• Nenhum resultado encontrado

Anatomic research on the goat placenta by neoprene injection RESUMO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Anatomic research on the goat placenta by neoprene injection RESUMO"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

Braz. J. vet. Res. anim. Sei.,

São Paulo, v. 36, 11. 1,p. 9-14, 1999.

Dados anatômicos da placenta em caprinos estudado por

injeção intravascular de neoprene

Anatomic research on the goat placenta by neoprene injection

WilIams Costa NEVES1; Maria Angélica MIGLIN02; Mônica ARRIVABENE2; MigueI Ferreira CAVALCANTE FILH01; Francisco Solano FEITOSA Jr.3

CORRESPONDÊNCIA PARA: Maria Angélica Miglino Departamento de Cirurgia Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP

Av. Or/ando Marques de Paiva, 87. 05508-000 São Paulo - SP

e-mail: miglino@usp.br

1-Departamento de Morfofisiologia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí, Campus da Socopo Teresina - PI 2-Dep'artamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária eZootecnia da USP - SP

3-Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária do Centro de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Federal do Piauí, Campus da Socopo Teresina - PI

RESUMO

Estudamos aplacenta quanto aos seusaspectos morfológicos em 30caprinos sem raçadefinida, adultos oriundos do Estado do Piauí, mediante a análise de esquemas demodelos obtidospelainjeçãodelátex Neoprene "650". Obtivemos 17 casos, ouseja, 56,66% de gestações únicas e13 casos, ouseja,43,33% de gestações gcmelares. Aáreado hilo placentário varia de I a 6 em de diâmetro eestá situada no centro da placenta, região caracterizada pela apresentação do pedículo umbilical. O formato dos cotilédones varia deovóide, circular, elíptica,piriforme ou reniforme, sendoquea maioria mostra-se ovóide. O número total de cotilédones em 30 gestações éiguala 3.117, sendo amédia 104cotilédones porgestação. Nas gestações únicas em 16 casos (94, II%),o como uterino gestante apresenta maior número de cotilédones do que o como uterino não-gestante. Nas gestações gernelares, em 7observações (53,84%), o como uterino esquerdo mostra maior número de cotilédones doque o corno uterino direito.

UNITERMOS: Anatomia; Placenta;Caprinos;Ruminantes.

INTRODUÇÃO

D

e ac

ordo com a lit

e

r

a

tura, são inúmeros os tr

a

balhos

r

e

l

a

ci

o

nado

s

à

r

ep

r

o

dução d

os

ruminan

tes.

Al

g

uns

co

nt

e

m

p

lam

es

p

eci

ficament

e

o e

s

tudo anat

ô

mi

c

o da

p

l

ace

n

ta d

e

capr

ino

s.

C

o

m

o sã

o

ra

r

os,

bu

sc

amo

s

c

o

m

es

ta

p

e

s

q

u

i

s

a

e

n

co

ntr

a

r

e

l

e

m

e

nt

o

s

p

a

ra o c

r

es

c

im

e

nto d

a

an

a

t

o

mia

co

m

para

ti

va

.

Gr

oss

e

r

" es

tudou

a

p

l

a

ce

nt

a

d

os r

umin

a

nt

es e

conc

lui qu

e o

núm

ero

e o

for

m

ato

d

o

s

p

l

ac

e

n

t

oma

s va

ri

a

m

e

m

a

l

g

uma

s e

s

p

éc

i

es. Na vaca, ex

i

s

tem d

e 8

0 a 120 c

a

rúnculas

e

m form

a

d

e

botõ

e

s

(

botõ

e

s

ut

e

rino

s

). Dri

e

ux; Thi

é

ry

"

a

firm

a

m

q

u

e

a pl

ace

nt

a

dos bovíd

e

o

s é

cotiledon

a

r

.

Os cotil

é

don

e

s

,

de

120 a 140 n

a

vac

a

, apre

se

nt

a

m-se como um território ovóide

ao

nív

e

l d

o

qual um

e

n

o

rm

e

tufo de vilos, oriundo

s

do córion

f

e

t

a

l

, se e

n

g

r

e

n

a

num c

o

njunto constituído pelo embri

ca

m

e

nto

d

as

proj

eções

f

e

t

a

i

s

e d

o

r

ece

pt

á

culo m

a

t

e

rno

.

Mar

s

h

a

ll

"

r

e

f

e

re

qu

e

prati

ca

m

e

nt

e

toda

s as

placenta

s

s

ind

es

moc

o

riai

s

s

ão

co

tiledon

á

ri

as

ou múltipl

as.

O

s

cotil

é

don

es va

riam

e

m núm

e

r

o

n

as

di

v

er

sas es

pécie

s

d

e

ruminantes

,

entr

e

160 e 1

8

0 n

a ca

bra

e g

irafa

(

tipo policotil

e

donar);

entre 5 e 6 na cors

a (

c

e

rvas)

(

tipo oligocotiledonar)

.

A ovelha e a vaca ocupam po

s

ição

intermediária entre os doi

s

extremos. Afirma ainda que diversos

es

p

e

ciali

s

tas

acreditam que o

s c

otilédone

s

s

e di

s

e

m

e

m

fil

e

iras nos útero

s

grávido e n

ão

-

g

rávido

.

E

s

s

e

autor acresc

e

nt

a

que o

s

cotilédones no

s

ruminant

e

s exibem diferen

ç

as marc

a

nt

es

d

e

tam

a

nho, form

a e es

trutura

, e as

d

i

ferença

s

n

as es

p

éc

i

e

s

o c

a

r

a

cterí

s

ti

c

a

s

.

H

a

f

e

z

'?

a

firm

a

qu

e

dentre o

s

ruminant

e

s

cotil

e

d

o

nário

s e

xi

s

t

e

uma v

a

ria

çã

o no número

,

t

a

m

a

nho

,

form

a

e es

trutura do

s

cotil

é

don

es

d

e a

cordo

c

om o

g

ê

n

e

ro

e

com

a

e

s

p

éc

i

e

. Pavau

x

16,

a

o d

e

mon

s

tr

ar a

e

s

trutura d

a

pl

ace

nt

a

d

o

s

b

ov

in

os, a

firm

a

qu

e o

núm

e

ro d

e ca

rún

c

ula

s

ut

e

rin

as va

ri

a

d

e

50

a

100

,

pesand

o

m

a

i

s

ou m

e

n

os

2 quilo

s

.

N

c

d

e

n

;

D

e

Lahunta

"

afirmam que no

s

rumin

a

ntes dom

és

tico

s

um t

o

t

a

l

de 75

a

120 carúncufas

são cont

a

d

as

n

a

v

a

ca. Elas e

stão

arranj

a

das em dua

s

fileiras dor

s

ais e duas v

e

ntrai

s

ao lon

go

do comprimento

dos cornos ut

e

rinos.

Par

a

Miglino

",

a

di

s

po

s

i

ç

ão do

s

cotil

é

dones nos ruminantes f

a

z-

se

em 4 fil

e

ir

a

s,

se

ndo duas de

c

ad

a

l

a

do d

a

impl

a

nt

a

ção do p

e

c

ulo umbili

c

a

l

no hilo da placent

a

.

A form

a

do

s

cotil

é

don

es é

muit

o

v

a

ri

a

d

a,

se

ndo a oval a m

a

is freqü

e

nt

e

.

A médi

a

do número

d

e

cotil

é

d

o

nes

por placenta

é d

e

8

8 e

m

s

u

as

ob

se

r

v

ões

,

coloc

a

ndo

,

assim,

a plac

e

nta

das

vac

as

entr

e

as

policotil

e

donári

as

(

por estar acim

a

de 70). O

s

cotil

é

don

es

d

e

tamanho médio (maiores de I c

e

ntímetro até 4 centímetro d

e

(2)

NEVES, W.C.; MIGLlNO, M.A.; ARRIVABENE, M.; CAVALCANTE FILHO, M.F.; FEITOSA lr.,F.S.Dados anatôrnicos da placenta emcaprinos estudado

por injeção intravascular de neoprene. Braz ..T.vet. Res. animo Sei., São Paulo, v.36, n.l, p.9-14, 1999.

diâmetro) predominam nas placentas examinadas, enquanto as médias dos cotilédones médios e grandes predominam no corno uterino gestante, pois as médias dos cotilédones pequenos são equivalentes nos cornos uterinos gestante enão

-gestante. Carambula

et a

l

.

3,estudando a placenta dos bovinos,

concluem que os cotilédones se dispõem em

4

fileiras,

2

de cada lado da implantação do pedículo umbilical no hilo da placenta, e têm o formato variado (circulares, elípticos,

reniformes epiriformes), sendo que predominam os ovóides. A média do número de cotilédones por placenta éde

62

,

25.

MA

T

E

RI

A

L

E MÉTO

D

O

Utilizamos nesta pesquisa 30 (trinta) úteros em

diferentes estágios de gestação, retirados de cabras sem raça definida oriundas do Estado do Piauí, Brasil.

De cada animal coletamos o útero com seu conteúdo, poucos minutos após o abate, por abertura da cavidade abdominal, de acordo com astécnicas convencionais utilizadas

em frigoríficos.

A seguir, fizemos uma incisão dorsal ao longo da cérvix uterina até o corno uterino gestante, tomando os cuidados necessários para evitar que osplacentônios fossem seccionados.

Incisamos então asmembranas fetais separadamente, removendo desta forma os líquidos fetais e o feto.

Com o feto exposto, ainda conectado à placenta por

intermédio do funículo umbilical, medimos a distância cefalococcígea (CR = "Crown-Rurnp") para nos auxiliar, juntamente com os relatos de Gurlt;

K

ll

i

n

g

apud B

e

n

e

s

c

h

"

eBenesch? na verificação da fase de gestação e idade do feto.

Os cornos uterinos foram invertidos, sendo a manobra realizada através da incisão que havíamos utilizado para remover o feto e os líquidos fetais. Uma prévia secção dos

ligamentos intercornuais se fez também necessária para o

afastamento dos dois cornos uterinos.

As peças foram lavadas com água morna (40°C) e massageadas suavemente no sentido da extremidade

seccionada do funículo umbilical com opropósito de eliminar

o sangue residual.

Após este procedimento, canulamos cada um dos vasos do funículo umbilical e injetamos látex Neoprene "650" *

corado com pigmento específico em quatro tonalidades decor. A fixação e a conservação das placentas foram feitas com a utilização de solução aquosa de formol a 10%no mínimo durante 48 horas. Nesta etapa, tomamos os cuidados

necessários para distender as peças de forma conveniente

à

posterior realização da dissecação.

A dissecação foi iniciada pela individualização dos

vasos do funículo umbilical retirando-se, primeiramente, a

•Du Pont do Brasil SIA- Indústrias Químicas.

membrana corioalantóide e, a seguir, agelatina de Wharton,

que se dispõe no seu trajeto.

A terminologia por nós utilizada segue as determinações

do Internacional Committee on Veterinary Gross Anatomical Nornenclature", com as sugestões efetuadas por Miglino ".

RESULTADOS

O hilo da placenta é aárea de implantação do

f

un

íc

ul

o

umbilical, ou pedículo do funículo na superfície fetal da

placenta, semelhante aoque ocorre, emgeral, com os pedículos

vasculares de alguns órgãos. A área hilar variou de I a 6

centímetros de diâmetro eestava situada no centro daplacenta,

região que se caracterizava pela presença de menor número

decoti lédones.

Os cotilédones sedispunham em

4

fileiras, duas de cada lado da implantação dopedículo umbilical no hilo da placenta

(Fig. I).

A placenta foi estudada quanto aos seus aspectos

morfológicos em 30gestações, sendo 17 casos, ouseja, 56,66% ± 9,

I

únicas (Fig. 2) e 13 casos, ou seja, 43,33% ± 9,

I

gemelares (Fig. 3).

Notou-se que aforma dos cotilédones é variada (ovóide,

circular, elíptica, piriforme ou reniforme), sendo que amaioria se mostrava ovóide (Fig. 4e 5).

O nú mero total de cotilédones em 30 gestações (17

únicas e 13gemelares) de caprinos foi igual a 3.117, sendo a

média 103,9 == 104 por gestação.

Nas gestações únicas, verificamos que os cornos

uterinos gestantes enão-gestantes apresentaram cotilédones

com os seguintes dados numéricos: os cornos uterinos gestantes

apresentaram 981 cotilédones em 17 placentas, dando, em média, 57,7 == 58 cotilédones por corno gestante. Os cornos

uterinos não-gestantes apresentaram 635 cotilédones em 17 placentas, dando, em média, 37,3 == 37 cotilédones por corno

não-gestan te.

Nas gestações gemelares, os cornos uterinos direito e

esquerdo apresentaram

cot

i

l

édo

n

es

com os seguintes dados

numéricos: os cornos uterinos direitos apresentavam 786

cotilédones em

J

3 placentas, dando, em média 59,07 == 59

cotilédones por corno direito. Os cornos uterinos esquerdos

mostraram 733 cotilédones em 13 placentas, dando, em média,

56,3 == 56 cotilédones por corno esquerdo.

Classificando os cotilédones das 30 gestações pejo seu tamanho em pequenos (até 0,5 centímetros de diâmetro),

médios (maiores que 0,5 centímetro até 1,5 centímetro) e

grandes (maiores que 1,5 centímetro), obtivemos os seguintes

dados descritos nas Tab, 1 e 2.

NEVES. por i Fotograí onde se' cotilédo vidaintn e os cor Fotograí uterina ( não-ges intercon fêmea cc

1

aquele:

domésti

silvestr

~

cordon: bovino: acordo

(3)

EVES,

»

i

c

,

MIGLI O, M.A.; ARRIVABENE, M.; CAVALCA TE FILHO, M.F.; FEITOSA Jr.,F.S. Dados anatômicos daplacenta em caprinos estudado

por injeção intravascular deneoprene. Braz. J.vet. Res. animo Sei., São Paulo, v.36, n. I,p.9-14, 1999.

.iudado

art

o

n

,

ações mical 1014• ifculo aI da ículos

I

a 6

ce

nt

a,

[mero :cada .centa Figura 1

Fotografia das placentas a fresco deuma gestação gemelar em caprino

onde se vêem oshilos placentários, acérvix, o funículo umbilical e os

cotilédones distribuídos em fileiras. Fetos machos com 2 meses de

vidaintra-uterina, CR=10centímetros. A cérvix foi incisadadorsalmente

e os cornos uterinos invertidos.

ectos

1,

6

6

%

± 9,1 .óide,

a

i

o

n

a

s (17 ndo

a

)rI10S

l

o

n

es

.antes ), em

o

rn

es

m 17

.

or

n

o

e

it

o e

lados

1

786

==

S

9

e

r

d

os

i

édia,

Figura 2

Fotografia de uma gestação única decaprino onde sevêem a cérvix

uterina (ce), o funículo umbilical (f),o corno uterino gestante (g) e o não-gestante (ng), afastados devido à incisão do ligamento intercornual. Corno uterino gestante direito, CR

=

13 centímetros, feto

fêmea com aproximadamente 3 meses devida intra-uterina.

o

seu erro ),

ro)e untes

DISC

USSÃ

O

Nossos resultados serão a seguir confrontados com

aqueles oriundos das pesquisas relativas aos ruminantes

domésticos, ou seja, os bovinos, bubalinos eovinos e alguns silvestres, tais como os cervídeos.

Miglino!' definiu a área de implantação do pedículo

cordonal placentário, afirmando que o hilo placentário nos

bovinos apresentava de 10 a 12 centímetros de diâmetro. De

acordo com a autora, o hilo ocupava a posição central e sua

Figura 3

Fotografia deuma gestação gemelar decaprinos onde seobservam os

fetos conectados aosseus respectivos funículos umbilicais (t). Cornos

uterinos gestantes direito e esquerdo, CR

=

10 centímetros, fetos

machos com aproximadamente 2meses de vida intra-uterina.

Figura 4

Fotografia da placenta onde se vêem cotilédones circulares (c),

piriformes (p), ovóide (o) e elipsóides (e). Corno uterino gestante

d ireito,CR

=

23 centímetros, feto macho com aproximadamente 4 meses de vida intra-uterina.

área possuía menor número de cotilédones do que na sua

vizinhança em direção à periferia da membrana corioalantóide.

Relativamente a este resultado, Carambula

e

t al

:

'

concordaram em parte com os resultados descritos por

Miglino!", porém, nos seus achados, esta região mostrava-se rica emcotilédones grandes, principalmente naquelas placentas

retiradas de animais no final da gestação. Nossos resultados

aproximam-se dos de Miglino" no tocante à posição de

implantação edistribuição de cotilédones nesta área, embora

(4)

NEVES, W.~.; MIGLlNO, M.A.; ARRIVABENE, M.;CAVALCANTE FILHO. M.F.; FEITOSA Jr.. F.S. Dados anatõmicos da placenta em caprinos estudado por IIlJeçao intravascular de ncoprene. Braz.J. veto Res. animo Sci., São Paulo, v. 36, n. I,p.9-14, 1999.

COTILEDONES NÚMERO DE COTILÉDONES

Cornos Uterinos Pequenos Médios Grandes Total Corno uterino

Gestantes

87

372

5

22

98

1

Pequenos Médios Grandes Total

Não gestante

77

252

306

63

5

Direito

54

300

414

768

Ambos

164

624

828

1.616

AEsmbquoserdo

116

62

236

435

733

536

849

1.501

Tabela 1

Número e tamanho de cotilédones nas gestações únicas em caprinos. São

Paulo, 1997.

Figura 5

Fotografia dadissecação da placenta deum caprino onde seidentificam as artérias (a) e as veias (v)distribuindo-se num cotilédone com aspecto r~ntforme (r) ena área intercotiledonária (i). Corno uterino gestante direito, CR

=

28 centímetros, fetomacho com aproximadamente 4 meses de vida intra-uterina.

diferentes nos caprinos, guardando assim as proporções de tamanho das membranas fetais das duas espécies.

Adisposição de cotilédones na placenta de ruminantes não é completamente irregular, pois, nos próprios desenhos de Leonardo da Vinci, notam-se fileiras de cotilédones, cujo

arranjo linear foi ilustrado na vaca por Fabrícius

apud

M

a

r

s

ha

l

l

"

.

De acordo com Marshall!', o arranjo linear dos

cotilédones nos ruminantes resulta em quatro fileiras dispostas

seguindo as curvaturas maior e menor dos cornos uterinos.

Nas búfalas, as carúnculas, segundo Hafez'", estavam

dispostas em 4ou 5 fileiras, sendo que às vezes identificava

m-se grupos decarúnculas isoladas eirregularmente distribuídas. Diferentemente dos demais, Latshaw" encontrou nos bovinos duas fileiras de cotilédones, porém achamos que o autor

referiu-se somente a uma das disposições encontradas por

Noden; De Lahunta", que obtiveram duas fileiras dorsais e

duas fileiras ventrais de carúnculas, ao longo do comprimento

dos cornos uterinos. Nossos resultados em caprinos soma m-se àqueles encontrados por

M

i

g

lino

'

"

eCarambula

e

t a

l

,

',

em

bovinos, os quais consideraram que os cotilédones estão

Tabela 2

Número etamanho de cotilédones nas gestações gemelares em caprinos.

São Paulo, 1997.

dispostos em 4 fileiras, 2 de cada lado da implantação do pedículo umbilical do hilo da placenta.

O formato dos cotilédones descrito por Grosser" como sendo arredondados ou ovais epor Drieux;

T

hi

é

r

y"

como sendo

ovalados não foi considerado por Marshall!', o qual notou

modificações da forma destas estruturas de acordo com a fase de gestação e posição do útero.

Notamos, à semelhança de Miglino" e Carambula

e

t

a

l

,

'

,

grande variedade no formato de cotilédones, em parte

causada pela justaposição e fusão parcial ou total dos cotilédones vizinhos, porém, na maioria deles, havia predominância do formato oval.

O número de cotilédones nas placentas por nós examinadas indicou em média 104 cotilédones por gestação, sendo 62 o número mínimo e 138 onúmero máximo.

As médias descritas por Grosser"; Hafez'"; Pavaux 16e

Noden; De Lahunta" referiram-se ao número de carúnculas uterinas por placenta.

Nas vacas Holtein,

Miglino!

"

contou de

5

4

a

1

47

cotilédones e, nas Hereford, de 68 a 114 cotilédones, sendo

em média 88 cotilédones por placenta. Outros autores, tais

como Ellenberger; Baum

a

pud

Hafez"; Drieux; Thiéry" e Marshall" referiram-se ao número de cotilédones ou

placentomas. Por outro lado, Carambula

et

a

l

.

'

acharam nos bovinos azebuados uma média de 68,25 cotilédones por placenta. Diante deste confronto, podemos afirmar que nossos achados estão de acordo com asdescrições dos autores citados,

bem como aquelas feitas por Marshall!', que classificou a

cabra como policotiledonária.

Para Barone', odiâmetro dos cotilédones em bovinos

variava de 7 a 8 centímetros, ehavia uma diminuição do seu

tamanho àmedida que eles sedispunham na extremidade dos

cornos uterinos. Por outra parte, Frandson? descreveu que as

carúnculas variavam de 1,2 a 10 centímetros de diâmetro.

Diante da variedade nas dimensões dos cotilédones das

diferentes espécies de ruminantes, resolvemos classificá-Ios em pequenos (até 0,5 centímetro), médios (0,6 a I,5 centímetro) e

grandes (maiores que

1,5

centímetro). Vale acrescentar que

critério semelhantejá fora utilizado em bovinos por Miglino":

pequenos (até I centímetro), médios (1,1 a4 centímetros) e

grandes (maiores que 4centímetros), epor Carambula

e

t a

i

.

3;

pequenos (de 2a 3,9 centímetros), médios (4a6,9 centímetros)

NEVES, ~ por inje e grande

Er

mostrou uterino d a 85. En gestaçõe pequeno direito, E corno ute nossos re nas quai: 1) diâmetrc 2) fileiras, ! TI th fo pr pl m cc si} 7 ut

u

I

1- BARI Sp! 2- BENI Ba 3- CAR, FIl ran bo -4- DRII dOI Vé 5- ELLf p.1

(5)

umbilical no hilo daplacenta;

3) A forma dos cotilédones é muito variada, sendo a

ovóide a mais freqüente;

4) A média do número de cotilédones por gestação nos

caprinos foi 104;

5) Nas gestações únicas dos caprinos, a média do

número de cotilédones por placenta foi maior nocomo uterino

gestante (58) do que no não-gestante (37);

6) Nas gestações gemelares dos caprinos, a média do

número de cotilédones por gestação foi maior nocorno uterino

direito

(59)

do que no esquerdo

(56)

;

7) Nas gestações únicas dos caprinos, as médias dos

cotilédones grandes (maiores de 1,5 em) predominaram nas

placentas, assim como nos cornos uterinos gestantes e não -gestantes individualizados;

8) Nas gestações gemelares dos caprinos, as médias

dos cotilédones grandes predominaram nas gestações, assim

como nos cornos uterinos direito e esquerdo individualizados.

rudado NEVES,

»ic

.

.

MIGLINO, M.A.; ARRIVABENE, M.; CAVALCANTE FILHO, M.F.;FEITOSA Jr.,F.S.Dadosanatõmicos da placenta emcaprinos estudado

por injeção intravascular deneoprene. Braz.J, vet. Res. animo Sci.,São Paulo, v. 36,n.I,p.9-14, 1999.

mos.

e grandes de (7 a 12 centímetros).

Em um único caso de gestação gemelar,

Miglino'"

mostrou que nos bovinos o número de cotilédones no como uterino direito era igual a 77 e o do corno esquerdo era igual a 85. Em caprinos onde se encontra maior freqüência de gestações gemelares, vimos uma média de

59

cotilédones

(4

pequenos, 23 médios e 32 grandes) para o corno uterino direito, e

56 (5

pequenos,

18

médios e 33 grandes) para o corno uterino esquerdo.

A

nosso ver, não pudemos confrontar nossos resultados com aqueles descritos para outras espécies, nas quais a incidência de gestações gemelares é baixa.

ai 8 3

0

1

ão

do

CONCLUSÕES

como sendo notou a fase

1

)

A

área hilar variou nos caprinos de

I

a

6

cm de diâmetro e situava-se no centro da placenta;

2) A disposição comum dos cotilédones faz-se em quatro fileiras, sendo duas de cada lado da implantação do pedículo

ula

et

parte

1

dos havia

The morphologic aspects of the goat placenta were the subjects of our research. Thirty adult, mixed-breed goats, frorn the State of Piauí (Brazil), were studied, and the models obtained by Neoprene "650" latex injection were analyzed. We found that in 17 cases (56.66%) single gestation occurred, while in 13 animaIs (43.33%) gemellary gcstations were

present. The diameter of the hilus placental area ranged from I to 6 centimeters. It was located in the center of the

placenta, an area characterized by the presence of the umbilical pcdicle. Concerning the cotyledon shape, the great majority was ovoid, although circled, elliptical, pyriform and reniform shapes were also found. The total number 01' cotyledons inali thirty pregnancies was 3.117, which shows an avcrage of 104 cotyledons pcr gestation. In 16 cases of

single gestation (94.11%), the pregnant uterine horn had agreater number of cotyledons than the contralateral one. In

'7 anirnals with gemellary gestation (53.84%), the left uterine horn had a greater number of cotyledons than the right uterine one. SUMMARY r nós tação, UX16 e

icula

s

1

1

47

sendo s,tais

é

ry

"

e

es ou m nos :s por lOSSOS tados, cou a

UNITERMS: Anatomy; Placenta; Goats; Ruminants.

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

rvmos

1

0

seu íe dos [ueas tro. es das osem ~tro)e r que

l

ino

!"

:

ros) e ;t

a

l.

'

:

etros)

1- BARONE, R. Anatomie comparée des mamiféres domestiques.

Spianchnologie. Paris: Vigot, 1976. Fascicule 11. p.579-605. 2- BENESCH, F.Tratado de obstetricia y ginecologia veterinarias.

Barcelona: Labor, 1963. p.77.

3- CARAMBULA, S.; MIGLlNO, M.A.; DIDIO, L.J.A.; TEIXEIRA FILHO, A.; SOUZA, W.M. Pesquisa anatômica sobre a ramificação e disposição das artérias e veias das placentas de bovinos azebuados. Brazilian Journal ofVeterinary Research and Animal Science, v.34, n.3, p.131-7, 1997.

4- DRIEUX, H.; THIÉRY, G. La placen.tation chez mammiféres domestiques Ill. Placenta des bovidés. Recuei! de Médecine Vétérinaire, v.127, n.l, p.5-25, 1951.

5-ELLENBERGER, w.; BAUM, H., 1921, apud HAFEZ, S., 1954.

p.I77-91.

6-FABRICIUS, H., 1600apud MARSHALL, F.H.A., 1952.p.189-211.

7- FRANDSON, R.O. Anatomy and physiology of farm animaIs. 4.ed. Philadelphia :Lea &Fcbiger, 1986. p.427-30.

8-GROSSER,O.Vergleichende anatomie und entwicklungsgeschichte der eihâute und placenta. Wicn : Wilhelm Braumüller, 1909. p.89-11 O.

9- GURLT; KROLLlNG, apud BENESCH, F., 1963. p.77.

IO-HAFEZ, S.The placentorne in the buffalo,Acta Zoolgic Stockholm, v.35, n.2, p.I77-91, 1954.

ll-INTERNATIONAL COMMITTEE ON VETERINARY GROSS ANATOMICAL NOMENCLATURE; INTERNATIONAL COMMITEE ON VETERINARY HISTOLOGICAL NOMEN

-CLATURE; INTERNATIONAL COMMITEE ON VETERINARY

EMBRIOLOGICAL NOMENCLATURE. Nomina Anatomica Veterinaria (4th.Ed.), Nomina Histologica (2nd.Ecl); and Nomina Embriologica Veterinaria (Ist.Ed.). Ithaca : Word Association on Veterinary Anatomists, 1994.

(6)

NEVES,

w.c.;

MIGLlNO, M.A.; ARRIVABENE, M.; CAVALCANTE FILHO, M.F.;FEITOSA Jr.,F.S.Dadosanatõmicos da placenta em caprinos estudado

por injeção intravascular deneoprene. Braz ..J. vetoRes. animoSei., SãoPaulo, v. 36,n. I, p.9·14, 1999.

Braz. J. VI

São PaLl!o

12-LATSHAW, W.K.Veterinary developmental anatomy. A clinically

oricnted approach. Toronto: Decker, 1987. p.49-74.

13- MARSHALL, F.H.A. Physiology of reproduction. London:

Longmans, 1952. p.189-211.

14-MIGLlNO, M.A. Pesquisa anatômica sobre artérias e veias do

cordão umbilical, sua ramificação edisposição na placenta de bovinos. São Paulo, 1991. 303p. Tese (Livre Docência). Faculdade

de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo.

15- NODEN, D.M.; Dc LAHUNTA, A. The embryology of domestic

animais. Developmental mechanisms and malformations.

Baltimore : Williams & Wilkins, 1985. p.57-60.

16- PAVAUX, C.Acolor atlas ofbovine visceral anatomy. [s.I.]: Wolf

medical, 1983. p.120-1.

Dete(

expei

chair

Recebido para publicação: 16/04/1997

Aprovado para publicação: 22/07/1998

Detec

pela I

conta

Marcos Zenaide D PI pl W

u

A

diff

e

r

e

n

to

pre

ve

th

e

de

t

e

l

e

p

t

os

pi

can

b

e

t

r

s

pp

.

c

a

n

s

em

e

n

'

.

D

fro

r

n

s

e

r

of

ot

h

e

r

i

lev

e

l

s

o

indi

rec

t

A

c

h

ai

n r

e:

growrru

Referências

Documentos relacionados

Por se tratar de uma instalação que combina dois sistemas de apoio, sendo um com três conjuntos de rodízios, para o momento em que o vidro está deslizando pelo trilho,

E aquelas professoras são tão feministas como a Lola e elas até hoje acham que eu falei para elas não fazerem a Marcha das Vadias, porque eu era contra o movimento feminista. A

Essa concepção também permanece na segunda Crítica: “[...] por idéia entendo uma perfeição à qual não pode ser dado nada adequado na experiência, nem por isso as idéias

Foram examinadas, pelo Laboratório de Doenças Parasitárias do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

MÁRCIA CEClüA MENG Médico Veterinário Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.. SÔNIA DA SILVA CROCHIK Médico Veterinário Faculdade de Medicina Veterinária

Com efeito, assim como toda ideologia, a de gênero – considerada pelo estudioso argentino Jorge Scala, em sua obra Ideologia de gênero: neototalitarismo e morte da família (São

Descrição que encaixa nos dois grupos de população idosa que Paulo Melo, membro da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), classifica: «os que têm fa- cilidade de acesso

Professor Titular de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres do Departamento de Cirurgia (Setor de Anatomia) pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade