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O ADMINISTRAR E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO - NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO-“lato sensu”

GESTAO EMPRESARIAL

MARIA FERNANDA PEREIRA DE LIMA SANTOS

O ADMINISTRAR E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS

RIO DE JANEIRO 2010

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MARIA FERNANDA PEREIRA DE LIMA SANTOS

O ADMINISTRAR E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS

Monografia apresentada á Universidade Cândido Mendes como parte dos requisitos para obtenção do Titulo de Especialista em Gestão Empresarial.

Orientador: Prof. Mário Luiz.

RIO DE JANEIRO 2010

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MARIA FERNANDA PEREIRA DE LIMA SANTOS

O ADMINISTRAR E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS

Monografia apresentada á

Universidade Cândido Mendes como parte dos requisitos para obtenção do Titulo de Especialista em Gestão Empresarial.

Orientador: Prof. Mário Luiz.

Rio de Janeiro, RJ_______/________/2010. Nota:______

Prof. Mário Luiz Orientador

RIO DE JANEIRO 2010

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DEDICATÓRIA

À minha família,

com todo o carinho.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que me deu vida e inteligência, e que me dá força para continuar a caminhada em busca dos meus objetivos.

Ao Orientador Prof. Jayme Augusto Menegassi Azevedo pela dedicação na orientação deste trabalho, que sem sua importante ajuda não teria sido concretizado.

Aos meus pais, que me ensinaram a não temer desafios e a superar os obstáculos com humildade.

E aos demais, que de alguma forma contribuíram na elaboração desta monografia.

MARIA FERNANDA PEREIRA DE LIMA SANTOS

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O ADMINISTRAR E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS

“Tu és o arquiteto do teu próprio destino. Trabalha, espera e ousa.”

Wilcox Wheeler

RIO DE JANEIRO 2010

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...08

CAPITULO l

1.0 HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO...10 1.1 ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL...16 1.2 TEORIAS ADMINISTRATIVAS...20

CAPITULO II

2.0 CONCEITO DE PLANEJAMENTO...26 2.1 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS...28 2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO...30

CAPITULO III

3.0 PLANEJAMENTO CRIATIVO...31

CONCLUSÃO...32

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...37

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INTRODUÇÃO

O mundo das organizações empresariais modifica-se num ambiente competitivo, com informações sendo veiculado continuamente em uma velocidade extraordinária, o que não significa necessariamente a compreensão da realidade econômica e seus desdobramentos em negócios. No ambiente organizacional, inúmeros fatores influenciam seu desempenho.

Na administração das empresas isto não é diferente. O seguinte trabalho tem como finalidade apresentar um breve estudo sobre a administração e a importância do planejamento dentro das empresas, e este como vital para uma empresa crescer e sobreviver.

As organizações nascem com propósitos às vezes não tão claros, nascem da

vontade dos seus fundadores, que nem sempre estão envolvidos com o mercado.

O planejamento é uma peça fundamental que começa com a formulação dos objetivos organizacionais, e estes está ligada a visão desta organização, aos seus propósitos futuros. A elaboração dos objetivos tem seus pontos chaves, que começam com a análise tanto do ambiente interno da empresa, quanto o ambiente externo, não

adianta também planejar objetivos futuros que certamente não serão cumpridos.

Outro erro comumente existente é de achar que depois de todo o esforço com a elaboração do planejamento este é uma peça acabada e não pode ser mudada. Todo planejamento deve sofrer um acompanhamento, e este acompanhamento está ligado ao controle, outra função administrativa, mas principalmente aos resultados esperados,

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resultados estes que irão fazer com que os objetivos sejam alcançados ou não.

A grande maioria das organizações não faz um planejamento, e vão andando de acordo com suas vontades sem traçar um planejamento, o sucesso ou fracasso de cada ação na vida é fundamentalmente baseado em planejamento, não muito diferente, no mundo corporativo, as empresas num ambiente extremamente competitivo onde é preciso apresentar respostas rápidas às demandas do mercado, com preços competitivos e qualidade certificada.

Para uma melhor compreensão buscamos dividir a pesquisa em dois capítulos, onde no primeiro falaremos sobre a história da Administração e discutir algumas teorias administrativas.

No segundo capítulo iremos falar sobre o conceito de planejamento, buscando focar na importância do planejamento nas empresas e falar sobre planejamento financeiro.

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CAPITULO I

HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO

Segundo Gomes (2005), a história da Administração iniciou-se num tempo muito remoto, mais precisamente no ano 5.000 a.C, na Suméria, quando os antigos sumerianos procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos, exercitando assim a arte de administrar.

Depois no Egito, Ptolomeu dimensionou um sistema econômico planejado que não poderia ter-se operacionalizado sem uma administração pública sistemática e organizada.

Posteriormente, na China de 500 a.C, a necessidade de adotar um sistema organizado de governo para o império, a Constituição de Chow, com seus oito regulamentos e as Regras de Administração Pública de Confúcio exemplifica a tentativa chinesa de definir regras e princípios de administração.

Apontam-se, ainda, outras raízes históricas, as instituições otomanas, pela forma como eram administrados seus grandes feudos, os prelados católicos, já na Idade Média, destacando-se como administradores natos.

A Alemanha e a Áustria, de 1550 a 1700, através do aparecimento de um grupo de professores e administradores públicos chamados os fiscalistas ou cameralistas.

Os mercantilistas ou fisiocratas franceses, que valorizavam a riqueza física e o Estado, pois ao lado das reformas fiscais preconizavam uma administração sistemática, especialmente no setor público.

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Na evolução histórica da administração, duas instituições se destacaram: a Igreja Católica Romana e as Organizações Militares.

A Igreja Católica Romana pode ser considerada a organização formal mais eficiente da civilização ocidental.

Através dos séculos vem mostrando e provando a força de atração de seus objetivos, a eficácia de suas técnicas organizacionais e administrativas, espalhando-se por todo mundo e exercendo influência, inclusive sobre os comportamentos das pessoas, seus fiéis.

As Organizações Militares evoluíram das displicentes ordens dos cavaleiros medievais e dos exércitos mercenários dos séculos XVII e XVIII até os tempos modernos com uma hierarquia de poder rígida e adoção de princípios e práticas administrativas comuns a todas as empresas da atualidade.

O fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna administração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, chamou-se Revolução Industrial.

A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a vapor, por James Watt, em 1776. A aplicação da máquina a vapor no processo de produção provocou um enorme surto de industrialização, que se estendeu rapidamente a toda a Europa e Estados Unidos.

A Revolução Industrial desenvolveu-se em duas fases distintas: a primeira fase de 1780 a 1860. É a revolução do carvão, como principal fonte de energia, e do ferro, como principal matéria-prima. A segunda fase de 1860 a 1914. São a revolução da eletricidade e derivados do petróleo, como as novas fontes de energia, e do aço, como

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a nova matéria-prima. Ao final desse período, o mundo já não era mais o mesmo. E a moderna administração surgiu em resposta a duas consequências provocadas pela Revolução Industrial, sendo:

a) crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma administração científica capaz de substituir o empirismo e a improvisação;

b) necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado.

No século XX, surge Frederick W. Taylor, engenheiro americano, apresentando os princípios da Administração Cientifica e o estudo da Administração como Ciência.

Conhecido como o precursor da Teoria da Administração Cientifica.

Taylor preconizava a prática da divisão do trabalho, enfatizando tempos e métodos a fim de assegurar seus objetivos "de máxima produção a mínimo custo", seguindo os princípios da seleção científica do trabalhador, do tempo padrão, do trabalho em conjunto, da supervisão e da ênfase na eficiência.

Nas considerações da Administração Científica de Taylor, a organização é comparada com uma máquina, que segue um projeto pré-definido; o salário é importante, mas não é fundamental para a satisfação dos funcionários; a organização é vista de forma fechada, desvinculada de seu mercado; a qualificação do funcionário passa a ser supérflua em consequência da divisão de tarefas que são executadas de maneira repetitiva e monótona e finalmente, a administração científica, faz uso da exploração dos funcionários em prol dos interesses particulares das empresas.

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As propostas pioneiras de Taylor deflagraram uma "febre" de racionalização, que prepararam o terreno para o advento do TQC (Total Quality Control), ocorrido ao longo do pós-guerra. As propostas básicas de Taylor: planejamento, padronização, especialização, controle e remuneração trouxeram decorrências sociais e culturais da sua aplicação, pois representaram a total alienação das equipes de trabalho e da solidariedade grupal, fortes e vivazes no tempo da produção artesanal. Apesar das decorrências negativas para a massa trabalhadora, que as propostas de Taylor acarretaram, não se pode deixar de admitir que elas representaram um enorme avanço para o processo de produção em massa.

É importante conhecer a história da Administração no Brasil e os precursores da luta de torná-la reconhecida. A história da Administração iniciou-se em 1931, com a fundação do Instituto da Organização Racional do Trabalho - IDORT, que contava com o Professor Roberto Mange, suíço naturalizado. Em meados do mesmo ano o Departamento Administrativo do Serviço Público, até hoje conhecido pela sigla DASP, foi fundado pelo Dr. Luiz Simões Lopes. Por este órgão foi criada a Escola de Serviço Público que enviava técnicos de administração aos Estados Unidos para a realização de cursos de aperfeiçoamento, com defesa de tese. Os conhecimentos e as ações desenvolvidas por estes especialistas, no seu retorno ao país, fez deles pioneiros da Administração no Brasil, como profissão. Novamente sob orientação do Dr. Luiz Simões Lopes, em 1944, foi criada a Fundação Getúlio Vargas, mantenedora da EASP - Escola de Administração de Empresas de São Paulo.

Junto com o DASP, foi criado um cargo exclusivo de Técnico em Administração (hoje Administrador). Sentia-se então a necessidade de institucionalização urgente da profissão do Administrador, como forma de preservar o mercado de trabalho para os

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que já atuavam na Administração Pública e para os egressos daquelas escolas, bem como, defender a sociedade de pessoas inabilitadas e na maioria despreparadas. No entanto, institucionalizar uma profissão não é tarefa fácil e a estratégia adotada deveria consistir na fundação da ABTA - Associação Brasileira de Técnicos de Administração, em 19 de Novembro de 1960, que tinha como símbolo o hexágono.

A entidade recém-criada começou a desenvolver esforços com vistas à preparação de um projeto de lei que institucionalizasse a administração. É de inteira justiça salientar aqui a inestimável colaboração do Professor Alberto Guerreiro Ramos, Técnico de Administração do DASP, na época Deputado Federal, para a aprovação do projeto. Guerreiro Ramos foi decisivamente apoiado pela ABTA na luta pela sanção presidencial, já que a reação de poderosas forças contrárias pugnava pelo veto.

Afinal, com o importante apoio do Diretor Geral do DASP, a Lei nº 4769, foi sancionada em 09 de Setembro de 1965, pelo então Presidente da República de 1965, pelo então Presidente da República de 1965, pelo então Presidente da República de 1965, pelo então Presidente da Repú, Humberto de Alencar Castelo Branco.

Para implantação da citada Lei, o Ministério do Trabalho nomeou uma Junta Federal presidida por Ibany da Cunha Ribeir, aliada à ABTA, presidida por A. Nogueira de Faria, que forneceu sua estrutura e seus recursos materiais e humanos, implantando assim os Conselhos Regionais de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Bahia.

Entre os que exerceram o cargo de Técnico de Administração no DASP, além dos acima mencionados, podemos citar Celso Furtado e Belmiro Siqueira. Este último ocupou vários cargos naquela repartição pública, dentre eles o de Diretor Geral, em 1967 e 1968.

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Belmiro Siqueira é o Patrono dos Administradores, título que lhe foi outorgado

"pos-mortem" e dá nome ao concurso nacional anualmente promovido pelo Sistema CFA/CRAs: prêmio "BELMIRO SIQUEIRA DE ADMINISTRAÇÃO". Administrador, professor, consultor, assessor governamental, colunista de vários jornais, sempre escrevendo sobre assuntos ligados à sua área de atuação. Autor de vários trabalhos sobre Administração foi eleito Conselheiro Federal em 1977 e Vice-Presidente do Conselho Federal de Administração - CFA, até 28 de Novembro de 1987, data de seu falecimento. Na ocasião encontrava-se no / exercício da Presidência do CFA. Era mineiro de Ubá, nascido a 22 de Outubro de 1921.

Torna-se imperativo, nesta oportunidade, exaltar a valiosa, decisiva e importante contribuição do administrador Belmiro Siqueira. Cujo talento, profissionalismo e dedicação ficaram registrados nos anais da história da Administração, no Brasil. Os profissionais de administração eram denominados, na época, de Técnicos de Administração, o que transmitia uma conotação de formação escolar de nível médio.

Mais de 02 anos após a publicação dessa Lei ela foi regulamentada através do Decreto 61.934, de 22 de setembro de 1967.Foi criado então, o órgão responsável pela disciplina e fiscalização do exercício profissional: o CFTA – Conselho Federal de Técnicos de Administração, com a missão de trabalhar pela afirmação da existência e fixação da profissão de Administrador no macro-sistema sócio-jurídico-econômico nacional.

Começaram a ser criados outros Conselhos Regionais nas diversas capitais do país, que hoje compõem o Sistema CFA/CRA's, com a finalidade de difundir e consolidar a missão do órgão maior (CFTA) da categoria, com abrangência e autonomia nas diversas regiões da Unidade Federativa.

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Coincidindo com o 20° aniversário da criação da profissão de Administrador, por força da Lei Federal n°735, de 13 de junho de 1985, foi mudada a denominação de Técnico de Administração para Administrador, após uma campanha realizada em 1983, coordenada pelo CRA-SP, que levou ao Ministério do Trabalho as reivindicações de todas as instituições do País ligadas ao campo da administração.

Segundo Guitman (1997), atualmente existem mais de 1.700 instituições de ensino superior e de especialização na área de Administração, um contingente de mais de 300.000 profissionais registrados em todo país, 600.000 alunos

cursando administração, além da demanda aos vestibulares da área, que só perdem para os dos cursos de medicina.

1.1 ADMINISTRAÇÕES NO BRASIL

De acordo com Albuquerque (1981), ensino da administração no Brasil teve sua origem na criação do DASP - Departamento de Administração do Serviço Público, em 1938, no governo Vargas. O DASP foi criado para estabelecer um padrão de eficiência no serviço público federal e para criar canais mais democráticos para o recrutamento e seleção de recursos humanos para a administração pública, através de concursos de caráter universal e público. Seguindo-se à criação do DASP, o governo autorizou aquele Departamento a constituir outra instituição, denominada Fundação Getúlio Vargas (FGV), voltada para as seguintes atribuições fundamentais: o estudo das organizações e da racionalização do trabalho e a preparação de quadros profissionais em nível superior.

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Em conformidade com Martins (1989), o ensino da administração no Brasil, desde o seu início, estabeleceu fortes vínculos com o sistema de ensino americano, inclusive com a utilização de bibliografia, modelos curriculares e mesmo com a participação de professores americanos como docentes nos primeiros cursos aqui realizados. O objetivo preponderante da FGV era a formação de quadros de especialistas para atender ao setor produtivo. Seguindo-se ao surgimento da EBAP, no então Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em 1952, a FGV promoveu a criação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) em 1954. A cidade de São Paulo foi escolhida por ser considerado o centro das atividades econômicas e produtivas do Brasil.

Martins (1989) cita que:

“Foi um processo longo, iniciado com a criação de disciplinas de Administração ensinadas em vários cursos superiores. Prosseguiu com a criação dos primeiros cursos de Economia e Administração.

Consolidou-se com a sua auto nominação como curso de graduação e, finalmente, com os diversos cursos de pós-graduação implantados no Brasil a partir da década de 1970.” (1989, pág.91)

Segundo Castro (1981), a origem do ensino da administração no Brasil está relacionada à formação social brasileira e ao estágio de desenvolvimento econômico e social brasileiro. No ano de 1952 os Estados Unidos já formavam aproximadamente 50 mil bacharéis, 4 mil mestres e 100 doutores, por ano, em administração.

Covre (1981) acrescenta que a primeira turma de administradores formados pela EAESP, em 1958, tinha apenas 17 bacharéis. Tendo o ensino da administração no Brasil começado na Região Sudeste, Rio de Janeiro e São Paulo, sob forte influência do sistema de ensino americano, com relação à bibliografia, grade curricular, métodos

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de ensino e conhecimentos transmitidos, este modelo acabou inspirando e servindo de pólo e fonte de referência para a organização dos demais cursos que se constituíram nas diversas regiões do Brasil nos anos que se seguiram. No Brasil, o surgimento dos cursos foi fortemente condicionado por fatores sociais e econômicos ocorridos a partir da 3ª década do século XX.

Para Taunay (1969), afirma que a Administração da Produção ou Administração de operações é a função administrativa responsável pelo estudo e pelo desenvolvimento de técnicas de gestão da produção de bens e serviços, a produção é a função central das organizações já que é aquela que vai se incumbir de alcançar o

objetivo principal da empresa, ou seja, sua razão de existir.

Entre as principais responsabilidades da Gerência de operações está a proteção da produção: são medidas utilizadas para garantir a continuidade da produção ao longo do tempo, defendendo-a de intempéries e circunstâncias externas. Em sistemas com baixo volume de produção, por exemplo, um restaurante pequeno, há um número pequeno de funcionários, e não há grande repetição de tarefas. Isso pode ser mais gratificante para o funcionário, mas é prejudicial à sistematização. Além disso, o custo unitário é bem mais alto, pois é pouco diluído. O capital exigido, no entanto, é intensivo.

Para Andrade (2002), a história da administração no Brasil é relativamente recente, embora nos Estado Unidos o primeiro curso de Administração tenha sido implantado em 1881 na Warton School, no Brasil o primeiro curso data de 1952, quando no Rio de Janeiro foi criada a EBAP Escola Brasileira de Administração Publica pela Fundação Getulio Vargas.

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De acordo com Martins (1989), a partir dos anos quarenta acentua-se a necessidade de mão de obra qualificada e a consequente profissionalização do ensino de administração, ressaltando a importância da formação de pessoal qualificado para dar suporte a uma sociedade que passava do estagio de uma economia agrária para a industrialização, que necessitava criar centros de investigação científica para dar suporte às questões econômicas e administrativas. Segundo essa visão era necessária a criação dos Cursos de Administração para dar suporte as grandes unidades produtivas que passavam a constituir os elementos fundamentais da economia do país, os cursos de administração passaram por dois momentos:

- O primeiro com o surgimento dos cursos e o reconhecimento e regulamentação da profissão do Administrador. Embora desde os anos trinta já houvesse uma preocupação em formar a partir de uma educação escolar o Administrador, somente a partir da criação do DASP- Departamento de Administração do Serviço Publico em 1938, a formação do administrador no Brasil começou a ter maior importância que culminou com lei 4.769 de 9 de setembro de 1965, que dispôs sobre o exercício da profissão do administrador.

- O segundo ciclo, inicia-se me 1993 com a aprovação da proposta de currículo mínimo aprovada pela resolução 2/93 do Conselho Federal de Educação, como consequência do trabalho da ANGRADE Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração e do CFA Conselho Federal de Administração, visando melhorar a qualidade da formação dos administradores, tendo em vista o papel do Administrador como agente transformador das relações produtivas e sociais e das exigências do mercado de trabalho.

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Para Castro (19810, estamos iniciando o terceiro ciclo, ou momento da qualidade dos cursos, quando, em função da política do Ministério da Educação em relação ao ensino superior, se passou a investir na melhoria da qualidade da educação com um conjunto de ações como o PAIUBE - Projeto de Avaliação da Universidade Brasileira, o Programa de Avaliação dos Cursos de Pós-Graduação da Fundação CAPES e o Programa de Avaliação dos Cursos de Graduação. A criação do Exame Nacional de Cursos pela lei 9.131 de 25 de novembro de 1995 e sua sistematização pela portaria nº 249 de 18 de março de 1996, a portaria nº525 de 9 de abril de 1997, o decreto 3.860 de 9 de julho de 2001 completam esse conjunto de medidas. A partir de 15 de maio de 2002, com a homologação dos pareceres CNE/CES 145/2002 e CNE/CES 146/202 passam a vigorar as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Administração.

1.2 TEORIAS ADMINISTRATIVAS

Henri Fayol que era francês defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios. Fayol relacionou 14 (quatorze) princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor. As 05 (cinco) funções precípuas da gerência

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administrativa como: planejar, comandar, organizar, controlar e coordenar, os fundamentos da Teoria Clássica defendida por Fayol.

Esta Teoria considera: a obsessão pelo comando, a empresa como sistema fechado e a manipulação dos trabalhadores, que semelhante à Administração Científica, desenvolvia princípios que buscavam explorar os trabalhadores.

Segundo Gomes (2005), na história da evolução da Administração não se pode esquecer a valiosa contribuição de Elton George Mayo, o criador da Teoria das Reações Humanas, desenvolvida a partir de 1940, nos Estados Unidos e mais recentemente, com novas idéias, com o nome de Teoria do Comportamento Organizacional. Ela foi, basicamente, o movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração, com ênfase centrada nas pessoas.

Teve como origem: a necessidade de humanizar e democratizar a administração, o desenvolvimento das chamadas ciências humanas(psicologia e sociologia), as ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin e as conclusões do Experimento de Hawthorne, já bastante estudado e discutido nas escolas de administração. Em 1932, quando a experiência foi suspensa, estavam delineados os princípios básicos da Escola de Relações Humanas, tais como: o nível de produção como resultante da integração social; o comportamento social do empregado; a formação de grupos informais; as relações interpessoais; a importância do conteúdo do cargo e a ênfase nos aspectos emocionais.

Em 1950 foi desenvolvida a Teoria Estruturalista, preocupada em integrar todas as teorias das diferentes escolas acima enumeradas, que teve início com a Teoria da Burocracia de Max Weber, que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos, para que se obtenha o máximo de eficiência.

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A Teoria de Sistemas desenvolvida a partir de 1970, que passou a abordar a empresa como um sistema aberto em contínua interação com o meio ambiente que o envolve e a Teoria da Contingência, desenvolvida no final da década de 1970. Para essa teoria a empresa e sua administração são variáveis dependentes do que ocorre no ambiente externo, isto é, a medida que o meio ambiente muda, também ocorrem mudanças na empresa e na sua administração como consequência.

Assim sendo, os princípios fundamentais das Teorias de Taylor, Fayol, Mayo e Weber foram e serão sempre os pilares da evolução e do desenvolvimento da ciência da Administração e que têm motivado e impulsionado os estudos, pesquisas, trabalhos e obras dos seus seguidores até os nossos dias.

Apesar de a história do pensamento administrativo demonstrar que desde os primórdios da civilização as pessoas vêm sendo administradas em grupos, as tentativas de desenvolver teorias da administração são relativamente recentes, datando da Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, naquela época, o desenvolvimento e o uso de novas tecnologias concentraram grandes quantidades de matéria-prima e de trabalhadores dentro das fábricas. Os bens eram produzidos em quantidade e precisavam ser amplamente distribuídos, e a necessidade de coordenar todos esses elementos fez surgir uma abordagem sistemática à administração.

A ocorrência da globalização da economia, na década de 1990, modificou o cenário organizacional vigente até então. Na economia global as distinções entre as economias nacionais são eliminadas pela crescente integração e interdependência dos mercados para bens, serviços, finanças e mão de obra. Contudo, o atendimento, por parte das empresas, dos pressupostos que o processo de globalização requer, traz diversas implicações para as estruturas organizacionais. Com frequência, as empresas

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constatam que as estruturas existentes, apropriadas para a produção doméstica, não servem para as operações no exterior. Isto porque essas estruturas estão projetadas para produzir repetitivamente uns poucos tipos básicos de decisões. O quadro atual da economia mundial tem apontado no sentido de três grandes vetores: no plano econômico, a globalização e a consequente competição internacional; no plano social, a regionalização, até como resposta aos efeitos da globalização econômica, que obriga os países a reduzirem seus custos e abandonarem o assistencialismo; no plano político, a descentralização, pois cada região necessita de flexibilidade para arranjar seus fatores e se tornar competitiva.

Atualmente, em função da globalização e da abertura do mercado nacional, vislumbra-se o começo do fim da organização tradicional. Um século dominado por um único tipo de organização a burocrática – está dando lugar, lentamente, a uma nova era.

Essa evolução envolve um pensamento renovador sobre a maneira pela qual as pessoas, o trabalho e as informações podem ser reunidos em novas formas de organização capazes de realizar níveis significativamente mais altos de desempenho continuado.

Herrera (2007) ressalta que embora a industrialização tenha iniciado na década de 80, séc. XIX, com os adventos das invenções mecânicas, hidráulicas e elétricas da Revolução Industrial o estudo sistemático só ocorreu no início do séc. XX, com os seguintes fatos:

Em 1911 com os Princípios da Administração Científica com os estudos de Frederick W. Taylor nos EEUU sobre o sistema técnico com ênfase na especialização

da tarefa e controle da produção.

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Com a Gerência Administrativa do livro, em 1916, Administração Industrial e Geral de Henry Fayol na França, com abordagem na departamentalização, competências administrativas e desempenho organizacional, sendo considerado o Pai da Administração Clássica que defendia que a administração deveria ser uma disciplina a ser estudada fora das escolas de engenharia.

Em 1927, Relações Humanas a partir dos trabalhos de R.F.Hoxié (USA, 1916), Robert Owen (Escócia, 1825) e Elton de Mayo (USA, 1924 - experiência de Hawthorne – WE Co.) onde o funcionário passa a ser visto como recurso humano e não como uma peça do sistema técnico.

No período de 1940, com a Escola burocrática de Max Weber com ênfase na

organização formal e burocracia racional.

Em 1943, a Teoria da motivação e escalas de necessidades de Abrham Meslow , é considerado o pai da Psicologia Transpessoal.

Behavorismo (comportamento) de Herbert Simon, em 1945, Teoria da decisão que concebe a organização como um sistema de decisões.

Teoria Geral de Sistemas de Ludwig Von Bertalanfy na Áustria, abordagem

sistêmica - organização como sistema aberto, visão holística, em 1954.

Peter Drucker, que foi considerado o Pai da administração moderna, com sua obra “The Pratice of Manegement” inicia uma nova era no pensamento

administrativo e gerencial que considera a administração como disciplina dada sua importância no estudo da organização.

Existem várias abordagens sobre a evolução do pensamento dos estudiosos da administração: a Clássica, a Burocrática, a Humanística, a Comportamental, a Sistêmica, a Organizacional, a Contingencial até se chegar na abordagem Estratégica;

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abordagens que podemos classificar em duas fases: pensamento mecanicista e

reducionista, primeira metade do séc XX; e pensamento sistêmico, orgânico e holístico.

A partir dos anos 80 as Escolas do Pensamento Estratégico, já com vinte anos de existência, sugeriram a criação da disciplina de Administração Estratégica nas grandes universidades americanas, resultado das demandas do aumento de competitividade por um novo foco na gestão.

A gestão é a aplicação da teoria administrativa por suas várias metodologias, a saber: gestão por funcionalidades, por objetivos, por resultados, por qualidade total, por processos, por competências, orientada a clientes, estratégica.

Parnell (2000), explica que a estratégia corporativa apresentou grande desenvolvimento, principalmente a partir da década de 1980 quando o fenômeno da reestruturação empresarial – “conjunto amplo de decisões e de ações, com dimensão organizacional, financeira e de portfólio”.

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CAPITULO II

CONCEITO DE PLANEJAMENTO

Para Guitman (1997), planejamento trata-se de uma forma de garantir que os objetivos e planos elaborados em relação a áreas específicas de operação da empresa sejam viáveis e internamente coerentes. O fato de o planejamento obrigar a administração a refletir sobre os objetivos e fixar prioridades talvez seja o mais importante resultado do processo.

Groppelli (1998) classificou como caótico o nível de competição entre as empresas, a visão ativa do executivo que planeja os rumos de sua empresa se torna uma questão fundamental pois, a falta de direcionamento claro pode induzir a organização a trilhar caminhos obscuros e danosos, colocando-a em grandes dificuldades, ou até mesmo lavá-la à falência, fato que impulsionam as empresas cada dia mais a elevação de seus níveis de profissionalismo e produtividade, colocando os gestores incansavelmente a procura de alternativas para superar os desafios encontrados dia a dia.

Segundo Mosimann e Fisch (1999) a execução é a fase do processo de gestão na qual as coisas acontecem, as ações emergem. Essas ações devem estar em consonância com o que anteriormente foi planejando. Dessa forma, o planejamento antecede as ações de execução. “É por meio das ações (do fazer) que surgem os resultados”. Compreende a fase em que os planos são implementados, as ações se concretizam e as transações ocorrem. Neste momento, é possível que ajustes ainda sejam requeridos para uma adequada implementação do planejamento operacional,

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tais como mudanças na programação e a conseqüente necessidade de identificação de novas alternativas para adequar-se às mudanças procedidas.

A execução das atividades se reveste de grande importância nas empresas, pois é nessa fase que os recursos são consumidos e os produtos gerados, o que vale dizer que é nessa etapa que ocorrem as mais significativas variações patrimoniais relacionadas às operações físico-operacionais de uma organização.

A execução não está restrita somente aos processos manufatureiros de bens, mas também a produção de serviços, tais como escritórios, hospitais, escolas, estúdios de criação intelectual, etc. Os serviços auxiliares de produção de Bens e serviços, tais como contabilidade, Xerox, vendas, etc., têm a etapa de execução, pois processam insumos para transformá-los em serviços.

Para Jones (2008), o planejamento é uma maneira útil de fazer os gerentes participarem da tomada de decisões sobre os objetivos e estratégias adequadas para uma organização. Para planejar é necessário para dar à organização uma noção de direção e propósito, um plano ajuda a coordenar gerentes de diferentes funções e divisões em uma organização para garantir que eles sigam na mesma direção. Um plano pode ser usado como dispositivo para controlar os gerentes dentro de uma organização.

Fayol explica ainda que, existem dois tipos de planos, os planos permanentes e os planos únicos.

- Planos permanentes: são usados em situações em que a tomada de decisão programada é adequada. Quando as mesmas situações ocorrem repetidamente.

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- Planos únicos: são desenvolvidos para lidar com decisões não programadas que devem ser tomadas em situações incomuns ou singulares.

Quanto à duração dos planos, eles podem ser:

- Planos de longo prazo: com duração de 5 anos ou mais.

- Planos intermediários: com duração entre 1 e 5 anos.

- Planos de curto prazo: com duração de um ano ou menos.

Segundo Welsch (1996) “planejar representa a forma como a empresa pretende atingir os objetivos e as metas propostas”.

O planejamento é a tentativa de prever as ocorrências futuras e estar preparado para agir de forma a evitar surpresas desagradáveis no funcionamento e na gestão do empreendimento.

2.1 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS

Para Welsch (1996) , o planejamento não está ligado a uma série de regras que devem ser seguidas para que após alguns dias se obtenha um planejamento. Ele deve ser estruturado com base nas características da empresa que busca em última instância a excelência empresarial e a otimização do desempenho econômico da empresa.

O planejamento de uma empresa deve ser feito no âmbito global. Na realidade o planejamento é o processo de desenvolver a estratégia e a relação pretendida da organização com seu mercado consumidor. Assim ele deve envolver todos os membros da organização a fim de que assumam seu papel perante suas

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responsabilidades e suas atuações diante do que foi planejado e assim atingir o sucesso operacional.

O processo de planejamento deve ser dinâmico, flexível e oportuno, isto é, adaptável às mudanças, com estilo participativo, voltado para a eficácia empresarial.

Não se pode deixar de destacar a importância existente no tema “planejamento”

que deve acompanhar os gestores em todos os momentos de construção do conhecimento empresarial.

Nas diversas atividades, os empreendedores devem planejar cuidadosamente suas ações implementando planos e avaliações sistemáticas do desempenho conforme os planos idealizados.

Cabe ao empreendedor coordenar e participar da escolha da melhor alternativa, observando os aspectos econômicos, de modo a garantir a eficácia da empresa.

A etapa de planejamento é o momento em que os possíveis acontecimentos futuros são antecipados e oportunidades e ameaças são identificadas.

Nesse aspecto, o processo de planejamento conduz a um conjunto de metas e planos que são adequados e viáveis dentro de um conjunto de circunstâncias previstas. Assim, o planejamento deve estar vinculado ao cenário onde a empresa atuará no futuro.

Para Pestana e Franco (1995), o planejamento se faz necessário em todas as atividades da empresa, mas principalmente nas atividades da área financeira, uma gestão financeira eficaz tornou-se atualmente um fator crítico de sucesso. Inicialmente é preciso entender o que significa gestão, para permitir o seu correto emprego no

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contexto do planejamento. O termo Gestão deriva do latim gestone, que significa gerir, gerencia administração.

Cruz Junior (1998):

“Evidencia que Modelos gerenciais mais adequados aos dias de hoje já vêm sendo utilizados por grandes empresas, e caracterizam-se, na maioria das vezes, pela prática do planejamento em longo prazo, que permite fixar realisticamente os objetivos da empresa e, ainda, traçar as grandes linhas da estratégia que conduzirá ao alcance de tais objetivos.

Além disso, implicam, também, a elaboração de orçamentos que, na prática, constituem um verdadeiro quadro de referências para o futuro imediato, em termos dos custos e proveitos a atingir. Finalmente, contemplam controles gerenciais que permitem, de forma confiável, apurar os desvios (diferenças) entre o que a empresa se propõe alcançar e os resultados efetivamente obtidos.” (1998, pág. 90)

Welsch (1996) explica que o planejamento financeiro é o processo formal que conduz a administração da empresa a acompanhar as diretrizes de mudanças e a rever, quando necessário, as metas já estabelecidas. Assim, poderá a administração visualizar com antecedência as possibilidades de investimento, o grau de endividamento e o montante de dinheiro que considere necessário manter em caixa, visando seu crescimento e sua rentabilidade.

Gitman (1987) afirma:

“Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para atingir os objetivos da empresa. Além disso, esses veículos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismo de controle estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais.”(1987, pág.250)

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2.2PLANEJAMENTO FINANCEIRO E ORÇAMENTO

Segundo Guitman (1997), planejamento financeiro estabelece o modo pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados. Um plano financeiro é, portanto, uma declaração do que deve ser feito no futuro. Em sua maioria, as decisões numa empresa demoram bastante para ser implantadas. Numa situação de incerteza, devem ser analisadas com grande antecedência.

No desenvolvimento de um plano, deve-se enunciar explicitamente o ambiente econômico em que a empresa espera viver durante o período por ele coberto. Em curto prazo o plano financeiro preocupa-se principalmente com a análise de decisões que afetam os ativos e passivos circulantes. A ausência de planejamento financeiro eficaz em longo prazo é uma razão frequentemente citada para a ocorrência de dificuldades financeiras e a falência de empresas. O plano financeiro permite determinar o tipo e a natureza das necessidades de financiamento.

O objetivo do planejamento financeiro, numa empresa com fins lucrativos, é tomar decisões que aumentem o valor da ação ou, em termos mais gerais, aumentem o valor do capital dos proprietários.

Leitner 1999, afirma que as empresas sempre dependeram das análises financeiras; hoje elas esperam que os administradores também assumam o papel de estrategistas corporativos, com a preocupação de garantir que as decisões empresariais estratégicas sejam otimizadas.

O planejamento financeiro é uma parte importante do trabalho do administrador.

Definindo os planos financeiros e orçamentos ele estará fornecendo roteiros para

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atingir objetivos da empresa. Além disso, esses instrumentos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismos de controle, estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais.

O planejamento financeiro é desenvolvido fundamentalmente por meio de projeções, como estimativa mais aproximada possível da posição econômico-financeira esperada. Compreende a programação avançada de todos os planos da administração financeira e a integração e coordenação desses planos com os planos operacionais de todas as áreas da empresa.

Cherry (1997), afirma que o planejamento da função financeira está estreitamente associado com a aquisição eficiente de fundos e seu uso adequado. O planejamento financeiro ajuda a garantir a disponibilidade de fundos suficientes quando necessários, informa com antecedência as necessidades de fundos de maneira que as negociações sejam eficientes e aumentem as possibilidades de rendimento.

Em sua maioria, os modelos de planejamento financeiro exigem que seu usuário especifique algumas hipóteses a respeito do futuro. Os modelos podem ser muito diferentes em termos de complexidade, mas quase todos possuem previsão de vendas também conhecido como elemento gerador, projeções de balanço, demonstração de resultado e fluxo de caixa, necessidades de ativos, necessidades de financiamentos e premissas econômicas.

O planejamento financeiro é uma parte importante do trabalho do administrado, definindo os planos financeiros e orçamentos ele estará fornecendo roteiros para atingir objetivos da empresa. Além disso, esses instrumentos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismos de controle,

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estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais.

ROSS et al., (1995) explica que o planejamento financeiro estabelece diretrizes de mudança e crescimento numa empresa, preocupando se com uma visão global, com os principais elementos de políticas de investimento e financiamento da empresa.

Com relação ao crescimento da empresa, ele está diretamente ligado à política financeira adotada pela empresa. Assim, o planejamento financeiro estabelece o modo pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados; é, portanto, um plano para o futuro. O planejamento auxilia ainda na implantação de projetos que exijam análises com antecedência de todas as variáveis a serem analisadas e a situação de incerteza.

A empresa, mediante o planejamento financeiro, poderá ter diferentes oportunidades de desenvolvimento, além da possibilidade de analisar e comparar diversos cenários. Uma das finalidades do planejamento financeiro é evitar surpresas e desenvolver planos alternativos de providências a serem tomadas caso ocorram imprevistos.

O objetivo do planejamento financeiro, numa empresa com fins lucrativos, é tomar decisões que aumentem o valor da ação ou, em termos mais gerais, aumentem o valor do capital dos proprietários.

Leitner (1999) afirma que as empresas sempre dependeram das análises financeiras; hoje elas esperam que os administradores também assumam o papel de estrategistas corporativos, com a preocupação de garantir que as decisões empresariais estratégicas sejam otimizadas.

Segundo ROSS et al. (1995), o tema orçamento de capital é o mais importante em administração financeira. O modo pelo qual uma empresa decide financiar suas

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operações e administra suas atividades operacionais de curto prazo (a administração do capital de giro) certamente é questão fundamental, mas são os ativos permanentes que definem o negócio da empresa.

Alguns dos problemas mais complicados em toda a área de orçamento de capital são aqueles que lidam com estimação de riscos e preferência de risco. Por causa

das dificuldades de prever e tornar explícitas as preferências, os administradores têm contado com maneiras práticas e grosseiras de proceder ou deixado o manejo destes problemas para as regiões implícitas da mente – julgamento, pressentimento, intuição e instinto.

A avaliação da magnitude, da distribuição no tempo e do risco dos fluxos de caixa futuros é a essência do orçamento de capital. Na verdade, sempre que se avalia uma decisão numa empresa, a magnitude, a distribuição temporal e o risco dos fluxos de caixa representarão, de longe, as coisas mais importantes a serem consideradas.

Orçamento

O orçamento é um plano detalhado da aquisição e do uso dos recursos financeiros ou de outra natureza, durante um período especificado. Ele representa um plano para o futuro, expresso em termos quantitativos.

O orçamento geral é um resumo dos planos da empresa, e estabelece metas específicas das atividades de venda, produção, distribuição, financeira, etc. e, que geralmente, é representado por um orçamento de caixa, uma demonstração de resultado orçada e um balanço patrimonial orçado.

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Entre as muitas vantagens que temos em possuir um orçamento bem elaborado, podemos citar:

Fornecer um meio de transmitir os planos da administração a toda à organização;

Forçar os administradores a pensar no futuro e planejá-lo; Revelar os potenciais gargalos ou problemas que a empresa pode vir a encontrar antes que eles ocorram; e definir metas que servirão de níveis de referência para a subseqüente avaliação de desempenho.

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CAPITULO III

PLANEJAMENTO CRIATIVO

Planejar a vida estrategicamente não envolve somente a criação de estratégias para a realização de metas específicas. A simples aplicação de técnicas isoladas, desvinculadas de um processo de autoconhecimento, ou com um fim específico, tem se demonstrado ineficaz.

Feitosa (2009) cita que:

“Todo planejamento deve ser criativo e estratégico, caso contrário ele nãoé planejamento. É ele quem aponta uma direção para a comunicação, pois, falar apenas algo que vende é um pensamento antigo." (2009, pág. 07)

Os ativos intangíveis, como a marca, representam 47% do patrimônio das empresas. A marca é a identidade e o conceito é como a empresa se apresenta para o consumidor.

As empresas se preocupam muito com o Share of Market. Com a grande concorrência além do Share of Market, as empresas devem se atentar para o Share of Ideals. É ele quem vai aproximar e inserir a marca na cultura do consumidor.

Feitosa cita ainda alguns pontos principais sobre o planejamento, são eles:

1 – Avaliar a questão central.

2 – Fazer trocas com o time. O famoso “várias cabeças pensam melhor que uma.”

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3 – Opinião própria. Não ser “Maria vai com as outras.”

4 – Não temer o lixo. Não se prenda a um projeto capenga. Por mais demorado ou adiantado que esteja um planejamento, se ele estiver ruim descarte-o.

5 – Informação é fundamental. Mas não confunda informação com conhecimento. Se você tem informação sobre alguma coisa, mas não tem conhecimento sobre ele, corra atrás.

6 – Nunca despreze o poder dos números.

7 – Saia da zona de conforto. Não fique só no escritório, faça estudos de campo, vá ao supermercado ou onde as pessoas tem contato com o seu produto. Estude o comportamento delas, analise as pesquisas, mas não se prenda a elas, acompanhe todas as fases do processo.

8 – O chão é um grande professor. Fracassos acontecem e te ensinam a não cometer o mesmo erro no futuro.

9 – A Insustentável leveza do. ppt. Apresentações de PowerPoint são importantes e, se bem feitas, conquistam o cliente, mas não se acomode ele não faz tudo por você.

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10 – Vida real além da web. A internet é uma excelente ferramenta, mas as verdadeiras respostas estão no mundo real. Explore o lugar onde as pessoas compram.

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CONCLUSÃO

Conforme o estudo desenvolvido, conclui-se que com o passar do tempo, o fluxo de informações dentro de uma empresa se torna maior e mais complexo, exigindo cada vez mais um número maior de dados para auxiliar à tomada de decisões. E essa complexa malha organizacional exige uma demanda cada vez maior de profissionais que consigam ter uma visão ampla, portanto a qualificação dos administradores é de fundamental importância porque as empresas são férteis em riscos. Os mercados mudam rapidamente de rumo, e essas mudanças geralmente são alimentadas pelas novas tecnologias e pela concorrência acirrada, interna e externa. Portanto, as perspectivas da empresa geralmente dependem da capacidade de seus dirigentes de enfrentar e superar os períodos de turbulência e tumulto.

O planejamento é a tentativa de prever as ocorrências futuras e estar preparado para agir de forma a evitar surpresas desagradáveis no funcionamento e na gestão do empreendimento.

Embora qualquer empreendimento ofereça riscos, é possível prevenir-se contra eles através de algumas ferramentas operacionais que podem dirimir os riscos e auxiliar o administrador na tomada de decisões.

O planejamento sozinho não alcança os objetivos da empresa. Se o planejamento realizado não for executado, acompanhado, controlado e o mais importante, corrigido se necessário, de nada adiantará realizar o planejamento.

Modelos gerenciais mais adequados aos dias de hoje já vêm sendo utilizados por grandes empresas, e caracterizam-se, na maioria das vezes, pela prática do planejamento em longo prazo, que permite fixar realisticamente os objetivos da

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empresa e, ainda, traçar as grandes linhas da estratégia que conduzirá ao alcance de tais objetivos.

Além disso, implicam, também, a elaboração de orçamentos que, na prática, constituem um verdadeiro quadro de referências para o futuro imediato, em termos dos custos e proveitos a atingir. Finalmente, contemplam controles gerenciais que

permitem, de forma confiável, apurar os desvios (diferenças) entre que a empresa se propõe alcançar e os resultados efetivamente obtidos.

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Referências

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