Prof. Doutor Jacob Massuanganhe, PhD
Politicas Públicas, Governação e Desenvolvimento Local Director de Programas, CPPPGL- FDUAN
Jacob.massuanganhe@gmail.com
https://sites.google.com/site/jacobmassuanganhe
UNIVERDIADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE DIREITO
Objectivos Pedagógicos
•
Introduzir os fundamentos de Economia
•
Analisar os sistemas e ciclos económicos no quadro
da liderança do desenvolvimento (Gestão)
•
Analisar os instrumentos de Crescimento e do
Desenvolvimento
•
Discutir a Governação Económica em presença de
expectativas humanas (motivacionais e
CRISE ECONOMICA MUNDIAL
Jacob Massuanganhe
Fundamentos de
A ECONOMIA
Paradoxo
Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata, e o
diamante supérfluo, tem preço tão elevado ?
Água
Grande Utilidade Total
Baixa Utilidade Marginal
(
encontrada em abundância
)
“Ciência da administração dos recursos raros. A economia é o
estudo da forma como as sociedades utilizam recursos
escassos para produzir bens com valor e como os distribuem
entre pessoas diferentes. Barre,
R. (1969)
“Ciência que estuda o comportamento humano em função da
relação entre os fins e os meios escassos com usos
alternativos
.”
Robbins, L. (1947)
“Estudo do emprego dos
recursos produtivos raros, que são
susceptíveis de emprego alternativo, para produzir diversos
bens e distribui-
los para consumo aos indivíduos e grupos.”
Samuelson, P. (1972)
Economia
Definição
Economia é o estudo de como os homens e a
sociedade decidem sobre a
aplicação dos
recursos escassos
,
com uso alternativo, para
produzir diversos bens e serviços
ao longo do
Escassez e eficiência
Utilização eficiente de recursos escassos
Escassez
Numa situação de escassez os bens são limitados
relativamente aos desejos.
Deste modo é importante que uma economia faça o melhor
uso dos seus recursos limitados, ou seja que os utilize de
forma eficiente.
Eficiência
Eficiência corresponde à utilização mais efectiva de recursos
de uma sociedade na satisfação das necessidades da
população.
DISCUTA QUE RECURSOS ESCASSOS
Factores de produção (
inputs
)
Terra, trabalho e capital
A terra – ou mais genericamente os recursos naturais – representa
a dádiva da natureza para os processos produtivos: terra para agricultura, habitação, fábricas e estradas; recursos energéticos utilizados nos transportes e aquecimento; recursos não energéticos como o cobre, o ferro e a areia. Actualmente o conceito de recursos naturais inclui os recursos ambientais tais como o ar puro e a água potável.
O trabalho consiste no tempo dispendido pelos indivíduos nos
processos de produção. É o factor de produção mais comum e mais crucial numa economia avançada.
O capital é formado pelos bens duráveis de uma economia que se
Fronteira de possibilidades de produção
Alcançável
Não alcançável
Fitas (milhões por mês)
0 1 2 3 4 5
5 10 15
z
a
b
d
c
Os três problemas da organização económica
O quê, como, para quem
1. Quais os bens a produzir ?
Uma economia tem de determinar quanto deve produzir de cada um dos inúmeros bens e serviços possíveis e quando deverão ser produzidos. Devemos produzir manteiga ou espingardas ?
2. Como são os bens produzidos ?
Uma economia tem de determinar como deve produzir cada um dos bens e serviços, ou seja quem produz, com que recursos e com que tecnologia. Quem cultiva a terra e quem ensina ?
3. Para quem são os bens produzidos ?
Fluxos Economicos Simplificado
Oferta de bens e serviços Oferta de serviços dos fatores de produçãoFamílias
Mercado de bens e serviços
Empresas
Mercado de factores de produção Oferta de bens e serviços Oferta de serviços dos factores de produção Como produzir
Para quem produzir O quê e quanto produzir
Fluxo real
ISEL ECONOMIA – Os Fundamentos da Economia
Economia
Temas estudados
Comportamento dos mercados financeiros (taxas de juro,
cotações de acções, etc.)
Razões da pobreza e riqueza de indivíduos e nações, sugerindo
formas para o aumento do rendimento dos mais desfavorecidos
Ciclos económicos - altos e baixos do desemprego e da inflação
- assim como políticas para os moderar
Comércio e finanças internacionais, bem como o impacto da
globalização
Medidas para melhorar o uso eficiente de recursos (humanos,
naturais, tecnológicos)
Políticas governamentais para atingir objectivos nacionais
importantes:
crescimento
económico,
pleno
emprego,
COMO SE PODE ARRUMAR
ECONOMIA POSITIVA
Descreve e explica o comportamento da economia
ECONOMIA NORMATIVA
Envolve recomendações de mudanças de política
económica afim de ser atingida uma situação óptima ou
desejável
MICROECONOMIA
Nível de análise em que se observa o comportamento dos
agentes económicos mais pequenos; preocupação
fundamental com o
funcionamento dos mercados
MACROECONOMIA
Nível de análise em que se observa a economia como uma
todo, bem como os grandes agregados dessa economia; preocupa-se em conhecer o perfil da estrutura de uma dada
Microeconomia e Macroeconomia
Adam Smith (1776) e John Keynes (1936)
Microeconomia
A microeconomia é o ramo da economia que estuda o
comportamento de entidades individuais como os
mercados, as empresas e as famílias.
Adam Smith é considerado o fundador da microeconomia
tendo escrito a obra de referência
A Riqueza das Nações
(1776).
Macroeconomia
A macroeconomia estuda o desempenho global da
economia como o crescimento económico, a inflação, o
desemprego, o investimento e o consumo global.
OS POSTULADOS
Representa o sacrifício do agente económico quando faz uma escolha em detrimento de outra.
1. O POSTULADO DO CUSTO DE OPORTUNIDADE
Tem por finalidade exprimir que os custos ou benefícios associados a alguns bens são alheios aos agentes que decidem a quantidade do bem a produzir ou a consumir. 3. O POSTULADO DA EXTERNALIDADE
Caracteriza uma situação em que a utilidade decresce à medida que se acrescentam unidades adicionais de uma dada variável.
19
A L
EI
DOS
RENDIMENTOS
DECRESCENTES
A função de produção simplificada obedece a 3 níveis: (i) Rendimentos crescentes, (ii) Rendimentos
Um sistema econômico pode ser definido como a
reunião dos diversos elementos participantes da
produção de bens e serviços que satisfazem as
necessidades da sociedade, organizados não apenas
do ponto de vista econômico, mas também social,
jurídico, institucional.
Sistema Econômico
Um sistema econômico pode ser definido como sendo a
forma política, social e econômica pela qual está
CHICAGO (LIBERAL)
Adam Smith e Nilton Friedman
Início – 1776 – Publicação do
livro “The Wealth of Nations” (A
Riqueza das Nações) por Adam Smith (mão-Invisivel)
1776 – Ano notável – Liberdade
política da tirania da monarquia e emancipação na formação dos preços
CAMBRIDGE (INTERVENÇÃO) John Maynard Keynes
1867 – Publicação de “Das
Kapital” (O Capital) por Karl
Marx;
1936 – Publicação de “The
General Theory of Employment,
Interest and Money” por John
Maynard Keynes;
Sistema Econômico
ECONOMIA DUAL
Sistema Econômico
–
Sistema de economia centralizada
: a forma de resolver os
problemas económicos fundamentais é decidida por uma
agência ou Órgão Central de Planeamento. A propriedade
dos recursos (meios de produção), são do Estado.
–
Sistema de Mercado
: milhares de produtores e milhões de
consumidores, resolvem questões económicas
fundamentais, sem a necessidade de intervenção do Estado
na actividade económica (
Triunfo: Lei de Procura e Oferta
)
–
Sistema de mercado misto
: actua buscando eliminar
distorções alocativas e distributivas, promovendo a melhoria
do padrão de vida da colectividade, através de: actuação
sobre a formação de preços, complemento da iniciativa
Os Fluxos do Sistema Econômico
EMPRESAS
ESTADO
FAMÍLIAS BENS E SERVIÇOS
FLUXO MONETÁRIO
Analise de Eficiência Económica
A
eficácia
tem relação com os meios e instrumentos
aplicados pelos agentes no exercício de seus interesses ou
objectivos; o sentido aqui é tipicamente instrumental (O
QUÊ).
A
eficiênci
a não se confunde com eficácia nem com
efectividade. A eficiência transmite sentido relacionado ao
modo pelo qual se processa o desempenho da actividade
administrativa (COMO); a ideia diz respeito, portanto, à
conduta dos agentes.
A
efectividade
é voltada para médio e longo prazo,
traduzido pelo impacto e efeitos obtidos; sobreleva nesse
O Debate (1)
Liberais:
O mercado livre cria eficiência
Relação de procura e oferta (eq)
Mão-invisível
Promove investimento
(propriedade) Investimento de longo prazo
Conversão de activos em capital Segurança
Falhas do Mercado
keynesianos:
As falhas do mercado vs imperfeição
Divergência equilíbrio (
camadas baixas)
Custos sociais > benefícios sociais
Mercado exige instituições fortes
Reconhecem as falhas do Governo
Políticas mistas
Conjugação de políticas
Jacob Massuanganhe
A Microeconomia
É o ramo da Teoria Econômica que estuda o
funcionamento do mercado de um
determinado produto ou
grupo de produtos
, ou seja, o comportamento dos
compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de
tais bens.
Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o
mercado no qual interagem. Preocupa-se com a
determinação dos preços e quantidades em mercados
específicos.
Estuda os agregados particulares
–
estuda a organização, a
gestão, o comportamento das
famílias
, das
empresas
e os
mercados
nos quais operam.
Estuda os agregados particulares
–
a organização, a gestão, o
comportamento das
famílias
, das
empresas
e os
mercados
nos quais operam.
•
Entender as estratégias empresariais desenvolvidas nas
diversas estruturas intermédias de mercado: os casos de
oligopólios e de concorrência monopolística;
•
Discernir os pormenores do funcionamento do modelo do
caso extremo de concorrência perfeita;
•
Compreender o equilíbrio geral, a eficiência económica e
funcionamento dos mercados.
•
Gestão Estratégica das unidades economicas e sociais
(Estruturas operacionais, Analise dos factores Produtivos,
Gestão de Processos, Gestão de Competencias, Liderança
Organizacional, etc)
Mercado:
Confluência da Procura e da Oferta
O mercado no sistema económico, é
Mercados Competitivos
versus
Mercados
Não-competitivos
• Mercados Competitivos
– devido ao grande número de compradores e vendedores, nenhum comprador ou vendedor pode, individualmente, influenciar o preço de um produto.
– ex.: Maioria dos mercados agrícolas
• Mercados Não-competitivos
– mercados onde os produtores podem, individualmente, influenciar o preço.
– ex.: OPEP
• Preço de Mercado
– mercados competitivos estabelecem um único preço
Classificação dos Mercados
-
Concorrência Perfeita
–
é um mercado em que existe um
grande número de empresas oferecendo um ou muitos
bens e serviços.
-
Monopólio Puro
–
é um mercado em que existe apenas
uma empresa oferecendo um bem, para qual não existe
substitutos satisfatórios.
- Oligopólio
–
é um mercado em que existe um número de
empresas pequeno o suficiente para que as acções de
uma afectem as outras.Essas empresas produzem bens
diferenciados, mas substituíveis entre si.
- Concorrência monopolística
–
é um mercado em que há
um número razoável de empresas produzindo um mesmo
bem, que aos olhos do consumidor são diferenciados.
Jacob Massuanganhe
A Macroeconomia
Preço do petróleo no mercado mundial entre 2001 e 2002
Variáveis que afetam a Demanda
q
di
=
f( p
i
, p
s
, p
c
, R, G)
q
di
= quantidade procurada (demandada) do bem i
p
i=
preço do bem i
p
s= preço dos bens substitutos ou concorrentes
p
c= preço dos bens complementares
R = renda do consumidor
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor
I = Efeito induzido (moda)
Função da Demanda
Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis,
deve-se recorrer à hipótese
ceteris paribus
Ceteris Paribus
Expressão latina traduzida como
“
outras variaveis
mantém-se constante
”
. É utilizada para lembrar que todas as
variáveis, que não aquela que está sendo estudada,
são mantidas constantes; portanto, verifica o efeito de
variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras
variáveis.
Analisar um mercado
isoladamente
Supor todos os demais
mercados constantes
Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço
q
oi
=
f( p
i
, p
fp
, p
n
, T, M)
q
oi
= quantidade ofertada do bem i
p
i
= preço do bem i
P
fp
= preço dos factores e insumos de produção m (matéria-
prima, mão-de-obra, etc.)
p
n
= preço de outros n bens, substitutos na produção
T
= tecnologia
M
=
objectivos e metas
ANÁLISE DA OFERTA NO MERCADO
A oferta refere-se à quantidade total de bens e serviços
que as empresas estão dispostas a produzir e vender num
dado período. A Linha OO depende do nível de preços, da
capacidade produtiva e do nível dos custos dos factores.
A procura refere-se ao montante total que os diferentes
sectores da economia estão dispostos a gastar num dado
período. A PP resulta da soma da despesa dos
consumidores, empresas e administração pública e depende
do nível de preços, da política monetária, da política
orçamental bem como de outros factores.
Demanda dos Consumidores:
O gráfico ao lado representa o
comportamento da demanda em relação
a um produto . Quando o preço está em
um nível elevado, a demanda pelo produto
é menor, ou seja, uma boa parte dos
consumidores não está disposta a adquirir o
produto a este nível de preço (ao preço de
10Kz teremos somente 8.000 kg vendidos.
Se o preço está em um nível mais baixo, a
Oferta do Produtores:
No Caso da oferta, com o nível de preço
elevado, os produtores tendem a ofertar uma
quantidade maior do produto. Se o preço
estiver em 10,00 Kz, a quantidade colocada
no mercado será de 15.000 unidades.
Mas, se o nível de preço cair para 4,00Kz,
muitos produtores deixarão de ofertar a
mercadoria, e a este preço teremos uma
oferta de 8.000 unidades, ocasionando uma
queda na quantidade ofertada.
Isto pode ocorrer por vários motivos. Se o preço estiver
muito baixo, alguns produtores terão o seu custo de produção acima deste preço e se torna inviável continuar produzindo; outros preferirão produzir outra
mercadoria que esteja com preço de venda mais atractivo, etc
Equilíbrio do Mercado
Nesta situação há uma "harmonia" entre
oferta e demanda. Teoricamente, neste
ponto, o nível de preço não está nem muito
alto nem muito baixo, satisfazendo tanto a
consumidores quanto a produtores.
Citando o exemplo da carne bovina, se o
quilo estiver em 10,00 Kz o quilo, será um
bom negócio para o produtor, mas muito
mau para o consumidor, o preço é
considerado muito alto. Inversamente, se o
preço cair para 3,00 Kz o quilo, é óptimo
para o consumidor mas mau para o
O Equilíbrio de Mercado
Demanda
Lei da Oferta e da Demanda
(Mercado é autoregulador : Mão-invisivel)
Quandro o preço do bem esta acima do preço do equilibrio
gera o Excesso de Oferta (Crise de Liquidez),
o que leva a queda dos preços
Quando o preço do bem esta abaixo do preço do mercado,
gera-se no mercado a excassez, o que leva
Efeitos do Equilíbrio do Mercado
Quando há excesso de oferta, a tendência é
ocorrer uma queda no preço do produto. É
a
lei da oferta e procura
. Muito produto
para pouco comprador ocasiona uma
concorrência, por parte dos produtores, em
busca dos consumidores.
Com isso, alguns produtores passarão a
ofertar o produto a um preço menor, isso
fará com que mais consumidores estejam
dispostos a adquirir a mercadoria àquele
preço, e esse processo continua até atingir
um preço de equilíbrio.
Conforme o preço da mercadoria vai caindo
Exemplo pratico
Dez relógios de pulso são vendidos quando o seu preçoé
80Kz; e 20 relógios de pulso são vendidos quando seu preçoé
60 Kz. Qual é a equação de demanda?
Y= a+bx => Y= 100 - 2x
Quando o preço for de 25,00Kz nenhum relogio está
disponível no mercado; quando o preco aumenta para
30,00Kz , são ofertadas 20 unidades no mercado. Qualé a
equação de oferta?
Y= a+bx => Y= 25 + 1/4x
Qual o preço e quantidade de equilibrio?
Observe a figura anterior
a) Com base no gráfico referente ao preço do petróleo
no mercado mundial, defina a equação da oferta,
sabendo que a 20/6 foram procuradas 5000 baris, a
05/11 a demanda subiu para 30 mil baris.
b) Se a estrutura da demanda for dada por Y= 10-2X,
qual vai ser o preço e quantidade de equilíbrio
c) Qual vai ser o efeito de politica se o preço aumentar
em 3%. Que implicações para a sociedade.
III. GOVERNAÇÃO ECONOMICA E
GESTÃO DO DESENVOLVIMENTO
Os Chefes de Estado e Governos dos estados membros da UA
participantes (incluindo Moçambique) crêem que a
promoção da eficiência do mercado, controlo de gastos,
consolidação da democracia e encorajamento de fluxos
financeiros privados
são aspectos críticos da luta para a
redução da pobreza e para realçar o desenvolvimento
sustentável no continente
.
Na Declaração sobre Democracia, Governação Política e
Económica, os países africanos reconhecem que
boa
governação económica e gestão financeira transparente
são
pré-requisitos essenciais para a promoção do
crescimento
BEM-ESTAR SOCIAL
GOVERNAÇÃO ECONOMICA
A instauração da democracia reflectindo sobre a
economia do país
As reformas políticas (democracia) e económicas (mercado) que evolução
/comportamento da economia provocaram
As reformas políticas (democracia) e económicas (mercado) indicam o
caminho da
Os ministros das Finanças da União Europeia, reunidos no Luxemburgo, aprovaram hoje
formalmente o pacote legislativo para o reforço da governação económica.
Além de prever sanções mais duras para os
países “prevaricadores”, o pacote da governação
económica estabelece uma supervisão mais rigorosa das políticas económica e orçamental por parte da UE, com a introdução de um novo conjunto de indicadores para identificar e
corrigir os desequilíbrios macroeconómicos nos Estados-Membros, antes que se transformem em situações insustentáveis.
A nova legislação reforça também o
Componentes do crescimento econômico
Consumo das Famílias
–
ao se apropriarem de suas rendas, as famílias
destinam uma parte ao consumo de bens e serviços.
Investimentos
–
é uma das mais importantes variáveis para o
crescimento de um país. Ao investirem eleva
–
se o nível de emprego,
produto e renda (Ambiente do Investimento).
Gasto Público
–
as atividades operacionais do governo e
investimentos em Infraestrutura, geram emprego e renda (controlo da
Politica Orçamental e da Politica Economica).
Exportação Líquida
–
são as exportações menos as importações de
Crescimento Econômico
Equação que representa os condicionantes do
crescimento econômico:
PIB = CONSUMO DAS FAMÍLIAS + GASTOS DO
GOVERNO + INVESTIMENTO + EXPORTAÇÃO
Jacob Massuanganhe
A Macroeconomia
e Gestão do
Desenvolvimento
Agregados
Política do Consumo:
O consumo é a actividade que consiste em usufruir de (bens) e serviços pelos indivíduos ou pelas empresas (Privado), ou ainda pelo governo
(Público). Constitui-se na fase final do processo produtivo, precedido pelas etapas da produção, distribuição e comercialização.
Bem de consumo é um bem que destina-se a satisfazer as
necessidades de consumo de um indivíduo. Ex: alimentos, roupas, cadeiras, televisão.
• Bem substituto ou sucedâneo é um bem que possa ser consumido em substituição a outro. Por exemplo, margarina e manteiga são em geral consideradas bens substitutos, uma vez que exercem basicamente a mesma função. um aumento de preços de um bem leva a uma maior demanda por seus bens substitutos; na escolha entre dois bens
substitutos, o consumidor prefere consumir o mais barato.
Política da População e o Consumo:
Função de regressão: C = Ca + Cy
A Função de consumo é dada pela proporção autonoma e a proporção que depende do rendimento. As Implicações do aumento da população são incertas.
O Aumento da População implica o incremento da demanda agregada (Procura), pelo que o efeito é que numa situação em que há aumento da demanda, há que contrabalecear com o aumento da estrutura produtiva – Lei de Malthus (Estado de disimação)
De contrario, o aumento da população, cria efeito negativo na estrutura dos preços dos produtos, com implicações na oferta e no desemprego. O Aumento da população tem impliocações no aumento do Gasto Público (Necessidade de mais escolas, mais assistencia social, mais hospitais, etc), o que leva ao agravamento da estrutura de Gastos no Sector social do Estado.
O QUE JUSTIFICA QUE OS INDIVIDUOS
Teoria Populacional
-Teoria Malthusiana:
- Produção de alimentos em ritmo de Prog Aritmetica; - Aumento da população em ritmo de Prog Geometrica; - Solução prevista por Malthus: “sujeição moral”;
- Só via na abstinência sexual a solução;
- Cada família só poderia ter o número de filhos de acordo com a capacidade de produção de sua propriedade
.
Consumo e Poupança:
Chamamos de consumo o acto da sociedade de adquirir aquilo que é necessário a sua subsistência e também aquilo que não é
Consumo e consumismo
Implicações do Consumo
Y =
↑
C
+ I
↓ (Não há poupança)
Jacob Massuanganhe
O Investimento e
Desenvolvimento
Agregados
Custo, Gasto e Investimento,
INVESTIMENTO
Investimento é uma aplicação de fundos escassos que
geram benefícios (retornos), durante um certo período de tempo, de forma a satisfação (Públicos – Maximização da utilidade e Privados – maximizar os proveitos.
Custos: São encargos decorrentes da aplicação dos
recursos com o objectivo de produzir um bem ou serviços. são gastos que não se identificam com o processo de
transformação ou produção dos bens e produtos.
Gastos: são sacrifícios financeiros com os quais uma organização, uma pessoa ou um governo, têm que arcar a fim de atingir objectivos específicos (obtenção de
Investimento e Poupança
Quando a poupança é
aplicada
em activos rentabilizáveis,
significa que se realizou um investimento para a aquisição de
bens de produção. Isto significa que no futuro esta poupança
poderá oferecer benefícios (depósito multiplicado pela taxa de
juro do deposito).
Quando a poupança é
entesourada
significa que é guardada
dentro de um cofre em casa, mas assim a poupança não vai
originar rendimentos. E em períodos de inflação, o valor da
poupança sofre a desvalorização da moeda e corresponderá a
um menor consumo futuro.
I=Ia
–
Ii > I=Poupança + Empréstimo (juro)
Investimento e Taxa de Juro
A taxa de juro vai ser o preço do dinheiro no mercado
financeiro (A taxa de juro é definida pelo mercado).
A taxa de juros incidirá somente sobre o capital inicialmente
aplicado. Cobre o risco envolvido na operação - A perda do
poder de compra do K motivada pela inflação
Investimento e Juro
Juro é a medida de recompensa do capital emprestado
/aplicado como forma de compensar o proprietário do capital
pela privação do consumo por um período de tempo (Capital
–K; Taxa de Juro T (tx) e Periodo (N).
J= K * Tx * N
Mercado Financeiro
Mercado Cambial À vista e Curto Prazo Transformação da moeda estrangeira emmoeda nacional e vice-versa Mercado Monetário À vista, Curto e Curtíssimo prazo Controle da Liquidez bancária
Mercado de Crédito
Prazos Curto, Médio e Aleatórios Financiamentos, Capital Fixo e Consumo
Mercado de Capitais
Prazos Curto, Médio, Longo e
Indeterminado
Capitalização e Desconto
INVESTIMENTO
VP
Nesses casos a taxa de juro é tida como factor de capitalização ou de desconto, pelo que poderá ser simples ou composto (inflação, desvalorização e risco do capital))
VF
VF = K (1+i)
nVP = VF (1 + i)
-nQuanto vale 1000 Kn passados 5 anos a uma taxa de 5%? = 1276,2 (CAPITALIZAÇÃO - EMPRESTIMO)
Quanto vale 5000 Kn hoje, descontados 5 anos a uma taxa de 5% = 3917,63 (DESCONTO –
ANTECIPAÇÃO)
0 3 4
X3 X4
1 2
X2 X1
Taxa Nominal e Real
A taxa de juros nominal é remuneração pelo empréstimo de dinheiro
do modo como foi explicado até este ponto. A taxa de juros real leva
em consideração mais um factor:
inflação
. Ou seja, é a taxa nominal
"menos" inflação. A taxa de juros real reflecte a alteração no poder
de compra do dinheiro conforme o tempo passa e é calculada
conforme a
equação de Fisher
:
onde
ir: Taxa de juros real in: Taxa de juros nominal π: Taxa de inflação
Exemplo numérico Uma pessoa toma um empréstimo com
taxa de juros nominal de 10% (
i
n= 0,1). No período, a
inflação é de 5% (π = 0,05). A taxa de juros real nesse caso é
Ambiente de Negócios
A última década foi marcada por mudanças significativas no volume e composição dos fluxos financeiros dirigidos a África. Entre 2000 e 2010, o total de investimento directo estrangeiro (IDE), investimento de carteira e Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) praticamente quintuplicou, passando de 27 mil milhões de USD para os estimados 126 mil milhões de USD (OCDE/CAD, 2010).
Porém é a alteração da composição destes fluxos que melhor representa o novo
dinamismo económico africano: Desde 2005, o Continente Africano atraiu mais fluxos de IDE do que de APD. Por outro lado, a parte africana nos fluxos globais de IDE cresceu na última década, de 0,7%, em 2000, para 4,5% em 2010. Este dados são um impressionante testemunho da mudança do papel de África no mundo e da sua crescente capacidade para tirar partido das oportunidades da globalização. Alguns desafios, no entanto, ainda
persistem.
O Investimento Directo Estrangeiro em África continua a concentrar-se nalguns países e
sectores, com 15 exportadores de petróleo a receber 75% dos fluxos de IDE, o que aponta para a necessidade de uma maior diversificação. Muitos governos estão a enfrentar este desafio e têm demonstrado o seu empenhamento na melhoria dos quadros institucionais.
As perspectivas para os fluxos de IDE para África em 2011 são genericamente boas, tendo em consideração a forte recuperação económica em muitas partes do mundo e o aumento dos preços dos recursos. A actual incerteza no Norte de África torna mais difícil fazer previsões, pois a região tem sido, nos últimos 5 anos, o principal destino do IDE em África.
Jacob Massuanganhe
GASTO PÚBLICO
Agregados
71
•
O Crescimento da Participação do Sector Público na
Actividade Económica (Receitas e Despesas)
•
As Funções Económicas do Sector Público
•
Estrutura Tributária
•
Déficit Público e Formas de Financiamento
Política Fiscal e déficit Público
O Gasto Publico é um dos principais instrumentos de politica
que o Governo tem para induzir o crescimento e
Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento
Superávit
Arrecadação > Gastos Públicos
Déficit
Arrecadação < Gastos Públicos
Déficit Nominal (Não Financeiro): Essa medida indica o fluxo líquido
obtidos ao longo de um ano pelo sector público.
Déficit Primário ou Fiscal: É medido excluindo a correção monetária e
os juros reais da dívida contraída anteriormente (É considerado o
melhor método de avaliação da política fiscal, um a vez que elimina do déficit presente os efeitos dos déficits anteriores.
Déficit Operacional: É medido pelo déficit primário acrescido dos juros
reais da dívida passada. É a medida mais adequada para refletir as necessidades reais de financiamento do setor público).
73
Por que países que têm um déficit público, em relação ao PIB, mais
Elevado como os Estados Unidos, Itália, Espanha, Co-
réia, têm taxas de inflação quase nulas ?
A resposta não está no montante ou valor do déficit, mas em seu horizonte de financiamento
Países de moeda forte, as dívidas são distribuídas de forma uniforme ao longo de 20 ou 30 anos (investidores internacionais compram tí-
tulos de longo prazo), pois, preferem investir em países que ofereçam menores riscos para suas aplicações..
Implicações do Deficit Publico
R D E
Equilíbrio Orçamental: R=D 1º
Limite da Divida
3º
2º
R D J1 E2
E2
E1 E3
R D J1 E2
E2
E1 E3
Gestão das Politicas:
PIB(Receita) = PIB(Despesa)
T – Sa = Ca+Ia+G+Xla
Equilíbrio: T = G E qualquer ↑ G implica, ou aumento do LD ou Aumento dos Imposto:
Implicações Politicas (eleitorado).
Implicações
Jacob Massuanganhe
COMERCIO
INTERNACIONAL
Agregados
Políticas Externas
Política que actua sobre as variáveis relacionadas ao
sector externo da economia: Politica Cambial e Comercial
•
Política Cambial
Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.) - é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra
moeda. A taxa de câmbio pode ser definida em termos directos (ao incerto) ou em termos indirectos (ao certo).
• A taxa de câmbio está definida em termos directos quando exprime o preço de uma unidade monetária estrangeira em unidades monetárias de moeda nacional
(exemplo: a taxa de câmbio USD/KWZ)
• A taxa de câmbio está definida de forma indirecta quando exprime o preço de uma unidade monetária de moeda nacional em unidades monetárias de moeda
estrangeira (exemplo: taxa de câmbio EUR/USD: Exprime o preço de 1 unidade monetária nacional, o Kza, em unidades monetárias de moeda estrangeira, o dólar).
Políticas Externas
•
Política Comercial
77
Uma política comercial (também conhecida por política de comércio ou política de comércio internacional) é uma política governamental que rege o comércio com países terceiros. Trata-se das tarifas,
subsídios ao comércio, quotas de importação, restrições voluntárias à exportação, restrições à criação de empresas de capital estrangeiro, regulamentação do comércio de serviços e outras barreiras ao
comércio internacional.
Estas são por vezes restritas a uma união aduaneira. No caso da
União Europeia, a política comercial foi tratada em comum desde a sua fundação em 1957. Uma política comercial comum é também um objectivo do Mercosul.
• Protecionismo
Políticas Externas
78
Proteccionismo é a teoria que propõe um conjunto de medidas
económicas que favorecem as actividades internas em detrimento da
concorrência estrangeira. O oposto desta doutrina é o livre-comércio.
Vantagens
Protecção da industria e agricultura do país. Garantia dos empregos internos.
Incentivo ao desenvolvimento de novas tecnologias ao país. O abrir das fronteiras para o comércio
Aumentar a lucratividade e abrir fronteiras Incentivar o desenvolvimento do comércio
Desvantagens
Aumento de preços internos.
Falta de incentivo na indústria interna na busca de melhorias. Atraso tecnológico ao país frente a inovações externas.
Políticas Externas
79
Efeito da Desvalorização na Balança Comercial?
Uma união aduaneira é uma área de livre comércio com uma tarifa externa comum, (Tarifa externa comum - TEC é uma taxa comercial padronizada para um grupo de países,) ademais de outras medidas que conformem uma política comercial externa comum.
Entre um grupo de países ou territórios que instituem uma união aduaneira, há a livre circulação de bens (área de livre comércio) e uma tarifa aduaneira comum a todos os membros, válida para
importações provenientes de fora da área.
80
Políticas Externas
Política Comercial
Alterações das Tarifas sobre
Importações
Substituição das Importações
(Proteccionistas)
Abertura Comercial ou
liberalização das Importações
(Liberalista)
Regulamentação do
Comércio Exterior
Barreiras qualitativas
(Entraves Burocráticos)
(Barreias não Tarifárias)
81
Balança de Pagamentos
Registro contábil de todas as transações de um país com
o resto do mundo. Envolve tanto transações com bens e
serviços como transações com capitais físicos e financeiros.
•
O comércio de mercadorias (exportações,
importações);
•
Os serviços (pagamentos de juros, remessas de
lucros, turismo, pagamentos de fretes etc.);
•
O movimento de capitais (investimento directo
estrangeiros, empréstimos e financiamentos,
capitais especulativos)
Regista:
82
Balança de Pagamentos
(Entradas e Saidas)
• A. Balança Comercial
– Exportações
– Importações
• B. Balança de Serviços
– serviços internacionais, fretes, seguros, lucros, juros e dividendos, serviços governamentais e diversos
• C. Transferencias
• D. Saldo em Conta Corrente (A+B+C)
• E. Movimento de Capitais
– Investimentos, re-investimentos, empréstimos, financiamentos, amortizações, outros
• F. Erros e Omissões
• G. Saldo do Balança de Pagamentos (D+E+F)