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ECONOMIA CIRCULAR E PRODUTOS SUSTENTÁVEIS

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Academic year: 2021

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ECONOMIA CIRCULAR E PRODUTOS SUSTENTÁVEIS

Teresa Cortes

teresa_cortes@outlook.pt

963070201

Gestão da Sustentabilidade

(2)

DESIGN SUSTENTÁVEL

b. Ciclo de vida dos produtos e serviços

(3)

FASES DO CICLO DE VIDA

1 Extração de matéria prima 2 Produção e Fabrico 3 Distribuição 4

Uso 5 Fim de vida

Um primeiro e simples exercício passa por mapear ao longo do ciclo de vida

de um produto, os diferentes inputs e outputs que ocorrem em cada fase.

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Trata-se de uma metodologia para compreender todos os impactos associados a um sistema produtivo.

Serve para avaliar o impacto de um produto ou serviço ao longo de todo o seu tempo de vida e não só de uma fase em particular.

ANÁLISE DO CICLO DE VIDA

A norma ISO 14040 define os princípios e enquadramento e a ISO 14044 os requisitos e linhas de orientação

para as melhores práticas de ACV.

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Em cada fase o produto interage com o ambiente:

Usa recursos (inputs ) Gera resíduos (outputs)

A Análise do Ciclo de Vida aborda os efeitos que estes aspetos têm no ambiente numa variedade de categorias como aquecimento global, uso de água, geração de resíduos sólidos, toxicidade, etc

A metodologia de análise de ciclo de vida percorre todo o processo:

• levantamento dos efeitos associados à extração dos recursos

• operações industriais de produção, distribuição, uso

• disposição final dos resíduos.

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•DEFINIÇÃO DO ÂMBITO E DOS OBJETIVOS : Consiste em definir e descrever o produto, processo ou atividade, além de estabelecer o contexto da análise e definir as fronteiras e a(s) variável(is) de estudo da análise do ciclo de vida (Boundary Conditions & Functional Units). Variáveis comumente estudas são emissão de poluentes como CO

2

, além do consumo de energia e consumo de água;

•ANÁLISE DE INVENTÁRIO : consiste na recolha de dados para quantificar as entradas e saídas de um sistema. Um inventário completo quantifica as matérias-primas, o consumo de energia e as emissões associadas às diferentes etapas do ciclo de vida de um produto.

•AVALIAÇÃO DE IMPACTO : Avaliar os potenciais impactos ambientais associados às entradas e emissões identificadas na análise de inventário;

•INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS : Análise de resultados e formulação de conclusões e até recomendações.

FASES DA ANÁLISE DO CICLO DE VIDA

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EXEMPLOS

Para os veículos a gasolina, a etapa do ciclo de vida que mais contribui para as emissões de poluentes é o uso de combustível. No caso do Nissan Leaf, o consumo de combustível é igual a zero, por ser um veículo elétrico.

Por outro lado, para se produzir o Nissan Leaf, é gasta uma maior

quantidade de energia, tanto na produção como para recarregar a bateria do veículo.

De um modo geral, o veículo elétrico ainda possui um desempenho significativamente melhor do ponto de vista ambiental.

Porém, seria um erro se comparássemos apenas as emissões de poluentes decorrentes da queima de combustíveis ou da eletricidade utilizada pelo veículo elétrico, pois estaríamos a ignorar uma boa parcela das emissões.

https://chargeguru.com/pt/2021/04/07/impacto-veiculos-

eletricos-meio-ambiente/

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EXEMPLOS Há um crescente grupo de consumidores que prefere não comprar produtos importados ou que são transportados por distâncias muito longas para reduzir a emissão de poluentes decorrentes do transporte desses produtos.

Mas essa escolha pode estar precipitada para alguns casos.

Do ponto de vista de emissão de poluentes, há outros fatores a considerar além do transporte.

Cientistas da Universidade de Lincoln, no Reino Unido, realizaram um cálculo de ACV comparando a emissão de poluentes de duas carnes diferentes:

• uma que era produzida localmente, no próprio Reino Unido

• outra que era importada da Nova Zelândia

No cálculo, eles consideraram a energia gasta no consumo de água, na

colheita, no uso de fertilizantes, no transporte (incluindo o tipo de combustível utilizado), no descarte de embalagens, no armazenamento e inúmeros outros fatores. Através desses cálculos, os cientistas chegaram a conclusões

surpreendentes.

• A carne produzida na Nova Zelândia, que viajava 17700km de barco até o Reino Unido, emitiu 670kg de CO

2

para cada tonelada,

• A carne produzida localmente emitiu 2850kg de CO

2

para cada tonelada.

Essa diferença dá-se principalmente pela necessidade dos fazendeiros

britânicos usarem uma alta quantidade de insumos agrícolas, graças à

infertilidade de suas terras.

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EXEMPLOS

A DECO analisou 96 amostras de sacos de compras e a opção certa pode surpreender. Afinal, comprar um saco de plástico quando se esqueceu do reutilizável em casa pode ser uma boa alternativa.

Avaliaram:

• os materiais usados na confeção dos sacos;

• a incorporação de materiais reciclados;

• o uso de tinta e corantes (para pintar logótipos, por exemplo)

• a forma como os componentes foram ligados (se foram colados ou cosidos)

• as certificações (rótulo ecológico, por exemplo);

• o país de origem do produtor;

• o peso e o volume do saco

Submeteram os sacos à prova da capacidade e do número de usos para

compensar o impacto ambiental. Avaliaram o ciclo de vida, conjugando-o com o volume máximo de cada saco. O objetivo era responder à pergunta “quantos sacos de cada categoria são necessários para transportar produtos de mercearia com um volume de 20 litros e um peso de 10 quilos, numa só ida às compras”?

Depende! Escolher o saco mais adequado ao nosso perfil, desde que não se dê mesmo um só uso. Evitar os de algodão e juta.

https://www.deco.proteste.pt/casa-energia/consumo-sustentavel/noticias/sacos-compras-qual-opcao-mais-

amiga-ambiente

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DESIGN SUSTENTÁVEL

c. Ecodesign e Design for Recycling

(11)

É aquele que apresenta o melhor desempenho ao longo do seu ciclo de vida, com função, qualidade e nível de satisfação igual, ou melhor,

quando comparado com um produto-padrão.

Para ser sustentável significa que procura atingir um equilíbrio. Ou seja, é difícil assumir que existem apenas duas situações: ou é sustentável ou não é.

O mais correcto será indicar, não que os produtos são sustentáveis, mas que os produtos procuram contribuir para a sustentabilidade, sendo possível definir qual é o grau dessa contribuição.

Tudo deve ser pensado sem perder de vista a qualidade e a satisfação do utilizador ao consumir o seu produto.

Não é por ser sustentável que deve ter um padrão inferior aos demais.

Qualidade e compromisso ambiental, económico e social devem andar lado a lado.

Produto sustentável

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Produtos Ecológicos Vs Produtos sustentáveis

PRODUTOS SUSTENTÁVEIS

Pode ser considerado um produto sustentável quando respeita os pilares:

• Social

• Ambiental

• Económico

Deve favorecer toda uma cadeia de produção.

Um produto considerado sustentável promove o desenvolvimento da economia local,

gerando condições laboráveis favoráveis;

diminui os impactos causados pela produção de produtos que prejudicam o ambiente.

O produto sustentável enaltece o

desenvolvimento social e económico de determinada região.

PRODUTOS ECOLÓGICOS

Desenvolvidos com a preocupação de manter a biodiversidade e promover o equilíbrio do

ecossistema. Ou seja, a preservação do ambiente é fundamental.

O produto:

• Não deve ser tóxico ou poluente

• Não deve ser proveniente de extração de matérias-primas da natureza ou que a prejudique em qualquer medida

• Pode ser feito de materiais recicláveis;

• De produtos que não contêm pele animal;

• Plásticos biodegradáveis;

• Inseticidas biológicos.

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Desenhar para uma Economia Circular

NOVOS MODELOS DE NEGÓCIO E DESMATERIALIZAÇÃO De produto a serviço. Acesso vs propriedade.

Substituição de serviços físicos por equivalentes virtuais; plataformas de partilha e aluguer que maximizem a produtividade de equipamentos e conservem recursos.

Aluguer, subscrição, partilha.

EXTENSÃO DO CICLO DE VIDA (LOOP): REUTILIZAÇÃO, REMANUFATURA, RECONDICIONAMENTO

Sistemas ou modelos de negócio centrados na manutenção, reparação, recondicionamento e remanufactura de produtos. Exp: logística inversa, remanufatura, obsolescência programada.

https://emf.thirdlight.com/link/y7a02gbqpz5d-w1unbp/@/preview/1?o

MODULARIZAÇÃO

A modularização é uma estratégia útil para tornar os produtos mais fáceis de reparar e

remanufacturar. Ao tornar mais fácil a separação de componentes, baixam-se custos e esforço na altura de substituir componentes danificados.

Os sistemas modulares são também mais fáceis para customização, podendo servir “para

sempre” as necessidades dos utilizadores, prevenindo que os produtos se tornem obsoletos,

mantendo-se mais tempo em uso.

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Desenhar para uma Economia Circular

SIMBIOSES INDUSTRIAIS (URBANAS, LOCAIS, REGIONAIS)

Estratégia de negócio entre entidades que colaboram no uso eficiente dos recursos de modo a melhorar o seu desempenho económico conjunto.Pode incluir-se neste âmbito a partilha de infraestruturas, equipamentos comuns ou aluguer de idle

time (p.e. instalações de tratamento de águas, ferramentas conjuntas), serviços comuns (p.e. plataformas de logística, eletricidade para auto-consumo partilhado, negociação conjunta utilities) mas também a utilização de recursos (p.e. subprodutos e resíduos)

DESIGN, ECO-CONCEPÇÃO

Design/redesign “circular” para processos e produtos menos intensivos em recursos, dando prioridade a materiais renováveis e não perigosos, bem como à reutilização de matérias-primas recuperadas. Modelos de produção mais eficientes (redução do

consumo de matérias primas e energia).

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VALORIZAÇÃO DE SUBPRODUTOS E RESÍDUOS

Subprodutos | inovação em extração e uso de materiais a partir de fluxos de resíduos | novos materiais ou produtos a partir de resíduos/subprodutos |produção de matérias- primas a partir de resíduos (p.e. pisos de borracha a partir de granulado de pneu).

SENSIBILIZAÇÃO E ENVOLVIMENTO SOCIAL

Reconhecendo a importância e necessidade de atuar também no campo da aprendizagem e consciencialização da sociedade civil, salienta-se também a atuação em termos de sensibilização e envolvimento social como estratégias complementares às ações desenvolvidas pelos agentes económicos.

Estas ações incluem o desenvolvimento de programas curriculares, materiais didáticos, ações de informação, workshops e outros recursos que suportam a

consciencialização para o uso eficiente dos recursos, desde a desmaterialização, à extensão de ciclo de vida, consumo eficiente e "fecho do ciclo" dos recursos. O objetivo último será a difusão de informação e criação de perceção social em relação à Economia Circular.

Desenhar para uma Economia Circular

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Telemóveis Indústria Têxtil Água engarrafada Sistemas de alarme para comércio

3 ESTRATÉGIAS DE DESENHO PARA EC

Brinquedos

Cerveja six pack Moinhos energia eólica

Componentes

eléctrónicos Alta costura Call center

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Quem podem consultar para análise de ciclo de vida

https://www.sgs.pt/pt-pt/construction/services-related-to-materials/life-cycle-analyses https://www.3drivers.pt/

https://www.fct.unl.pt/investigacao/visao-global https://www.ambiprime.com/analise-ciclo-vida.html http://www.ambirumo.pt/

https://simapro.com/business/life-cycle-assessments/

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www.isegexecutive.education

Referências

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