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Sujeito simples, composto ou inexistente: Quem é o sujeito da or(ação) feminista?

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Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

Sujeito simples, composto ou inexistente: Quem é o sujeito da or(ação) feminista?

Tatiana Lima de Siqueira (UFBA) Feminismo; Sujeito; Pós-estruturalismo

ST 45 - Sujeitos do feminismo: políticas e teorias

Este trabalho procura fazer uma breve reflexão sobre os atuais debates acerca das configurações dos sujeitos nas teorias feministas. Parte dos seguintes questionamentos: quem é o sujeito o feminismo? Qual sujeito dá conta da complexa rede de subjetividades que emerge na atualidade? Qual sujeito é mais evidente e necessário ao feminismo se aquele simples, único e essencial, defendido pelas correntes liberais; se o composto, múltiplo, que busca contemplar as diferentes posições dentro das distintas categorias de sujeito ou simplesmente a inexistência deste, a “morte do sujeito”, seu aniquilamento a partir da exacerbação da fragmentação desta figura?

A idéia de um ser humano centrado, unificado e coeso é herança da concepção do sujeito do Iluminismo. Este aparece em muitos textos identificado como “sujeito cartesiano”, em referência ao filósofo francês Descartes, que propôs ao pronunciar “penso, logo existo”, a concepção de um sujeito pensante, reflexivo e racional como o lócus da subjetividade por excelência1. Este sujeito carrega seu “centro essencial” desde o nascimento e, apesar de ir se desenvolvendo ao longo de sua existência, permanece essencialmente o mesmo no decorrer de sua vida, já que seu “centro”, ou seja, sua identidade, é algo que se apresenta como fixa e unificada. Assim, segundo essa concepção todos os homens são “equivalentes na sua essência, por conta de uma igualdade fundamental que extrapola quaisquer diferenças grupais ou individuais”.2

A noção de “sujeito cartesiano” vem sofrendo ao longo dos anos diversas críticas, dentro e fora do pensamento feminista, nas palavras de Michele Barret “há tantas coisas erradas com esse modelo de subjetividade que mal sabemos por onde começar”3. Porém, neste texto a atenção está voltada, mais detidamente à crítica feminista deste modelo de configuração dos sujeitos.

Grande parte das críticas feministas a este modelo de subjetividade tem influência em pensadores pós-estruturalistas, a exemplo de Foucault, especialmente em argumentos desenvolvidos em estudos como o da História da Sexualidade, onde é discutido a respeito do quanto a sexualidade, a partir do século XIX, passa a ser vista no ocidente como a verdade a respeito do sujeito, aquilo que lhe é mais profundo e essencial. Essa forma de conceber a formação do indivíduo, coloca a sexualidade como regulada por saberes e instituições e incorporada como a essência do sujeito moderno4. Teresa de Lauretis afirma que Foucault ajudou a formular o conceito de gênero, conceito caro à teoria feminista, ao possibilitar que se fosse visto a sexualidade não como uma questão

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natural, mas sim como algo construído na cultura de acordo com os objetivos políticos da classe dominante e a partir de toda uma “tecnologia sexual”. A partir desta idéia, Lauretis propõe que também se pense gênero, ou seja, como algo criado a partir de uma “tecnologia”, que tanto a sexualidade quanto o gênero não são propriedades de corpos, nem existentes a priori nos seres humanos, mas sim pensar cada um como o “conjunto de efeitos produzidos em corpos, comportamentos e relações sociais”. Dessa forma, ela afirma que deve se pensar gênero como produto e processo de um certo número de tecnologias sociais e aparatos biomédicos5.

Até por volta do início da década de 1980 não se tinha a compreensão de gênero como a discutida acima, quem de certo modo, inaugura a discussão da construção social do masculino e feminino com certo grau de sofisticação teórica é Gayle Rubin, quando 1975 publica o texto “tráfico de mulheres”, considerado mundialmente o trabalho pioneiro no campo dos estudos de gênero. Nele, ela desenvolve o conceito de “sistema de sexo/gênero”, definido como “um conjunto de arranjos através dos quais a matéria-prima biológica do sexo e da procriação humana é moldada pela intervenção humana e social e satisfeita de forma convencional”6. Linda Nicholson, ao fazer referência ao trabalho de Rubin, diz que esta avança, mas nem tanto, pois o biológico ainda é assumido, em seu trabalho como a base sobre a qual os significados culturais são constituídos, o “eu” fisiológico ainda é visto como um dado, ela chama a abordagens como esta de Rubin de “fundacionalismo biológico”7.

Joan Scott que levando adiante o projeto de definir e problematizar gênero desenvolve, este conceito de gênero, de modo que o constituí-lo de força de análise suficiente para interrogar e mudar certos paradigmas existentes. Sendo gênero, segundo Scott, um elemento constitutivo das relações sociais, baseadas nas diferenças percebidas entre os sexos e uma forma primeira de dar significado às relações de poder, fica mais evidente, por exemplo que a formação da categoria de gênero vai além do sistema de parentesco, inclui ainda em sua construção elementos igualmente importantes como a economia, a organização política, o mercado de trabalho, a educação e outros8. Tal definição ainda torna possível articulação de gênero com outros elementos, como classe, raça, idade, orientação sexual, dentre outros.

Esta forma de pensar, fruto em grande parte, de todo um aparato crítico ao sujeito simples, essencial e universal instituído pela modernidade, que ao longo do desenvolvimento das teorias feministas foi constantemente questionado, desafiado e revisitado9, contribuiu para que os estudos feministas, de crítica da modernidade apontassem o obscurecimento das especificidades tipo: gênero, classe, raça, opção sexual, dentre outras, e desse visibilidade para diferentes sujeitos que ocupavam lugares outros, que não apenas aqueles do homem branco, heterossexual e de classe média. Portanto, essas posturas críticas evidenciaram a arrogância da concepção de sujeito universal

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ao excluir outras formas que também fazem parte da constituição de qualquer ser humano, seja ele de qual gênero for.

Refletindo sobre esta exclusão e tentando resolvê-la, a teoria feminista, num primeiro momento, buscou introduzir a mulher à categoria de sujeito, denunciando o caráter masculino do dito sujeito universal. Depois percebeu que esta postura não bastava, nem muito menos dava conta da problemática existente, já que propor a categoria mulher em oposição ao homem, apenas criava outro sujeito universal e assim, passou-se a sentir a necessidade de pensar as mulheres, no plural ou enquanto sujeito composto. Cecília Sardenberg retratou bem este caminho ao dizer que:

Até meados dos anos de 70 o objeto central dos estudos feministas era a “mulher” (no singular). A principal preocupação era delinear as causas da opressão feminina, da subordinação da mulher na história do patriarcado. Mas “a mulher” é um objeto ideal, porque não existe “a mulher”, no geral. Existem mulheres de carne e osso, plurais. (...)É mais ou menos a partir de meados dos anos de 1970 que começamos a perceber um deslocamento de ênfase: de mulher para “mulheres”. Surgem os estudos sobre mulheres10.

Esta nova fase do pensamento feminista introduzia um elemento novo. Ela não argumentava apenas que as mulheres eram diferentes dos homens, mas que também eram diferentes entre si. Passou-se a perceber que o conceito de mulher, como até então se defendia estava indo de encontro a certos pressupostos como o da “construção social dos papéis de gênero” sustentado pela teoria feminista, já que fazia pressupor certa dimensão biológica, que na prática aceitava a existência da natureza feminina e masculina, fazendo com que as diferenças entre homens e mulheres fossem percebidas como fatos da natureza11. A postura do feminismo das mulheres negras foi, em grande medida, o detonador desta nova compreensão, ao colocar sua crítica em relação ao conceito de “mulher” e ao “feminismo branco e dominante.” 12 Luiza Bairro ao refletir sobre essa questão argumenta a favor da necessidade de transformar e cruzar certos conceitos como “mulher”, “experiência” e o “pessoal é político”, com outros conceitos como racismo, sexismo, opressão, homofobia, etc. Ela diz:

A experiência da opressão sexista é dada pela posição que ocupamos numa matriz de dominação onde raça, gênero e classe social interceptam-se em diferentes pontos.(...)Raça, gênero, classe social, orientação sexual reconfiguram-se mutuamente formando um mosaico que só pode ser entendido em sua multidimensionalidade. De acordo com o ponto de vista feminista, portanto, não existe uma identidade única, pois a experiência de ser mulher se dá de forma social e historicamente determinadas13.

A contribuição desta recusa da essência do sujeito permite entender os distintos sujeitos do feminismo, ao fazer enxergar as diferentes formas da experiência de ser mulher, assim como a impossibilidade de unificar todas essas formas em uma única categoria feminina e buscar saídas explicativas para as desigualdades entre os gêneros e no interior de cada gênero14. Assim não basta

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dizer que as mulheres são diferentes dos homens desse ou daquele jeito, porque isso é dizer que as mulheres são “desse ou daquele jeito”, por conta disso tal postura do feminismo causou protestos entre aquelas mulheres – negras, lésbicas e de classe trabalhadoras – que não se viam contempladas, isto é, que não viam suas experiências refletidas nas histórias contadas até então, e como respostas passaram a denunciar a perspectiva visivelmente branca, ocidental e de classe média dessas histórias15.

Para Scott o conceito de gênero, capaz de dar conta destas diversidades, precisa de uma teoria que lhe dê suporte e essa teoria para ela é o pós-estruturalismo, na medida em que permite questionar as categorias unitárias e universais e tornar históricos conceitos que são normalmente tratados como naturais, como, por exemplo, “homem” e “mulher”16. Bila Sorj, também argumenta que o discurso e crítica pós-moderna exerce um forte fascínio junto à teoria feminista e é um forte aliado do feminismo, uma vez que permite a emergência de outras vozes previamente oprimidas pelos discursos que se pretendiam universais, dessa maneira o discurso feminista mais afinado com o pós-modernismo, volta sua atenção para as formas específicas de experenciar o mundo e os outros traços de personalidade daí decorrentes. No entanto, a autora chama atenção para alguns perigos que o pensamento pós-moderno causa à teoria feminista, como por exemplo, esvaziamento da subjetividade da resistência à normalidade patriarcal e capitalista da vida cotidiana17.

Cabe, portanto, aqui fazer algumas considerações a respeito da suspeita alegada por Bila Sorj quanto à possibilidade de “esvaziamento de subjetividade” que o discurso pós-moderno provocaria, o que inviabiliza o caráter de resistência do feminismo. Faz-se necessário refletir sobre questões do tipo: até que ponto esse pensamento de fato “esvazia” a ação política do feminismo? Ele de fato, faz do sujeito do feminismo algo que não existe, mata este sujeito ou apenas permite ressignificar a categoria de identidade? Perceber a fragmentação de interesses e experiências das categorias mulheres e homens é aniquilar estas categorias ou é reconhecer nelas a impossibilidade de uma homogeneização que dê conta das diferenças certamente aí presentes? Identificar essa impossibilidade é anunciar a morte do feminismo enquanto movimento social ou é buscar saídas, no sentido de fazer dele mais inclusivo e sensível às diversas demandas, que o desenvolvimento do próprio movimento feminista pôs em evidência ao longo de sua trajetória?

Considero rico o diálogo proposto, por teóricas feministas como Butler, Linda Nicholson, Chantal Mouffe e outras, entre o pensamento feminista e a teoria pós-estruturalista, por acreditar que este permite não a defesa da “morte do sujeito”, mas sim o abandono de certas categorias que essencializam este sujeito. Porém, é certo que essas idéias “abalam certezas”, “tiram o chão” e promovem deslocamentos que, inquietam certas formas estruturadas de pensamento, mas nem por isso provoca o “esvaziamento de subjetividade” e nem “inviabiliza o caráter de resistência do feminismo”. Gabriela Hita analisa esta questão ao escrever:

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Ao invés de afirmarem ou defenderem uma identidade fixada a priori que defina aqueles que poderão representar a diversidade de facções em questão, como ocorreu com teorias tradicionais do sujeito, muitas dessas autoras propõem pensarmos em termos como “coalizão, conexão ou afinidades” que continuam nos remetendo àquela idéia de agenciamento da teoria tradicional de identidade. Estas “políticas de coalizão”,(...)estariam produzindo um “novo tipo de identidade” como “efeito”,resultado dos processos de negociações e conexões entre distintos grupos ou facções em conjunturas determinadas18.

Judith Butler afirma que o pós-estruturalismo não é o advento de um relativismo niilista incapaz de oferecer normas, mas sim, que é pré-condição de uma crítica politicamente engajada, isso porque ele se propõe é interrogar movimentos teóricos que estabelecem fundamentos inquestionáveis e que terminam por autorizar exclusões ou privar direitos. Dessa forma, para ela, o pensamento pós-estruturalista, na medida em que oferece um modo de crítica e efetua essa contestação pode ser usado como parte de uma agenda radical do feminismo. Butler falando sobre a questão da configuração do sujeito, a partir de uma perspectiva pós-estruturalista feminista, diz que nenhum sujeito é seu próprio ponto de partida e que a crítica ao sujeito não é a negação deste, mas um modo de interrogar sua construção como premissa fundamentalista ou dada de antemão19. Ela, citando Scott afirma que é “politicamente necessário remontar às origens das operações de construção dos sujeitos e dos apagamentos das operações de exclusões que remete sua construção.”

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Butler responde às inquietações de muitas feministas contrárias ao pós-estruturalismo, por alegarem que este evoca a “morte do sujeito”. Ela diz que ao tomar a construção do sujeito como uma problemática política, não se estar acabando com o sujeito; desconstruir um conceito não é a mesma coisa que negar ou jogar fora este conceito; ao contrário, a desconstrução implica somente que suspendemos todos os compromissos com aquilo a que o termo “o sujeito” se refere, e que examinamos as funções lingüísticas a que ele serve na consolidação e ocultamento da autoridade. Desconstruir o sujeito do feminismo não é, portanto, censurar sua utilização, mas ao contrário, liberar o termo num futuro de múltiplas significações, emancipá-lo das ontologias maternais ou racistas às quais esteve restrito e fazer dele um lugar onde significados não antecipados podem emergir. “Pôr um pressuposto em questão não é suprimi-lo é antes libertá-lo de sua morada metafísica”21. Portanto, desconstruir a categoria “mulher” não é abandonar esta categoria é apenas ressignificá-la.

Trata-se, portanto de um engano pensar que a desconstrução de categoria como “mulher” signifique a inexistência das mulheres. O sujeito do feminismo continua a existir, apenas passa a ser compreendido como algo que é construído discursivamente em contextos políticos específicos, a partir de articulações e coalizões das mais diversas. É isto que Linda Nicholson esclarece ao afirmar que “política de coalizão” ocorre em grupos com interesses claramente definidos que se unem em

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caráter temporário em torno de benefícios mútuos, essa forma de agir, continua ela, pode ser pensada também em relação à política feminista interna, ou seja, é possível pensar uma política feminista como a união daqueles que querem trabalhar em torno das necessidades das “mulheres”, não sendo tal conceito necessariamente entendido num sentido específico ou consensual, a idéia é que se congregue diferentes necessidades dos grupos que constituem a coalizão e reivindicações específicas em torno das quais grupos diferentes temporariamente se unem. Dessa forma, continua-se a usar o termo “mulheres”, mas não como bacontinua-seado numa realidade dada, mas a partir daquelas que surgem em lugares e contextos específicos; estas “mulheres”, portanto, são atos políticos que refletem os contextos dos quais emergem e os futuros que gostariam de ver22.

Para finalizar gostaria de trazer ainda um pouco da contribuição de Chantal Mouff, que também fala da impossibilidade da existência do sujeito como agente racional, transparente, composto por uma unidade e defende a dimensão múltipla de todo e qualquer sujeito. Um indivíduo isolado, afirma ela, pode ser portador desta multiplicidade, ser dominante em uma relação e estar subordinado em outra, por isso um agente social, ou uma entidade constituída por um conjunto de “posições de sujeito” que não podem estar nunca totalmente fixada. A “identidade” do sujeito é, portanto múltipla e contraditória, é contingente e precária, fixada temporalmente na interseção das posições de sujeito e dependente das formas específicas de identificação. Conclui dizendo que a ausência de uma unidade prévia da “condição feminina” não impede a construção de múltiplas formas de unidade e de ação comum. As fixações parciais e criação de “pontos nodais” podem estabelecer formas precárias de identificação ao redor da categoria “mulheres” que proporciona a base para uma identidade e luta feminista23.

Dessa forma, as críticas produzidas pela teoria feminista atual, mais atrelada ao pensamento pós-estruturalista sobre a questão da (in)existência do sujeito simples, essencial e universal, ao que se pode perceber pelos fragmentos apresentados do pensamento de feministas como Butler, Mouff, Nicholson não propõem o fim ou inexistência do sujeito, elas não matam a possibilidade de ação e articulação dos sujeitos, apenas põem em evidência a arrogância, os limites e inviabilidade do sujeito em quanto centro unificado e homogeneizado de todas as experiências e desejos das diversas posições de sujeitos. A proposta é construir múltiplas formas de unidade e de ação comum entre os sujeitos a partir da criação de “pontos nodais”, “políticas de coalizões”, “posicionalidade localizada ou situacional”, dentre outros e assim se fará com que os diversos sujeitos se vejam contemplados e se sintam incluídos cada qual nas suas especificidades.24

Referência Bibliográfica

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1 MONTEIRO, Marko. Sujeito, gênero e masculinidade. In. ALMEIDA, Eloísa Buarque et al (org.) Gênero em Matizes. EDUSF, São Paulo, 2002. p. 243

2 Id. Ibid. p.244

3 BARRET, Michelle. As palavras e as coisas: materialismo e método na análise feminista contemporânea. Revista Estudos Feministas, V. 7, Nº. 1 e 2, 1999. p. 115

4 Ver FOUCAULT, Michel de. História da sexualidade 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1997.

5 DE LAURETIS, Teresa. A tecnologia do gênero. In. HOLLANDA, H. Buarque de (Org.). Tendências e impasses como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p.207-208

6 RUBIN, Gayle. Tráfico de mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. In. R. Reiter(ed), Toward na Antropology os Women, Nei York: Monthly Review Press, 1975, p. 05 [traduzido para o português e publicado por SOS Corpo e Cidadania]

7 NICHOLSON, Linda. ‘“Interpretando gênero”. Revista Estudos Feministas. V. 8 Nº. 2, 2000. p.11-12.

8 SCOTT, Joan. SCOTT, Joan. Gênero - uma categoria útil de análise em História. Recife: SOS corpo e cidadania, 1993.

9 Trabalhos como o de PATEMAN, Carole. O contrato sexual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993, de BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980 e outros já vinham discutido a pretendida universalidade, unidade e o caráter masculino do sujeito moderno.

10 SARDENBERG, Cecília M. B. . Estudos Feministas: um esboço crítico. In. GURGEL, Célia(org.) Teoria e práxis dos enfoques de gênero. Salvador: REDOR-NEGIF. 2004 p.20-21

11 BAIRROS, Luisa. “Nossos feminismos revisitados.” Revista Estudos Feministas. V. 3, nº. 2, 1995.p459

12 DE LAURETIS, Teresa. Op. Cit. P.218. A autora vai dizer que a mudança na consciência feminista vai se dar por volta de 1981 com a publicação de Thi Bridge Called my barck, uma coletânea de textos de mulheres de cor radicais, onde denunciavam o caráter discriminatório do feminismo branco e de classe média daquele momento.

13 BAIRROS, Luisa. Op. Cit. P.462 14 MONTEIRO, Marko. Op. Cit. P.244

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15 NICHOLSON, Linda. Op. Cit. P.28

16 SCOTT, Joan. “Prefácio a gender and politics of history”. Caderno Pagu. Nº3. (Desacordos, dessabores e diferenças). 1994. p.11-27. Apud. MARIANO, Silvano A.. “O sujeito do feminismo e o pós-estruturalismo”. Revista Estudos Feministas. V.13, n.3, 2005. p.2

17 SORJ, Bila. “O feminismo na encruzilhada da modernidade e pós-modernidade.” In. COSTA, A.O. e BRUSCHINI, C. Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Fund. Carlos Chagas, 1992. p.19-20.

18 HITA, Maria Gabriela. “Igualdade, identidade e diferença(s): feminismo na reinvenção de sujeitos”. In BUARQUE, Heloísa de Almeida et al (orgs) Gênero em Matizes. EDUSF, São Paulo, 2002. p.331

19 BUTLER, Judith. “Fundamentos contingentes: o feminismo e a questão do pós-modernismo”. Caderno Pagu, (11) 1998. p.19-22.

20 SCOTT, Joan. Introdução. In. “Gender and politics of history”. Nova York: Columbia University Press. 1998. Apud. BUTLER, Judith. Op. Cit. p.33.

21 BUTLER, Judith. Op. Cit. p.34-38. 22 NICHOLSON, Linda. Op. Cit. P. 37-38.

23 MOUFF, Chantal. O regresso do político. Lisboa: Gradiva. 1993 (Cap. 5 – Feminismo, cidadania e política democrática radical). P.32-48.

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