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Estimativa Bayesiana de Propriedades Acústicas em Tubos de Kundt

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Estimativa Bayesiana de

Propriedades Acústicas em Tubos de Kundt

Mario Olavo Magno de Carvalho∗, Marcus Vinicius Girão de Morais e Alberto Carlos Guimarães Castro Diniz

Resumo: Por meio de uma abordagem Bayesiana, resolve-se o problema da identifica¸c˜ao das propriedades de absor¸c˜ao de amostras de material submetidas `a ondas unidimensionais de press˜ao ac´ustica em tubos de Kundt. Aplica-se um m´etodo de Monte Carlo via cadeia de Markov, em um algor´ıtmo de Metropolis-Hastings, para a solu¸c˜ao do problema inverso. As solu¸c˜oes s˜ao buscadas em um espa¸co de fun¸c˜oes Splines, acelerando a convergˆencia sem perda de generalidade. Sinais de press˜ao independentes foram simulados para construir o modelo a priori. Apresentam-se os conceitos fundamentais da metodologia proposta; que ´e analisada quanto a sua precis˜ao e estabilidade em um experimento simulado.

Palavras-chave: Modelagem estoc´astica, Fun¸c˜oes splines, Otimiza¸c˜ao, Tubo de impedˆancia.

Abstract: A Bayesian approach was applied to solve an identification problem of some absorption properties of material samples subjected to one-dimensional acoustic pressure waves in a Kundt’s Tube. A Markov Chain Monte Carlo sampling approach, implemented in the form of the Metropolis-Hastings algorithm, was used to solve the inverse problem. The solutions were searched in a spline functions space, accelerating the convergence without loss of generality. Pressure signals were simulated to construct the prior model. The fundamental concepts of the proposed methodology are presented, and it is analysed to its accuracy and stability in a simulated experiment.

Keywords: Stochastic modeling, Spline functions, Optimization, Impedance tube.

Conteúdo

1 Introdu¸c˜ao... 68

2 Abordagem Bayesiana na solu¸c˜ao de problemas inversos... 68

2.1 Estimativas usando m´etodos de Monte Carlo via cadeia de Markov... 69

3 O Modelo Matem´atico do Tubo de Impedˆancia... 69

3.1 Formula¸c˜ao te´orica... 70

4 Processo de Otimiza¸c˜ao e Implementa¸c˜ao Num´erica... 72

4.1 Otimiza¸c˜ao usando aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto... 72

4.2 Otimiza¸c˜ao utilizando fun¸c˜oes splines ... 72

4.3 Simula¸c˜ao do problema direto... 72

4.4 Implementa¸c˜ao num´erica... 73

5 Resultados Obtidos... 74

5.1 Tubo excitado por uma fun¸c˜ao impar... 74

5.2 Tubo excitado por uma fun¸c˜ao Gaussiana... 77

6 Conclus˜ao... 77

Autor para contato:

molavo@unb.br

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1. Introdução

O tubo de Kundt, tamb´em chamado de tubo de impedˆancia, ´e muito usado em ensaios para a determina¸c˜ao das propriedades ac´usticas de materiais (coeficiente de absor¸c˜ao, impedˆancia ac´ustica, etc). ´E const´ıtuido por um tubo com um autofalante posicionado em uma de suas extremidades e um corpo de prova na outra. Microfones s˜ao usados para medir a press˜ao ac´ustica das ondas que se propagam dentro do tubo. As ondas medidas pelos microfones s˜ao a combina¸c˜ao da onda incidente (emitida pelo autofalante) e da onda refletida pela amostra testada. Conhecendo-se os sinais medidos pelos microfones ´e poss´ıvel determinar as caracter´ısticas das ondas incidente e refletida e, assim, determinar as propriedades do material testado.

A determina¸c˜ao das propriedades de absor¸c˜ao de materiais testados em tubos de Kundt a partir dos sinais medidos nos microfones ´e um problema de identifica¸c˜ao de parˆametros, que est´a inclu´ıdo em uma classe, mais geral, de problemas inversos. Para resolver este problema inverso, foi utilizado um m´etodo estat´ıstico com base na abordagem Bayesiana, que apresenta uma maior estabilidade no tratamento de dados incompletos e sujeitos a incertezas, do que os m´etodos determin´ısticos tradicionais. Utilizar uma abordagem estoc´astica para resolver um problema inverso envolve a otimiza¸c˜ao de uma fun¸c˜ao (ou parˆametro) que minimiza a dispers˜ao dos res´ıduos no problema direto associado, e exige m´etodos eficientes para amostragem. Um algoritmo que se adapta muito bem aos problemas de otimiza¸c˜ao estat´ısticos ´e o algoritmo de Metropolis-Hastings, usando o m´etodo de Monte Carlo via cadeia de Markov (MCMC, do inglˆes Markov Chain Monte Carlo) para realizar a amostragem. A utiliza¸c˜ao dos m´etodos MCMC permite, naturalmente, uma an´alise mais robusta da solu¸c˜ao, e um c´alculo mais preciso das estimativas de erro.

Este trabalho prop˜oe uma estrat´egia de otimiza¸c˜ao que faz uso de aproxima¸c˜ao por fun¸c˜oes splines, que s˜ao muito adequadas para a solu¸c˜ao de problemas de engenharia, tanto por suas caracter´ısticas, como pelo seu baixo custo computacional, em um algoritmo de otimiza¸c˜ao de Metropolis-Hastings, para resolver o problema inverso estoc´astico. Para compara¸c˜ao ´e usada uma otimiza¸c˜ao com aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto dos sinais de interesse.

Um programa, desenvolvido na plataforma Matlab, resolve o problema inverso para os dados simulados e analisa o desempenho da otimiza¸c˜ao usando fun¸c˜oes splines; comparando os resultados obtidos `aqueles obtidos pelo m´etodo tradicional de aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto.

Na sequˆencia s˜ao apresentados a modelagem do problema da medi¸c˜ao de propriedades ac´usticas em tubos de Kundt, a metodologia e o algoritmo desenvolvido, bem como os resultados obtidos. Esses s˜ao analisados e discutidos, com ˆenfase na qualidade da representa¸c˜ao das ondas incidente e refletida e na capacidade de reconstru¸c˜ao dos sinais dos microfones.

2. Abordagem Bayesiana na solução de problemas inversos

A identifica¸c˜ao de sinais faz parte dos chamados problemas inversos. De acordo com uma defini¸c˜ao suficientemente ampla (Engl et al., 1996), “resolver um problema inverso ´e determinar causas desconhecidas a partir de efeitos observados ou desejados”. Problemas inversos s˜ao matematicamente classificados como mal postos por n˜ao atenderem uma das trˆes condi¸c˜oes de Hadamard, que definem os problemas bem postos (Isakov,2006).

A solu¸c˜ao de um problema bem posto deve satisfazer as condi¸c˜oes de existˆencia, unicidade e estabilidade no que diz respeito aos dados de entrada. Quanto aos problemas inversos, a existˆencia de uma solu¸c˜ao pode, em muitos casos, ser assegurada com base em argumentos f´ısicos. Por outro lado, a unicidade da solu¸c˜ao pode ser matematicamente demonstrada apenas para alguns casos especiais de problemas inversos e, em geral, as t´ecnicas convencionais, s˜ao extremamente inst´aveis em rela¸c˜ao aos dados de entrada, exigindo t´ecnicas especiais para garantir a estabilidade da solu¸c˜ao. Existem v´arias metodologias para se resolver problemas inversos, que podem ser divididas em dois grupos principais (Kirsch,2011): regulariza¸c˜ao cl´assica e abordagem por invers˜ao estat´ıstica.

M´etodos de regulariza¸c˜ao cl´assicos visam basicamente a minimiza¸c˜ao da norma dos m´ınimos quadrados dos res´ıduos do modelo. Nesses m´etodos busca-se uma solu¸c˜ao aproximada que seja suave (regular) e compat´ıvel com os dados observados para um determinado n´ıvel de ru´ıdo. Dois tipos de regulariza¸c˜ao s˜ao mais frequentemente utilizados: a t´ecnica de regulariza¸c˜ao de Tikhonov (Tikhonov & Arsenin, 1977) e o m´etodo de m´axima entropia (Jaynes, 1957), que procura uma regularidade global, produzindo reconstru¸c˜oes suaves para os mesmos dados observados.

A invers˜ao estat´ıstica baseia-se na abordagem Bayesiana em que modelos (distribui¸c˜ao de probabilidade) das medi¸c˜oes e das inc´ognitas s˜ao constru´ıdos separadamente e de forma expl´ıcita. O objetivo geral da invers˜ao estat´ıstica ´e atualizar a distribui¸c˜ao de probabilidade (modelo) a priori em uma distribui¸c˜ao (modelo) posterior, quando novas informa¸c˜oes (dados observados) tornam-se

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dispon´ıveis. A solu¸c˜ao do problema inverso ´e reformulada na forma de inferˆencia estat´ıstica da densidade da probabilidade a posteriori , a qual ´e o modelo para a distribui¸c˜ao de probabilidade condicional dos parˆametros desconhecidos dadas as medi¸c˜oes. O modelo de medi¸c˜ao incorporando os erros de medi¸c˜ao e as incertezas associadas ´e chamado de verossimilhan¸ca, ou seja, a probabilidade condicional das medi¸c˜oes, dados os parˆametros desconhecidos (Kirsch, 2011). O modelo para as inc´ognitas que reflete toda a incerteza dos parˆametros, sem a informa¸c˜ao veiculada pelas medi¸c˜oes, ´

e chamado modelo anterior. O mecanismo formal para combinar a nova informa¸c˜ao (medi¸c˜oes) com a informa¸c˜ao previamente dispon´ıvel (a priori) ´e conhecido como Teorema de Bayes (Lee,2004).

2.1 Estimativas usando métodos de Monte Carlo via cadeia de Markov

Os m´etodos de Monte Carlo via Cadeia de Markov (MCMC) s˜ao vers˜oes iterativas do tradicional m´etodo de Monte Carlo (Robert & Casella,2004). A ideia b´asica ´e a obten¸c˜ao de uma amostra da distribui¸c˜ao a posteriori e c´alculo de estimativas amostrais de caracter´ısticas dessa distribui¸c˜ao (Lee,

2004). A amostragem baseada nos m´etodos de Monte Carlo via Cadeia de Markov ´e a t´ecnica mais vi´avel para o c´alculo das estimativas, especialmente nos casos em que o n´umero de inc´ognitas n˜ao ´e muito grande. Neste trabalho fazemos uso de um m´etodo MCMC para a solu¸c˜ao do problema inverso. O algoritmo MCMC mais comum ´e o algoritmo de Metropolis-Hastings (Kaipio & Somersalo,2004). Uma Cadeia de Markov ´e um processo estoc´astico {P0, P1, ..., Pn} tal que a distribui¸c˜ao de Pt,

dados todos os valores pr´evios {P0, P1, ..., Pt−1}, depende apenas do valor imediatamente anterior

Pt−1. Assim, para um subconjunto A:

P (Pt∈ A | P0, P1, ..., Pt−1) = P (Pt∈ A | Xt−1) (1)

O Algoritmo de Metropolis-Hasting satisfaz as condi¸c˜oes dadas pela Equa¸c˜ao 1 e ´e um dos mais utilizados para inferˆencia Bayesiana. A ideia b´asica do algoritmo de Metropolis-Hasting ´e simular um caminho aleat´orio no espa¸co P que converge para uma distribui¸c˜ao estacion´aria na qual se est´a interessado (Kaipio & Somersalo,2004).

A inferˆencia Bayesiana incorpora informa¸c˜oes a priori sobre os parˆametros e as medi¸c˜oes na formula¸c˜ao do problema.

Os m´etodos MCMC de estimativa por inferˆencia Bayesiana implicam necessariamente no uso de t´ecnicas de amostragem de fun¸c˜oes densidade de probabilidade e de um crit´erio de avalia¸c˜ao de m´axima verossimilhan¸ca. Esses m´etodos permitem obter uma grande amostragem de combina¸c˜oes para o vetor de parˆametros a partir de uma fun¸c˜ao densidade de probabilidade. Estas amostras s˜ao testadas, aceitas ou rejeitadas em um algoritmo, a exemplo do de Metropolis-Hastings (Gamerman & Lopes,2006). Com uma amostragem suficientemente grande a sequˆencia {P0, P1, ..., Pn} converge

para a solu¸c˜ao do problema inverso. ´

E importante notar que, com esse m´etodo, o problema direto precisa ser resolvido para cada amostra do vetor de parˆametros, exigindo um grande n´umero de c´alculos. Assim, apenas recentemente, com o aumento da capacidade e velocidade de c´alculo dos computadores ´e que a aplica¸c˜ao pr´atica desses m´etodos em problemas mais complexos tornou-se vi´avel.

3. O Modelo Matemático do Tubo de Impedância

O tubo de impedˆancia ´e um m´etodo padronizado para a determina¸c˜ao da impedˆancia ac´ustica e do coeficiente de absor¸c˜ao de um material espec´ıfico. Este aparato experimental consiste de um longo tubo conectado a uma fonte ac´ustica (alto-falante). A geometria tubular serve como guia de ondas para suportar a propaga¸c˜ao de uma onda plana para uma banda de frequˆencia entre a frequˆencia de corte da fonte ac´ustica e a primeira frequˆencia transversal da cavidade. Para essa banda de frequˆencias, as ondas planas incidem sobre o material ac´ustico localizado na extreminada do tubo oposta a fonte ac´ustica. As condi¸c˜oes de contorno podem ser simplificadas sobre a superf´ıcie do material atrav´es de uma impedˆancia espec´ıfica z = p/v onde p ´e a press˜ao ac´ustica e v ´e a velocidade ac´ustica.

Existem v´arios m´etodos para determinar os coeficiente de absor¸c˜ao por meio de ondas estacion´arias dentro de um tubo. Podemos citar o m´etodo da raz˜ao de onda estacion´aria, definido pela norma ISO 10534-1:1996 (ISO, 1996), e o m´etodo de fun¸c˜ao de transferˆencia, definido pela norma ISO 10534-2:1998 (ISO,1998).

O m´etodo de fun¸c˜ao de tranferˆencia, primeiramente formulado por Chung e Blaser (Chung & Blaser,1980a,b), desacopla os campos ac´usticos incidentes e refletidos a partir da hip´otese de ondas planas. Assim, a partir da fun¸c˜ao de transferˆencia da press˜ao ac´ustica de dois pontos, ele permite determinar a raz˜ao entre as ondas refletida e incidente no material.

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A Figura1ilustra um esquema experimental para determinar o coeficiente de absor¸c˜ao ac´ustica e impedˆancia ac´ustica pelo m´etodo de fun¸c˜ao de transferˆencia. Diversos laborat´orios no pa´ıs possuem ou desenvolveram aparatos experimentais para a determina¸c˜ao do coeficiente de absor¸c˜ao pelo m´etodo de fun¸c˜ao de transferˆencia. Melo Filho(2010) desenvolveu uma bancada experimental para determinar o coeficiente de absor¸c˜ao ac´ustica de materiais usando uma variante do m´etodo de fun¸c˜ao de transferˆencia para um ´unico microfone (Chu,1986).

Figura 1. Esquema geom´etrico do tubo de impedˆancia aplicando o m´etodo de fun¸c˜ao de transferˆencia.

3.1 Formulação teórica

A Figura 2 apresenta um esquema simplificado da geometria do tubo de impedˆancia aplicando o m´etodo de fun¸c˜ao de transferˆencia.

O modelo f´ısico prop˜oem, atrav´es da hip´otese de ondas planas, que a informa¸c˜ao ´e composta por duas ondas: a onda incidente pipropagando-se na dire¸c˜ao-x positiva e a onda refletida prprogando-se

na dire¸c˜ao-x negativa ao longo do tubo.

As press˜oes ac´usticas referentes a cada uma das componente incidentes e refletidas s˜ao indicadas por: p1,i(t) e p2,i(t) para as ondas incidentes, e p1,r(t) e p2,r(t) para as ondas refletidas. Desta

forma, a press˜ao ac´ustica pi em cada microfone (i = 1, 2) ´e dada pelas express˜oes:

p1(t) = p (x, t)cx=−(L+s)= p1,i(t) + p1,r(t) e,

p2(t) = p (x, t)cx=−L= p2,i(t) + p2,r(t)

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A fun¸c˜ao de transferˆencia no dom´ınio da frequˆencia pode ser definida para a press˜ao total entre dois pontos em termos da transformada de Fourier, bem como para as componentes incidentes e refletidas: H12(f ) = p2(f ) p1(f ) = p2,i(f ) + p2,r(f ) p1,i(f ) + p1,r(f ) , (3) e, H12i(f ) = p2,i(f ) p1,i(f ) e, H12r(f ) = p2,r(f ) p1,r(f ) (4) sendo p(f ), com os subscritos apropriados, a Transformada de Fourier da press˜ao ac´ustica temporal. Al´em disso, os coeficientes de reflex˜ao (no dom´ınio da frequˆencia) em cada ponto podem ser definidos como: R1(f ) = p1,r(f ) p1,i(f ) e, R2(f ) = p2,r(f ) p2,i(f ) (5) neste caso, H12(f ) = H12i(f ) 1 + R2(f ) 1 + R1(f ) (6) O coeficiente de reflex˜ao no ponto 2 pode ser escrito em termos do ponto 1,

R2(f ) =

 H12,r(f )

H12,i(f )



R1(f ) (7)

e, ent˜ao, a equa¸c˜ao (6) pode ser resolvida para R1(f ),

R1(f ) =

 H12(f ) − H12,i(f )

H12,r(f ) − H12(f )



(8) Ao assumir o tubo sem perdas, a fun¸c˜ao de transferˆencia entre os microfones ´e facilmente determinada por um delay de propaga¸c˜ao. No microfone#1, a press˜ao ac´ustica incidente e refletida s˜ao descritas, respectivamente, como,

p1,i(t) = poexp (ıωt) exp (−ık[−(L + s)]) (9)

e,

p1,r(t) = R poexp (ıωt) exp (−ık(L + s)) . (10)

Ent˜ao, no microfone#2, a press˜ao ac´ustica ´e descrita como,

p2,i(t) = poexp (ıωt) exp (−ık[−L]) = p1,i(t)exp (−ıks) (11)

e,

p2,r(t) = R poexp (ıωt) exp (−ıkL) . = p1,r(t)exp (ıks) (12)

Ent˜ao,

H12i(f ) = exp (−ıks) e, H12r(f ) = exp (ıks) (13)

Por esta mesma raz˜ao, estas express˜oes podem ser extendidas para permitir a express˜ao do coeficiente de reflex˜ao R(f ) na superf´ıcie da amostra em termos de R1(f ), ou seja,

R (f ) = R1(f ) exp [ı 2k(L + s)] (14) Finalmente, usando (8), (13), e (14), R (f ) = exp [ı 2k(L + s)] H12(f ) − exp(−ıks) H12(f ) − exp(+ıks)  (15) O coeficiente de absor¸c˜ao de incidˆencia normal ´e ent˜ao dado por αn= 1 − |R(f )|2, ou ainda,

αn(f ) = 1 − H12(f ) − exp(−ıks) H12(f ) − exp(+ıks) 2 (16)

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4. Processo de Otimização e Implementação Numérica

A busca de convergˆencia da Cadeia de Markov, no problema descrito, constitui-se, claramente, em um processo de otimiza¸c˜ao de fun¸c˜oes. Como a otimiza¸c˜ao exige a solu¸c˜ao do problema direto um grande n´umero de vezes, tem-se um elevado custo computacional associado. Assim, diferentes estrat´egias de otimiza¸c˜ao podem ser adotadas. A seguir s˜ao apresentadas duas estrat´egias que foram usadas para resolver o probelma inverso para determina¸c˜ao das ondas incidentes e refletidas no tubo de Kundt: o m´etodo tradicional, usando aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto, e um m´etodo com aproxima¸c˜ao por fun¸c˜oes splines. Em ambos os casos ´e usada a abordagem estoc´astica bayesiana.

4.1 Otimização usando aproximação ponto-a-ponto

O n´umero de passos requerido para a convergˆencia de um problema inverso cresce diretamente com a dimens˜ao do espa¸co de solu¸c˜ao procurado. Em um processo de otimiza¸c˜ao usando aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto muitos pontos devem ser considerados a fim de atingir uma solu¸c˜ao mais precisa, aumentando o tamanho do vetor da fun¸c˜ao tentativa e, consequentemente, o n´umero de passos necess´arios para a convergˆencia do problema inverso.

Como crit´erio de acelera¸c˜ao da convergˆencia pode-se afirmar que, a qualquer tempo, ao longo de um processo de otimiza¸c˜ao, a perturba¸c˜ao aleat´oria imposta `a melhor aproxima¸c˜ao dispon´ıvel at´e o momento em quest˜ao deve guardar uma rela¸c˜ao direta com a dispers˜ao (avalia¸c˜ao de m´axima verossimilhan¸ca) apresentada por essa solu¸c˜ao. Assim, para dispers˜oes grandes, que aparecem nos primeiros passos da Cadeia de Markov (que se encontra longe da convergˆencia), conv´em se utilizar perturba¸c˜oes grandes, que devem ser reduzidas `a medida que se aproxima da convergˆencia (solu¸c˜ao procurada). Contudo, mesmo adotando-se esta estrat´egia para a evolu¸c˜ao da perturba¸c˜ao, o custo computacional da otimiza¸c˜ao utilizando a t´ecnica tradicional de aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto permanece elevado.

4.2 Otimização utilizando funções splines

Tendo em vista a grande incerteza envolvida nos primeiros passos da Cadeia de Markov, al´em da estrat´egia de se evoluir com a amplitude das perturba¸c˜oes aplicadas ao longo do processo de otimiza¸c˜ao, aplicou-se tamb´em uma t´ecnica de modifica¸c˜ao da dimens˜ao do espa¸co de solu¸c˜ao. Inicialmente adota-se uma aproxima¸c˜ao mais grosseira da solu¸c˜ao buscada, de forma a se ter um espa¸co vetorial de menor dimens˜ao e, portanto, uma convergˆencia mais r´apida. Garantida a convergˆencia inicial (no espa¸co reduzido), inicia-se a etapa seguinte pesquisando uma solu¸c˜ao mais refinada num espa¸co maior (o espa¸co da solu¸c˜ao procurada). Assim, o processo de convergˆencia no espa¸co da solu¸c˜ao desejada ´e mais r´apido, pois se inicia com uma solu¸c˜ao j´a pr´oxima da procurada. Para tornar esse processo mais eficaz, busca-se uma representa¸c˜ao utilizando um espa¸co de fun¸c˜oes splines (ou fun¸c˜oes polinomiais por partes) da classe C2, que se mostram mais convenientes para representa¸c˜ao de problemas f´ısicos reais.

Inicialmente desenvolvidas para a modelagem de formas suaves utilizadas na ind´ustria naval, com a evolu¸c˜ao dos recursos computacionais, as aplica¸c˜oes das fun¸c˜oes splines se expandiram para outras ´

areas da computa¸c˜ao cient´ıfica devido `a sua simplicidade, precis˜ao e flexibilidade para representar geometrias complexas (Schumaker,2007). Autores comoBiloti et al.(2001) eSteffens(2005), dentre outros, exploraram as propriedades das fun¸c˜oes splines em algoritmos de interpola¸c˜ao e de otimiza¸c˜ao. Do ponto de vista matem´atico uma spline ´e uma fun¸c˜ao polinomial definida por intervalos. Dentre as fam´ılias de curvas splines, a mais difundida ´e a Spline C´ubica Natural (Natural Cubic Splines - NCS) de grau 3 e de continuidade C2 (Biloti et al.,2003;Mota et al.,2010). ´E conveniente interpretar as fun¸c˜oes splines como formando um subespa¸co vetorial de <, frequentemente designado por Sr

n(p),

onde p ´e o vetor dos n´os, definidos pelas extremidades dos intervalos de interpola¸c˜ao; n ´e o grau do polinˆomio de interpola¸c˜ao (n = 3 para o caso de splines c´ubicas) e o vetor r indica a suavidade da spline ou o grau de continuidade das derivadas nos pontos definidos pelo vetor p (Schumaker,2007). Assim, este trabalho usa uma estrat´egia de otimiza¸c˜ao, com aproxima¸c˜ao por Splines, que al´em de evoluir com a amplitude da perturba¸c˜ao, aplicada a cada passo de aproxima¸c˜ao, de acordo com a Cadeia de Markov, evolui tamb´em com a classes da fun¸c˜ao spline, adotando classes mais completas `

a medida que a dispers˜ao identificada, pelo crit´erio de m´axima verossimilhan¸ca, vai sendo reduzida.

4.3 Simulação do problema direto

O problema direto foi modelado considerando a propaga¸c˜ao de ondas unidimensionais em tubos, onde a solu¸c˜ao cl´assica ´e composta de duas ondas que se propagam em sentidos opostos ao longo de todo

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o tubo. Adotando como origem a superf´ıcie da amostra testada, temos a propaga¸c˜ao de uma onda incidente, no sentido da direita para a esquerda, e uma onda refletida, da esquerda para a direita, conforme Figura 2. A amplitude da onda refletida diferere da amplitude da onda incidente de um fator R, que caracteriza as propriedades de absor¸c˜ao do material da amostra no tubo. Assumindo a hip´otese de linearidade, essas duas ondas s˜ao adicionadas. O resultado dessa composi¸c˜ao de ondas ´e assumido conhecido no modelo proposto e simula a medi¸c˜ao dos microfones no dom´ınio do tempo.

Apesar de que, no presente caso, foram usados dois microfones, n˜ao h´a limita¸c˜ao para a avalia¸c˜ao da resposta quanto ao n´umero ou a posi¸c˜ao dos microfones. Se um n´umero maior de microfones for utilizado existir´a mais informa¸c˜ao dispon´ıvel e a solu¸c˜ao do problema inverso ser´a mais eficiente (seguindo o princ´ıpio bayesiano), embora isso implique em um maior custo experimental.

Uma vez conhecidas as ondas incidente e refletida, o valor das propriedades de absor¸c˜ao (R) do material da amostra testada pode ser estimada.

4.4 Implementação numérica

Ambas as estrat´egias de otimiza¸c˜ao, por aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto e por fun¸c˜oes splines usam uma aproxima¸c˜ao estat´ıstica para obter uma solu¸c˜ao para o problema inverso do tubo de impedˆancia. A Figura 3 mostra o fluxograma do algoritmo computacional desenvolvido para ambas as estrat´egias. A diferen¸ca entre estas estrat´egias est´a limitado apenas `a classe de fun¸c˜oes admiss´ıveis utilizadas.

O algoritmo proposto arbitra uma fun¸c˜ao teste inicial para resolver o problema direto. Ent˜ao, a dispers˜ao da resposta ´e estimada e a fun¸c˜ao teste ´e modificada at´e que a dispers˜ao seja menor que um valor  especificado. Nos primeiros passos, utiliza-se como fun¸c˜ao teste uma spline de baixa ordem (pertencente a um espa¸co de dimens˜ao reduzida). Com a nova etapa proposta para o algoritmo, ´e poss´ıvel implementar um segundo teste que aumenta a classe da fun¸c˜ao spline quando a dispers˜ao aproxima-se do valor , aumentando a qualidade da representa¸c˜ao (Figura 3).

Figura 3. Fluxograma para solu¸c˜ao do problema inverso do tubo de Kundt.

Foi implementado, em linguagem Matlab, um programa que, usando o algoritmo proposto, avalia e compara o erro para o ajuste das fun¸c˜oes que representam as ondas de press˜ao incidente e refletida.

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Foram realizadas duas otimiza¸c˜oes para diferentes casos (considerando-se diferentes tipos de ondas incidentes), usando aproxima¸c˜ao por fun¸c˜oes ponto-a-ponto e aproxima¸c˜ao por fun¸c˜oes splines.

5. Resultados Obtidos

Apresenta-se a seguir a compara¸c˜ao dos resultados obtidos, aplicando-se o algoritmo proposto para os dois tipos de aproxima¸c˜ao: ponto-a-ponto e por fun¸c˜oes splines, em condi¸c˜oes equivalentes. S˜ao considerados dois casos t´ıpicos: um primeiro com uma onda incidente impar e um segundo com uma onda incidente par (fun¸c˜ao Gaussiana).

5.1 Tubo excitado por uma função impar

O primeiro caso considera uma onda incidente do tipo impar em um tubo de 1 m, com dois microfones posicionados a 0,1 m e 0,8 m da extremidade onde est´a fixada a amostra testada.

Na Figura 4(a) ´e apresentado o sinal incidente, simulando a onda emitida pelo autofalante. Considerando um coeficiente de absor¸c˜ao uniforme igual a R = 0, 5, espera-se que o sinal refletido seja como o mostrado na Figura4(b). Usando, ent˜ao, esses dois sinais foi resolvido o problema direto e gerado os sinais que teoricamente seriam medidos pelos microfones, como mostra a Figura5. Estes sinais ser˜ao usados como referˆencia para a verifica¸c˜ao da qualidade da solu¸c˜ao do problema inverso.

(a) onda incidente (b) onda refletida

Figura 4. Sinais simulados no tubo de impedˆancia - onda impar.

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A aplica¸c˜ao do algoritmo, apresentado na Se¸c˜ao 4.4, implica em se arbitrar fun¸c˜oes que tentem representar os sinais incidente e refletido existentes no tubo para, resolvendo o problema inverso, reconstruir os sinais “medidos” pelos microfones (mostrados na Figura 5). Partindo das fun¸c˜oes arbitradas para os sinais incidente e refletido, o algoritmo procede a aplica¸c˜ao de uma perturba¸c˜ao aleat´oria sobre essas fun¸c˜oes at´e atingir aquelas que melhor representam os sinais compostos, “medidos” pelos microfones. Ao se atingir o n´ıvel de qualidade de aproxima¸c˜ao exigido para a representa¸c˜ao dos sinais dos microfones, usa-se as fun¸c˜oes representativas dos sinais incidente e refletido para determinar o coeficiente de absor¸c˜ao da amostra testada.

As Figuras6(a) e6(b)mostram a qualidade da aproxima¸c˜ao dos sinais incidente e refletido ap´os 500 itera¸c˜oes (ap´os um tempo de c´alculo de 7 s). Nas figuras podemos ver a fun¸c˜ao de partida (indicada pelo tracejado verde), a fun¸c˜ao aproximada (tracejado azul) e a solu¸c˜ao esperada (linha vermelha).

Deve-se notar que nestas figuras as solu¸c˜oes esperadas s˜ao mostradas apenas a t´ıtulo de compara¸c˜ao, visto que o algoritmo considera, para verificar a convergˆencia, a qualidade da aproxima¸c˜ao dos sinais nos dois microfones, mostrada na Figura6(c), onde a aproxima¸c˜ao num´erica ´

e mostrada pelo tracejado azul e a solu¸c˜ao esperada (“medida” pelo microfone) em vermelho.

(a) onda incidente (b) onda refletida

(c) Sinais recuperados nos microfones

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Transcorridos 13,12 min. de simula¸c˜ao, o algoritmo convergiu para os resultados resumidos na Figura 7, que foram obtidos com 10.000 itera¸c˜oes. Na Figura 7 pode-se ver a qualidade da aproxima¸c˜ao dos sinais “medidos” nos microfones, os quais permitem determinar com exatid˜ao os sinais incidente e refletido no tubo e com estes ´e poss´ıvel calcular a coeficiente de absor¸c˜ao do material testado.

Figura 7. Resultado da aproxima¸c˜ao dos sinais nos microfones ap´os 10.000 itera¸c˜oes, usando fun¸c˜oes splines. A t´ıtulo de compara¸c˜ao, repetiu-se o mesmo procedimento adotando agora uma aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto. Foram repetidas as mesmas condi¸c˜oes de simula¸c˜ao e usado o mesmo algoritmo, contudo sem o passo de refinamento da fun¸c˜ao de aproxima¸c˜ao.

De forma a abreviar o texto, a Figura 8 resume o resultado final da otimiza¸c˜ao (ap´os 10.000 itera¸c˜oes) mostrando as ondas incidente e refletida, bem como a aproxima¸c˜ao dos sinais nos microfones. As aproxima¸c˜oes num´ericas s˜ao apresentadas em linhas tracejadas azuis e as solu¸c˜oes esperadas em linhas vermelhas.

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5.2 Tubo excitado por uma função Gaussiana

Neste segundo caso considera-se uma onda incidente do tipo Gaussiana (onda par). S˜ao adotados os mesmos valores para as dimens˜oes do tubo e para o posicionamento dos microfones. Considera-se tamb´em o mesmo valor para o coeficiente de absor¸c˜ao da amostra: R = 0, 5.

Adotando-se o mesmo procedimento do caso anterior, o algoritmo foi inicialmente aplicado considerando uma aproxima¸c˜ao por fun¸c˜oes splines e, em seguida, repetido usando aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto. De forma a evitar repeti¸c˜oes e alongar o texto, apresentam-se apenas os resultados finais das simula¸c˜oes.

A Figura 9 mostra, em sua parte superior, o resultado obtido para a identifica¸c˜ao das ondas incidente e refletida no tubo de impedˆancia e, na parte inferior, a aproxima¸c˜ao dos sinais nos microfones. As aproxima¸c˜oes s˜ao mostradas pelas linhas tracejadas azuis e as solu¸c˜oes exatas pelas linhas vermelhas. Para um res´ıduo quadr´atico inferior a 0, 3%, a solu¸c˜ao por splines converge em 274 itera¸c˜oes ap´os 12,0 segundos, em m´edia. Enquanto, para o mesmo res´ıduo quadr´atico inferior a 0, 3%, a solu¸c˜ao ponto-a-ponto converge em 29566 itera¸c˜oes ap´os 125,2 segundos, em m´edia. As simula¸c˜oes foram efetuadas em um computador Pentium Core2 1, 86GHz 1Gb RAM, WindowsXP 2002 SP3 e MatLab 7.6.0 (R2008a).

Figura 9. Identifica¸c˜ao num´erica de um sinal de entrada gaussiano usando aproxima¸c˜ao por fun¸c˜oes splines. Os resultados para a aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto s˜ao resumidos na Figura 10, onde, como nas demais, o tracejado azul mostra o resultado da simula¸c˜ao e o tracejado vermelho a solu¸c˜ao exata.

6. Conclusão

A identifica¸c˜ao de propriedades ac´usticas de coeficiente de absor¸c˜ao e impedˆancia ac´ustica de uma amostra testada em um tubo de impedˆancia (Tubo de Kundt) caracteriza um problema inverso em ac´ustica.

O problema bem posto foi adequadamente modelado. A aplica¸c˜ao de uma abordagem estoc´astica por meio de um m´etodo de Monte Carlo via Cadeia de Markov (MCMC) resultou numa solu¸c˜ao adequada, robusta e est´avel. As ondas incidente, emitida pela fonte sonora, e refletida pela amostra testada, foram recuperadas a partir dos sinais de sa´ıda obtidos por dois microfones (simulando dados medidos).

A abordagem de aproxima¸c˜ao por fun¸c˜oes splines mostrou-se mais adequada, considerando a forma e suavidade das curvas das ondas procuradas. Deve-se atentar para o n´ıvel de discretiza¸c˜ao das fun¸c˜oes splines usadas.

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Figura 10. Identifica¸c˜ao num´erica de um sinal de entrada gaussiano usando aproxima¸c˜ao ponto-a-ponto.

Uma vez que as ondas incidente e refletida s˜ao conhecidas ´e poss´ıvel calcular o coeficiente de absor¸c˜ao α do material testado no tubo de impedˆancia. A despeito de que este trabalho objetive apenas uma aplica¸c˜ao da metodologia de otimiza¸c˜ao MCMC a um problema de ac´ustica, vislumbra-se a aplica¸c˜ao alternativa a norma ISO 10534-1:1996 (ISO,1996). Por exemplo, dado um coeficiente de absor¸c˜ao α(f ) para uma determinada faixa de frequˆencia, compara-se a simula¸c˜ao do sinal ac´ustico dos microfones com rela¸c˜ao ao sinal experimental obtido por tubo de impedˆancia. Utiliza-se a metodologia de otimiza¸c˜ao MCMC a fim de aprimorar o resultado num´erico at´e um limite pre-estabelecido.

Deve-se notar ainda que o coeficiente de absor¸c˜ao ac´ustica α das amostras testadas depende do espectro de frequˆencia escolhido. Sinais incidentes com diferentes espectros conduzir˜ao `a determina¸c˜ao do coeficiente de absor¸c˜ao para diferentes bandas de frequˆencia.

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