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Perfil acadêmico e auxílios financeiros na UFFS: povos indígenas

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Academic year: 2021

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS

Avenida Fernando Machado, 108-E, Centro, Chapecó-SC, CEP 89802-112, 49 2049-3700 proae@uffs.edu.br, www.uffs.edu.br

Perfil acadêmico e auxílios financeiros na UFFS:

povos indígenas

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS

Avenida Fernando Machado, 108-E, Centro, Chapecó-SC, CEP 89802-112, 49 2049-3700 proae@uffs.edu.br, www.uffs.edu.br

CORPO DIRIGENTE REITOR – Marcelo Recktenvald VICE-REITOR – Gismael Francisco Perin

PRÓ-REITORES

Everton Miguel da Silva Loreto – Pró-Reitor de Planejamento – PROPLAN Edson da Silva – Secretário Especial de Laboratórios – SELAB

Ronaldo Antonio Breda– Secretário Especial de Tecnologia e Informação – SETI Rubens Fey – Pró-Reitor de Assuntos Estudantis – PROAE

Claunir Pavan – Pró-Reitor de Gestão de Pessoas – PROGESP Patricia Romagnolli – Pró-Reitora de Extensão e Cultura – PROEC

Jeferson Saccol Ferreira – Pró-Reitor de Graduação – PROGRAD

Clevison Luiz Giacobbo – Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação – PROPEPG

Rosangela Frassão Bonfanti – Pró-Reitor de Administração e Infraestrutura – PROAD Fabio Correa Gasparetto – Secretário Especial de Obras – SEO

CAMPI

Martinho Machado Junior – Diretor do Campus Laranjeiras do Sul – PR Bruno Munchen Wenzel – Diretor do Campus Cerro Largo – RS Luiz Fernando Correa da Silva – Diretor do Campus Erechim – RS

Marcos Antonio Beal – Diretor do Campus Realeza – PR Roberto Mauro Dallagnol – Diretor do Campus Chapecó – SC

Júlio César Stobbe – Diretor do Campus Passo Fundo – RS

EQUIPE TÉCNICA DE ELABORAÇÃO

Rubens Fey – Pró-reitor de Assuntos Estudantis

Dulce Maria Di Mare– Diretor de Gestão de Políticas de Permanência Marcel Eduard Armani – Chefe do Departamento de Orçamento e Auxílios

Bruna Roniza Mussio – Departamento de Nutrição e Alimentação Vanessa Ferreira do Lago –Departamento Assuntos Estudantis

Josiane Weber – Divisão Indígena Josiane Luisa Brand – Servidora PROAE

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Sumário - lista de tabelas e figuras

1. Perfil Acadêmico ...4 Tabela 1. Cursos escolhidos pela população autodeclarada indígena, considerando a última matrícula realizada na UFFS, para ingressantes entre 2013 -2020. Dados de 01/06/2021 ...4 Tabela 2. Estudantes indígenas com matrícula ativa + trancada nos campi da UFFS,

considerando a última matrícula realizada. Dados de 01/06/2021 ...5 Tabela 3. Ingressantes – nº e Retenção (%)1 de carga horária cursada pelos estudantes

indígenas na UFFS, em diferentes modalidades de ingresso nos cursos, considerando a última matrícula realizada, entre 2013 e 2020 ...6 Tabela 4. Evasão dos estudantes autodeclarados indígenas, considerando a última matrícula realizada na UFFS, em todas as modalidades de ingresso entre 2013 -2015 ...7 2. Auxílios financeiros aos estudantes indígenas ...8

Tabela 5. Recursos financeiros, valor nominal em reais (R$), distribuídos aos estudantes indígenas da UFFS na forma de auxílio estudantil do PBP (programa bolsa

permanência/FNDE/MEC) e PIN (Auxílio Permanências aos povos indígenas da UFFS) entre 2013 e 2020 ...8 Figura 1. Número médio mensal de beneficiários do PBP – Programa Bolsa Permanência – FNDE. ...9 Figura 2. Número médio mensal de beneficiários indígenas - Auxílio Permanências aos povos indígenas da UFFS – PIN. 2021/Junho – é uma previsão. ...10 Figura 3. Incremento anual nos auxílios aos Povos indígenas na UFFS – PIN ...10 Figura 4. Orçamento da Assistência Estudantil da UFFS entre 2018 – 2021. ...11 Figura 5. Valor médio por beneficiário dos editais internos da UFFS de auxílio

socioeconômicos (estudantes não indígenas) e dos editais relacionados ao PIN (estudantes indígenas). ...12 Figura 6. Participação dos recursos da Assistência Estudantil frente ao recurso total de custeio das IFES do sul do Brasil na LOA 2021. ...12 3. Considerações finais ...13 Referencias Consultadas ...13

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1. Perfil Acadêmico

Os estudantes indígenas matricularam-se em 25 cursos de graduação na UFFS entre 2013 e 2020 (Tabela 1). Nesse período, 712 indígenas ingressaram na UFFS.

Tabela 1. Cursos escolhidos pela população autodeclarada indígena, considerando a última matrícula realizada na UFFS, para ingressantes entre 2013 -2020. Dados de 01/06/2021 Nome curso Número de indígenas ADMINISTRAÇÃO 27 AGRONOMIA 33 ARQUITETURA E URBANISMO 4 CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO 24 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 3 CIÊNCIAS ECONÔMICAS 5 CIÊNCIAS SOCIAIS 23 ENFERMAGEM 9

ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 16

ENGENHARIA DE ALIMENTOS 2 ENGENHARIA DE AQUICULTURA 1 FILOSOFIA 18 FÍSICA 5 GEOGRAFIA 25 HISTÓRIA 28

INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO DO CAMPO: CIÊNCIAS DA

NATUREZA 251

INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO DO CAMPO: CIÊNCIAS

NATURAIS, MATEMÁTICA E CIÊNCIAS AGRÁRIAS 4

INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO DO CAMPO: CIÊNCIAS

SOCIAIS E HUMANAS 124

LETRAS - PORTUGUÊS E ESPANHOL 22

MATEMÁTICA 15 MEDICINA 13 MEDICINA VETERINÁRIA 3 NUTRIÇÃO 4 PEDAGOGIA 50 QUÍMICA 3 Total geral 712

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Os dois cursos mais procurados por essa etnia, são cursos de licenciatura – Interdisciplinar em educação do campo: Ciências da Natureza e Interdisciplinar em Educação do Campo – Ciências Sociais e Humanas. Ambos os cursos, além da similaridade de serem voltas a educação do campo, são cursos integrais em regime de alternância. Estas características, possivelmente, causem maior atratividade aos povos indígenas, em comparação aos demais cursos ofertados.

Dos 712 estudantes que acessaram a UFFS entre 2013 e 2020, permanecem com matrícula ativa, ou trancada, 376 estudantes (Tabela 2). Todos os campi da UFFS possuem estudantes autodeclarados indígenas. Os campi com mais demanda de indígenas são de Erechim, Chapecó e Laranjeiras do Sul. Erechim e Laranjeiras do Sul são os campi que ofertam os cursos mais procurados pelos indígenas (Tabela 1) e o campus de Chapecó é o campus que possui a maior oferta de cursos. O Campus de Passo Fundo, possui apenas a oferta de um curso, medicina, e possui 7 estudantes indígenas ativos.

Tabela 2. Estudantes indígenas com matrícula ativa + trancada nos campi da UFFS, considerando a última matrícula realizada. Dados de 01/06/2021

Ano de Ingresso Cerro Largo Chapecó Erechim Laranjeiras do Sul Passo Fundo Realeza Total geral

2013 1 4 5 2014 1 7 1 9 2015 1 28 9 38 2016 1 3 19 3 1 27 2017 1 9 18 10 2 2 42 2018 2 23 21 17 1 1 65 2019 32 45 23 2 2 104 2020 1 49 26 7 2 1 86 Total geral 6 118 164 74 7 7 376

A UFFS, possui várias formas de acesso aos seus cursos, sendo o ENEM e o Processo Seletivo Especial, os principais (Tabela 3). Os indígenas possuem também uma política de acesso específica, através do processo seletivo exclusivo do programa de acesso e permanência dos povos indígenas – PIN. Esta possibilita que estudantes desta etnia acessem a vagas suplementares nos cursos, com exceção daqueles cursos que o Decreto 9.235/17 veda, como Medicina e Enfermagem.

Um dos grandes desafios da permanência dos estudantes, o que inclui os indígenas, é diminuir índice de reprovação nos componentes curriculares cursados. A taxa de reprovação está em 26 % aos estudantes ingressantes pelo ENEM e 42 %, para nos estudantes de ingressantes pelo Processo Seletivo Especial (Tabela 3). Estudantes que se movimentaram, interna (trocam de curso) ou externamente ou retornaram após um abandono, tendem a acumular maiores reprovações – 51% (Tabela 3).

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Tabela 3. Ingressantes – nº e Retenção (%)1 de carga horária cursada pelos estudantes indígenas na UFFS, em diferentes modalidades de ingresso nos cursos, considerando a última matrícula realizada, entre 2013 e 2020

Ano de Ingresso ENEM

PROCESSO SELETIVO ESPECIAL

DEMAIS FORMAS

DE INGRESSO2 Total ano 2013 5 (18%) 13 (26%) 1 (0%) 19 (23%) 2014 4 (30%) 29 (38%) 0 (0%) 33 (38%) 2015 6 (38%) 135 (40%) 3 (48%) 144 (40%) 2016 1 (50%) 108 (49%) 5 (45%) 114 (49%) 2017 8 (37%) 75 (39%) 6 (58%) 89 (40%) 2018 5 (16%) 91 (43%) 9 (46%) 105 (41%) 2019 8 (19%) 98 (46%) 16 (48%) 122 (43%) 2020 20 (30%) 46 (65%) 20 (67%) 86 (56%) Total por modo de

ingresso 57 (26%) 594 (42%) 60 (51%) 712 (41%) 1 – Calculada considerando: soma da carga horária Reprovada (R.nota, R.nota + frequência, R. frequência)/carga horária

cursada*100.

2 - Retorno de aluno Abandono, Retorno de Graduado, Transferência externa, transferência interna.

Fonte: SGA, UFFS, 2021.

Mesmo se considerarmos as melhores taxas de sucesso (menor taxa de retenção) pelo estudante ingressante pelo ENEM, até o final do curso, poderá fazer com que o estudante atrase, o equivalente a 2 semestres em cursos de 8 semestres de duração. Todavia, este índice passa de 40 % para os estudantes ingressantes indígenas no processo seletivo especial (Tabela 3). Nesse caso, o atraso poderá chegar a 4 semestres ou mais. Não há como precisar a quantidade de semestres em atraso apenas pela taxa de retenção de carga horária cursada, e sim, devendo se considerar a grade de pré-requisitos curriculares que o estudante estiver inserido, o que não é foco deste relatório.

Além do prejuízo da retenção curricular no atraso ao acesso do estudante ao mercado do trabalho, os beneficiários pelo PBP, tem seu benefício cortado, por ultrapassem 2 semestres do tempo mínimo de formação previsto em seu curso (PORTARIA Nº- 389/2013). Nestes casos, o estudante concorre a bolsas internas com valores menores ao recebido pelo PBP o que pode, em alguns casos, comprometer sua permanência.

É notório o aumento da retenção dos estudantes indígenas no ano de 2020. A pandemia do COVID-19, protagonizou uma série de debates no CONSUNI que após 5 meses decidiu pelo retorno das aulas no formato remoto. Essa decisão exigiu da Assistência Estudantil da UFFS a ação de providenciar acesso a computadores e internet aos estudantes que não o possuíam. Foi publicado o Edital 479/GR/UFFS/2020, que disponibilizou recursos no valor de R$ 1.800,00 a todos os estudantes vulneráveis que se declaram não ter acesso a computador.

Esta ação permitiu que 123 computadores fossem comprados pelos indígenas. Da mesma forma, foi disponibilizado acesso a internet, via chip de dados, de forma gratuita a todos desprovidos de internet e vulneráveis. Aqueles que não tinham acesso a rede de dados móveis, foi disponibilizado um benefício de R$ 60,00 para contratação de internet fixa. Contudo, mesmo com todo esse esforço institucional em atender aos povos

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indígenas, muitas limitações formam observadas ao longo dos semestres remotos, possivelmente auxiliarem a esses altos índices de retenção nos componentes curriculares cursados.

A dificuldade em obter aprovação nos componentes curriculares cursados, pode também ser um causador da evasão. Entre 2013 e 2020, 313 estudantes autodeclarados indígenas se evadiram (Tabela 4). O ano de ingresso que tem a maior evasão é dos ingressantes de 2016, com 76,32% (Tabela 4), sendo também o ano que teve a maior retenção (Tabela 3). Importa destacar, que calouros de 2016 vivenciaram o movimento “Ocupa”1, que alterou a rotina (Ocupou) por muitos dias escolas e universidades, o que incluiu a UFFS. Durante as ocupações, não houve aulas regulares. Durante o período do “Ocupa”, mesmo sem aulas regulares, não houve redução nos auxílios financeiros aos acadêmicos indígenas.

Em 2020, conforme tabela 4, nenhum estudante se evadiu. Todavia, importa dizer que não foram canceladas matrículas durante a pandemia, pelo motivo de não cursar créditos. Em função desta decisão administrativa, avaliar evasão pelo método do status da matrícula não se mostra adequado, necessitando um desdobramento desta análise, mas isso não foi foco deste relatório. Contudo, considerando que a evasão pode ter na retenção uma importante motivação, é de se esperar que muitos destes estudantes, ingressantes em 2020, podem, na prática, já ter evadido.

Desde 2013, 23 estudantes indígenas se graduaram (Tabela 4). Este baixo número de graduandos, pode ser fruto, principalmente, dos altos índices de retenção discutidos anteriormente.

Tabela 4. Evasão dos estudantes autodeclarados indígenas, considerando a última matrícula realizada na UFFS, em todas as modalidades de ingresso entre 2013 -2015

Ano de

Ingresso Ingressantes Concluintes

Matrícula ativa Matrícula Trancada Evadidos Evasão total (%) 2013 19 7 4 1 7 36,84 2014 33 4 9 20 60,61 2015 144 12 38 94 65,03 2016 114 27 87 76,32 2017 89 41 1 47 52,81 2018 105 64 1 40 38,10 2019 122 102 2 18 14,75 2020 86 86 0 0,00 Total 712 23 371 5 313 43,88

Fonte: SGA, UFFS,2021.

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2.

Auxílios financeiros aos estudantes indígenas

Durante o período de graduação, o estudante indígena tem a seu dispor, acesso a pelo menos 3 modalidades de auxílios financeiros, sendo dois deles exclusivos a sua etnia, o PBP (programa bolsa permanência – FNDE/MEC) e PIN (Auxílio Permanências aos povos indígenas da UFFS). O PBP paga o R$ 900,00 por mês e o PIN, a partir do Edital 358/GR/UFFS/2021 paga entre R$ 400,00 e R$ 690,00, a depender de alguns critérios.

Entre 2013 e 2020, foram pagos R$16.284.160,00, em benefícios financeiros aos estudantes indígenas da UFFS. Sendo, R$ 15.525.100,00 via PBP/ FNDE-MEC e R$ 759.060,00 via PIN/UFFS. Os auxílios do PBP são pagos diretamente ao estudante, sem passar pela contabilidade financeira da UFFS. Importa dizer que o PBP, em seu início, permitia que alguns estudantes de medicina, não indígenas, fossem beneficiários no valor de bolsa de R$ 400,00. Todavia, menos de 3% do total de recursos pagos via PBP formam para estudantes não indígenas.

Tabela 5. Recursos financeiros, valor nominal em reais (R$), distribuídos aos estudantes indígenas da UFFS na forma de auxílio estudantil do PBP (programa bolsa permanência/FNDE/MEC) e PIN (Auxílio Permanências aos povos indígenas da UFFS) entre 2013 e 2020

Ano do Pagamento do

Auxílio PBP* PIN (custeio UFFS) Total

--- R$ --- 2013 41.400,00 41.400,00 2014 388.600,00 388.600,00 2015 1.297.600,00 1.297.600,00 2016 2.863.000,00 2.863.000,00 2017 2.556.900,00 2.556.900,00 2018 2.457.100,00 102.600,00 2.559.700,00 2019 2.855.100,00 238.230,00 3.093.330,00 2020 3.065.400,00 418.230,00 3.483.630,00 total 15.525.100,00 759.060,00 16.284.160,00

* Uma parcela inferior a 3% deste montante foi destinada a estudantes de medicina, não indígenas.

Fonte: https://www.uffs.edu.br/institucional/pro-reitorias/assuntos-estudantis/publicacoes/informes e SISBP,2021.

O PBP teve seu início em 2013, com um beneficiário e aumentou o número de beneficiários chegando a uma estabilização a partir de 2018 com 228 usuários (Figura 1). O último ingresso de estudantes nesta modalidade de auxílio ocorreu em 2019. Em 2020 e 2021, não houve abertura para novas inscrições de estudantes indígenas ao PBP. Todavia, os estudantes inscritos, continuam recebendo a bolsa e em 2020 houve um pequeno incremento de beneficiários, não em função de novas inscrições, mas sim, por decisão da Resolução 35/Consuni/UFFS/2020, que instituiu enquanto durar a pandemia de COVID-19, o desempenho acadêmico não pode ser considerado para fins de recebimento de auxílios financeiros aos estudantes.

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A partir de 2020, houve o desligamento de indígenas do PBP por descumprimento do Art. 5, inciso III da PORTARIA Nº 389/2013. Este inciso regulamenta: “III - não ultrapassar dois semestres do tempo regulamentar do curso de graduação em que estiver matriculado para se diplomar”. Todos os estudantes desligados no PBP, em razão do Art. 5, inciso III da PORTARIA Nº- 389/2013, foram acolhidos pelos auxílios da UFFS. Foi necessário fazer alterações no edital vigente de acesso exclusivo indígena (Edital 358/GR/UFFS/2021) para tornar possível esse acolhimento.

Figura 1. Número médio mensal de beneficiários do PBP – Programa Bolsa Permanência – FNDE.

Fonte: https://www.uffs.edu.br/institucional/pro-reitorias/assuntos-estudantis/publicacoes/informes e SISBP,2021.

Até junho de 2021, a previsão de acolhimento (vindo do PBP) é de 76 estudantes. Estes números, ajudam a aumentar os beneficiários no edital 358/GR/UFFS/2021 que utilizam de recursos da UFFS/PNAES. Este aumento de beneficiários, resultado da não abertura de novas inscrições no PBP e pelo acolhimento dos estudantes vindos do PBP por descumprimento do Art. 5, inciso III da PORTARIA Nº- 389/2013, podem ser visualizados na Figura 2. 228 264 284 226 203

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Figura 2. Número médio mensal de beneficiários indígenas - Auxílio Permanências aos povos indígenas da UFFS – PIN. 2021/Junho – é uma previsão.

Fonte: https://www.uffs.edu.br/institucional/pro-reitorias/assuntos-estudantis/publicacoes/informes

Diante deste cenário, a gestão da UFFS não mediu esforços para providenciar recursos para todos os estudantes indígenas. O reitor autorizou um remanejamento de recursos que culminou com um aumento de 140 % no orçamento para edital exclusivo indígena de 2021 em comparação ao orçamento de 2019 (Figura 3). Todavia, está salto no incremento orçamentário não foi/será suficiente para atender ao salto, maior ainda, do número de beneficiários indígenas a depender do orçamento interno da UFFS. De 2019 – 2021 a previsão é de crescer mais de 200 % o acolhimento de estudantes indígenas no edital interno - Edital 358/GR/UFFS/2021.

Figura 3. Incremento anual nos auxílios aos Povos indígenas na UFFS – PIN

Fonte: https://www.uffs.edu.br/institucional/pro-reitorias/assuntos-estudantis/publicacoes/informes

13 32

57

93

172

2018 2019 2020 2021/ATÉ MAIO 2021/JUNHO

-102.600,0

238.230,0

418.230,0

571.318,2

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Na contramão da necessidade de aumento orçamentário aos estudantes indígenas, está a redução no valor de recursos previstos do PNAE em 2021 (Figura 4). Neste ano, há previsão de chegar 19,13% a menos de recursos aos estudantes da UFFS. Diante disso, houve, pela gestão da UFFS, um remanejamento interno de recursos financeiros na ordem de R$ 1.124.195,2. Todavia, mesmo com esse remanejamento, o recurso total previsto a disponibilizar à Assistência Estudantil em 2021 é menor que o recebido em 2020.

Esta diferença no orçamento da assistência estudantil, não afeta apenas os estudantes indígenas, mas todos os estudantes vulneráveis da UFFS (Figura 5). No caso dos estudantes indígenas, o efeito foi a redução no valor do auxílio, que passou de R$ 600,00 (Edital 110/GR/UFFS/2020) para R$ 400,00 (Edital 358/GR/UFFS/2021), para a maioria dos beneficiários. Para os estudantes não indígenas, também há previsão de redução no recebimento médio anual pelo estudante, visto que não há previsão de receber auxílios socioeconômicos no mês de dezembro de 2020. Transporte e moradia, também foram suspensos aos estudantes não indígenas. Importante destacar, que apesar da redução no auxílio por estudante indígena, o valor médio recebido previsto no Edital 358/GR/UFFS/2021, é 40 % superior em comparação aos valores médios recebidos pelos estudantes não indígenas (Previsão de junho/2021 - Figura 5).

Figura 4. Orçamento da Assistência Estudantil da UFFS entre 2018 – 2021.

Fonte: https://www.uffs.edu.br/institucional/pro-reitorias/assuntos-estudantis/publicacoes/informes

9.722.501,0 10.597.526,0 10.102.201,0

8.169.353,0

1.124.195,2

2018 2019 2020 2021

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Figura 5. Valor médio por beneficiário dos editais internos da UFFS de auxílio socioeconômicos (estudantes não indígenas) e dos editais relacionados ao PIN (estudantes indígenas).

https://www.uffs.edu.br/institucional/pro-reitorias/assuntos-estudantis/publicacoes/informes

Como conclusão desta reflexão motivada pelos dados da figura 1, 2, 3 e 4, pode ficar a pergunta... porque a gestão não remaneja mais recursos de outros setores para assistência estudantil, para amenizar ainda mais os impactos do aumento da demanda? A resposta ao questionamento da assistência estudantil, pode ser mais bem compreendida ao observar a Figura 6. A UFFS é a IFES do Sul do Brasil em que a assistência estudantil tem a maior participação no orçamento discricionário entre as instituições – 22,2%. Isso demonstra o alto comprometimento da UFFS com a assistência estudantil, em relação as demais IFES. O aumento desta participação, poderia comprometer, inclusive outras bolsas recebidas por estudantes da UFFS, como as de ensino, pesquisa e extensão, e até mesmo o funcionamento da instituição.

Fonte: Dados da Pró-Reitoria de Planejamento da UFFS

Figura 6. Participação dos recursos da Assistência Estudantil frente ao recurso total de custeio das IFES do sul do Brasil na LOA 2021.

292,7 318,5 305,7 315,1 282,0

675,0

628,6 608,8 608,6

400,0

2018 2019 2020 2021/ATÉ MAIO 2021/JUNHO

-Demais estudantes Indígenas

21,2% 22,2% 22,0% 18,7% 18,3% 17,1% 16,7% 14,8% 14,9% 12,5% 5,9%

(13)

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3. Considerações finais

Assim, a gestão da UFFS, busca atender a todos estudantes vulneráveis, com prioridade aos estudantes indígenas, na medida da sua capacidade orçamentária.

Para redução do impacto no valor o auxílio financeiro aos estudantes indígenas, faz-se duas sugestões:

1. Abrir novas inscrições para beneficiários no PBP;

2. Alteração da Art. 5, inciso III da PORTARIA Nº- 389/2013, para um prazo mais realista em função da retenção curricular do estudante indígena ao logo de sua graduação. Sugestão seria aumentar de 2 para 4 semestres o tempo regulamentar do curso de graduação em que estiver matriculado para se diplomar;

Referencias Consultadas

Brasil. Decreto Presidencial n. 7.234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 20 jul. 2010.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS). Pró-Reitoria de Graduação. Relatório PROGRAD: Relatório do Programa de Acesso e Permanência dos Povos Indígenas (PIN) da UFFS. Chapecó, setembro, 2020. (processo 23205.010901-2020-61, ainda em análise no Consuni)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS). Relatório do Sistema de Gestão Acadêmica (SGA): Graduação UFFS (2013-2020). Chapecó, junho, 2021.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS). Pró-Reitoria de Planejamento. Relatório Proplan: Participação dos recursos da Assistência Estudantil frente ao recurso total de custeio das IFES do sul do Brasil na LOA 2021. Chapecó, maio, 2021.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS). Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis. Publicações. Relatórios consolidados de 2018 - 2021. Disponível em:

Referências

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