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A importância do desenho técnico na Indústria de confecção.

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

A importância do desenho técnico na Indústria de confecção.

Disciplina:

Desenho Técnico

Acadêmico:

Diego Fernando Guiseli

Professor orientador:

Fabio Redin do Nascimento

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Resumo.

Mostrar a importância do desenho técnico e as possibilidades que ele oferece é o tema do presente trabalho. O estudo propõe a interpretação dos meios como o desenho técnico e a construção de projetos na área de confecção que contribuem para produzir com qualidade em consonância com todos os segmentos da empresa, dando ênfase a comunicação entre os pares. A estreita relação entre produção e projeto tem como método pesquisas bibliográficas, sites, periódicos e interpretações. Resulta na trilogia projeto, comunicação e produto, trazendo em seu contexto o desenho técnico e a gama de possibilidades que o mesmo oferece.

Palavras-chave: Desenho técnico, projeto, comunicação. Introdução.

A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio do Desenho Técnico é muito importante para o Engenheiro e o Projetista, visto que ele fornece todas as informações precisas e necessárias para a construção de uma peça. Assim, o Desenho Técnico surgiu da necessidade de representar com precisão, no caso desse trabalho, a padronização e a qualidade dos produtos da empresa selecionada, porém é ampla sua utilização como; máquinas, peças, ferramentas e outros instrumentos de trabalho.

A finalidade principal do Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das formas do mundo material e, portanto, tridimensional, de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas.

Assim, constitui-se no único meio conciso exato e inequívoco para comunicar a forma dos objetos; daí sua importância na tecnologia, face à notória dificuldade da linguagem escrita ao tentar a descrição da forma, apesar da riqueza de outras informações que essa linguagem possa proporcionar.

A precisão proporcionada pelo desenho técnico obedece a normas

internacionais, não são leis, porém obedecidas para que o produto final esteja dentro de um padrão específico.

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também tem que acontecer de maneira clara e concisa, para que o produto final realmente seja fiel ao projeto e esteja dentro das normas.

Revisão bibliográfica Geometria Descritiva.

No séc. XVIII Gaspard Monge (1746-1818) formulou as regras da Geometria Descritiva, enquanto ciência, generalizando os métodos introduzidos pelos artistas do Renascimento e apresentando, de forma sistematizada, os diversos métodos de representação rigorosa, no plano do desenho que tinham sido abordados de forma dispersa até então.

Ele introduziu em 1795 dois planos perpendiculares entre si para a descrição gráfica de objetos sólidos. Também desenvolveu um método para aplicação da

geometria aos problemas da construção, métodos e descobertas de muito valor para a contemporaneidade.

Segundo a revista Ciência Hoje (2005)

A geometria descritiva dispõe de métodos e procedimentos que permitem caracterizar elementos, dimensões e propriedades de qualquer figura geométrica do espaço a partir de suas projeções cilíndricas ortogonais.

É uma ciência que estuda os métodos de representação gráfica das figuras espaciais sobre um plano. Resolve problemas como: construção de vistas, obtenção das verdadeiras grandezas de cada face do objeto através de métodos descritivos e

também a construção de protótipos do objeto representado.

A geometria descritiva dispõe de métodos e procedimentos que permitem caracterizar elementos, dimensões e propriedades de qualquer figura geométrica do espaço a partir de suas projeções cilíndricas ortogonais. Ela fornece ao desenho técnico a base geométrica do estudo das relações espaciais que as formas

tridimensionais apresentam em projeção, não visando expressivamente à solução de problemas técnicos. Mas é o desenho técnico que concretiza no plano do desenho, a descrição rigorosa das formas dos objetos, como meio de comunicação entre quem os projeta e quem os fabrica ou constrói.

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Após a projeção, as imagens são rebatidas para o plano do "papel", formando as vistas do objeto. Observa-se que as vistas são alinhadas entre si, no qual uma pessoa pode perceber sua posição relativa.

A geometria descritiva serve como base teórica para o desenho técnico, permitindo a construção de vistas auxiliares, cortes, rebatimentos e interseções de planos e sólidos.

Desenho Técnico.

Segundo historiadores, as primeiras representações de desenho com finalidades técnicas foram executadas pelos egípcios. O primeiro projeto de uma construção que se tem documentos é de um forte projetado pelos caldeus 2000 a.C. Segundo

Cunha,2004 “os romanos se utilizaram dessas ferramentas para seus edifícios,

aquedutos, fortalezas, etc”. Mesmo com poucos documentos existentes, é improvável que as grandes construções da humanidade tenham sido executadas sem um

planejamento prévio.

Para um leigo ou uma pessoa que não domina a interpretação dos códigos, o desenho técnico possui uma linguagem bastante confusa, pois representa linhas onde não existem (arestas dos objetos) e não representa graficamente os materiais que deverão ser utilizados.

Lincho (1996, p. 42) define Desenho Técnico como:

Desenho não artístico, subordinado a uma série de normas e convenções que lhe são pertinentes. Elaborado com a finalidade de reproduzir graficamente e com a máxima fidelidade objetos existentes ou projetados e conseqüentemente, normalmente acompanhados, além da representação do objeto em si, de uma série de informações técnicas complementares (desenhos projetivos) ou também executado com a finalidade de mostrar variações, eventos, correspondência ou outros elementos técnicos de forma não projetiva (desenhos não projetivos).

O desenho técnico tem diversas aplicações. “Segundo Cunha (2004), “além do uso na mecânica enfatizado na sua obra, são utilizados desenhos deste tipo para arquitetura, topografia, cartografia, canalizações, eletrotécnica, construção naval e aeronáutica e desenho de mobiliário ou para marcenaria”.

A finalidade principal do Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das formas do mundo material e, portanto, tridimensional, de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas.

Como afirma Rosado (2005, p.03)

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Portanto, vários são os requisitos e formas de utilizar o desenho técnico, isto envolve uma constante busca de novos conhecimentos e um olhar sistemático não só no que é pertinente ao desenho e sim do todo.

Normas que regulamentam o desenho técnico.

Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas, seguidas e respeitadas internacionalmente. As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados em estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes.

Cada país elabora suas normas técnicas e estas são acatadas em todo o seu território por todos os que estão ligados, direta ou indiretamente, a este setor. No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ‟ ABNT, fundada em 1940. Para favorecer o desenvolvimento da

padronização internacional e facilitar o intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização em cada país, reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organização Internacional de Normalização (International

Organization for Standardization ‟ ISO).

Quando uma norma técnica proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os países que compõem a ISO, essa norma é organizada e editada como norma internacional. As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia,

Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasileiras NBR e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO.

Segundo o site http://www.eel.usp.br/na_apostila/pdf/capitulo1.pdf

Os procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica, como é o caso da NBR 5984 ‟ Norma geral de desenho técnico (Antiga NB 8) e da NBR 6402 execução de desenhos técnicos de máquinas e estruturas (Antiga NB 13), bem como em normas específicas que tratam os assuntos separadamente, conforme os seguintes exemplos:

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elaboração (Esboço, Desenho Preliminar e Definitivo), quanto ao grau de

pormenorização (Desenho de Detalhes e Conjuntos) e quanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizando computador)

„ NBR 10068 ‟ folha de desenho layout e dimensões, cujo objetivo é padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos e definir seu layout com suas respectivas margens e legenda.

„ NBR 10582 ‟ apresentação da folha de desenho técnico, que normaliza a distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, o espaço para desenho etc.. Como regra geral deve-se organizar os desenhos distribuídos na folha, de modo a ocupar toda a área, e organizar os textos acima da legenda junto à margem direita, ou à esquerda da legenda logo acima da margem inferior.

„ NBR 13142 ‟ desenho técnico ‟ dobramento de cópias, que fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho: para facilitar a fixação em pastas, eles são dobrados até as dimensões do formato A4.

„ NBR 8402 ‟ execução de caracteres para a escrita em desenho técnico que, visando à uniformidade e à legibilidade para evitar prejuízos na clareza do desenho e evitar a possibilidade de interpretações erradas, fixou as características de escrita em desenhos técnicas.

Uma consulta aos catálogos da ABNT mostrará muitas outras normas vinculadas à execução de algum tipo ou alguma especificidade de desenho técnico.

A implantação do desenho técnico e da fixa técnica na empresa Viccina, foram feitas as seguintes perguntas para a designer Samantha Signor.

●Qual a importância do desenho técnico?

●Qual é a base para criar novos modelos?

Apesar de saber que o desenho técnico realmente proporciona estas vantagens o processo para atingir este nível de comunicação é complexo.

Pesquisa de mercado, tendências de modelagem, e temos auxilio da indústria de produtos anatômicos.

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A separação das atividades de planejamento das atividades de produção

possibilita a participação de diversos profissionais especialmente no planejamento que envolve basicamente conhecimentos sobre formas de expressão gráfica e desenho.

Segundo Tybusch, (2009, p.20)

O problema surge quando estes profissionais entendem que o único atributo necessário para atuar na elaboração de representações gráficas é o domínio de alguma forma de desenho ou, atualmente, o domínio das ferramentas de software gráfico disponível no mercado.

Desconhecer os materiais (matéria-prima, ferragens, acessórios e componentes) e os processos produtivos utilizados fatalmente induzirá em falhas nas representações gráficas que, conseqüentemente, produzirão seus reflexos nos custos do produto final.

Outro fator que dificulta o processo é a comunicação entre desenhista e produção, que ocorre principalmente por meio de representações gráficas

denominadas de “desenho ou projeto” destinadas a orientar a produção representada. Além disso, existe a dificuldade por parte da produção de entender a linguagem técnica utilizada nas representações gráficas destinadas a orientar o processo produtivo de confecção, pois estes profissionais em sua grande maioria possuem conhecimento tático.

Citando novamente Tybusch, 2009 “estes fatos resultam, conseqüentemente, no comprometimento do processo produtivo, causando elevação dos custos financeiros e humanos além de comprometer a qualidade do produto final”.

Neste tipo de negócio é comum que as novidades lançadas por uma determinada empresa difundem-se no mercado, e outras empresas, desde que detentoras das tecnologias necessárias, passam a produzi-las.

No caso específico da empresa em questão a informação obtida de que para criar novos desenhos (reproduzir) basta ter conhecimento do programa CAD.

Como explica Lazzarato,( 2001, p. 45):

Se o produto é definido com a intervenção do consumidor, e está, portanto, em permanente evolução, torna-se então sempre mais difícil definir as normas de produção dos serviços e estabelecer uma medida objetiva da produtividade.

Portanto criar, copiar produtos para atender a demanda exige muito mais do que simples conhecimento de um software, é preciso uma visão global e senso crítica para que exista uma harmonia entre empresa, produto e consumidor.

Conclusão.

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Na indústria de confecção, ele serve como base para qualquer resultado concreto. Qualquer ideia de produto requer a aplicação do desenho técnico para que se conceba a sua fabricação.

Durante as observações e visitas pode-se perceber que na empresa em questão a comunicação entre projetista e mão de obra é excelente, várias pessoas que trabalham no processo produtivo têm conhecimento da linguagem técnica empregada nos desenhos.

Assim como a fala, o desenho técnico é um meio de comunicação imprescindível para a concretização de um projeto técnico. Através dele, o projetista consegue se expressar, afim de que o móvel seja montado corretamente, atendendo a demanda do cliente.

Outro fator relevante é o desenvolvimento do trabalho em consonâncias com todos os segmentos da empresa, partem do pressuposto que projeto mão de obra, materiais, custos e evitar desperdícios com certeza é a fórmula que leva a empresa ter lucros.

A normatização é seguida, porque assim os produtos são aceitos em qualquer mercado com garantia de qualidade e dando ao produto final a garantia de forte concorrente, com grandes chances de uma boa aceitação.

Com a utilização do desenho técnico e da fixa técnica a empresa conseguiu aumentar seus lucros e diminuir seus refugos, fazendo com a que a produção se tornasse mais puxada, eliminando os estoques intermediários fazendo a produção fluir melhor. A utilização maquinas mais modernas também contribuiu para que a empresa reaproveitasse melhor a matéria-prima e podendo assim realocar pessoas em outros setores, ganhando tempo e qualidade, utilizando seu material fora de linha antes estocado.

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Artigo da revista Ciência Hoje novembro de 2005 - pag. 49-51

BACK, Nelson. Metodologia de projeto de produtos industriais. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1983.

CUNHA, Luis Veiga da. Desenho técnico. 13. ed. rev. e atual. Lisboa:Fundação Caloust Gulbenkian, 2004.

LAZZARATO, Maurizio. Trabalho imaterial: formas de vida e produção de subjetividade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001

LINCHO, Paulo Renato Pinto. A terminologia para o desenho de arquitetura. Pelotas: UFPel, 1996. ROSADO, Víctor O. Gamarra; Desenho técnico: fundamentos teóricos e introdução ao CAD. Universidade estadual Paulista/ Faculdade de Engenharia São Paulo: 2005.

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