Nego está molhado de suor Feliz, feliz porque se libertou O sinhá..., o sinhá..., o sinhá...
Segura chibata não deixa bater Reza uma prece pra nego morrer Que nego não pode mais sofrer
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Chora meu cativeiro
Meu cativeiro, meu cativeirá No tempo da escravidão Preto velho tocava tambor
Quando não tinha no que pensar Pensava nos problemas do seu senhor
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O congo e os cambindas Vieram pra trabalhar O congo vem por terra Cambinda vem pelo mar Oh..., bota a canga no sereno Oh..., deixa a canga serenar
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Nem todo preto que tem cachimbo Nem todo preto que é pembeiro Nem todo preto que sabe o jogo Prá cruzar neste terreiro
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Em cima daquela pedreira Tem alguém sentado Que Oxalá mandou
É Preto Velho que vem de Angola Com seu agodô
Veio e saravou
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Congo velho Congo novo Linha do congo Vem trabalhar Congo na areia Congo no mar Linha do congo Vem trabalhar
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Abre seu terreiro Abre seu congá Chegou Maria Congá Que veio trabalhar
Desceu com o povo do congo É congo, é congo aruê
Desceu com o povo do congo Agora é que eu quero ver Congo cruza com Cambinda Quando vem prá trabalhar O Congo vem por terra Cambinda vem pelo mar
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Canto Das Três Raças Clara Nunes
Ninguém ouviu Um soluçar de dor No canto do Brasil Um lamento triste Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares No Quilombo dos Palmares Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes Pela quebra das correntes Nada adiantou
E de guerra em paz De paz em guerra
Todo o povo dessa terra Quando pode cantar Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô ô, ô, ô, ô, ô, ô ô, ô, ô, ô, ô, ô ô, ô, ô, ô, ô, ô E ecoa noite e dia É ensurdecedor Ai, mas que agonia O canto do trabalhador Esse canto que devia Ser um canto de alegria Soa apenas
Como um soluçar de dor
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Navio apitou no mar A barca balanceou Navio apitou no mar A barca balanceou
Pede licença Nego Velho Eu quero falar Nagô
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Certa noite fui ao terreiro Somente para apreciar
O Pai de Santo pegou um banquinho E disse meu filho você pode sentar
Foi um tal de saravá daqui Foi um tal de saravá de lá Saravei com Pretos Velhos E com Mamãe Iemanjá
Olha seus filhos de Umbanda Saravá, saravá, saravá
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Fiz um mocambo de palha Na beira de um açude Foi uma vida sofrida Mas de muito me valeu Oh..., oh..., oh...
Oh..., oh..., oh...
Desde menino
Preto Velho trabalhou Oh..., oh..., oh...
Desde menino
Aprendeu a sentir dor Oh..., oh..., oh...
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Quenguelê, quenguelê Xangô Ela é filha da Cobra Coral Olha a Preta esta trabalhando Olha o branco não está olhando
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Quando eu morrer Quando eu morrer Pega meu axé
E planta no cruzambê Prá mim não chorar Prá mim não sofrer Pega meu axé Meu irmão
E planta no cruzambê
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Tem dendê, tem dendê
No abaçá da vovó, tem dendê Eu entrei no roncó da vovó Vi filhos todos concentrados Preto Velho no toco sentado Sete velas acesas ao seu lado Com cachimbo e seu curiado Mirongando contra mau olhado
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Preto Velho tá quebrado De tanto trabalhar
Preto velho tá cansado De tanto curimbar
Canta ponto, risca pemba Que é longa a caminhada Quem tem fé, tem tudo
Quem não tem fé, não tem nada
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Saravá senzala Saravá terreiro
Nego chegou na Umbanda Saravá negros do congo No terreiro vão chegar
E os negros que vem de Angola Que vem de Angola, Angolá Salve Dom. Pedro II
Salve a Princesa Isabel Marimbondo faz zoada Abelha é que faz mel No batido do tambor Negro faz alvorece No dia 13 de maio Louvando Papai Zambi
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Iê..., iê..., iê..., iê..., iê..., iá...
O jogo é bom de lascar No terreiro da dona Sinhá Preto velho baixa na terra Faz coisas de admirar Planta um pé de banana Na mesma hora ela dá Do tronco solta um cacho Se vê madurece
Preto velho tira banana E dá pra todos comer Isso que eu quero ver Pai de Santo fazer
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Eu estava dormindo Na porteira do congá
Quem tem inimigo não dorme Acorda prá trabalhar
Oh..., meu Pai Miguel Do meu cangirá
Quem tem inimigo não dorme Acorda prá trabalhar
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Vovó não quer casca De coco no terreiro Se não ela se lembra Do tempo do cativeiro
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Oh..., requebra, requebra Que eu quero ver
Oh..., requebra, requebra Tia Benedita do bem querer
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Lá vem vovó, descendo da serra Com sua sacola, com seu rosário Seu patuá, ela vem de Angola Eu quero ver vovó...
Eu quero ver vovó...
Eu quero ver se filho de pemba, tem querer
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Vovó tem sete saias
Na ultima saia tem mironga Vovó veio de Angola
Prá saudar filhos de Umbanda Com seu patuá e a figa de guiné Vovó veio de Angola
Prá saudar filhos de fé
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A fumaça do cachimbo da vovó Só não vê, só não vê quem não quer Mandinga de Preta Velha
Ela traz na sola do pé
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Vovó tem sete filhos
Todos os sete queriam comer A panela era pequena
Oi reparte, reparte que a velha quer ver Oi reparte, reparte que a velha quer ver
Oi reparte, reparte Vó Benedita do bem querer
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Tudo o que eu peço, vovó me dá
Também o que eu peço ao vovô, ele faz O que eu quero mais
Ele é rei da Aruanda Gostava de demanda
Quando os dois chegam juntos Ninguém lhes passa prá trás O que eu quero mais
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Se não fosse as Almas Santas Meu cruzeiro se queimava
Ai..., ai..., meu cruzeiro se queimava Se não fosse o Pai Congo
Meu cruzeiro se queimava
Ai..., ai..., meu cruzeiro se queimava Se não fosse Tia Maria
Meu cruzeiro se queimava
Ai..., ai..., meu cruzeiro se queimava Se não fosse Pai Tomé
Meu cruzeiro se queimava
Ai..., ai..., meu cruzeiro se queimava E o Pai Congo vem da costa da Bahia Trazendo, no coração o rosário de Maria Tia Maria, vem da costa da Bahia
Trazendo, no coração o rosário de Maria Os Pretos Velhos, vem da costa da Bahia Trazendo, no coração o rosário de Maria As Pretas Velhas vem da costa da Bahia Trazendo, no coração o rosário de Maria
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Meu Santo Antônio
Não me deixe andar sozinho Mandai as Santas Almas Para abrir os meus caminhos
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Pai Filisbino
O Pai Filisbino quando estava Na senzala, usava sua bengala Prá modo de se levantar
O Pai Filisbino, agora fica sentado Com a cruz sempre ao seu lado Para os filhos sempre ajudar E na Aruanda
E na Aruanda
Pai Filisbino continua a rezar
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Pai Filisbino
Pai Filisbino é pequenino Core gira devagar
Pai Filisbino é pequenino Anda bem devagarinho Tira toco do caminho Prá filho de fé passar
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Pai Filisbino
Ele vem do congo Ele vem do congo Ele vem devagarinho Ele vem do congo Ele vem do congo Ele é Pai Filisbino
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Pai Militão
Preto Velho Militão É de Lei Maior
Da Aruanda ele abençoa É na fé do oriente
Das Almas Santas
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Pai Inácio
Pai Inácio, é pai É dono do congá
Vamos pedir, vamos implorar A benção meu pai
Vem nos abençoar
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Pai João de Aruanda
Pai João vem de aruanda Foi Oxalá quem mandou Veio firmar seu ponto No terreiro de Xangô
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Pai João
É congo, é congo É congo bom
Saravá rei do congo Saravá Pai João
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Pai João
Fui fazer minha cabeça Fui buscar meu patuá
Lá no sertão da Bahia No terreiro de Oxalá Eu sou filho de Umbanda Batizado em riachão Onde fiz minha cabeça Na tenda de Pai João
Pego a pemba, ponho a guia Bato cabeça no chão
Tiro ponto de Umbanda Prá implorar proteção
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Pai João D`Angola
Da Angola ele vem devagarinho Ele vem filhos de pemba ajudar Saravá o Pai João D`Angola Ele vem no terreiro trabalhar
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Pai Mineiro
Pai Mineiro vem Pai Mineiro vai Ele vem de Minas Carregando patuá
Atravessei a cidade de Leopoldina Santo Antônio me ajude
Pai Mineiro vem de Minas
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Pai Preto
Quem vem apontada Lá longe sinhá
É Pai Preto que vem trabalhar Requebra, requebra Pai Preto
Esse Preto só quer mironga Requebra, requebra Pai Preto Esse preto só quer curimbá Na boca ele traz seu cachimbo No peito ele traz seu patuá
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Soror Ângela
Lá nas matas da Jurema Onde Pai Joaquim andou Soror Ângela cumpria Sua missão de amor Confortando e curando Pai Joaquim sempre contou Com ajuda tão serena Dessa irmã que é só amor
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Zé Tereré
Zé Tereré..., a casaca do velho já rasgou Zé Tereré..., a casaca do velho já rasgou A casaca do velho já rasgou
Ai costura com a língua do falador
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Tia Julia
Tia Julia vem do congo Vem benzer e ajudar
Com um galhinho de arruda E seu rosário com patuá Tia Julia faz mandinga Para todo o mal levar Também faz mironga Para filhos de fé ajudar
Faz mandinga para o mal levar Faz mironga para o bem ficar
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Pai Miguel
Ele vai com as almas Ele vai com as almas Ele vai na fé
Ele é Pai Miguel
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Pai Francisco
Quando ele chega no terreiro Ele vem para trabalhar
Saravá o Pai Francisco
Que o seu ponto vem firmar
Viveu, morreu no tempo do cativeiro Saravá o Pai Francisco
Preto Velho quimbandeiro
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Pai Serapião
Ererê, re, reê Ererê, re, reê
Senzala é muito longe Só nego é que chega lá Senzala é muito longe É nego que vem prá cá
Oh, saravá o povo da senzala Saravá Negos Velhos
Negos de bengala
Pai Serapião chegou para trabalhar No terreiro de Ogum
O seu ponto vem firmar
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Pai Bento de Angola
Olha lá quem vem chegando É Pai Bento prá trabalhar Ele vem trazendo
Flores prá enfeitar nosso congá Salve Pai Bento de Angola Salve nosso pai Oxalá
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Vovó Rita
Chegou preta velha de Xangô No terreiro de Ogum prá trabalhar Saravá Xangô, saravá Vovó Rita Preta velha de Xangô
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Tia Julia
Eu tenho uma espada, a me defender Eu tenho uma flecha, que luta por mim Mas tenho também, um rosário bendito Que traz Tia Julia, prá junto de mim Canção de ninar
Preciso que cantes prá mim Tia Julia meu anjo bendito
Estrela cadente, que vela por mim Tu és a bondade, tu és a verdade Tu és de Oxalá, uma força sem fim
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Vovó Maria Conga
Oh, mandinguê
Oh, mandingá
Nega velha mandingá Pros filhos ajudar Oh, mandinguê Oh, mandingá
Na força de Iansã, e de Pai Oxalá Nega velha costura o seu patuá
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Vovó Nina de Angola
Ela vem lá do além mar
Vem neste terreiro para trabalhar Ela é Vovó Nina de Angola
Vem para os filhos ajudar Saravá este congá
Salve Zambi que aqui esta
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Vovó Maria Conga
Quando veio pro cativeiro Sua vida terminou
Perdeu tudo, até o nome Sinhô branco lhe tirou Preto não tinha gosto Branco sempre mandou Mas quando foi pra aruanda Com o nome Maria Conga Oxalá lhe batizou
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Vovó Maria Conga
Foi no congá de Ogum
Que preta velha foi chamada Pra vir firmar seu ponto
Fazer sua mironga Nas mãos uma pemba No pescoço um rosário Seu nome Maria Conga Preta velha da senzala
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Pai Congo
Que preto é esse, oh calunga Que chegou agora, oh calunga Ele é Pai Congo, oh calunga Saravou agora, oh calunga
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Vovó Luiza
Preta velha vem de longe Saravá me Pai Xangô Preta velha vem de longe Oxalá foi quem mandou Saravá Vovó Luiza
Que chegou neste congá Saravá preta velha
Que veio trabalhar
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Vovó Luiza
Preta velha vem de Angola Vem direto prá Bahia Saravá pretos de Angola Saravá Vovó Luiza
Com seu rosário na mão Reza a sua Ave Maria Prá saudar filhos de fé Saravá Vovó Luiza
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Preto na senzala bateu atabaque Deu viva a iá-iá
Preto na senzala bateu atabaque Deu viva iô-iô
Viva iá-iá, o Pai Congo já chegou Viva iô-iô, cativeiro acabou
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Eu cheguei no terreiro, cantei o meu ponto Quem é o primeiro
Eu cheguei no terreiro, risquei minha pemba Quem é o primeiro
Primeiro é aquele, que esta lá no canto
Com cara de pranto, quer falar com o homem Quer falar com o homem
Quer falar com o homem
Venha cá meu filho, jogaram feitiço em você Agora vai lá na encruza, acenda uma vela Põe uma fita amarela, farofa e dendê
Que eu vai te proteger, que eu vai te proteger Que eu vai te proteger
Mas peçam a Malene, meu filho de fé Confia em mim, que sou Imbaé
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Salve os Baianos Liz Hermann
Quando eu voltar lá pra Bahia Num barco cercado de flor Eu vou cantar para Aruanda Aos pés de Nosso Senhor Bahia, presente de Orixá Beleza que não dá pra relatar A força do afoxé
O coco e o acarajé Umbanda e Candomblé Traz liberdade
Ô...ô...ô...Bahia
Terra de Zambi e Nagô Ô...ô...ô...Bahia
Bahia de São Salvador Quero sentir a alegria Tambores, magia no ar
Salve os baianos, perfeita harmonia Oi risca pemba nesse conga
Ô...ô...ô...Bahia
Terra de Zambi e Nagô Ô...ô...ô...Bahia
Bahia de São Salvador