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MATERIAIS TEÓRICOS. Obstrutiva crônica: redução do fluxo de ar, devido ao estreitamento ou pela obstrução de vias aéreas;

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Academic year: 2021

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CONTEÚDO: DOENÇAS PULMONARES

PROFESSORES: ALANE BEZERRA

MATERIAIS TEÓRICOS

DOENÇAS PULMONARES TEORIA:

- Categorias de Pneumopatias: Infecções;

Obstrutiva crônica: redução do fluxo de ar, devido ao estreitamento ou pela obstrução de vias aéreas; Restritiva: diminuição de ar inalado pela redução da elasticidade ou quantidade do tecido pulmonar. - Necessidades energéticas aumentadas;

- Dificuldades de digestão e absorção dos nutrientes, na circulação sanguínea, na função celular, no estoque e na excreção da maioria dos nutrientes.

- Causas de desnutrição: anorexia, dificuldades mecânicas, distúrbios metabólicos, má-absorção dos alimentos, hospitalização e fatores socioeconômicos.

- Consequências da desnutrição: enfraquecimento generalizado, prejuízo na recuperação, piora do quadro clínico, disfunção muscular, respiratória e termorreguladora, diminuição da resposta imune, retardo na cicatrização de feridas.

- Doenças pulmonares agudas: objetivo nutricional é atingir os requerimentos aumentados pelo hipercatabolismo, a fim de prevenir a utilização de proteínas como fonte de energia.

- Doença Pulmonar obstrutiva crônica: objetivo nutricional é manter a força, a massa e a função do músculo respiratório.

- Excesso energético pode causar retenção hídrica, intolerância a glicose, diarreia, infiltração de gordura no fígado, aumento da produção de gás carbônico e do requerimento energético basal pela elevação da termogênese induzida pelos alimentos.

- DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC):

- Caracterizada pela obstrução lenta e progressiva das vias aéreas, geralmente associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo.

- Subdividida em:

- Enfisema (tipo I): determinado pelo alargamento e pela destruição anormal e permanente dos alvéolos; - Bronquite crônica (tipo II): tosse produtiva, com inflamação dos brônquios e outras alterações pulmonares;

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#OCURSOQUEMAISAPROVA

- Pacientes com enfisema: magros, caquéticos, mais velhos, hipóxia leve, com valores normais de hematócrito, desenvolvimento tardio de cor pulmonale.

- Pacientes com bronquite crônica: peso normal ou em excesso, hipóxia proeminente, hematócrito aumentado, desenvolvimento precoce de cor pulmonale.

- Cor pulmonale: alargamento do ventrículo direito e insuficiência cardíaca.

- Caquexia:

Fonte: Cuppari (2019)

- Objetivos da dietoterapia:

- Adequar a ingestão energética aos gastos (doença e programa de atividade física);

- Garantir o aporte proteico para auxiliar na promoção da manutenção da força, da massa e da função muscular respiratória;

- Manter a reserva adequada de massa corporal magra e tecido adiposo; - Estabilizar a perda de peso, principalmente a de massa magra (MM); - Garantir índice de massa corporal (IMC) ≥25kg/m2

- Terapia Nutricional: - Necessidades Energéticas: Harris &Benedict: FI de 1,3 a 1,5 OU

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GEB (kcal/dia) = 443,3 + [18,15 MCM (kg)]

Em que: MCM = massa corporal magra (estimada por bioimpedância elétrica).

- Baixo peso OU doença instável: hipercalórica 30 a 35 kcal/kg PA/dia.

Aumentar 500-1000kcal/dia - Excesso de peso:

20 a 25 kcal/kg PA/dia. Reduzir 500-1000kcal/dia

Evitar emagrecimento rápido (monitorar)

- Peso adequado ou doença estável: normocalórica. Homens: 25-30kcal/kg/dia

Mulheres: 20-25kcal/kg/dia - Proteína: hiperproteica.

15 a 20% do VET (Silva e Mura) ou 15 a 20% do VET; 1,2 a 1,7 g/kg peso seco/dia (Mahan e Escott-Stump). - Carboidrato: hipo a normoglicídica

50 a 60% do VET (Silva e Mura) ou 40 a 55% do VET (Mahan e Escott-Stump) - Lipídios: normo a hiperlipídica

25 a 30% do VET (Silva e Mura) ou 30 a 45% do VET (Mahan e Escott-Stump)

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#OCURSOQUEMAISAPROVA

Durante a exacerbação da doença, a utilização de corticosteroides induz a um aumento do catabolismo, tornando necessário maior aporte proteico e energético a fim de reduzir os efeitos deletérios sobre a massa muscular esquelética.

Suplementação com creatina, L-carnitina e ácidos graxos poli-insaturados: objetivo de reverter a depleção de massa magra e aumentar a capacidade funcional.

Suplementação com N-acetilcisteína e zinco: objetivo de diminuir o estresse oxidativo e o número de exacerbações.

A deficiência da vitamina D foi associada à gravidade da doença.

INTERVENÇÃO AOS SINTOMAS APRESENTADOS POR PACIENTES PORTADORES DE DPOC DURANTE A TERAPIA NUTRICIONAL

Anorexia

• Oferecer, em primeiro lugar, alimentos com alto teor energético; • Oferecer os alimentos favoritos;

• Aumentar o fracionamento das refeições ao longo do dia;

• Aumentar o teor energético das refeições acrescentando gordura de boa qualidade (azeite de oliva, óleo de coco, manteiga)

Saciedade precoce

• Oferecer, em primeiro lugar, alimentos com alto teor energético • Consumir líquidos uma hora após as refeições;

• Observar a temperatura dos alimentos (estando frios podem reduzir a sensação de plenitude gástrica)

Dispneia/cansaço

• Repouso antes das refeições;

• Usar broncodilatadores antes da refeição; • Realizar higiene brônquica, se necessário; • Comer lentamente;

• Respirar com os lábios semicerrados;

• Avaliar dessaturação durante a refeição e, se necessário, suplementar oxigênio; • Preferir refeições com pequenos volumes;

• Sugerir que tente consumir refeições com maior volume apenas quando o paciente estiver menos cansado;

• Aumentar a densidade energética das refeições. “Empachamento”

• Tratar os períodos de falta de ar ao mais breve possível, para evitar deglutição de ar;

• Consumir refeições em menor quantidade e mais frequentes; • Comer lentamente, mastigando bem os alimentos.

Constipação intestinal

• Incentivar a prática orientada de exercícios físicos;

• Aumentar o consumo de fibras totais (25 a 30g/dia) e líquidos (cerca de 1,5L/dia); • Avaliar junto com a equipe médica a necessidade de uso de medicamentos. Fonte: Adaptado de Rogers & Donahoe, 1996.

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RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS DE ACORDO COM O ESTÁGIO DA DOENÇA

Nutrientes Prevenção Reabilitação Exacerbação

Energia 1,3 vez a TMB* 1,3 vez a TMB* 40 a 45kcal/kg*

Proteínas NI NI 1,5g/kg/dia*

Carboidratos 45 a 65** 45 a 65** 45 a 65**

Lipídios 20 a 35** 20 a 35** 20 a 35**

NI: conforme necessidade individual; TMB: taxa de metabolismo basal.

Fonte: *Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Associação Brasileira de Nutrologia. Projeto Diretrizes, 2011; **Institute of Medicine, 2005.

- FIBROSE CÍSTICA ou MUCOVISCIDOSE

- Doença genética letal mais comum na população branca.

- Doença hereditária (autossômico recessivo), causada por mutações na proteína de um canal de cloreto complexo, uma proteína reguladora encontrada em todos os tecidos exócrinos.

-Esse defeito causa comprometimento no transporte de cloreto, sódio e bicarbonato, o que resulta na produção de secreções viscosas e espessas nos pulmões, pâncreas, fígado, intestinos e sistema reprodutivo, levando ao aumento do conteúdo de sal (sódio) nas secreções das glândulas sudoríparas.

- Afeta especialmente os pulmões e o pâncreas, num processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do muco;

- Nos pulmões esse aumento na viscosidade bloqueia as vias aéreas propiciando a proliferação bacteriana (especialmente pseudomonas e estafilococos), o que leva à infecção crônica, à lesão pulmonar e ao óbito por disfunção respiratória.

- No pâncreas, quando os ductos estão obstruídos pela secreção espessante, há uma perda de enzimas digestivas levando a má nutrição.

- Mesmo com adequada e regular dose de enzimas pancreáticas, alguns pacientes podem não absorver até 20-30% da ingestão diária de gorduras, comprometendo a terapia nutricional

RECOMENDAÇÕES DO PROJETO DIRETRIZES: TERAPIA NUTRICIONAL NA FIBROSE CÍSTICA, 2011 ENERGIA (> 2 anos e

adultos)

110 a 200% energia estabelecida para indivíduos saudáveis da mesma idade e sexo

PROTEÍNAS 15-20%

LIPÍDIOS 35 a 40%

SÓDIO Doses suplementares de sódio (entre 2 a 4 mEq/kg/dia) devem ser fornecidas

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#OCURSOQUEMAISAPROVA

- Outras orientações: Adicionar sal as refeições;

Repor enzimas pancreáticas sempre que indicado (misturando com produtos lácteos – pH<6, como leite, pudim e sorvete; e papa de maçã, no caso de bebês e crianças);

Fazer a refeição principal na hora do dia de maior gasto energético; Descansar antes das refeições;

Suplementar as vitaminas lipossolúveis;

Suplementar com nutrição enteral durante a noite, mas com consumo normal durante o dia, em caso de desnutrição.

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

- Ocorre quando a deficiência da troca gasosa está comprometida, acarretando um fornecimento inadequado de O2 aos tecidos.

- Objetivos da terapia nutricional: atender as necessidades básicas de nutrientes, preservar a massa corpórea magra, restaura a massa e a força dos músculos respiratórios, manter o equilíbrio hídrico, melhorar a

resistência à infecção e facilitar a saída da ventilação mecânica. - Terapia Nutricional:

Energia: 1500-2000kcal/dia. Fase catabólica: 25-35kcal/kg/dia. Fase anabólica: 40-45kcal/kg/dia. Carboidratos: 50-60% do VET. Glicose: 3-5mg/kg/min (300-500g/dia)

Proteínas: 1-1,5g/kg ou 20% do VET ou de 1,5-2g/kg/dia de peso seco. Lipídios: 30-50% do VET

Referências

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