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Finanças. Enangrad Pleno JALUZA MARIA LIMA SILVA BORSATTO DANIELLA SOUSA BARROS LUCIANA CARVALHO

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Finanças

Enangrad Pleno

JALUZA MARIA LIMA SILVA BORSATTO

DANIELLA SOUSA BARROS

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Finanças

ÍNDICES ECONÔMICOS-FINANCEIROS E PREVISÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL: UMA ANÁLISE DAS EMPRESAS DO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL

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Resumo

Diversos autores têm discutido a relação dos indicadores econômicos e financeiros e a falência das empresas. No entanto, com o advento da Lei 11.011/2005, substituindo o Decreto-Lei nº 7.661, que vigorava desde 1945, o debate tem sido ampliado, em especial, no que se refere ao comportamento dos indicadores econômicos e financeiros no processo de recuperação judicial. Dessa maneira, o presente estudo busca investigar quais indicadores econômicos e financeiros podem sinalizar o pedido de recuperação judicial das empresas do setor de Construção Civil. Os dados foram extraídos dos balanços patrimoniais das empresas entre 2013 e 2016 e analisados, estatisticamente utilizando um teste de diferença de médias e uma análise discriminante. Os resultados indicam que os indicadores que apresentaram maior poder preditivo foram a Composição do endividamento e o Giro do Ativo. Assim, estima-se que os indicadores com maior possibilidade de indicar a recuperação judicial nas empresas de construção civil e o endividamento e giro de ativo.

Palavras chaves: Recuperação Judicial, Índices Econômicos, Construção Civil, Análise discriminante.

Abstract

Several authors have discussed the relationship between economic and financial indicators and corporate bankruptcy. However, with the enactment of Law 11,011 / 2005, substituting Decree-Law no. 7,661, which had been in force since 1945, the debate has been expanded, in particular, regarding the behavior of economic and financial indicators in the judicial recovery process . Thus, the present study seeks to investigate which economic and financial indicators may signal the request for judicial recovery of companies in the Civil Construction sector. The data were extracted from the balance sheets of companies between 2013 and 2016 and analyzed, statistically using a mean difference test and a discriminant analysis. The results indicate that the indicators that presented the greatest predictive power were the Debt Composition and the Asset Turnover. Thus, it is estimated that the indicators with greater possibility of indicating the judicial recovery in the construction companies and the indebtedness and asset turnover.

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1. INTRODUÇÃO

Diversos autores têm discutido a relação dos indicadores econômicos e financeiro e a falência das empresas (ARAUJO e FUNCHAL, 2006; ARAUJO e FUNCHAL, 2009. PIMENTA, 2006; ORO e TEXEIRA e FILHO, 2012). No caso do Brasil, a Nova Lei de Recuperação de Empresa, promulgada em 2005, trouxe consideráveis modificações no sistema falimentar brasileiro, tornando-o mais flexível e menos burocrático (CARVALHO, 2007). Com isso, a importância da saúde financeira das empresas ganhou, ainda mais, relevância.

A antiga legislação falimentar brasileira era fragmentada, tendo o seu núcleo aprovado em 1945. Seu intuito era regular tanto os procedimentos de liquidação (falência), quanto a reorganização (concordata) das firmas comerciais. Apesar de prover ambos os procedimentos e de desejar prevenir ou evitar a liquidação das firmas, na prática, o antigo processo de insolvência provou ser inoperante tanto no que diz respeito à maximização do valor dos ativos quanto na proteção dos direitos dos credores em caso de liquidação (ARAUJO e FUNCHAL, 2009).

O antigo processo de insolvência no Brasil era muito demorado, levando, em média, 10 anos para ter todo o procedimento concluído, enquanto que em outros países da América Latina a média é de 3 anos e 7 meses (ARAUJO e FUNCHAL, 2009).

Assim, para os autores, a nova Lei de Recuperação de Empresa teve como objetivos modernizar o processo de insolvência brasileiro, que não se fazia mais compatível com a dinâmica econômica atual, tampouco atendia aos anseios inerentes a uma legislação falimentar contemporânea.

Fazzio Junior (2008) destaca, também, a necessidade da preservação empresarial e dos interesses sociais, indicando a manutenção das metas empresariais. Neste sentido, os empresários são incentivados a dar continuidade ao ciclo de produção da empresa, com o objetivo de satisfazer os interesses econômico-financeiros e de consumo da sociedade.

Pimenta (2006) salienta que a recuperação judicial não se destina a todas as organizações em crise econômico-financeira, sendo uma solução legal aplicável apenas àquelas que se mostrem temporariamente em dificuldade e, além disso, que se revelem economicamente viáveis. Deste modo, os indicadores econômicos e financeiros são termômetros essenciais para a compreensão das empresas que se encontram em recuperação judicial.

No caso do setor de construção civil, dados do Instituto Nacional de Recuperação Empresarial revelam que 1.079 empresas do ramo entraram com pedido de recuperação judicial durante o ano de 2016, ante as 846 do ano anterior. O maior crescimento (41%) foi na região Sudeste, onde 450 empresas entraram com o pedido de recuperação judicial. Em segundo lugar, a região Sul com aumento de 22% nos pedidos; depois a Norte, com alta de 19%; Nordeste, com aumento de 18%; e Centro-Oeste, 16%. Entre os motivos do crescimento de 83% no número de recuperação judicial nesse período está a queda na atividade econômica, a escassez de obras públicas e os atrasos nos pagamentos do poder público (INRE, 2017). Neste contexto, muitas empresas estão se tornando insolventes.

Assim, considerando a recente mudança na legislação de falência brasileira e a atual crise do setor de construção civil, este estudo contribui para o debate empírico sobre o tema em duas direções: ao testar a relevância dos indicadores econômicos e financeiros no período pós alteração da legislação; e ao estimar uma função discriminante para o setor de construção civil.

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Diante disso, este artigo visa responder à seguinte pergunta de pesquisa: Quais os principais indicadores econômicos e financeiros podem sinalizar a recuperação judicial das empresas do setor de Construção Civil?

Para tanto, o objetivo geral do trabalho é investigar quais indicadores econômicos e financeiros podem indicar o pedido de recuperação judicial das empresas do setor de Construção Civil. Ademais, o artigo tem como objetivos específicos: i) comparar os índices de empresas solventes e em recuperação judicial das empresas de construção civil selecionadas; ii) apresentar uma função discriminante para empresas solventes e em recuperação judicial do setor de construção civil brasileiro

Para atender a esse objetivo, o artigo está organizado em quatro seções, incluindo esta breve introdução. A segunda seção apresenta o debate teórico e empírico sobre a influência da inovação na produtividade das empresas. A terceira seção descreve os procedimentos metodológicos e os dados utilizados. A quarta seção relata os resultados do estudo empírico. Por fim, a quinta seção sintetiza as considerações finais.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Indicadores econômicos e financeiros

Segundo Perez e Fama (2003), os avanços da tecnologia da informação e a globalização estão acirrando a competição das empresas, fazendo com que tenham que se diferenciar dos concorrentes. Desta forma, a Avaliação de Desempenho empresarial há muito tempo tem sido considerada como imprescindível para que as organizações se mantenham competitivas sendo forçadas a reduzir suas margens de lucro e a fundamentar suas decisões. (WERNKE; LEMBECK, 2004).

A análise de indicadores econômicos e financeiros é essencial para a geração de informações que demonstrem a situação da empresa dentro do seu macro ambiente, possuindo o papel de colher dados e analisar situações para medir a capacidade da empresa de liquidar suas obrigações nas datas previstas (FERREIRA, 2017).

Segundo Assaf Neto (2007), é possível fazer essa análise de duas maneiras: a primeira, a longo prazo (análise temporal) - percepção de uma tendência do futuro - e a segunda, feita por comparação de concorrentes no período desejado. O autor divide os índices em três grupos: liquidez, estrutura e rentabilidade e alerta que tais ferramentas não devem ser usadas isoladamente, uma vez que, para obter dados com qualidade e ter uma análise satisfatória do cenário empresarial, é necessário que o conjunto das informações se dê de forma integrada; portanto, cada índice deve contribuir na construção dos dados analisados. Os grupos apresentados pelo autor são índices de liquidez, índices de estrutura do circulante e índices de capital circulante líquido.

Os índices de liquidez ou solvência demonstram a situação financeira de uma empresa ante seus compromissos passivos, ou seja, são responsáveis por medir a capacidade da empresa e cumprir suas obrigações. Esses índices contêm três indicadores: liquidez geral (LG), liquidez corrente (LC) e liquidez seca (LS). Os indicadores de endividamento e estrutura avaliam a proporção de recursos próprios e de terceiros mantidos pela empresa, a dependência financeira por dívidas de curto prazo, a natureza de suas exigibilidades e o risco financeiro. São divididos em três indicadores: participação de capitais de terceiros, composição do endividamento e imobilização do patrimônio líquido. Os Indicadores de Rentabilidade representam uma avaliação econômica do desempenho da empresa, dimensionando o retorno sobre os

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investimentos realizados e a lucratividade apresentada pelas vendas. É possível dividi-los em quatro indicadores: giro do ativo, margem líquida, rentabilidade do patrimônio e rentabilidade do ativo.

O Quadro 1 apresenta as fórmulas para o cálculo desses indicadores, conforme Assaf Neto (2007).

Quadro 1 - Indicadores Econômico-financeiros Indicadores de Liquidez Indicadores de Endividamento e

Estrutura

Indicadores de Rentabilidade LG : (AC + ANC) / (PC + PELP) PCT: (CT/PL) * 100 GA = VL/AT

LC: AC / PC CE: PC/CT ML = (LL/VL) * 100

LS : Disponível + Aplicações Financ. + Clientes / PC

IPL: (AP/PL) * 100 ROA: LL / AT RPL: LL / PLM Nota: LG – liquidez geral; AC – ativo circulante; ANC – ativo não circulante; PC – passivo circulante; PELP – passivo exigível a longo prazo; LC – liquidez corrente; LS – liquidez seca; PCT – participação de capital de terceiros; CT – capital de terceiros; PL – patrimônio líquido; CE – composição de endividamento; IPL – Imobilização de patrimônio líquido; AP – ativo permanente; GA – giro do ativo; VL – vendas líquidas; AT – ativo total; ML – margem líquida; LL – lucro líquido; ROA – Retorno sobre o ativo; RPL – retorno sobre o patrimônio líquido; PLM – patrimônio líquido médio.

Fonte: Adaptado de Assaf Neto (2007).

2.2 Indicadores econômicos e financeiros e Solvência

Matarazzo (2007) cita que a credibilidade das empresas perante terceiros – fornecedores, bancos, clientes e credores diversos, por exemplo – depende da análise da situação financeira em determinado período. Os Credores ou administradores interessados na situação financeira da empresa irão analisar vários cálculos com diferentes índices. Serão destacados, a seguir, três mais importantes para estas análises: liquidez geral, liquidez corrente e liquidez seca.

Em outra perspectiva, o teste de Solvência, para Matarazzo (2010), é um cálculo desenvolvido por meio de fórmula matemática, já demonstrada anteriormente no quadro 1, usando os índices para separar dois grupos solventes e insolventes. O autor aponta que a má alocação de recursos nas empresas irá gerar dificuldade de pagamentos de suas obrigações, gerando, consequentemente, inadimplência. Porém Rodrigues, Silva e Hein (2012) salientam a diferença entre a inadimplência e insolvência, visto que a organização só é considerada insolvente ao não possuir recursos suficientes para a liquidação de suas dívidas. Dessa maneira, as empresas que não são capazes de cumprir tais obrigações passam pela inadimplência como forma de verificar o estado de insolvência e posteriormente uma falência.

Alguns autores, como Mendes et al (2014), identificam a insolvência e a falência como sinônimos, sendo possível distingui-las apenas da maneira que a primeira é um estado e a segunda em um significado legal, mediado por um processo judicial, como sinônimos, sendo assim, distinguíveis apenas em seu sentido literal, no qual a primeira é o estado característico da empresa em determinado momento, e a segunda carrega significado legal, mediado por um processo judicial.

Segundo Carnaúba (1993), para a análise de solvência é importante que os indicadores financeiros sejam levantados com confiabilidade e precisão. Desse modo podem-se obter informações necessárias para a tomada de decisão. Possuir o índice de liquidez alto pode significar que a empresa possui uma boa saúde financeira, ou não. Possuir alto índice de liquidez não é garantia de estabilidade financeira. A análise completa das informações é feita mediante a avaliação da qualidade dos ativos. Nesse

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sentido, pode-se citar a Teoria da Sinalização, na qual se evidencia a importância se ter conhecimento de todo o projeto, analisando as oportunidades e o risco para se investir e empreender.

2.3 O Processo de Recuperação Judicial

A Lei 11.101, aprovada em 2005, foi implantada em substituição ao Decreto-Lei nº 766, que vigorou por 60 anos. MORO (2011) defende que a Decreto-Lei de Recuperação de Empresas e Falência, vigente no momento, oferece uma chance para as empresas com resultados não-esperados de insucessos. Assim, é possível obter mais clareza nos processos e maior controle de toda a cadeia de stakeholder, além de recuperarem seu mercado e passarem dos prejuízos ao lucro, alcançando o equilíbrio nas atividades.

Segundo o Guia Prático de Recuperação Judicial de Empresas (2011), nos dias atuais, o papel do administrador tem cada vez mais destaque. Erros de gerências não são tratados com insignificância, sendo necessária uma visão holística para a tomada de cada decisão dentro da organização. A sociedade capitalista valoriza a iniciativa privada e, por ser parte considerável dentro desta, as empresas que não conseguem demonstrar condutas econômicas equilibradas causam desarmonia no ambiente em que estão inseridas.

O guia mostra as práticas verificadas em boa parte das empresas com insucesso no Brasil, citando que acontecem devido à redução de poder de compra e venda, falta de planejamento contábil (carga tributária e burocracia), relações trabalhistas conflitantes e preconceituosas, dentre outras.

O antigo decreto era considerado insuficiente e ineficiente em relação ao seu principal objetivo, ou seja, ajudar as empresas a se reerguerem, trazendo benefícios não somente internos, mas a economia brasileira em geral. Tal sistema era considerado rígido, sendo possível a liquidação dos passivos das empresas, mas com o encerramento das atividades produtivas, houve problemas de ordem social, sendo essencial um novo sistema que flexibilizasse a administração do processo.

Tal flexibilidade, no entanto, não faz com que as empresas possam entrar na recuperação de maneira simples. Por ser considerado a derradeira oportunidade de muitas empresas de se manterem no mercado, são indispensáveis exigências a serem cumpridas, tais como o acompanhamento diário e profissionais especializados no andamento do dia a dia em tais empresas. Durante esse processo, as empresas precisam apresentar grandes mudanças internas a fim de se recuperarem dos erros do passado e superarem suas dificuldades.

O Guia Prático (2011) traz a melhoria no quesito social, que a atualização que lei gerou. Como já citado ser um problema na antiga lei, a chance efetiva de que o plano seja cumprido e a falência evitada é uma das principais vantagens da atualização. Isso se dá pois o devedor passa a ter uma chance de envolver mais credores, de modo que, ao se ter a aprovação de 3/5 dos credores em seu acordo, o cumprimento do plano se torna obrigatório para todas as partes, o que pode ser considerado uma das principais vantagens para as empresas que estão com necessidade de recuperação.

Além disso, o guia também fornece um fluxo explicativo de como o processo acontece. O controle é feito pelo Judiciário além do Administrador Judicial, nomeado para fiscalizar as ações da empresa.

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Figura 1: O processo de Recuperação Judicial

Fonte: Guia Prático de Recuperação Judicial (2011)

É importante enfatizar que nem todas as empresas são capazes de entrar com o processo de Recuperação Judicial. Seguem as regras aceitas para requerimento do início processual

• Exercer regularmente suas atividades há mais de dois anos; • Não ser falido ou ter atividades falidas extintas;

• Não ter concessão de Recuperação Judicial há pelo menos cinco anos; • Não ter concessão de Recuperação Judicial há pelo menos oito anos com base no Plano Especial;

• Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio- controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos na Lei Falimentar.

Em suma, seguem os principais pontos de melhorias trazidos pela atualização do processo, segundo Fazzio Junior (2008)

• Flexibilização dos procedimentos preventivos; • Ampliação da participação dos credores;

• Maior amplitude nas possibilidades de acordos entre credores e devedor; • Manutenção do privilégio dos créditos trabalhistas e acidentários;

• Mitigação da função jurisdicional;

• Adoção de novos mecanismos para a superação das crises empresariais;

• Simplificação dos procedimentos; • Reformulação da função administrativa.

2.4 Estudos sobre Recuperação Judicial - Objetivos e Resultados

Marta Motta et al (2006) buscam identificar, sob a perspectiva financeira do BSC, quais indicadores de desempenho conseguem explicar e sanar as dívidas de empresas que ingressaram com pedidos de recuperação judicial, de modo que se torne possível a continuidade das suas operações. Em ambas as empresas utilizadas como estudo, foi constatado que a Margem Líquida e o ROI estavam negativos em sua solicitação de recuperação, e somente uma dessas empresas conseguiu fazer com que tais índices ficassem positivos, saindo de forma satisfatória do processo.

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Araújo e Funchal (2006) estudaram a Lei de Falência brasileira, seus defeitos sobre a economia e, principalmente, suas consequências no desenvolvimento do mercado de crédito. Os autores, por meio de modelos econométricos, defendem que as mudanças do processo trarão consequências positivas para a economia do país, trazendo um desenvolvimento significativo do mercado de crédito, expandindo o volume e diminuindo as taxas de juros cobradas às firmas. Apesar disso, também é citado que o modelo ainda possui falhas, uma vez que ainda considera que os ativos dados como garantias aos credores segurados devem pertencer ao devedor em caso de bancarrota, em vez de serem transferidos imediatamente aos credores, como foi definido contratualmente.

Em um trabalho posterior, Araújo e Funchal (2009) conseguiram testar, empiricamente, como a alteração do processo de Recuperação Judicial teve seus impactos na prática. Os números encontrados foram satisfatórios, uma vez que, apesar de menos empresas solicitarem a recuperação, devido ao aumento da burocracia, houve a queda de 46% de empresas, que faliram enquanto participavam do processo. Os efeitos sob o mercado de crédito, além de lento, podem ser observados, porém sem a evidência da redução das taxas de juros médias.

Oro e Teixeira e Filho (2012) revelaram, por meio da análise discriminante, que os indicadores financeiros com maior capacidade de predizer a probabilidade de dificuldades financeiras das empresas no setor têxtil são a rentabilidade do ativo e a alavancagem financeira. A amostra se constituiu de cinco empresas do setor têxtil que se encontram em processo de recuperação judicial em janeiro de 2012, e 5 empresas em atividades normais, listada na BM&FBovespa.

Silva et al (2015) apontaram que os indicadores contábeis podem sinalizar o estado de recuperação judicial das organizações. Foram selecionadas todas as empresas de capital aberto listadas na BM&FBovespa, durante o período de 1995 a 2013. A amostra final é composta por 330 empresas não financeiras, perfazendo um total de 4.417 observações. A técnica econométrica utilizada para estimação dos coeficientes foi a Regressão Logística (Logit) com dados em painel pooled desbalanceado. Os resultados evidenciaram que oito indicadores são, estatisticamente, significativos para previsão de recuperação judicial, sendo os índices de Estrutura de ativos, Indicador de lucros retidos, Produtividade dos ativos, Giro do ativo, Retorno sobre o ativo e Endividamento de curto prazo significativos no nível de 1% e Liquidez Corrente e Participação de capital de terceiros significativos a 5%. Além disso, o modelo estimado classificou 93,10% das observações corretamente, no entanto apenas em relação ao nível de empresas solvente o percentual de previsão foi satisfatório, atingindo 100%.

Stroparo e Stroparo (2015), com objetivo apresentar os aspectos da contabilidade no processo de recuperação judicial da empresa OGX uma das maiores em seu ramo de atuação, mostra o alto índice de endividamento, além de expressar gastos em excesso e valores insuficientes para o andamento da empresa. Tais problemas são representados por inúmeros problemas de gestão, investimento alto em oportunidades de grande risco, diversificação de setores em curto prazo sem planejamento correto.

Nascimento e Fernandes (2017) realizaram a análise da empresa Oi S.A. em recuperação judicial, e usando como metodologia a aplicação dos índices contábeis de Estrutura de Capital, Liquidez Corrente, Giro do Ativo e também o modelo de Previsão de Insolvência Kanitz (1978), buscaram indícios da saúde financeira-econômica, a fim de diagnosticar a atual (2017) situação, se favorável ou não, no mercado. Como resultado, apesar da instabilidade observada na empresa, com o

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aumento do uso de capital de terceiros e redução da receita líquida, foi constatado a dificuldade da empresa em honrar e saldar suas obrigações e a redução do lucro. Apesar de todos os cenários, não otimistas, segundo o modelo de Kanitz, a empresa estaria em situação de solvência, já que estaria com resultados que mostram melhorias a cada semestre. O Quadro 2 organiza as principais contribuições dos autores.

Quadro 2: Evidenciação de resultados

Autor Objetivo Método Resultado

Marta Motta et al. (2006)

Identificar os indicadores de desempenho sob a óptica da perspectiva financeira do BSC em empresas que ingressaram com pedidos de recuperação judicial como meio de saldar suas dívidas e manter sua continuidade operacional.

Estudo de caso múltiplo em duas

empresas.

Os resultados obtidos demonstraram uma das empresas analisadas conseguiu realizar seu plano de recuperação, melhorou sua ML e ROI, tornando-os positivos e saindo do processo em questão, enquanto a outra empresa, não tornou a ML e o ROI positivo, permanecendo em recuperação.

Araújo e Funchal (2006)

Estudar a nova Lei de Falências brasileira, seus efeitos sobre a economia e, principalmente, suas

consequências no desenvolvimento do mercado de crédito. Regressão OLS e Regressão quantilica

As mudanças feitas no sistema legal poderão trazer um desenvolvimento significativo do mercado de crédito, expandindo o volume e diminuindo as taxas de juros cobradas às firmas, além de uma melhora na eficiência da economia.

Araújo e Funchal (2009)

Estimar e analisar os primeiros efeitos da nova lei de falências sobre o ambiente econômico, mais especificamente, sobre o número de falências decretadas e requeridas, sobre o número de pedidos de recuperação judicial e também sobre o mercado de crédito brasileiro.

Regressão OLS

Como resultado, pode-se ressaltar a queda do número de pedidos de recuperação e falência, aumento do acesso ao crédito das firmas nacionais, porém nenhuma alteração significativa encontrada referente as taxas de juros para pessoa jurídica.

Oro e

Teixeira e Filho (2012)

Identificar os indicadores

financeiras com maior capacidade de predizer a probabilidade de dificuldades financeiras das empresas no setor têxtil.

Análise discriminante

Os resultados apontaram que a análise discriminante, a partir da função obtida no estudo, mostrou-se com alto valor de predição para classificar as empresas do setor têxtil nos dois grupos propostos.

Silva et al (2015)

Analisar quais os indicadores contábeis podem sinalizar o estado de recuperação judicial das organizações. Regressão Logística (Logit) com dados em painel pooled desbalanceado .

Os resultados demonstraram que oito indicadores são estatisticamente significativos para previsão de recuperação judicial, sendo os índices de Estrutura de ativos, Indicador de lucros retidos, Produtividade dos ativos, Giro do ativo, Retorno sobre o ativo e Endividamento de curto prazo significativos e Participação de capital de terceiros. Stroparo e Stroparo (2015) Apresentar os aspectos da contabilidade no processo de recuperação judicial da empresa OGX uma das maiores em seu ramo de atuação.

Análise descritiva

O resultado mostra forte dependência de recursos de terceiros por tarde da empresa, além da queda dos índices de liquidez, gerando um futuro pessimista e incerto para a empresa.

Nascimento e Fernandes (2017)

Analisar as demonstrações contábeis da Empresa Oi S.A. em recuperação judicial, para indícios da saúde financeiro-econômica

desta, a fim de

diagnosticar a atual situação, se favorável ou não, ao mercado atual.

Previsão de Insolvência Kanitz (1978)

Como resultado, apesar da instabilidade observada na empresa, com o aumento do uso de capital de terceiros e redução da receita líquida, foi constatado a dificuldade da empresa de honrar e saldar suas obrigações e redução do lucro.

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa a ser desenvolvida se caracteriza como descritiva exploratória. Para que haja maior familiaridade com o tema pesquisado, a pesquisa exploratória se faz fundamental, pois tem o objetivo de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores (GIL, 1999).

Já a pesquisa descritiva tem o objetivo de estabelecer a relação entre variáveis. Ainda segundo Selltiz et al. (1965), permite abranger, com exatidão, as características de um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como desvendar a relação entre os eventos. A elaboração das questões de pesquisa exige um profundo conhecimento do problema a ser pesquisado.

O estudo comtempla a abordagem quantitativa em relação aos índices de 5 cinco empresas do setor de construção civil, no período de 2014 a 2016, que passaram pelo processo de Recuperação Judicial e 5 (cinco) que não entraram com este pedido. Nessa população, tem-se a OAS Engenharia como exceção, já que não disponibilizou as demonstrações financeiras do ano de 2016, por esse motivo, foram analisados os anos de 2013 a 2015. Para uma análise da saúde financeira das empresas estudadas, foram coletados dados disponibilizados por meio da BM&FBovespa e nos sites das empresas.

Para realização das análises estatísticas, as empresas que passaram, ou ainda passam pela recuperação judicial do setor de construção civil, foram agrupadas em um grupo (A1) e comparadas com as empresas de outro grupo (A2), composto por empresas do mesmo setor e que não passaram em processo de recuperação judicial. Na composição do grupo A2, estão 5 empresas com ativo total de porte similar às empresas do grupo A1, sendo que todas estão listadas na BM&FBovespa.

Dessa maneira, a amostra é composta de 12 (doze) empresas do setor de construção civil. No quadro 3, apresenta-se a relação de empresas objeto de análise deste estudo.

Quadro 3: Empresas analisadas Segmento de

Construção Civil Empresas

Ano de adesão no Plano de Recuperação Judicial Passaram Ou Passam Pela Recuperação Judicial OAS Engenharia 2015 Galvão Engenharia 2015 Geosonda S.A. 2016

Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A 2015 PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações 2017

UTC Engenharia S.A. 2016

Nunca Fizeram Parte Do Processo De Recuperação Judicial

Const. Adolpho Lindenberg S.A. Cyrela Brazil Realty S.A. Emprs E Parts João Fortes Engenharia S.A.

Rodobens Negócios Imobiliários Tecnisa S.A.

Trisul S.A. Fonte: Dados da pesquisa.

Pode-se constatar, então que, das 6 empresas coletadas do grupo A1, três aderiram o processo em 2015, 2 em 2016 e 1 em 2017. Os dados foram tabulados em

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planilha eletrônicas no software SPSS® (Statistical Package for the Social Sciences). Foram calculados os índices individualmente por empresas do setor selecionado e feita a análise comparativa entre as empresas do grupo A1 e A2.

Foram selecionados 10 (dez) índices, divididos em 3 grupos, que, em razão da população relativamente baixa de empresas, auxiliam no cumprimento do objetivo do trabalho. São eles: 1. Liquidez (Liquidez Geral, Liquidez Corrente e Liquidez Seca); 2. Rentabilidade (Giro do Ativo e Margem Líquida); 3. Estrutura de Capital (Participação de Capital de Terceiros, Composição de Endividamento e Imobilização do PL).

Para a estimação da análise discriminante, foram realizados teste das médias dos dois grupos (Tests of Equality of Group Means), testes de correlação e covariância (Pooled Within-Groups Matrices), teste de tolerância (Variables Failing Tolerance

Test) e os testes para avaliação do poder de explicação da função discriminantes

(Eigenvalues e Wilks' Lambda). Após a realização dos testes, foi construída a função discriminante para o modelo.

4. RESULTADOS DA PESQUISA

Com base nos resultados de médias e a análise dos desvios padrões, que têm como objetivo medir a volatilidade do mercado, dos dois grupos, foi possível visualizar e interpretar os números expostos na Tabela 1.

Tabela 1: Análise das médias

Índices

Empresas

Solventes Recuperação Judicial Média SD Média SD

Liquidez Seca 1,44 0,51 1,19 1,077

Liquidez Geral 1,61 0,50 1,04 0,58

Liquidez Corrente 2,22 0,54 1,42 1,12

Participação de Capital de Terceiros 2,44 0,85 3,09 8,80

Composição do Endividamento 0,00 0,00 0,47 0,60 Imobilização do PL 22,05 20,26 12,00 164,60 Giro do Ativo 0,16 0,38 0,57 0,59 Margem Líquida 14,61 58,85 -1666,76 18469,49 ROA 0,020 0,10 -0,30 0,67 ROE 0,006 0,32 - 0,29 1,33

Fonte: Elaborado pelo autor

A comparação entre empresas solventes e em recuperação judicial, indica os índices de capacidade de pagamento, liquidez seca, corrente e geral, que são maiores nas empresas solventes. Ademais, as empresas solventes possuem menor participação de capital de terceiros e menor composição do endividamento. Por fim, nota-se que as empresas solventes também possuem maior desempenho econômico, pois, na média, seus indicadores de margem liquida, ROA e ROE, são maiores.

Esses resultados corroboram Pires (2017), para as empresas de capital aberto brasileiro, e Oro e Teixeira e Filho (2012), para uma amostra em empresas do setor têxtil, que relataram que as empresas solventes apresentam, na média, índices econômicos e financeiros com melhor desempenho do que as empresas em recuperação judicial.

A tabela 2 registra os resultados do teste das médias dos dois grupos. No teste utilizado, também conhecido como teste U, obteve-se o indicador a partir da razão entre a soma dos quadrados dos erros dentro dos grupos e a soma dos quadros dos

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erros totais, evidenciando a proporção da variabilidade total que não é explicada pela diferença entre os grupos, testando a igualdade dos centroides dos grupos (FAVERO, 2004).

Como os valores de significâncias próximos a zero representam forte diferença entre as médias, o índice de Liquidez Geral, Liquidez Corrente, Giro do Ativo e Composição do Endividamento, Participação de Capital de Terceiros, ROA e ROE apresentam os resultados mais significativos enquanto dissemelhança entre as médias entre os dois grupos de empresas.

Tabela 2: Teste de diferença de médias

Índices Wilks' Lambda F df1 df2 Sig.

Liquidez Seca 0,978 0,836 1 37 0,367

Liquidez Geral 0,785 10,140 1 37 0,003

Liquidez Corrente 0,832 7,466 1 37 0,010

Giro do Ativo 0,859 6,093 1 37 0,018

Margem Líquida 0,996 0,149 1 37 0,702

Participação de Capital de Terceiros 0,989 0,418 1 37 0,022 Composição do Endividamento 0,767 11,235 1 37 0,002

Imobilização do PL 0,998 0,066 1 37 0,799

ROA 0,900 4,113 1 37 0,050

ROE 0,778 0,821 1 37 0,071

Fonte: Elaborado pelo autor

Tais resultados podem mostrar que a principal dificuldade das empresas em Recuperação Judicial é a capacidade de cumprimento das obrigações, causando, inclusive, uma elevada composição do endividamento e da utilização de capital de terceiros.

Destaca-se que os indicadores econômicos (ROA e ROE) também evidenciaram diferenças significantes entre o grupo 1 e 2. Esses resultados revelam que empresas em recuperação judicial apresentam, em média, menor desempenho financeiro do que as em atividades normais

A tabela 3 exibe o teste de Wilks' Lambda, que manifestou significância. Desta forma, a função tem alta capacidade de discriminar os elementos entre os grupos. Ademais, foi estimada a matriz de correlação com intuito de eliminar variáveis com correlação alta e, com isso, evitar problema de multicolinearidade. Não foram encontrados resultados significativos.

Tabela 3: Wilks' Lambda Test of

Function(s)

Wilks'

Lambda Chi-square DF Sig.

01 0,397 29,525 10 0,001

Fonte: Elaborado pelo autor

No que se referem à Tabela 4, os resultados exibem a função discriminante canônica, com exclusão das variáveis independentes de liquidez seca e margem liquida e imobilização do PL, pois apresentaram contribuição para a formação de função discriminante, que são repetidas em função da multicolinearidade. As demais variáveis registraram maior valor preditivo para a função discriminante.

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Tabela 4: Coeficientes da função discriminante canônica: Coeficientes não padronizados

Índices Função 1

Liquidez Geral -0,574

Liquidez Corrente 0,149

Giro do Ativo 0,997

Participação de Capital de Terceiros -0,340 Composição do Endividamento 1,288

ROA 0,013

ROE -0,766

Const 11.982

Fonte: Elaborado pelo autor

Nota-se que os indicadores que apresentaram maior poder preditivo foram a Composição do endividamento e o Giro do Ativo. Assim, estima-se que os indicadores com maior possibilidade de indicar a recuperação judicial nas empresas de construção civil e o endividamento e giro de ativo.

Esses resultados ratifica o estudo feito pelas FENACON (2017) que indica que

as empresas não contavam uma queda no de ritmo de vendas e muitas estão amargando prejuízo só para conseguir se desfazer do estoque excedente (Giro do Ativo). Ademais a maioria não possuem um alto endividamento.

A, a função que discrimina as empresas do setor de construção cível, classificando-as no Grupo 1, “Em Recuperação Judicial”, ou seja, aquelas identificadas com maiores dificuldades financeiras e propensas ao perfil de necessidade de ingresso legal ao processo, ou no Grupo 2, “Solventes”, com menores probabilidades de buscar a recuperação judicial, é dada pela função discriminante (Z),

Z = 11.982 - 0.571LG + 0.149LC + 0.997GA - 0.340PCT + 1,288CE + 0,013.ROA – 0,766.ROE

Aplicando-se a função discriminante do estudo em empresas do setor, é possível a classificação, considerando o resultado de Z positivo, a empresa deve ser classificada como “Em Recuperação Judicial”, evidenciando a sua condição de dificuldades financeiras; caso o resultado seja de Z negativo, a empresa é classificada como “Solventes”, não propensas a dificuldades financeiras em razão dos dados encontrados (ORO E TEIXEIRA E FILHO, 2012)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo desenvolvido, a fim de analisar e comparar as empresas de dois grupos distintos do setor de construção civil a partir de dados da BM&FBovespa, evidencia as diferentes contábeis e financeiras das empresas solventes em relação às empresas com maiores dificuldades, que passaram ou passam pelo processo de recuperação judicial.

Os resultados revelam que a comparação entre empresas solventes e em recuperação judicial, os índices de capacidade de pagamento, liquidez seca, corrente e geral, que são maiores nas empresas solventes. As empresas solventes possuem menor participação de capital de terceiros e menor composição do endividamento. Ademais, nota-se que as empresas solventes também possuem maior desempenho

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econômico, pois, na média, seus indicadores de margem liquida, ROA e ROE, são maiores.

Com relação os testes de diferença de médias entre os dois grupos nota-se que a principal dificuldade das empresas em Recuperação Judicial é a capacidade de cumprimento das obrigações, causando, inclusive, uma elevada composição do endividamento e da utilização de capital de terceiros. Destaca-se que os indicadores econômicos (ROA e ROE) também evidenciaram diferenças significantes entre o grupo 1 e 2. Esses resultados revelam que empresas em recuperação judicial apresentam, em média, menor desempenho financeiro do que as em atividades normais

Por fim, análise discriminante constatou que os indicadores que apresentaram maior poder preditivo foram a Composição do endividamento e o Giro do Ativo. Assim, estima-se que os indicadores com maior possibilidade de indicar a recuperação judicial nas empresas de construção civil e o endividamento e giro de ativo.

Como sugestão para estudos futuros, caberia a aplicação destes modelos de insolvência em outras empresas em situação financeira diferentes para verificar se a análise dos indicadores ratifica esta conclusão.

6. REFERENCIAL

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