O 3 2Sem
apoio O (0%) O O Oiiiiiiiiiiii
"Tóíáiiiifli (iió0i%}W "Ií(23§š%)"Wi""iiö"""(58;9TÀ$)iWišT1716%
Pré-operatório
Atitude Viciosa de Flexão
Pós-operatono '''''''''''' 0 10 1 Total 13 ii 1
TABELA
XV.
Número
de pacientes e frequência relativa quantoao
tipode
complicação cirúrgica.
Tipo de Complicações pacientes Relativa
Número
de FreduênciaInfecção superficial 2
Infec. Superf. e
Hematoma
2Soltura asséptica 1
11,8%
11,8%
5,9%
A
maioria dos estudos revelaramque
as mulheresforam mais
frequentemente submetidas à
ATJ
que
os homens3”5'7'13=16'17;que
a principalindicação foi osteoartrose e,
menos
freqüentemente a artrite reumatóide2”5°7°16*26.Os
lados direito e esquerdoforam
igualmente afetados3”5'16.No
entanto, alguns trabalhos tiveram a artrite reumatóidecomo
principal indicação cin'1rgica3°22.No
nosso universo, as artroplastias
foram
mais frequentes nas mulheres,no
joelho esquerdo e a indicação foi quasena
totalidade dos casos por osteoartrose tricompartimental.O
tempo médio
da
cirurgia, para a colocaçãoda
prótese,de
128 minutos(variando
de
100 a160
minutos - Tab. III) foimaior que
os 73 minutos descritopor
DUNBAR
eGROSS18
(1995),porém
no
estudo desse autor, ele considerou apenaso
tempo
do
ato cirúrgico propriamente dito, desconsiderandoo
tempo
da
indução anestésica,
que
foi incluído neste trabalho.O
largoemprego
da
anestesiaregional
(94%)
ao invésda
geral coincidecom
outros estudos (75 a l00%)5*7”13 (Tab. IV).O
tempo
de hospitalização variou de4
a 10 dias (Tab. V),sendo
amédia
de 6,1 diasmenor
do que o
descritoem
algims trabalhos (15 a25
dias)7'17.Porém,
aproximou-sedo
estudo realizado porHEALY
eFINNIO
(1994)que
mostrou
existiruma
tendência ao
periodode
intemação hospitalar,de
18 dias
em
1983 para9
diasem
1991. Outros fatoresque
influenciaram para acinta hospitalização,
no
nosso estudo, incluem:poucas
doenças associadas eNo
pré-operatório, 11 pacientes apresentavam dor severa,2
moderada
contínua, 3
moderada
ocasional e apenas 1 paciente apresentava dor leve,mas
constante ao deambular.
No
pós-operatório,nenhum
paciente apresentou dor severa, apenas 1 dormoderada
ocasional, 9 leve ocasional e outros 7 tornaram-seassintomáticos (Tab.
VI
e Fig. I).A
melhora
do
quadro doloroso, observadaem
todos os pacientes, após a artroplastia, foi semelhante
ao
sucesso deaproximadamente
95%,
obtidoem
outros esti1dos2”3'5”1°°16°", econfirma
aimportância desta cirurgia
no
tratamento das artropatias inflamatóriasdo
joelho.Além
disso,o
alíviodo
quadro
doloroso já era esperado, pois, a maioria dosautores,
apontaram
amelhora da
dorcomo
o principalbeneficio da
ATJ2°3°8°l6.No
pré-operatório, 13 pacientes praticamentenão
caminhavam
em
funçãodo
quadro doloroso e, osdemais deambulavam, no
máximo,
300
metroscom
ausência de dor.
Após
a artroplastia, todos os pacientes conseguiram caminhar, pelomenos, 500
metrossem
apresentar dor. (Tab. VII).Porém,
é interessantedestacar
que
no
pré-operatório, esses pacientes praticamentenão caminhavam
ou
o
faziamsomente
com
grande dificuldade ecom
dor.De
tal maneira que,caminhar
500
metrosna
ausência de quadro doloroso e a possibilidade denovamente poder
sair de suas casas, foi encaradacomo
uma
grandemelhora
pelos pacientes.
A
capacidade demarcha
(Tab. VIII),no
pré-operatório, foiconsiderada ruim (até
300
m)
em
76,5%
dos pacientes e, regular_(de 301 a500
m)
em
23,5%.
Contudo,no
pós-operatório,houve
uma
melhora
importanteda
capacidade de marcha,
sendo
considerada regularem
29,4%
dos pacientes,boa
(de 501 a
1500m)
em
58,8%,
ótima (maiorque 1500
m)
em
11,8%
e,em
nenhum
foi consideradamim.
Essa melhora na
capacidade de marcha, após a artroplastia, foi semelhante à obtida porEJSTED
et 211.16 (1994),mesmo
considerandoque
Nenhum
paciente,no
pré-operatório, conseguiadeambular
pormais de
10minutos,
sem
apresentar dor limitante (Tab. IX). Jáno
pós-operatório,4
pacientes
conseguiram
caminhar maisde
30
minutosna
ausênciade
dor, 7 pacientescaminhavam
de 21 a30
minutos e,6
pacientescaminhavam
de
11 a20
minutos. Portanto,o
tempo
demarcha
(Tab. X),no
pré-operatório, foiconsiderado
ruim
(até 10 min)em
100%
dos pacientes e;no
pós-operatório,regular (ll a
20
min)em
35,3%
dos pacientes,boa
(de 21 a30
min)em
41,2%
e,ótima (maior
que 30
min)em
23,5%
dos pacientes.Essa melhora no
tempo
de
marcha
foi semelhante à obtida porALENCAR
eMESTRINER3
(1990),mesmo
considerando
que
neste trabalho os pacientes apresentavam,no
pré-operatório,uma
maior
capacidade de marcha, onde,50%
desses pacienteseram
capazesde
deambular
entre 10 e30
minutos.A
média
da
mobilidade articularno
pré eno
pós-operatório foram,respectivamente, 72,1° e 105,9°,
com
um
ganho
médio
de 33,8°.Em
13 pacientes(76,5%) foi observada melhora
na
amplitude demovimentos do
joelhoapós
acirurgia,
sendo que
em
9
desses, oganho na
mobilidade foi de pelomenos
30
graus.
Em
3 pacientes a mobilidade pré-operatória foi mantida e, 1 deles teveperda
de
10°. Utilizando a classificaçãode
RYU22
(1993), observamos,no
pré-operatório,
que
13 pacientes apresentavam mobilidade ruim (até90
graus) e,4
mobilidade satisfatória (de 91 a 120 graus).
No
pós-operatório, 7 pacientesapresentaram mobilidade ruim, 8 regular,
em
apenas 2 pacienteso
resultado foibom
(mobilidade articularmaior
que 120 graus) e,nenhum
paciente apresentoumobilidade Ótima (maio
que
130 graus) (Tab. XII).Segimdo
ALENCAR
eMESTRINER3
(1990), quanto maisprecocemente
os pacientesforem
operados, melhores serão os resultadosno
pós-operatório,uma
vez quenum
estágiomais
precoce, a
maior média
de amplitude demovimento
do
pré-operatório, seriasignificativo
na
mobilidade articular2*5*7*12=13*16*22.No
entanto, a mobilidadearticular
média
de 105,9° obtida nesse estudo,no
pós-operatório, foi semelhante ade
outros autores (104 a 1l0°)5*16°22,mesmo
considerandoque
anossa
mobilidade pré-operatória (72,l°) foi pior
que
a dessesmesmos
autores (90a
95°)3=7”16*22.
Por
isso, os nossos resultadosnos
levam
a questionar se reahnente aindicação precoce
da
artroplastiado
joelho está relacionada a melhoresresultados
no
pós-operatório, sobretudono
tocante a mobilidade articular,uma
vez
que
os pacientes desse estudo tiveram resultados semelhantes a outrosoperados
mais precocemente
descritosem
outros trabalhos,sem
ter tidodivergências significativas
na
conduta pós-operatória.Antes
da
artroplastia, 12 pacientesnão conseguiam
subir e descer escadase, 5 pacientes só
conseguiam
com
dificuldade e apresentando dormoderada
(Tab.XIII).
No
pós-operatório,somente 4 permaneceram
incapazes, 10conseguiam
com
apoio e, 3 conseguiram subir e descersem
apoio.Essa melhora
obtida pelosnossos pacientes, concorda
com
o
descrito porEJ
STED
et al.16 (1994).Outro
beneficiofiequentemente
conseguidocom
aAT]
descritona
literatura e, observado nos nossos pacientes (Tab.
XIV),
foi a correção das instabilidades articulares presentesno
pré-operatório e a ausência de casosnovos
de
instabilidadesno
pós-operatório3°“”l6.No
entanto,FEHRING
eVALADIE4
(1994) relatou
que
em
seu estudode
126 revisões de artroplastia,20%
destasdeveram-se
à instabilidadeda
articulaçãodo
joelho.Na
nossa casuística istonão
ocorreu, provavelmente, devido à inexistência de próteses
com
mau
alinhamentono
pós-operatório e presença de ligamentos emecanismo
extensor competentes.A
melhora da
contraturaem
flexão
observadaem
9 dos nossos pacientes(Tab.
XIV),
concordacom
os resultados deEJ
STED
et alló (1994),em
que
90%
Quatro
casos(23,5%)
tiveram infecção superficial, resolvidacom
uso de
antibióticos.
Dois
desses (1 1,8%), tiveram associadohematoma
de
joelhono
pós-operatório (Tab.
XV).
Um
paciente foi submetido a sinovectomia 17meses
apósa artroplastia e,
em
outro foi realizada revisãoda
prótese, 3meses
após aATJ,
em
funçãode
soltura assépticado
componente
tibial, resolvidacom
troca deste.As
complicaçõesoconidas
nesse estudoforam
em
sua maioria depequena
gravidade,
com
fácil resolução, aproximando-seda
frequência de complicações locaismenores
(13 a23%)
descritasem
outros estL1dos3°12*13°16.O
mesmo
ocorreupara as complicações graves (por exemplo, soltura asséptica, infecção
profimda
etrombose)
quando
a literatura descreveuma
frequência deaproximadamente
6%3'5=12*13*16'23. Algiunas complicações citadas pela
literatura e
não
observadasem
nosso estudo, incluem: infecção profunda (2 a 6%)3*5”l2'13°l6”23, fraturada
patela e/ou rupturado
tendão patelar (7%)3, hemorragia graves, instabilidade articular (até 20%)4, necrose de pele (10 a19%)m3*16, trombose da
artéria poplítea (1%)5,trombose venosa
profunda (4%)7*16 e, emboliapuhnonar
fatal (2%)5=16no
pós-operatório. Entretanto, para
uma
visãomais
realista dos nossos resultados, é necessárioque
se faça seguimento porum
período detempo
mais
longo,uma
vez
que
algumas
complicaçõespodem
surgircom
o
decorrerdo
tempo.O
grande alíviodo quadro
doloroso, amelhora
na
capacidade de marcha, a satisfação e amelhor
qualidade de vida,foram
os pontos demaior
destaquena
evolução pós-operatória.
Porém,
apesardo
grandeavanço da
artroplastia totaldo
joelho, ocorrido nos últimos anos,
com
o surgimento denovos
desenhos depróteses e
melhor
domínioda
técnica cirúrgica por parte dos ortopedistas, é necessárioque
ainda se continue a buscar a prótese maispróxima da
ideal, paraque no
futuro, os resultadossejam
ainda rnelhores, as complicaçõescada vez
menos
freqüentes,além
de teruma
vida útilmais
longa, para permitir, desta forma,o
seu usoem
pacientesmais
jovens.l-
Há
diminuição da intensidade da dor nos pacientes submetidos à ATJ.2-
Há
aumento da distância e dotempo
de caminhada,sem
dor, após a ATJ.3-
Há
aumento da amplitude articular dos pacientes submetidos à artroplastia dojoelho. .
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ESTUDO DOS RESULTADOS
EM
PACIENTES
SUBMETIDOS
À
ARTROPLASTIA
TOTAL
DO
JOELHO
Autores:
Luciano
LG,
Moré
ADO,
Tavares A.Instituição: Hospital
Govemador
CelsoRamos,
Florianópolis.Objetivo: Avaliar
o
resultado funcionalde
pacientes submetidos à artroplastiatotal
do
joelho.Método:
Do
universo de25
pacientes,foram
avaliados 15com
diagnósticoclínico e radiológico de osteoartrose tricompartimental e 2
com
artritereumatóide, submetidos à artroplastia total unilateral
do
joelho, utilizando a prótesede
Insall II,no
HospitalGovernador
CelsoRamos,
Florianópolis, entresetembro
de
1991 emarço
de 1997.O
tempo
de
seguimento pós-operatório foide 17,3 meses,
em
média.Resultados:
Todos
os pacientes referiram alíviodo
quadro doloroso;67%
foram
capazes de caminhar,sem
dor, por30
minutosou
maisno
pós-operatório;
100%
deles conseguiram caminhar,sem
dor, mais de500
metros e;72%
tiverammelhora
da
mobilidade articular.Com
a colocação da prótese, asatitudes viciosas
de
flexão foram
corrigidasem
90%
dos casos e, os pacientes tiverammenor
dificuldade para subir escadas.Ocorreu
infecção superficialem
4
casos, e 2 deles tiveram associadohematoma
no
joelho operado.Houve
1caso de soltura asséptica
do componente
tibial.Não
houve
nenhum
casode
instabilidade articular
no
pós-operatório.Conclusões:
Nos
pacientes submetidos à artroplastia totaldo
joelhohá
diminuição
da
dor,aumento da
distância etempo
de caminhada,aumento da
mobilidade articular e as complicações são
na
maioria das vezes depequena
SUMMARY
Total
knee
replacement in osteoarhritis (15)and
rheumatoid arthiitis (2)has
been performed
in 17 patients, using Insall II prosthesis.The
patientswere
evaluated vvith a
mean
follow.-up of 17,3 months. Pain reliefwas
obtained in100%
of
the patients;67%
of the the patients couldwalk
during30
minutes ormore, without pain; all patients could
walk 500
meters or more, without pain and;72%
had
a gain in the range of articular motion. Coirection of previousflexion
contracture