DEPARTAMENTQ DE ENGENHARIA
ELETRICA
PROGRAMA
DE Rós-GRADUAÇÃG
EM
ENGENHARIA
BIGMÉDICA
z . ,Hz-é~
.
SISTEMA
ESPECIALISTA
DE
COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES
INTEGRADO
A
UM
SISTEMA
DE
CONTROLE DE
PACIENTES
PORTADORES
DE
DIABETES
MELLITUS
MARLISE VIDAL
MONTELLO
FLORIANÓPOLIS
MARLISE VIDAL
MONTELLO
~ ~
SISTEMA
ESPECIALISTA
PARA
PREDIÇAO
DE COMPLICAÇOES
CARDIOVASCULARES
INTEGRADO
A
UM
SISTEMA
DE
CONTROLE
DE
PACIENTES
PORTADORES
DE
DIABETES
MELLITUS
Dissertação apresentada ao
programa
dePós-graduação
em
Engenharia Elétricada
Universidade Federal de SantaCatarina para a obtenção
do
grau deMestre
em
Engenharia.FLORIANÓPOLIS
Fevereiro - 1999.MARLISE VIDAL
MONTELLO
SISTEMA
ESPECIALISTA
PARA
PREDIÇÃO DE
COMPLICAÇÕES
CARDIOVASCULARES
INTEGRADO
A
UM
SISTEMA
DE
coNTRoLE
DE
PACIENTES
PORTADORES
DE
DIABETES
MELLITUS
~Essa
dissertação foi julgada adequada para a obtençãodo
título deMestre
em
Engenharia
Elétrica e aprovada
em
sua forma final peloPrograma
de Pós-graduaçãoem
EngenhariaElétrica ,
Prof.
Je
erson L.B.Marques, PhD.
/
Prof.Jorge
Muniz
Barreto,DSc.
Orientador Co-Orientador
Prof.
ndemar
c.Decker
, D.s¢ÍCoordenador do
Curso de Pós-graduaçãoem
Eng. ElétricaBanca
Examinadora:
Prof. Jeff son L.B. Marques,
PhD.
Prof. JorgeMuniz
Barreto,DSc.
(Presidente)
Prof.
Fernando
Mendes
de Azevedo,DSc.
M2. Heloísa B.S. Canalli,Med, MSc.
M
AGRADECIMENTOS
A
Deus, porme
dar força e porme
permitir superarcom
sucessomais
um
obstáculoda
vida.
À
minha
família,em
especial,meus
pais, Daniel e Déa, emeus
innãos que, apesar dedistantes,
sempre
me
deram
apoio e incentivo.À
famíliaMendes
Cardoso que,na
ausênciada
minha, ofereceu-meaconchego
ecarinho.
A
uma
pessoa muito especial que, durante osmomentos
mais
difíceis, foi muitomais
do que
um
amigo. Pelo seu incentivo, dedicação e por sua inestimável companhia. VAo meu
orientador, Prof. Jefferson Luiz
Brum
Marques,
pela sua dedicação e valiosacontribuição.
Ao
meu
co orientador, Prof. JorgeMuniz
Barreto, pela sua colaboraçao.Ao
Prof.Fernando
Mendes
deAzevedo,
por auxiliar-nosem
momentos
de
dúvida.Aos
amigos, pelo convívio e colaboração.A
todos osmédicos
e profissionais da área de saúde envolvidosna
realização destetrabalho,
em
especial, ao Dr.Mário
Sérgio A. Coutinho, à Dr. Heloísa B.S. Canalli e a todosos demais
membros
do
GRUMAD.
SUMÁRIO
Listade Abreviaturas
Listade Figuras
Listade Tabelas
Resumo
Abstract
Capítulo
1 viii x xi xií xiii 1.INTRODUÇÃO
1.1-
Justificativado
Trabalho
1.2-
Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral 1.2.2 Objetivos Específicos 1.3-
Importância
do
Trabalho
1.4-
Estrutura
do
Trabalho
1.5-
Definiçãode
Termos
1.6
-
Sistemas
Especialistas Utilizadosna Área
de
Diabetes Mellitus eoEstado
da
Arte
Capítulo
2
1 2 5 5 5 6 7 8 9 2.DIABETES
MELLI
T
US
2.1 - Classificação e Diagnóstico 2.2- Manifestações
Clínicas 2.3- Tratamento
2.4-
Complicações
Agudas
2.5
-
Complicações Crônicas
ou
Tardias
do
Diabetes Mellitus13
14 16 18 2122
V
Capítulo
33.
SISTEMAS
ESPECIALISTAS
26
3.1
-
Abordagem
Histórica27
3.2
-
Sistemas Especialistas29
3.3
-
Classificação dos Sistemas Especialistas 313.4
-
Características dos Sistemas Especialistas33
3.4.1
Corpo
deConhecimento
33
3.4.2
Conhecimento
de Alto Nível33
3.4.3
Modelamento
Preditivo ~343.4.4
Memória
Institucional34
3.4.5 Facilidade de Treinamento
34
3.5
- Componentes
de
um
Sistema
Especialista34
3.5.1 Sistema Especialista
35
3.5.2
O
Especialistano
Domínio
353.5.3
O
Engenheirodo
Conhecimento
36
3.5.4
A
Ferramenta de Construçãodo
Sistema Especialista36
3.5.5 Usuário Final
36
3.6
-
Diferenças entre os Sistemas Especialistas e osProgramas
Computacionais Convencionais
36
3.7
-
Estruturade
Sistemas Especialistas38
3.7.1
Base
deConhecimento
40
3.7.2
Máquina
de Inferência41
3.7.3 Interface 41
3.8
- Etapas
na
Construção de
um
Sistema
Especialista42
3.8.1 Identificação
42
3.8.2 Conceituação43
3.8.3 Fonnalização43
3.8.4Implementação
43
3.8.5 Teste e Avaliação44
3.8.6 Revisão44
A
3.10.2
Formas
de Representaçãodo Conhecimento
48
3.11
-
Sistemas EspecialistasAplicados à
Área Médica
-50
3.12
- Expert
SINTA
513.12.1
A
Arquitetura deum
Sistema Especialistano
ExpertSINTA
54
3.12.2 Expert
SINTA
VisualComponent
Library55
Capítulo
4
~ ~
4.
SISTEMA
ESPECIALISTA
PARA PREDIÇAO
DE
COMPLICAÇOES
CARDIOVASCULARES
57
4.1-
Introdução
58
4.2-
Fatoresde
Risco59
4.2.1 Idade59
4.2.2Sexo
61 4.2.3 Diabetes 61 4.2.4Tabagismo
62
4.2.5 Hipertensão Arterial Sistêmica (Pressão Alta) 63
4.3
-
Tabelasde
Risco65
4.4
-
Estimativado
RiscoCardiovascular
67
4.5
-
Base de
Conhecimento
69
Capítulo
55.
SISTEMA
DE
CONTROLE
DE
PACIENTES
COM
DIABETES
MELLITUS
_
71
5.1
-
Considerações Preliminares72
5.2
-
Metodologia de
Desenvolvimento
do
Sistema
de
Controlede
Pacientescom
Diabetes Mellitus(SCDM)
73
5.2.1
Diagrama
de Entidades-Relacionamentos(DER)
76
5.3
- Banco
de
Dados
Relacional80
5.5
-
Sistema
de Controle de
Pacientescom
Diabetes Mellitus 5.5.1Dados
Pessoais 5.5.2 Primeira Consulta 5.5.2.1 Histórico 5.5.2.2Exame
Físico 5.5.2.3 Sintomas 5.5.2.4Exames
Complementares
5.5.3Evolução
5.5.3.1 Situação Atual» - › -~ -A-~5.5.3-.2~Exzame~Físieo, Sintomas e
Exames
Complementares
5.5.3.3 Internações
5.5.4 Especialista
5.5.4.1 Prognóstico Complicaçoes Cardiovasculares
5.5.4.2 Consulta Prognóstico 5.5.5
Gráficos
5.5.6 Auxílio ao Usuário 1 Vll 83 '84
8586
8789
90
92
92
9394
95
96
97
97
100 »z››.»›››~z~›z.››--\z~z~z›-_.z.z.z--«z-_-_~›>‹-AQCap1tulo
6
_ 6.DISCUSSÃO
E
CONCLUSÕES
6.1-
Discussao 6.2-
Conclusões
~6.2
-
Sugestoespara
Trabalhos Futuros
Bibliografia
101 102 105 105 Referências BibliográficasAnexos
107Anexo
A
-Formulários
Utilizados pelosMédicos
Anexo
B
-
Dicionáriode Entidades
e AtributosAnexo
C
- Regras/
Base de
Conhecimento
.113 119 136
AC:
BC:
BDR:
CAD:
CHD:
CHNC:
CVD:
uDER:
DM:
DMID:
DMNID:
EC:
GRUMAD:
HU/UFSC
IA:ICQ:
IMC:
LIA/UFC:
MI:
MIT:
MRFIT:
NDDG:
LISTA
DE
ABREVIATURAS
Aquisiçaodo Conhecimento
Base
deConhecimento
Banco
deDado
RelacionalCetoacidose Diabética
Coronary Heart
DiseaseComa
HiperosmolarNão
Cetótico ~~--Cardiovascular Disease
Diagrama
Entidade-RelacionamentoDiabetes Mellitus `
Diabetes Mellitus Insulino-Dependente; Diabetes
Tipo
1Diabetes Mellitus Não-Insulino-Dependente; Diabetes Tipo 2
Engenharia
do
Conhecimento
Grupo
Multidisciplinar deAtendimento
ao DiabéticoHospital Universitário
da
Universidade Federal de Santa CatarinaInteligência Artificial
Índice Cintura-Quadril Índice de
Massa
CorpóreaLaboratório
de
Inteligência Artificialdo Departamento
deComputação
da
Universidade Federaldo Ceará
Máquina
de InferênciaMassachusetts Institute of Technology
Multiple Risk Factor Intervention Trial
NHANES
I:PCC:
PSE:
RAD:
SBC:
SCDM:
SE: SP:SQL:
WHO:
First National Health
and
Nutrition Examination SurveyPrograma Computacional
ConvencionalPressão Sangüínea
Elevada
Rapid
ApplicationDevelopment
Sistema
Baseado
em
Conhecimento
Sistema de Controle
de
Pacientes portadoresde
Diabetes MellitusSistema Especialista -
Sistema de
Produção
Structured
Query
Language
Figura 2.1 Figura 3.1 Figura 3.2 Figura 3.3 Figura 3.4 Figura 3.5 Figura 3.6 Figura 3.7 Figura 5.1 Figura 5.2 Figura 5.3 Figura 5.4 Figura 5.5 Figura 5.6 Figura 5.7 Figura 5.8 Figura 5.9
- Representação esquemática do período de “lua-de-mel” [Foster, 1996] - Engenharia do Conhecimento [Waterman,1986]
- Características gerais dos SEs [Waterman,1986]
- Componentes de
um
SE
[Waterman,1986]- Classificação dos SES [Genaro,1987]
-E
A
estrutura deum
SE
[Watennan,1986]- Etapas de desenvolvimento de
um
SE
[Waterman, 1986]- Arquitetura simplificada do Expert
SINTA
- Tipo de objeto Paciente - Relacionamento - Objeto associativo
- Diagrama Entidade-relacionamento
- Dados Pessoais do paciente
- Histórico do Paciente na Primeira Consulta
-
Exame
Físico do paciente- (a )Lista de sintomas que
podem
ser apresentados porum
paciente. (b) Sintomas do paciente na primeira consulta- (a )Lista de exames que
podem
ser solicitados aum
paciente. (b)Exames
Complementares na primeira consultaFigura 5.10 - Situação atual do Paciente (Evolução)
Figura 5.11 - Sintomas (Evolução)
Figura 5.12 - Intemação
Figura 5.13 - Prognóstico - Complicações Cardiovasculares
Figura 5.14 - Consulta Prognóstico
Figura 5.15 - Gráficos -
Exame
FísicoFigura 5.16 - Gráficos
- Exames
ComplementaresFigura 5.17 - Gráficos
-
PrognósticoLISTA
DE
TABELAS
Tabela 1.1 - Prevalência de
DM,
por grupo etário, na população urbana brasileira de 30 a 69 anosTabela 2.1 - Classificação Etiológica do
DM
Tabela 3.1 - Principais diferenças entre
PCCS
e SES [Waterman,l986]Tabela 3.2 - Algumas das técnicas de aquisição do conhecimento [Brasil, 1994]
Tabela 3.3 -
SE
utilizados na área médica [Viera, 1996]Tabela '4.1 - Tabela de Risco Cardiovascular para
Homens
Tabela 4.2 - Tabela de Risco Cardiovascular para Mulheres r
~ ~
SISTEMA
ESPECIALISTA
PARA
PREDIÇAO DE
COMPLICAÇOES
CARDIOVASCULARES INTEGRADO A
UM
SISTEMA
DE
CONTROLE DE
PACIENTES
PORTADORES DE
DIABETES
MELLITUS
RESUMO
Este trabalho
tem
por objetivo aimplementação
deum
sistema de gerenciamentode
dados,
o
SCDM
(Sistema de Controle de Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus), capaz degerir todo o processo de atendimento a pacientes diabéticos realizado
no Ambulatório
deEndocrinologia
do
Hospital Universitárioda
Universidade Federalde
Santa Catarina(HU/UFSC),
deforma
a tomá-lo mais ágil, eficiente e confiável. Através deum
levantamentominucioso das informações, realizado
com
a cooperaçãodo
quadro clínico pertencente aoGRUMAD
(Grupo
Multidisciplinar deAtendimento
ao Paciente DiabéticoHU/UFSC),
procurou-se definir quais os procedimentos imprescindíveis durante o processo de
atendimento ao paciente e,
também,
os principais problemas associados a eles.Além
disso,desenvolveu-se
um
módulo
especialista que, através de técnicasde
Inteligência Artificial, écapaz
de
identificar seum
determinado paciente apresentaou
nãoalgum
tipo de predisposiçãopara desenvolver complicações cardiovasculares baseado na Análise dos Fatores
de
Risco.Tanto o
SCDM
quanto o Sistema Especialista desenvolvidospodem
ser consideradoscomo
um
primeiro passona
direção deum
ambiente estruturado e automatizado.Porém, somente
alongo prazo, após a inclusão de
uma
certa quantidadede
infonnações sobre pacientes, éque
os resultados poderão ser realmente avaliados.
No
entanto, a conseqüência imediata deste trabalho é agilizar e, consequentemente aprimorar o atendimento ao paciente diabéticorealizado
no
Ambulatório de Endocrinologiado
Hospital Universitário da Universidade Federalde
Santa Catarina.Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Complicações Cardiovasculares; Sistemas Especialistas;
Xlll
EXPERT SYSTEM
FOR
THE
PREDICTION
OF CARDIOVASCULAR
COMPLICATIONS INTEGRATED
TO A
CONTROL
SYSTEM OF
PATIENTS
WITH
DIABETES
MELLITUS
ABSTRACT
This
work
isconcemed
with an implementation of a data basemanagement
system,the
SCDM
(ControlSystem
of Patients with Diabetes Mellitus), capable tomanage
all theprocess of attendance to diabetic patients carried out in the Endocrinology's outpatient
department of the Santa Catarina Federal University Hospital.
Through
a detailed survey ofinformation, realized with the cooperation of the clinical staff of the Multidisciplinary
Group
for the Treatment of Diabetics
(GRUMAD),
itwas
todefine
the essential procedures duringthe process of attendance to patients and, also, the
main problems
associated with them. Inaddition, an Expert
System was
developed applying Artificial Intelligence techniques, toidentify whether a patient present or not predisposition to develop cardiovascular disease,
based
on
the analysis of the risk factors. Both, theSCDM
and
the Expert System,may
beconsidered as the first step in the direction of an structured
and
automatised environment,although, only in a long-term, after the inclusion of a certain quantity of information
and
patients to the database, is that the results
may
be
really evaluated.However,
the firstconsequence of this
work
is to optimize and, consequently, toimprove
the care for diabeticspatients realized in the Endocrinology Ambulatory, with the possibility to predict
Cardiovascular Complications in the diabetic population.
Capítulo 1
-
Introdução 21.1 -
Justificativa
do Trabalho
Estima-se que
no
Brasil existam 5 milhões de indivíduos diabéticos, dentre os quaismetade
desconhece o diagnóstico.Do
total de casos,90%
sãodo
Tipo 2, 5 a10%
do Tipo
1 e2%
do
tipo secundárioou
associado a outras condições [Ministério da Saúde, 1996].Em
termosmundiais, as projeções indicam
que
por voltado
ano2010
estaremoscom
pelomenos 220
milhões de diabéticos
do
Tipo 2, incluindo20
milhõesna
América
Latina [Tambascia, 1998].De
um
modo
geral, a prevalênciado
Diabetes Mellitus(DM) vem
aumentando
nasúltimas décadas, tomando-se
um
dos principais problemas de saúdedo
homem
modemo.
Este
aumento
é decorrente de diversos fatores, destacando-semudanças do
estilo de vida(sedentarismo, urbanização e
novos
hábitos alimentares),aumento
damédia
de vidada
população e ainda
aumento
da sobrevida dos diabéticos, decorrente de melhores cuidadosde
saúde, atendimento e tratamento [Barroso et al., 1998].
Segundo
dadosdo
Ministérioda Saúde
[Ministério da Saúde, 1996], a prevalênciado
DM,
no
Brasil, situa-se ao redor de7,6%
da
população urbana entre30
e69
anos. Pode-se,no
entanto, fazer a estratificação desse total por faixas etárias
mais
específicas, observando-seentão
que
os percentuais de prevalência variam desde2,7%
entre os30
e 39 anos até17,4%
nas populações de idade mais avançada (60-69 anos).
O
paciente diabético mostra-se suscetível auma
série de complicaçõesque
causam
morbidade
e mortalidade prematura, dentre elas destacam-se: Retinopatia, Nefropatia,Neuropatia Diabética, Lesões Dermatológicas e, as
Doenças
Cardiovasculares(CVD
-111-P
DM
`Tabe
a . revalência de , por grupo etário, na populaçao urbana brasileira de30
a 69 anosIdade (anos)
DM
30-39
-2,7%
40-49
5,5%
50-59
12,7%
60-69
17,4%
_ -TOTAL
_7,6_'%Fonte: Censo - Ministério da Saúde, Brasil, 1996.
As
doenças cardiovasculares lideram a classificação mundial de mortalidade, enquantoo
DM,
atualmente consideradouma
epidemia,ocupa
o 169 lugar.Porém,
a relação entre essasduas doenças é muito mais intrínseca
do
que osnúmeros
revelam: as doenças cardiovasculares(coronary heart disease
(CHD),
cerebrovascular disease,and
peripheral vascular disease)ocorrem
com uma
freqüência muito maiordo que
o nonnalno
DM
e é a principal causa demorbidade
e morte de pacientes diabéticosem
todo omundo. Segundo
o estudo deAcompanhamento
.EpidemiológicoNHANES
I (First National Healthand
NutritionExamination Survey),
em uma
determinada população,aproximadamente
75%
do
excessode
mortalidade entre
homens
diabéticos e57%
entre as mulheres diabéticas foi atribuído àsdoenças cardiovasculares [Kleinman et al., 1988].
Dados
epidemiológicos, especialmente aqueles fomecidos pelos estudosde
Framingham
[Kanne1, 1985] edo
MRFIT
(Multiple Risk Factor Intervention Trial) [Stamler et al., 1993]mostram
claramenteque
oDM,
isoladamente, éum
dos principais fatores de riscocardiovascular, sendo esta contribuição ainda maior,
quando
outros fatores de riscotambém
Capítulo 1
-
Introdução 4Nos
Estados Unidos,onde
oDM
é a quarta causamais
comum
de morte, as doençascardiovasculares,
em
especialCHD,
são responsáveis por mais de75%
da
mortalidadeem
pacientes diabéticos Tipo 2 [Nathan, 1993].Em
Santa Catarina osnúmeros
também
são bastante expressivos.Segundo
pesquisadivulgada pelo Ministério da
Saúde
existemaproximadamente
140 mil casosde
DM
no
Estado [O Estado, 1998].
Somente no
Ambulatório de Endocrinologiado
Hospital Universitárioda
Universidade Federal de Santa Catarina
(HU/UFSC),
cerca de 120 pacientes portadores deDM
sãoacompanhados
a cada ano peloGrupo
Multidisciplinar deAtendimento
ao Diabético(GRUMAD),
dentre os quais, a grande maioria acaba desenvolvendoalgum
tipode doença
cardiovascular.
Porém,
este atendimento é bastante comprometido, tendoem
vista a falta deinfonnações sistematizadas sobre a evolução
do
DM
em
cada paciente. Este fato fezcom
que
médicos
e engenheiros biomédicos reunissem esforçosem
busca de soluçõesmais
eficazes quepudessem
proporcionarum
melhor
atendimento eacompanhamento
deste grandenúmero
de pacientes.
Desta forma, surgiu a idéia de desenvolver
o
SCDM
(Sistema de Controle dePacientes Portadores de Diabetes Mellitus),
um
software que,além
de gerenciar todo oprocesso de atendimento ao paciente diabético, apresenta
um
módulo
inteligenteque
7 através` s- .- . .,zzA_ ._ A _ _ _ *_ _,._.»--`_ __.z ››››››› ----`‹-_---`_2'“* - ~_--‹-›-~›-¬.`_~,,_ _.. .._~.-/~ """"""`”“""¶<-.` ___
de técnicas de Inteligência A_rtifici_al_ (IA), é capaz de determinar o ris_co_de
um
paciente1.2 -
Objetivos
1.2.1 -Objetivo
Geral
'
Desenvolver
um
Sistema Especialista (SE) para a predição de complicaçõescardiovasculares integrado a
um
sistema de informação, oSCDM,
para o controle de pacientes portadores de Diabetes Mellitus.1.2.2 - Objetivos Específicos
1. Informatizar o serviço. de atendimento ao paciente diabético, realizado pelo
Grupo
Multidisciplinar de
Atendimento
ao Diabético(GRUMAD),
no
Ambulatóriode
Endocrinologia
do
Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina.2. Avaliar
como
o processo de atendimento é realizado e, se necessário, propor formasalternativas de trabalho, desde
que
estas proporcionemuma
melhoria substancialno
PTOCCSSO.
3. Implementar
um
SE
que, baseadona
Análise dos Fatores de Risco Cardiovascular, sejacapaz
de
detemiinar a probabilidade deum
paciente desenvolver complicaçõescardiovasculares
em
um
período de 5 anos. ›4. Utilizar a linguagem visual de
programação
Borland Delphi 3.0 para o desenvolvimentodo
Capítulo 1 - Introdução 6
Visual
Component
Library para acoplar, deforma
totalmente transparente ao usuário, oSE
ao
SCDM.
V1.3 -
Importância
do Trabalho
O
desenvolvimento deum
sistema de informação paraacompanhamento
de pacientesportadores de
DM
é considerado bastante importante porque transforma operaçõesque
anteseram
realizadas deforma
complexa
em
um
processo bastante simples e rápido.Com
a implantaçãodo
SCDM,
0 atendimento ao paciente passa a ser realizado deforma
mais sistemática, rápida e, de celta fonna,mais
eficiente.A
agilidadeno
processo, depois de completamente implementado, contribuirá,também,
paraum
aumento no
número
de pacientes atendidos diariamente
no
ambulatório.Outro fator bastante significativo é a facilidade que o sistema infonnatizado nos
proporciona
no
momento
em
que
precisamos recuperar determinadas infonnações.Ao
invésde
uma
grande quantidade de papéis ealgum
tempo
perdido à procurada
informaçãodesejada,
bastam
alguns minutos e omédico
terá acesso a todas as infonnações relacionadasao paciente.
Na
verdade, a base de dados gerada peloSCDM
servirá para osmais
variadosinteresses e abrirá espaço para pesquisas
em
diversas áreas.Além
disso, acreditamosque
0SCDM
possa ser de grande valia, principalmente,no
que
diz respeito à possibilidade de minimizar as chances, através da prevenção,de que o
Estamos
cientes deque
muitas alteraçoes aindahao
de surgir atéque
o sistema estejarealmente confiável mas, desde já,
temos
a convicção deque
estamos contribuindonão
sópara
que
novas pesquisaspossam
surgir nesta área mas, principalmente, paraum
melhor
atendimento aos pacientes
com
DM
que procuram
os serviçosdo
ambulatório.1.4 -
Estrutura
do Trabalho
Este trabalho está disposto
da
seguinte maneira:O
Capítulo 1 apresenta a justificativa e os objetivosdo
trabalho.Além
deuma
visãosobre o Estado
da
Arte.O
Capítulo 2 apresentauma
visão geraldo que
vem
a ser oDM,
definição,classificação, diagnóstico, manifestações clínicas e as principais complicações surgidas
em
decorrência
do
mesmo.
O
Capítulo 3 aborda tópicos relacionados à Inteligência Artificial,em
especial, osSistemas Especialistas (SES).
O
Capítulo4
fala a respeitodo
estudo publicado peloComitê
Nacional deSaúde do
Ministério da
Saúde dapNova
Zelândia, deonde foram
extraídas as regras deprodução que
deram
origem à base deconhecimento do
SE
para o prognóstico deComplicações
Capítulo 1
-
Introdução 8O
Capítulo 5 exibe informações sobre a metodologia de desenvolvimento utilizadapara implementar o
SCDM,
oDiagrama
Entidade Relacionamento, oBanco
deDados
Relacional, as ferramentas de desenvolvimento e, para finalizar é apresentado,
de forma
resumida, os procedimentos básicos executados pelo
SCDM.
E, finalmente, o Capítulo 6 apresenta a discussão, conclusões, proposta
de
trabalhosfuturos, bibliografia e apêndices.
1.5 -
Definição
de
Termos
Aquisição
do
Conhecimento:
É
o processode
identificar, extrair, analisar edocumentar
oconhecimento obtido de
um
especialista dedomínio
com
o propósito de construirum
SE
ou
Sistemas
Baseados
no Conhecimento
[Chetupuzha e Badim, 1992].Diagnóstico:
E
a artede
distinguiruma
doençade
outraou
a determinação da naturezade
um
caso de
doença
[Korpinen, 1993].Hipoglicemia:
É
um
estado fisiopatológico.Assim
como
a dor, a febre ou os vômitosexigem
identificação
da
condição subjacente, a hipoglicemia requer o estabelecimentodo
diagnósticodo
distúrbio primário responsável pela baixa concentração plasmática de glicose [Wyngaardenet al., 1993].
Hiperglicemia:
O
resultado da ação insuficiente de insulina éum
aumento na
concentração deGlucagon:
Proteína produzida pelas células alfa das ilhotas de Langerhans, a qual age sobre oglicogênio hepático convertendo
em
glicose.Uma
injeção intramuscularde
glucagon é indicadana
hipoglicemia grave (insulínica) determinandouma
hiperglicemia transitória.[Garboggini, 1970].
Obnubilação:
Estado crepuscularou
coma
vigil (sonolência), reduçãodo
âmbitoda
consciência, perda transitória, incompleta
da
consciência.Pode
determinar ansiedade,depressão, confusão mental,
ou
terforma
crônica, demorada, por vários dias [Garboggini,1970].
1.6 -
Sistemas
de
Informação
Utilizados
na
Área
de
DM
e
o
Estado
da Arte
Com
o aparecimentoda
tecnologia da informaçãona
medicina, vários sistemasmédicos
computadorizadosforam
desenvolvidos, resultandoem
um
impacto positivona
qualidade dos serviços médicos, através de
uma
melhoria substancialno
manuseio da
informação e
no
auxílio àtomada
de decisão.Os
SE'spodem
exercerum
papel importante auxiliando osmédicos
e,também,
ospacientes diabéticos a controlar a doença. Entretanto, os dados disponíveis
sugerem que
osSE's são difíceis de construir e
mais
difíceis aindade
manter duranteum
longo período.Conhece-se alguns SE°s nesta área, dentre os quais, alguns já estão disponíveis para utilização
e, outros, encontram-se sob avaliação clínica.
A
seguir, apresentamos alguns sistemasmédicos
computadorizados relacionados àCapntulo 1
-
Introdução 10SESAM-DIABETE
éum
sistema especialista educacionalque fomece
auxílio erecomendações
terapêuticas personalizadas para pacientes diabéticos insulino-dependentes.
Sua
estrutura de controle utilizauma
estratégiatop-down
para solucionar problemas, isto é, oproblema
édecomposto
em
subproblemas maisfáceis
de
solucionar, estemétodo
é aplicado recursivamente para cadasubproblema. Este sistema está atualmente disponível para alguns pacientes
na
França eu está sob avaliação clínica [Levy et al., 1989].
O
sistema especialistaDIACONS
determina o tipo deDM
apresentado pelo paciente e, sugere a terapia inicial adequada, baseando-se nos dados históricosdo
paciente [Piwemetz et al., 1990].
DIABETES,
éum
sistema especialista utilizado para ensinar estudantes demedicina, clínicos gerais e
médicos
pertencentes ao corpo docente, a diagnosticaregerenciar o
DM.
A
idéia básicado
SE
é apresentar ao usuáriouma
ferramenta paraexperimentação
com
um
grandenúmero
de casos de pacientes [Ambrosiadou, 1989].DIABNET,
um
sistema inteligente de suporte à decisão para a análise dos dados ambulatoriais e planejamentoda
terapia nos casos de Diabetes Gestacional.As
entradasdo
DIABNET
são os dados ambulatoriais disponíveis sobre o paciente e asaída é
um
controleadequado
da
dieta edo
uso de insulina[Hemando
et al., 1996].O
sistema computacional de gerenciamento clínicodo
Diabetes,DIAMOND,
têm
sido desenvolvidono
Grupo
de Bioengenharia e Telemedicinada
UniversidadePolitécnica de
Madrid
(Espanha),com
o objetivo de auxiliarna
comunicação
sobre os a pacientes diabéticos deuma
detemiinada regiao [Kopelman et al., 1995].DIABCARD,
uma
aplicação deum
registromédico
portátil para pessoascom
Diabetes.
Desenvolvimento
deum
chip card baseadoem
um
sistema deinformação
médica
para doenças crônicasem
ambulatórios e hospitais [Engelbrechtet al., 1996].
Sistema de Infomiação para atendimento a pacientes diabéticos
que
contempladesde o
agendamento
das consultas até a emissão das prescrições médicas. Estesoftware está sendo desenvolvido
na
Universidade Federalda
Paraíba(UFPB)
edeverá ser implantado através de
um
projeto pré-pilotono
Serviçodo
Diabetesdo
Hospital Universitário
da
UFPB,
envolvendouma
enfermeira especializadano
atendimento ao diabético, dois médicos, dois nutricionistas e
100
pacientes2
-Diabetes
Mellitus
O
Diabetes Mellitus(DM)
éum
distúrbio heterogêneo primáriodo metabolismo
doscarboidratos
com
múltiplos fatores etiológicos que,em
geral,envolvem
uma
deficiência absolutaou
relativa de insulina, resistência à insulinaou
ambas.Todas
as causasde
Diabeteslevam,
em
última análise, ao desenvolvimento de hiperglicemia,que
constitui a característicabásica dessa síndrome [Olefsky, 1993].
O
DM
é a maiscomum
das doenças endócrinas.A
doença caracteriza-se poranormalidades metabólicas e por complicações a longo prazo
que
afetam os olhos, os rins, osnervos, os vasos sangüíneos e o coraçao [Foster, 1996].
Diversos processos patogênicos estão envolvidos
no
desenvolvimentodo
DM.
Essesvariam
desde a destruição auto-imune das células [3do
pâncreascom
conseqüente deficiênciade insulina, até anormalidades que resultam
na
resistência à ação da insulina.A
base dasanonnalidades dos carboidratos, gordura e
metabolismo
protéicono
DM
é a ação deficienteda
insulina nos tecidos alvo.
O
mecanismo
deficienteda
insulina resultada
secreção inadequadada
insulina e/ou resposta diminuídado
tecido à insulinaem
um
ou
mais pontosno
complexo
caminho da
ação hormonal. Problemasna
secreção de insulina e ação inadequadada
insulinafreqüentemente coexistem
num mesmo
paciente, e muitas vezesnão
é possível determinarqual anormalidade, se
uma
ou
outra sozinha, é a causa primáriada
hiperglicemia [CommiteeCapítulo 2 - Diabetes Mellitus 14
2.1 -
Classificação e
Diagnóstico
Uma
das maiores necessidades para a investigação clínica e epidemiológica, e para ogerenciamento
do
DM
éum
sistema apropriado de classificaçãoque
forneçauma
estnlturadentro da qual seja capaz de identificar e diferenciar suas várias formas e estágios. Esta classificação sistemática foi publicada pela primeira vez
em
1979
pelo National DiabetesData Group (NDDG).
O
World
Health Organization(WHO)
ExpertCommittee
em
Diabetesem
1980
e, mais tarde, 0WHO
StudyGroup
on
Diabetes Mellitus apoiaram asrecomendações
do
NDDG.
Esses grupos reconheceram duas fonnas principais deDM,
as quaisdenominaram
Diabetes Mellitus insulino-dependente
(DMID,
Diabetes Tipo 1) e Diabetes Mellitus não-ínsulino-dependente
(DMNID,
DiabetesTipo
2) [Commitee Report, 1998].A
classificação publicadaem
1979
era baseadaem
uma
combinação
de manifestaçõesclínicas
ou
necessidades de tratamento (e. g., insulino-dependente, não-insulino-dependente) epatogênese (e. g., gestacional).
O
ExpertCommittee
que, durante 18 anos desenvolveu pesquisas e, avalioucuidadosamente os dados aceitos
em
1979, propôs alteraçõesno
esquema
de classificaçãodo
NDDG/W
HO
e, publicou sua própria sistemática de classificação, a qual consideramos nestetrabalho (Tabela 2.1).
Tabela 2.1 - Classificação Etiológica do
DM.
I. Diabetes Mellitus Tipo 1 (destruição da célula B, geralmente levando a deficiência absoluta
de insulina);
A. Imuno mediado
B. Idiopático
II. Diabetes Mellitus Tipo 2 (pode variar desde
uma
resistência à insulinacom
relativaIII.Outros tipos específicos:
A. Defeitos genéticos da função da célula B
1.
Cromossomo
12, HNF-lot(MODY3)
2.Cromossomo
7, glucoquinase(MODY2)
3.Cromossomo
20, HNF-4ot(MODY1)
4. MitocondrialDNA
5. Outros
B. Defeitos genéticos na ação da insulina
1. Resistência à insulina Tipo
A
2. Leprechaunismo
3. Síndrome de Rabson-Mendenhall
~
4. Diabetes Lipoatrófico
5. Outros -
C. Doenças do pâncreas exócrino
1. Pancreatite 2. Trauma/pancreatectomia 3. Neoplasia 4. Fibrose Cística 5. Hemocromatose 6. Pancreatopatia Fibrocalculosa 7. Outros D. Endocrinopatias 1. Acromegalia 2. Síndrome de Cushing . Glucagonoma eocromocitoma . Hipertiroidismo Somatostatinoma ldosteronoma 8. Outros '
E. Induzido por drogas ou substâncias químicas
1. Vacor 2. Pentamidina - 3. Ácido Nicotínico ' ' 4. Glucocorticóides 5.
Hormônio
da Tiróide 6. Diazoxido 7. Agonistas [3-adrenérgicos 8. Tiazídicos 9. Dilantin 10.ot-interferon 1 1 .Outros F. Infecções 1. Rubéola 2. Citomegalovírus 3. OutrosG. Formas incomuns de Diabetes imuno mediado
1. Síndrome de Stiff-man
2. Anticorpos anti-receptores de insulina
3. Outros `
H. Outras síndromes genéticas às vezes associadas ao Diabetes
1. Síndrome de
Down
>19¬U'.4>°°
;›
Capítulo 2
-
Diabetes Mellitus 16 oo\1_o×uz¡¡>o›g×› Síndrome de Klinefelter . Síndrome deTumer
Síndrome deWolfram
. Ataxia de Friedreich Coréia de Huntington . Síndrome de Laurence-Moon-Biedl . Distrofia Miotônica 9. Porfiria 10.Síndrome de Prader-Willi 1 1.0utrosIV.Outros tipos específicos -
~ `
2.2
-Manifestaçoes
Clínicas
As
manifestações clínicasdo
DM
variam deum
paciente para outro.Em
geral, apessoa procura assistência
médica
devido a sintomas relacionados à hiperglicemia.Os
distúrbios » metabólicos
do
Diabetesdecorrem da
deñciência relativaou
absolutade
insulina edo
excesso relativoou
absoluto de glucagon [Foster, 1996]. Tipicamente, as característicasclínicas
do
DMID
edo
DMNID
são distintas [O1efsky, 1993].1. Diabetes Mellitus Insulino-dependente
(DMID,
Tipo
1): Esses pacientestêm
pouca ou
nenhuma
insulinaendógena
e,em
geral, apresentam sintomas clínicos relativamente abruptos de poliúria, polidpsia e polifagia.A
apresentação inicial é quasesempre
acompanhada
de perda de peso, fadiga euma
infecçao concorrente.Devido
ao extremograu de hipoinsulinemia e hiperglucagonernia, esses pacientes
desenvolvem
facilmentecetose, e a instalação inicial dessa
doença pode
tomar-se clinicamente evidente sob afonna
de cetoacidose.
No
momento
da primeira apresentaçao clínica, é possívelque
os sintomastenham
vários dias a algumassemanas
de duração; todavia, na maioria dos casos, adestruição das células [3 teve início
meses
e,em
geral, anos antesdo
aparecimento dosevitar a
doença
totalmente manifesta.O
picode
idade de iníciodo
DMID
éde
ll a 13anos, coincidindo
com
o inícioda
adolescência e puberdade. Observa-seum
segundo
picoentre 6 e 8 anos, e, por volta
da
terceira década de vida, a incidência cai paraum
nívelunifonne,
porém
ainda significativo.É
raroque
oDMID
tenha seu início depois dos40
anos.
Uma
vez diagnosticado oDMID,
é necessário instituir a insulinoterapia para obterum
controle metabólico inicial.Em
muitos pacientes, o tratamento inicial éacompanhado
de
um
período de “lua-de-mel” (Figura 2.1), durante o qual ocorre remissãoda
doença,com
pouca ou
nenhuma
necessidade de insulina. Essa remissão deve-se aum
retornoparcial da secreção de insulina
endógena
quepode
perdurar por váriassemanas
ou meses
e,em
certas ocasiões, por 1 a 2 anos; todavia, adoença
acaba sofrendo recidiva, e ainsulinoterapia toma-se
permanentemente
necessária.Estresse Agudo Capacidade de Secreção ‹í
l
Período de "Lua-de-Mel" Diabetes Mellitus________
_ Franco\
Cetoacidose I I I 1 2 13 14Anos
Figura 2.1 - Representação esquemático do período de “lua-de-mel ” [ Foster, 1996].
Diabetes Mellitus Não-insulino-dependente
(DMNID,
Tipo
2): Tipicamente os pacientescom
DMNID
apresentam poliúria e polidipsiade
váriassemanas
ameses de
duração.A
polifagia
pode
ocorrer,porém
émenos
freqüente, enquanto écomum
haver perda de peso,Capítulo 2
-
Diabetes Mellitus 18muitos pacientes
não
há
nenhum
sintoma aparente, e adoença
é diagnosticada baseando-seem
exames
de sangueou
de urina de rotina.Em
outros, o Diabetes está avançado, e asqueixas iniciais estão relacionadas a complicações neuropáticas, retinopáticas
ou
vasculares.
Os
pacientescom
DMNID
geralmente,mas
nem
sempre,têm
mais de
40
anospor ocasião da apresentação.
A
obesidade constituiuma
característica freqüentedo
DMNID,
pelomenos
nas culturas ocidentais.A
obesidadeem
si resultaem
resistência àinsulina e predispõe ao estado diabético
ou
o exacerba.A
ligação entre obesidade eDMNID
é indiscutível.A
obesidade abdominalou da
parte superiordo
corpo estámais
fortemente associada ao
DMNID
do
que a obesidade inferior.A
secreção de insulinaendógena
está relativamente preservada e, inclusive,pode
tomar-se excessiva; porconseguinte, a cetose é rara, explicando por que o
DMNID
é classificadocomo
não-cetótico
ou
resistente à cetose.Estados
Diabéticos Secundários:Além
das principais categorias de Diabetes(DMID
eDMNID),
existem muitas formas secundárias de Diabetesquando alguma
outradoença
primária facilmente identificável
ou
algum
estado fisiopatológicoprovocam
o
estadodiabético
ou
estão fortemente associados a ele (Tabela 2.1). Esses casos só representamuma
pequena
proporção da totalidade dos casos de Diabetes. Qualquer processo patológicocapaz
de
limitar a secreção de insulinaou
de diminuir a sua açãopode
causar Diabetessecundário.
2 3
-Tratamento
A
gravidade e o quadro clínicodo
Diabetes são muito variáveis.Sendo
assim, osabordagem do
DMNID
edo
DMID.
A
consideração dos objetivos terapêuticos envolveuma
das questoes mais importantesno campo,
isto é, qual a relaçao entre a hiperglicemia eo
desenvolvimento de complicações diabéticas?
A
hiperglicemia constitui a anomialidademetabólica mais óbvia
no
Diabetes. Por conseguinte, é razoável suspeitar que a elevação dosníveis de glicose
no
sanguedesempenham
algum
papelno
desenvolvimento das complicaçõesdo
Diabetes.Segundo
Olefsky (1993), várias evidências indicamuma
relação entre a hiperglicemia eas complicações. Portanto, parece prudente estabelecer
como
objetivo terapêutico amanutenção
de níveis plasmáticos de glicoseoimais próximo
possíveldo normal
nos pacientes diabéticos.A
principal complicação da terapia antidiabética agressiva é ahipoglicemia que, se for grave o suficiente,
pode
produzir lesão imediata e irreversíveldo
Sistema
Nervoso
Central. Por conseguinte, o tratamento antidiabético deve prosseguir atéque
os níveis
de
glicose sejam normaisou
quase normais, anão
serque
haja desenvolvimentode
episódios manifestos e recorrentes de hipoglicemia.
Se
isto ocorrer, são necessários ajustesno
grau de controle glicêmico obtido.
1.
Tratamento
Dietético: Constituiuma
parte integrante de plano terapêutico geral de todosos pacientes diabéticos.
Em
muitos pacientescom
DMNID,
o tratamento dietéticopode
constituir o
método
predominante de tratamento.A
terapia dietética tratada
quantidadetotal
de
calorias ingeridas, de sua distribuição durante o dia, das fontes alimentaresCapítulo 2
-
Diabetes Mellitus 20Agentes
Hipogliceminantes Orais:São
quasesempre
terapeuticamente eficazes nospacientes
com
DMNID.
Nos
pacientes quenão
respondem
demodo
satisfatório à dieta eque
não apresentam hiperglicemia grave (i. e., níveis plasmáticos de glicoseconsistentemente
acima
de250
mg/dl), os agentes orais constituemuma
escolhaterapêutica apropriada.
Nos
pacientescom
hiperglicemia grave, é preferível ainsulinoterapia, pelo
menos
no
início, afim
de obterum
controlemais
rápido dos sintomasclínicos e evitar o desenvolvimento de hiperosmolaridade.
Insulinoterapia: Constitui a
forma
primária de tratamentoem
todos os pacientescom
DMID
eem
muitos pacientes portadores deDMNID.
Os
objetivos terapêuticos incluem:(1) crescimento e desenvolvimento normal das crianças; (2) gravidez, parto e feto nonnais
nas mulheres; (3) interferência
mínima
com
o ajuste psicossocial; (4) controle aceitávelda
glicemia,
com
hipoglicemiamínima;
e (5) prevenção das complicações.Existem
numerosos métodos
distintos de insulinoterapia, e ométodo
escolhido depende,em
grandeparte, da visão pessoal dos objetivos (4) e (5).
Em
geral, é mais fácil eliminar os sintomasmanifestos de hiperglicemia
com
qualquermétodo
de insulinoterapia.Porém,
a importante relação entre o controle glicêmico e as complicações crônicas, defendidaem
váriostrabalhos,
impõe
um
método de
insulinoterapia destinado a produziruma
respostaeuglicêmica.
Um
controle mais rigoroso obrigauma
insulinoterapia intensiva.Mesmo
com
o tipo mais meticuloso de insulinoterapia nos pacientes mais motivados, édifícil obter
um
controle euglicêmico por períodos prolongados. Por conseguinte,prosseguem
as pesquisas para obter formas de tratamento melhores, mais eficazes e,
em
alguns casos,objeto de inúmeros estudos. Vários problemas logísticos, imunológicos e técnicos precisam
ser superados antes
que
esses tratamentos setomem
disponíveis para finalidades clínicas derotina,
embora
haja indícios de resultados positivos, aserem
melhor
avaliados nospróximos
anos. Esta
forma
de tratamento, na verdade, poderia ser considerada curativa [Olefsky, 1993].2.4
-Complicações
Agudas
Além
da hipoglicemia, os pacientescom
Diabetes são suscetíveis a duas complicaçõesmetabólicas agudas importantes: a cetoacidose diabética e o
coma
hiperosmolar não-cetótico.A
primeira éuma
complicaçãodo
DMID,
enquanto a segundacostuma
ocorrerno
DMNID.
1. Cetoacidose Diabética
(CAD):
A CAD
deve-se à deficiênciade
insulina, juntamentecom
aumento
relativoou
absoluto na concentração de glucagon*.É
quasesempre
provocada pela suspensãoda
administração de insulina,mas
pode
resultar de estresse físico (e.g.,infecção, cirurgia)
ou
emocional, a despeito da insulinoterapia contínua [Foster, 1996].A
CAD
é potencialmente fatal e o quadro clínico é quasesempre
dramático.É
típicauma
história pregressa de poliúria e polidipsia de
um
a vários diasde
duração e os sintomas esinais freqüentes incluem náuseas, vômitos, anorexia, desidratação e hálito cetótico.
Em
certas ocasiões, a dor abdominal é
uma
característica predominante, imitando por vezesuma
condição abdominal aguda.A
CAD
pode
constituiro
episódio inicialde
apresentaçãodo
Diabetes.Quando
um
diabético apresenta sinais e sintomas deCAD,
o
diagnósticocostuma
ser evidente.Assim
que o diagnóstico forconfirmado
pelosexames
laboratoriais,o tratamento deve ser iniciado.
Os
objetivos terapêuticos consistemem
aumentar
a*
Capítulo 2
-
Diabetes Mellitus 22velocidade de utilização da glicose pelos tecidos insulino-dependentes, reverter a
cetonemia e a acidose, e corrigir a depleção de água e eletrólitos [Olefsky, 1993].
Síndrome
Hiperosmolar
Não-cetótica:O
termocoma
híperosmolar não-cetóticotem
sidofreqüentemente aplicado a essa síndrome,
mas
nem
todos os pacientes apresentamcoma
ou
mesmo
obnubilação*.Segundo
Foster (1996), trata-se deuma
síndromede
desidratação profunda,que
decorreda
diurese hiperglicêmica (osmótica) persistenteem
circunstâncias nas quais o paciente é incapaz de ingerir águaem
quantidades suficientes paracompensar
as perdas hídricas pela urina.
A
síndrome completa provavelmentenão
ocorre atéque
adepleção de
volume
tenha setomado
grave o suficiente para reduzir o débito urinário.Do
ponto de vista clínico, os pacientes apresentam hiperglicemia extrema, hiperosmolaridade e
depleção de volume, juntamente
com
sinais decomprometimento do
SistemaNervoso
Central,
que
variam desde obnubilação atécoma.
As
convulsõesnão
são raras.O
índicede mortalidade
da
síndrome é elevado (>50%).
Em
conseqüência, o tratamento imediato éurgente.
A
medida
mais importante consistena
rápida administração de grandesquantidades de líquidos por via intravenosa, a
fim
de restabelecer a circulação e ofluxo
de
urina.
A
síndrome hiperosmolarpode
ser revertidacom
líquido apenas,mas
é precisoadministrar insulina para controlar
mais
rapidamente a hiperglicemia [Olefsky, 1993].2 5
-Complicações
Crônicas
ou
Tardias
do
DM
O
paciente diabético mostra-se suscetível auma
série de complicaçõesque
causam
morbidade
e mortalidade prematura.Alguns
pacientespodem
nunca
apresentar taisproblemas mas,
na
grande maioria, os sintomas surgem,em
média, dentro de 15 a20
anosapós o aparecimento de hiperglicemia franca.
Um
pacientepode
sofrer várias complicações simultâneas,ou
um
únicoproblema pode
dominar
o quadro.Retinopatia:
A
doença
ocular écomum
no
Diabetes, e a perdapermanente da
visãoconstitui
uma
das complicaçoes mais notáveis e temidas. Cerca de25%
de todos osnovos
casos de cegueira são atribuídos ao Diabetes [Olefsky, 1993].
A
principal causa dedoença
ocular diabética é a retinopatia diabética.
Existem
duas categorias gerais: a retinopatia não-proliferativa
ou
incipiente e a retinopatia proliferativa.A
retinopatia não-proliferativapode
incluir anormalidades venosas,imicroaneurismas, hemoragias retinianas,
edema
da
retina eexsudatos.
O
quadropode
progredir para a retinopatia proliferativa, caracterizada por neovascularização, proliferação glial e tração vítreo-retineana.Em
geral, a retinopatiadiabética é progressiva e tende a agravar-se
com
a duraçãoda
doença. Todavia, a maioriados diabéticos não desenvolve retinopatia proliferativa.
Além
da
retinopatia, os olhos sãoafetados de outras formas pelo
DM:
alteraçõesna
refração,glaucoma
e catarata.Nefropatia:
A
nefropatia écomum
no
Diabetes e a insuficiência renal constituiuma
dasprincipais causas de morte.
A
forma
dominante de nefropatia diabética é adoença
microvascular que afeta o glomérulo renal.
A
glomerulopatia diabética é caracterizada pordiversas anonnalidades morfológicas e funcionais distintas.
As
manifestaçõesda
nefropatia diabética são muito heterogêneas.
A
nefropatia diabéticapode permanecer
funcionalmente silenciosa durante longos períodos
de
tempo
(10 a 15 anos) [Foster, 1996].Em
outros pacientes, a proteinúriapode
aumentar e ser seguida de redução progressivada
filtração glomerular e da função renal.
Em
geral, o diagnóstico é estabelecido clinicamente, estando raramente indicada a realização de biópsia renal.Se houver
Capítulo 2
-
Diabetes Mellitus 24desenvolvimento de insuficiência renal
num
diabético, deve-se considerar a necessidade dediálise peritoneal, hemodiálise
ou
transplante renal.Neuropatia:
A
neuropatia diabéticapode
afetar qualquer partedo
sistema nervoso,com
apossível exceção
do
cérebro.Apesar
de raramente constituiruma
causa diretade
morte,trata-se de
uma
importante causa de morbidade.São
reconhecidas diferentes síndromes, e,no
mesmo
paciente, pode-se verificar Va presença de tipos diferentes de neuropatia.Em
geral, a incidência e a gravidade
da
neuropatia progridemcom
a duraçãodo
Diabetes, epode-se verificar quase
sempre
a existênciade
neuropatia grave na ausênciade
outrascomplicações crônicas
do
Diabetes.As
causasda
neuropatia diabéticapermanecem
desconhecidas, de
modo
que
a classificaçãodeve
sermais
descritivado que
baseadaem
mecanismos
patogênicos. Olefsky (1993) apresenta a seguinte classificação: (1)polineuropatia é
um
distúrbio simétrico difusoda
função nervosa periférica; (2)A
neuropatia assimétrica refere-se a
um
grupo
de sinais e sintomasque
pode
estaranatomicamente relacionado à disfunção
de
um
único tronco nervoso (mononeuropatia)ou
de mais de
um
tronco nervoso (mononeuropatia múltipla), quer simultânea quersucessivamente; (3) sugeriu-se
que
as neuropatias simétricasou
difusaseram
causadas poranormalidades “metabólicas” dos neurônios
ou
das células deSchwann,
enquanto asneuropatias assimétricas
ou
focais são devidas à oclusão vascular e à isquemia; (4) aneuropatia periférica é muito
comum
tantono
DMID
quantono
DMNID,
e pode-severificar a presença de
doença
leve a graveem
até50%
dos pacientes.Doença
Cardiovascular:A
doença cardiovascular constitui a principal causada morte
em
à aterogênese acelerada.
A
doença
cardiovascularnao
apenas é mais freqüentena
população diabética,
como
também
o seu início é observadonuma
idademais
precoce,sendo as manifestaçoes mais graves.
A
etiologiada
ateroscleroseno
Diabetes nao estátotalmente elucidada,
mas
é provávelque
as causas sejam multifatoriais.O
paciente diabético correum
risco significativamentemaior
de adquirir todas as formas dedoença
cardiovascular.
As
complicaçõesdo
infartodo
miocárdio são mais freqüentes nosdiabéticos, enquanto a sobrevida pós-infarto é menor.
Apesar da
anginade
peito sercomum
em
pacientes diabéticos, as síndromes de angina atípicas são mais freqüentesque
nos não-diabéticos.
A
doença
vascular periférica é,sem
dúvida alguma, mais freqüentena
população diabética
que
na
não-diabética.Quando
associada às complicações neuropáticasdo
Diabetes, representa, infelizmente,uma
situação ideal para o desenvolvimentode
isquemia e gangrena, exigindo amputação.
Devido
àdoença
distal significativa dospequenos
vasos, a cirurgia de derivação vascular é quasesempre
satisfatória.A
maioriadas formas de
doença
vascular cerebraltambém
é observadacom
maior freqüênciano
Diabetes [Olefsky, 1993].
A
relação entreDM
e doenças cardiovasculares será exploradocom
mais
detalhesno
Capítulo 4, que tratado
SE
e, enfatiza os principais fatores de riscocardiovascular, dentre eles, o
DM.
Lesões
Dermatológicas:As
anormalidades dennatológicas sãocomuns
no
Diabetes.Assim, por exemplo, esses pacientes são mais propensos a diversas infecções cutâneas,
como
carbúnculos, furúnculos e micoses.Com
freqüência, essas infecçõespodem
ser3.1
-Abordagem
Histórica
A
história da Inteligência Artificial (IA) transcende bastante ocomputador
atual.Nos
anos 50, os es uisadores J'áhaviam
estabelecido as basesda
IA, incluindo ló ica 8matemática e teoria das funções recursivas.
Aproximadamente
nestamesma
ocasião,psicólogos cognitivos
-
pesquisadoresda forma
de pensarhumana -
criaram caminhos,padrão
do
processo de investigaçãodo
raciocínio,modelando
o aparente processode
tomada
de
decisãoem
tennos de regras de produção condicionais [Genaro, 1987].No
inícioda
década de1960
começaram
os primeiros trabalhos nos sistemasque
hoje são
chamados de
especialistas. Inicialmente pretendia-se construirmáquinas
inteligentes
com
grande poder de raciocínio e solução de problemas. Imaginava-seque
apartir de
um
pequeno
conjunto denonnas ou
regras de raciocínio introduzidasnum
poderosocomputador
criariam-se sistemas de capacidade superior àhumana.
Não
tardou paraque
os pesquisadores observassem oengano
e verificassem as reaisdimensões
do
trabalho [Heínz1e,1995].
Em
1964 foi construído oDENDRAL,
por Joshua Lederbergda
Universidade deStanford
(EUA)
,um
programa do
tipo algorítmico que, a partirde
um
detenninado conjuntode
dadoscomo
massa
espectrográfica e ressonância magnética,deduz
a possível estruturade
um
detenninadocomposto
químico.Em
1965, Lederberg juntou-se aEdward Feigenbaum
eBruce
Buchanan,com
o intuito de construirum
programa que
usasse regras heurísticas pararesolver os
mesmos
problemasdo
DENDRAL.
Surge então a idéia fundamental dosCapítulo 3
~
Sistemas Especialista 28Em
1968, surgeno
MIT
-
Massachusetts Institute ofTechnology
-USA,
oMACSYMA,
destinado a auxiliar matemáticosna
resolução de problemas complexos.O
MACSYMA
éum
sistema ainda hojeamplamente
utilizadoem
Universidades e laboratóriosde pesquisa.
Posterionnente, já
na
década de 1970, surgiram importantes ecomplexos
sistemasespecialistas, dentre os quais destacam-se:
MYCIN,
CADUCEUS,
EXPERT,
SOPHIE,
EMYCIN
e oPROSPECTOR.
O
MYCIN,
desenvolvidona
Universidadede
Stanford,EUA
(1975), éum
sistemana
área
médica
para detectar e diagnosticar doenças infecciosas.Composto
poraproximadamente 400
regras, o objetivo principaldo
MYCIN
érecomendar
uma
terapiapara o paciente encontrando primeiro a causa
da doença
com
baseem
observações clínicasque
sao infonnadas pelo usuário e entao avaliadas utilizando a sua base intema deconhecimentos. ~
O
PROSPECTOR,
estruturado deforma
similar aoMYCIN,
éum
sistema para dar suporte a geólogosna
exploração mineral.A
década de1980
foimarcada
pelo grande crescimento de aplicações, inclusive,com
ampla
disponibilização de produtos comerciaisno mercado
de software. Este aceleradoprocesso de desenvolvimento de aplicações deve-se