JUPARETHAN
TRENTO
RIBEIRC
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS
E
LABoRAToRIAIS
DE
DIABÉTICQS
PORTADORES DE
MICRQALBUMINÚRIA
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.FLORIANÓPCLIS
-
SANTA CATARINA
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS E
LABORATORIAIS
DE
DIABÉTICOS
PORTADORES DE
MICROALBUMINÚRIA
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
z
Coordenador do Curso de Medicina: Prof. Dr.
EDSON
JOSÉ
CARDOSO
Orientador: Prof' . Dr”.YARA
S.MEDEIROS
FLORIANÓPOLIS
-
SANTA CATARINA
A
DEUS
que
ilumina e guiameus
caminhos.Aos
meus
pais,DEJAIR_
eNANCÍRIA,
que
com
muita dedicação,empenho
e carinhome
ajudaram na
caminhada da
minha
formação.Ao
meu
irmãoRAFAEL,
pelaamizade
e afeto que dedica àmim.
A
meus
AVÓS,
pela sua preocupaçãocom meu
bem
estar.À
Dra
YARA
SANTOS
MEDEIROS,
pelo seuexemplo
de profissional,sempre
dedicada ao aperfeiçoamento de seus conhecimentos e pela ajuda eorientação
na
realização deste trabalho.Ao
Sr.AMAURI
e a Sra.MARILU,
funcionáriosdo
HGCR/GAD,
pela sua atenção e auxíliocom
a pesquisa de dados. `Aos
amigos que
fiz
durante esses anos de faculdade,em
especial aos acadêmicos: Daniel Sandrini., IveraldoAmboni
Filho,Jeronimo
LuizRauber
I.
INTRODUÇÃO
... ..I 2.OBJETIVO
... ..7 3.MÉTODO
... ..S 4.RESULTADOS
... ..1o 5.DISCUSSÃO
... ..I5 ó.CONCLUSÕES
... ..I9 7.REFERÊNCIAS
... ..2oNORMAS
ADOTADAS
... ..24RESUMO
... ..25SUMMARY
... ..2ó T.O
diabetes mellitus é a causa isolada maisfieqüente
de insuficiência renalcrônica nos Estados
Unidos da América
ena
Europa. Isto se deve aos seguintes fatosem
relação ao diabetes, particularmenteo
tipo 2: a sua prevalênciavem
aumentando;
a sobrevida destes pacientes atualmente é maior; diabéticoscom
insuficiência renal crônica estão sendo mais aceitos nos
programas
de tratamentocom
diálise.1”2'3”4Cerca
de20
-30%
dos diabéticos, tipos lou
2,desenvolvem
evidências denefropatia,
mas
no
tipo 2, apenasuma
pequeno
número
desses progride parainsuficiência renal. Entretanto, devido a
maior
prevalênciado
diabetes mellitus tipo 2, eles constituem maisda metade
dos pacientes diabéticosque
sãoencaminhados
paraprogramas
de diálise.2Apesar
de alguns aspectos semelhantesda doença
renalno
diabetes tipo 1 e2, a história natural é
um
tanto diferente.No
momento
do
diagnósticodo
diabetes tipo 1
(DMI),
a função renal é normal. Entretanto, os valoresda
taxade filtração glomerular (TFG),
em
uma
significativa parcela dos pacientescom
DM1
(25-50%)
está aumentada, devido a hipertrofia glomerular. Esta hiperfiltração parece estar relacionadacom
a hiperglicemia, pois se normalizacom
o controle glicêmico rigorososAo
finalda
primeiradécada
de diagnósticodo
DMI,
grande parte dos pacientes apresenta alteraçõesna
estrutura glomerular, caracterizada porum
espessamentoda
membrana
basalcapilar e pela expansão
da
matriz mesangial. Tais alteraçõesantecedem
a nefropatia diabética.1”2”3°4'5O
diagnóstico inicial da nefropatia clínica, se dá peloachado
de quantidades anormais de albuminana
urina (>30-300mg/24 h ou
20-200
ug/min),que
só é identificada por
métodos
específicos e é referidacomo
microalbuminúria.1”2*3'4”5°6
Sem
intervenções específicas, cerca de80%
dosDMI
desenvolvem
microalbuminúria sustentadacom
aumento da
taxa de excreção dealbumina
urinária de 10 a20%
por ano, até o desenvolvimentoda
proteinúria (2300
mg/24 h ou
200
ug/min).2 Isso ocorreem
um
período de 1 a 5 anos após osurgimento
da
microalbuminúriaquando não
é feitonenhuma
intervenção terapêuticasAo
longodo
tempo, estes pacientestambém
desenvolvem
hipertensão arterial sistêmica.
Nesta
etapa, aTFG
começa
a declinar para valores abaixoda
faixa normal, enquanto os níveis séricos de creatininaaumentam.
O
declínioda
TFG
varia muito entre os diabéticos (2-20ml/min
por ano) e está diretamente relacionadocom
a terapêutica e grau de controleda
pressão arterial.2
O
tempo
médio
de evolução para insuficiência renal crônica, apartir
do
surgimentoda
protein1Zu°ia (macroproteinúria) é deaproximadamente
3-8 anos.5
Com
relação aos diabéticos tipo 2,um
número
significativo destes pacientesapresentam microalbuminúria
no
momento
do
diagnóstico.2”3*4 Isto porque adoença
está presente por muitos anos antesdo
diagnóstico ser feito.Sem
intervenções específicas, cerca de
20-40%
dosDM2
com
microalbuminúriaprogridem
para proteinúria. Entretanto, é estimadoque
após20
anosdo
inícioda
nefropatia,somente
20%
irá progredir para insuficiência renal crônica.2Todavia, a microalbuminúria
no
DM2
também
atuacomo
marcador
para predisposição dedoença
cardiovascular generalizada.Devido
a este alto riscode desenvolvimento de
doença
cardiovascular, a sobrevida destes pacientes é significativamente diir1inuída.1°2°3'4°5Existe
um
aumento no
risco de desenvolvimento de nefropatiacom
evolução para insuficiência renal crônica, relacionadocom
os seguintes fatores:hipertensão arterial, controle glicêmico pobre,7°8'9'“°12 resistência insulínica,1°
tabagismo,8'“ dieta hiperprotéica, dislipidemia,“"2 idade avançada, sexo masculino, mulheres após a
menopausa
e naquelescom
história familiarde
doença
cardiovascular. Verifica-se, ainda,um
aumento
relacionadocom
o aspecto étnico-racial, encontradoem
afro-americanos, índios americanos eem
l1ispâr1icos.l°2°3°4'5
O
screening para microalbuminúriaem
indivíduoscom
DM1
deve feitoapós cinco anos
do
diagnósticoou
na
idade puberal, pois raramente ocorreno
DMI
recém
diagnosticadoou
antesda
puberdade.Quanto
ao diabetes tipo 2,devido à dificuldade
em
precisar seu início,o
screening deve ser realizadono
momento
do
diagnóstico.2”4Após
o screening inicial,na
ausência demicroalbuminúria,
o
teste para detecçãoda
mesma
deve ser realizado anualmenteem
ambos
os tipos de diabetes.A
pesquisa de microalbuminúriapode
ser feita através de trêsmétodos
de coleta.Pode
ser realizada através da:medida da
relação albumina-creatinina”em
amostrarandomizada
ou
atravésda
coleta de urina de24
h, permitindosimultaneamente a
medida do
clearance de creatinina e ainda através de coletaprogramada
(4h ou
noturna).2Os
valores de referência destas três modalidades descritas anteriormente são mostradosna
tabelaI.Tabela I -
Defmição
das anormalidadesna
excreção dealbumina
urinária. Coleta de 24 h Coleta Programada Coleta Randomizada(mg/24h) (ug/min) (ug/mg creatinina)
Normal
<
30<
20<
30Microalbuminúria 30-300 20-200 30-300 Macroalbuminúria
>
300>
200>
300Fonte: American Diabetes Association: Standards Of Medical Care For Patients With Diabetes Mellitus
(Position Statement). Diabetes Care 23 (Suppl. 1): S69-S71, 2000.
Ensaios específicos são utilizados para a detecção
da
microalburninúria, pois aqueles disponíveis para pesquisa de proteína urinárianão
são suficientementesensíveis.
Devido
a grande variabilidade diáriada
excreção de albumina, épreconizado
que
o diagnóstico seja baseado nos resultados de dois a trêsexames, realizados a intervalos de 3 - 6 meses.2
É
ainda importante paraque
nefropatia seja
confirmada,
afastar certas condiçõescomo:
hiperglicemia grave, exercício intenso, infecçõesdo
trato urinário, hipertensão arterial refiatária,insuficiência cardíaca e/ou
doença
febrilaguda que
podem
causarum
aumento
transitórioda
excreção de albLunina.2*l3As
complicações microvasculares e macrovasculares são mais prevalentes nos diabéticoscom
nefropatia, sendo necessáriouma
avaliação mais agressiva dasmesmas.
Avaliação oftalmológicabem
como
teste ergométrico eou
cintilografia miocárdica
devem
ser realizados,uma
vezque
tais pacientespodem
sercompletamente
assintomáticos.Nos
portadores de nefropatia,pode
ocorrer
descompensação
renalaguda
após uso de contraste, sendo necessáriocertas
medidas
de precaução antesdo
mesmo.4°5Em
associação,podem
ocorrer complicaçõescomo
polineuropatia, bexiga neurogênica, disftmção erétil,pé
diabético,
doença
cardiovascular e nefropatia isquêmica por estenoseou
Além
disso, diabéticoscom
proteinúria e níveis elevados de creatininadevem
ser submetidos auma
completa avaliação, para exclusão de outrascausas de
doença
renalnão
diabética.l Estima-se que20%
dos pacientescom
DM2
e quetem
insuficiência renal crônica apresentam nefropatia deorigem não
diabética. Portanto, a história clínica e
o
exame
ñsicodevem
sercuidadosamente realizados, tendo-se atenção para
medicações
em
uso,principalmente anti-inflamatórios
não
esteroidais e analgésicos, exposição a agentes tóxicosou
meios
de contraste, rash cutâneo, artrite, febre, doençashereditárias e envolvimento de outros órgãos e sistemas.”
A
nefropatiadiabética
que
cursacom
macroalbuminúriaou
proteinúria ocorresempre
associada à retinopatia.4
Um
exame
de urinacom
um
grandenúmero
de hemáciasou
cilindros hemáticos é sugestivo de glomerulonefrite; leucocitúria ebacteriúria
implicam
em
infecçãodo
trato urinário e a presença de célulastubulares indicam etiologia túbulo-intersticial. Outros
exames
como:
complemento
sérico, anticorpos anti-nuclear e/ouanti-membrana
basal, crioglobulinas,exames
radiológicosou
de ultra-somajudam
a excluirou
confirmar
o
diagnóstico.Se
apósuma
adequada
avaliação, a causada
falência renal ainda estiver indefinida, a biópsia renalpode
ser considerada.l'4'5A
hipertensão éo
fatormais
importantena
aceleraçãoda
perdada
funçãorenal.1'2”3”4'5
O
tratamentoda
hipertensãono
estágio de microalbuminúriapode
impedir a progressão
da doença
renal.4'“'15°16 Entretanto, o tratamentocom
medicação
anti-hipertensivano
estágio de proteinúria clínica(>300
mg/24
h),somente
contribui para diminuir a velocidadeda
deteriorização renal.4A
pressão arterial a ser atingida é de 120-l30/80-85 mmHg.1'2'3'4
Nos
indivíduoscom
micro
ou
macroproteinúria, os inibidoresda
enzima
de conversãoda
angiotensina(ECA)
são as drogas de escolhano
tratamentoda
doença
renal diabética,mesmo
em
pacientesonde
a pressão arterial é normal.Estudos
demonstraram que
os inibidoresda
ECA
podem
reduziro
m'vel dealbuminúria e a progressão
da doença
renal.14'15 '16Outras
medidas
terapêuticas,além da
terapia anti-hipertensiva,devem
seradotadas
no
tratamentodo
paciente renal diabético. Estudosmostram
que
um
controle glicêmico efetivo reduz significativamente
o
risco de desenvolvimentoe progressão
da
albuminúria,não
importandoo
tipo de agente utilizado para ocontrole.7”8”17
A
restriçãoda
quantidade de proteínada
dietatambém
reduz ahiperfiltração e a pressão intraglomerular, retardando a progressão
da doença
renal.
A
recomendação
atual é restringir a ingestão de proteínas para 0,8g.kg'l.dia`1
em
pacientescom
nefropatia. Entretanto, é sugeridoque
uma
veziniciado
o
declínioda
TFG,
a restrição seja de 0.6g.Kg`1.dia`l.1*2'3*4°18O
tabagismo
também
éum
ponto a sercombatido na
terapêutica, pois está2.
OBJETIVOS
Analisar as características clínicas e laboratoriais de pacientes diabéticos
portadores de microalburninúria, levando-se
em
consideração os seguintesobjetivos intermediários:
1. Determinar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e outras complicações micro e macrovasculares.
2. Listar os tipos de
medicamentos
utilizadosno
tratamentoda
hipertensãoarterial sistêmica,
bem
como
do
diabetes.3. Correlacionar os valores
da
microalbuminúriacom
osda
pressão arterial diastólica.'
4. Analisar
o
grau de controle metabólico nestes pacientes de acordocom
os valoresda hemoglobina
glicosilada Ale (HbA1c).3.
MÉToDo
Casuística
Foi realizado
um
estudo retrospectivodo
tipo clínico e descritivo.Onze
prontuários de pacientes diabéticos, portadores de microalbtuninúria, atendidos
no
ambulatório de Endocrinologiado
HospitalGovernador
CelsoRamos
(HGCR)
eem
uma
clínica particular de Florianópolisforam
analizados.Metodologia
AV
Para coleta dos dados, foi previamente confeccionado
um
questionárioonde
foram
registradas as variáveiscomo
idade, sexo, raça,tempo
conhecido de diabetes e de nefropatia diabética, presença de complicações micro emacrovasculares e medicações utilizadas pelos pacientes.
Os
valoresda
pressãoarterial, microalbuminúria, creatinina,
hemoglobina
glicosilada Ale, perfillipídico (colesterol, triglicerídeos, lipoproteína (a))
foram
também
coletados.O
diagnósticoda
microalbuminúria foi feitoem
amostra de urina de vintequatro horas, pelo
método
de turbidimetria, sendoque
os valorescompreendidos
entre 30-300mg/24 h
foram
considerados diagnósticos.A
hemoglobina
glicosilada AIC foi dosadano
sangue total porcromatografia
líquida de alta precisão (valores de referência: 3
-
4,64%). Colesterol etriglicerídeos
foram
determinados pormétodo
enzimático colorimétrico (valoresde referência: inferior a
200
mg/dl) e lipoproteína (a) por nefelometria (valoresde referência: inferior a
30
mg/dl).Os
valoresda
lipoproteína de alta densidade(HDL-CL),
foram
medidos
pormétodo
enzimático-polietilenoglicol, sendoque
partir das concentrações de colesterol e triglicerídeos séricos
como
proposto por Friedewald. 19A
presença de insuficiência vascular periférica eou
alteraçãona
sensibilidade dos pés, avaliadas peloexame
clínico dos pulsos arteriais dosmembros
inferiores e pelo testedo monofilamento, foram
utilizados para classificarpé
de risco.A
função renal foi avaliada indiretamente atravésda
creatinina sérica(método
de picrato alcalino, valores de referência: 0,4-1,4mg/dl).
Os
valores de pressão arterial(rmn
Hg)
foram
obtidoscom
auxílio deesfigmomanômetro
comum.
O
diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica foi feito de acordocom
o
IIIConsenso
Brasileiro de Hipertensão Arterial 1998.20O
paciente foi classificado
como
portador de dislipidemiaquando
havia registrode
dosagem
deHDL-CL
inferior a 35 mg/dl e/ou valores de colesterol,triglicerídeos e
LDL-CL
acima
dos valores de referência.O
diagnóstico deretinopatia foi obtido a partir
do
relatóriodo
oftalmologista. .-Análise Estatística
Os
dados
obtidosforam
transferidos para arquivodo programa
Epi Info®,versão 6.04b.
Quando
adequados, os resultados são apresentadoscomo
média 1
erro padrão
da
média. Teste estatístico de análise de regressão foi feitocom
auxílio
do
software Prism®. .Os
valores dep
inferiores a 0,05foram
considerados estatisticamente significativos.
Os
gráficosforam
confeccionados4.
RESULTADOS
Foram
identificados 11 prontuários de diabéticos (7 mulheres e4
homens),idade
média
de 52,7 (amplitude: 23 a 75) anos, portadoresde
microalbuminúria.
Na
amostra estudada,o
tempo médio
conhecidodo
diabetesmellitus foi de 12, 8
Í
3 anos, enquantoque
para a nefropatia foi de 1,8Í
0,4 anos.A
maioria dos pacientes(73%)
eram
portadores de diabetes tipo 2, sendoque a raça branca
predominou
em
91%.
Todos, exceto2
pacientes, referiamhistória familiar positiva para diabetes.
A
tabela II mostraalgumas
das principais características clínicas destes pacientes.Os
diabéticos hipertensos cerca de(73%) estavam
sendo tratadoscom
diversos tipos de medicamentos, sendo os maiscomuns
os inibidoresda
ECA
e os diuréticos (figura 1).Terapia
com
laser devido retinopatia foi relatada por 3 (27,3%) dos pacientes estudados.Por
sua vez, evidência de complicaçãodo
tipomacrovascular,
além da
HAS,
tipo insuficiência arterial demembros
inferioresfoi observada
em
4
(36,4%),embora 54,5%
tinham pé
de risco.Cerca
de 7(63,6%)
tinham
realizado teste ergométrico para avaliardoença
miocárdica isquêmica,havendo
suspeita desta complicaçãoem
apenasum
(14,3%).Os
valores individuaisda
pressão arterial diastólica eda
microalbuminúria são mostradosna
figura
2.Os
valoresmedianos da
microalbuminúria,medidos
em
amostra de urina de24
h,foram
154 (amplitude:50
a 292) mg/dl, sendo quea função renal avaliada indiretamente pela creatinina sérica nestes pacientes estava dentro dos limites
da
normalidade (0,8Í
0,08 mg/dl).Tabela
II-
Características clínicasdos
pacientesestudados
Sexo Idade
HAS
Dislipidemia Pé de risco (anos) 1 F 45 S SN
2 F 66 S S S 3M
51N
N
N
4 F 40N
S S 5M
75 SN
S 6 F 57 SN
S 7M
51N
N
N
8M
23 S SN
9 F 44 SN
S 10 F 68 S S S 1 1 F 60 S SN
Fonte: Pacientes do HGCR/clínica particular;
F= Feminino;
M=
Masculino; S= Sim; N= NãoI INIBIDOR DA ECA Í I BETA-BLoQuEADoR 43% I D|uRÉT|co IANTAGONISTA DO RECEPTOR AT2
36% IANTAGONISTA ADRENÊRGlCO DE AÇÃO CENTRAL
Figura l - Medicamentos anti-hipertensivos utilizados pelos pacientes no diagnóstico da nefropatia.
ECA
-Todavia, a análise estatística tanto de regressão linear (figura 3)
como
decorrelação (paramétrica e não-paramétrica) para os respectivos valores da pressão arterial diastólica
com
os da microalbuminúrianão foram
significativos (p>
0,05). . 14-í-
__A¡-
-aoo^
''
-250_
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l15o - -l-I-l 3-IIIII
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PREssÃo ART ER ALD
AsTóucA(mm Hg) -LN3
8
O G (u vz/fiw)V
unN|Nna'Ivouo|Nví*--4)
Figura 2 - Valores individuais da pressão arterial diastólica e da microalbuminúria. Cada símbolo representa o
valor individual de cada paciente. As linhas sólidas horizontais dentro de cada coluna representam os respectivos valores medianos.
Neste grupo, as concentrações
medianas da hemoglobina
glicosilada Aicforam
de 7,5 (amplitude: 6,0 a 10,3)%.Em
relação ao tratamentodo
diabetes mellitus, a associaçãomedicamentosa
foi a terapia mais utilizada sendo
que
as drogas mais fieqüentesforam
a3m'
.1 _ ..-' _ /_. 2w
_ iiiiiii ___¢'M
cRoALBu|v||NúR|A (mg/24 n) .-' _ ._ "\. .-” _.- zoo- "'* ---" 150; ' ' -mí
- ' --- -i '''''' “¡~\-__
so-Í
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_ _ ` ~."` 0¬ I I I I I 1 I I I 1 '>¬ I I 1 a 9 1o 11 12 13 14PREssÃo
ARTERIAL
D|AsTÓucA
(mmHg)
Figura 3 - Correlação entre os valores da pressão arterial diastólica e os da microalbuminúria. Cada simbolo
representa os respectivos valores obtidos para cada paciente.
A
linha sólida é a reta obtida a partir da análise deregressão e as linhas tracejadas correspondem aos valores do limite de confiança (95%) obtidos.
O
retângulo pontilhado representa os valores de referência para a microalbuminúria (até 30 mg/24 h).8% I Metformin 28% I Insulina 18% I Sulfonilureia + Insulina I Metformin + Insulina 9% 18% I Metformin + Sulfoniluréia I Metformin + Sulfoniluréia+ Insulina
500
IA o400-
oo
vALoREs (mg/a|)soo-
'I
zoo
'.
.:.°
3°
100-
° O°`
cL
TG
200-
_B
150-
_›
A
vALoREs (mg/cu)1oo-
*il
'
A
_ IA
1
V
I.
-'
o-
z'
HDL
LDL
np (a)Figura 5 - Valores sérico dos lipídios nos pacientes estudados. Cada símbolo representa o valor obtido em cada
paciente. As colunas pontilhadas indicam os valores de referência. CL - Colesterol;
TG
- Triglicerídeos; lp(a)-Lipoproteína (a)
Conforme
mostrado
anteriormente (tabela II) ena
figura
5, cerca de55%
dospacientes
eram
portadores de dislipidemia.Além
deste diagnóstico, cerca de60%
dos pacientes da amostra analizadatambém
apresentavam valores elevados de lipoproteína (a), (figura 5).5.
DISCUSSÃO
No
presente trabalho, cerca de73%
dos diabéticos portadores de microalbuminúria apresentavam concomitantemente hipertensão arterialsistêmica
que
em
associaçãocom
a hiperglicemia e outras complicações(dislipidemia,
pé
de risco, retinopatia) contribuem para o desenvolvimento dedoença
aterosclerótica generalizada. Neste contexto,Valmadrid
et al, (2000)demonstraram
recentementeque
em
pacientes portadores deDM2
o
risco relativo(RR)
para mortalidade pordoença
cardiovascular (isquemia, acidente vascular cerebral, entre outros), foi de 1,84 e 2,61em
associaçãocom
microalbuminúria e proteinúria, respectivamente,em
comparação
com
diabéticos
da
mesma
idadesem
doença
microvascular. 2lVárias hipóteses
tem
sido aventadas para explicar a relaçãoda
microalbuminúria
com
morbidade
e mortalidade cardiovascularesaumentadas
em
portadores deDM2.
Mattock
et al, (1998) sugeriramque
tanto amicroalbuminúria
como
a rniocardiopatia isquêmicapoderiam
compartilharfatores etiopatogênicos
em
comuns.”
A
hipótesemais
plausível seriaque
a microalbuminúria seriaum
marcador
de disfunção endotelialou
de vasculopatia generalizada, favorecendoo
desenvolvimentoda doença
aterosclerótica. Neste sentido, foi descritoque
portadores de microalbuminúria apresentam atividadefiibinolítica sangüínea alterada,
além
de concentrações séricas elevadasdo
fatorde
Von
Willebrand.23*24Além
disso, é reconhecidoque
a hipertensão arterial sistêmica éo
fatormais
importante
na
aceleraçãoda
perdada
função renal, estandotambém
associada aa hipertensão arterial sistêmica
também
esta geralmente relacionadacom
a idade avançada, excesso de peso, dislipidemia e resistência insulínica.3O
fatode três pacientes
no
nosso trabalho apresentarem pressão arterialnormal
durante avaliação médica,não
exclui a possibilidade deserem
portadores de hipertensãoarterial sistêmica.
É
reconhecidoque
em
diabéticos portadores de microalbuminúria,o
perfildo
ritmo circadianoda
pressão arterial,particularmente os valores noturnos, estão alterados.l*7'8 Deste
modo,
tanto apresença de hipertensão arterial sistêmica
ou
de perfil alteradoda
pressãoarterial, avaliado pela monitorização de
24
h,além
de estaremsignificativamente correlacionados
com
a presença de microalbuminúria são marcadores dedoença
cardiovascular.O
nível pressórico preconizado nos portadores de microalbuminúria é de 130/85mm
Hg
e de 125/75mm
Hg
em
pacientescom
proteinúria superior lgem
24
horas .2”2°Cuidados
especiais sãorecomendados
com
pacientes idosos quepodem
terdoença
cerebrovascular ecardiovascular de base.4
O
fato denão
ter sido encontrado correlação paramétrica enão
paramétricaentre os valores individuais
da
pressão arterial diastólica e osda
microalbuminúria
não
descarta a dependência entre estes fatoresbem
demonstrada
em
vários estudos epidemiológicos,l”7°8uma
vezque
nenhum
dos pacientestinham
feito monitorizaçãoda
pressão durante24
h, considerado o teste padrão-
ouro.1Os
diferentes trabalhos realizadoscom
medicamentos do
tipo inibidorda
ECA
têm
demostrado
um
melhor
prognóstico nestes pacientes, pois estesimpedem
a progressão para proteinúria clínica,14°15 protegendo a deteriorizaçãoda
ftmção renal, tantoem
pacientes hipertensoscomo
normotensos.l4Além dissoos inibidores
da
ECA
não
interferemno metabolismo
glicêmico, sendo sugerido quemelhoram
a resistência a insulina, diferente dos diuréticos ebeta-bloqueadores.2° Acredita-se
que
os bloqueadoresdo
receptor de angiotensina IIpossuam
também
ação reno-protetora semelhante ado
inibidorda
ECA,
sendouma
alternativana
impossibilidadeda
utilização deste,mas
estudos comparativos ainda estãoem
andamento.lNo
nosso estudo, a associação de doisou
maismedicamentos
parao
tratamentoda
hipertensão foi a terapiamais
utilizada, sendo
o
inibidorda
ECA
a droga maisempregada
(75%), seguida dosdiuréticos (62,5%).
Com
relação ao controle glicêmico, as concentraçõesmedianas da HbA1c
nesse trabalho
foram
de 7,5%, sugerindoque
os pacientesnão
seencontravam
adequadamente compensados do
ponto de vista metabólico.Segundo
aAmerican
Diabetes Association, é preconizadoque o
controle glicêmico nos pacientescom
microalbuminúria seja mantido através de níveis de HbA1c<
7,0-
7,5%?
A
terapia mais utilizadano
tratamentodo
diabetes mellitus foi ametformin
(64%)
sulfoniluréia (55%), e a insulina (54%).Levando-se
em
conta que os estudos epidemiológicos(DCCT,
(l993);Kumamoto
Trial, (1996) eUKPDS,
(1998))demonstraram que
o tratamento intensivo tantodo
DMI
como
do
DM2
está associado
com
redução das complicações microvasculares (retinopatia enefropatia),
um
melhor
controle glicêmico destes pacientes deve serum
dosobjetivos principais
do
tratamento,17°25*26além da medicação
anti-hipertensivazoe prescrição
da
aspirina.” Outro fator indicativodo
mau
controle metabólicodestes pacientes são os achados
que o
tempo
decorrido entre o diagnósticodo
DM
com
a presença de microalbuminúriaforam
deaproximadamente
13 anos.Sendo que
a maioria dos pacienteseram
portadores deDM2,
onde
é dificilprecisar
adequadamente
a datado
diagnóstico,1'2 tornando-se estauma
evidência adicional de
mau
controle metabólico destes pacientes, favorecendo o desenvolvimentoda
nefiopatia.Outro foco
do
tratamento deste grupo de diabéticos visa a normalizaçãodo
lipídios séricos. Neste
grupo,
a prevalência de dislipidemia foi de55%,
utilizando-se os critérios diagnósticos de prevenção primária de
doença
cardiovascular.”
No
entanto,embora
ainda haja controvérsias, alguns autoresadvogam
que
nestes pacientes os valores ideaisdo
LDL-CL
sejam inferiores a 100 mg/dl.28Neste
estudo,em
apenas dois pacientes foi observado valores deLDL-CL
inferiores a 100 mg/dl.Levando-se
em
consideraçãoque
a maioria destes pacientes apresentavamtambém
valores elevados de Lp(a),um
marcador
de
doença
ateroscleróticacomo
trombogênica,28 Lun tratamento mais agressivoda
dislipidemia está indicadono
follow-up destes pacientes.Os
resultados deste trabalho indicamque
os diabéticos portadores de microalbuminúria são de risco para todas as formas dedoença
vascular(cardíaca, cerebral, coronariana), independente de outros fatores associados.
Neste
sentido, acompreensão
pelomédico
e pacienteque o
diabetes éuma
doença
de caráter crônico e progressivo,o
qualpode
cursarcom
altos índices de6.
coNcLUsõEs
Na
amostra estudada, as concentraçõesmedidas
de microalbmninúriaforam
de 154
mg/24
h.Neste grupo, as complicações associadas por
ordem
decrescente foram: hipertensão arterial sistêmica(HAS)
(73%), dislipidemia (55%),pé
de risco(55%), insuficiência arterial periférica (36,4%), retinopatia (27,3%) e
doença
miocárdica isquêrnica (l4,3%).
O
controle glicêmico avaliado pelas concentraçõesmedianas
da HbA¡c
foi7,5%,
demonstrando que
os pacientes seencontravam descompensados do
ponto de vista metabólico.
As
terapias mais utilizadano
tratamentodo
diabetes mellitusforam
ametformin
(64%)
sulfoniluréia (55%), e a insulina (54%), sendoque o
inibidor
da enzima
conversora de angiotensina e os diuréticosforam
asdrogas mais utilizadas
no
tratamentoda
HAS.
As
concentrações individuaisda
microalbuminúrianão
se correlacionaram significativamentecom
os respectivos valorestomados
aleatoriamenteda
pressão arterial diastólica.
O
conjunto destes resultados indicamque
os diabéticos portadores de microalbuminúria são de risco para todas as formas dedoença
vascular7.
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1999; 43(4):287-305.NORMAS
ADOTADAS
Nonnatização
para os trabalhos de conclusãodo Curso
deGraduação
deMedicina
-
resolução n° 001/99do
Colegiadodo Curso
deGraduação
em
Medicina da
Universidade Federal de Santa Catarina; 2” edição-
Florianópolis,RESUMO
Em
diabéticos,o
diagnóstico de microalbuminL'1ria étambém
consideradoum
marcador
dedoença
cardiovascular.O
objetivo deste estudo foi analisar as características clínicas e laboratoriais de onze diabéticos portadores de microalbuminúria, sendo realizadoum
estudo clínico e descritivo.Os
prontuários
foram
obtidosdo
serviço de Endocrinologiado
HospitalGovernador
CelsoRamos
e deuma
clínica particular de Florianópolis (Brasil).Os
valoresmedianos da
microalbuminúriaforam
de 154mg/24
h. Neste grupo,as complicações associadas por
ordem
decrescente foram: hipertensão arterialsistêmica
(HAS)
(73%), dislipidemia (55%),pé
de risco (55%), insuficiênciaarterial periférica (36,4%), retinopatia (27,3%) e
doença
miocárdica isquêmica (l4,3%).Os
valoresmedianos da
hemoglobina
glicosiladaAlc
(7,5%) indicamque o
controle metabólico destes pacientesnão
estava adequado.No
diagnóstico, as terapias mais utilizadas para
o
tratamentoda
HAS
eram
o
inibidor
da
enzima
conversora de angiotensina eo
diurético.A
metformin
(64%)
sulfoniluréia (55%), e a insulina(54%)
foram
osmedicamentos
maisutilizados.
As
concentrações individuaisda
microalbuminúrianão
secorrelacionaram significativamente
com
os respectivos valorestomados
aleatoriamente
da
pressão arterial diastólica. Estes resultados indicamque
osdiabéticos portadores de microalbuminúria são de risco para todas as formas de
doença
vascular (cardíaca, cerebral, coronariana), independente de outrosSUMMARY
It is well
known
that microalbuminuria is amarker of
cardiovasculardisease in diabetic patients.
The aim
of
this study (Was to analyse the clinicaland
biochemical features of eleven diabetic patients
who
presented microalbuminuriafrom
the Endocrinology Serviceof Governador
CelsoRamos
Hospitaland
from
a private clinic in Florianopolis (Brazil).The median
valuesof
microalbuminuriawere
154mg/24
h.The
prevalenceof
themost
common
complications
were
systemic arterial hypertension (73%), dyslipidemia (55%),risk
of
diabetic foot (55%), peripheral arterial insufficiency (36,4%), retinopathy (27,3%)and
ischemic myocardial disease (14,3%).The
degreeof
metabolic control, assessed
by
themedian
valuesof
glycatedhaemoglobin
Alc
(7,5%),was
not considered adequate.At
the timeof
rnicroalbuminuriadiagnosis, hypertensive patients
were
mainly treated with both angiotensin-1 convertingenzyme
inhibitorsand
diuretics. In addition, sulfonylureas (55%),metformin
(46%)
and
insulin(36%)
were
themain
therapeutic approach inthese patients.
No
statistical correlationwas
foundbetween
individualmicroalbuminuria values
and
random
arterial diastolic values. In agreement with other studies in the literature, these results indicate that these diabetic patients with microalbuminuria present additional risk to cardiovascular disease,0462 Ex.l