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Preciosismo: focaliza-se o detalhe; cada objeto deve singularizar-se, dai as palavras raras e rimas ricas.

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PONTOS FUNDAMENTAIS DA AULA:

Características:

Arte Pela Arte: A poesia vale por si mesma, não tem nenhum tipo de compromisso, e justifica por sua beleza. Faz referências ao prosáico, e o texto mostra interesse a coisas pertinentes a todos.

Preciosismo: focaliza-se o detalhe; cada objeto deve singularizar-se, dai as palavras raras e rimas ricas.

Objetividade e impessoalidade: O poeta apresenta o fato, a personagem, as coisas como são e acontecem na realidade, sem deformá-los pela sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Esta posição combate o exagerado subjetivismo romântico.

Estética/Culto à forma: Como os poemas não assumem nenhum tipo de compromisso, a estética é muito valorizada. O poeta parnasiano busca a perfeição formal a todo custo, e por vezes, se mostra incapaz para tal. Aspectos importantes para essa estética perfeita são:

Valorização dos Sonetos:

Metrificação Rigorosa: O número de sílabas poéticas deve ser o mesmo em cada verso, preferencialmente com dez (decassílabos) ou doze sílabas(versos alexandrinos), os mais utilizados no período. Ou apresentar uma simetria constante, exemplo: primeiro verso de dez sílabas, segundo de seis sílabas, terceiro de dez sílabas, quarto com seis sílabas, etc.

Descritivismo: Grande parte da poesia parnasiana é baseada em objetos inertes, sempre optando pelos que exigem uma descrição bem detalhada como "A Estátua", "Vaso Chinês" e "Vaso Grego" de Alberto de Oliveira.

Temática Greco-Romana: A estética é muito valorizada no Parnasianismo, mas mesmo TAREFA DO DIA SEGUINTE

T01. (MACKENZIE) Não caracteriza a estética parnasiana:

a) A exaltação do “eu” e fuga da realidade presente.

b) A objetividade, advinda do espírito cientificista, e o culto da forma.

c) A perfeição formal na rima, no ritmo, no metro e volta aos motivos clássicos.

d) A oposição aos românticos e distanciamento das preocupações sociais dos realistas.

e) A obsessão pelo adorno e contenção lírica.

T02. (FGV) Assinale a alternativa correta a respeito do Parnasianismo:

a) A inspiração é mais importante que a técnica.

b) Culto da forma: rigor quanto às regras de versificação, ao ritmo, às rimas ricas ou raras.

c) O nome do movimento vem de um poema de Raimundo Correia.

d) Sua poesia é marcada pelo sentimentalismo.

e) No Brasil, o Parnasianismo conviveu com o Barroco.

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T03. (UFRS-RS) Com relação ao Parnasianismo, são feitas as seguintes afirmações.

I – Pode ser considerado um movimento antirromântico pelo fato de retomar muitos aspectos do racionalismo clássico.

II – Apresenta características que contrastam com o esteticismo e o culto da forma.

III – Definiu-se, no Brasil, com o livro “Poesias”, de Olavo Bilac, publicado em 1888.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas I e III.

d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

T04. (UFPB) A propósito da poesia parnasiana, é correto afirmar que ela:

a) caracteriza-se como forma de evocação de sentimentos e emoções.

b) revela-se no emprego de palavras de grande valor conotativo e ricas em sugestões sensoriais.

c) acentua a importância da forma, concebendo a atividade poética como a habilidade no manejo do verso.

d) faz alusões a elementos evocadores de rituais religiosos, impregnando a poesia de misticismo e espiritualidade.

e) explora intensamente a cadeia fônica da linguagem, procurando associar a poesia à música.

T05. (MACK-SP) “Praticam uma poesia predominatemen- te descritiva, interessada em representar plasticamente paisagens e ambientes, reduzindo o mais possível o envolvimento emotivo do poeta com os temas tratados. Por outro lado, há uma supervalorização da chamada forma poética, onde há busca constante de perfeição técnica nas rimas, vocabulário selecionado”.

Assinale a alternativa em que encontra o nome do movimento literário a que se refere o trecho citado.

a) Parnasianismo.

b) Romantismo.

c) Modernismo.

d) Simbolismo.

e) Arcadismo

T06. (Enem 2015) A pátria

Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!

Criança! não verás nenhum país como este!

Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!

A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, É um seio de mãe a transbordar carinhos.

Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!

Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!

Vê que grande extensão de matas, onde impera, Fecunda e luminosa, a eterna primavera!

Boa terra! jamais negou a quem trabalha O pão que mata a fome, o teto que agasalha...

Quem com o seu suor a fecunda e umedece, Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!

Criança! não verás país nenhum como este:

Imita na grandeza a terra em que nasceste!

BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929.

Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se com um projeto ideológico em construção na Primeira República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que

a) a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza.

b) a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo.

c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais.

d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento.

e) a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.

T07. (PUCCAMP)

O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;

Sangram, em laivos de ouro, as minas, que a ambição Na torturada entranha abriu da terra nobre;

E cada cicatriz brilha como um brasão.

O ângelo plange ao longe em doloroso dobre.

O último ouro do sol morre na cerração.

E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre, O crepúsculo cai como uma extrema-unção.

Podemos reconhecer nas estrofes acima, de Olavo Bilac, as seguintes características do estilo de época que marcou sua poesia:

a) Interesse pela descrição pormenorizada da paisagem, numa linguagem que procura impressionar os sentidos.

b) Uso do vocabulário próprio para acentuar o mistério, a realidade oculta das coisas, que deve ser sugerida por meio de símbolos.

c) Valorização do passado histórico, em busca da definição da nacionalidade brasileira.

d) Utilização exagerada de hipérboles, perífrases e antíteses, no desejo de não nomear diretamente as coisas, mas de fazer alusão a elas.

e) Busca de imagens naturais e vocabulário simples, predileção pelo verso branco e negação de inversões sintáticas.

T08. (CEFET-PA) Leia os versos:

Esta, de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhantes copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia.

Então e, ora repleta ora esvaziada, A taça amiga aos dedos seus tinia Todas de roxas pétalas colmada.

(Alberto de Oliveira)

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Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema:

a) busca de inspiração na Grécia Clássica, com nostalgia e subjetivismo;

b) versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso;

c) revalorização das ideias iluministas e descrição do passado.

d) descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga.

e) vocabulário preciosista, de forte ardor sensual.

T09. (UFPE) É incorreto afirmar que, no Parnasianismo:

a) a natureza é apresentada objetivamente;

b) a disposição dos elementos naturais (árvores, estrelas, céu, rios) é importante por obedecer a uma ordenação lógica;

c) a valorização dos elementos naturais torna-se mais importante que a valorização da forma do poema;

d) a natureza despe-se da exagerada carga emocional com que foi explorada em outros períodos literários;

e) as inúmeras descrições da natureza são feitas dentro do mito da objetividade absoluta, porém os melhores textos estão permeados de conotações subjetivas.

T10. (UFAM) Todas as características de estilo abaixo relacionadas pertencem ao Parnasianismo, exceto:

a) O apuro quanto à parte formal.

b) A reserva nas efusões pessoais.

c) A procura de rimas ricas.

d) A imaginação criadora.

e) O uso de descrições.

T11. (UEL) O Parnasianismo brasileiro foi um movimento.

a) Poético do final do século XIX e início do século XX.

b) Lítero-musical do final do século XVIII e início do século XIX.

c) Poético do final do século XVIII e início do século XIX.

d) Teatral do final do século XX.

e) Lítero-musical do início do século XX.

T12. (UNIFESP) No Manifesto da Poesia Pau-Brasil, Oswald de Andrade faz o seguinte comentário sobre os poetas parnasianos: “Só não se inventou uma máquina de fazer versos - já havia o poeta parnasiano.”

O que o poeta modernista está criticando nos parnasianos é

a) a demasiada liberdade no ato da criação, que os torna máquinas poéticas.

b) o abandono da Arte pela arte, com a criação objetiva e anti-convencional.

c) a preocupação com a perfeição formal e com o subjetivismo.

d) o formalismo e a impessoalidade comuns em seus textos.

e) o exagero na expressão das emoções, apesar da criação poética mecânica.

T13. (PUC-RS)

“Tu, artista, com zelo, Esmerilha e investiga!

Níssia, o melhor modelo Vivo, oferece, da beleza antiga.

Para esculpi-la, em vão, árduos, no meio De esbraseada arena,

Batem-se, quebram-se em fatal torneio, Pincel, lápis, buril, cinzel e pena.”[...]

O trecho evidencia tendências ___________ , na medida em que ______________ o rigor formal e utiliza-se de imagens _____________.

a) românticas - neutraliza - abstratas b) simbolistas - valoriza - concretas c) parnasianas - exalta - mitológicas d) simbolistas - busca - cotidianas e) parnasianas - evita - prosaicas

T14. (UF-ES) O ideal parnasiano do culto da "arte pela arte"

significa que o objetivo do poeta é criar obras que expressem:

a) um conteúdo social, de interesse universal.

b) a noção do progresso da sua época.

c) uma mensagem educativa, de natureza moral.

d) uma lição de cunho religioso.

e) Belo, criado pelo perfeito uso dos recursos estilísticos.

T15. (FMTM-FCC) "Admitida esta necessidade, não admitamos confusões entre os que se resignam ao poetar espontâneo e os que ambicionam ao sacerdócio do poeta artístico. Não tragam os aprendizes para a oficina da joalheria um material indigno, vocação errada, incapacidade, pechisbeque e miçangas, em vez de ouro e pérolas, preguiça em vez de paciência, negligência em vez de vontade e gosto."

O excerto acima representa um fragmento do programa estético do

a) Arcadismo b) romantismo c) Parnasianismo d) Simbolismo e) Modernismo

T16. (CFET-PA) Todas as afirmações abaixo estão corretas, com exceção de:

a) Parnasianismo é a manifestação poética do Realismo, mais voltada para o concreto.

b) Os parnasianos assumiram o sentimentalismo quanto à observação da realidade, pregando uma atitude pessoal.

c) Os parnasianos, negando a emoção, cultuaram a Razão e revalorizaram a Antigüidade Clássica.

d) Parnasianismo é uma estética preocupada com a arte pela arte, a poesia pela poesia.

e) Os parnasianos fixam-se na observação de regras

poéticas e têm, por isso, uma linguagem rebuscada e

artificial.

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T17. (F.CARLOS CHAGAS-SP) Os poetas representativos da escola parnasiana defendiam:

a) engajamento político nas causas históricas da época, fazendo delas matéria para uma poesia inflamada e eloqüente.

b) a idéia de que a livre inspiração é a garantia maior de que o poema corresponda à expressão direta das emoções mais profundas.

c) a simplicidade da arte primitiva, razão pela qual buscavam os temas bucólicos e uma linguagem próxima da fala rústica dos camponeses.

d) abandono das formas fixas, criando, portanto, as condições para o posterior surgimento dos poemas em verso livre do Modernismo.

e) a disciplina do artista e o trabalho artesanal com a linguagem, de modo a resultar uma obra adequada aos padrões de uma estética clássica.

T18. (FMABC-SP) Assinale a alternativa que caracteriza o Parnasianismo:

a) subjetivismo, imaginação e sentimentalismo.

b) "Sob o manto diáfano da fantasia, a nudez crua da verdade."

c) impassibilidade, perfeição formal, rimas raras, seleção vocabular.

d) registro de impressões, emoções e sentimentos despertados no espírito do poeta.

T19. (FEI-SP) São características do Parnasianismo, do qual Olavo Bilac é legítimo representante:

a) predomínio da razão, individualismo.

b) determinismo biológico, retorno à Idade Média.

c) culto da forma, arte pela arte.

d) objetividade, sentimentalismo exagerado.

T20. (CENTEC-BA) Todos os itens apresentam características do Parnasianismo, exceto:

a) prevalência de formas fixas de composição poética.

b) anseio de liberdade criadora.

c) preocupação com a perfeição formal.

d) gosto pela precisão descritiva.

e) ideal de objetividade no tratamento dos temas.

T21. (FUVEST)

"Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito

Do ourives, saia da oficina Sem um defeito."

A concepção de poema como peça de ourivesaria, como objeto estético harmonioso e perfeito, expressa nos versos acima, é característica fundamental do:

a) Romantismo b) Trovadorismo

c) Movimento Antropofágico d) Arcadismo

e) Parnasianismo.

T22. (UM-SP) Assinale a alternativa que não se aplica à estética parnasiana.

a) predomínio da forma sobre o conteúdo b) tentativa de superar o sentimento romântico c) constante presença da temática da morte

d) correta linguagem, fundamentada nos princípios dos clássicos

e) predileção pelos gêneros fixos, valorizando o soneto.

T23. (FUND.S.ANDRÉ-SP) Poemas como "Anoitecer" e "A cavalgada", de Raimundo Correia, ou "Vaso chinês" e

"Vaso grego", de Alberto de Oliveira, exemplificam uma feição típica do Parnasianismo. É ela:

a) descritivismo.

b) pendor filosofante.

c) a preocupação com temas particulares e individuais.

d) a valorização da Antigüidade greco-latina.

e) a expressão indireta do autor.

T24. (PUC-RS) Alberto de Oliveira é considerado o mais característico poeta parnasiano, pois suas obras evidenciam:

a) erudição lingüística, descrição subjetiva e alusão à mitologia greco-latina.

b) culto à forma, descritivismo e retorno aos motivos clássicos.

c) preciosismo lingüístico, recuperação dos moldes clássicos e devaneio sentimentalista.

d) lirismo comedido, sentimento nacionalista e apuro vocabular.

e) descrição pormenorizada, ruptura com os motivos clássicos e busca da palavra exata.

T25. (FESP) A designação "arte pela arte" aplica-se a que tipo de tendência:

a) Conceptista b) Cultista c) Parnasiana d) Simbolista e) Modernista

T26. (UFRS) "É na convergência de ideais anti-românticos, como a objetividade no trato dos temas e o culto da forma, que se situa a poética do Parnasianismo. O nome da escola vinha de Paris e remontava a antologias publicadas [...] sob o título de Parnasse Contemporain, que incluíam poemas de Gautier, Banville e Lecomte de Lisle. Seus traços de relevo: o gosto da descrição nítida, concepções tradicionalistas sobre metro, ritmo e rima e, no fundo, o ideal de impessoalidade que partilhavam com os realistas do tempo." (Alfredo Bosi)

Com base no texto acima, referente ao Parnasianismo brasileiro, são feitas as seguintes inferências:

I - Parnasianismo opôs-se a princípios românticos como a

subjetividade e a relativa liberdade do verso.

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II - Tendo seu nome calcado num termo criado na França, o Parnasianismo brasileiro seguiu um caminho estético próprio, independente e original.

III - Parnasianismo e Realismo são correntes literárias com ideais e princípios estéticos totalmente diferenciados.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas I e II.

d) Apenas II e III e) I, II e III.

T27. (UF-PA) À subjetividade romântica os parnasianos contrapuseram a impessoalidade objetiva; Bilac, parnasiano por excelência, por vezes foge do rigorismo objetivista de sua escola como, por exemplo, nos versos em que o eu do poeta se manifesta claramente. É o que se vê em:

a) "Fernão Dias Paes Leme agoniza. Um lamento/ Chora largo, a rolar na longa voz do vento."

b) "Pára! Uma terra nova ao teu olhar fulgura!/ Detém-te!

Aqui, de encontro a verdejantes plagas"

c) "E eu, solitário, solto a face, e tremo,/ Vendo o teu vulto que desaparece."

d) "Chega do baile. Descansa/ Move a ebúrnea ventarola."

e) "E ei-la, a morte! E ei-lo, o fim! A palidez aumenta; Fernão Dias se esvai, numa síncope lenta."

T28. (PUC-RS)

"Esta de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhante copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia."

A poesia que se concentra na reprodução de objetos decorativos, como exemplifica a estrofe de Alberto de Oliveira, assinala a tônica da:

a) espiritualização da vida b) visão do real.

c) arte pela arte.

d) moral das coisas.

e) nota do intimismo.

T29. A chamada tríade parnasiana era formada pelos poetas:

a) Aluísio de Azevedo, Raul Pompeia e Machado de Assis b) Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira c) Camilo Pessanha, Cruz Souza e Alphonsus de Guimarães

d) Basílio da Gama, Santa Rita Durão e Alvarenga Peixoto e) Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu

T30. Mal secreto

Se a cólera que espuma, a dor que mora N’aIma, e destrói cada ilusão que nasce, Tudo o que punge, tudo o que devora O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse, o espirito que chora, Ver através da máscara da face, Quanta gente, talvez, que inveja agora Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo Guarda um atroz, recôndito inimigo, Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe, Cuja ventura única consiste Em parecer aos outros venturosa!

(CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasilia: Alhambra, 1995.)

Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela que:

a) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada.

b) o sofrimento intimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social.

c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o sentimento de inveja.

d) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar- se do próximo.

e) a transfiguração da angústia em alegria é um artificio nocivo ao convívio social.

MICRO-REVISÃO 1

T31. Tendo em vista as características que nortearam a estética parnasianista, leia atentamente o poema que segue e depois o analise, procurando evidenciar tais pressupostos por meio de exemplos extraídos do próprio poema:

Vaso Chinês

Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,

Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio,

Entre um leque e o começo de um bordado.

Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura, Quem o sabe?... de um velho mandarim Também lá estava a singular figura.

Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,

Sentia um não sei quê com aquele chim

De olhos cortados à feição de amêndoa.

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T32. (ENEM/2020) Hino à Bandeira Em teu seio formoso retratas Este céu de puríssimo azul, A verdura sem par destas matas, E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Contemplando o teu vulto sagrado, Compreendemos o nosso dever, E o Brasil por seus filhos amado, Poderoso e feliz há de ser!

Sobre a imensa Nação Brasileira, Nos momentos de festa ou de dor, Paira sempre sagrada bandeira Pavilhão da justiça e do amor!

BILAC, O.: BRAGA, F. Disponível em: www2.planalto.gov.br. Acesso em: 10 dez. 2017 (fragmento).

No Hino à Bandeira, a descrição é um recurso utilizado para exaltar o símbolo nacional na medida em que

a) remete a um momento futuro.

b) promove a união dos cidadãos.

c) valoriza os seus elementos.

d) emprega termos religiosos.

e) recorre à sua história.

T33. (ENEM PPL/2019) A

Esbraseia o Ocidente na agonia O sol... Aves em bandos destacados, Por céus de ouro e púrpura raiados, Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia...

Delineiam-se além da serrania Os vértices de chamas aureolados,

E em tudo, em torno, esbatem derramados Uns tons suaves de melancolia.

Um mundo de vapores no ar flutua...

Como uma informe nódoa avulta e cresce A sombra à proporção que a luz recua.

A natureza apática esmaece...

Pouco a pouco, entre as árvores, a lua Surge trêmula, trêmula... Anoitece.

CORRÊA, R. Disponível em: www.brasiliana.usp.br. Acesso em: 13 ago. 2017.

Composição de formato fixo, o soneto tornou-se um modelo particularmente ajustado à poesia parnasiana. No poema de Raimundo Corrêa, remete(m) a essa estética

a) as metáforas inspiradas na visão da natureza.

b) a ausência de emotividade pelo eu lírico.

c) a retórica ornamental desvinculada da realidade.

d) o uso da descrição como meio de expressividade.

e) o vínculo a temas comuns à Antiguidade Clássica.

T34. (ESPCEX (AMAN)/2019) Os parnasianos acreditavam que, apoiando-se nos modelos clássicos, estariam combatendo os exageros de emoção e fantasia do Romantismo e, ao mesmo tempo, garantindo o equilíbrio que almejavam. Propunham uma poesia objetiva, de elevado nível vocabular, racionalista, bem-acabada do ponto de vista formal e voltada para temas universais. Esse racionalismo, que enfrentava os “exageros de emoção” e fixava-se no formalismo, fica bem claro na seguinte estrofe parnasiana de Olavo Bilac:

a) E eu vos direi: “Amai para entendê-las!/Pois só quem ama pode ter ouvido/Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

b) Não me basta saber que sou amado,/Nem só desejo o teu amor: desejo/Ter nos braços teu corpo delicado,/Ter na boca a doçura de teu beijo.

c) Pois sabei que é por isso que assim ando:/Que é dos loucos somente e dos amantes/Na maior alegria andar chorando.

d) Mas que na forma se disfarce o emprego/Do esforço; e a trama viva se construa/De tal modo, que a imagem fique nua,/Rica, mas sóbria, como um templo grego.

e) Esta melancolia sem remédio,/Saudade sem razão, louca esperança/Ardendo em choros e findando em tédio.

MICRO-REVISÃO 2

T35. (UNIOESTE/2018) Tendo em vista os tercetos abaixo e os poemas de onde foram extraídos, O Incêndio de Roma e Sinfonias do Ocaso, bem como seus respectivos autores, Olavo Bilac e Cruz e Sousa, assinale a alternativa INCORRETA.

“Nero, com o manto grego ondeado ao ombro, assoma Entre os libertos, e ébrio, engrinaldada a fronte, Lira em punho, celebra a destruição de Roma”.

“Ah! por estes sinfônicos ocasos A terra exala aromas de áureos vasos, Incensos de turíbulos divinos”.

a) A impassibilidade de Nero (1º terceto) perante o incêndio devastador pode ser interpretada como a representação ideal do artista na estética parnasiana.

b) A destruição de Roma (1º terceto) alude a um fato histórico e faz do Imperador Nero a representação de um louco.

c) Ao contrário de Olavo Bilac, Cruz e Sousa conseguiu vencer os preconceitos e sobrepor-se ao jugo de uma sociedade hostil e escravocrata.

d) A exploração da musicalidade, de assonâncias e de aliterações e a presença de vocabulário litúrgico são comuns na poesia de Cruz e Sousa.

e) A percepção do objeto (pôr do sol) não pela visão, mas

pela audição – sinestesia – caracteriza o poema aludido no

2º terceto.

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T36. (UFRGS/2018) No bloco superior abaixo, estão listados os movimentos literários brasileiros; no inferior, características desses movimentos.

Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.

1. Arcadismo 2. Parnasianismo 3. Simbolismo

( ) Representa um afastamento dos problemas sociais brasileiros, seguindo uma estética rígida.

( ) Surge na periferia intelectual brasileira: Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

( ) Recupera o padrão estético clássico, fazendo ressurgir a epopeia.

( ) Busca transfigurar a condição humana, dando-lhe horizontes transcendentais.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 1 – 1 – 3 – 2.

b) 1 – 3 – 2 – 2.

c) 2 – 3 – 1 – 3.

d) 2 – 3 – 3 – 1.

e) 3 – 1 – 3 – 2.

T37. (ACAFE/2018) Relacione as colunas, considerando as especificidades e os diferentes aspectos apontados relativamente à poesia brasileira, e assinale a sequência correta.

1. O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: – “Meu cancioneiro É bem martelado.”

2. Enquanto pasta, alegre, o manso gado, Minha bela Marília, nos sentemos À sombra deste cedro levantado.

Um pouco meditemos Na regular beleza,

Que em tudo quanto vive nos descobre A sábia Natureza.

3. Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães:

Outras, moças... mas nuas, espantadas, Em ânsia e mágoa vãs.

4. Caminhando contra o vento sem lenço, sem documento no sol de quase dezembro eu vou.

5. Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã;

Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã.

6. Vai-se a primeira pomba despertada...

Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada...

( ) O tropicalismo, movimento libertário por excelência da década de 1960 no Brasil, durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar.

( ) As principais características da poesia produzida por essa geração são: o individualismo, egocentrismo, o negativismo, a dúvida, a desilusão, o tédio e os sentimentos relacionados à fuga da realidade, que caracterizam o chamado ultrarromantismo.

( ) Configura a disposição dos modernistas de provocar uma ruptura com a arte do passado.

( ) O estilo parnasiano no texto beira a perfeição. O belo é a poesia com sua correção métrica gramatical, com versos decassílabos, modelo clássico de composição. O belo, o sublime e a natureza permeiam o poema.

( ) Os poetas condoreiros defendiam a liberdade e denunciavam as desigualdades sociais.

( ) Os poetas árcades veem a natureza em perfeito equilíbrio e harmonia.

a) 5 - 3 - 2 - 4 - 6 – 1.

b) 3 - 2 - 6 - 1 - 5 – 4.

c) 2 - 5 - 3 - 6 - 1 – 4.

d) 4 - 5 - 1 - 6 - 3 – 2.

MICRO-REVISÃO 3

T38. (UNESP/2017) Os parnasianos brasileiros se distin- guem dos românticos pela atenuação da subjetividade e do sentimentalismo, pela ausência quase completa de interesse político no contexto da obra e pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico.

(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)

A referida “atenuação da subjetividade e do sentimentalismo” está bem exemplificada na seguinte estrofe do poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1859- 1937):

a) Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente,

Não derramem por mim nem uma lágrima Em pálpebra demente.

b) Erguido em negro mármor luzidio, Portas fechadas, num mistério enorme, Numa terra de reis, mudo e sombrio, Sono de lendas um palácio dorme.

c) Eu vi-a e minha alma antes de vê-la Sonhara-a linda como agora a vi;

Nos puros olhos e na face bela, Dos meus sonhos a virgem conheci.

d) Longe da pátria, sob um céu diverso Onde o sol como aqui tanto não arde, Chorei saudades do meu lar querido – Ave sem ninho que suspira à tarde. – e) Eu morro qual nas mãos da cozinheira O marreco piando na agonia…

Como o cisne de outrora… que gemendo

Entre os hinos de amor se enternecia.

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T39. (UPE-SSA 2/2017) Em relação ao Parnasianismo e ao Simbolismo, analise as proposições abaixo e assinale com V as Verdadeiras e com F as Falsas.

( ) O Parnasianismo é uma manifestação vigorosamente antirromantismo, por isso a presença do culto extremo da forma.

( ) A origem do Parnasianismo é na Inglaterra, onde foi lançada, em 1866, uma coletânea chamada Parnasse Contemporain.

( ) Sobre os poetas simbolistas, percebe-se que, na França, em Portugal e no Brasil, suas características são muito parecidas e bem próximas dos poetas parnasianos.

( ) Os simbolistas preservaram a preocupação com a versificação dos parnasianos, mas, desejosos de manter um clima de mistério e fluidez, optaram por ritmos musicais e insinuantes.

( ) Missal e Broquéis são as mais importantes obras de Alphonsus de Guimaraens, poeta que inicia o movimento simbolista no Brasil.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

a) V – V – V – F – V.

b) V – F – F – V – F.

c) F – F – V – F – V.

d) F – F – F – V – V.

e) V – V – V – V – F.

T40. “Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio,

Entre um leque e o começo de um bordado.”

trecho do poema em destaque é parnasiano. Ele revela um poeta:

a) distanciado da realidade.

b) engajado.

c) crítico.

d) irônico.

e) informal.

GABARITO – TAREFA DO DIA SEGUINTE T01: A

T02: B T03: C T04: C T05: A T06: B T07: A T08: D T09: C T10: D T11: A T12: D T13: C T14: E T15: C T16: B T17: E T18: C T19: C T20: B T21: E T22: C T23: A

T24: B T25: C T26: A T27: C T28: C T29: B T30: A

GABARITO – MICRO-REVISÃO 1

T31: Ao analisarmos o poema em questão, sobretudo no que se refere à estética, constatamos, evidentemente, que se trata de um soneto, composto por dois quartetos (estrofes com quatro versos) e dois tercetos (estrofes com três versos). Aspecto esse que simbolizou uma das principais características da estética em questão – o retorno aos moldes clássicos, mais precisamente à Antiguidade clássica. Outro aspecto, que também demonstra essa preocupação com o culto à forma, diz respeito à posição das rimas, uma vez dispostas de forma cruzada.

T32: C T33: D T34: D

GABARITO – MICRO-REVISÃO 2 T35: C

T36: C T37: D

GABARITO – MICRO-REVISÃO 3 T38: B

T39: B

T40: A

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