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PANORAMA ECONÔMICO MUNDIAL FMI ATUALIZAÇÃO - Jul./14. Recuperação global continua irregular

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Academic year: 2021

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• A projeção de crescimento global para 2014 foi revisada para baixo em 0,3% para 3,4%, refletindo tanto o legado de um fraco primeiro trimestre, particularmente nos EUA, quanto uma visão menos otimista para diversos mercados emergentes. Com um crescimento um pouco mais forte esperado em algumas economias avançadas no próximo ano, a projeção de crescimento global para 2015 mantém-se em 4%.

• O crescimento global deve se recuperar a partir do segundo trimestre de 2014, com alguns componentes frisando a fraqueza do primeiro trimestre, como a correção de estoques nos Estados Unidos, que deve ter efeito apenas temporário, e outros devem ser compensados por políticas macroeconômicas, inclusive na China. Porém a reversão no primeiro trimestre será parcialmente compensada.

• Os riscos de baixa continuam a ser uma preocupação. O elevado risco geopolítico pode elevar bruscamente os preços do petróleo. Os riscos financeiros de mercado, que incluem taxas de longo prazo mais elevadas do que o esperado nos EUA e uma reversão da recente compressão dos spreads de risco e volatilidade. O crescimento global pode ser mais fraco por mais tempo, dado a falta momentânea de impulso robusto nas economias avançadas, apesar das taxas de juros muito baixas e a flexibilização de outros freios para a recuperação econômica. Em algumas das principais economias emergentes, o efeito negativo das restrições da do lado oferta agregada e o aperto das condições financeiras durante o ano passado pode ser mais prolongado. • Em diversas economias avançadas e emergentes de mercado, as reformas estruturais

são urgentemente necessárias para fechar as lacunas de infraestrutura, aumentar a produtividade e elevar o crescimento potencial.

O crescimento global foi mais moderado que o esperado no primeiro trimestre de 2014, de uma taxa anual de crescimento de 3,75% na segunda metade de 2013 para 2,5% - cerca de 0,5% menor que o projetado no WEO de abril de 2014. Embora houvesse surpresas positivas à atividade no Japão, na Alemanha, na Espanha, e também no Reino Unido; quatro surpresas negativas dominaram.

Nos EUA, o excesso de estoque no fim de 2013, acabou por ser maior que o esperado, levando a uma correção mais forte. Um inverno rigoroso amorteceu ainda mais a demanda, as exportações diminuíram acentuadamente após um forte quarto trimestre e produção contraída no primeiro trimestre de 2014. Na China, a demanda doméstica se mostrou mais moderada do que o esperado, o que reflete o esforço das autoridades em controlar crescimento do crédito e uma correção no setor imobiliário. A atividade na Rússia desacelerou acentuadamente com tensões geopolíticas que enfraqueceram ainda mais a demanda. Em outras economias emergentes, um crescimento mais fraco do que o previsto

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resultou tanto da demanda externa mais fraca, notavelmente dos EUA e China, e, em uma série de casos, a demanda doméstica mais suave com menor crescimento do investimento. Condições financeiras amenizaram desde o lançamento do Panorama Econômico Mundial em abril 2014. As taxas de juro de longo prazo em economias avançadas declinaram ainda mais, em parte refletindo expectativas de uma política de taxa de juros neutra menor sobre o médio prazo; indicadores de volatilidade de preços esperados declinaram também, e os preços das ações fortaleceram-se. Com a inflação no mês de abril na zona do euro abaixo das expectativas, o Banco Central Europeu reduziu a sua taxa básica de juros e implantou outras medidas de flexibilização em sua reunião de junho. Neste ambiente, os fluxos de capital para mercados emergentes economias se recuperaram, apesar da atividade ainda frágil, os spreads de títulos soberanos de mercados emergentes declinaram, e taxas de câmbio e os preços das ações têm estabilizado ou mesmo ganham força em alguns dessas economias.

Os indicadores antecedentes apontam que a recuperação global retoma força no segundo trimestre de 2014. Isto é consistente com a visão de que a fraqueza inesperada no primeiro trimestre foi, em grande parte, porque o impacto de fatores como o clima rigoroso de inverno e correções de estoque irá desaparecer e as políticas já sensibilizaram a um crescimento mais fraco, inclusive na China.

Além disso, os fatores-chave de apoio à recuperação identificados no Panorama Econômico Mundial de abril permanecem em ordem, incluindo a consolidação moderada do orçamenta fiscal e a política monetária altamente acomodatícia nas economias mais avançadas. No entanto, algumas fraquezas da demanda no primeiro trimestre parecem ser mais persistentes, especialmente no investimento a nível mundial, e espera-se resultar em menor crescimento global em 2014 em comparação com o previsto no WEO de abril. Em geral, o crescimento global, que agora é calculado usando a paridade de poder de compra do Programa de Comparação Internacional (ver tabela), deverá aumentar 3,4% em 2014 e 4% em 2015.

Voltando para as principais economias avançadas, a recuperação está em andamento nos EUA com fatores temporários declinando. Porém, com uma melhoria mais tênue no investimento, a recuperação deverá fornecer apenas uma parcial para o fraco resultado do primeiro trimestre, em termos de crescimento anual. O crescimento agora está estimado em 1,7% para 2014, subindo para 3% em 2015. O crescimento na zona do euro deverá ganhar força a 1,1% em 2014 e 1,5% em 2015, porém mantém-se irregular em toda região, refletindo a fragmentação financeira, deficiência nos balanços das empresas privadas e do setor público e alta taxa de desemprego em algumas economias. No Japão, com um desempenho mais forte do que o esperado no primeiro trimestre, o crescimento em 2014 está agora estimado em 1,6%, desacelerando para 1,1% em 2015, principalmente devido ao planejado desenrolar do estímulo fiscal.

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Em mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o crescimento está agora estimado 4,6% em 2014 e, em seguida, ganhando força a 5,2% em 2015. Na China, as autoridades recorreram a medidas políticas limitadas e orientadas para apoiar a atividade na segunda metade do ano, incluindo benefícios fiscais para pequenas e médias empresas, acelerar a infraestrutura e gastos fiscais, e cortes direcionados na taxa mínima de depósitos exigidos aos bancos. Como resultado, o crescimento em 2014 deverá ser de 7,4%. Para o próximo ano, embora as perspectivas continuem em medida em função da meta do governo, o crescimento deverá desacelerar para 7,1%, com a economia fazendo a transição para uma trajetória de crescimento mais sustentável. Na Índia, o crescimento parece ter alcançado o piso, e a expectativa é de que a atividade possa crescer gradualmente após a recuperação pós-eleitoral via sentimento empresarial, compensando o efeito de uma monção agrícola desfavorável sobre o crescimento. Em uma série de grandes mercados emergentes economias, as projeções de crescimento para 2014-15 caíram. No Brasil, as condições financeiras mais restritivas, o contínuo enfraquecimento da confiança das empresas e dos consumidores estão diminuindo os investimentos e moderando o crescimento do consumo. No México, o desempenho mais fraco em construção e uma recuperação mais lenta dos EUA são resultaram em uma projeção de crescimento mais lento em 2014 em relação à previsão anterior.

Riscos de baixa continuam como consenso

Os riscos de baixa discutidos no Panorama Econômico Mundial de abril 2014 permanecem relevantes. Os riscos geopolíticos aumentaram em relação às projeções de Abril: riscos de um aumento do preço do petróleo são mais elevados devido à recente evolução no Oriente Médio, enquanto os riscos relacionados à Ucrânia ainda estão presentes. Nos mercados financeiros globais, existe o risco de um novo aumento das taxas de longo prazo, especialmente se as taxas americanas de longo prazo aumentam de maneira mais rápida e acentuada que o esperado, como a política monetária em vista do prosseguimento da normalização, e de uma reversão no sentimento de risco e na compressão do prêmio de risco. Na maioria das economias avançadas, há um risco de estagnação no médio prazo. Na zona do euro, os choques adversos, internos ou externos, podem levar a uma menor e persistentemente inflação ou queda de preços. Nas economias de mercado emergentes, especialmente aqueles com fraquezas domésticas e vulnerabilidades externas, podem enfrentar um súbito agravamento das condições financeiras e uma reversão dos fluxos de capital, no caso de uma mudança nas expectativas do mercado financeiro. Muitas dessas economias também enfrentam o risco que os fatores que sustentam o enfraquecimento do crescimento persistam no médio prazo.

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Aumentar o crescimento

O crescimento global mais fraco esperado para o primeiro semestre deste ano ressalta que o aumento real e potencial de crescimento econômico deve permanecer como prioridade na maioria das economias. Embora o papel de variáveis temporárias na desaceleração nas principais economias avançadas no primeiro trimestre deva ser reconhecido, o forte impulso da demanda ainda não surgiu apesar persistência de taxas de juros muito baixas e flexibilização de barreiras para a recuperação, inclusive da consolidação fiscal ou condições financeiras apertadas. A política monetária deve assim permanecer acomodatícia em todas as principais economias avançadas, embora as perspectivas para a inflação e a folga na atividade econômica sob o cenário básico exigirá normalização gradual em momentos diferentes. O ritmo e a composição do ajuste fiscal devem estar em sintonia, apoiados na recuperação e crescimento de longo prazo. Para limitar os riscos à estabilidade financeira relacionadas com a manutenção taxas de juros baixas, a reforma da regulação financeira deve ser concluída, e as ferramentas macroprudenciais devem ser desenvolvidas e implantadas.

Muitas economias de mercados emergentes e em desenvolvimento ainda estão se ajustando a um aperto das condições financeiras e maior custo de capital implícito desde maio de 2013 e menores tendências de crescimento de médio prazo. Mas com vulnerabilidades externas e em alguns casos, pouco espaço na política macroeconômica, as opções políticas para sustentar o crescimento, se necessário, são mais limitadas. Permitindo que as taxas de câmbio respondam às mudanças de fundamentos e abordando problemas de pressão inflacionária e a credibilidade política quando pertinente, geralmente ajudam a construir espaço para a política monetária.

Finalmente, em muitas economias, avançadas e emergentes da mesma forma, há uma urgente necessidade de reformas estruturais para reforçar o potencial de crescimento ou fazer o crescimento mais sustentável.

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Estimativas 2012 2013 2014 2015 2014 2015 2013 2014 2015 Produção Mundial 3,5 3,2 3,4 4,0 –0,3 0,0 3,6 3,3 3,8 Economias Avançadas 1,4 1,3 1,8 2,4 –0,4 0,1 2,0 1,8 2,4 Estados Unidos 2,8 1,9 1,7 3,0 –1,1 0,1 2,6 1,7 3,0 Zona do Euro –0,7 –0,4 1,1 1,5 0,0 0,1 0,5 1,4 1,6 Alemanha 0,9 0,5 1,9 1,7 0,2 0,1 1,4 1,8 1,8 França 0,3 0,3 0,7 1,4 –0,3 –0,1 0,8 1,0 1,6 Itália –2,4 –1,9 0,3 1,1 –0,3 0,0 –0,9 0,8 1,2 Espanha –1,6 –1,2 1,2 1,6 0,3 0,6 –0,2 1,7 1,5 Japão 1,4 1,5 1,6 1,1 0,3 0,1 2,4 1,4 0,6 Reino Unido 0,3 1,7 3,2 2,7 0,4 0,2 2,7 3,4 2,2 Canada 1,7 2,0 2,2 2,4 –0,1 0,0 2,7 2,0 2,4

Outras economias avançadas 2,0 2,3 3,0 3,2 0,0 0,0 2,8 2,7 3,7

As economias emergentes e economias em desenvolvimento 5,1 4,7 4,6 5,2 –0,2 –0,1 5,1 4,8 5,0

Comunidade dos Estados independentes 3,4 2,2 0,9 2,1 –1,0 –1,1 2,1 –0,4 0,9

Rússia 3,4 1,3 0,2 1,0 –1,1 –1,3 2,0 –0,1 0,4

Excluindo a Rússia 3,6 4,2 2,4 4,4 –0,6 –0,6 ... ... ...

Ásia em desenvolvimento 6,7 6,6 6,4 6,7 –0,2 –0,1 6,7 6,6 6,4

China 7,7 7,7 7,4 7,1 –0,2 –0,2 7,7 7,7 6,8

Índia 2/ 4,7 5,0 5,4 6,4 0,0 0,0 6,1 5,6 6,6

Associação de Nações do Sudeste Asiático 3/ 6,2 5,2 4,6 5,6 –0,4 0,2 ... ... ...

América Latina e Caribe 2,9 2,6 2,0 2,6 –0,5 –0,3 1,9 1,9 2,6

Brasil 1,0 2,5 1,3 2,0 –0,6 –0,6 2,2 1,3 2,2

México 4,0 1,1 2,4 3,5 –0,6 0,0 0,6 3,0 3,4

Oriente Médio, Norte da África, Afeganistão e Paquistão 4,9 2,5 3,1 4,8 –0,2 0,2 ... ... ...

África subsaariana 5,1 5,4 5,4 5,8 0,0 0,2 ... ... ...

África do Sul 2,5 1,9 1,7 2,7 –0,6 0,0 2,1 1,7 2,7

Memorandum

Crescimento mundial baseado no Mercado de Câmbio 2,6 2,4 2,7 3,3 –0,3 0,0 2,9 2,7 3,1

Volume do comércio mundial (de bens e serviços) 2,8 3,1 4,0 5,3 –0,3 0,0 ... ... ...

As importações (de bens e serviços)

Economias Avançadas 1,1 1,4 3,5 4,6 0,0 0,1 ... ... ...

As economias emergentes e economias em desenvolvimento 5,7 5,7 4,7 6,4 –0,3 0,1 ... ... ...

Preços das Mercadorias (dólares americanos)

Óleo 4/ 1,0 –0,9 0,1 –4,3 0,0 1,7 2,6 –0,9 –5,7

Não utilizado como combustível –10,0 –1,2 –1,7 –3,6 1,8 0,4 –2,9 –1,4 –2,7

Preços ao consumidor

Economias Avançadas 2,0 1,4 1,6 1,7 0,1 0,1 1,2 1,7 1,8

As economias emergentes e economias em desenvolvimento 1/ 6,1 5,9 5,4 5,3 –0,2 –0,1 5,5 5,0 4,8

Taxa do Mercado Interbancário de Londres (percentual)

Depósitos em Dólar (6º mês) 0,7 0,4 0,3 0,8 0,0 0,0 ... ... ...

Depósitos em Euros (3 meses) 0,6 0,2 0,2 0,2 0,0 –0,1 ... ... ...

Depósitos em Ienes Japones (6º mês) 0,3 0,2 0,2 0,2 0,0 0,0 ... ... ...

Tabela 1. Visão geral sobre as projeções de perspectivas econômicas do mundo

Variação percentual, a não ser que indicado o contrário

Projeções 4º trimestre sobre 4º trimestre

Ano a Ano

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Nota da tabela de projeções: Taxas de câmbio efetivas e reais, admite-se que a manter-se constante nos níveis praticados durante o mês de Maio á Junho de 2014. Economias listadas com base na dimensão econômica.

1/ A taxa de crescimento regional e global é baseada na paridade do poder de compra (PPP).

2/ Para a Índia, os dados e as previsões são apresentadas em um ano fiscal base e crescimento da produção é baseado no PIB a preços de mercado Os dados trimestrais agregados são ajustados sazonalmente.

3/ Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã.

4/ Média simples dos preços do petróleo Brent NO REINO UNIDO, Dubai Fateh, e o West Texas Intermediate petróleo bruto.

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Referências

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