Novo cenário da terapia
antirretroviral no Brasil
Roberto Zajdenverg
Médico
GSK Brasil
CRM:52487374
Conflitos de Interesse
De acordo com a Resolução 1931/2009 do Conselho Federal de Medicina e com a
RDC 96 / 2008 da ANVISA, declaro que:
Esta apresentação é organizada e patrocinada pela GSK;
Sou funcionário GSK.
Em 2015:
O Ministério da Saúde estima que 827 mil pessoas vivem com HIV/aids:
455 mil estão em tratamento
Cerca de 112 mil pessoas ainda não sabem
260 mil já sabem que tem o HIV, mas não iniciaram o tratamento
Epidemiologia no Brasil
Adaptado a partir da referência 1 Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
Meta 90/90/90 da UNAIDS
das PVHA
diagnosticadas
das PVHA
diagnosticadas
-> em tratamento
das PVHA em
tratamento
-> em supressão viral
Adaptado a partir da referência 2 Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
O Brasil e as metas 90-90-90
Adaptado a partir da referência 1
Carga Viral Indetectável
Quando começar a TARV?
IAS-USA
TARV é recomendada
para tratamento da infecção pelo HIV e prevenção da
transmissão
independente da contagem de CD4
(AIa-BIII)
DHHS
TARV recomendada para todos
independente do CD4 pré-tratamento. (Grau
de recomendação AI)
WHO
Iniciar TARV em todos
independente do estágio clínico da OMS ou CD4.
Priorizar doença clínica grave/avançada (estágios OMS 3 ou 4) e adultos com
CD4<350.
EACS
TARV deve sempre ser recomendada
independente da contagem de CD4.
Forte recomendação se categoria do CDC B ou C (incluindo TB) ou CD4 <350.
Brasil
Todas as PVHA, independentemente da contagem de CD4:
Estimular início
imediato da TARV, na perspectiva de redução da transmissibilidade do HIV,
considerando a motivação da PVHA.
Adaptado a partir das referências 3-7 Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
GUIDELINES
ITRN
ITRNN
INI
IP
TDF ou TAF/ FTC/3TC
ABC/
3TC AZT/3TC EFV NVP RPV DTG EVG RAL ATV DRV LPV
IAS-
USADHHS
EACS
OMS
*
Brasil
Preferencial AlternativaNão recomendada ou Situações especiais Não disponível
*400 mg
Como começar a TARV em adultos
Adaptado a partir das referências 3-8 Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
*administração 1x/dia em pacientes sem resistência aos inibidores da integrase
Adaptado a partir das referências 9 e 10
Nota Informativa N° 007/2017 – DDAHV/SVS/MS
(7 de fevereiro de 2017)
Preferencial
TDF
1/3TC + DTG
Esquema inicial
TDF
1/3TC/EFZ
Esquema inicial em situações especiais:
2- coinfecção TB-HIV sem critérios de gravidade
- gestação
TDF
1/3TC + RAL
3Tratamento na coinfecção TB-HIV com um ou mais dos critérios de gravidade abaixo
2:
- CD4<100 céls/mm
3- Presença de outra infecção oportunista
- Necessidade de internação / doença grave
- TB disseminada
1O AZT permanece como alternativa em casos de intolerância ao TDF e ABC. 2Realizar genotipagem pré-tratamento e iniciar TARV (não postegar).
3Concluída a situação (tratamento TB ou parto) deverá serfeita a mudança para TDF/3TC + DTG.
• O dolutegravir passa a compor o esquema ARV inicial preferencial.
• Switch recomendado, nesse momento, apenas para aqueles pacientes em uso de RAL.
• A indicação de dolutegravir para resgate terapêutico deverá ser avaliada pela câmara técnica de cada
estado ou na área técnica do Ministério da Saúde.
Adaptado a partir da referência 9 Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
Nota Informativa N° 007/2017 – DDAHV/SVS/MS
Alternativo
TDF
1/3TC/EFZ
Esquema alternativo em casos de intolerância ou contraindicação ao DTG
4TDF
1/3TC + RAL
Esquema alternativo em casos de intolerância ao EFZ em situações especiais:
- coinfecção TB-HIV
- gestação
ABC
5+ 3TC + DTG
Esquema para início de tratamento em caso de contraindicação ao TDF em PVHA com teste
negativo para HLA-B*5701
1O AZT permanece como alternativa em casos de intolerância ao TDF e ABC.
4Contraindicações ao uso de DTG: PVHA em uso de fenitoína, fenobarbital, “oxicarbamazepina”.
5O ABC é alternativa de tratamento em caso de contraindicação ao TDF em PVHA com teste negativo de HLA-B*5701 e CV< 100.000 cópias/mL, quando
associado ao EFZ.
Adaptado a partir da referência 9 Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
Nota Informativa N° 007/2017 – DDAHV/SVS/MS
Ainda não existem apresentações disponíveis de dolutegravir para a população pediátrica, sendo uso restrito a
crianças com mais de 12 anos e peso superior a 40kg. Além disso, seu uso não está indicado em gestantes e em casos
de coinfecção com tuberculose.
Para aqueles com suspeita ou resistência comprovada por genotipagem ao raltegravir, o dolutegravir está indicado na
dose de 50mg 2x/dia.
As PVHA em uso de raltegravir por esquema de resgate terapêutico deverão ter este medicamento substituído por
dolutegravir a partir de fevereiro até 30 de abril de 2017.
Para os casos de primeira falha, os esquemas devem ser guiados por genotipagem.
O atazanavir/r é o IP de uso preferencial. O darunavir/r passa a ser alternativo em casos de intolerância ou toxicidade
comprovada ao ATZ/r, sem necessidade de autorização pela câmara técnica (a partir de abril/2017).
Adaptado a partir das referências 9 e 10 Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
Nota Informativa N° 007/2017 – DDAHV/SVS/MS
Para PVHA com histórico de falha em mais de um esquema ARV, novos esquemas também devem ser
guiados por genotipagem.
A indicação dos ARV de uso restrito (DRV, TPV, DTG, ETR, MVQ e T20) deve ser considerada para pacientes:
• em falha virológica
• que apresentam resistência a pelo menos 1 ARV de cada uma das 3 classes (ITRN, ITRNN e IP)
• que tenham genotipagem realizada há pelo menos 12 meses
• autorizado pela câmara técnica
Adaptado a partir da referência 9 Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
Nota Informativa N° 007/2017 – DDAHV/SVS/MS
Certos medicamentos e suplementos interagem com DTG como:
• Dofetilida, utilizada no tratamento de algumas condições cardíacas como fibrilação atrial – está
contraindicado o uso do DTG;
• Metformina, utilizada no tratamento de diabetes: ajustar a dose de metformina e realizar
acompanhamento clínico e glicêmico se necessário;
• Antiácidos utilizados para o tratamento sintomático da indigestão e azia, devem ser ingeridos 6 horas
antes ou duas horas depois da tomada do DTG;
• Suplementos alimentares que contêm cálcio ou ferro: devem ser ingeridos 2 horas antes ou 6 horas
depois da tomada do DTG. Caso o DTG seja ingerido com alimentos, os suplementos também
podem ser ingeridos ao mesmo tempo.
Fonte: Dados fornecidos pelo Ministério da Saúde (Nota Informativa Complementar Nº 019/2017-DDAHV/SVS/MS
Nota Informativa Complementar
(7 de março de 2017)
•
A combinação TPV/r diminui a concentração de DTG. A dose indicada é de 50 mg 2x/dia quando há
coadministração de TPV/r.
•
As PVHA em uso de RAL (que não seja gestante, criança e coinfecção TB-HIV) deverão ter este medicamento
substituído por DTG 50 mg 1x/dia, até a data limite de 30 de abril de 2017, mediante prescrição médica com
apresentação do formulário de dispensação de antirretrovirais.
•
Para aquelas pessoas com resistência comprovada ao RAL, o DTG está indicado na dose de 50 mg 2x/dia.
•
A ETR diminuiu a concentração plasmática do DTG, o que pode causar perda da resposta virológica e possível
resistência ao DTG. Só é permitido esta combinação se no esquema estiverem presentes DRV/r ou LPV/r ou
ATV/r.
•
O EFV diminuiu a concentração plasmática de DTG. A dose recomendada é de 50 mg 2x/dia quando há
coadministração de EFV.
•
Para aquelas pessoas que estão em uso do RAL devido a coinfecção por tuberculose a dose de RAL deve ser 400
mg 2x/dia.
Fonte: Dados fornecidos pelo Ministério da Saúde (Nota Informativa Complementar Nº 019/2017-DDAHV/SVS/MS Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
Nota Informativa Complementar
Alerta às PVHA
Fonte: Acervo pessoal Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
Formulário SICLOM – Fevereiro/2017
Adaptado a partir da referência 8 Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
Formulário SICLOM – Fevereiro/2017
Adaptado a partir da referência 8 Material de autoria e propriedade GSK , a reprodução deste é proibida sem o consentimento da empresa
Dolutegravir: Posologia e modo de usar
População
Posologia
Adultos
Sem resistência a
inibidores da integrase
50 mg uma vez ao dia
Com resistência a
inibidores da integrase
(documentada ou com
suspeita clínica)
50 mg duas vezes ao dia
Adolescentes
(de 12 até menos de 18 anos e com peso mínimo de 40 kg)
50 mg uma vez ao dia
Não há dados suficientes para
recomendação de uma dose de
Tivicay® a crianças e
adolescentes com menos de 18
anos resistentes a inibidores da
integrase.
Medicamentos
Ajuste de dose do dolutegravir?
Contraceptivos orais
Não
Inibidores da bomba de prótons
Não
Antagonistas H
2Não
Antidepressivos
Não
Estatinas
Não
Anticonvulsivantes: ácido valpróico, clonazepan, etossuximida,
gabapentina, lamotrigina, pregabalina, topiramato
Não
Anticonvulsivantes: carbamazepina
50 mg de 12/12h em virgens de INI
Evitar em pacientes com resistência a INI
Anticonvulsivantes:
fenitoína, fenobarbital, oxicarbamazepina
Não utilizar com dolutegravir*
Metformina
Não
Ajuste na dose de metformina pode ser considerado ao
iniciar ou interromper o uso do DTG
Interações medicamentosas do dolutegravir
*Apesar da bula atual brasileira Tivicay_com_rev_GDS08_IPI08_L0833 não contraindicar o uso de DTG com fenitoína, fenobarbital e oxicarbamazepina, a nota técnica recém publicada deixa clara a contraindicação.
Medicamentos
Ajuste de dose do dolutegravir?
Azólicos: cetoconazol, miconazol, fluconazol, itraconazol
Não
Antivirais para Hepatite C: simeprevir, sofosbuvir, ledipasvir, velpatasvir,
daclatasvir, ombitasvir/ paritaprevir/r, telaprevir, alfapeginterferona 2b
Não
Antineoplásicos: anastrozol, capecitabina, ciclosporina, clorambucil,
erlotinibe, etoposídeo, exemestano, metotrexato, tamoxifeno, vincristina
Não
Avaliar ajuste de dose com: paclitaxel, oxaliplatina e
vimblastina
Antiácidos contendo magnésio /alumínio
Dose separada de DTG 2h antes ou 6h após esses
medicamentos
Suplementos com cálcio ou ferro e multivitamínicos
Não, se administrado com alimentos
Drogas recreacionais: álcool, anfetamina, cocaína, heroína, LSD, maconha,
Ecstasy/MDMA, mefedrona, metanfetamina
Não
Rifampicina
Dose do DTG 50 mg 2x/dia
Evitar em pacientes com resistência a INI
Interações medicamentosas do dolutegravir
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Bulas completas dos produtos GSK
Artigos científicos na íntegra
Respostas a questionamentos
científicos sobre os produtos GSK
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áreas terapêuticas de atuação da GSK
Referências Bibliográficas
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Panorama HIV/Aids 2015. Disponível em:
<http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/noticia/2016/59294/01_12_2016_apresentacao_aids_final_pdf_17743.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2017.
2. UNAIDS. 90–90–90 - An ambitious treatment target to help end the AIDS epidemic. Disponível em:
<http://www.unaids.org/en/resources/documents/2014/90-90-90>. Acesso em: 03 mar. 2017.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. Disponível em:
<http://www.aids.gov.br/publicacao/2013/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-manejo-da-infeccao-pelo-hiv-em-adul> . Acesso em: 08 fev. 2017.
4. WHO. Consolidated Guidelines on the use of antiretroviral drugs for treating and preventing HIV infection 2016: Recommendations for a public health approach.
Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/ 10665/208825/1/9789241549684_eng.pdf?ua=1>. Acesso em: 08 fev. 2017.
5. GÜNTHARD, HF. JAMA; 316(2):191-210, 2016.
6. DHHS. Guidelines for the Use of Antiretroviral Agents in HIV-1-Infected Adults and Adolescents. Disponível em:
<https://aidsinfo.nih.gov/contentfiles/lvguidelines/adultandadolescentgl.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2017.
7. EACS. Guideline 8.0. Disponível em: <http://www.eacsociety.org/files/guidelines_8_0-english_web.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2017.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Formulário de Solicitação de Medicamentos – Tratamento. Disponível em:
<http://azt.aids.gov.br/documentos/siclom_operacional/Formul%C3%A1rio%20de%20Dispensa%C3% A7%C3%A3o%20de%20ARV%20-%20Tratamento%20JAN%202017.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2017.
9. BRASIL. Ministério da Saúde. Nota Informativa N° 007/2017-DDAHV/SVS/MS. Disponível em:
<http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/legislacao/2017/59412/nota_informativa_007_protocolo_de_uso_arv_2017_29907.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2017.
10.TIVICAY® (doltegravir sódico). Bula do produto.
11.BRASIL. Ministério da Saúde. Nota Informativa N° 007/2017-DDAHV/SVS/MS. Disponível em:
<http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/legislacao/2017/59412/nota_informativa_007_protocolo_de_uso_arv_2017_29907.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2017.
12.Pesquisa realizada na base dados HIV DRUG INTERACTIONS, inserindo o antiretroviral de preferencia no item HIV DRUGS e selecionar a co-medicação de interesse no
item CO-MEDICATIONS, obtendo o perfil de interações desejado. Base de dados disponível em: <http://www.hiv-druginteractions.org/Interactions.aspx>. Acesso em: 08 fev. 2017.
Material destinado exclusivamente para profissionais de saúde habilitados a prescrever
ou dispensar medicamentos.
A bula completa do medicamento e outras informações estão à disposição sob solicitação ao departamento de Informações
Médicas (DDG 0800 701 22 33 ou e-mail medinfo@gsk.com). Para notificar eventos adversos ocorridos durante o uso de
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