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Transtornos Alimentares Fatores Desencadeantes e Condução de Caso Coberturas Especiais ICE Rio de Janeiro, RJ Obesidade, Não Salvador, BA

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Órgão informativo da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica ano V III - nú me ro 37 D ez em br o de 2008

Transtornos Alimentares

Fatores Desencadeantes e

Condução de Caso

Coberturas Especiais

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epois do 1º SINUCA, Simpósio de Nutrição Clínica da ABESO, que transcorreu com sucesso neste mês de dezembro de 2008 e teve como Presidente da Comissão Científica a Nutricionista Mônica Beyruti, nos debruçamos sobre o evento ofi-cial da nossa sociedade, o Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, presidi-do pela Dra. Leila Araújo.

A Bahia se prepara para receber os partici-pantes do XIII Congresso Brasileiro de Obesi-dade e Síndrome Metabólica (XIII CBOSM), de 13 a 15 de agosto de 2009, que ocorrerá no Centro de Convenções da Bahia. Este evento bianual, promovido pela ABESO, destina-se a médicos, nutricionistas, cirurgiões bariátri-cos e demais profissionais de saúde, com ob-jetivo de atualização, troca de experiência e confraternização. As comissões executi-va, científica e social estão trabalhando com muito carinho para oferecer o me-lhor aos congressistas, tanto do pon-to de vista científico como também para proporcionar um programa so-cial descontraído.

Palavra dos Presidentes

Dois convidados internacionais já confirmaram as presenças: James Hill, da Universidade do Colorado, e Gerald Shulman, da

Universidade de Yale.

A inscrição dos temas livres será até o dia 13 de maio e poderá ser realizada pelo site www.interlinkeventos.com.br. Seguindo

ini-ciativa do último congresso, os melhores trabalhos serão inseridos no programa do XIII CBOSM e uma seleta comissão escolherá os vencedores dos Prêmios “Melhor Trabalho de Ciência Bási-ca” e “Melhor Trabalho Clínico”. Ambos serão no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais),entregue aos dois principais autores.

Dentre os temas que serão tratados no evento, destacam-se: Genética da obesidade; Obesidade na criança e adolescente; Re-sistência à insulina em obesos; Tratamento farmacológico da obe-sidade; Atividade física no tratamento do obeso; Complicações relacionadas à obesidade: diabetes, hipertensão, insuficiência car-díaca, esteatohepatite, doenças respiratórias, apnéia do sono, dis-lipidemia, ovários policísticos, hipogonadismo masculino; além de temas especiais em cirurgia bariátrica e nutrição.

Reserve a data na sua agenda para mais este importante evento!

Leila Araújo

Presidente do XIII CBOSM

Marcio C. Mancini

Presidente da ABESO

Próxima Parada: XIII CBOSM, Salvador, Bahia

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Ano Novo, Vida Nova.

Hábitos Novos?

Editorial

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inal de ano sempre é momento propício para se pensar no que fi-zemos no ano que termina e pla-nejar novas ações para o ano que se ini-cia. Isso vale para tudo e, principalmen-te, para a saúde. Na área de obesidade e síndrome metabólica há um paradoxo interessante: as confraternizações nata-linas são usualmente boas e adequadas para a saúde mental, porém desenca-deiam o comer compulsivo, resultando em indesejada elevação do peso corpó-reo com conseqüências já conhecidas por todos nós.

Janeiro geralmente se inicia com os pacientes aumentando o peso e, conse-qüentemente, apresentando picos hi-pertensivos, hiperglicemias e hiperco-lesterolemia. Tudo isso é piorado com as férias de verão que geralmente perpe-tuam o ganho ponderal e o descontro-le metabólico. Apesar de conhecermos tão bem como se inicia e onde termi-na tal ciclo, a cada ano parece que fica mais difícil corrigi-lo e o número de in-divíduos com sobrepeso ou obesidade vai crescendo cada vez mais, alcançan-do cifras epidêmicas.

Talvez se incluíssemos em nossos planos para 2009 ações simples como realizar regularmente exercícios físicos e diminuir a ingestão alimentar, observan-do quantidades ingeridas e freqüência de ingestão, bem como qualidade dos ali-mentos, pudéssemos diminuir ou, pelo menos, estabilizar a prevalência de obe-sidade e síndrome metabólica em nos-so país. Não dá para tentar convencer nossos pacientes da importância de tais mudanças de hábito se não conseguimos convencer nem a nós mesmos. Devemos considerar a aquisição de hábitos sau-dáveis como ponto fundamental e

ini-cial para o sucesso terapêutico da obesi-dade e síndrome metabólica. O estudo DPP (Diabetes Prevention Program) já há longo tempo demonstrou, e não é mais nenhuma novidade, que mudan-ças dietéticas e exercícios regulares (150 minutos/semana) são mais eficazes na prevenção de diabetes tipo 2 que usar metformina. O único problema é obe-decer disciplinadamente a tais mudan-ças, sem que ninguém precise nos vigiar. Em outras palavras: mudança de esti-lo de vida (entenda-se alimentação sau-dável e exercícios regulares) é suficiente para número significativo de pacientes, desde que se tenha disciplina para seguir um programa a longo prazo. Aproveite-mos o ano que se inicia e incluaAproveite-mos tais modificações nos nossos hábitos e nos dos nossos pacientes.

O ano de 2008 foi marcado por bons eventos médicos, com novidades na área de obesidade e síndrome me-tabólica e medicamentos lançados no mercado brasileiro com o objetivo de perder peso e melhorar o perfil metabó-lico dos pacientes. Foi assim com o tão esperado lançamento do rimonaban-to. Naqueles pacientes adequadamente selecionados, os médicos que prescre-veram o rimonabanto e obtiprescre-veram al-guma experiência prática com a medi-cação notaram benefícios metabólicos significativos, apesar de algumas vezes modestos. Com a retirada da droga do mercado mundial, incluindo o brasilei-ro, vários pacientes que apresentavam bons resultados, sem os temidos efeitos colaterais, ficaram órfãos, restando ape-nas a boa e velha sibutramina e o orlis-tate como opções razoáveis para alcan-çar a perda ponderal. Na edição atual, o Dr. Alfredo Halpern escreve um artigo

de opinião sobre a retirada do Acom-plia do mercado. Vale a pena ler.

Seguindo a idéia de termos uma re-vista prática, com temas de utilidade no dia a dia do consultório, mantivemos novamente a sessão de casos clínicos. O Dr. Adriano Segal mais uma vez contri-bui com a Revista da Abeso comentan-do um caso clínico de anorexia nervosa, abordando tópicos de diagnóstico di-ferencial, quadro clínico e tratamento. Certamente irá nos ajudar na condução dos nossos próprios casos clínicos.

Temos, ainda, nessa edição uma entrevista com pesquisadoras da UnB que desenvolveram e publicaram da-dos interessantes sobre obesidade mór-bida. Afirmam que temos hoje mais de 600 mil brasileiros com IMC aci-ma de 40kg/m2 e que tal número vem aumentando gradativamente, exigindo políticas de saúde pública para frear tal incremento.

Aproveito esse canal com o nosso associado para lembrar que a Abeso já disponibiliza revistas internacionais na área de obesidade e síndrome metabó-lica no site www.abeso.org.br. Esse pro-jeto antigo se realiza agora e é mais uma das vantagens que a Associação propi-cia para seu assopropi-ciado. Divulgue e man-tenha-se atualizado.

Boa leitura! Bom ano (com mudan-ças de hábito)!

Josivan Lima

Editor-Chefe

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ICE 2008: Um Amplo

Panorama sobre Obesidade

TExTo: BETh SanToS REPoRTagEm: EquiPE inFoRmED

E

ntre os dias 8 e 12 de novembro o Rio de Janeiro recebeu os sete mil participantes, oriundos de 95 países, do 13th International Congress of Endocrinology (ICE 2008). O even-to, presidido pelo Dr. Amélio Godoy-Matos, teve a programação subdividida pelos vários temas da endocrinologia, entre eles a obesidade e a síndrome metabólica. Foram discutidos temas como preven-ção e visão global da obesidade, tratamentos medi-camentosos, obesidade infantil e muitos outros.

O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, esteve presente ao evento para o lançamento do

Prêmio Pemberton, da Coca-Cola Brasil. A pre-miação, que conta com o apoio da ABESO, foi criada para estimular a pesquisa sobre vida saudá-vel. O lançamento contou com a presença do sidente da ABESO, Dr. Marcio Mancini; e o pre-sidente da SBEM, Dr. Ruy Lyra.

Pela Qualidade de Vida

O Prêmio Pemberton está voltado para trabalhos científicos elaborados por profissionais das áreas de ciências médicas e biomédicas, nutrição e educação física. A premiação irá também para a instituição na qual o trabalho vencedor foi realizado. As pes-quisas devem focar no bem estar e na importância de fatores como alimentação equilibrada, hidra-tação e exercícios físicos para uma vida saudável. Podem concorrer à premiação pesquisas inéditas realizadas em território brasileiro.

O presidente da ABESO, Marcio Mancini, co-mentou na ocasião que “sendo a obesidade uma doença crônica e progressiva, iniciativas como este prêmio da Coca-Cola, ligado a hábitos saudáveis de vida, têm o apoio da ABESO”. Segundo o Dr. Mancini, o Prêmio Pemberton é uma iniciativa que vai ao encontro dos ideais da entidade que preside, “uma sociedade multidisciplinar que desenvolve e dissemina o conhecimento no campo da obesida-de e da síndrome metabólica”. E concluiu: “Um prêmio que estimula as investigações científicas na

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área da saúde é uma iniciativa muito importante”. O Ministro da Saúde elogiou os envolvidos na inicia-tiva do Prêmio Pemberton por trabalharem por uma so-ciedade mais saudável. José Gomes Temporão informou que o Ministério da Saúde lançou recentemente um do-cumento que analisa a mortalidade no Brasil em 2005. Ele mostra que 40% dos brasileiros estão acima do peso; somente 18% consomem a quantidade recomendada de verduras, frutas e legumes; 15% praticam atividade físi-ca; 16,5% fumam; e grande parte dos adultos consome álcool de forma abusiva.

O Ministro comentou que, “se somarmos tudo isto, chegaremos a números alarmantes, que chamam a aten-ção da sociedade no sentido de forçar a interrupaten-ção deste processo de adoecimento dos brasileiros, em grande par-te evitável”. Segundo ele, cerca de um milhão de morpar-tes poderiam ter sido evitadas no Brasil, em 2005.

Somar Esforços

Após o lançamento do Prêmio Pemberton, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, esteve reunido com os presidentes da ABESO (Dr. Marcio Mancini) e SBEM (Dr. Ruy Lyra), que aproveitaram a oportunidade para conversar sobre o quadro atual, no país, da obesidade, do diabetes e da hipertensão.

Segundo o Ministro, o desafio de reduzir, no Brasil, o número de óbitos evitáveis causados por essas doen-ças crônicas não transmissíveis depende mais de infor-mação, educação e mobilização do que, propriamente, das áreas de saúde e medicina. Ele afirmou ainda que, no país, “a união de sociedades médicas, governo e em-presas privadas só tende a somar esforços para enfrenta-rem, de maneira mais articulada, o desafio da promoção da vida saudável”.

Prevenção em Debate

No primeiro simpósio a abordar o tema obesidade no ICE – “O que funciona para a prevenção de diabetes e obesidade no cenário de saúde pública” -, o Dr. Walmir Coutinho abordou as diretrizes e estratégias nacionais para a prevenção da obesidade.

Depois de atribuir o aumento da prevalência da obe-sidade, no Brasil e no mundo, a fatores como alimenta-ção inadequada, sedentarismo etc, ele sugeriu algumas medidas de combate ao problema: aumentar espaços, nas cidades, com plenas condições para caminhar; de-sestimular o uso de automóveis; estimular o uso de bi-cicletas; construir ciclovias; e evitar passar muitas horas em frente à TV. Segundo ele, o uso de videogames ativos

pode ser uma boa idéia. Como fatores preocupantes, ele citou o aumento no consumo de refrigerantes e o custo, em geral mais alto, da alimentação saudável.

Reconciliando o Velho e o Novo

Em simpósio sobre novas modalidades de tratamento da obesidade e do diabetes, o colombiano Pablo Aschner – professor adjunto e chefe da Unidade de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Bogotá – falou sobre novos e antigos tratamentos dessas doenças. Em sua palestra (“Terapia Medicamentosa na Obesi-dade e no Diabetes: reconciliando o velho e o novo”) o especialista mostrou estudos comparativos sobre drogas antiobesidade, esclarecendo quanto de peso eles fazem perder e seus efeitos colaterais. Ele ressaltou a importância do controle médico durante uso desse tipo de medicação e afirmou que, para que o paciente apresente melhoras me-tabólicas, precisa eliminar pelo menos cinco quilos.

Pablo Aschner afirmou, ao final, que “os medicamen-tos devem ser considerados como parte do tratamento contra o excesso de peso” (ou seja, precisam ser acom-panhados por mudanças no estilo de vida), o que, sabe-se, é muito importante na prevenção do diabetes tipo 2 e na promoção da saúde em geral.

Visão Global

Mais de um milhão de pessoas acima do peso, em todo o mundo, é um dado que mostra o tamanho do desafio para inverter a tendência de crescimento do problema. A questão foi apresentada na palestra “Visão Global da Obesidade – qual deve ser a resposta política?” do norte-americano Barry Popkin, professor de nutrição da

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versidade da Carolina do Norte, onde também é chefe do Centro Interdisciplinar de Obesidade.

O especialista mostrou dados que comprovam o au-mento significativo da prevalência de obesidade e so-brepeso. Por exemplo: em 1989, 20% da população do México apresentavam esses problemas. Atualmente, 71% das mulheres e 67% dos homens daquele país são obesos ou têm sobrepeso. Outros cinco países estão com 2/3 da população nesta condição: Austrália, África do Sul, Egi-to, Estados Unidos e Reino Unido. No Brasil, segundo ele, os números também se apresentam em alta na maio-ria das regiões, com exceção do Sul e Sudeste.

O professor Barry Popkin citou algumas ações para tentar diminuir o aumento das estatísticas sobre o assun-to: educação em massa, criação de regulamentos e maior tributação em produtos não saudáveis.

Contribuição Materna na Obesidade Infantil

Como a saúde da mãe pode interferir na do filho, quan-do o assunto é obesidade infantil? Este foi o tema da palestra “Obesidade Infantil: Contribuição de Fatores Maternos”, apresentada pelo especialista em obesidade Chittaranjan Yajnik, diretor da Unidade de Diabetes do Kem Hospital Research Centre, em Pune, India.

Inicialmente, o especialista indiano mostrou dados gerais e mostrou riscos do excesso de peso: diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, apnéia do sono etc. Em se-guida, citou os fatores que devem ser considerados ao diagnosticar a obesidade: IMC, idade, sexo, gordura cor-poral, pregas cutâneas, relação da medida cintura-quadril e gordura visceral. Dr. Yajnik ressaltou que o IMC, por não determinar a percentagem de gordura no corpo, não deve ser considerado isoladamente.

O especialista em obesidade afirmou que a contribui-ção de fatores maternos são mais determinantes para a obesidade do filho do que os paternos. São fatores gené-ticos, gestacionais (intra-uterinos) e pós-natais (lactação e ambiente familiar). Segundo ele, a influência materna é tanto genética quanto epigenética.

O Dr. Yajnik apresentou as influências maternas in-tra-uterinas (nutricionais, metabólicas, estresse, infecções e tóxicas) e comentou que alto peso materno e hipergli-cemia durante a gravidez influenciam na macrossomia. Segundo o especialista indiano, as causas mais prová-veis para a obesidade infantil são: exposição intra-uterina à hiperglicemia, estresse na gestação, mães muito novas com diabetes (pois podem ter mais genes de suscetibili-dade à obesisuscetibili-dade e ao diabetes). Ao final, deixou alguns alertas: a prevenção da obesidade deve começar o mais cedo possível; a saúde das jovens é importantíssima; e lembrou que toda mãe deve amamentar seu filho.

Maturidade e União

O Dr. Amélio Godoy-Matos, presidente do ICE 2008, assim como os demais responsáveis pela organização do evento, demonstravam, ao final, satisfação pelo sucesso do congresso. Para o Dr. Amélio, o objetivo de projetar a Endocrinologia brasileira a nível mundial “esteve sem-pre em primeiro lugar”. Além da infra-estrutura, que atendeu aos mais exigentes, o trabalho em conjunto en-tre as sociedades científicas ligadas à especialidade mos-trou maturidade e união dos especialistas brasileiros. A confraternização de encerramento, com direito a Esco-la de Samba, fechou o Congresso, comprovando que os brasileiros sabem comemorar e discutir ciência nas ho-ras certas. C

Dr. Pablo Aschner

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Estudo Brasileiro Sobre Obesidade Mórbida

É Publicado na Obesity Surgery

REPoRTagEm DE Paula Camila RoDRiguES

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os últimos anos, vem sendo constatado o

au-mento da obesidade em todo o mundo. No en-tanto, ainda há poucos estudos que abordem, por exemplo, a quantidade de obesos mórbidos em cada país. A pesquisa da Dra. Isabella Vasconcellos de Oliveira é uma dessas exceções. Ela fez sua dissertação de mestra-do em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB) sobre esse tema, orientada pela Dra. Leonor Ma-ria Pacheco Santos, pesquisadora colaboradora da Facul-dade de Ciências da Saúde (FS) da UnB.

O resumo do estudo foi publicado recentemente pela revista Obesity Surgery sob o título Trends in Morbid

Obe-sity and in Bariatric Surgeries Covered by the Brazilian Heal-th System. “É a única especializada em cirurgia bariátrica e

no Brasil não existe uma revista que enfoque esse assunto”, explica Leonor, doutora em Patologia pela Universidade do Tennessee (EUA), com pós-doutorado em Epidemio-logia na Universidade de Londres.

De acordo com a pesquisa, são mais de 609 mil bra-sileiros com obesidade mórbida. Os resultados foram gerados a partir de bancos de dados de três inquéritos nacionais realizados pelo Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE). Todos eles incluem medidas an-tropométricas: a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2002/2003, a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN) de 1989 e o Estudo Nacional de Despesa Fami-liar (Endef) de 1974/1975.

Quando os dados foram comparados, concluiu-se que o Nordeste apresentou o maior crescimento relati-vo (760%) entre os períodos de 1974 e 2003. Já o Sul teve o menor aumento (120%). Apesar de o crescimen-to ter sido maior no Nordeste, a região apresenta o me-nor índice nacional, de 0,43%. O maior percentual de cidadãos portadores de obesidade mórbida é o da região Sudeste, com 0,77%.

Há dois dados que são comuns a todas as regiões: a

ocorrência mais freqüente entre a população de baixa ren-da e a alta incidência entre as mulheres, com média nacio-nal de 0,95%. Nos homens, a porcentagem é de 0,32%.

Aumento no Número de Obesos

A pesquisadora Leonor Santos considera que uma das grandes contribuições do estudo foi quantificar pela pri-meira vez a obesidade mórbida no Brasil. “Até então não se conhecia o número oficial de obesos mórbidos, a sua distribuição e as tendências, ou seja, com que rapidez vem aumentando, onde, em qual sexo, etc. Esta pesquisa partiu de bancos de dados oficiais do IBGE, que foram novamente analisados para obter as estimativas de obe-sidade mórbida”, explica.

Segundo Dra. Leonor Santos, o aumento da obesida-de no Brasil segue a tendência mundial. “São poucos os países que conhecem as suas taxas de obesidade mórbida. No Brasil, este estudo mostrou que 0,6% da população apresentava obesidade mórbida em 2003, comparado com 5% nos EUA e 2% na Inglaterra. Assim, é urgente adotar medidas preventivas para evitar que se alcance o patamar da população americana”, alerta.

A pesquisadora diz que não se pode determinar com precisão o motivo de o padrão de alimentação brasilei-ro ter mudado, pois exigiria uma pesquisa apbrasilei-rofundada, que nunca foi realizada e que seria de difícil execução. Al-gumas hipóteses poderiam ser consideradas, como: mu-dança no estilo de vida, diminuindo o tempo disponível para o preparo e para o consumo das refeições (introdu-ção de lanches rápidos, frituras e refrigerantes); maior disponibilidade de alimentos industrializados com alto teor de gorduras; menor consumo de frutas e verduras frescas; modismos; propaganda; globalização, etc.

No Brasil, a Região Sudeste, melhor exemplo das mu-danças de estilo de vida, apresenta as maiores taxas de obesidade. Já a região Nordeste apresentava uma taxa muito elevada de desnutrição na primeira pesquisa rea-lizada (1974-75), enquanto a obesidade mórbida quase

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Estudo Brasileiro Sobre Obesidade Mórbida

É Publicado na Obesity Surgery

não existia na região naquela época. No entanto, nessas três décadas ocorreram mudanças no estilo de vida da população, levando à “transição nutricional”, com redu-ção da desnutriredu-ção e aumento da obesidade. “Apesar de apresentar a maior taxa de aumento, em 2003 essa região ainda representava a menor proporção de obesos mórbi-dos do Brasil”, ressalta Dra. Leonor.

A Dra. Isabella Oliveira comenta que os países sub-desenvolvidos vêm enfrentando problemas com obesi-dade porque os padrões nutricionais sofreram alterações, como resultado de mudanças na dieta. ”O século XX foi marcado por uma dieta rica em gorduras (principalmen-te as de origem animal), açúcar e alimentos refinados, mas reduzida em carboidratos complexos e fibras. Segun-do pesquisaSegun-dores, o preSegun-domínio desta dieta tem contri-buído para o aumento da obesidade, paralelo ao declínio progressivo da atividade física”, enumera.

Cirurgia Bariátrica como Tratamento de Obesidade

A Dra. Leonor explica que nem sempre a terapia com dieta funciona no longo prazo. “Estudos demonstram que é muito difícil a manutenção da perda de peso. Ou seja, é mais fácil perder do que manter. Não se pode sim-plesmente culpar o paciente que porventura não consi-ga vencer a luta contra a obesidade, o que requer uma mudança de hábitos e uma atitude de vigilância cons-tante”, destaca.

No entanto, a obesidade pode ser evitada e isso gera benefícios tanto para o próprio paciente, quanto para a saúde pública. Segundo Dra. Leonor, algumas medidas preventivas são: orientação para o aleitamento mater-no exclusivo até os seis meses; alimentação adequada mater-no desmame; educação alimentar na idade escolar e regula-mentação dos alimentos oferecidos nas cantinas escola-res; incentivo a atividades físicas e alimentação adequada do adolescente; e conscientização do consumidor para a melhor compreensão das informações nutricionais.

A razão para que não existam muitos estudos remete

às diversas dificuldades de realização, por fatores como: longo tempo, custos elevados, seguimento dos pacientes, falta de evidências a curto prazo. A Dra. Isabella Oliveira cita o estudo mais longo sobre resultados da cirurgia - o Swedish Obese Subjects (SOS). Esta pesquisa longitudi-nal que já dura 14 anos e compara um grupo de pacien-tes operados a um grupo controle não operado, conside-rando 18 variáveis, dentre as quais, idade, sexo, altura e média de perda de peso. “Este estudo, além de ser o mais longo, é considerado como uma evidência conclusiva de que o tratamento cirúrgico é superior ao tratamento clí-nico para os pacientes inscritos (adultos de meia idade com IMC de cerca de 41 kg/m²)”, explica.

Ela diz que o SUS está consciente da importância da prevenção e do tratamento da obesidade. Desde 1999, a cirurgia bariátrica está inserida na tabela de procedi-mentos do SUS, quando foi instituída a rede de atendi-mento ao paciente portador de obesidade mórbida, com a criação dos Centros Nacionais de Referência para Ci-rurgia Bariátrica/Gastroplastia. Em 2007, o SUS lançou novas Portarias:

- Portaria SAS n° 492: Define unidade de assistência de alta complexidade ao paciente portador de obesidade grave como o hospital que ofereça assistência diagnóstica e terapêutica especializada, de média e alta complexida-de, condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados ao atendimento às pes-soas portadoras de obesidade grave.

• Portaria GM n° 1569, de 02 de julho de 2007: Institui diretrizes para a atenção à saúde, com vistas à prevenção da obesidade e assistência ao obeso a serem implantadas em todas as unidades federadas.

• Portaria GM n° 1570, de 25 de julho de 2007: De-termina que a Secretaria de Atenção à Saúde, isola-damente ou em conjunto com outras Secretarias do Ministério da Saúde, adote todas as providências ne-cessárias à organização da assistência ao portador de obesidade grave. C

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Transtornos Alimentares:

Fatores Desencadeantes

e Condução de Caso

Adriano Segal

Diretor de Psiquiatria e Transtornos

Alimentares da ABESO; membro da COESAS - SBCBM (Comissão de Especialidades Associadas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica); responsável pela Psiquiatria do AMBOS (Ambulatório de Obesidade e Síndrome Metabólica do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do HC – Faculdade de Medicina da USP); coordenador do TAO (Ambulatório de Transtornos Alimentares Associados à Obesidade), do AMBOS)

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Transtornos Alimentares:

Fatores Desencadeantes

e Condução de Caso

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Anorexia Nervosa (AN) é um transtorno

ali-mentar (TA) cuja prevalência tem sido reputada como mais estável (em torno de 1% das mulhe-res) do que a da Bulimia Nervosa (BN). Porém, ela pode estar aumentando, notadamente entre homens jovens, grupo no qual era franca raridade.

Fomos convidados a discutir um caso provável de AN em homem. Para tanto, transcrevemos o caso que recebe-mos em sua íntegra, fragmentado em parágrafos sequen-ciais em azul, comentados no texto em preto.

Um homem de 17 anos vai ao hospital levado pelos pais devido a uma perda de peso de 25 kg nos últimos seis meses. Tinha um índice de massa corpórea de 27 kg/m2 e agora está com 15 kg/m2.

É importante que, frente a um caso de homem jovem com redução do peso de tal magnitude, alguns diagnós-ticos sejam avaliados. Vamos focar nos diagnósdiagnós-ticos psi-quiátricos. Uma primeira chave de diagnósticos diferen-ciais (DD) até este ponto poderia incluir, em ordem de-crescente de probabilidade:

• Episódio depressivo maior

• Abuso de substâncias • Episódio maníaco • Transtorno Obsessivo-compulsivo • Esquizofrenia • Fobia alimentar • AN

Não incluímos BN devido ao fato de o IMC ser in-ferior ao mínimo esperado para a idade. Neste quadro, o IMC tende a ser próximo ao normal.

Refere que faz exercícios duas vezes por dia, apenas uma refeição diária e se pesa diariamente.

Este dado, de certa forma, afasta quadros depressivos, de abuso de substâncias e de fobia alimentar como diag-nósticos primários, pois deixa claro que havia uma moti-vação especificamente direcionada para a perda de peso.

Obviamente, a co-morbidez seria possível, mas op-tamos por nos deter no diagnóstico primário, ao menos até comentarmos a abordagem terapêutica.

A mãe é diabética e ele afirma não querer ficar diabéti-co no futuro e, por isto, fez dieta para manter um peso adequado.

Este parágrafo nos dá um importante insight sobre como, mesmo condutas em princípio adequadas, podem resultar em verdadeiras catástrofes. É fundamental citar que a imensa maioria dos quadros de TA é desencade-ada por dietas. Assim, a indicação destas deve ser feita por profissional competente e capacitado(a) a fornecer o seguimento desta dieta (infelizmente, vivemos num tem-po em que esta última frase parece impraticável, devido à enxurrada de materiais das mais variadas mídias nos informando como é fácil, rápido e desejável emagrecer a qualquer custo).

O paciente, de fato, apresentava excesso de peso, cli-nicamente significativo. E, com a história familiar de diabetes (especialmente se ela, de fato, for do tipo 2, como supomos), seria absolutamente correto indicar que o mesmo diminuísse e controlasse seu peso. Este pode ter sido o mote inicial do paciente. Porém, encontrando substrato biopsicológico adequado, a dieta - que deve ter sido autogerenciada - culminou num quadro alimentar bastante grave.

Diante disso, é aceitável excluirmos episódio maníaco e esquizofrenia da lista de hipóteses diagnósticas, dado que houve planejamento coerente (ainda que

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tecnica-mente errado) e não houve descrição de outras alterações do comportamento, compatíveis com estes quadros.

Após insistência dos pais para se alimentar, ontem comeu demais (500g de queijo, quatro iogurtes, três copos de leite, almoço usual e três pratos de sopa à noite) e vem sentindo-se mal e com edema de membros inferiores.

Aqui, é a hipótese de fobia alimentar que será exclu-ída, pois, neste caso, a aceitação ocorreria com elevado grau de estresse e desconforto para quantidades pequenas e específicas de alimentos, e não na forma de um episó-dio alimentar provavelmente compulsivo.

Fica também evidente a presença de um grau mais acentuado de má-nutrição, pois o paciente apresentou edema de membros inferiores, um provável sinal de sín-drome de realimentação, que pode ser fatal. Devido a isto, a reintrodução de alimentos em pacientes desnutri-dos (como vários com AN) deve ser feita de modo crite-rioso e supervisionado.

Pais afirmam que, de vez em quando, ele tem esses epi-sódios de comer demais.

Este parágrafo afasta (mas não exclui) o transtorno obsessivo-compulsivo. Se fosse este o caso (por exem-plo, pensamentos obsessivos catastróficos relacionados ao diabetes, aliviados pelo jejum ou pelos exercícios físi-cos), os episódios alimentares citados poderiam não estar presentes de modo freqüente. A primeira hipótese diag-nóstica deve ser então AN, subtipo bulímico.

É importante ressaltar que existe elevada co-morbi-dez entre AN e transtorno obsessivo-compulsivo, porém usualmente o subtipo de AN seria o restritivo e não o bulímico, no caso desta associação.

Como conduzir esse caso?

A primeira abordagem é definir quais co-morbidezes

psi-quiátricas e clínicas estão presentes, para seu pronto tra-tamento, ao mesmo tempo em que se inicia processo psi-coeducacional do paciente e dos pais. Não há evidências de boa qualidade de que haja tratamento medicamentoso efetivo para a AN, porém tratar as co-morbidezes pode ajudar no resultado geral.

O tratamento da AN é bastante trabalhoso, em gran-de parte porque o (a) paciente não acha que tem qual-quer doença e o vínculo terapêutico não raramente é belicoso. Com a disponibilidade de sites na internet que ensinam os portadores de TA a esconder a doença, a di-ficuldade de abordagem é ainda maior. É necessário que metas sejam bem definidas e a normalização do peso é a variável não negociável, porém é a variável que causará todos os problemas no tratamento.

A família deve, portanto, ser vigorosamente orienta-da, pois haverá uma variedade de chantagens emocionais no sentido de se obter a interrupção do tratamento, de agressividade crescente. Contudo, vale lembrar que, se-gundo alguns estudos, a mortalidade da doença chega a 20% dos casos. Assim, não são raros os casos em que a internação do (a) paciente é necessária, tanto pelo qua-dro em si como também pelo risco de suicídio que pode estar presente.

Devido à alta complexidade biológica, psicológica e sociológica dos casos de TA, o tratamento deve ser sem-pre multiprofissional, com todos os membros da equipe trabalhando de modo sincronizado, para que a manipu-lação por parte do(da) paciente seja rapidamente iden-tificada e abordada.

Esta equipe deve ser composta por: Psiquiatra, Clínico(a), Nutricionista e Psicólogo(a)

Outros profissionais (por exemplo, educadores(as) físicos(as) e terapeutas ocupacionais) podem estar envol-vidos, porém sua presença não é mandatória, ao contrá-rio dos profissionais da lista acima. C

O paciente, de fato, apresentava excesso de peso, clinicamente significativo. E, com a história familiar de diabetes (especialmente se ela, de fato, for do tipo 2, como supomos), seria absolutamente correto indicar que o mesmo diminuísse e controlasse seu peso.

(13)

P

ara comemorar o Dia Nacional de Combate à Obe-sidade, oficializado este ano, a ABESO realizou dia 11 de outubro, em Salvador, Bahia, o primeiro “Obesidade, Não”. O evento foi organizado com o ob-jetivo de promover o conhecimento dos riscos da obesi-dade e da Síndrome Metabólica (SM), informar como buscar melhores resultados, orientar a população sobre aspectos nutricionais e atividade física.

O projeto foi coordenado pela Dra. Ana Maria Alves (coordenadora da comissão de eventos sociais da SBEM Regional Bahia) e teve o apoio das Dras. Leila Araújo (ABESO / Presidente do Congresso Brasileiro de Obesi-dade e Síndrome Metabólica, em 2009- Bahia) e Diana Viegas (SBEM Regional Bahia).

Toldos Temáticos

Realizado das 8h às 12h , no Jardin de Alah, área da orla muito frequentada, o evento “Obesidade, Não” contou com um grande número de endocrinologistas, nutricio-nistas, auxiliares de enfermagem, além de estudantes de Medicina (Medicina FTC e Escola Bahiana de Medici-na), Nutrição (UFBa) e Educação Física (Faculdade So-cial Bahia).

Três toldos temáticos serviram de base para o atendi-mento ao público. No total, foram avaliados em torno de 300 pessoas, que ao final recebiam uma maçã como lanche, símbolo da obesidade central.

O primeiro, o toldo Saúde, abrigava os endocrinolo-gistas e residentes, que esclareciam e tiravam dúvidas do público. Alunos de Medicina mediam cintura e pressão arterial da população, orientavam sobre riscos da obesi-dade abdominal etc.

No segundo toldo, o do Exercício, professores e alu-nos de Educação Física orientavam sobre atividades fí-sicas e ofereciam miniaulas de Pilates, enquanto alunos realizavam bioimpedância.

O toldo da Nutrição, que contou com 15 alunos da Universidade Federal da Bahia e duas professoras, aten-dia o público com serviços como medição de peso, al-tura e glicemia capilar, questionário alimentar, além de miniaulas utilizando a pirâmide alimentar.

Apoiaram o evento representantes das seguintes in-dústrias farmacêuticas: Aché, Roche Diagnostics e Sa-nofi Aventis. C

Ev

en

to

“Obesidade,

Não”

Marca Dia

Nacional

de Combate

à Doença

Vista geral dos toldos na orla

Atividades físicas orientadas

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O

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ni

ão

R

epercutiu intensamente no meio científico e na mídia a retirada do medicamento contra a obe-sidade Acomplia. Ficou clara a razão para sua re-tirada: o número elevado de eventos psiquiátricos rela-cionados ao seu uso.

Pouco discutido, no entanto, é outro aspecto da ques-tão: os muitos pacientes que estavam se beneficiando bastante do medicamento e que, de um momento para o outro, não podem mais utilizá-lo.

Remédios são assim: bons para alguns, ruins para ou-tros. No caso dos remédios antiobesidade, isto fica bas-tante claro: há certos pacientes que têm uma resposta te-rapêutica ótima e outros que passam mal. Com o Acom-plia não era diferente. Houve certo número de pacientes que só teve boa resposta (quanto ao peso e às doenças associadas) com ele, após experimentar muitos outros medicamentos.

A decisão das agências reguladoras foi injusta? Cer-tamente, não. Na sua visão, o número de eventos cola-terais psiquiátricos – embora estes estejam descritos na bula – justificaram sua retirada e possibilidade de poste-rior retomada de posição, se os estudos em andamento (e há vários) mostrarem que os benefícios do medicamento justifiquem os seus riscos. E é aí que reside o nosso (no sentido de médicos que lidam com pacientes obesos, ou com sobrepeso, e doenças associadas que necessitam de tratamento) problema.

Há certamente muitos pacientes nos quais o excesso de peso acarreta sérios riscos para a saúde e que, sem ne-nhuma dúvida, necessitam de medicamentos para ema-grecer e diminuir estes riscos. Para nós, a retirada de um medicamento como o Acomplia constitui-se numa grande decepção: a sensação que fica é a de que a decisão das agências reguladoras acertou quando protegeu a po-pulação geral de um medicamento, se administrado de maneira indiscriminada, mas prejudicou muitas pessoas que vinham se beneficiando do mesmo, principalmente porque elas tinham o perfil adequado para recebê-lo e o cuidado constante de profissionais cuidadosos, que

co-O Dilema com os

Medicamentos

Contra a

Obesidade

nhecem as vantagens e limitações do produto.

Como resolver este impasse, não só com o Acomplia, mas também com outros produtos que podem ter uma utilidade enorme, mas que, se não forem suficientemente monitorados, podem levar a efeitos secundários graves?

A solução não é simples, mas creio que merece uma reflexão: os psiquiatras e neurologistas lidam com pa-cientes com distúrbios graves, aos quais são administra-dos medicamentos que podem levar a efeitos colaterais gravíssimos. São os medicamentos retirados do mercado? Não, pois os benefícios da sua utilização (para o proble-ma psiquiátrico ou neurológico) sobrepassam os riscos dos seus efeitos colaterais.

Já com medicamentos utilizados em pacientes com esta doença grave, que é a obesidade, a tolerância não é tão grande. Por quê? Porque ainda persiste o sentimento de que obesidade é simplesmente um problema estético e que emagrecer é simples: é só comer menos e fazer mais atividade física (e nós sabemos que isto é muito difícil para um elevado número de pessoas).

Mais ainda: pouquíssimos médicos não especialistas se aventuram a tratar pacientes com estes medicamentos usa-dos por neurologista e psiquiatras. Já para tratar pacientes com excesso de peso (ou com queixa de excesso de peso) e, em particular, para explorar insatisfações estéticas não faltam profissionais (freqüentemente maus profissionais) que usam e abusam dos remédios antiobesidade.

Por estes dois motivos (percepção de obesidade como não-doença e disseminação de tratamentos não bem con-duzidos com remédios) é que se tem uma postura bas-tante rígida em relação aos medicamentos antiobesida-de pelas agências reguladoras - corroborada pela granantiobesida-de quantidade de efeitos colaterais, em boa parte derivados da má medicina praticada por profissionais pouco ha-bilitados.

Este é o dilema que cerca o uso dos remédios que combatem o excesso de peso: são muitas vezes necessá-rios, mas, se mal utilizados, podem levar a conseqüências drásticas, inclusive sua retirada do mercado.

Alfredo Halpern

Professor Livre-Docente da Universidade de São Paulo

Chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do HC-FMUSP

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A

gen

da

FEVEREIRO 2009 5th Asia-Oceania Conference on Obesity Data: 6 a 8

Local: Mumbai, Índia

Informações: www.aiaaro.com/

aiaaro2009

2nd International Conference

on Advanced Technologies & Treatments for Diabetes

Data: 25 a 29 Local: Atenas, Grécia

Informações: www2.kenes.com/attd/

Pages/home.aspx MARÇO 2009

Joint Meeting Endocrinology & Nephrology

Data: 19 a 22

Local: Punta Del Este, Uruguai. Informações: http://www.ccmeventos. com.br Telefone: 51-3028-3878 / 77 / E-mail: contato@ccmeventos.com.br ABRIL 2009 3° International Congress on Prediabetes and the Metabolic Syndrome

Data: 1 a 4 Local: Nice, França

Informações: www.kenes.com/ prediabetes XXVII Congresso Panamericano de Endocrinologia Data: 21 a 24

Local: Ilha Margarita, Venezuela Informações: www.svem.org.ve/

II Congresso Europeu de Endocrinologia

Data: 25 a 29

Local: Istambul, Turquia

Informações: www.ece2009.com/

XII Latin American Thyroid Congress

Data: 30 de abril a 3 de maio Local: Gramado, Rio Grande do Sul Informações: www.lats2009.com.br

JUNHO 2009

ENDO 09

Data: 10 a 13

Local: Washington, EUA

Informações: www.call4abstracts.com/

endosuggest/

EndoRecife 2009

Data: 18 a 20

Local: Porto de Galinhas, PE

Informações: www.endocrinologiape.

com.br/

AGOSTO 2009

XIII Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica (CBOSM)

Data: 13 a 15 Local: Salvador, Bahia

Informações: www.interlinkeventos.

com.br/

Endocrinologia em 1 Dia

Data: 22

Local: Rio de Janeiro, RJ

Informações: www.posgradendo.com.

br / Tel.: (21) 2299-9285 - Ramal: 1198 / 2507-3713 / 2507-3706 / E-mail: posgrad@iede.rj.gov.br

III Congresso Brasileiro de Atualização em

Endocrinologia e Metabologia

Data: 27 a 29 Local: Belém, Pará

Informações: Tel.: (11) 3044-1528 /

3849-0099

E-mail: cbaem@growup-eventos.com.br

SETEMBRO 2009

34th Annual Meeting ETA

Data: 5 a 9

Local: Lisboa, Portugal Informações: E-mail: geral@

ideiasaoquadrado.com / endoc. hmp@sapo.pt OUTUBRO 2009 Congresso Mineiro de Endocrinologia e Metabologia (CONGREMEM) Data: 1 a 3

Local: Belo Horizonte, MG Informações: www.sbemmg.org.br I Congresso Norte-Nordeste de Endocrinologia e Metabologia Data: 9 a 11 Local: Natal, RN Informações: www.sbem.org.br/rn

20th World Diabetes Congress

Data: 18 a 22

Local: Montreal, Canadá Informações: www.idf2009.org

NOVEMBRO 2009

XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes

Data: 18 a 21 Local: Fortaleza, CE

Informações: (85) 4011-1572/

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No

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sid

ade

cos neonatais são maiores após as

cirur-gias bariátricas de banda e de bypass. Na realidade, o parecer sobre os resul-tados prováveis na área neonatal foi semelhante ou melhor nas pacientes que fizeram a cirurgia laparoscópica de banda gástrica ajustável (7,7% con-tra 7,1% para parto prematuro; 7,7% contra 10,6% de baixo peso ao nascer, P<0,005; e 7,7% contra 14,6% para macrossomia, P<0.05).

Ao mesmo tempo em que os au-tores afirmaram que havia pouquís-simos estudos para estabelecer con-clusões suficientes para nutrição, fer-tilidade e parto cesárea, eles também descobriram que as taxas de aborto podem ser maiores entre pacientes que passaram por desvio biliopan-creático. Além disso, deficiências nu-tricionais severas foram relatadas em gravidezes após esse procedimento.

SMS Ajudam a Combater Obesidade Infantil

E

m parceria com a universida-de alemã universida-de Heiuniversida-delberg, cientis-tas da Universidade da Carolina do Norte, EUA, realizaram um estudo - com 58 crianças entre 5 e 13 anos de idade - que descobriu no telefone celular um potencial aliado no com-bate à obesidade infantil.

A pesquisa envolveu cerca de 30 famílias, dividas em três grupos: um Programa tem a parceria da

Coorde-nação de Aperfeiçoamento de Pesso-al de Nível Superior (Capes/MEC), das Fundações de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), do Pará (Fa-pespa), de São Paulo (Fapesp), Minas Gerais (Fapemig), Rio de Janeiro (Fa-perj), Santa Catarina (Fapesc), além dos Ministérios da Saúde e Educação, Petrobrás e BNDES.

Cirurgia Bariátrica Poderia Reduzir Riscos para Bebês

m

ulheres que engravidaram após a realização de cirurgia para perda de peso tiveram menos risco de complicações maternas e neonatais do que as gestantes obesas. A conclusão foi de uma pesquisa, feita pela Rand Corporation, publicada no Journal of the American Medical Association.

Os pesquisadores buscaram explo-rar todas as possíveis associações en-tre a cirurgia e prognósticos mater-nos e neonatais, eventos adversos nu-tricionais, fertilidade, contracepção, melhor tempo para adiar a gravidez e complicações cirúrgicas durante a gestação.

Foram colhidas informações em 75 estudos, que mostraram aumento de 800% nas cirurgias bariátricas nos Es-tados Unidos, entre 1998 e 2005, sen-do 83% desses pacientes sen-do sexo femi-nino, com idades entre 18 e 45 anos. Assim, os estudiosos constataram que mulheres que fizeram a cirurgia apresentaram menores taxas de diabe-tes gestacional e pré-eclampsia. Treze outros estudos apresentaram conclu-sões similares. Mas, apesar da cirurgia diminuir o risco das complicações ma-ternas e neonatais, 14 estudos mostra-ram que ainda podem estar presentes os seguintes prognósticos: parto pre-maturo, baixo peso ao nascer, macros-somia e mortalidade perinatal.

No entanto, não houve qualquer evidência de que as taxas de

prognósti-Centro de Pesquisa em Obesidade e Diabetes

C

om apoio do Ministério da Ci-ência e Tecnologia, em parce-ria com outras 11 entidades, será instalado, no estado de São Paulo, o Instituto Nacional de Pesquisa em Obesidade e Diabetes, sob coorde-nação do professor Mário José Ab-dalla Saad, da Faculdade de Ciên-cias Médicas (Unicamp). O Insti-tuto é um dos 101 novos centros de produção científica e tecnológica de ponta que serão criados com apoio de quase R$ 600 milhões – maior va-lor destinado a uma chamada pública para apoio à pesquisa já disponibili-zado no Brasil.

Os Institutos vão assumir uma posição estratégica no Sistema Na-cional de Ciência e Tecnologia. Eles serão constituídos por uma entida-de seentida-de e por uma reentida-de entida-de grupos entida-de pesquisa organizados regional ou na-cionalmente. Entre suas metas, terão que promover o avanço da compe-tência nacional, nas devidas áreas de atuação, e mobilizar, de forma articu-lada, os melhores grupos de pesquisa nas áreas de ciência e desenvolvimen-to sustentável.

Os 101 institutos começam a fun-cionar ainda este ano e estão distri-buídos pelas cinco regiões do País. No Sudeste – com maior número de projetos aprovados - estarão sediadas 63 unidades. Mais 14 serão criadas no Nordeste; 13 na região Sul; 8 no Norte; e 3 na região Centro-Oeste. Todos serão submetidos a avaliações constantes do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tec-nológico (CNPq).

A criação dos novos centros faz par-te do Programa dos Institutos Nacio-nais de Ciência e Tecnologia (INCT), coordenado pelo Ministério da Ciên-cia e Tecnologia, que pretende destinar recursos pelos próximos cinco anos. O

(17)

fazia uso de cadernos para registrar o consumo de calorias; o outro não ano-tava nada; e um terceiro grupo respon-dia a perguntas dos pesquisadores por meio de mensagens de texto enviadas e recebidas por celulares (SMS).

Os maiores progressos contra a obesidade foram obtidos pelas famí-lias que usaram os SMS para comu-nicar-se com os especialistas: a ade-são ao tratamento ficou em torno de 43%, contra uma média de 19%. O grau de automonitoramento no con-sumo de açúcar também foi maior. Eles recebiam mensagens de encora-jamento, sugestões e avaliações dos pesquisadores.

As mensagens SMS são muito fa-miliares para a maioria das crianças. Usando esta tecnologia, esperamos que o autocontrole do próprio com-portamento pareça-lhes mais uma di-versão do que uma obrigação”, afir-mou Jennifer Shapiro, coordenadora do estudo. O trabalho foi publicado no Journal of Nutrition Education and

Behaviour.

A Prevenção Entra em Campo

u

m grupo de 13 jogadores de fu-tebol entrou no campo da pre-venção à obesidade infantil. Eles par-ticiparam do “Eat for goals!”, um livro que traz receitas simples e saudáveis recomendadas pelos atletas. Partici-param da edição jogadores interna-cionais como Thierry Henry e Carles Puyol, do Barcelona; Ruud van Nis-telrooy, do Real Madrid; Miroslav Klose, do Bayern de Munique; e Ste-ven Gerrard, do Liverpool.

O livro tem como objetivo incen-tivar crianças e jovens, na Europa, a adotarem um estilo de vida e uma alimentação mais saudável, a exem-plo dos atletas campeões. O “Eat for

goals!” foi lançado pela União

Euro-péia de Futebol (UEFA) e Federação Mundial do Coração, com apoio da

União Européia.

Com a venda de cada livro, a UEFA irá doar o valor equivalente a um euro para apoiar programas da Federação Mundial do Coração, que ajudam crianças a serem fisicamente ativas. A preocupação com esse pú-blico justifica-se pela alta taxa de obe-sidade, que, na Europa, chega a 20% entre a população infantil.

Depressão Pode Levar à Gordura Abdominal

P

esquisadores holandeses sugerem, após cinco anos de estudos, que adultos na faixa dos 70 aos 79 anos de idade, com sintomas de depressão, têm maior propensão a ganhar gordu-ra abdominal. Os cientistas estudagordu-ram 2.088 pessoas, analisadas no início e no final do período da pesquisa.

Os especialistas concluíram, após ajustes de fatores sócio-demográficos e outras características ligadas a mu-danças de peso, que a depressão esta-va associada a um aumento da gordu-ra viscegordu-ral e do diâmetro abdominal, após os cinco anos do estudo.

Esta associação não foi constata-da para o aumento constata-da obesiconstata-dade em

geral, parecendo, segundo os pesqui-sadores, “ser independente das mu-danças da obesidade. O que sugere que os sintomas depressivos estão as-sociados ao aumento da gordura na região visceral”, comentaram os cien-tistas em comunicado.

Segundo os pesquisadores holan-deses, o estresse crônico e a depressão podem ativar certas áreas do cérebro e conduzir ao aumento dos níveis do cortisol, o que promove a acumula-ção de gordura visceral. Além disso, indivíduos com depressão costumam ter estilo de vida menos saudável – o que inclui uma dieta mais pobre, “podendo interagir com fatores psi-cológicos que conduzem a um au-mento da obesidade abdominal”.

Obesos Sofrem mais Estresse

E

ventos estressantes atingem mais as mulheres e os homens obesos do que os que apresentam peso consi-derado normal, afirma estudo realiza-do por uma equipe realiza-do Departamen-to de Psiquiatria da Universidade de Connecticut, EUA. A pesquisa, que analisou 41.217 adultos, foi publi-cada na revista acadêmica Preventive

Medicine.

De acordo com as conclusões do estudo, adultos obesos teriam mais chances de perder o emprego, ser víti-mas de crimes ou cometê-los, ou en-frentar problemas financeiros. Eles pareceram sofrer mais especialmente no trabalho, onde se sentiriam mais discriminados.

Segundo os pesquisadores, vários fatores levam à conexão entre peso alto e eventos estressantes. A discri-minação, por exemplo, pode levar à baixa-estima, a não lutar por seus di-reitos e a perder promoções. Muitas das vezes a obesidade está ligada, se-gundo estudo, à pobreza, o que, por sua vez, pode estar ligada à crimina-lidade. C

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Rua Tabapuã, 888 - Cj. 81 e 83 - Itaim Bibi São Paulo - SP Cep: 04533-003 Tel.: (11) 3079-2298 Fax: (11) 3079-1732 E-mail: secretaria.luciana@abeso.org.br Secretária Executiva: Luciana Bastos Presidente: Dr. Marcio Mancini marcio.mancini@.abeso.org.br Vice-Presidente: Dr. Bruno Geloneze bruno.geloneze@abeso.org.br

1º Secretário-Geral: Dr. João Eduardo Salles joao.salles@abeso.org.br

2º Secretário Geral: Dr. Josivan Gomes Lima josivanlima@gmail.com

Tesoureiro: Dr. Mário K. Carra mario.carra@abeso.org.br

DEPARTAMENTOS

Depto. de Psiquiatria e Transtornos Alimentares

Dr. Adriano Segal

Depto. de Atividade Física e Exercício

Dr. Carlos Alberto Werutski

Depto. de Nutrição Mariana Del Bosco

Daniela Casagrande Mônica Beyruti

Depto. de Cirurgia Bariátrica Dr. Denis Pajecki

Dr. Hilton Libanori

Depto. de Epidemiologia Dra. Roseli Sichieri

Dra. Vânia Marins Dra. Rosangela A. Pereira

Depto. de Tratamento com Medicamentos

Dra. Rosana Radominski Dra. Claudia Cozer Dra. Cíntia Cercato

Depto. de Síndrome Metabólica Dr. Amélio Godoy-Matos

Dra. Lúcia Maria Carraro

Depto. de Obesidade Infantil Dra. Lílian Zaboto

Dra. Zuleika Halpern Dra. Fernanda Pisciolaro REDAçãO DA REViSTA DA ABESO:

informed - Rua do Catete, 311, sala 614, Cep 22220-901, Rio de Janeiro, RJ. Tel. (21) 2265-9967; Tel/fax: (21) 2205-0707; e-mail: informed@informedjornalismo.com.br

Editoras/Jornalistas Responsáveis:

Elizabeth P. dos Santos (MTPS 12714 - RJ) e Cristina Dissat (MTPS 17518 - RJ).

Reportagem: Sandra Malafaia, Flavia Garcia, Paula Camila, Sandra Narita e Cintia S. Castro.

Publicidadde: AC Farmacêutica (11) 5641-1870

Diagramação: DoisC Editoração Eletrônica e Fotografia (21) 2234-9541

Fotolito e impressão: Editora Trena

Tiragem: 2 mil exemplares

Ficha de inscrição

Nome: _______________________________________________________________________________________________________ Data de nascimento: ____/____/______ Naturalidade: __________________________________________________________________ Faculdade em que se formou: ______________________________________________________________________________________ Data de formatura: ____/____/______ Especialidade: ___________________________________________________________________ Endereço profissional: ____________________________________________________________________________________________ Cidade: ________________________________________________________________Estado: __________CEP: __________________ M CRM, M CRP, M CRN, M CRF: ________________________________________________________________________________ Tel: (______) ________________________________________ Fax: (______) ______________________________________________ E-mail: _______________________________________________________________________________________________________ Qual o endereço de correspondência? M Residencial M Profissional

Como conheceu a ABESO?

_____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ É membro de outra associação? M Não M Sim Qual? ____________________________________________________________________ Indicação: _____________________________________________________________________________________________________

Para filiação na ABESO, anexar cópia autenticada do certificado de regisrro profissional e anuência ao Congresso Latino-Americano de Obesidade. O médico que assina este termo compromete-se a não prescrever, recomendar ou vender terapêuticas que não possuam se-gurança e eficácia validadas cientificamente. Mais especificamente, a coquetéis manipulados com associação de anorexígenos, laxantes e diuréticos, fitoterápicos e mesoterapia

Data: ____/____/200__ Assinatura: ____________________________________________________________________

Prezado (a) Sr. (a)

Favor preencher a ficha de inscrição que se localiza no site: www.abeso.org.br ou nas re-vistas e depois enviar à ABESO a documentação (cópias) abaixo exigidas para filiar-se:

CURRíCULO • SUCINTO RG • CPF •

CARTEIRA DO CONSELHO CORRESPONDENTE (cópia autenticada) •

DIPLOMA (cópia autenticada) •

A análise das fichas de inscrição enviadas pela internet so será aceita após o recebimen-to dos documenrecebimen-tos exigidos.

A ABESO está à disposição para esclarecer eventuais dúvidas. Telefone: 55 11 3079-2298

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Os valores estão em nosso DNA

SACIETTE - Cloridrato de sibutramina monoidratado. Uso oral. Uso adulto (acima de 16 anos). Cápsulas com 10 mg e 15 mg (embalagens com 10 e 30 cápsulas). INDICAÇÕES: tratamento da obesidade ou quando a perda de peso estiver clinicamente

indicada (IMC > 27 Kg/m2 na presença de outros fatores de risco), como parte de um programa de gerenciamento de peso, quando somente a dieta e exercícios foram ineficientes. CONTRA-INDICAÇÕES: história ou presença de transtornos

alimen-tares; hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula; suspeita de gravidez; lactação; uso concomitante de IMAO (aguardar pelo menos duas semanas após sua interrupção, antes do uso); uso de outros medicamentos supressores do apetite de ação central. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: a pressão arterial e a freqüência cardíaca devem ser medidas antes do tratamento e monitoradas regularmente; se houver aumentos significativos, considerar redução da dose ou parada do tratamento;

cautela em hipertensão não controlada; não usar em casos de histórias de doença coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias ou acidente vascular cerebral; cautela em glaucoma de ângulo fechado; excluir causas orgânicas de obesidade; alguns redutores de peso de ação central foram associados à hipertensão pulmonar (não foram relatados casos com a sibutramina); cautela em epilepsia; não administrar em insuficiência hepática ou renal graves; foram relatados casos de sangramento (cautela em casos de predisposição a sangramentos e no uso de medicamentos que afetem a coagulação); qualquer medicamento ade ação central pode prejudicar julgamentos, pensamentos ou habilidade motora (cuidado ao operar máquinas e conduzir automóveis); monitoração cuidadosa quanto a antecedentes de abuso de drogas e sinais de uso inadequado ou abuso; a segurança e eficácia em crianças com menos de 16 anos de idade não foi determinada. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

uso concomitante de IMAOs é contra-indicado; cautela com o uso concomitante de: outras drogas de ação central, incluindo outros serotoninérgicos (risco de síndrome serotoninérgica); efedrina ou pseudoefedrina; cetoconazol, eritromicina,

cimetidina; álcool em excesso. REAÇÕES ADVERSAS: taquicardia, palpitações, aumento da pressão arterial/hipertensão, vasodilatação, náuseas, piora de hemorróidas, delírios, parestesia, cefaléia, ansiedade, sudorese, alteração de paladar (comuns);

constipação, boca seca, insônia (muito comuns); trombocitopenia, equimoses, reações de hipersensibilidade variadas; depressão, idéias suicidas e suicídio (raros); convulsões; visão borrada; diarréia e vômitos; erupções cutâneas, urticária; retenção urinária; ejaculação anormal (orgasmo), impotência, distúrbios menstruais; aumentos reversíveis das enzimas hepáticas e bilirrubinas; um caso de nefrite intersticial aguda totalmente revertida. POSOLOGIA: dose inicial recomendada de 10 mg por dia, pela

manhã, com ou sem alimentação; se perda for < 2 kg nas primeiras 4 semanas, considerar aumento para 15 mg ou a descontinuação, considerando-se a freqüência cardíaca e a pressão arterial. Estudos mostraram ser segura e efetiva por até 24 meses.

SUPERDOSE: fazer monitoração respiratória, cardíaca e dos sinais vitais, além de medidas gerais de suporte. PACIENTES IDOSOS: a escolha da dose deve ser cautelosa.VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA. Nº do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho. Farm. Resp.: Luciana Righetto CRF/SP 32.968. 10 mg com 10 cápsulas MS 1.1013.0253.002-9; 10 mg com 30 cápsulas MS 1.1013.0253.001-0; 15 mg com

10 cápsulas MS 1.1013.0253.003-7; 15 mg com 30 cápsulas MS 1.1013.0253.004-5. Fabricado e embalado por: Glenmark Pharmaceuticals Ltd. Colvale, Goa, Índia. Importado e distribuído por: Glenmark Farmacêutica Ltda. Rua Assahí, 33 - São Bernardo do Campo – SP - CNPJ 44.363.661/0001-57 - Indústria Brasileira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1-Revista Kairos - Suplemento de preços no 232- Março de 2008. Material destinado a profissionais de saúde autorizados a prescrever ou dispensar medicamentos.- 2-KUMAR S. Comparative, Open Label,

Randomized, Single-Dose, Two Way Crossover Bioavailability Study of Sibutramine HCl 15mg capsules of Glenmark Pharmaceuticals Ltd. and Reductil 15mg capsules of Abbott Laboratories, Brazil in Healthy Adult Male Human Volunteers Under Fasting Conditions. Material destinado a profissionais de saúde atualizados a prescrever ou dispensar medicamentos.

• Padrão internacional

de qualidade.

Bioequivalente1 ao produto de referência.*

*Reductil, marca registrada de Abbott Laboratories

• Excelente relação custo–benefício.

Maior aderência ao tratamento.

2

• Versatilidade de apresentações.

Permite adequar a prescrição e o retorno do paciente pelo período que o médico escolher: 10, 30, 40 ou 60 dias.

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