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A equipe: Júlio César Raspinha Diretor e Jornalista Responsável

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Academic year: 2021

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Rogério Curiel - Diagramação e Arte

A equipe:

Júlio César Raspinha Diretor e Jornalista Responsável Rosana Oliveira - Depto. Financeiro Roberto Junior - Redação Ariane Bravo - Redação Jeniffer Teodoro - Redação Yasmim Rais - Redação

Sede:

Avenida Amazonas, 1472 - Centro CEP: 86975-000 Mandaguari/PR Atendimento geral: (44) 3133-4000 E-MAIL: jornalagora@portalagora.com Impressão: Grafinorte - Apucarana Tiragem: 1.500 exemplares

Este jornal é um produto

escritor e palestrante

profissional

Gilclér Regina

GLL da Silva Eireli - ME 26.146.231/0001-00 www.portalagora.com

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editorial

Jornalista,

historiador

e mestre em

Comunicação

Donizete Oliveira

As galinhas principiavam o alarido. O dia estava escuro. Era 18 de julho de 1975. Embaixo de um pesado acolchoado de painas ouvi minha mãe dizer ao meu pai que a água da caixa na varanda congela-ra. O recipiente cheio evitava várias idas à mina que ficava numa grota a uns 500 metros de casa. Ela sempre levantava antes para preparar o café. Em seguida meu pai saía da cama para ordenhar as vacas. Eu, curio-so, corri para ver a cena. A caixa de concreto estava espelhada. A água virara vidro, imaginei.

Era um dia especial para mim. Meu aniversário. Mas naquele tem-po a gente nem ligava para essas coisas. Passava batido. Ainda mais naquele dia que só se falava de frio. O sol raiou na colina no alto do pasto. Logo começou a surgir um cheiro de folhas verdes queimadas. Meu pai levantou. Nem foi ao cur-ral. Com minha mãe, seguiu rumo ao cafezal, que se avizinhava de casa. Eu levantei, peguei uma ca-neca de alumínio e corri para o curral. Era rotina. Sempre a levava com uma colher de pinga ao fun-do. A bebida era misturada ao leite quente e espumoso que saía das tetas das vacas. A gente degustava a inusitada mistura. Mas naquele dia, não tinha leite. Encontrei meu pai e minha mãe cabisbaixos, táci-tos. Acabou tudo, repetia ele.

Referia-se à geada daquela madrugada de 18 de julho de 1975. Com a chegada dos primeiros raios de sol, a vegetação começava a ficar negra. Segurei na perna dele,

con-Uma geada que mudou nossas vidas

traí a mão no tecido da calça e de-sandei a chorar. Não entendia bem o que se passava, mas não resisti à tristeza dele e da minha mãe.

Dali a pouco se formou um burburinho na estrada batida que passava a alguns metros do nosso terreiro. Os vizinhos. Eles falavam ao mesmo tempo querendo enten-der o que acontecera. O Bonifácio, um senhor esguio, de bigodes ama-relos, se mostrava exaltado. Não se conformava. Meeiro, igual meu pai, ele perdera sua colheita de café. O trabalho e o investimento daquele ano haviam queimado.

A gente apanhava as folhas de café e as esfregava com as mãos. Um

pó preto caía no chão. Torraram. Troncos e galhos também. Secavam como se um fogo os tivesse atingido. Resultado do frio cortante da ma-drugada. A tal geada negra. Hoje, sabemos. Recebe esse nome porque queima a parte interna da planta, deixando-a escura.

Aquela camada de gelo que co-briu as pastagens com o correr das horas e o sol foi se transformando. O capim escuro mudava a paisa-gem. No outro dia, tudo estava ne-gro esturricando. Uma mangueira de plástico, que levava água a uma horta que tínhamos no terreiro, trincou. A torneira fixada na caixa de concreto estava aberta, e a

man-gueira com o bico fechado. A água congelou dentro.

Naquele tempo, o café era o carro-chefe da roça. Com o arroz, o feijão e o milho. Mais tarde surgiu a soja, que a gente chamava de “feijão japonês”. As laranjas do pomar que havia na sede da fazenda onde mo-rávamos também sucumbiram ao frio. Murcharam e com o passar dos dias caíram. Tudo parecia perdido.

A saída era recomeçar. Aque-le café desgalhado, que formava árvores e era colhido com escada, levava tempo para refazer. A inten-sidade daquela geada não permitiu rebrota. Tivemos de replantar tudo. Mas a roça perdeu a robustez. Os cafezais já vinham baqueados com a inexistência de uma política de preços dos governos. A catástrofe de 1975 foi o empurrão ao abismo.

Muita gente seguia para a ci-dade. São Paulo era o destino pre-ferido. Virar operário na linha de montagem de alguma indústria. Meu irmão, desanimado, foi tentar a vida lá. Meus pais permaneceram na lida do campo. Se achavam ve-lhos para encarar a cidade. Não sa-biam fazer outra coisa que não ali no eito dos cafezais.

Nós, crianças, também sofre-mos. Um campo de futebol onde nos reuníamos para jogar bola nos fins de semana virou terra. A grama queimada com o frio não rebrotou. Azar nosso. Cada tom-bo era uma ralada nas pernas. Até hoje carrego as marcas dos verdes, secos e tristes campos daqueles rin-cões da infância.

Jornais retrataram a destruição dos cafezais

Eu entendo que a motivação do ser humano é justamente aquela que o faz buscar um melhor senti-do da vida, melhores condições de vida para sua família, para seu bem estar e isso está intimamente ligado à sua condição profissional. Com isso, percebemos que, se a pessoa está de bem com a vida, o seu tra-balho vai bem. Quando ocorre de alguém estar bem no trabalho, mas na vida pessoal as coisas não estão acontecendo é tudo uma questão de tempo e o reflexo dessa situação também afetará a vida profissional. Isso faz parte de nosso estudo de INTELIGÊNCIA EMOCIONAL com meu livro neste tema entre ao mais citados e vendidos hoje no país.

Ninguém têm nervos de aço e como seres humanos somos afeto em pessoa, temos carência de sen-timentos melhores, de espirituali-dade, de motivação, de se acreditar crescendo e, sobretudo de família e quando um dos pilares cai à possibi-lidade de erro, de desconcentração, de maus resultados, de nada dar certo é muito maior.

As duas situações, motivação pessoal e profissional têm sido o grande obstáculo das pessoas, mas coloco um peso maior na motiva-ção pessoal (chamo aqui de emo-cional) porque enquanto profissão, o ser humano é 90% adaptação e essa inclusive só irá acontecer se ele estiver 100% motivado como pes-soa.

Treinar dá lucro em motivação pessoal e profissional

Há muita pressão nos dias

de hoje. Imagine neste mundo de pandemia, de home office, com o crescente problema de ansiedade e depressão. Se alguém estiver de-sempregado, enfrenta mais pressão ainda em casa, na família, recebe uma carga de estresse muito grande, aumenta o medo e aí a tendência é piorar.

Se estiver em plena carga de trabalho, cobra mais resultados de si mesmo ou recebe esta carga dos superiores e o próprio medo dos bons ventos irem embora. É preci-so mesmo muito cuidado para não se deixar levar pela desmotivação e olhe que o passatempo nacional é falar de coisas que não dão certo, do momento político difícil, da des-crença nas autoridades, da violência urbana, de tudo. E aí, adeus sucesso! A questão de pessoas sentirem dificuldade em manter a motivação me parece uma questão cultural. Primeiro vem da própria família. Uma criança com oito anos já re-cebeu aproximadamente cem mil vezes a palavra “não” e isto fica gra-vado. Entra em campo a EDUCA-ÇÃO e a INTELIGÊNCIA EMO-CIONAL.

Como aprendemos desde pe-quenos, acaba ficando mais fácil aceitar o “não” do que o “sim”. De-pois vem a sociedade, onde as con-versas e fofocas são sempre sobre alguma circunstância negativa, já bastando as notícias diárias das es-tatísticas de óbitos e vários outros

programas de sucesso têm o foco na violência, nas coisas negativas, na desesperança, na desgraça alheia. Eu falo para meus amigos que ser notícia boa é difícil mesmo, porque com notícia negativa qualquer ban-dido é manchete.

Nas empresas não é diferente, pois conta o ambiente, a transpa-rência, a justiça na promoção ou distribuição de resultados ou car-gos, o desânimo que se instaura por qualquer notícia negativa. Mas veja, o problema nunca é o problema, é a atitude que temos diante dele e o medo do problema é pior que o pró-prio problema.

Se analisarmos os fatores que prejudicam a motivação, o grande complicador é o mercado de traba-lho. A falta de motivação no campo profissional pode ser superada pelo indivíduo e pelo apoio da liderança e do RH no mundo corporativo.

São duas coisas que devem ser feitas. A pessoa pode buscar aju-da de várias formas, com iniciativa própria, não se acomodando, tendo mais atitudes positivas, aumentan-do sua rede de relacionamentos e a empresa por sua vez deve investir mais em qualificação com foco em comportamento e motivação, ajus-tando mais as necessidades do indi-víduo com a empresa, fazendo com que ele se comprometa, mas seja também feliz e efetivamente focado nos resultados necessários.

Eu vejo empresas investir mi-lhões de reais numa frota de

cami-nhões e não investe alguns reais para treinar o motorista, seja em questões de comportamento ou de atitude e motivação e este aca-ba traaca-balhando mal um patrimô-nio de tamanho valor e acaba indo completamente contra a filosofia da empresa e dos seus objetivos de ne-gócio. Acaba sendo uma incoerên-cia. O bom senso é ver que treinar dá lucro.

Nem todas as empresas adotam um critério básico na formação mo-tivacional de suas equipes. Depende muito de cada empresa a adoção de um programa com critérios pró-prios. O erro primário que algumas costumam cometer quando lançam programas motivacionais é não per-guntar o que motiva.

A visão de que motivar pessoas custa caro para as empresa é um mito porque muito mais caro é ter uma empresa com pessoal desmo-tivado, um desserviço à inteligência de qualquer um.

Na mesma equipe tem gente marcando gol e outros marcando os gols contra e estes estão comprome-tendo os resultados. A empresa que quer resultados sabe que tem que motivar pessoas e fazer um pacto com a atitude, isto é, destruir o de-sânimo e construir um ambiente motivado. E com isso, destruir a mentira para construir a verdade, destruir a desculpa para construir resultados.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

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curtas

Da Redação

Alento

Mandaguari está há quase um mês sem registrar óbitos em decorrência da Covid-19. A última morte causada pela doença no município, segundo boletins oficiais, foi no dia 29 de junho.

Vacinação

O principal fator que pesa é a vacinação da população adulta. Com o avanço da imunização no Brasil, a pan-demia começa a perder força.

Queda

Façamos aqui um comparativo. De 1 a 23 de junho, Mandaguari confirmou 586 casos de Covid-19. Já de 1 a 23 de julho, foram 250 positivados. Uma queda sig-nificativa.

Balanço

O município vacinou, até a última quinta-feira, dia 22, 17.279 pessoas com a primeira dose da vacina anticovid ou com o imunizante de dose única da Janssen. Com isso, 63% da população mandaguariense com 18 anos ou mais já recebeu pelo menos uma dose da vacina.

Que fase!

Em viagem a Curitiba, a prefeita de Mandaguari bateu o carro oficial do município que usou para fazer a via-gem.

Quem paga…

Como sempre, quem paga os estragos de uma gestão pública é a população.

Primeiro passo

Lideranças empresariais de Mandaguari conseguiram contratar os projetos para tirar do papel a construção de uma trincheira e dois viadutos na PR-444, que corta o município. Tão logo fiquem prontos, a expectativa é de que o governo do Paraná dê início às obras.

Prepare o bolso

Se você ainda não sentiu, deve perceber em breve. Se-gundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, as geadas registradas no estado devem impactar os pre-ços principalmente de hortaliças, bananas, trigo e mi-lho, que foram as culturas mais afetadas.

Pratas da casa

Dois mandaguarienses vão participar da oitava live Duelo de Gigantes. Marcos Azevedo e Carlos dos San-tos vão representar a cidade no evento, que será trans-mitido nos dias 30 e 31 de julho no canal do comenta-rista de rodeio Thiago Arantes, no YouTube.

Um ano depois

O Clube dos 200 realiza neste sábado (24), a final de mais um campeonato de futebol suíço. A competição recebe sua conclusão após mais de um ano de pausa. O último jogo disputado antes da pandemia foi em 15 de março do ano passado.

Bênção

Neste domingo (25), a Paróquia Nossa Senhora Apa-recida realiza a tradicional Bênção dos Motoristas, celebrando o dia de São Cristóvão, padroeiro dos mo-toristas. A ação será das 7h30 às 11h30, no semáforo da Avenida Amazonas, esquina com a Padre Antônio Lock.

Jovem aprendiz

A Romagnole está com inscrições abertas para o pro-cesso seletivo do programa Jovem Aprendiz. O cadas-tro dos candidatos pode ser feito até o dia 1º de agosto diretamente no site da empresa, no endereço trabalhe-conosco.romagnole.com.br ou acessando o QR Code acima. O programa é voltado para jovens de 18 a 23 anos que estejam cursando ou tenham completado o Ensino Médio.

Aulas

Em Jandaia do Sul, aproximadamente 70% dos alunos da rede municipal voltam às aulas a partir de segunda-feira, dia 26. Com os profissionais de educação imunizados com a primeira dose da vacina e um protocolo de biosseguran-ça estruturado, o município comebiosseguran-çará recebendo as tur-mas de 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, as crianças da educação especial e os alunos da Educação Infantil 3, 4 e 5.

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esporte

Aos 44 anos, Alessandro dos San-tos, também conhecido como Alex Santos, carrega uma série de vitórias em sua trajetória. Ele foi jogador pro-fissional de futebol no Japão, e durante sua carreira nos gramados conquistou inúmeras experiências, como partici-par de duas Copas do Mundo e traba-lhar com Zico, ex-jogador e ex-treina-dor do Flamengo, time do seu coração. Alex nasceu em Maringá e desde pequeno gostava de jogar futebol. Sua maior influência era seu pai, Wilsinho Capeta, que na época jogava no Grê-mio Esportes Maringá. No mesmo ano em que ele nasceu, em 1977, o time ganhou o campeonato paranaense. Por isso, ele nunca quis largar o futebol e seguiu o exemplo do pai.

Ainda adolescente, com 15 anos, ele viu uma oportunidade de se pro-fissionalizar no esporte e após vários

Uma trajetória de sucesso

Aposentado dos gramados, Alex Santos fundou

instituto para formar jogadores e vai realizar seletiva

em Mandaguari

Divulgação

jogos em Maringá,. Santos foi visto por alguns professores japoneses que vie-ram ao Brasil buscar talentos para os colégios e times do país. Alex foi um dos que ganharam a grande chance de ir para um colégio de intercambio em uma província no sul do Japão.

A partir daí, foi criando sua carrei-ra, e após três anos estudando e jogan-do em campeonatos escolares no país ele foi contratado profissionalmente pelo time Shimizu S-Pulse onde ficou por sete anos. No Shimizu, ganhou o troféu de melhor jogador da J-League, em 1999. No ano de 2002, participou da Copa do Mundo representando o Japão. Ainda na seleção nipônica, con-quistou título na Copa da Ásia, em 2004, e em 2006 voltou a jogar na Copa do Mundo, inclusive contra a seleção brasileira.

Ainda na ásia, Alex Santos co-lecionou passagens pelo Urawa Red Diamonds, Red Bull Salzburg e Na-goya Grampus. Ao todo, o esportista conquistou oito títulos no continente asiático. Em 2015, voltou para o Brasil, e jogou profissionalmente pelo Grêmio Maringá. “Não tinha o porquê não jo-gar lá já que era o time que tinha me dado a oportunidade anos antes. Ape-sar de tudo que aconteceu eu tinha um

carinho pelo time”, conta.

Em 2016, após uma breve passagem pelo também paranaense PSTC, Alex se aposentou dos gramados, mas não quis parar de acompanhar o esporte. Com vontade de ajudar novos atletas que possam surgir, ele juntamente com seu amigo Douglas Matos, criaram o Instituto Alex Santos com o intuito de caçar talentos no futebol, treina-los e dar oportunidades para jogar profis-sionalmente.

Agora, em 2021, com apoio dos

ve-readores Sidney da Silva (Chiquinho), Eron Barbiero e Sebastião Alexandre, o Instituto Alex Santos vai realizar se-letivas em Mandaguari. As avaliações ocorrerão nos dias 14 e 15 de agosto, na Associação Atlética Cocari, e as ins-crições podem ser feitas exclusivamen-te via inexclusivamen-ternet até o dia 10 de agosto.

Interessados podem acessar o site do time Aruko Sports Brasil para se inscrever, ou digitar o link https://aru-koesportesbrasil.com.br/seletiva-em -mandaguari/.

Da esquerda para a direita: Sidney da Silva (Chiquinho), Ângelo Trintinalha (presidente

da Associação Atlética Cocari), Alex Santos, Eron Barbiero e Sebastião Alexandre.

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cotidiano

Imagine chegar para trabalhar e en-contrar, na porta do seu estabelecimento, um aviso de despejo. Foi o que ocorreu com Hed Silva e Cristiane Lança, comer-ciantes que trabalham em um dos quios-ques da Praça Tiradentes, em Mandaguari, no dia 15 de julho. O casal e outros traba-lhadores, alguns da Praça Independência, encontraram em suas portas, notificações com prazo de uma semana para a desocu-pação dos espaços.

“A gente pegou o quiosque depois que ficou pronto, em 2019. E agora chegou essa notificação. Ninguém veio falar com a gente, apenas colocaram um papel lá na porta. Nós temos um contrato de locação, e sete dias é pouco tempo pra desocupar”, comenta Silva.

Em uma nota oficial divulgada logo após o episódio, o município informou que notificou os comerciantes para deso-cupação e reforma dos quiosques – que, como citado acima, foram inaugurados há apenas dois anos. Outro ponto ressaltado pelo município na nota oficial é que foram

Após polêmica, município volta atrás e não

vai despejar comerciantes de quiosques

Secretário de Desenvolvimento Econômico afirma que contratos atuais serão refeitos

Reprodução / PMM

identificadas irregularidades em alguns dos quiosques.

O comunicado da gestão informa que um comerciante sublocou o espaço que de-veria estar utilizando, e que todos estão com pendências no aluguel, que supostamente custa R$ 200 mensais. Além disso, a nota informava que todos os quiosques passa-riam por um novo processo licitatório.

“No nosso caso, não temos pendên-cias, e estamos ocupando o local desde o começo”, comenta Silva. Ele relata que, no ano passado, devido aos períodos mais restritivos da pandemia e com pouco mo-vimento, houve algumas pendências, mas atualmente todas elas estão sanadas”. O comerciante afirma ainda que, ao contrário do que informou a gestão em nota oficial, ele paga pouco mais de R$ 500 de aluguel mensal, e que ainda possui contrato válido por mais dois anos, prorrogável por mais um ano.

Outro comerciante que atua na Praça Tiradentes é Adriano Silvestre, o Dri. Ele conta que de fato possui uma pendência na questão de aluguel. “Mas já estou procuran-do para resolver. Porém é um absurprocuran-do essa notificação e um prazo tão curto”, afirma.

Gestão muda discurso

Após a repercussão negativa da deci-são, a gestão voltou atrás e alegou que hou-ve uma falha na comunicação. O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Abílio Nunes, afirma que os quiosques da

Praça Tiradentes não serão reformados. “Apenas os da Praça Independência, que passarão por uma pintura. Demos o prazo para os comerciantes daquela locali-dade desocuparem até o final do mês, para que possamos fazer a lavagem e limpeza dos espaços. A reforma deve acabar dentro de no máximo 20 dias, assim que for inicia-da”, detalha Nunes.

Mas se os quiosques da Tiradentes não serão reformados, qual o motivo da notifi-cação? Segundo o secretário, foi para que os comerciantes procurassem o município e resolvessem suas pendências. “Vamos refazer todos os contratos na modalidade chamada cessão onerosa. A validade será de dois anos, prorrogáveis por mais dois. Para isso, todos os comerciantes dos quios-ques precisam estar com a documentação

em dia e sem pendências com o município. Aqueles que estão com pendência podem procurar a Tributação, que conseguirão até 70% de desconto e ainda poderão parcelar suas dívidas”.

Ainda de acordo com o secretário, os contratos serão refeitos para corrigir dis-torções nos valores dos aluguéis dos quios-ques. “Hoje, há quem pague R$ 300 e quem esteja pagando R$ 500. Nos novos contra-tos, vamos estabelecer um valor padrão de R$ 200 de aluguel para os quiosques da Praça Independência e R$ 300 para os da Tiradentes”.

O secretário informa ainda que, atual-mente, apenas quatro dos 20 quiosques das praças estão ocupados. O município espera que, com a cessão onerosa e novos contra-tos, consiga preencher todos.

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balanço

Quando o assunto é Saúde, o bem-estar da população vem em primeiro lugar e todo cuidado faz a diferença. Em tempos de pande-mia, tornou-se indispensável criar e reforçar iniciativas que favoreçam a prevenção, o com-bate à Covid-19 e o cuidado com o paciente. Atentos a isso e à necessidade de oferecer um atendimento diferenciado aos jandaienses, Lauro Junior e Fifa têm lançado e conduzido inúmeras ações junto ao Departamento de Saúde.

Desde janeiro, os jandaienses passaram a contar com o Centro de Tratamento da Co-vid-19 (CTC), que oferece atendimento espe-cializado para pessoas acometidas pela doen-ça. O espaço foi lançado como uma medida urgente frente à pandemia. Devido ao aumen-to dos casos positivados e à preocupação em manter um atendimento de qualidade e hu-manizado, em março o município inaugurou o Hospital de Campanha, junto ao CTC, com dez leitos de enfermaria, quatro médicos, seis enfermeiros e seis técnicos de enfermagem.

De acordo com o diretor técnico do CTC, o médico Guilherme de Carvalho, de janeiro a junho, o Centro realizou 5.187 con-sultas referentes à Covid-19 e síndromes gri-pais. Deste total, apenas 119 pacientes foram encaminhados para hospitais de referência fora do município.

Sempre buscando alternativas para bene-ficiar a população e salvar vidas, o município, juntamente com o Hospital Nossa Senhora de

Jandaia do Sul apresenta resultados positivos

na Saúde nos primeiros 6 meses de gestão

Priorizando serviço humanizado e de qualidade, atendimentos médicos foram descentralizados

e recentemente foi lançado o Programa de Reabilitação Pós-Covid-19

Redação do Jornal Agora com assessoria de imprenssa

Divulgação

Fátima e o Governo do Estado, viabilizou a abertura de 50 leitos de enfermaria exclusivos para pacientes de Covid-19 na cidade.

Com o objetivo de assistir o paciente após a internação no Centro de Tratamento da Co-vid, no dia 28 de junho foi lançado o Progra-ma de Reabilitação Pós-Covid-19. Ao receber alta do CTC, o paciente tem à sua disposição uma equipe multidisciplinar que irá acompa-nhá-lo com horário agendado. O fisioterapeuta ajudará a fortalecer a parte respiratória; a nu-tricionista fará um controle da alimentação; e a psicóloga dará suporte emocional.

Imunização

Até o começo de julho, Jandaia do Sul aplicou 10.956 primeiras doses das vacinas contra a Covid-19, alcançando quase 65% da população com mais de 18 anos. O mu-nicípio se destaca pela eficiência na gestão de vacinação, com nenhuma perda de dose recebida. "Assim que chegam as doses de vacinas, imediatamente fazemos a divul-gação para que elas não sejam estocadas e, assim, damos continuidade ao programa de imunização, levando a vacina no braço dos jandaienses da forma mais rápida possível", afirma o prefeito Lauro Junior.

Menos filas e atendimento

des-centralizado

Com a nova política de metas e resulta-dos implantada na Prefeitura, por meio da metodologia OKR (Objectives and Key Re-sults - em português, objetivos e resultados-chave), os gestores vislumbram zerar a fila de espera em consultas e exames. Na média

ge-ral de especialidades, Jandaia do Sul obteve redução de 31% nas filas para atendimento, com destaque para algumas que superaram esse número: Oftalmologia (62%), Gastroen-terologia (69%) e Nutrição (96%).

Outra proposta que tem beneficiado a população é a descentralização dos aten-dimentos nas Unidades Básicas de Saúde. Além de um clínico geral disponível diaria-mente em cada UBS, uma vez por semana as unidades têm à disposição um ortopedista, um cardiologista e um pediatra, que fazem rodízios nas UBS. Igualmente, as gestantes, que anteriormente contavam com atendi-mento em apenas uma unidade, agora po-dem contar com várias. "Nosso objetivo é descentralizar esse atendimento e deixar a Saúde mais perto do cidadão", frisa o

prefei-to Lauro Junior.

Satisfeito com os resultados obtidos até o momento, o diretor do Departamento de Saúde, Tadeu Rocco, complementa, por sua vez, que a saúde do jandaiense é prioridade. "Estamos empenhados em fazer uma gestão eficiente, humanizada e que dê resultado para a população", afirma.

Reformas

O município está finalizando a reforma da UBS Lázaro de Paula Rodrigues, iniciou os trabalhos na UBS Doutor Wilson Noguei-ra (Distrito São José) e está em processo de licitação para mais quatro UBS. Jandaia do Sul terá todas as UBS e o PAM (Pronto Aten-dimento Municipal) totalmente reformados com recurso do Governo do Estado.

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política

A deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hof-fmann, esteve na última semana na re-gião junto do deputado estadual Arilson Chiorato, para falar sobre emendas, visitar movimentos sociais e debater com outras lideranças para alinhar questões relacio-nadas aos próximos passos rumo a 2022. A curitibana, que foi a terceira deputada mais votada na história do Paraná, parti-cipou de uma entrevista com a reportagem do Jornal Agora, onde falou sobre alguns assuntos que vem pautando sua rotina de pré-eleições.

Gleisi falou sobre o que considera uma perseguição que sofreu junto de seus parceiros que fazem parte do Partido dos Trabalhadores nos últimos anos devido às investigações movidas contra o ex-presi-dente Lula e todo o partido. “Foram mais de 5 anos de uma perseguição implacá-vel, dizendo que o PT era uma quadrilha, que o Lula era chefe de bandido, que o PT

De olho em 2022

Deputada federal Gleisi Hoffmann concede entrevista

ao Jornal Agora e fala sobre expectativas

para a próxima corrida eleitoral

Divulgação

havia quebrado o Brasil e nós tínhamos pouco espaço para se defender, para se contrapor. Construíram essa narrativa do PT corrupto, uma quadrilha, pois queriam tirar o partido da presidência da república . Deram um golpe contra a Dilma, mesmo sem ela ter cometido um crime ela foi tira-da tira-da presidência tira-da República, através do Impeachment. E depois de 5 anos de luta nós conseguimos fazer com que o Supre-mo Tribunal Federal reconhecesse que o Sérgio Moro era um juiz suspeito, fez o que fez para tirar o Lula da disputa política, de-pois assumiu o ministério do Bolsonaro”.

O "Quadrilhão" foi o nome dado pela Polícia Federal e pelo Procurador-Geral da República Rodrigo Janot para as su-postas organizações criminosas do PT e do PMDB. Na denúncia , batizada com o aumentativo de quadrilha, Lula foi apon-tado como um dos integrantes da “cúpula petista que esquematizou a engenhosa má-quina de corrupção”, de acordo com Janot. Segundo a deputada, neste entre outros 15 processos, Lula havia sido inocentado.

Semipresidencialismo

Após o presidente da câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), propor articular com aliados uma mudança no sistema de governo por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) sob

o argumento de que o atual sistema de governo, o presidencialismo, se transfor-mou em uma fonte inesgotável de crises, a ideia prevê a adoção do regime semi -presidencialista no Brasil.

Segundo Gleisi, o semipresidencia-lismo é uma tentativa de golpe. “A elite do país não consegue ganhar pelo voto aí fica fazendo alumbramento. O Brasil já vetou duas vezes o parlamentarismo, que é um sistema parecido com o semi-presidencialismo. [...] quando eles veem que o Lula pode ganhar, vem logo com outro tipo de regime, com a intenção de que se o Lula ganhar coloca lá um pri-meiro ministro de preferência indicado pela câmara para tutelar o governo, e nós não podemos fazer isso. Isso é medo do voto popular e nós vivemos em uma de-mocracia”.

Voto impresso

A deputada comentou ainda sobre a tentativa do governo federal de im-por o voto impresso para as eleições do próximo ano. “Nós nunca tivemos problemas de fraudes com relação às urnas eletrônicas.Mexer nesse sistema é tumultuar, e é isso que o Bolsonaro quer, que coloque o voto impresso para que ele use gente pelo Brasil inteiro para pegar votos e causar tumulto no processo democrático. Nós não pode-mos aceitar isso”, disse a deputada.

Paraná

De olho em 2022, o PT começa a costurar apoios no Paraná. Segun-do a deputada, o partiSegun-do deve apoiar Roberto Requião (MDB) no ano que vem.

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superação

Maria Knupp Albino, de 64 anos, é exemplo de superação a todos que conhe-cem sua história. Uma vítima do vírus que quase perdeu sua vida, depois sua visão e por último os movimentos de todo o seu corpo, situação essa que com o apoio hos-pitalar e da fisioterapeuta Maria Amanda Gonçalves Gervasio Ferreira, de 24 anos, foi revertida. Dona Maria no início de fe-vereiro teve de passar momentos no hospi-tal cuidando de sua mãe que estava inter-nada com problemas no fígado. Durante as idas e vindas do hospital, Maria testou po-sitivo, junto de seu marido, após seu irmão também ser confirmado como uma vítima do novo vírus.

No dia 2 de março, Maria foi encami-nhada para o Centro de Tratamento para a Covid-19 (CTC) de Mandaguari e de lá saiu direto para o Pronto Atendimento Municipal (PAM) tendo que ser mantida com oxigênio e dias depois entubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Metropolitano de Sarandi.

Após 27 dias entubada e desacordada, Maria teve de ser mantida sedada para que aguentasse o desconforto, até que uma tra-queostomia foi realizada e esta conseguiu aguentar o estado hospitalar em que se en-contrava. Durante estes dias, o pai de Ma-ria, que também havia contraído Covid-19 junto dela, veio a falecer, e esta por sua vez só descobriu quando acordou no hospital. Após este passo em direção a supera-ção, a dona de casa ficou mais 11 dias na UTI e pode sair do hospital no dia 14 de abril, porém sem o movimento do seu cor-po, a não ser o de três dedos da mão direi-ta, e sem poder enxergar.Uma semana de-pois ela recuperou a visão do olho direito, mas a visão do olho esquerdo, continuou sendo algo que o coronavírus havia tirado da senhora.

Um anjo sem asas que trouxe de volta os

movimentos de uma vítima quase fatal da Covid-19

Conheça a história de Maria Knupp Albino, que após passar mais de 40 dias internada e perder os movimentos

do corpo, voltou a caminhar em menos de três meses com a ajuda da fisioterapeuta Maria Amanda

Arquivo pessoal

No dia 15 de abril, um anjo sem asas surgiu na vida de Maria. A fisioterapeuta Maria Amanda Gonçalves apareceu na vida da família de acordo com a família “por um ato de Deus”. Renata contou que a escolha da fisio foi pura ação divina. “O meu tio foi até a farmácia e enquanto co-mentava com a atendente do estabeleci-mento, que já era íntima da família, aca-bou comentando a situação de minha mãe e que nós não conhecíamos nenhuma pro-fissional que pudesse auxiliar na recupera-ção dos movimentos dela, e foi aí que uma das funcionárias da farmácia recomendou a Maria Amanda que prontamente veio até

a nossa casa para realizar uma avaliação fisioterapêutica”.

A fisioterapeuta contou a reportagem do Jornal Agora como ocorreu e como foi levado o tratamento de Maria para que ela superasse as expectativas de voltar andar em aproximadamente 8 meses e voltasse a caminhar em menos de 90 dias. “Eu con-fesso que fiquei com dúvidas se ela voltaria a andar, pois ela estava muito debilitada. Eu iniciei os atendimentos com ela fazen-do fisioterapia motora passiva, fisioterapia respiratória com manobras pulmonares para estar fazendo liberação de secreção. E conforme foi passando o tempo, nós

nota-mos uma leve elevação de pernas, depois de braços e fomos com um trabalho de for-miguinha, melhorando aos poucos.

Conforme nós fomos observando a evolução dela, respiratória e motora, eu comecei a trabalhar com movimentos para que ela conseguisse ficar sentada, até o dia em que ela conseguiu ficar sentada sozi-nha e a partir daí eu trabalhei movimen-tos com ela sentada, monitorando sempre os sinais vitais dela. Eu trabalhei com ela sentada e aos poucos eu fui colocando os pés dela em contato com o chão e gradati-vamente ela foi sentindo as coisas, até que um dia ela se sustentou em pé, e no outro conseguiu dar o primeiro passo. Foi um trabalho muito minucioso, e algo que po-deria ter demorado de 6 meses a 1 ano, foi conquistado em menos de 90 dias. Nesses 90 dias nós já conseguimos que ela voltasse a andar, com um pouco de dificuldade mo-tora e respiratória, mas agora é só fechar esse ciclo”.

Tanto a família quanto a profissional nunca deixaram de acreditar nas bençãos que Deus poderia derramar sobre dona Ma-ria, de 64 anos, que por sua vez nunca deixou a esperança de voltar a andar de lado.

Renata Albino Knupp, a filha de Ma-ria, relatou toda a história de sua mãe à reportagem e contou que quando viu a fisioterapeuta atender sua mãe sabia que aquela recuperação era certa, mas ainda assim, o tempo ainda a surpreende. “Quan-do vi a Maria atenden“Quan-do a minha mãe com aquela dedicação, amor e carinho, ficamos confiantes que ela ia se recuperar,mas não imaginávamos que seria uma recuperação tão rápida”.

A filha de dona Maria e seu esposo João Albino de Oliveira também foram essenciais nesta recuperação. Renata conta que seu pai nunca saiu de perto de sua mãe e passou por todo esse processo lado a lado de sua amada esposa.

No dia 15 de julho, fez-se três meses desde o início da primeira sessão de fisio-terapia com Maria Amanda e hoje, dona Maria já pode andar. A fisioterapeuta, que mesmo sem asas, foi um anjo responsável por trazer de volta os movimentos e a ale-gria da família Knupp, que juntos vence-ram a Covid-19.

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www.portalagora.com

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personagem

Lideranças empresariais de

Mandaguari já contrataram três

projetos para tirar do papel a

cons-trução de uma trincheira e dois

via-dutos na PR 444, que corta o

mu-nicípio com a região Noroeste do

Paraná. A contratação dos projetos

foi acordada, como contrapartida,

no início do mês de julho, numa

reunião marcada pelos deputados

estaduais Evandro Araújo (PSC) e

Tercílio Turini com o governador

Ratinho Junior. A previsão é que

sejam concluídos em 120 dias.

"No início de julho levamos ao

Governo do Estado a proposta para

de que os empresários da região

contratariam os projetos executivos

das obras e que o Governo

encami-nhasse a realização das obras com

base neles. Ou seja, a primeira

par-te, da comunidade de Mandaguari,

já está feita e assim que os

proje-tos forem concluídos, será a vez do

governo efetivar a obra" explica o

deputado estadual Evandro Araújo.

"A rodovia corta o município

e esses acessos são fundamentais

Informe Publictário

Após pedido, projetos são contratados

para instalação de trincheira e viadutos

na PR-444, em Mandaguari

para melhorar o tráfego, dar mais

segurança aos trabalhadores,

es-tudantes e a população em geral.

Hoje, a falta de acesso coloca

fun-cionários e estudantes,

principal-mente, em risco ao fazerem essa

travessia perigosa. Vamos

acompa-nhar a concretização dessa

deman-da", completou Araújo.

Além dos deputados e do

go-vernador, participaram da reunião

o vice-governador Darci Piana; o

diretor-geral do DER/PR,

Fernan-do Furiatti; lideranças de

Manda-guari e o deputado Tercílio Turini.

Marcela Pereira Xavier, de 38 anos, é uma mandaguariense que em busca de sua felicidade plena abandonou a pedago-gia depois de 14 anos, para se dedicar a arte, e expressar em suas pinturas o que ela desejava, sentir-se completa.

Marcela nasceu em Mandaguari e se mudou para Maringá com dezessete anos. Após se formar em psicopedagogia, ela atuou por quase uma década e meia como professora, mas sentia que faltava algo. Depois de quase quinze anos como professora, ela decidiu deixar a profis-são e trabalhar com micropigmentação de sobrancelhas. Durante seis anos, ela trabalhou com micropigmentação de so-brancelhas e em entrevista a reportagem do Jornal Agora ela contou que aquilo lhe transmitia felicidade, mas não como de-veria ser, não totalmente.

No ano passado, após o falecimento

Mandaguariense desiste de carreira de

14 anos para se dedicar a arte

Marcela Xavier conta que a pintura foi a responsável

por fazê-la se sentir completa pela primeira vez

Arquivo pessoal

do pai, a pintora retornou a Mandaguari e decidiu voltar a morar em sua cidade na-tal. Dentre as mudanças, Marcela sentiu necessidade de reinventar-se. Em meio a seu processo de autodescoberta, ela en-controu em sua casa uma tela, branca e vazia, e foi aí que decidiu começar a pin-tar aquele espaço branco e a cada pince-lada encher-se também de alegria pura e plena.

A cada molhada do pincel na tinta, uma nova imagem. Marcela não tinha nada em mente quando decidiu pintar seu primeiro quadro, e esse é o seu pro-cesso de produção. "Quando eu começo uma arte nova, eu sempre inicio com uma ideia e vou mudando ela com o decorrer do processo de criação, e eu nunca sei como ela vai terminar”.

Segundo ela, seu primeiro quadro lhe ajudou a descobrir um dom que esta nem sabia que existia em si. “Eu encontrei uma tela que estava guardada, e então mesmo sem inspiração eu decidi passar uma tinta branca nela e comecei a pintar o rosto de uma mulher e eu decidi postar uma foto no Instagram, o que fez com que eu co-meçasse a receber elogios e incentivos das pessoas”. Para Marcela, este é o seu qua-dro mais especial e de todos os que pro-duziu, é o único que jamais será vendido,

pois foi com ele que tudo começou. Após três meses de sua primeira pin-tura, Marcela já pintou paredes, muros e inúmeras telas. “A cada tela que eu faço, eu vou descobrindo novos dons, novos talentos e técnicas. Então vou aprenden-do tuaprenden-do comigo mesma, e agora eu sei porque não estava 100% completa, e isso foi uma coisa muito inusitada, eu não pla-nejei. Foi uma surpresa para mim quando eu olhei para aquela tela e vi o que eu ha-via feito”.

A pintora em ascensão ainda contou à reportagem que suas inspirações são muito naturais. “Eu não tenho uma inspi-ração específica, ou um motivo muito es-pecífico para ter começado a pintar. Jus-tamente por ser um dom tão natural que

aconteceu sem que eu nem percebesse. Eu sigo páginas de animais, e às vezes eu vejo essas fotos de animais e crio na mi-nha cabeça uma ilustração daquilo. Então eu gosto muito de fazer uma ilustração de fotos de pessoas, jogando mais pro lado mais artístico”.

Atualmente, Marcela comercializa seus quadros e faz sucesso nas suas redes sociais. “Eu comecei como um hobbie mas logo depois eu fechei meu estúdio de micropigmentação de sobrancelhas para trabalhar apenas com a arte, então os trabalhos que eu tenho feito são to-dos para venda”. O único quadro que ela nunca vendeu foi o seu primeiro. "Eu não venderei ele pois foi dele que veio toda a minha trajetória”.

Marcela Xavier largou carreira de 14

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24 de julho de 2021 | Ano X | N°368

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