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Poullart des Places e a reforma do clero

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Volume 16 | Number 16

Article 13

10-2009

Poullart des Places e a reforma do clero

Adélio Torres Neiva

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Torres Neiva, A. (2009-2010). Poullart des Places e a reforma do clero. Missão Espiritana, 16-17 (16-17). Retrieved from

https://dsc.duq.edu/missao-espiritana/vol16/iss16/13

(2)

CláudioPoullartdesPlacesdando acomunhão

Estequadro doséculoXVÍÍÍ-queseencontranaCasaGeral, em

Roma

-inspira- senaquelequefoi

pintado em 1709, imediatamente após a suamorte.

No

ânguloestáescrito: M. Poullart des Places,

fundadordacomunidadeedo Seminário doEspíritoSanto

em

1703.

(3)

Poullart

des Places

e

a

reforma

do

clero

CláudioPoullart desPlacesnãofoi

um

inovadorcomo S.Bento, FranciscodeAssis, SantoInácioouLibermann.

Eleinsere-senacorrenterenovadora doclerodoséculoXVII, querespondia aos apelosdoConcílio de Trento (1545-1563),

realizado

um

século antes,e queelaborou

um

programa

derenovaçãopara todaaIgreja.

A

Igrejavivia

uma

dasmaisgravescrisesda suahistória

e a reforma daIgrejaera incontornável.Nestacrisesobressaía

adecadênciadocleroedavidamonástica. Foi contraesta

criseque explodiuaReformaProtestanteequefoiconvocado

o Concíliode Trento.

1.

O

CONTEXTO

E

AS

INFLUENCIAS

DE

POULLART

DES

PLACES

NA

REFORMA

DO

CLERO

A

Reforma

daIgrejavaiprocessar-se

em

váriasfrentes e

revés-teduas modalidades:

uma

institucional eoutracarismática.

1.1.

A

nível institucionalopico dessareformafoi o Concilio de Trento.

O

Concílioprolongou-se portrêsperíododistintos: o pri-meiroteve lugarsobPauloIIIde 1545 a 1549;o

segundo

sobJúlioIII

de 1551 a 1552; o terceiro finalmente após

uma

longa interrupção

sobPio IV, de 1562 a 1563. Foi

uma

reformaglobal de toda aIgreja

tanto

no

campo

doutrinal

como

no

disciplinar. Destareforma,

mere-ce relevo especialo

campo

da reforma

do

clero.

*Adélio Torres Neiva, missionárioespiritano,licenciadoemHistória pela Universidade deCoimbra,professorde MissiologianaUniversidadeCatólica,

ChefedeRedacção darevistaPortugalemAfrica,DirectordaRevistaEncontro. Foi Conselheiro Geralda Congregação doEspíritoSantode1974a 1986 etemescritovárioslivros,dezenas deartigoseproferidocentenasdeconferências,

merecendoparticulardestaqueaHistoriadaProvínciaPortuguesa.Actualmente

éoRedactorchefedarevista"MissãoEspiritana".

(4)

Poidlart des Placesea reforma doclero

O

decreto da reforma

do

clero e a criação dos seminários

muito

esperada, foitalvezo

que

mais

impacto

viriaater. Se o concí-lio de

Trento

não

tivesse feito outracoisa senão instituiros

seminá-rios, teria já prestado

um

grande serviço à Igreja.

São

os

chamados

semináriosconciliares.

O

seminário

O

semináriotinhajáprecedentes.

Santo

Agostinho,

Santo

Hi-tinhajá láriodeAries emuitosoutros bispos

tinham

jáo

costume

de

agrupa-precedentes.

rem

á sua volta os seus clérigos e os seus padres para os formar

no

ministério sacerdotal.

E

por vezes fazer até

comunidade

com

eles.

Mais

tarde

houve

juntodecadacatedral

uma

escolaparao

desenvol-vimento moral

eintelectualdosministros

do

altar.

Mas

a

multiplica-ção infinita de paróquias rurais e de benefícios eclesiais

haviam

en-gendrado

uma

situação nova.

Duas

fundações recentes

em

plena

Roma,

haviam

aberto

uma

pista

em

que

oconcílioseirialançar: a

do

colégio

germânico

por

Santo

Inácio de Loiola

em

1552 e a

do

Semi-nário inglêspelo Cardeal Reginaldo Polé

em

1556. Foi apartirdeste

modelo que

o

papa

e o seu Secretário de Estado Carlos

Borromeu,

pensaram na

criaçãode

um

seminário

romano

que

deviaconcluir-se

precisamente nesse

ano

de 1563,

em

que

o concílio se concluía.

O

concíliomais

não

fez

que

generalizaresta instituição. Estafoi,

na

sua acção reformadora, a proposta mais feliz e mais inspiradora.

É no

Capítulo 18 da sessão 23,

que

se encontra a

ordem

do

concílio

que

manda

criar

em

cadadiocese

um

seminário: "Estabeleceo santo

concí-lio que todas as igrejas catedrais, metropolitanas èoutras superioresa

es-tas,segundoassuasrendas ea extensãodoterritório,sejamobrigados...a

restaurar e a educar virtuosamente e a instruir

na

disciplina eclesiástica

certo

número

demeninos da

mesma

cidadeoudioceseou daquela

provín-cia, se no bispadoos não houver,

um

colégiocontíguo à

mesma

Igreja ou

em

outro lugarconveniente queo bispoelegerá. Neste colégio, pois, serão

admitidos aqueles que tiverempelo

menos

dozeanos, e seforemnascidos

de legítimo matrimónio, e saibam lere escrever competentemente e cuja

índole e desejo

dêem

esperanças deque se entregarão perpetuamenteaos

ministérios eclesiásticos.

O

concílio querque se escolhadepreferência

fi-lhos dospobres,

mas

nem

porissoexclui osricos, contantoque se

susten-tem ásua custa e

mostrem

vontade deservira

Deus

ea Igreja. Dividiráo

bispoestesmeninos

em

tantasclassesquantas lheparecer, conformeo seu

número, idadeeprogresso

na

disciplina eclesiástica;parte deles,

como

pa-recerconvenienteempregaránoministériodaIgreja eparteconservaráno colégio, substituindo outros no lugardos quese tiraram, de

modo

queeste

colégiosejaperpetuamenteseminário deministros de Deus.

Para seremmaisfacilmente instruídos nadisciplina eclesiástica se

lhes dará logo ao princípio a tonsura que usarão sempre

com

o hábito

clerical.Aprenderãogramática,canto, cômputoeclesiástico e outras boas

artes ealém disso, instruir-se-ão

na

Sagrada Escritura, Livros Eclesiásti-cos, homilias dossantos enoconcernente à administração dos

sacramen-tos, principalmenteno que respeita a ouviras confissões easformas dos ritos ecerimóniasdaIgreja. Cuidaráobispo

em

que

ouçam

missatodosos

(5)

dias e seconfessem dos seuspecadosao

menos

uma

vez pormêse

confor-me

o juízo do confessor, recebamo

Corpo

deNosso SenhorJesus Cristo,

ministremnacatedrale

em

outrasigrejas dolugarnosdias festivos.

Tudo

istoeo mais quepareceroportunoenecessárioparaestenegócio, estabe-lecerão todos os bispos

com

o conselho de dois cónegos dos mais velhos e

graves, que elegerem, segundoo Espírito Santo lhe inspirareprocurarão

que esta instituição se observe visitando-osmuitas vezes. Castigarão

com

severidade os orgulhosos e incorrigíveis e que

semearem

maus

costumes,

expulsando-os sefor preciso"

Em

resumo: paraa reforma

do

clerooconcílioaposta

sobretu-do na formação

dosfuturos padres. Esta

formação

inclui: a

preferên-ciapelos pobres, avida

em

comunidade,

a

formação

teológica, avida evangélica

ou

de piedadee

um

quadro

disciplinar exigente.

1.2.

A

nívelcarismático,estareformafoisobretudoassumida por

um

conjunto de santos

que

estiveram

na

base da reforma

ou da

criação de outros tantosinstitutosreligiosos.

A

provocação

do

Con-cílio de

Trento

e os desafios

do Renascimento

e da descoberta de

uma

nova

cultura e de

novos

mundos

foram

interpelações

que

des-pertaram todo

um

movimento

de

renovação

da Igreja

em

todas as

suas frentes.

Nas

antigas ordens

lembremos

a reforma dos Franciscanos por S.

Pedro

de Alcântara (1540), conhecida por "Descalços

ou

de

estri-ta Observância"e o aparecimento dos

Capuchinhos

(1526)

também

conhecidos por "ErmitasFranciscanos".

Lembremos

entre os

Carme-litas a reforma dos "Descalços" e dos "Recolectos "(assim

chamados

porseretirarem paracasasde recolecção).

Lembremos

na

vida

con-templativa, a reforma de Teresa de Ávila

que abandona

o

convento

da

Encarnação

de Ávila para assumira radicalidade

do Caramelo

das

origens,

fundando

o

convento

de S. José (1563) logo seguida de S.

João daCruz, ocontemplativo de Segóvia (1568).

Lembremos

Santo

Ináciode Loyola (1534) eos Jesuítas

que

se

abrem

aos

novos

espaços da evangelização

que

os

novos

tempos

tinham

posto alume.

Lembre-mos

na

vida missionáriaS.FranciscoXaviere os

novos caminhos

da missão nas terras longínquas,

que

os

Descobrimentos

abriram.

Lem-bremos

a evangelização

da

saúde

com

S.Camilo

de Lélis e os seus

companheiros.

Lembremos

o Oratório deS. Filipe de Néri (1575) a

criar espaço para a

renovação

do

clero (1575).

Lembremos

S. José

Calazanzo e os seus Esculápios

na

evangelização

do

planeta

jovem

(1597).

Lembremos

S.João de

Deus

(1539),

convivendo

com

os do-entes mentais

procurando

integrá-los nos

caminhos do

Evangelho.

Lembremos

Santa

Ângela

de Mericie as Ursulinas, criando

um

mo-delo de vida religiosaintegrado

no

mundo

e abrindo oseu espaço à

juventude feminina.

Lembremos

Frei

Bartolomeu

dos Mártires e a

evangelização

do

mundo

rural.

E

podíamos

aindalembrarS.

Francis-co de Sales,(1567) utilizando os meios

modernos

e tecnologias de ponta

do

seu

tempo

para fazer circular a

mensagem

evangélica

em

"paraareforma docleroo concílioaposta sobretudona formaçãodos futurospadres." missãoespiritaria

(6)

Poullart desPlacese a reforma doclero

todasas frentes

da

sociedade eS. Vicente de Paulo

com

SantaLuiza Marillaca abrir os

caminhos do Evangelho

pelasperiferias e

margens

do

sofrimento

humano.

"A

grande novidadedesta épocaéo aparecimento dosclérigos regulares,

um

cleroqueprocura

asuarenovação assimilandoos valores essenciais davidareligiosa. São

uma

sínteseentre o apostolado sacerdotalea vidareligiosa."

1.3.

A

criação dos clérigos regulares

no

século

XVI.

Fixe-mo-nos

apenas

na

reforma

do

clero.

A

grande

novidade

desta

época

é o aparecimento dosclérigosregulares,

ou

seja,

um

clero

que

procu-raasua

renovação

assimilandoosvaloresessenciaisdavidareligiosa.

São

uma

sínteseentre o apostoladosacerdotale avidareligiosa. Eles

compreendem

entreoutros a

Companhia

deJesus,fundada'por

San-to Inácio (1534),osCamilianos porS.

Camilo

deLelis, os Esculápios

de S.José Calazanzo,para sófalarnos mais conhecidos.

Estesclérigosregulares

apresentam

um

conjunto de

caracterís-ticas

comuns

que

serãoaprimeira fontedeinspiraçãodePoullartdes

Places:

L

Ao

contráriode quase todosos fundadores deinstitutos

re-ligiosos

do

tempo

anterior

que

em

geral

eram

leigos, agora, todossão

padres, pelo

menos

eram-no

no

momento

em

que conseguiram

a

aprovação da sua congregação;

no

entanto a

maior

parte deles con-cebe o seu projecto antes de receber a

ordenação

sacerdotal. Eles

dão-seconta

que

pararealizaroseu projecto, a

ordenação

sacerdotal era indispensável.

O

sacerdócioaparece aqui

como

garantia de

uma

formação

séria.

O

mesmo

acontecerá

com

Poullart des Places.

O

sa-cerdócio é

menos

frutode

uma

opção

pessoal

que

de

um

imperativo daobra.

2.

A

abertura aos

novos

tempos

ou

a internacionalidade.

A

Companhia

deJesus

pode

ser

tomada

como

ponto

dereferênciapois

totalizamais

membros

que

as outrasfundações todasjuntas.

Começa

logo a 15 de

Agosto

de

1534 na

capela de S. Denis de Monserrate,

com

três nacionalidades: Inácio de Loiola, Francisco Xavier,

Diogo

Lainez,

Afonso

Salmeron, Nicolau Bobadilha, espanhóis; Pedro

Fa-ber: da Sabóia, e

Simão

Rodrigues de Portugal.

A

sua finalidade é

colocar-se à disposição

do papa

para ir trabalhar entre os infiéis

ou

entre osheregese cismáticos

ou

mesmo

entre os fiéis.

Um

leque

que

abrangetodos osespaços

da

evangelização

do

novo

mundo.

Seráesta

aberturade horizontes

que

permitirá aos padres de Poullart des

Pla-ces abrirem-se à

Acádia

e ao

Quebec

e àscolónias francesas.

3.

Uma

constituiçãosíntese* Inácio

com

os seus

companheiros

redige

umas

novas Constituições; os outros institutos contentam-se

com

adaptar a Regra de

Santo

Agostinho, acrescentando-lhe

uma

sériede disposiçõespráticas.

As

Constituições de

Santo

Inácio

refe-rem-se

constantemente

à sua

caminhada

espiritual e às reflexões

do

primeirogrupo de

Roma

de 1539.

Procuram

a

harmonia

entre as

as-pirações evangélicase as modalidadesapostólicas.

4.

A

exclusãodasexigênciasmonásticas.

Os

clérigos regulares,

quanto

à organização, quase

não apresentam

novidades: as estrutu-ras são herdadas das

Ordens

mendicantes.

O

que

fazem é suprimir

(7)

todos os elementos monásticos; o seu género de vida é apostólico,

opostoao monástico:

deixam

cairoofíciodivino

em

comum,

o

hábi-toreligioso, aspenitências, etc.Por outro lado intensificama oração

pessoal

com

a

meditação

e a

contemplação

de Cristo e dos santos.

Pretendem

estar disponíveispara a actividadeapostólica.

E

um

mo-delo de vidareligiosa,

mas

liberta das exigências monásticas.

Tam-bém

aquiconverge a

opção

de Poullartdes Places.

5.

Uma

formaçãoescolarintensa.Paraoss

monges

canónicos e os

mendicantes aescola

em

que

eram

formados atéao fimdavida era a vida

comum.

Não

tinhamoutroespaçoformativo.

Quem

osformavaeraa vida

religiosa

como

tal.

Os

clérigosregulares,aocontrário,vãoteralgunsanosde fomiação unicamente consagrados para esse efeito. Esta formação é-lhes

ministradajánãonos conventos,

mas

em

casasdeformação,

em

seminários, noviciados eescolasticados.Sãoestruturasqueantecedemavidareligiosa.

E

uma

formaçãointensivasegundoasexigênciasdoconcíliode Trento.Santo

Inácioprevê

um

noviciadodedoisanos

em

vezde um,previstonalei.

Após

onoviciado,todoorelevo édadoaos estudos.

Após

os estudos,terceiroano

denoviciado.SantoInáciodiziaqueseosJesuítas

tomassem

esteprograma

asério,nãoprecisariamdeoutraspráticasparaserem bonsreligiosos.Vaiser exactamenteestaaposturadePoullartdesPlaces.

6.

Uma

acção apostólica concertada.

Os

clérigos regulares são

formados

à base de

uma

actividade apostólicaconcertada.

Mas

em

vez de se fixarem

numa

actividade particular

como

tal,

vivem

sobretudo

uma

espiritualidade,

que

servirá de base para todas as

atividades.

O

que

os

une

é

um

espírito

comum,

exactamente

como

acontecerá

com

Poullart des Places. Por isso as suas tarefas

podem

ser

muito

diversificadas: ensino,

educação da

juventude, evangeli-zação, saúde, missões, etc.

Pode

dizer-se

que

oserviço

da

Igreja

ou

do

povo

de

Deus

é o

motor

dos clérigos regulares.

O

trabalhodos

superiores será sobretudo

coordenar

e orientar as atividades.

A

obediênciatorna-se

uma

característicamaior.

A

obediência ao

ser-viçode

uma

estratégia

comum.

Para os anacoretasa obediênciaera "ouvir " o mestre; para os

monges

era a inserção

na

vida

comum;

paraos

mendicantes

era a

comunhão

numa

orientaçãopreferencial

do

grupo.

A

notadistintivadosclérigosregulares éasua associação

em

vista

de

uma

acção apostólica concertada.

A

comunidade

será concebida à

imagem

de

uma

armada

espiritual

com

anecessidade

dejum

generalpara

supervisionaro conjuntodosproblemase dosefetivos.

E

agoraque apa-recepelaprimeira vezocargodesuperior.

ou

uprepósito".

A

comunidade

religiosafoiprimeiro estruturadasegundo o

modelo

davidarural,

com

o

pai-abadedeS. Bento;asordensmendicantes vão conceberaautoridade

na

linhadafraternidade: oministro

ou

sejao

mínimo

dos

menores

como

acontecia

com

os Franciscanos

ou

então o primeirodos irmãos: oprior

dosDominicanos.

Mas

agora

com

aRenascençae o paradigmados

Rei-nos,

em

vista à eficácia da missão nos novos contextos, a

imagem

da

autoridade passa aseradechefe, superior.

"Paraos anacoretasa obediência era "ouvir"o mestre;paraos mongesera a inserçãonavida

comum;

para osmendicantes era a

comunhão

numa

orientação preferencialdo grupo." missãoespiritaria

(8)

Poullart desPlacese a reforma doclero

"Noséculo

XVI

avidareligiosa

ficoumarcada

por duas grandes coordenadas:

a criaçãodos

clérigos regulares earenovaçãodas

antigasordens."

1. 4»

As

novas modalidades de

Vida

Consagrada nos

séci>

los

XVII

e

XVIII:

as Sociedades

de

padres de vida

comum

e as

Congregações

clericais.

Um

outropasso

na

reforma

do

clerovaiser

o aparecimentode Sociedades de padres devida

comum

ou

Sociedades

Apostólicas,

como

hoje dizemos, e as Congregaçõesclericais.

No

século

XVI

avidareligiosaficou

marcada

por duas grandes coordenadas: a criaçãodos clérigosregularese a

renovação

das

anti-gas ordens.

Agora continuam

a surgir congregações à procura de novas fórmulas adaptadas àsnecessidades dos

tempos

novos: mais de 30.

As

três principais inovações são: as Sociedades de Padres

com

vida

comum,

as Congregações clericais e as Congregações laicais.

As

Congregações

laicais,

como

os Irmãos das Escolas Cristãs de S.João

Baptista de

La

Sale e os Monfortinos de S. Luis

Maria

Grignion de Monfort,

na

sua primeirafase,

não entram

no

projecto

da renovação

do

clero,pois

que

se destinam exclusivamente a leigos.

1.

As

Sociedadesde padres de vida

comum

no

século

XVI

S. Filipe de Néri,

em

Roma,

tinha

dado

ori-gem

a

uma

nova

fórmula de associaçãode padres.

Organizou

cursos

e conferências para elevar o nível cultural e intelectual dos

que

se

destinavam

ao sacerdócio. Estes encontros

tinham

lugar

no

oratório

da

sua casa; daío

nome

da

Sociedade. Filipe de Néri

não

se

preocu-pou muito

com

elaborar

uma

Regra

ou

dar

uma

organização estável

à suaSociedade.

Os

padres

no

Oratório

não tinham

votos e

podiam

deixar o Oratório

quando

quisessem.

As

casas

eram

independentes, o bispo

do

lugar eraoseu superiorespiritual.

Cinquenta

anos após o primeiro Oratório de

Roma,

Bérulle

(1575-1625) funda

também

um

Oratório

em

Paris,paraareforma

do

clero.

Tem

no

entanto,

uma

organizaçãomaissólida

que

a

do

Orató-rio de S. Filipe de Néri.

Não

professam votos

mas têm

um

superior

geralvitalício, capítulogeralde três

em

trêsanos.

Na

Françaaparecemaindaváriasoutrasfundações

no

séculoXVII,

com

o

mesmo

objectivo de dar

uma

vida

nova

ao clero:

Os

Lazaristas

(1625) os Sulpicianos (1624), os Eudistas (1663) eos Espiritanos (1703).

Os

Lazaristas

ou

Congregação da Missão

fundada

por S.

Vicen-tedePaulo paraasmissões populares

mantêm

afórmula dosclérigos

regulares,

mas

com

votosprivados.

O

Sulpicianos, agrupados por

M.

Olivier,

que

veio asercurade

S.Sulpício

em

Paris, era

uma

sociedade paraa

formação

do

clero.

Os

seus sucessoresocupar-se-ãode quase todosos semináriosdaFrança.

São

padres seculares,

sem

votos

com

uma

espécie de noviciado

-

o

"ano

da solidão "

-

põem

em comum

as suas rendas,

guardando

a

propriedade dosseus bens.

Os

Eudistas fundados por S. João Eudes, são consagrados às

missõespopulares e

ocupam-se

dos seminários.

(9)

padres,

fundada

pelojesuíta

Alexandre

de

Rodes

paraamissãoentre

países

não

cristãos, sobretudo

na

Ásia.

se

comprometem

definiti-vamente na

obra após 3 anos passados

em

terrasde missão.

Os

EspiritariasfundadosporPoullart desPlaces(1679- 1709)

eram

uma

Sociedade para aformaçãoexclusivamente paraclérigosestudantes

pobres.

Após

asuamortedoisdosseuscompanheiros YacintheGarniere

LouisBouiccontinuamasuaobraorganizandooseminárioqueele havia lançado.

A

partirde 1740

deixam

aformação

do

cleropobre dasdioceses

deFrança,poisqueentãojá asdioceses deleseocupavam,parase

dedica-rem

áformação

do

clerocolonial e àevangelizaçãoentre osinfiéis.

No

século

XVII

aparecem

também

as congregações clericais

que juntam

padrese leigos

na

mesma

vocação,

mas

com

predomínio

dos padres: a 2- fase dos Monfortinos, os Passionistas de S. Paulo da

Cruz, os Redentoristas de

Santo

Afonso Maria

de Ligório, etc.

Características

comuns

destasfundações:

-

O

fim destas fundações era a evangelização sobretudo das

massaspopulares,

mas

paraissoimpunha-se

uma

condiçãopreliminar: a formaçãoespiritualdos padres.

E

muitasvezeso fimgeralera esque-cidopara dar prioridadeaofim específico.

Pouco

a

pouco

as Socieda-desde padres transformaram-se

em

cenáculos.

Enquanto

os fundado-resdos Clérigos regulares se

tornam

padres sob a pressão das

circuns-tâncias, nas Sociedades dePadres de vida

comum

deu-se o contrário:

Berulle, Olivier, Eudes, Vicente de Paulo, Poullart des Places foram

destinados muito cedo para o sacerdócio. Isto levou

também

a ver o

apostolado

unicamente

sob o

ponto

devista

do

padre.

- As

sociedades de Padres

não

têm

votospúblicos

que

até aqui

eram

considerados

como

sinal distintivo da vida religiosa: Poullart des Places

não

terávotos.

-

Abandonam

otítulo de

ordem

e

renunciam

a ser

considera-dosreligiosos: são

mudanças

que vão

contratradiçõesseculares.

São

Sociedades de vidaapostólica.

-

Por outrolado

têm

estruturas semelhantes àsdos

mendican-tes e clérigosregulares: regra, superior, assembleia-geral, poder exe-cutivo epoderlegislativo.

-

Obedecem

aosuperior por promessas

ou

juramento,

profes-sam

ocelibato,

guardam

odireitode propriedade

mas

põem

os

rendi-mentos

em

comum.

Quer

dizer:

não

pronunciam

votospúblicos

mas

vivem-nos e

na

prática

pouca

diferença

fazem

dos religiosos.

A

sua originalidade é mais

no

planojurídico

que

prático.

Ao

fime ao

cabo

situam-se

na

linha dos clérigos regulares.

A

vida apostólica é o seu

grandeobjectivo: para issose associam

em

comunidade.

- Todos

osfundadoressãopadres eoseurecrutamento

limita-se ao

meio

sacerdotal: a santificação dos

membros

é

uma

prioridade

em

vista

do

trabalho apostólico.

A

santificação pessoal é decisiva

para a suavocação.

Todos

os fundadores situamas suas aspirações à santidade

como

suporte das actividades apostólicas.

A

santificação

"Todosos fundadores são padreseo seu recrutamento limita-se aomeio sacerdotal" missãoespiritaria

(10)

Poullart desPlacesea reforma doclero "há todo

um

conjuntode pequenas comunidades que vão emergindo nestalinhae

que, semdúvida,

terão servido

deinspiração a Poullartdes

Places"

dos

membros

éconcebida

como

intensificação

da

sua vidaespiritual,

e é condiçãosine

qua

non

para oapostolado.

-

O

grandeobjectivodos seus

membros

é

serem

padres santos

e zelosos. Porissoprivilegiama união dosespíritos edos corações

no

interiordos círculosprivados.

Além

destas iniciativa de porte,

todo

um

conjunto de

pe-quenas

comunidades que vão emergindo

nesta linhae que,

sem

dú-vida, terão servidode inspiração aPoullartdes Places: osemináriodo P. Bellier, (director espiritualdeCláudio, 1683), aspequenas

Comuni-dadesdaProvidência,

do

P. Changièrges(1650) e outras.

De

notar

que

apesarde todas estas iniciativas, a reforma pro-posta peloConcilio de

Trento

levou

tempo

achegar à França.

Cem

anos depois

do

concílio aindaos seus

documentos não estavam

tra-duzidos

em

francês.

2.

PERFIL

DE

POULLART

DES

PLACES

COMO

FORMADOR

DE

UM

CLERO

RENOVADO

Penso

que

no

decurso destaexposiçãojá foi

emergindo

operfil de Poullart des Places

como

formador

do

clero e o seu contributo

paraa sua renovação. Efectivamenteé

no

quadro

detodos estes

mo-vimentos de

renovação

do

clero

que

Poullartdes Placessesitua.

Vou

apenas sublinhar algumas das chaves de leitura mais sugestivas

que

nele

emergem

para a

renovação

do

clero.

A

místicade Poullartdes Places assenta

em

três pilares:a doci-lidadeao Espírito Santo, a vida decomunidade e oserviço dospobres.

E

nestespilares

que temos

de alicerçar anossa identidade dasorigens.

2. 1.

Para

Poullart desPlaces ser

formador

eraantesde

mais

nada

deixar-seformar.

De

factotodaa sua vidafoio percurso de

um

formando.

E

preciso

não

esquecer

que

Cláudio ao

mesmo

tempo

que

era

formador

também

ele se preparava parareceber osacerdócio.

O

seuitinerário espiritual é

um

itineráriode

quem

procura oseu

cami-"A

sua vidafoi nho.

A

sua vida foi a grande escola de

formação

para os primeiros

agrandeescola espiritanos.

Não

nos deixou outras orientações

nem

outro código

deformação para a

formação

dosespiritanos.

Nos

apontamentos

do

seu retiro de

paraosprimeiros 1701 sobre a escolha de

um

estado de vida, ele fala

num

"plano de

espiritanos." vidapara atingiraperfeição"

ou

seja

numa

Regra de Vida,

mas

dessa regra de vida só nos restam 4 páginas

com

os pontos 12 a 15,

que

provavelmente

elaborou durante o primeiro semestre

no

Colégio de

S. Luís.

Os

poucos

escritos

que

nos deixou, à

excepção

dos

Regula-mentos, todos falamdele, dos seus problemas, das suas dificuldades,

das suas aspirações, dos seus sonhos. Ele ensina-nos

que

uma

voca-ção

não

aparecefeita,é precisoaceitarperíodosde reajustamento

do

siminicial, afimde lhedar

um

fundamento

maissólido.

No

percurso da sua

vocação

Poullart des Places ensina-nos

que

se tudo é

dado

(11)

a descobrir

caminhos

não programados que

são para nósocasião de

crescimento,

quando

ao

tempo

das certezas sucede o das dúvidas e

das perguntas, ao

tempo

do

fervor sucede o

do

deserto e por vezes,

mesmo

o da noite.

O

percurso formativo está cheio de etapas, de

conversõesnecessáriaspararenovaras nossas convicções

na

oração,

na

vida de

comunidade,

nos apelos

do

Espírito e da Igrejaao serviço

dos pobrese

do

Evangelho.

2.2.

A

passagem da

devoção aoEspíritoSanto

à

docilidadeao

Espírito Santo. Poullart des Places nasceu

num

meio

marcado

pela

devoção

ao EspíritoSanto.

Os

Jesuítas

que

evangelizaram asua

Bre-tanha

tinham

deixado as

marcas

do

Espírito

Santo

por toda a parte:

pregação, confrarias, novenas, devoções. Depois, nos colégios, as

marcas

do

Espírito

Santo

continuavam

atravésdosseusmestres

espi-rituais, as Assembleias dos

Amigos,

as leituras, as experiências

apos-tólicasetc.

A

sua inserção

no

quadro

dosJesuítasfoi

verdadeiramen-tea

moldura do

seu itinerário espiritual.

Mas

agrande conversão deu-se

quando

ele passou

da

devoção

à docilidade.

O

Espírito

Santo

então deixa de ser

uma

devoção

para

se tornar a sua razãode ser. Foi

uma

conversão difícilde

que

ele nos dá conta nosseusescritos.Foi

quando

descobriuarevelação

do

amor

de

Deus

porele

que

ofezultrapassartodasasbarreiras.

No

seu retiro

de 1701 ele faz

uma

releitura

da

sua vida,

toma

consciência deste

Deus

que

sem

cessaroprocura, o perseguee

que

não

o deixa

em

paz.

Então

todas as barreiras

caem

e ele perde todas as suas defesas.

A

partirdesse

momento

ele

não

tem

outro desejosenãodar-se a Deus,

corresponderaesse amor.Eleentrega-se a ele

com

todosos seus

de-feitos, as suas sombras e as suas luzes.

A

partir daí a docilidade ao

Espírito

Santo

será abússola

que

ovaiguiar.

A

disponibilidade

apos-tólicaseráa

marca

de origem dosEspiritanos.Será

no

horizonte

des-tadisponibilidade

que

ele

conhecerá

ospobres e seporá

do

seulado.

E quando

Grignion de

Monfort

lhe

vem

pedirparacolaborar

com

ele

nas missões populares

no

oeste daFrança, oseu futurojáestava

de-cidido: ajudar os estudantespobres

na

sua

formação

para o

sacerdó-cio. "Parece-me o que

Deus

me

pede e várias pessoas esclarecidas

me

confirmaramneste projecto.

1'

2. 3.

A

passagem

do acolhimento dos pobres

à

vivência

da

pobreza. Poullart des Placesdescobriuos pobres

na companhia do

P.

Bellier

quando

visitava o hospitalde SaintYve,

onde

se refugiavam

os

sem

abrigoe

abandonados

darua. Descobriudepoisos

limpa-cha-minés

e os estudantes pobres, aspirantes ao sacerdócio

que

vaguea-vam

pelasruas de Paris.

Um

segundo

passodeu-o

quando

um

desses aspirantes entrou

na

sua vida e

com

ele

começou

a partilhar a

pensão

e a casa: J.B.

Faulconnier.

Em

1702

começa

aalojaralguns deles

numa

casa à

par-te.Foi apartirdaí

que

começou

adiminuir a distância

que

o

separa-"agrande conversão deu-sequando elepassou da devoçãoà docilidade.

O

EspíritoSanto entãodeixade

ser

uma

devoção

parasetornar a

sua razãodeser."

(12)

PoullartdesPlacese a reforma doclero

"averdadeira conversão deu-se

quandoaprendeu

dos pobresaser

pobre.Entãoa

sua casa deixa deser

um

recolhimento deabandonados parasetornar

um

cenáculoondea pobrezaévivida

como

bem--aventurança doReino."

va dos pobrese apassardebenfeitoracompanheiro, igual aeles.

Mas

averdadeiraconversão deu-se

quando

aprendeu

dos pobresa ser

po-bre.

Então

asuacasa deixade ser

um

recolhimento de

abandonados

parase tornar

um

cenáculo

onde

apobrezaé vivida

como

bem-aven-turança

do

Reino.

Os

pobres

ensinaram

a

pequena

comunidade

a descobrir apobrezadeJesusCristo,apobreza

do

Evangelho. Poullart des Places descobriu a pobreza atravésdos pobres

que

recolheu

mas

também

atravésde sucessivas escolhase porvezesdifíceis pelo

desa-pego radical de si

mesmo,

das suas seguranças e dos seus projectos,

para

não

se enraizar senão

na

fé e

na

confiança

em

Deus, para se

tornar disponívelaoEspíritoSanto.

E

estafoioutra dasgrandes

cha-ves deleiturade Poullart des Places

como

formador.

2. 4.

A

partilhadasresponsabilidades.

Em

1704, Cláudio

atra-vessa

uma

crise profunda. Passados seis

meses

após a

fundação da

comunidade,

elacontajáunsquarenta aspirantes e Cláudioé solici-tado por

um

conjunto de tarefas

que

o ultrapassam: alimentação,

alojamento,formação,os problemas, asuaprópriapreparação para o

sacerdócio. Cai

num

esgotamento

físico e

numa

grande depressão

moral.Foioseu

tempo

dedeserto ede silêncio.

Chega

apôr

em

cau-sa aprópria obra, de tal

maneira

se sentia

esmagado

por ela. Foi en-tãoque,

como

de

costume

fezmais

um

retirode

que

falanas

"Refle-xões

do

passado." Recorre a

um

directorespiritual reconhece

que

o

seugrande

problema

era afaltade distânciaentreele e os seus

discí-pulos.

Terá que

renunciar à paternidade exclusiva

da

sua obra,

par-tilhando as responsabilidades

com

outros. Escolhe colaboradores para o

ajudarem

na

direcção

da

obrae assim, ele poderá ficarmais livre para pacificaroseu interior econtinuaros seus estudos de

pre-paração para o sacerdócio.

A

essegrupo

pertencem Vincent Le

Bar-bier e Louis Bouic.

Assim

nasce o grupo de formadores,

que

será o

núcleo dosMessieurs

du

SaintEsprit,primeira célula

do que

viriaaser

a

Congregação do

EspíritoSanto.

Também

poraípassou asua escola

da

pobreza.

2, 5.

A

prevalência

do

espírito sobre

a

estrutura.

Uma

das

constantes dos clérigos regulares

do

pós tridentino foia vivência

do

sacerdócio aproveitando,

não

tanto a estrutura

como

os valores

da

vidareligiosa.

A

comunidade

dePoullartdes Placescorresponde

per-feitamente a estemodelo.

Efectivamente de Poullart des Places nós

herdamos

mais

um

espírito

que

uma

estrutura.

A

Comunidade

viveu

sem

existência

legal durantetrinta anos,

sem

sesaber

bem

se era seminário, se era

comunidade.

Dava

para os dois.

E quando

em

1734

ela

assumiu

uma

estrutura visível, esta consistia apenas

num

corpo de

directo-resrequeridos pela leicivil, para

que

pudesse terpersonalidade

ju-rídica.

Os

directores

não

faziam

promessa

nem

votos de religião,

(13)

estatutos, deresto

muito

simples...

Como

diz

H.

Koren, ovigor

des-ta

fundação não provinha da

sua organização

mas

do

seu carisma.

O

que

eles

tinham

em

comum

era a

concepção do

sacerdócio. Ser padre para eles significava

uma

disponibilidade evangélica

na

obe-diênciaao Espírito

Santo

para o serviço dos mais pobres e

abando-nados,

acompanhada

de

uma

pobreza voluntária. Para eles viver esta

concepção

do

sacerdócio bastava para lhes fazer viver a vida

religiosa

na

sua radicalidade e os seus

compromissos

apostólicos

não

precisavam de qualquer promessa.

O

que

os

motivava

não

era

o

quadro

legal

mas

a fidelidade aoEspírito Santo.

Não

deixa de ser

curioso

como

eles

encontraram

na renovação do

sacerdócio a sua

vocação

religiosa.

2. 6.

Uma

formação

teológica de qualidade.

O

Concílio de

Trento

tinha criado os seminários para a

formação

dos aspirantes

ao sacerdócio.

E

o

programa que propõe

para essa

formação

era exigente. Poullart des Places insere o

programa académico

dos es-tudantes

na

linha dessa exigência.

Os

estudos incluíam: três anos

de Filosofia,

compreendendo

as ciências novas, a

Matemática

e a

nova

teoria

da

físicade

Newton,

depois cinco anos de estudos

teo-lógicos e finalmente, se necessário

um

mestrado: dois anos de

Di-reito

Canónico

ou

de

Sagrada

Escritura.

A

pastoraldos mais pobres

e

abandonados merecia

todo o

esmero

desta preparação de nível

universitário.

Nem

hojeos

programas

de

formação

dos seminaristas

sãomais exigentes.

2. 7.

A

comunidade

como

cenáculo. Poullart des Places quer "Poullartdes

que

reine

em

sua casa

uma

atmosferade cenáculo

como

eraapanágio Placesquerque

dos padres regulares.

Os

Regulamentos

desdobram-se

em

pormenores

reine

em

sua casa e sugestõesparafazerem da

comunidade

uma

escolade fraternidadee

uma

atmosfera de

comunhão

onde

reinasse

um

só coração e

uma

só alma, à

imagem

da cenáculo

como

Igreja dosActosdos Apóstolos.

Não

é poracaso

que

a divisa

"Um

só eraapanágio dos

coração e

uma

sóalma"se tornou acredencial dosEspiritanos. padresregulares.

Comunidade

de fraternidade

mas

também

comunidade

de

Não

épor acaso

oração.

A

consagração ao Espírito

Santo que

caracterizava a

comu-

quea divisa nidade era recordada ao longo

do

dia pelainvocação desse Espírito

"Um

só coração

antesde qualqueractividadeescolar.

A

docilidade aesse Espíritoera e

uma

só alma"

a sua

marca

deorigem. setornoua

Comunidade

que

amava

ternamente

Maria, concebida

sem

credencialdos

pecado, sob cuja protecção todos os

membros

são consagrados ao Espiritanos.

Espírito Santo.

Comunidade

de vivência eucarística e litúrgica

esmerada

que

ritmavatodosos dias da vidados estudantes.

Comunidade

Apostólica. Desta

comunidade

nasceu ageração de ouro dos Espiritanos,

que

foi

sem

dúvida a dos missionários da

América do

Norte,

no tempo

das lutasentre aFrança e a Inglaterra pelaposse dessascolónias.

(14)

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