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Sumário DICAS FEVEREIRO 2019 SEMANA CONSTITUCIONAL... 2 #Dicas - Controle de Constitucionalidade e Reclamação Constitucional (ATT FEV 2019)...

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Sumário

DICAS FEVEREIRO 2019 SEMANA 1 ... 2

CONSTITUCIONAL ... 2

#Dicas - Controle de Constitucionalidade e Reclamação Constitucional (ATT FEV 2019) ... 2

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (FEV 2019) ... 11

Importante! Imunidade temporária processual do Presidente da República - julgamento do STF (fev 2019) ... 13

PROCESSO CIVIL ... 14

Reexame Necessário - 4 apontamentos (FEV 2019) ... 14

EXECUÇÃO FISCAL (fev 2019) ... 15

TRABALHO ... 17

SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO, SIMULADO (FEV 2019) ... 17

Decisão TST: Restrição ao uso de banheiro durante a jornada de trabalho (fev 2019) ... 20

Decisão TST: Candidato tem cinco anos para questionar etapa de concurso na Justiça (fev 2019) ... 21

Decisão TST: Quem ocupa cargo de gestão não tem direito ao sobreaviso (fev 2019) ... 21

Decisão TST: O simples fato da jornada de trabalho ser excessiva não caracteriza dano moral (fev2019) ... 22

CIVIL ... 22

STJ - Responsabilidade civil do hospital (fev 2019) ... 22

#Dicas - Multipropriedade (novida legislativa) (fev 2019) ... 24

EMPRESARIAL ... 27

FUNDAMENTOS DO DIREITO EMPRESARIAL (FEV 2019)... 27

ECONOMICO ... 29

Direito Economico - Parte 13 (Eros Grau, Resumos, Direito Economico Juspodivm *SBDC muito importante para que estuda para concursos federais (AGU/PGF) ... 29

Direito Econômico - Parte 14 (Eros Grau, Resumos, Direito Econômico Juspodivm *SBDC muito importante para que estuda para concursos federais (AGU/PGF) ... 33

Direito Economico - Parte 15 (Eros Grau, Resumos, Direito Economico Juspodivm *SBDC muito importante para que estuda para concursos federais (AGU/PGF) (FEV 2019) ... 35

PENAL ... 37

#Dicas - Inquérito Policial (Atualizado em FEV 2019) ... 37

DISCURSIVAS ... 39

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(PFN - 2015) O Juiz do Trabalho, após encerramento da instrução processual, se tiver dúvida quanto ao direito do trabalhador reclamante, deverá julgar favoravelmente ao obreiro, tendo em vista o princípio in dubio pro operario. V ou F? ... 41 (PFN 2015) A Constituição Imperial de 1824 não estabeleceu nenhum sistema de controle de constitucionalidade. V ou F? ... 42

DICAS FEVEREIRO 2019 SEMANA 1

CONSTITUCIONAL

#Dicas - Controle de Constitucionalidade e Reclamação Constitucional (ATT FEV

2019)

00. O controle é feito somente se houver uma constituição rígida (normas constitucionais mais difíceis de alterar e um órgão dotado de competência para tanto).

1. Há precedente do Supremo Tribunal Federal afirmando que, mesmo sendo órgãos fracionários, as Turmas do Supremo Tribunal Federal não se submetem à cláusula de reserva de plenário.

2. Cabe ADPF sobre ato de efeitos concretos como decisões judiciais.

3. O STF já assentou o entendimento de que é admissível a ação direta de inconstitucionalidade em face de emenda constitucional, quando se alega, na inicial, que esta contraria princípios imutáveis ou as chamadas cláusulas pétreas da Constituição originária.

4. A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante não autoriza a suspensão dos processos em que se discuta a mesma questão.

5. O ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade não está sujeito a observância de qualquer prazo de natureza prescricional ou de caráter decadencial, eis que atos inconstitucionais jamais se convalidam pelo mero decurso do tempo. 6. O rol de legitimados para os processos objetivos de controle de constitucionalidade não comporta interpretação extensiva.

7. O indeferimento de liminar em ação direta de inconstitucionalidade, pouco importando o fundamento, não dá margem à apresentação de reclamação.

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8. Não cabe reclamação em face de lei municipal (PGM - Campinas, PGE-TO).

9. A Súmula Vinculante, a qual só pode ser formada no âmbito do Supremo Tribunal Federal, não vincula, entretanto, o Poder Legislativo quando este exerce atividade jurisdicional stricto sensu.

10. No Brasil, o parâmetro para o controle da constitucionalidade abrange as normas constitucionais originárias, as emendas de revisão e constitucionais, as normas do texto constitucional transitório, os tratados internacionais de direitos humanos aprovados com quórum qualificado.

11. O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo. Neste sentido (PGM/PALMAS): A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante autoriza o juiz decidir fundamentadamente sobre a suspensão do processo em que se discuta a mesma questão até que o enunciado seja editado, revisto ou cancelado. Falso!

12. Lei municipal pode dispor sobre:

Horário de funcionamento de estabelecimento comercial: SIM (SV 38).

Horário de funcionamento dos bancos (horário bancário): NÃO (Súmula 19 do STJ) - Competência da União.

Medidas que propiciem segurança, conforto e rapidez aos usuários de serviços bancários: SIM.

Fonte: dizer o direito (informativo 777)

13. No julgamento da reclamação constitucional, o STF poderá reapreciar, redefinir e atualizar o conteúdo de decisão paradigma proferida em ação direta de inconstitucionalidade.

14. A inconstitucionalidade material envolve não somente o contraste direto do ato legislativo com o parâmetro constitucional, mas também a aferição do desvio de poder ou do excesso de poder legislativo (PFN/2015).

15. A inconstitucionalidade ocorre no plano da validade, que não se confunde com revogação. Daí seu caráter declaratório, com efeitos ex tunc via de regra.

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16. A supremacia constitucional assegura a posição hierárquica privilegiada da Constituição; a rigidez a não revogação da norma constitucional por norma infraconstitucional que disponha de modo diverso daquela, já que a produção e revisão da norma constitucional estão sujeitas a processo legislativo mais rigoroso. 17. (TRF3) Q: No caso de declaração incidental de inconstitucionalidade em controle concentrado, o Senado será comunicado da decisão e, em juízo discricionário, poderá suspender a execução da lei viciada, quando então a decisão adquire efeito erga omnes. R: Falso! Atualmente, a própria decisão do STF já é erga omnes.

17.1 De acordo com o prof. Márcio André: "O STF decidiu que, mesmo se ele declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade de uma lei, essa decisão também terá efeito vinculante e erga omnes. A fim de evitar anomias e fragmentação da unidade, deve-se atribuir à decisão proferida em deve-sede de controle incidental (difuso) a mesma eficácia da decisão tomada em sede de controle abstrato".

17.2 Se você não lembra desse julgado,

leia https://www.dizerodireito.com.br/2017/12/stf-muda-sua-jurisprudencia-e-adota.html

Dizer o Direito: STF muda sua jurisprudência

e adota efeito vinculante de declaração

incidental de inconstitucionalidade

Tweets por @dizerodireito. Arquivo 2019 (38) 2019 (38) Fevereiro (4) Janeiro (34) 2018 (349) Dezembro (46) Novembro (28) Outubro (29) Setembro (26) Agosto (32) Julho ...

www.dizerodireito.com.br

17.3 Na prova de Campo Largo Paulista, a Vunesp já considerou correto falar que o STF adota a teoria da abstrativização.

18. Outro julgado importantíssimo: "Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados. STF. RE 650898-RS"

19. (FCC) Q: é inadmissível o exercício do controle incidental de inconstitucionalidade pelo Superior Tribunal de Justiça, ainda que realizado nas causas de sua competência originária. R: Falso! Qualquer juiz ou tribunal pode realizar o controle de constitucionalidade de forma incidental.

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20. A cláusula de reserva de plenário não se aplica quando o órgão fracionário de Tribunal julga constitucional o ato normativo sub judice e quando aplica a técnica de interpretação conforme a constituição (PGM-SOROCABA). Também não se aplica a reserva de plenário: análise de norma pré-constitucional; julgamento de RE; Turma recursal de JE; medica cautelar; se já houver pronunciamento do tribunal ou STF sobre o tema e decisão monocrática de relator.

20.1 (FCC - 2018) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte, viola a cláusula de reserva de plenário prevista na Constituição Federal, sendo, no entanto, inaplicável a regra do full bench quando a decisão for proferida em sede cautelar.

21. O controle de constitucionalidade somente será exercido em uma Medida Provisória (MP), em caráter excepcionalíssimo, quando flagrante a ausência de urgência e relevância.

22. O STF também admite a modulação de efeitos em sede de controle difuso, não somente no concentrado.

23. Importante: Tratando-se de ação direta de inconstitucionalidade da competência do Tribunal de Justiça local – lei estadual ou municipal em face da Constituição estadual –, somente é admissível o recurso extraordinário diante de questão que envolva norma da Constituição Federal de reprodução obrigatória na Constituição estadual.

24. Quem propõe a ADI interventiva é o PGR. No âmbito estadual o legitimado é o PGJ. De acordo com Pedro Lenza: "O único e exclusivo legitimado ativo para a propositura da representação interventiva federal é o Procurador-Geral da República, que tem total autonomia e discricionariedade para formar o seu convencimento de ajuizamento".

24.1 A legitimidade ativa para a propositura de representação interventiva estadual está restrita ao procurador-geral de justiça.

25. Atenção: Na ADI interventiva mesmo que, no mérito, seja julgada procedente, não produz decisão dotada de eficácia contra todos e efeito vinculante. Importante também salientar que na ADI interventiva também é admissível a concessão de medida cautelar.

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25.1 A liminar poderá consistir na determinação de que se suspenda o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais ou administrativas ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da representação interventiva.

26. A ADI interventiva é modalidade de controle de constitucionalidade concreto e concentrado. Há legitimado passivo;

27. O PR está vinculado à decisão do STF e é obrigado a decretar intervenção. Não cabe controle político por parte do CN.

28. A decisão da ADI interventiva é irrecorrível, não podendo ser impugnada por ação rescisória.

29. Não cabe ADPF contra veto (posição majoritária). Existe um entendimento isolado (monocrático) admitindo (ADPF 45). Vunesp 2018 dispõe que não pode.

30. Na ADI por omissão, o órgão administrativo deve suprir a omissão no prazo de 30 dias.

31. É admissível a participação de amicus curiae na ADI por omissão. (CESPE) Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, admite-se a participação do amicus curiae, bem como de peritos especializados na realização de audiências públicas. 32. Não cabe ADI por omissão se o ato for concreto, mas somente em relação a ato normativo, seja ele primário ou secundário;

33. Somente cabe ADI por omissão em face de normas constitucionais de eficácia limitada. Dentro da subdivisão das normas de eficácia limitada em princípio institutivo e programático, somente estas últimas são alvo da ADI por omissão. 34. Admite-se a fungibilidade entre ADPF e ADI (PGM-SBC). Importante mencionar que a decisão da ADPF não pode ser alvo de ação rescisória e a legitimidade ativa é a mesma da ADI, ou seja, não é de qualquer cidadão.

35. Importante: Cabe ADPF contra ato normativo já revogado.

36. Não cabe ADPF contra súmulas, inclusive vinculantes. Neste sentido (PGM-JP) Embora seja viável a utilização da ADPF para tratar de violação a preceito fundamental decorrente de decisões judiciais do próprio Poder Judiciário, esse instrumento constitucional não é a via adequada para a obtenção de interpretação, revisão ou cancelamento de súmula vinculante.

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37. Além dos atos normativos, podem ser objeto da ADPF atos não normativos, tais como contratos administrativos e atos judiciais (Sorocaba). Atenção: Se o ato judicial já estiver com trânsito em julgado, não cabe ADPF.

38. Nas ações de controle perante o STF, o Partido Político deve estar representado pelo diretório nacional.

39. Princípio da subsidiariedade: quando couber outras ações de cunho objetivo, como ADI e ADC, a ADPF não será utilizada. Isso ocorre em relação também às ações de inconstitucionalidade no âmbito do TJ (Info 532, STF).

40. A ação declaratória de constitucionalidade, diversamente do que ocorre com a ação direta de inconstitucionalidade, requer para a sua propositura a exigência de controvérsia judicial relevante. Importante lembrar que não pode ser controvérsia apenas doutrinária.

41. ADC é somente para atos normativos federais.

42. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo (Nova York, 2007), promulgada pelo Decreto nº 6.949/2009, faz parte do conceito de bloco de constitucionalidade.

43. Também cabe amicus curie na ADC (PGE-SP).

44. Perderá efcácia a medida cautelar deferida em sede de ação declaratória de constitucionalidade, caso o Supremo Tribunal Federal não proceda ao seu julgamento no prazo de cento e oitenta dias da concessão. Vale ressaltar que ultrapassado esse prazo sem o julgamento da ADC não ocorre a perda automática dos efeitos da liminar (ADC nº 4).

45. Se a inconstitucionalidade de uma norma atinge outra, tem-se a denominada inconstitucionalidade consequencial ou por arrastamento.

45.1 O chefe do Poder Executivo editou decreto regulamentar visando dar fiel cumprimento a determinada lei. Tal lei, entretanto, foi declarada inconstitucional em ação direta de inconstitucionalidade no STF. A ação não fez qualquer menção ao decreto. Nessa situação hipotética, o STF poderá declará-lo inconstitucional, por se tratar de inconstitucionalidade por arrastamento.

46. As leis orçamentárias podem ser objeto de controle de constitucionalidade (PGE-SE).

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47. O sistema de controle de constitucionalidade brasileiro não admite que pessoas privadas figurem no polo passivo de ação direta de inconstitucionalidade.

48. Na ADI, o ingresso de amicus curiae depende de pertinência temática (PGM-BH). 49. Ao instituir sistema estadual de controle abstrato de normas, o estado não estará obrigado a prever em sua Constituição um rol de legitimados para a ação necessariamente equivalente àquele previsto para o controle abstrato de normas no STF. Ele só não pode atribuir a legitimidade para agir a um único órgão.

50. A sanção presidencial a projeto de lei não supre vícios de iniciativa, padecendo de vício formal a lei sancionada, a ser declarado por meio de ação judicial própria. 51. O que é preceito fundamental? De acordo com Bernardo Gonçalves, são aquelas normas materialmente constitucionais que fazem parte da Constituição formal (Não são unicamente os direitos fundamentais, como foi cobrado na PGM-JP).

52. Não é cabível ação rescisória da ADPF (PGM SBC). A questão também cobrou o conhecimento de que, via de regra, a ADPF tem efeito "ex tunc".

53. Atenção! o STF decidiu que pode existir modulação de efeitos, de ofício, mesmo quando não conheça os embargos de declaração pedindo a modulação por intempestividade. Informativo 918

54. A modulação de efeitos tem como requisito as razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social (Advogado - UEL).

54.1 Na PGM-PARANAVAì foi considerada CORRETA a seguinte alternativa: "A modulação temporal das decisões em controle judicial de constitucionalidade decorre diretamente da Carta de 1988 ao consubstanciar instrumento voltado à acomodação otimizada entre o princípio da nulidade das leis inconstitucionais e outros valores constitucionais relevantes, notadamente a segurança jurídica e a proteção da confiança legítima, além de encontrar lastro também no plano infraconstitucional".

55. Importante! Admite-se o controle preventivo de constitucionalidade do projeto de lei, por comissão da própria casa legislativa de origem ou pelo presidente da República, quando da sanção.

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56. A ADPF é, via de regra, meio inidôneo para processar questões controvertidas derivadas de normas secundárias e de caráter tipicamente regulamentar (ADPF-AgR 93/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

57. A única hipótese de controle preventivo, a ser realizado pelo Judiciário, sobre projeto de lei em trâmite em uma Casa Legislativa é pela via de exceção, em defesa do direito do parlamentar ao devido processo legislativo constitucional.

57.1 Na prova de procurador da CLDF, a FCC considerou CORRETA a seguinte assertiva: "cabível, uma vez que se admite a legitimidade do parlamentar para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo (...)".

58. Não cabe ADI contra regulamento que disponha sobre o licenciamento ambiental de cemitérios (DPF - 2018).

59. Importante! A súmula vinculante pode ser proposta de ofício pelo STF. 60. O amicus curiae pode realizar sustentação oral no STF (Proc. Unicamp).

61. Importante! A decisão do Relator que ADMITE ou INADMITE o ingresso do amicus curiae é irrecorrível.

STF. Plenário. RE 602584 AgR (DOD)

62. Os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade, que necessitam, obrigatoriamente, estar representados no processo por advogado, porque não possuem capacidade postulatória especial para essa finalidade são Partido político com representação no Congresso Nacional e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

63. O sistema austríaco de controle de constitucionalidade é o concentrado, que atua como legislador negativo e sendo uma decisão contra todos e pela via principal. De acordo com LENZA, o sistema austríaco pode ser sintetizado nos seguintes pontos: 1) decisão tem eficácia constitutiva (caráter constitutivo-negativo); 2) por regra, o vício de inconstitucionalidade é aferido no plano da eficácia; 3) por regra, decisão que reconhece a inconstitucionalidade produz efeitos ex nunc; 4) a lei inconstitucional é ato anulável; 5) lei provisoriamente válida, produzindo efeitos até a sua anulação e 6) o reconhecimento da ineficácia da lei produz efeitos a partir da decisão ou para o futuro (ex nunc ou futuro), sendo erga omnes, preservando-se, assim, os efeitos produzidos até então pela lei.

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63.1 O sistema americano é o difuso, realizado por qualquer juiz, controlando-se a constitucionalidade de modo incidental e gerando efeitos tradicionalmente intitulados e inter partes e com efeitos ex tunc (Bernardo Gonçalves Fernandes, p. 1432, 9ª ed).

63.1.1 Neste sentido a vunesp considerou ERRADA na PGM-SOROCABA: "Como regra geral, a decisão proferida em sede de controle difuso produz efeitos inter partes e ex nunc, quando declara a inconstitucionalidade do ato normativo".

64. Além dos atos normativos, podem ser objeto da ADPF atos não normativos, tais como contratos administrativos e atos judiciais (PGM-SOROCABA).

65. É inadmissível ação direta de inconstitucionalidade contra ato normativo que ofenda o texto constitucional apenas de forma indireta e reflexa (FCC).

66. O prefeito não é parte legítima para ingressar com ADPF (Prev - SJP).

67. A Emenda Constitucional n. 45/2004 (Reforma do Judiciário) ampliou a legitimação ativa para o ajuizamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), igualando aos legitimados da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). 67.1 Na prova da PGE-SC, uma das questões tratava sobre os legitimados da ADI. 68. Atenção! Informativo 927, STF: Coexistência de ADI no TJ e ADI no STF, sendo a ADI estadual julgada primeiro Coexistindo duas ações diretas de inconstitucionalidade, uma ajuizada perante o tribunal de justiça local e outra perante o STF, o julgamento da primeira – estadual – somente prejudica o da segunda – do STF – se preenchidas duas condições cumulativas: 1) se a decisão do Tribunal de Justiça for pela procedência da ação e 2) se a inconstitucionalidade for por incompatibilidade com preceito da Constituição do Estado sem correspondência na Constituição Federal. Caso o parâmetro do controle de constitucionalidade tenha correspondência na Constituição Federal, subsiste a jurisdição do STF para o controle abstrato de constitucionalidade. Informativo comentado - DOD;

69. Lembrar que no controle difuso, o STF comunica sua decisão ao Senado Federal,

não ao congresso (Questão da FCC).

70. O Brasil admite a figura da constitucionalidade superveniente? De acordo com LENZA: Constitucionalidade superveniente significa o fenômeno pelo qual uma lei ou ato normativo que tenha “nascido” com algum vício de inconstitucionalidade, seja

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formal ou material, e se constitucionaliza. Esse fenômeno é inadmitido na medida em que o vício congênito não se convalida.

71. Agora vamos conhecer um pouco do histórico do controle de constitucionalidade ao longo das Constituições brasileiras:

1) 1824 - Não havia nenhum mecanismo de controle;

2) 1891 - Houve previsão do controle DIFUSO de constitucionalidade

3) 1934 - Manteve o controle difuso, criou a ADI interventiva e a cláusula de reserva de plenário;

4) 1937 - Existia o controle difuso de constitucionalidade;

5) 1946 - Começou a figura da ADI no STF e estabeleceu o controle de constitucionalidade em âmbito estadual;

72. Inconstitucionalidade FORMAL - espécies: 1) orgânica -> decorre da incompetência legislativa para a lei. Ex.: Município legislar sobre direito do trabalho; 2) formal propriamente dita -> inobservância do devido processo legislativo, se divide em vício formal subjetivo (fase de iniciativa) e vício formal objetivo (demais fases do processo legislativo) e 3) violação dos pressupostos objetivos do ato -> “hoje, põe-se seriamente em dúvida se certos elementos tradicionalmente não reentrantes no processo legislativo não poderão ocasionar vícios de inconstitucionalidade. Estamos a referir-nos aos chamados pressupostos, constitucionalmente considerados como elementos determinantes de competência dos órgãos legislativos em relação a certas matérias (pressupostos objectivos)”. CANOTILHO.

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (FEV 2019)

1) Para a teoria dos “limites dos limites”, nenhum direito fundamental é absoluto.

2) A teoria da eficácia diagonal dos direitos fundamentais trata da incidência proporcional desses direitos em relações jurídicas assimétricas.

3) Nos moldes das disposições constitucionais, não são titulares de direitos fundamentais os estrangeiros não residentes no país por ausência de expressa previsão legal.

4) As pessoas jurídicas de direito público também são indenizáveis por danos morais por violação à imagem.

5) Pregar um discurso de que as religiões são desiguais e de que uma é inferior à outra não configura, por si, o elemento típico do crime de racismo.

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6) A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações religiosas e seus seguidores está protegida pela cláusula constitucional que assegura a liberdade de expressão.

7) Os direitos de primeira geração dizem respeito às liberdades públicas e aos direitos políticos. 8) Não é possível que o fisco requisite das instituições financeiras informações bancárias sobre os contribuintes sem intervenção do Poder Judiciário.

9) Para a teoria da proibição do retrocesso, o núcleo essencial dos direitos sociais já realizados e efetivados pela legislação são tidos como garantidos constitucionalmente e, por isso, qualquer tentativa que busque reduzir ou aniquilar tais direitos será considerada inconstitucional, salvo nos casos em que preveja um plano alternativo.

10) No caso de colisão de direitos fundamentais, utiliza-se o instrumento da ponderação de princípios.

11) A teoria da eficácia vertical dos direitos fundamentais reconhece a aplicação dos referidos direitos nas relações privadas.

12) O direito à vida, no ordenamento jurídico brasileiro, possui dupla proteção. 13) No ordenamento jurídico brasileiro, não é admissível o habeas corpus coletivo.

14) O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional, independentemente de manifestação de adesão.

15) É livre o exercício das profissões, mas é possível que a lei exija a inscrição em conselhos de fiscalização profissional, situação esta que não ocorre com a profissão de músico.

RESPOSTAS

1) Verdadeiro. Para tal teoria, a lei pode impor limites aos direitos fundamentais, desde que não atinja os núcleos essenciais.

2) Verdadeiro. Um exemplo bastante citado é a incidência proporcional dos direitos fundamentais nas relações contratuais trabalhistas.

3) Falso. O STF reconheceu aos estrangeiros não residentes no país a condição de titulares – não de todos, mas de alguns – direitos fundamentais previstos pela CF, a exemplo da possibilidade de impetração de Habeas Corpus (HC 94.404)

4) Falso. Para o STJ, a Pessoa Jurídica de direito público não tem direito à indenização por danos morais relacionados à violação da honra ou da imagem (informativo 534 do STJ).

5) Verdadeiro. Para haver o crime, seria indispensável que tivesse ficado demonstrado o especial fim de supressão ou redução da dignidade do diferente, elemento que confere sentido à discriminação que atua como verbo núcleo do tipo (informativo 849 do STF).

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6) Falso. O tema está relacionado ao hate speech, o qual não é recepcionado pela CF brasileira (informativo 893 do STF).

7) Verdadeiro. Os direitos fundamentais de 1ª geração marcam a passagem de um Estado autoritário para um Estado de direito e, portanto, buscam tutelar os interesses individuais. 8) Falso. É possível, haja vista que apenas se transfere o sigilo do banco para o fisco, não caracterizando quebra de sigilo bancário (informativo 815 do STF).

9) Verdadeiro. Destaca-se que não apenas o legislador ordinário deve se sujeitar a essa proibição, mas também o poder constituinte de reforma, que, por força do art. 60, §4º da CF, não pode propor emendas tendentes a abolir os direitos e garantias individuais fundamentais. 10) Verdadeiro. A doutrina defende que utilizando-se da regra da proporcionalidade e de suas três sub-regras (adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito), o aplicador do direito diante de um caso concreto, teria, em tese, o condão de atingir uma justificação racional no que se refere à aplicação de um direito fundamental em precedência a outro também previsto constitucionalmente.

11) Falso. Essa é a teoria da eficácia horizontal dos direitos fundamentais. A teoria vertical, mais tradicional, previa os direitos fundamentais no contexto da relação entre Estado e particulares. surge

a necessidade de defender, com base no catálogo de direitos fundamentais, o particular nas suas relações com outros particulares, fazendo-se nascer a teoria da eficácia horizontal dos direitos fundamentais.

12) Verdadeiro. O direito da vida em si mesma (direito de estar vivo) e o direito à vida digna (com condições mínimas de existência).

13) Falso. O STF entende ser aplicável e, inclusive, determinou a aplicação da lei do mandado de injunção para definir os legitimados para a sua propositura (informativo 891 do STF).

14) Falso. CF, Art. 5º (…) §4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

15) Verdadeiro. Para o STF, a regra é a liberdade de profissões. Apenas quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de fiscalização profissional e a atividade de músico prescinde de tal controle (RE 414.426).

Importante! Imunidade temporária processual do Presidente da República -

julgamento do STF (fev 2019)

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu temporariamente a tramitação do processo (Petição 7836) por meio do qual a coligação “O Povo Feliz de Novo” (PT/PROS/PCdoB) – que disputou a Presidência da República nas últimas eleições – apresentou notícia-crime contra o então deputado federal Jair Bolsonaro pelos crimes de

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injúria eleitoral e incitação ao crime, e representação por crime de ameaça por fatos ocorridos durante a campanha eleitoral de 2018, durante comício no Acre.

Relator da petição, o ministro Ricardo Lewandowski determinou a suspensão do processo com base no disposto no artigo 86, parágrafo 4º, da Constituição Federal.

Vejamos o que dispõe o Artigo: § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

O dispositivo estabelece imunidade processual temporária como prerrogativa do cargo de presidente da República, em relação a atos estranhos ao exercício de suas funções.

O pedido de suspensão temporária da representação e do curso do prazo prescricional dos crimes nela referidos foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, até o término do mandato do presidente Jair Bolsonaro.

Vejam que o prazo prescricional do suposto crime de Bolsonaro também foi suspenso. Consequência lógica para evitar abusos de prerrogativas.

PROCESSO CIVIL

Reexame Necessário - 4 apontamentos (FEV 2019)

1)Não será possível o reexame necessário nos Juizados Especiais, em razão do previsto no art. 13 da Lei 10.259/2001 (Lei dos Juizados Federais) e no art. 11 da Lei 12.153/2009 (Lei dos Juizados da Fazenda Pública).

2) Se o ente público ingressou na ação na condição de assistente simples, NÃO HAVERÁ SUJEIÇÃO DA SENTENÇA AO REEXAME NECESSÁRIO, uma vez que o assistente simples não é parte. O assistente simples não adquire a condição de parte, figurando como mero auxiliar de uma delas.

3) Não sendo interposto recurso da sentença desfavorável à Fazenda Pública, o juiz é obrigado a ordenar a remessa dos autos ao Tribunal e, não o fazendo, proporcionará a avocação dos autos por seu presidente, conforme o §1º do art. 496.

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Aliás, não sendo o reexame necessário enviado ao tribunal para julgamento, não haverá formação de coisa julgada material, impossibilitando a interposição de ação rescisória.

4) Embora não seja caracterizado como recurso, ao reexame necessário é aplicável o princípio do reformatio in pejus, uma vez que a Fazenda Pública não poderá ter sua situação no processo piorado em decorrência do julgamento do reexame necessário, sendo que, na pior das hipóteses, sua situação permanecerá a mesa (Súmula nº 45 do STJ).

EXECUÇÃO FISCAL (fev 2019)

1) Somente cabe o ajuizamento de execução fiscal se o valor for inscrito em dívida ativa, sendo dívida tributária ou não tributária.

2) A certidão de dívida ativa é título formal, porém não é necessário que haja a descrição do fato constitutivo da obrigação, haja vista inexistir exigência legal nesse sentido.

3) É possível a substituição da Certidão de Dívida Ativa até o trânsito em julgado do processo, quando se tratar de correção de erro material ou formal.

4) É possível o protesto da CDA.

5) A OAB pode se valor do procedimento da execução fiscal.

6) É desnecessária a intervenção do ministério público nas execuções fiscais.

7) No âmbito do processo tributário, a medida cautelar fiscal deve ser requerida ao juiz competente para julgar os recursos à execução judicial da dívida ativa da Fazenda Pública. 8) Há presunção de fraude quando a alienação ou oneração de bens ocorre após a inscrição da dívida ativa do crédito tributário.

9) É vedada a citação por edital na execução fiscal.

10) Em ações de execução fiscal, é necessária a instrução da petição inicial com demonstrativo de cálculo do débito.

11) A inscrição em dívida ativa, feita pelo órgão competente, suspenderá a prescrição do crédito tributário por 180 dias.

12) A decretação da indisponibilidade de bens e direitos pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis.

13) Não é admitida a oposição de embargos à execução fiscal antes de garantida a execução. 14) Para a cobrança de multas imputadas pelo Tribunal de Contas, é necessário que a Fazenda Pública inscreva o débito em dívida ativa para a sua cobrança.

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15) A exceção de pré-executividade somente é admissível, na execução fiscal, para as matérias conhecíveis de ofício e que não demandem dilação probatória.

RESPOSTAS

1) Verdadeiro. Isso significa que, não havendo inscrição do valor em dívida ativa, não é possível a cobrança de valores por meio de execução fiscal. Assim, se a Fazenda dispõe de outro título que não seja a certidão de dívida ativa, não caberá execução fiscal.

2) Falso. Para o STJ, a menção genérica à origem do débito, sem que haja a descrição do fato constitutivo da obrigação, não atende à exigência legal, sendo nula a certidão de dívida ativa, por arrostar a garantia da ampla defesa (REsp 965.223/SP).

3) Falso. Apenas até a sentença de embargos. Súmula 392 do STJ: “A Fazenda Pública pode substituir a CDA até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”.

4) Verdadeiro. Inicialmente, o STJ entendia inadequado o protesto por falta de previsão legal. Contudo, com a superveniência da Lei 12.767/2012, foi acrescentado um parágrafo único ao artigo 1º da Lei 9.492/97, com o seguinte teor: “Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos municípios, e das respectivas autarquias e fundações públicas”. Diante da mudança legislativa, o STJ acabou por acatar a possibilidade de protesto de CDA.

5) Falso. Conquanto a OAB possua a natureza de autarquia sui generis, não integra a Administração Pública indireta, não se submetendo a L. 4.320/64. Diante disso, conforme art. 2º da L. 6830/80, somente constitui dívida ativa aquela definida como tributária ou não tributária pela L. 4.320/80. Vale destacar que o STJ entende possível a utilização da execução fiscal pelos demais conselhos profissionais (REsp 1.330.473/SP).

6) Verdadeiro. Essa é a literalidade da súmula 189 do STJ. Vale ressaltar que é necessária a intervenção nos casos previstos no art. 178 do CPC.

7) Falso. Art. 5º da L. 8.397/92: A medida cautelar fiscal será requerida ao juiz competente para a execução judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública.

8) Verdadeiro. CTN, Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.

9) Falso. Súmula 414 do STJ: “a citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas as demais modalidades”. Tal qual no procedimento comum, o uso do edital é um meio excepcional de comunicação dos atos processuais.

10) Falso. Súmula 559 do STJ: “Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei 6.830/1980”.

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11) Falso. De acordo com o art. 146, III, “b” da CF, cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, em especial sobre prescrição. Sendo assim, a regra da LEF que disciplinou a suspensão da prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, após a inscrição (art. 2º, §3º) apenas se refere às dívidas não tributárias, haja vista que, para o tratamento da prescrição das dívidas tributárias, é necessária a edição de lei complementar (o CTN, recepcionado como lei complementar, dispõe acerca da prescrição tributária).

12) Verdadeiro. Súmula 560 do STJ: “A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran”.

13) Verdadeiro. LEF, art. 16, §1º: “Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução”. Não confunda com a exigência de garantia para o ajuizamento de ação anulatória de dívida (art. 38 da LEF), a qual foi considerada como inconstitucional pelo STF. Súmula vinculante 28: “É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário”.

14) Falso. Sendo certa a força executiva da decisão do TC (CF, art. 71, §3º), não é necessária a sua inscrição em dívida ativa. A execução, portanto, deve seguir o rito do CPC.

15) Verdadeiro. Súmula 393 do STJ: “A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória”.

TRABALHO

SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO, SIMULADO (FEV 2019)

1) O trabalho voluntário também configura relação de emprego.

2) É requisito para a caracterização da relação de emprego a não eventualidade, inclusive nas relações de trabalho doméstico.

3) A modificação na propriedade da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

4) A responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico em relação aos direitos dos empregados é subsidiária.

5) A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, independentemente de ajuste.

6) O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 anos, salvo quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.

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7) As instituições de beneficência e os profissionais liberais que admitirem trabalhadores como empregados não podem ser equiparados a empregador.

8) Admite-se a convalidação dos efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização.

9) A contratação do autônomo, sem exclusividade, afasta a qualidade de empregado.

10) Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados.

11) O contrato de estágio é formal e solene.

12) A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, é inconstitucional e, portanto, não é devida qualquer remuneração pelas horas trabalhadas.

13) É possível que as relações contratuais de trabalho sejam objeto de livre estipulação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

14) Considerando o direito à intimidade, a jurisprudência do TST não admite a revista visual dos trabalhadores.

15) Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

RESPOSTAS

1) Falso. Um dos requisitos para a configuração da relação de emprego é a onerosidade, por meio da qual o empregado presta o serviço, enquanto o empregador paga o seu salário em contraprestação. O trabalho voluntário não configura relação de emprego (espécie), mas apenas de trabalho (gênero).

2) Falso. Para a configuração da não eventualidade, a prestação de serviços deve ocorrer em caráter sucessivo, em continuidade no tempo. No entanto, ressalta-se que não é necessário que o trabalho seja realizado todo dia. Ex: professores que lecionam 2x na semana em determinada escola (nesse exemplo, a contratação seria eventual se ocorresse para uma única aula substituta). Por outro lado, exige-se do trabalhador doméstico a continuidade, a qual foi definida como serviço prestado por período superior a 2 dias na semana.

3) Verdadeiro. Ao contrário do empregado, o empregador é considerado fungível, sendo possível ocorrer alteração subjetiva do contrato no que se refere ao empregador e continuidade do vínculo. CLT, Art. 448 – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

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4) Falso. A responsabilidade é solidária. CLT, Art. 2º (…) §2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.

5) Falso. Súmula 129 TST: A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

6) Verdadeiro. CLT, Art. 428 (…) §3º O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.

7) Falso. CLT, Art. 2º (…) §1º – Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

8) Verdadeiro. Súmula 430 do TST.

9) Falso. CLT, Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação.

10) Verdadeiro. Esse é o teor do parágrafo único do art. 442 da CLT. Como se trata de uma sociedade, onde todos se associam em prol de um objetivo comum, os associados não possuem vínculo de emprego com a cooperativa e nem com os tomadores de serviço.

11) Verdadeiro. Para a configuração do contrato de estágio, há diversos requisitos para a sua configuração. Não sendo cumpridos os requisitos, o contrato será desconsiderado e haverá formação de vínculo empregatício com o pagamento das verbas trabalhistas devidas. OBS: Isso não se aplica ao estágio público (OJ 366 do TST).

12) Falso. Tem direito ao recebimento da contraprestação pelas horas trabalhadas, bem como dos valores relativos aos depósitos do FGTS. Súmula 363 do TST: A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário-mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.

13) Verdadeiro. É o empregado hipersuficiente. Eles poderão negociar individualmente com seus empregadores, sem a necessidade de intervenção sindical, tendo as cláusulas negociadas a mesma eficácia e preponderância dos instrumentos coletivos. É nesse sentido o art. 444, parágrafo único da CLT.

14) Falso. A 6ª Turma do TST, por unanimidade, considerou regulares as revistas apenas visuais realizadas por determinada empresa nos pertences de uma empregada e a isentou do pagamento de indenização por dano moral. “Não há como condenar o empregador em razão

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do regular exercício do poder de fiscalização nem como punir quem não comete irregularidade” (RR-924-66.2013.5.05.0462).

15) Verdadeiro. Súmula 51 do TST.

Decisão TST: Restrição ao uso de banheiro durante a jornada de trabalho (fev

2019)

Bom dia, pessoal. Imaginem o seguinte: Beatriz (nome fictício) trabalha em uma empresa na cidade de Maringá/PR. No mesmo local trabalham aproximadamente mais 400 pessoas, dispondo de apenas três banheiros para cada um dos sexos.

Durante o expediente, o empregado que desejasse utilizar o sanitário iria pegar muita fila, além de sofrer descontos de produtividade caso ultrapasse o limite máximo diário de 5 minutos para fazer suas necessidades fisiológicas.

Diante do quadro acima, é lícita a conduta do empregador? Não! Para o Tribunal ocorreu abuso do poder diretivo, ou seja, o mesmo extrapolou os limites da legalidade e do bom senso, devendo indenizar os empregados afetados.

Desta forma, o TST condenou a empresa a pagar o valor de R$ 10 mil reais a título de reparação pelos danos. O fundamento, além do mencionado abuso do Poder diretivo, se fundamentou no princípio da dignidade da pessoa humana e na violação da honra do empregado.

Por fim, importante ressaltar que a jurisprudência do TST é bastante farta de julgados no mesmo sentido. Vejamos: "Esta Corte Superior considera que a restrição ao

uso do banheiro (tempo e frequência) expõe de forma desnecessária a privacidade e a intimidade do trabalhador, ofendendo a sua dignidade. Por outro lado, não há como estabelecer de forma objetiva o tempo e a frequência do uso do banheiro para todas as pessoas, devido às particularidades fisiológicas ou de saúde de cada um. Assim, o procedimento adotado pelas reclamadas, no caso dos autos, é passível de indenização por dano moral. Recurso de revista de que não se conhece." (...)(RR-616-63.2011.5.09.0664, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, 6ª Turma, DEJT 16/09/2016)

Fonte: http://www.tst.jus.br/noticia-destaque/-/asset_publisher/NGo1/content/id/24786312

Empresa de telefonia é condenada por restringir

uso de banheiro - Destaque Principal - tst.jus.br

O TST possui oito Turmas, cada uma composta de três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de

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instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar.

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Decisão TST: Candidato tem cinco anos para questionar etapa de concurso na

Justiça (fev 2019)

Assim, não é aplicável o prazo bienal, já que não houve extinção do contrato de trabalho. Deve sim, ser aplicado o prazo quinquenal, já que estamos diante de concurso público. Vejamos: "O relator do recurso de revista do candidato, ministro Alexandre Luiz Ramos, assinalou que o período de dois anos se refere ao término do contrato de emprego, “não comportando extensão de sua aplicação aos casos em que o contrato sequer se iniciou, como no processo em análise”. De acordo com o ministro, o prazo prescricional de cinco anos incide sobre os pedidos relativos a questões pré-contratuais (como as etapas de concurso)".

Fonte: RR-440-41.2013.5.20.0007

Decisão TST: Quem ocupa cargo de gestão não tem direito ao sobreaviso (fev

2019)

O relator do recurso de revista do empregado, ministro Ives Gandra Martins Filho, explicou que os gerentes, ou seja, os ocupantes de cargos de gestão, se enquadram na exceção prevista no artigo 62, inciso II, da CLT e, portanto, não estão abrangidos pelas normas gerais da duração do trabalho previstas no Capítulo II nem pelo disposto no artigo 244, parágrafo 2º, da CLT, que trata do regime de sobreaviso para os ferroviários e á aplicável analogicamente aos demais empregados.

Assim, podemos pensar nas seguintes questões objetivas:

1) Para o TST, mesmo que ocupem cargo de gestão, os plantonistas terão direito ao

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2) Para o TST, o pagamento de sobreaviso aos empregados que ocupam cargo de gestão é incompatível com a CLT. CORRETO!

Fonte: RR-10070-04.2015.5.01.0065

Decisão TST: O simples fato da jornada de trabalho ser excessiva não caracteriza

dano moral (fev2019)

O Tribunal tem jurisprudência no sentido de que a simples jornada não caracteriza dano moral, deve ser demonstrada lesão específica a algum direito da personalidade. Vejamos: "Para relatora, ministra Dora Maria da Costa, embora constitua grave violação de direitos trabalhistas, a imposição de jornada excessiva não implica o reconhecimento automático da ofensa moral e, consequentemente, o dever de indenizar. Para tanto, é necessária a comprovação da repercussão do fato e a efetiva ofensa aos direitos da personalidade, que não pode, no caso, ser presumida". Fonte: TST ARR-2034-92.2016.5.12.0012

CIVIL

STJ - Responsabilidade civil do hospital (fev 2019)

Bom dia, pessoal. Imaginem a seguinte situação (fictícia): José e Joana estão na cidade de Recife/PE ansiosos pelo nascimento de seu filho. Tudo ocorreu bem até que após o nascimento da criança eles tiveram o diagnóstico do hospital "Esperançoso" no sentido de que Joana estava com HIV. Em função disso, Joana foi impedida de dar de mamar ao bebê por quatro dias.

Apenas após o quarto dia, foi realizado novo exame pelo hospital onde foi constatado que Joana não detinha o vírus HIV. Diante disso, pergunto: o hospital deve indenizar a família pelos transtornos ocorridos? Sim! O STJ decidiu que há responsabilidade do hospital no caso em tela, tendo em vista a situação de urgência após o diagnóstico positivo de HIV e a importância do aleitamento logo nos primeiros momentos de vida do bebê, o hospital deveria ter providenciado, imediatamente, nova coleta de sangue da mãe para a confirmação do teste, mas o procedimento foi realizado apenas quatro dias depois do parto.

DEFEITO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

O tribunal ainda considerou que houve defeito na prestação de serviço, pelo diagnóstico errado e também em virtude da restrição do recém nascido do alimento materno, que é muito importante para o seu desenvolvimento. Além disso, nos primeiros dias após o

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parto, a mãe do bebê produz uma substância denominada COLOSTRO, que é considerada como uma vacina natural, por conter células imunologicamente ativas, anticorpos e proteínas protetoras.

PORTARIA 151 Ministério da Saúde

Existe uma portaria que versa sobre o tema, sendo necessário repetir o exame imediatamente quando o resultado de HIV der positivo. No caso em tela, como vocês lembram, o exame foi realizado apenas após 4 dias, o que configura violação à norma administrativa.

Assim, podemos observar, na situação apresentada, a presença dos elementos para a responsabilidade civil: conduta, dano, nexo de causalidade e culpa. Também poderia ser defendida a responsabilidade objetiva. O acórdão ainda não foi disponibilizado.

Fonte: http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/no ticias/Not%C3%ADcias/Hospital-vai-indenizar-fam%C3%ADlia-impedida-de-amamentar-beb%C3%AA-por-falso-diagn%C3%B3stico-de-HIV

Superior

Tribunal

de

Justiça - O Tribunal da

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A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) que condenou um hospital particular a pagar R$ 10 mil de danos morais à família de um recém-nascido que, em virtude de falso diagnóstico de vírus HIV da mãe, foi impedido de ser amamentado em seus primeiros dias.

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#Dicas - Multipropriedade (novida legislativa) (fev 2019)

1. É regida pelo Código Civil e supletivamente pelas leis 4.591 e 8.078;

2. De acordo com o CC, Multipropriedade é o regime de condomínio em que cada um dos proprietários de um mesmo imóvel é titular de uma fração de tempo, à qual corresponde a faculdade de uso e gozo, com exclusividade, da totalidade do imóvel, a ser exercida pelos proprietários de forma alternada.

2.1 Atenção! A multipropriedade não se extinguirá automaticamente se todas as frações de tempo forem do mesmo multiproprietário.

3. O imóvel objeto da multipropriedade é indivisível (não se sujeita a ação de divisão ou extinção de condomínio) e inclui as instalações, os equipamentos e o mobiliário destinados a seu uso e gozo.

4. A fração de tempo é indivisível. Sendo o período da fração de tempo mínima de 7 dias, corridos ou intercalados.

4.1 A fração pode ser fixa e determinada, no mesmo período de cada ano;

4.2 flutuante, caso em que a determinação do período será realizada de forma periódica, mediante procedimento objetivo que respeite, em relação a todos os multiproprietários, o princípio da isonomia, devendo ser previamente divulgado e 4.3 Misto, que é a combinação dos dois tipos acima.

5. Importante! Todos os multiproprietários terão direito a uma mesma quantidade mínima de dias seguidos durante o ano, podendo haver a aquisição de frações maiores que a mínima, com o correspondente direito ao uso por períodos também maiores.

6. Instituição: A multipropriedade pode ser instituída por ato ENTRE VIVOS ou TESTAMENTO. Deve ser registrado no cartório, inclusive quanto à duração de tempo de cada um;

7. Atenção! O instrumento de instituição da multipropriedade ou a convenção de condomínio em multipropriedade poderá estabelecer o limite máximo de frações de

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tempo no mesmo imóvel que poderão ser detidas pela mesma pessoa natural ou jurídica.

8. Atenção! O multiproprietário poderá ceder a fração de tempo em locação ou comodato; alienar a fração de tempo, por ato entre vivos ou por causa de morte, a título oneroso ou gratuito, ou onerá-la, devendo a alienação e a qualificação do sucessor, ou a oneração, ser informadas ao administrador; participar e votar em assembleias, desde que esteja quite com as obrigações condominiais.

9. Despesas de manutenção: Quando a despesa for ordinária, será repartida por todos os multiproprietários; quando decorrente do uso anormal do imóvel, será exclusivamente do multiproprietário responsável pelo uso anormal.

10. Transferência: Ocorre na forma da lei civil e NÃO DEPENDEM da anuência ou ciência dos demais multiproprietários.

10.1 Não haverá direito de preferência na alienação de fração de tempo, salvo se estabelecido no instrumento de instituição ou na convenção do condomínio em multipropriedade em favor dos demais multiproprietários ou do instituidor do condomínio em multipropriedade.

O STJ já tinha julgados sobre o instituto, vejamos: "É inválida a penhora da integralidade de imóvel submetido ao regime de multipropriedade (time-sharing) em decorrência de dívida de condomínio de responsabilidade do organizador do compartilhamento". Informativo 589, STJ.

11. Em tese, o bem pode ser utilizado por, no máximo, 52 pessoas por ano. 12. Nomenclaturas utilizadas pela lei:

Multiproprietário é o titular da unidade periódica.

A unidade periódica é a coisa física considerada apenas em uma fração de tempo do ano.

O direito real de propriedade periódico é o vínculo jurídico entre o multiproprietário e a unidade periódica. Enfim, é o direito de propriedade sobre uma unidade periódica.

Condomínio multiproprietário é o condomínio em multipropriedade ou simplesmente a multipropriedade, que é a situação jurídico-real de uma coisa estar vinculado a unidades periódicas.

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13. Por enquanto, a lei trata da multipropriedade apenas em bem IMÓVEIS, não podendo ser instituído sobre bens móveis, tais como barcos, aeronaves, carros, etc. 14. A mobília do imóvel, por ser acessório, também será objeto do regime da multipropriedade.

15. O bem pode ser em meio urbano ou rural, já que não há impedimentos neste sentido na legislação.

16. Sobre o IPTU, cada um somente responde pela sua unidade periódica, não podendo ser compelido pelo fisco a pagar todo o IPTU, também não é caso de responsabilidade solidária.

17. Defenestramento: Somente os proprietários do momento em que houver queda do objeto podem ser responsabilizados pela queda, não podendo existir a dos demais, já que não estavam em gozo do imóvel.

18. No caso de ruína do prédio, todos os proprietários respondem solidariamente, mesmo os condôminos multiproprietários de período diverso (art. 937, CC). Fica, porém, assegurado o direito de regresso contra o causador da ruína.

Para aprofundar no tema, recomendo leitura do seguinte artigo: https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/661740743/consideracoes-sobre-a-recente-lei-da-multipropriedade

Considerações sobre a

recente

Lei

da

Multipropriedade

Considerações sobre a recente Lei da Multipropriedade ou da Time Sharing (Lei nº 13.777/2018): principais aspectos de Direito Civil, de Processo Civil e de Registros Públicos. Carlos Eduardo Elias de Oliveira (Doutorando, mestre e bacharel em Direito na Universidade de Brasília, Professor de Direito Civil e de Direito Notarial e de Registro, Consultor Legislativo do Senado Federal em ...

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EMPRESARIAL

FUNDAMENTOS DO DIREITO EMPRESARIAL (FEV 2019)

1) Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica, ainda que desorganizada, para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

2) O empresário individual e a sociedade empresária são espécies do gênero empresário. 3) A EIRELI é um tipo de empresário individual.

4) Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que o exercício da profissão constitua elemento de empresa. 5) Nas sociedades simples, a atividade desenvolvida pelos sócios deve estar diretamente ligada com a atividade desenvolvida pela sociedade.

6) Independentemente do seu objeto, considera-se simples a cooperativa.

7) O incapaz pode iniciar atividade empresarial, desde que haja autorização judicial.

8) Para alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real, o empresário casado depende de outorga do cônjuge.

9) Os livros empresariais são protegidos pelo sigilo, salvo quanto à fiscalização tributária, realizada pelas autoridades fazendárias.

10) A eficácia probatória dos livros empresariais opera contra o empresário, independentemente de os livros estarem corretamente escriturados.

11) O simples fato de um empresário ou sociedade empresária ter registrado um nome empresarial que contenha uma determinada expressão não significa que ele tenha automaticamente o direito exclusivo de usar essa expressão como nome de domínio na internet, ainda que seja provada a má-fe do titular do nome do domínio.

12) O uso indevido da marca acarreta dano material uma vez que a própria violação do direito revela-se capaz de gerar lesão à atividade empresarial do titular.

13) Nos contratos de locação comercial, se preenchidos os requisitos formais e materiais, o locatário pode ajuizar ação renovatória de contrato de aluguel, proteção essa que não se estende aos sucessores e cessionários.

14) São espécies de nome empresarial a firma e a denominação.

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RESPOSTAS

1) Falso. Para a caracterização como empresário, é necessária a organização por meio da articulação dos fatores de produção. Nesse sentido está o art. 966 do CC: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

2) Verdadeiro. A diferença entre as referidas espécies é o fato de que, na sociedade empresária, os bens da Pessoa Jurídica não se confundem com os bens dos seus sócios, os quais, em princípio, não podem ser executados por dívidas da sociedade antes de executados os bens sociais (responsabilidade subsidiária). O empresário individual não possui essa prerrogativa, tendo seus bens que responder pelo risco do empreendimento (responsabilidade direta e ilimitada).

3) Falso. Embora seja constituída por uma única pessoa, a EIRELI distingue-se do empresário individual e da sociedade unipessoal, sendo uma nova espécie de Pessoa Jurídica de direito privado. CC, Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

4) Falso. Sabe-se que a empresa tem como característica a organização, na qual o exercício da profissão intelectual não assume posição relevante. Porém, quando o profissional intelectual dá uma forma empresarial ao exercício de suas atividades, a exemplo da criação de uma instituição de ensino, a atividade será considerada empresária e reger-se-á pelas normas do direito empresarial. CC, Art. 966 (…) Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Nesse sentido: Enunciado 194 do CJF.

5) Verdadeiro. Tais sociedades antes chamadas de sociedades civis, atualmente são denominadas de sociedades simples. Remete a parcerias entre profissionais prestadores de serviços, constituindo casos em que eles mesmos exercem a atividade para a qual a sociedade existe, explorando atividades notadamente de natureza intelectual e/ou cooperativa. Por faltar o requisito da organização dos fatores de produção, não serão consideradas sociedades empresárias.

6) Verdadeiro. CC, Art. 982 (…) Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.

7) Falso. Ele pode continuar a atividade empresarial, mas não iniciar. A continuidade pode ocorrer em 2 situações: (a) o próprio incapaz já exercia a atividade empresarial e a incapacidade surgiu superveniente; (b) a atividade empresarial foi adquirida por sucessão causa mortis. CC, Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

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8) Falso. CC, Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

9) Verdadeiro. Súmula 439 do STF: Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.

10) Verdadeiro. Nada impede, contudo, que o empresário comprove, por outros meios de prova, que os lançamentos dos livros são equivocados. Por sua vez, para fazer prova a favor do empresário, é preciso que eles estejam regularmente escriturados. Nesse sentido: arts. 417 e 418 do CPC.

11) Falso. Para o STJ, “No Brasil, o registro de nomes de domínio na internet é regido pelo princípio ‘First Come, First Served’, segundo o qual é concedido o domínio ao primeiro requerente que satisfizer as exigências para o registro. 3. A legitimidade do registro do nome do domínio obtido pelo primeiro requerente pode ser contestada pelo titular de signo distintivo similar ou idêntico anteriormente registrado – seja nome empresarial, seja marca. 4. Tal pleito, contudo, não pode prescindir da demonstração de má-fé, a ser aferida caso acaso, podendo, se configurada, ensejar inclusive o cancelamento ou a transferência do domínio e a responsabilidade por eventuais prejuízos” (REsp 594404/DF).

12) Verdadeiro. Isso porque o uso indevido da marca provoca desvio de clientela e confusão entre as empresas, acarretando indiscutivelmente dano material (informativo 619 do STJ). 13) Falso. Tal proteção se estende aos sucessores e cessionários. Nesse sentido é a súmula 482 do STF: o locatário, que não for sucessor ou cessionário do que o precedeu na locação, não pode somar os prazos concedidos a este, para pedir a renovação do contrato.

14) Verdadeiro. A firma é formada por um nome civil, do próprio empresário no caso de firma individual, do titular no caso de EIRELI ou de um ou mais sócios no caso de firma social. A denominação, por sua vez, pode ser usada por certas sociedades e pela EIRELI, sendo formada por qualquer expressão linguística (elemento fantasia) e pela indicação do objeto social (obrigatória).

15) Verdadeiro. É o trespasse (contrato oneroso de transferência do estabelecimento empresarial). CC, Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.

ECONOMICO

Direito Economico - Parte 13 (Eros Grau, Resumos, Direito Economico Juspodivm

*SBDC muito importante para que estuda para concursos federais (AGU/PGF)

6.5. Controle de condutas

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As infrações à ordem econômica não se confundem com os atos de concorrência desleal. A concorrência desleal está prevista na Lei 9.279/96 (Lei de Propriedade Industrial). O bem jurídico ofendido é particular, identificado como o patrimônio de concorrente determinado. Ex. empresário usa nome ou marca de outro. A responsabilização pode ocorrer nas esferas civil e penal. As infrações da ordem econômica estão previstas na Lei 12.529/11 (Lei Antitruste). Atinge o bem jurídico público da concorrência (interesse difuso), atingindo a coletividade (concorrentes, consumidores). Sua apreciação é de competência do SBDC. A responsabilização pode ocorrer nas esferas civil, penal e administrativa.

6.5.2. Mercado relevante e posição dominante

O mercado relevante é o meio no qual se estabelece a concorrência. Ele admite as dimensões: (a) geográfica: bairro, cidade, estado, país, mundial; (b) de produtos/serviços (material). A posição dominante é a capacidade do concorrente de alterar as condições de mercado (preços e quantidades). Sua configuração é alcançada por meio de presunção relativa de 20% do mercado relevante (art. 36, §2º). Isto é, admite-se prova em contrário. A mera detenção da posição dominante não é ilícito, o qual presume o seu abuso.

6.5.3. Responsabilização

Para que haja infração, é necessário subsumir o objeto ou os efeitos da conduta aos previstos nos incisos I a IV, ainda que não alcançados: (a) limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; (b) dominar mercado relevante de bens ou serviços; (c) aumentar arbitrariamente os lucros; (d) exercer de forma abusiva posição dominante.

Ex. venda casada. É ilícito antitruste (art. 36, XVIII, Lei 12.529/11). Para configurar ilícito à concorrência, é preciso analisar os efeitos da prática. De todo modo, não impede a configuração de ilícito ao consumidor (CDC).

A responsabilidade concorrencial é objetiva, pois independe da culpa (art. 36, caput). Como exceção, entende-se que a responsabilidade do administrador pessoa física é subjetiva.

6.5.4. Rol de condutas anticompetitivas

O art. 36, §3º, apresenta um rol exemplificativo ("além de outras") de condutas que configuram, a priori, infrações à ordem econômica:

I - acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer forma: a) os preços de bens ou serviços ofertados individualmente; b) a produção ou a comercialização de uma quantidade restrita ou limitada de bens ou a prestação de um número, volume ou frequência restrita ou limitada de serviços; c) a divisão de partes ou segmentos de um mercado atual ou potencial de bens ou serviços, mediante, dentre outros, a distribuição de clientes, fornecedores, regiões ou períodos; d) preços, condições, vantagens ou abstenção em licitação pública; II - promover, obter ou influenciar a adoção de conduta comercial uniforme ou concertada entre concorrentes;

Referências

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