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nº
2.371
30 de agosto – 5 de setembro, 2015Destaques
• BC ajusta normas para contratação de operações de crédito rural • Aneel define valores adicionais das
bandeiras tarifárias de energia a partir de 1º de setembro
• Senado aprova resolução alterando regras para operações de crédito interno e externo
ATOS DO PODER
EXECUTIVO
— BC ajusta normas para contratação de operações
de crédito rural
O Banco Central do Brasil expediu a Resolução nº 4.435, ajustando as normas para contratação de operações de crédito rural (DOU Seção I, de 31.8.2015).
— Aneel define valores adicionais das bandeiras
tarifárias de energia a partir de 1º de setembro
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica expediu a Resolução Homologatória nº 1.945,estabelecendo os adicionais das bandeiras tarifárias, de que trata o submódulo 6.8 do PRORET, com vigência a partir de 1º de setembro de 2015 (DOU Seção I, de 31.8.2015).
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Senado aprova
resolução alterando
regras para operações
de crédito interno e
externo
O Senado Federal expediu a Resolução nº 11, alterando a Resolução nº 43, de 2001, que "dispõe sobre as operações de crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
inclusive concessão de garantias, seus limites e condições de autorização, e dá outras
providências", para permitir que as estruturas de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), com base em recebíveis originados pelo parcelamento de dívida ativa, não sejam
consideradas e enquadradas como operação de crédito conforme estabelecido pela Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) (DOU Seção I, de 1.9.2015).
Receita define regras do
imposto sobre a renda
auferida nos mercados
financeiro e de capitais
O secretário da Receita Federal do Brasil expediu a Instrução Normativa nº 1.585, dispondo sobre o imposto sobre a renda incidente sobre os
rendimentos e ganhos líquidos auferidos nos
mercados financeiro e de capitais (DOU Seção I, de 2.9.2015).
Decreto garante
antecipação do
pagamento do abono
anual aos segurados e
dependentes da
Previdência
A presidente da República promulgou o Decreto nº 8.513, dispondo sobre a antecipação do abono anual devido aos segurados e dependentes da Previdência Social no ano de 2015 (DOU Seção I, de 4.9.2015).
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ATOS DO PODER
JUDICIÁRIO
DIREITO CIVIL.
PRORROGAÇÃO
AUTOMÁTICA DE
FIANÇA EM CONTRATO
DE MÚTUO BANCÁRIO
É lícita cláusula em contrato de mútuo bancário que preveja expressamente que a fiança prestada prorroga-se automaticamente com a prorrogação do contrato principal. No caso, a avença principal não envolvia relação contratual de consumo, pois cuidava-se de mútuo mediante o qual se obteve capital de giro para o exercício de atividade empresarial. Posto isso, esclareça-se que a prorrogação da fiança do contrato principal, a par de ser circunstância prevista em cláusula contratual - previsível no panorama contratual -, comporta ser solucionada adotando-se a mesma diretriz conferida para fiança em contrato de locação - antes mesmo da nova redação do art. 39 da Lei do Inquilinato dada pela Lei 12.112/2009 -, pois é a mesma matéria
disciplinada pelo Código Civil. O contrato de mútuo bancário tem por característica ser, em regra, de adesão e de longa duração, mantendo a paridade entre as partes contratantes, vigendo e renovando-se periodicamente por longo período - constituindo o tempo elemento nuclear dessa modalidade de negócio. A fiança, para ser celebrada, exige forma escrita - pois é requisito para sua validade a
manifestação expressa e forma documentada - para gerar o dever obrigacional de garantir o contrato principal, não se prorrogando, salvo disposição em contrário. Além disso, não se admite, na fiança, interpretação extensiva de suas cláusulas, a fim de utilizar analogia para ampliar as obrigações do fiador ou a duração do contrato acessório, não o sendo a observância àquilo que foi expressamente pactuado, sendo certo que as causas específicas legais de extinção da fiança são taxativas. Esclareça-se que não admitir interpretação extensiva significa tão somente que o fiador
responde, precisamente, por aquilo que declarou no instrumento da fiança. Nesse contexto, não há
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ilegalidade na previsão contratual expressa de que a fiança prorroga-se automaticamente com a prorrogação do contrato principal. Com efeito, como a fiança tem o propósito de transferir para o fiador o risco do inadimplemento, cumprindo dessa forma sua função de garantia, tendo o pacto previsto, em caso de prorrogação da avença principal, a sua prorrogação automática - sem que tenha havido notificação resilitória, novação, transação ou concessão de moratória -, não há falar em extinção da garantia pessoal. Ressalte-se que poderá o fiador, querendo, promover a
notificação resilitória nos moldes do disposto no art. 835 do CC, a fim de se exonerar da fiança. REsp 1.253.411-CE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 24.6.2015, DJe 4.8.2015 (Informativo de Jurisprudência do STJ nº 565 de 2015)
DIREITO PROCESSUAL
CIVIL. COMPROVAÇÃO
DE PAGAMENTO DE
PREPARO RECURSAL
VIA RECIBO EXTRAÍDO
DA INTERNET
O pagamento do preparo recursal pode ser comprovado por intermédio de recibo extraído da internet, desde que esse meio de
constatação de quitação possibilite a aferição da regularidade do recolhimento. A despeito do entendimento de que o comprovante de pagamento emitido pela internet não possui fé pública, não podendo ser utilizado para comprovação de recolhimento de preparo recursal, em virtude da possibilidade de adulteração pelo próprio
interessado, entende-se que o ordenamento jurídico não veda expressamente essa modalidade de demonstração de quitação. Ao contrário, é recomendado o seu uso, por ser mais consentâneo com a velocidade e a praticidade da vida moderna, proporcionadas pela utilização da rede mundial de computadores, desde que possível, por esse meio, aferir a regularidade do pagamento, inclusive permitindo-se ao interessado a impugnação fundamentada. Ademais, as relações sociais são constituídas com base na presunção de que há boa-fé entre seus co-partícipes, tendo o direito
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processual, de forma geral, adotado idêntico viés. Tanto é assim que a exceção é prevista
expressamente nos artigos 14 e seguintes do CPC, outorgando-se poderes ao julgador para penalizar aquele que foge à regra geral, ou seja, aquele que age de má-fé. Além disso, parece ser um
contrassenso permitir o uso do meio eletrônico na tramitação do processo judicial, avalizar a emissão das guias por meio da rede mundial de
computadores e, ao mesmo tempo, coibir o seu pagamento pela mesma via, obrigando o
jurisdicionado a se dirigir a uma agência bancária. Por fim, o próprio Tesouro Nacional autoriza o pagamento pela internet. Portanto, o fato dos comprovantes de pagamento das custas e do porte de remessa e retorno terem sido extraídos da internet, por si só, não é circunstância suficiente para conduzir à deserção do recurso (AgRg no REsp 1.232.385-MG, Quarta Turma, DJe 22.8.2013). Precedente citado: AgRg no AREsp 249.395-SC, Terceira Turma, DJe 25/2/2014. EAREsp 423.679-SC, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em
24.6.2015, DJe 3.8.2015.
(Informativo de Jurisprudência do STJ nº 565 de 2015)
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Direito Privado.
Responsabilidade civil.
Internet. Site de
compras. Cadeia de
fornecedores.
Responsabilidade
solidária.
Caracterização. Código
de proteção e de defesa
do consumidor.
Aplicação. Pacote de
viagem. Aquisição.
Pagamento.
Integralidade. Voucher.
Não recebimento.
Prestação do serviço.
Falha. Indenização.
Dano moral. Dano
material. Quantum.
Fixação
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO
ESPECIFICADO. DIREITO DO CONSUMIDOR. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL DE COMPRA DE PACOTE TURÍSTICO. AQUISIÇÃO EM SITE DE COMPRAS DE OFERTAS COLETIVAS. GROUPON. VOUCHER
REPRESENTATIVO DO SERVIÇO ADQUIRIDO NÃO ENTREGUE. DANOS MORAIS CARACTERIZADOS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ENTRE O
OFERTANTE E AQUELE QUE DEVERIA PRESTAR O SERVIÇO, PODENDO OS DOIS OU QUALQUER UM DA CADEIA DELES SER ACIONADO. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. Fato: Os autores adquiriram um pacote de turismo junto à ré Groupon, via internet e, mesmo tendo efetuado integralmente o pagamento, o documento necessário (voucher), não sendo, portanto, prestado o serviço contratado. Responsabilidade Solidária: De acordo com o art. 7º do CDC a responsabilidade é solidária tanto da intermediária como da anunciante e a parte pode buscar sua indenização em relação a ambas ou apenas contra uma das responsáveis solidarias. Tendo os autores adquirido o pacote diretamente no site da ré e efetuado o pagamento, esta deve responder pela devolução das quantias, por ser tratar de relação de consumo, na forma do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor. Dano Moral: A falha da prestação do serviço representada pela não entrega do voucher, representativo do serviço adquirido no site da internet, configura abuso de direito indenizável e não mero transtorno ou
dissabor. Dano in re ipsa. Dano vinculado à própria existência do fato ilícito, cujos resultados
causadores de ofensa moral à pessoa são presumidos, independendo, portanto, de prova. Quantum indenizatório. Quantum indenizatório fixado de acordo com os parâmetros adotados pela Câmara para casos similares. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. APELAÇÃO PROVIDA
Apelação Cível, nº 70062677653, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
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Guinther Spode, Julgado em 13.8.2015
(Informativo de Jurisprudência do TJRS nº 148 de 2015)
ATOS DO PODER
LEGISLATIVO
Alteração na legislação
para estender a isenção
do imposto de renda
sobre o ganho de capital
Projeto de Lei nº 2907/2015, de autoria do deputado Mandetta (DEM/MS), propõe alteração na legislação do Imposto de Renda para estender a isenção aos ganhos de capital quando aplicado o produto da venda do imóvel no abatimento ou quitação de financiamento de imóvel residencial localizado no País, adquirido pelo Sistema Financeiro da Habitação (Câmara Federal, de 3.9.2015).
Investimento
empresarial -
Investimento coletivo
(crowdfunding)
Projeto de Lei nº 2862/2015, de autoria do deputado Otavio Leite (PSDB/RJ), propõe
estabelecer diretrizes para a atuação de empresas em investimento coletivo (crowdfunding),
organizadas em sítio próprio na rede mundial dos computadores – internet (Câmara Federal, de 2.9.2015).
Pagamento dos tributos
relativos ao ingresso de
bens de procedência
estrangeira
Projeto de Lei nº 2856/2015, de autoria do deputado Marco Maia (PT/RS), propõe o pagamento dos tributos relativos ao ingresso de bens de
procedência estrangeira (Câmara Federal, de 2.9.2015).
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ARTIGOS NA
WEB
Valor da taxa CADE sofrerá ajuste a partir de 1.1.2016 por Cristianne Saccab Zarzur Chaccur e Leda Batista da Silva Anexo BI 2.370
Novo Marco Regulatório de Cooperativas de Crédito
por Bruno Balduccini, Tiago Severo Gomes, Alessandra Carolina Rossi Martins e Marcelo Junqueira de Mello
Anexo BI 2.370
Portaria CAT 83/15 – O inconstitucional aumento do MVA para diversos produtos alimentícios
por Marcelo Marques Roncaglia, Giancarlo Chamma Matarazzo e Isabela Pereira Anexo ao BI 2.367
Resoluções CNSP nº 322 e 325 - Novos limites para operações de resseguro a partir de 2017 e medidas para convergência da regulação de resseguros por Diogenes Mendes Goncalves Neto, Roberto Panucci Filho e Janaina Campos Mesquita Vaz
Anexo BI 2.366
A Propriedade Intelectual como veículo de operações empresariais por Marcio De Oliveira Junqueira Leite
Anexo BI 2.366
Entra em vigor a Lei nº 13.129/15, que reforma a Lei de Arbitragem por Renato Stephan Grion e Douglas Alexander Cordeiro
Anexo BI 2.365
Novas regras para reorganização societária
por José Luiz Homem de Mello e Thais Garcez Lima de Mendonça Anexo BI 2.365
Receita Federal relaciona novos pronunciamentos contábeis que estão sujeitos aos efeitos da Lei 12.973/14
por Giancarlo Chamma Matarazzo e Tiago Moreira Vieira Rocha Anexo BI 2363
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