Capítulo
Amarrações
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1. AMARRAÇÕES (EN 795; EN 959; EN 12572)
A Norma Europeia 795 define dispositivos de amarração como: elemento ou série de elementos ou componentes, os quais incluem um ou mais pontos de amarração.
-Também denominadas por alguns autores de ancoragens ou sistemas de amarração de segurança (S A S).
1.1. Unidirecionais ou em linha
Quando se faz um (S A S) em linha tem que se ponderar que a força é exercida toda na amarração principal, de modo que esse ponto tem de ser resistente e não pode haver grande folga entre este e a segurança. Deve, no entanto, ser feito um nó amortecedor, para que em caso de rotura do ponto primário, o choque seja absorvido por este.
Fonte: Nuno Henriques
1.2. Multidireccional ou em triângulo
Ao contrário de um S A S em linha, um S A S em triangulação de forças divide toda a força exercida por dois ou mais pontos. Ter em atenção os ângulos entre pontos de amarração.
1.2.1. Ângulos entre pontos de amarração
Nunca deixar que o ângulo entre amarrações seja superior a 60º, pois o significado de se fazer um SAS em triangulação de forças perde-se, já que cada ponto de ancoragem começa a sofrer uma força muito superior à metade do peso da carga.
Fonte: Petzl
Nas amarrações naturais ou mesmo estruturais o ângulo poderá chegar ao 90º, mas como se pode constatar na imagem abaixo o esforço sobre a fita será superior, não sendo de todo aconselhável.
Fonte: Petzl
1.3. Amarrações naturais e artificiais
Quanto à natureza da amarração pode-se destacar dois tipos:
Pontos artificiais: Pontos naturais:
Estruturas em betão;
Estruturas em metal; Árvores:
Viatura; Rochas:
Implantados: Furos na rocha:
Plaquetas; Formações.
Spits;
Pernos;
Pitons; Entaladores; Estacas;1.3.1. Amarrações artificiais
I. Amarrações implantadas
Existem em vários tipos e a sua fixação pode ser mecânica ou química. No entanto para implantá-las é necessário preparar a rocha, isto é furar, seguindo as instruções do fabricante.
Plaquetes:
Com argola ou Sem argola.
Tensores químicos:
Com argola; Sem argola.
Fonte: www.fixeclimbing.com
II. Amarrações estruturais
Por vezes dentro de um edifício ou estrutura é difícil encontrar um ponto de amarração próprio e seguro, tendo por vezes de se recorrer a outras técnicas para efetuar a amarração. Não sendo regra, faz-se referência de alguns pontos que podem facilitar o trabalho do técnico, devendo este, contudo, apurar muito bem se o local onde vai efetuar a amarração é seguro e estável, para ponto de fixação.
a) Locais próprios para amarrações
Projeções estruturais de vigamentos;
Pilares e colunas;
Fundações de maquinaria pesada.
b) Locais impróprios para amarrações
Algerozes e semelhantes;
Tijoleira simples, como chaminés.
III. Amarração de recurso
Caso não exista nenhum ponto de amarração seguro, o técnico pode utilizar uma manobra de recurso, que consiste em fazer o ponto de amarração ao pé do técnico. Esta técnica só deve ser aplicada em manobras de salvamento de vítimas com o triângulo de evacuação.
Para além de ser uma técnica muito rápida, é também uma técnica de algum risco e deve ser sempre feita uma segurança com a sobreposição do pé de outro técnico ao que tem a fita passada.