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ALE VAI CONVOCAR SUPERINTENDENTE PARA FALAR DE GABINETE FANTASMA

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Brasil: 50 milhões

de pessoas

com vacinação

completa

CEF distribuirá

R$ 8,1 bilhões

em lucros

do FGTS

Página 7

Deputados de AL

criticam prisão

de Roberto

Jefferson

Página 4 Página 12

ALE VAI CONVOCAR SUPERINTENDENTE

PARA FALAR DE “GABINETE FANTASMA”

GOVERNO DE ALAGOAS

Secretários estaduais

se preparam para

disputar as eleições

em 2022

Alguns secretários estaduais podem disputar as eleições no próximo ano. Caso se confirme, o governo de Renan Filho (MDB) terá que passar por mais uma reforma administrativa. A maior parte desses nomes é aponta-da como “possibiliaponta-dades para o Legislativo”. Os secretários que podem disputar a eleição em 2022 são Alexandre Ayres (Saúde), Rafael Brito (Educação), Alfredo Gaspar de Mendonça (Se-gurança Pública), Fabiana Pessoa (Assistência Social), Maurício Quintella Lessa (Infraestrutura), Maykon Beltrão (Agricultura), Marcius Beltrão (Desenvolvimen-to e Turismo) e Arthur Albuquer-que (Trabalho). Página 5

V I S I T E N O S S O S I T E : W W W . J O R N A L D A S A LA G O A S . C O M . B R

Na sessão ordinária de ontem, os parlamenta-res estaduais aprovaram o pedido formulado pelo deputado Davi Maia (Democratas) para que a Casa de Tavares Bastos convoque o superintendente de Planejamento, Orçamento, Finanças e Contabilida-de do Gabinete da Vice-governadoria, José Carlos

Gomes. O objetivo é saber o que esse funcionário público tem a dizer sobre as denúncias da existên-cia de um “gabinete-fantasma” dentro do governo de Renan Filho (MDB). As denúncias foram feitas pelo próprio Maia, no primeiro semestre desse ano. De acordo com ele, mesmo sem o Executivo

ter vice-governador, Renan Filho teria nomeado uma série de funcionários comissionados para compor a Vice-Governadoria, mesmo com o órgão estando sem função. Os salários desses comis-sionados variam e podem chegar a R$ 6,6 mil. Página 8

Pedido foi apresentado pelo deputado estadual Davi Maia

e aprovado por unanimidade no parlamento estadual

Jair Bolsonaro: corregedor do TSE e

Moraes estão fazendo “barbaridades”

O presidente Jair Bolsonaro criticou ontem a desmonetização de páginas bolsonaristas investigadas por disseminarem notícias falsas, após determinação do corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão. Bolsonaro criticava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por tê-lo incluído como investi-gado no inquérito que apura a divulgação de informações falsas, quando direcionou atenção também ao corregedor da Corte eleitoral. “Não pode um ministro do Supremo, no caso o Ale-xandre de Moraes, ele mesmo abre o inquérito, ele investiga, ele julga e ele prende. Não tem nem a participação do Ministério Público, nada. Ele abriu agora um inquérito de fake news sobre a minha pessoa, sem ouvir o Ministério Público. Vai fazer diligência? Vai fazer uma busca e apreensão na minha casa? Vai me sancionar nas mídias sociais, por acaso? Será que ele vai chegar a esse ponto?”, questionou o presidente. Página 6

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vocadas. Poucas vezes um líder faz um acerto grandioso que muda tudo e, em geral, quando consegue, é porque errou antes e aprendeu com a experiência.

Toda decisão envolve medo. Medo de mudar, de errar, de se arrepender. Faz sentido, já que decisões implicam mudanças, mais ou menos drásticas. A decisão de mudar de profissão dá frio na barriga de qualquer um... A de criar uma empresa impõe ao empreendedor uma rotina, para dizer o mínimo, abnegada... A de constituir família inaugura uma série de responsabilidades e compromis-sos que são para a vida toda... A de eleger um novo governante traz sérias impli-cações para a cidade, o estado ou o país inteiro... A de viajar pelo mundo tira da zona de conforto o tempo todo... A de se mudar de casa ou de país, então, nem se fala... A de aderir a um rígido programa de exercícios físicos e dieta para perda de peso exige hábitos novos, muitos dos quais inseridos na rotina depois de muito sofrimento...

Interessante notar que o sucesso em cada uma dessas decisões é resultado de pequenas outras que servem como treino para as maiores. Não por outra razão, é possível antever o rumo que nossa existência tomará e até redesenhá-lo, se assim quisermos. Basta seguir a lógica de ir tomando decisões simples, associadas a pequenos ganhos ou pequenas perdas, dia após dia. Sobre essas escolhas diárias incidirão os juros compostos da vida, com os lucros e dividendos caindo em nossa conta dez ou vinte anos mais tarde. A maior preocupação deve ser, portanto, com a constância na trajetória, não com os resultados imediatos.

Por isso, amigo leitor, jamais ceda à tentação de abdicar dos seus sonhos em troca de satisfações momentâneas. O instante passa. Num piscar de olhos, pronto, já foi. Com sua trajetória na Terra é diferente. Os fatos podem até ser efêmeros, mas não sua vida como um todo. Chegará a hora de prestar contas dos seus atos e de pagar o preço por suas decisões. É então que você perceberá como foi acertada a opção por acumular conhecimento, tomando pequenas deci-sões e se preparando para, quando fosse preciso, partir para as grandes. Como Warren Buffet diz, “é assim que funcio-na o conhecimento. Ele acumula, como juros compostos”.

Decidir ter disciplina nos estudos mu-dou minha vida. Decidir fazer faculdade no exterior mudou minha vida. Decidir montar o Gran Cursos Online, em junho de 2012, mudou minha vida. Decidir convidar a Viviane, hoje minha esposa, para sair, também mudou minha vida. Na época, é claro que eu não sabia que essas decisões eram das grandes, mas EU defini a direção, e segui o caminho. O re-sultado veio – depois de muito plantio e de muitas lágrimas, é verdade, mas veio. Houve um tempo em que Jeff Bezos, hoje o homem mais rico do mundo, se questionou se deveria deixar o bom emprego que tinha para construir uma empresa do zero no mundo digital. Foi por essa época que ele cunhou o concei-to de “minimização de arrependimenconcei-to”. Perguntou a si mesmo: “No fim da minha vida, vou me arrepender de não ter feito isso?”. A resposta que lhe veio à mente foi de que ele passaria os anos atormenta-do, pensando como o negócio teria sido. Então, saiu e seguiu seu projeto, bastante arriscado, ciente de que tudo poderia dar errado, mas com a consciência tranquila, pois estava preenchendo um vazio com potencial de atormentá-lo para sempre. E foi assim que fundou a Amazon. O juiz Fábio Esteves, em entrevista para o canal Imparável, resumiu bem a ideia: não de-vemos pagar o preço de desistir. Desistir causa uma dívida impagável. Seremos cobrados de maneira implacável.

E então, qual é SUA decisão que mu-dará tudo para VOCÊ? Qual é a escolha que, se não for feita logo, lhe causará arrependimento para o resto da vida? O que é que, se você deixar de realizar, o levará a remoer o que poderia ter sido e não foi? Seu sonho é ser juiz? Então vá à luta! Nada de criar uma fonte de amargura por não haver tentado. É ser policial? Então, por favor, não se condene a chegar aos 80 anos de idade doente de tristeza por não ter tomado a decisão certa na hora certa.

Não perca tempo, não demore a decidir. São as pequenas escolhas que definem o tom e o rumo. Decida estudar um pouco mais hoje. Decida fazer um planejamento melhor hoje. Decida matricular-se em um curso hoje. Decida que você quer mudar de vida e não vai aceitar nada além disso. Decida que você merece ser feliz em todas as áreas. Deci-da que você é capaz. DeciDeci-da!

ARTIGO |

Gabriel Granjeiro*

OPINIÃO

Jorge Luiz Diretor-Executivo Luis Vilar Editor-Geral Para anunciar (82) 98812-4111 CNPJ 33.009.776/0001-21 Endereço

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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

EXPEDIENTE

Decisões que mudam tudo

“Toda uma corrente de acontecimen-tos brota da decisão, fazendo surgir a nosso favor toda sorte de incidentes e encontros, e assistência material que nenhum homem sonharia que viesse em sua direção.” – Johann Goethe (1749-1832), filósofo alemão

O que é a vida senão o conjunto de escolhas que fazemos dia a dia? Feitos extraordinários têm origem em boas de-cisões. O contrário também ocorre, com uma má decisão facilmente terminando em retrocesso. Bom ou ruim, o fato é que ninguém sabe, no momento da tomada de uma decisão, se ela é das grandes ou não. De qualquer forma, não importa. Toda e qualquer resolução pode mudar absolutamente tudo.

Somos livres para fazer nossas esco-lhas, para decidir neste ou naquele senti-do. Essa liberdade chega a assustar, pois significa que toda a responsabilidade está em nossos ombros. Ora, se fui eu quem fez uma opção, não posso culpar nada nem ninguém pelas consequências dela: nem a economia, nem o sistema político, nem minha herança genética. Foi minha atitude que determinou os atos e fatos que se sucederam. Entende por que o livre-arbítrio é a maior responsabilidade que recebemos de Deus?

Decisões são fruto de nossas emo-ções, e estas, por sua vez, têm origem em nossos pensamentos. Uma dada escolha surge, portanto, de um estado mental específico e impulsiona numa ou noutra direção. Em outras palavras, não existe neutralidade na tomada de decisões. Decidimos o tempo todo, até mesmo de forma inconsciente, e sempre com base em nossos valores e princípios. Estamos decidindo até quando decidimos não de-cidir nada. Nesse caso, o resultado pode ser tristeza, amargura, rancor... Aquele que hesita em decidir ou opta deliberada-mente por não fazê-lo se arrisca a seguir arrependido pelo resto de seus dias. Decidir é salutar, decidir é necessário, decidir é da natureza humana.

Na condição de empreendedor, estou ciente de que a tomada de decisões está na essência de gerenciar. Sem ela, a gestão é um vácuo. Algumas das escolhas feitas por um gestor são acertadas e rele-vantes, trazendo resultados incríveis para todos que estão no time. Muitas outras, porém, não surtirão o mesmo efeito, e outras tantas um dia se mostrarão

(3)

OPINIÃO

Muitas vezes já fui questionado sobre o motivo pelo qual os padres não podem se ca-sar. São tantas as colocações acompanhadas da pergunta que a partir disso vemos o quan-to várias pessoas desconhecem a pedagogia divina sobre nossas vidas e também a falta de conhecimento das escrituras sagradas.

No capítulo 19 do Evangelho de Mateus pode-se ver Jesus abordar a questão do celibato. A controvérsia começa acerca do casamento e do divórcio, visto que Moisés permitia uma carta de repúdio à mulher em algumas situações. Ao afirmar a indissolu-bilidade do matrimônio, Cristo então fala sobre os eunucos. E assim coloca: “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos Céus”.

Quem são os eunucos? São homens cas-trados, por diversos motivos, na história da humanidade. Nosso Senhor fala sobre eles, mas afirma que existem aqueles se tonaram desta forma por causa do Reino dos Céus.

Ele queria assim falar, não daqueles que fisicamente foram castrados, mas que vivem como se fossem, por um objetivo maior. Em outras palavras, são os celibatários.

Os padres da Igreja Católica, exceto os orientais, são convidados a abraçar o celibato antes da ordenação. Isso serve para que haja maior dedicação ao seu ministério. Torna-se assim uma consagração exclusiva.

Cada pessoa que entra para o Seminário se torna ciente que deve assumir o celibato para prosseguir ao sacerdócio. Talvez alguns pensem que seria uma imposição, mas a beleza da escolha consiste de livremente entregar sua liberdade a outro. Assim, quem é sacerdote a entrega a Deus, pois vê nisso uma atitude de amor à realidade do alto.

Antes de fazer essa declaração, Jesus disse que nem todos seriam capazes de assimilar o que ele falaria, mas somente aqueles aos quais aquela palavra fosse dirigida. Por isso, para muitos é difícil a compreensão, mas hoje eu entendo perfeitamente o que isso significa. Posso dizer que sou um destes eunucos por conta dos céus!

Por que padre não casa?

ARTIGO |

Rodrigo Rios*

* É Padre e Jornalista

EM ALTA

EM BAIXA

Acerta o deputado

Davi Maia

(Demo-cratas) ao analisar

a situação da crise

institucional entre o

Supremo Tribunal

Federal e o presidente Jair Bolsonaro. Maia

frisou que não se trata de “direita” ou

“esquer-da” ou dos méritos, mas sim da liberdade de

expressão e opinião garantida por lei. O STF

extrapolou todos os limites. Se há pessoas que,

em suas declarações, ofenderam ministros e

cometeram calúnia, injúria ou difamação, aí

que se abra o devido processo e há etapas para

isso, incluindo a participação da Procuradoria

Geral da República e o conceito de paridade de

armas. No entanto, o que temos é uma clara

perseguição por meio de prisões a qualquer um

que possa ser encarado como apoiador de uma

corrente de pensamento que não agrada ao

Su-premo. O discurso de Maia foi equilibrado, pois

mesmo discordando de Roberto Jefferson e com

críticas a Bolsonaro, ele ressaltou o óbvio: não

concordar com alguém não significa combater

o direito legítimo dessa pessoa expressar o que

pensa. É justamente isso.

É impressionante como

o governador Renan

Filho (MDB) se mete

em todos os assuntos

nacionais, inclusive

assinando carta junto

a outros governadores

quando o tema é oposição ao governo federal,

mas nunca dá os esclarecimentos necessários

quando a sua própria gestão está na berlinda.

Por exemplo: não há uma fala de Renan Filho

sobre a história do suposto gabinete

fantas-ma na Vice-governadoria do Estado, ufantas-ma vez

que o Executivo não tem vice-governador. O

governo estadual tentou explicar por meio de

uma tímida nota à imprensa, logo quando a

denúncia surgiu, mas depois silenciou. Agora,

o parlamento estadual aprovou – por

unani-midade – a convocação de um servidor lotado

nesse suposto gabinete. Ele terá que falar sobre

o assunto. É possível até apostar que mais uma

vez o chefe do Executivo estadual deve silenciar

e esperar simplesmente os fatos saírem de cena

por eles mesmo.

CENA

URBANA

Eis um grande

risco na Avenida

Álvaro Calheiros,

no Stella Maris.

Nesta calçada a

um quarteirão da

praia, uma cratera se abriu

na última semana e tem

ganhado maiores

dimen-sões. Além do tamanho da

cratera e de sua

profundi-dade, ela fica logo depois

Ir

ac

ema F

err

o

de um canteiro, o que pode

fazer com que pedestres

desavisados possam cair.

(4)

M

esmo criticando a forma como Roberto Jefferson externa opiniões, o deputado alago-ano classificou a prisão como teratológica. “Todos sabem que temos um conflito, mas eu não posso de forma alguma entender que desrespeito às garantias inalienáveis do cida-dão, que a liberdade de opinião venha a ser tolhida nesse país”, defendeu.

O fato chama atenção pois a relação entre Albuquerque e Jefferson se encontra estre-mecida desde que a direção nacional do PTB tentou reti-rar o deputado estadual do comando da legenda. O fato rende uma batalha judicial. Porém, para Albuquerque se trata de defender a liberdade de todos, pois ele mesmo poderia ser vítima de decisões arbitrárias, “assim como qual-quer cidadão”.

O desentendimento entre Albuquerque e Jefferson se deu por conta de uma posição do deputado federal Nivaldo Albuquerque (PTB), como líder do partido na Câmara dos Deputados, como já relatado pelo Jornal das Alagoas.

Roberto Jefferson foi preso na sexta-feira passada por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal,

Alexandre de Moraes. Albu-querque pontuou a prisão como uma ação exagerada do STF.

O parlamentar alago-ano classificou o fato como “lamentável”. “Sou contrário aos exageros e não defensor das posições radicais. Estou incomodado e lamentando profundamente a prisão do presidente nacional do meu partido, Roberto Jefferson”, frisou. Albuquerque colocou que a prisão foi motivada pela expressão de opiniões.

Ele disse ainda não concor-dar com o dirigente nacional da legenda no que diz respeito ao método. “Não concordo com a maneira como ele externa a sua opinião em algumas opor-tunidades, mas não posso

acei-tar o desrespeito à liberdade de expressão neste país”, afirmou. A l b u q u e r q u e a i n d a lembrou da prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio e do depu-tado federal Daniel Silveira. “Não podemos aceitar deci-sões teratológicas”, colocou. “Essa não é uma preocupação só do Albuquerque. Quero acreditar que é de parte da sociedade brasileira. Esses acontecimentos me trazem gigantescas preocupações. É um clima de instabilidade beirando uma convulsão entre a relação de poderes”, colocou ainda.

“Não serão as diferenças que tenho com o presidente de meu partido que me farão me acovardar e não trazer a minha solidariedade irrestrita”,

fina-lizou o deputado estadual do PTB.

Em aparte ao deputado estadual Antônio Albuquer-que, Davi Maia concordou que o país vive uma ditadura da toga e que ele quer continuar defendendo a liberdade de opinião que está sendo tolhida. Além disso, o parlamentar disse que, ao que tudo indica, o Brasil caminha para a ditadura.

“Virou crime você criticar a Justiça. O TSE proibiu um repasse de dinheiro aos cria-dores de conteúdos digitais do Youtube. Isso é perto do que aconteceu com a ditadura que proibiu a imprensa de veicular qualquer material que tivesse ligação com o comunismo. Estamos vivendo a mesma coisa”, comentou.

MACEIÓ

Na Assembleia Legislativa, deputados

criticam a prisão de Roberto Jefferson

Na sessão ordinária

de ontem, na

Assembleia Legislativa

do Estado de Alagoas,

o deputado estadual

Antonio Albuquerque

(PTB) não silenciou

em relação à prisão

do presidente

nacional da legenda

da qual faz parte,

Roberto Jefferson,

mesmo diante da

“rota de colisão” que

foi aberta entre os

dois recentemente.

PARLAMENTO |

Decisões do STF foram classificadas como absurdas por Antonio Albuquerque e Davi Maia

A

s dificuldades enfren-tadas pelos cidadãos para conseguirem obter os descontos referentes a débitos do Imposto sobre a Propriedade de Veícu-los Automotores (IPVA), a dispensa do pagamento de taxa de licenciamento de veículo ciclomotor e também a falta de informações em notas fiscais de abasteci-mento foram abordadas pelo

deputado estadual Cabo Bebeto na sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), no dia de ontem.

O parlamentar comentou que tem recebido reclama-ções de diversos cidadãos que, devido a supostos problemas técnicos, não têm conseguido obter o benefício da lei nº 8.427, de 10 de junho de 2021, de autoria do próprio

poder executivo e que prevê a remissão de débito do IPVA e licenciamento.

Cabo Bebeto relatou que lhe causou “estranheza” observar notas fiscais de abastecimentos e consta-tar que, nos documentos, o único tributo que aparece é o federal. Diante do fato, o parlamentar reforçou que irá oficiar a Secretaria de Estado da Fazenda para que efetue a

correção do que acredita ser “um equívoco”, haja visto que “o cidadão tem o direito de saber o tributo que paga”.

GÁS DE COZINHA

Sobre o valor do gás de cozinha, Cabo Bebeto lembrou que o presidente Jair Bolsonaro zerou o tributo federal por 20 anos e pediu que o governo do estado também zere o Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Cabo Bebeto ressaltou, ainda, a importância do PL 474, de sua autoria, que soli-cita a redução do valor de itens essenciais, ao menos neste momento de pandemia, e pediu que o governador “faça um aceno de humani-dade para que o cidadão passe por este momento de forma mais serena”.

Cabo Bebeto questiona Sefaz sobre falta de informações em notas fiscais

Carlos Villa Verde

Redação

Antonio Albuquerque mesmo com divergências com Roberto Jefferson, discorda da prisão do presidente do PTB

(5)

O

gove r n a d o r p o d e decidir continuar no comando do Executivo estadual até o final do mandato ou pedir a renúncia para concor-rer ao cargo de Senador.

Os secretários que podem disputar a eleição em 2022 são Alexandre Ayres (Saúde), Rafael Brito (Educação), Alfredo Gaspar de Mendonça (Segurança Pública), Fabiana Pessoa (Assistência Social), Maurício Quintella Lessa (Infraestrutura), Maykon Beltrão (Agricultura), Marcuis Beltrão (Desenvolvimento e Turismo) e Arthur Albuerque (Trabalho).

Entre esses nomes, Alexan-dre Ayres tem sido testado – em recentes pesquisas eleitorais – como um possível candidato à sucessão de Renan Filho. Portanto, disputando o Execu-tivo. Todavia, na avaliação de alguns palacianos, o nome de Ayres não tem decolado e, por essa razão, ele pode “descer” na disputa, sendo um dos nomes a disputarem, pelo MDB, uma das cadeiras da Assembleia Legisla-tiva de Alagoas.

Se Ayres não decola nas pesquisas pelo governo do

Estado, um emedebista melhor posicionado nessas pesquisas é Alfredo Gaspar de Mendonça, que chegou a figurar como o segundo a melhor pontuar nas intenções de voto.

Todavia, conforme infor-mações de bastidores, o inte-resse de Gaspar de Mendonça é a disputa por uma das cadeiras da Câmara dos Deputados.

Já Fabiana Pessoa – que inte-gra o grupo político do deputado federal Severino Pessoa – pode ser um dos nomes a disputar uma das cadeiras da Assembleia Legislativa de Alagoas.

No entanto, caso não consiga viabilizar sua

candida-tura à Câmara dos Deputados, dentro de um cenário que lhe garanta as condições de disputa, o próprio Severino Pessoa pode desistir de brigar por uma das cadeiras do parlamento fede-ral e partir para, no lugar de Fabiana Pessoa, lutar por uma das cadeiras da Casa de Tava-res Bastos. Severino Pessoa já ocupou o mandato de deputado estadual.

QUINTELLA

Maurício Quintella Lessa, dentre os nomes postos, é o que mais tem currículo na política. Ele foi vereador por Maceió e, na sequência, se elegeu

depu-tado federal por mais de um mandato. Maurício Quintella Lessa, no mandato do ex-presi-dente Michel Temer (MDB), chegou a ocupar a cadeira de ministro de Infraestrutura.

Em 2018, ele tentou se eleger senador em uma chapa ao lado do senador Renan Calheiros (MDB). Porém, não obteve êxito.

Como fez parte do grupo político do governador Renan Filho (MDB), acabou ganhando – com a reeleição do chefe do Executivo estadual – o cargo de secretário de Infraestru-tura. Quintella agora é apon-tado como candidato a uma das vagas da Assembleia Legislativa de Alagoas.

Maykon Beltrão também pode disputar uma das cadeiras da Casa de Tavares Bastos com o apoio do deputado federal Marx Beltrão, pelo PSD. Por fim, Rafael Brito pode se candi-datar ao parlamento estadual. Marcius Beltrão pode concorrer também e Arthur Albuquerque pode ser escalado para ocupar a vaga que hoje é do pai, o depu-tado estadual Antônio Albu-querque, que pode disputar o governo do Estado.

ALAGOAS

Secretários de Renan Filho trabalham

para viabilizar candidaturas ao Legislativo

De acordo com

informações

de bastidores,

pelo menos oito

secretários do

governo de Renan

Filho (MDB) podem

deixar o Executivo,

na data limite, para

tentar disputar cargos

públicos nas eleições

vindouras. A maior

parte desses nomes

é apontada como

“possibilidades para o

Legislativo”.

Ainda segundo a

apuração do Jornal

das Alagoas, a posição

desses secretários

– com exceção de

Alexandre Ayres

(Saúde) e Rafael

Brito (Educação) –

independe da posição

a ser tomada por

Renan Filho.

ELEIÇÕES 2022 |

Nomes são apontados nos bastidores políticos e independem do governador deixar ou não o governo

Redação

D

ados divulgados pela

consultoria 4intelli-g e n c e i n d i c a m que Alagoas é o estado do Nordeste que vai apresentar o melhor desempenho econô-mico no segundo trimestre deste ano. O resultado tem como base os números do Produto Interno Bruto (PIB) e reflete o trabalho intersetorial desenvolvido pelo Governo do Estado para uma retomada segura e de destaque no cená-rio econômico nacional.

De acordo com a análise da 4intelligence, no período

analisado, a expectativa é que Alagoas apresente uma varia-ção de PIB de 4,2%. O estudo leva em consideração o comportamento de três gran-des setores: o de Serviços, o da Agropecuária e o da Indústria. “Mesmo em um momento de crise como foi o ano de 2020, Alagoas conseguiu manter um bom desempenho econômico em comparação com o contexto nacional, apresentando uma das meno-res quedas de PIB naquele período. Os dados da consul-toria reforçam esse

movi-mento de recuperação e de avanço econômico, balizado por ações estratégicas e asser-tivas do Governo do Estado”, explica o secretário do Plane-jamento e Gestão de Alagoas, Fabrício Marques Santos.

No setor de Serviços, que é o de maior representativi-dade no PIB local, os dados indicam a recuperação do comércio, impulsionada, principalmente, em decor-rência da flexibilização das medidas restritivas, que foi possível por meio do avanço da vacinação. Já a variação

positiva no setor da Agro-pecuária, por exemplo, teve influência do bom desempe-nho das principais culturas do estado, tais como: cana--de-açúcar, a mais forte em Alagoas, laranja, banana, abacaxi e fumo.

Segundo a consultoria, a expectativa é que também haja crescimento no setor industrial, com destaque para o saldo de empregos no subsetor da construção civil, que foi fortalecido pelos investimentos realizados na construção de obras públicas.

Além disso, a previsão é que Alagoas também apresente bom desempenho na indús-tria de transformação.

“A indústria alagoana apresenta o maior cresci-mento do Brasil, puxada pela cadeia produtiva da química e do plástico e pela construção civil, principalmente pelas obras do Governo de Alagoas. O volume de obras deste ano é mais que o dobro do volume do ano passado e isso se repe-tirá no próximo ano”, comple-menta o secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro.

AL se destaca na recuperação econômica apesar de medidas restritivas

Alfredo Gaspar é co-tado para o Executivo, mas deve concorrer à Câmara Federal

(6)

B

olsonaro criticava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por tê-lo incluído como investi-gado no inquérito que apura a divulgação de informações falsas, quando direcionou atenção também ao correge-dor da Corte eleitoral.

“Não pode um ministro do Supremo, no caso o Alexan-dre de Moraes, ele mesmo abre o inquérito, ele inves-tiga, ele julga e ele prende. Não tem nem a participação do Ministério Público, nada. Ele abriu agora um inquérito de fake news sobre a minha pessoa, sem ouvir o Minis-tério Público. Vai fazer dili-gência? Vai fazer uma busca e apreensão na minha casa? Vai me sancionar nas mídias sociais, por acaso? Será que ele vai chegar a esse ponto?”, questionou o presidente.

S e g u n do B ol s o n a ro , Moraes estaria “fazendo barbaridade”. “Agora, com o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, o senhor Salomão, que resolveu, numa canetada, mandar desmonetizar certas páginas de pessoas que têm criticado a falta de mais trans-parência por ocasião do voto”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Capital Notícia, de Cuiabá (MT).

No início do mês, Moraes incluiu Bolsonaro no

inqué-rito das fake news, após ataques reiterados do presi-dente da República às urnas eletrônicas.

J á n a s e g u n d a - fe i r a passada, o corregedor-geral TSE acolheu pedido da Polí-cia Federal (PF) e determi-nou que cinco redes sociais suspendam os repasses de dinheiro a páginas bolsonaris-tas que são investigadas por disseminarem notícias falsas, sobretudo contra o sistema eleitoral do país.

A ação tem gerado reações entre bolsonaristas. O sena-dor Flávio Bolsonaro (Repu-blicanos-RJ) acusou o TSE de censurar pessoas “que vivem de dar suas opiniões”. Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) alegou se

tratar de mais um “passo da ditadura”.

7 DE SETEMBRO

No dia de ontem, Bolso-naro ainda citou manifestação que vai ocorrer no próximo dia 7 de setembro, em Brasília, São Paulo e outras capitais em defesa do governo. No mesmo dia, Bolsonaro deve participar de algum ato alusivo à Inde-pendência do Brasil, ainda que reduzido e sem público.

“O povo vai estar nas ruas dia 7. Eu tenho um evento em Brasília. Não falei ainda se vou participar ainda do evento de Brasília ou de São Paulo, mas eu sou presidente, posso participar. O povo é que tem que nos dar o norte do que vamos fazer”, pontuou.

O mandatário ainda afir-mou que autoridades têm dentro das quatro linhas da Constituição e voltou a dizer que espera que não haja ruptura no país.

“Nós continuamos dentro das quatro linhas, do lado de lá já saíram das quatro linhas em alguns momentos. A gente espera que volte para a norma-lidade, porque ninguém quer uma ruptura, uma ruptura tem problemas internos e externos. O mundo pode levantar barreiras comerciais contra a gente, causar um caos aqui dentro. Eu tenho que agir dentro das quatro linhas, apesar de alguns, como o senhor Alexandre de Moraes, como o senhor Salomão, estão fora das quatro linhas.”

BRASIL/MUNDO

Jair Bolsonaro: corregedor do TSE e

Moraes estão fazendo ‘barbaridades’

DECLARAÇÃO |

Presidente da República lembrou que um ministro não pode abrir inquérito e ele mesmo investigar

O presidente Jair

Bolsonaro (sem

partido) criticou ontem

a desmonetização de

páginas bolsonaristas

investigadas por

disseminarem

notícias falsas, após

determinação do

corregedor-geral do

Tribunal Superior

Eleitoral (TSE),

ministro Luis Felipe

Salomão.

Polícia abre inquérito contra o cantor Sérgio Reis por ‘ameaças’ a ministros

A

Polícia Civil do Distrito

Federal abriu um inquérito para apurar ameaças a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) feitas pelo cantor Sérgio Reis e outras pessoas em áudios que circularam nas redes sociais no último fim de semana.

Nas gravações, Sérgio Reis

diz que os caminhoneiros vão parar o país em setembro se o Senado não retirar alguns dos ministros do STF.

“Se em 30 dias não tira-rem aqueles caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria”, declara o artista.

Em um vídeo, Sérgio Reis, ao lado de supostos caminho-neiros, reforça as ameaças: “Vocês [senadores] têm 72 horas para aprovar o voto impresso e tirar todos os ministros do Supremo Tribu-nal Federal. Não é um pedido, é uma ordem. É assim que eu vou falar com o presidente do

Senado. Isso é uma ordem”, disse.

Os responsáveis pelas ameaças devem ser ouvidos pela polícia nos próximos dias e podem responder pelos crimes previstos nos artigos 147, 163 e 262 do Código Penal, que são, respectivamente, ameaçar alguém, destruir, inutilizar ou

deteriorar coisa alheia e expor a perigo outro meio de trans-porte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funciona-mento

Por se tratar de apuração em estágio inicial, o delegado que preside o inquérito poli-cial não se manifestará sobre o caso.

Metrópoles

Bolsonaro “O senhor Salomão resolveu, numa canetada, man-dar desmonetizar certas páginas de pessoas que têm criticado a falta de transparência no voto”

(7)

O

P r o d u t o I n t e r n o Bruto (PIB, a soma de todos os bens e servi-ços produzidos no país) teve queda de 0,3% na passagem do primeiro para o segundo trimestre. O dado é do Moni-tor do PIB, divulgado, no dia de ontem, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

“A economia apresentou retração de 0,3% no segundo trimestre comparado ao

primeiro, evidenciando que houve certo otimismo com o resultado do primeiro trimes-tre, mostrando que ainda há um longo caminho para a retomada mais robusta da economia”, disse o coorde-nador da pesquisa, Claudio Considera.

O levantamento mostra que, na comparação com o segundo trimestre de 2020, no entanto, o PIB apresentou uma alta de 12,1%.

Considerando-se apenas o mês de junho, houve alta de

1,2% em relação a maio e de 10,1% na comparação com junho do ano passado.

A alta de 12,1% na compa-ração do segundo trimestre com o mesmo período do ano passado foi puxada pela formação bruta de capital fixo, isto é, os investimen-tos, que avançaram 35,2% no período, e pelo consumo das famílias, que cresceu 12,5%.

Também houve alta nas exportações (12,9%), mas de forma mais moderada do que nas importações (36,7%).

D

e aco rdo co m o s ministérios do Traba-lho e Previdência e da Economia, essa distribuição oferecerá ao trabalhador um ganho real de 0,4%, diante de uma inflação de 4,52% em 2020. O objetivo é “além de preservar o poder de compra dos quotistas, incentivar a manutenção de recursos sob as contas vinculadas do FGTS ao ser mais atrativa aos traba-lhadores brasileiros, especial-mente àqueles que optaram por migrar para a modali-dade de saque aniversário, por meio da qual é facultada a movimentação de uma parcela do saldo anualmente no mês de aniversário do trabalhador”.

O percentual de distribui-ção foi aprovado, no dia de ontem, pelo Conselho Cura-dor do FGTS, formado por representantes do governo, das empresas e dos trabalha-dores. Com rentabilidade fixa de 3% ao ano, o FGTS tem os rendimentos engordados com a distribuição dos lucros. Dessa forma, para o ano-base 2020, a rentabilidade das contas alcançará 4,92%.

Feita desde 2017, a distri-buição ocorre de forma proporcional ao saldo da conta do trabalhador em 31 de dezembro do ano ante-rior. Quanto maior o saldo, maior o lucro recebido. Nesse ano, ela alcançará cerca de 191,2 milhões de contas, que acumulavam saldo de R$ 436,2 bilhões no fim de 2020.

LEGISLAÇÃO

Em 2017 e 2018, a legisla-ção (Lei 8.036/1990) fixava a distribuição aos trabalhado-res de 50% do lucro do FGTS

no ano anterior. Em 2019, o Congresso aprovou a distri-buição de 100% do lucro, na lei que criou a modalidade de saque-aniversário, mas o presidente Jair Bolsonaro vetou o artigo, e o percentual passou a ser aprovado a cada ano pelo Conselho Cura-dor. No ano passado, o FGTS distribuiu cerca de R$ 7,5 bilhões aos trabalhadores, o que equivale a 66,2% do lucro de 2019.

O pagamento de parte dos ganhos do FGTS não muda as regras de saque. O dinheiro

do FGTS só poderá ser reti-rado em condições especiais, como aposentadoria, demis-sões, compra da casa própria ou doença grave. Quem aderiu ao saque-aniversário pode retirar uma parte do saldo até dois meses após o mês de nascimento, mas perde direito ao pagamento integral do fundo no caso de demissão sem justa causa.

Os trabalhadores poderão consultar o valor do crédito da distribuição dos lucros a partir de 31 de agosto no apli-cativo ou site do FGTS.

ECONOMIA

Caixa distribuirá R$ 8,1 bilhões

em lucros do FGTS até o fim do mês

GANHO REAL |

Valor será proporcional ao saldo do trabalhador em 31 de dezembro

A Caixa Econômica

Federal depositará,

até 31 de agosto,

R$ 8,129 bilhões

nas contas dos

trabalhadores

vinculadas ao Fundo

de Garantia do

Tempo de Serviço

(FGTS). Os recursos

correspondem a 96%

do lucro líquido de

R$ 8,467 bilhões do

fundo em 2020.

Andreia Verdélio e Wellton Máximo Agência Brasil

Claudio Considera coordenou a pesquisa Monitor do PIB, pela FGV

PIB recua 0,3% do primeiro para o segundo trimestre, aponta FGV

Vitor Abdala

Agência Brasil

A distribuição é feita, desde 2017, de forma proporcional ao saldo da conta do trabalhador em 31 de dezembro do ano anterior

(8)

O

objetivo é saber o que esse funcionário público tem a dizer sobre as denúncias da existên-cia de um “gabinete-fantasma” dentro do governo de Renan Filho (MDB). As denúncias foram feitas pelo próprio Maia, no primeiro semestre desse ano.

De acordo com ele, mesmo sem o Executivo ter vice--governador, Renan Filho teria nomeado uma série de funcio-nários comissionados para compor a Vice-Governadoria, mesmo com o órgão estando sem função. Os salários desses comissionados variam e podem chegar até a R$ 6,6 mil. O parlamentar suspeita que a vacância do vice-governador – e com isso esvaziamento do órgão – tenha sido usada pelo chefe do Executivo estadual para acomodar em cargos alia-dos políticos que não estariam trabalhando.

Além dos servidores, exis-tem até veículos à disposição da Vice-Governadoria. O deta-lhe é que o prédio físico onde funcionava o órgão foi posto a venda ou para alugar.

VICE-GOVERNADORIA

O cargo de vice-governa-dor de Alagoas se encontra vago desde o início desse ano, quando o ex-vice-governador Luciano Barbosa foi eleito prefeito de Arapiraca, após um embate político com o sena-dor Renan Calheiros (MDB) e com o governador Renan Filho (MDB). Os dois emedebis-tas que comandam a legenda em Alagoas não queriam que Luciano Barbosa disputasse o Executivo municipal de Arapi-raca.

O caso chegou a ser judi-cializado e houve – na época – o rompimento político entre Barbosa e o governador Renan Filho. O caso deixou seque-las. Tanto que, atualmente,

visando as eleições vindou-ras, Luciano Barbosa tem se aproximado do grupo político que é liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), que é um dos rivais políticos de Renan Filho.

Ao comentar sobre o assunto do suposto “gabinete--fantasma”, Luciano Barbosa destacou que nenhum dos cargos que foi denunciado por Davi Maia foi nomeado por eles. O governo estadual de Renan Filho – por meio de nota oficial – diz que a Vice--Governadoria, mesmo sem vice-governador, tem função estratégica e por isso houve a nomeação dos funcionários.

Davi Maia também levou o caso ao Ministério Público Estadual.

CONVOCAÇÃO

A convocação foi aprovada no dia de ontem, mas ainda não há data para que o superinten-dente se faça presente no Legislativo para falar sobre o caso. Um fato interessante, em relação à votação do pedido, é que mesmo Renan Filho tendo maioria na Casa de Tavares Bastos, a convocação foi apro-vada por unanimidade.

“A convocação é

impres-cindível para que se escla-reça quais as atuais atividades exercidas pelo órgão, uma vez que o Estado de Alagoas não possui mais vice-gover-nador. Com isso, é necessário que a Assembleia Legislativa questione o superintendente sobre os motivos pelos quais a Vice-Governadoria nomeou, atualmente, sete servidores, bem como requereu a dispo-nibilização de carros para o exercício das atividades admi-nistrativas”, pontou o depu-tado estadual Davi Maia.

Ele diz que quer saber do superintendente qual a real função dele e dos demais nomeados para o órgão que se encontra vazio. A Constituição Estadual de Alagoas destaca que a função do gabinete da Vice-Governadoria está ligada a existência do cargo de vice. Portanto, Maia avalia que as próprias nomeações são ilegais, ainda que esses funcio-nários tenham sido direciona-dos para algum outro órgão da administração direta ou indi-reta.

“Onde funciona o órgão; onde estão lotados os servido-res, já que não há atos norma-tivos; para qual finalidade os veículos de luxo são utilizados, qual a função exata de todos;

e quem comanda a gestão do órgão sem a figura do vice--governador?”, é o que ques-tiona Davi Maia.

NOTA

Na época das denúncias, o governo estadual, em nota, colocou o seguinte: "Gover-nadoria é um órgão da admi-nistração direta do Estado, constituída pelo Gabinete do Governador, Vice-Governa-doria e Gabinete Civil. Como estrutura da administração direta , a Vice-Governadoria é pautada por três linhas de atuação previstas na Lei Dele-gada: gestão estratégica, gestão de estado e gestão finalística. Dentro da gestão finalística é papel da Vice-Governadoria a articulação política e social e a interiorização. Desta forma, o fato de não haver vice-governador no exercício do cargo não anula a função finalística do órgão nem sua função estratégica, que passou a ser acumulada pelo chefe do Executivo. Todas as funções administrativas da estrutura continuam ativas, e os seus servidores foram redistribu-ídos para outros órgãos do Estado. O prédio foi entregue por uma questão de economia e redução de despesas".

GERAL

ALE aprova convocação de servidor para

explicar 'gabinete fantasma' de Renan Filho

PARLAMENTO |

Pedido para que superintendente fosse ouvido foi feito pelo deputado estadual Davi Maia

Na sessão ordinária

de ontem, os

parlamentares

estaduais aprovaram o

pedido formulado pelo

deputado Davi Maia

(Democratas) para

que a Casa de Tavares

Bastos convoque

o superintendente

de Planejamento,

Orçamento, Finanças

e Contabilidade do

Gabinete da

Vice-governadoria, José

Carlos Gomes.

Redação

Carlos Villa Verde

Superintendente da vice--governadoria será ouvido pelos deputados estaduais no plenário da Assembleia

(9)

O

Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou que cancelou a edição 2021 dos Jogos da Juventude, que aconteceria em dezembro em Aracaju (SE), por causa da pandemia do coronavírus (covid-19).

“Considerando a gravidade da pandemia de covid-19 e a disseminação de novas cepas do coronavírus, e levando-se em conta também o número elevado de participantes [apro-ximadamente 5 mil] na faixa etária 15 a 17 anos, o COB entende que deve zelar pela integridade física e saúde de todos os envolvidos”, diz a nota do COB.

Em novembro de 2021, o

tradicional evento estudan-til de base do país, passou a se chamar Jogos da Juventude, mudança que aconteceu após 15 anos, período no qual o torneio se chamava Jogos Escolares da Juventude. Antes,

a competição chegou a ser chamada de Jogos Olímpicos da Juventude.

Grandes nomes do esporte brasileiro passaram pelos anti-gos Joanti-gos Escolares da Juven-tude, como a campeã olímpica

Sarah Menezes e a campeã mundial Mayra Aguiar, ambas do judô, Hugo Calderano (tênis de mesa), Raulzinho (basquete), Ana Claudia Lemos (atletismo), Etiene Medeiros e Leonardo de Deus (natação).

D

epois do jogo, os representantes do “Coxa Branca” apre-sentaram reações de vômito, diarréia, febre e forte indis-posição, de acordo com a Assessoria de Comunicação do clube paranaense.

Dez jogadores foram

afetados: Léo Gamalho, We l l i n g t o n C a r v a l h o , Robinho, Alex Muralha e Matheus Sales de maneira mais intensa. E cinco de maneira mais leve Márcio Silva, Waguininho, Romário, Gustavo Bochecha e Wilson.

O c l u b e a i n d a n ã o

descobriu a razão para o problema de saúde nos atle-tas e membros da comis-são técnica. Diante disso, o s p ro f i s s i o n a i s fo r a m poupados das atividades na segunda-feira e seguem monitorados para as próxi-mas atividades.

CAMPEONATO BRASILEIRO |

Atletas e membros da comissão técnica tiveram sintomas como vômito, febre e indisposição

ESPORTES

Além da derrota por 3

a 0 no último sábado

diante do CSA, pela

Série B, o Coritiba

teve outros motivos

para se preocupar.

Após a partida, 16

pessoas, entre atletas

e integrantes da

comissão técnica,

sofreram com um

surto de virose.

Após jogo contra o CSA, 16 integrantes da

equipe do Coritiba sofreram com virose

Paulo Chancey

Minuto Esportes

Partida do sábado passado pela Série B do Brasileiro foi favorável para o Azulão alagoano e atletas do Coxa ainda adoeceram

Edição 2021 da competição seria realizada em Aracaju (SE), mas COB desistiu do evento por causa da pandemia

COB cancela realização dos Jogos da Juventude

Após oito meses,

Dado Cavalcanti

deixa comando

técnico do Bahia

O

Bahia comunicou na manhã de ontem que Dado Cavalcanti não é mais o técnico do time. O treinador assumiu o coman-do da equipe em dezembro do ano passado, após a saída de Mano Menezes. Além de evitar o rebaixa-mento para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2020, Cavalcanti conduziu o Esquadrão de Aço à con-quista da Copa do Nordeste deste ano. No entanto, nas últimas seis rodadas da Série A, o Tricolor empatou uma vez, e perdeu outras cinco, sendo que três delas jogando em Salvador.

Em comunicado, o Trico-lor baiano não mencionou se o treinador foi demitido ou pediu desligamento, mas agradeceu os serviços prestados e desejou sorte ao técnico. A nova regra do Brasileirão limita a apenas duas as demissões de treinadores ao longo da competição.

Dado Cavalcanti coman-dou o time em 51 jogos nos últimos oito meses: venceu 21, empatou 11 e perdeu 19. Foram 81 gols marca-dos e 61 sofrimarca-dos. Além do treinador, deixam o time os auxiliares Pedro Gama e Dito Wolley.

Hoje, o Esquadrão de Aço foi dirigido pelo português Bruno Lopes, técnico do time de transição. Já o elen-co sub-23 será elen-comandado por Eduardo Guadagnucci, do sub-20.

(10)

CULTURA

Fotos: Beto Roma

SERVIÇO PÃO E CIRCO

M

ais de 5 milhões de brasileiros não têm o nome do pai na certi-dão de nascimento, e mais de 11 milhões de famílias são forma-das por mães solo. O que esse abandono afetivo pode provo-car na criança e no adolescente e que consequências deixa no adulto? “Neste espetáculo, quis trazer para o teatro um assunto relevante para a nossa sociedade: o papel do homem na criação dos filhos. E, para isso, optei por falar sobre a não criação. De que maneira essa lacuna influencia na vida do nosso personagem Edu? O pano de fundo da história é o futebol, uma paixão nacional, e um esporte que costuma criar vínculos fortes entre pais e filhos”, explica Pedro Monteiro, idealizador, coautor e protago-nista do espetáculo.

Edu é um goleiro carioca, nascido e criado em Madureira, e titular do time Capela Fute-bol Clube. A história começa durante um jogo de decisão de campeonato e vai intercalar cenas da partida com outras que mostram a relação de um garoto e seu pai, um jogador de futebol. Um embate familiar vai mudar o rumo dos perso-nagens. No elenco, estão Pedro Monteiro (Edu), Gabriela Este-vão (narradora), Henrique Eduardo (jovem) e Osvaldo Mil (Júlio). “A trama mostra a importância dos vínculos familiares no nosso processo de amadurecimento. Muito do que a gente ouve aos 10, 11, 12 anos de um pai, mãe ou profes-sor, fica guardado para sempre. Ao mesmo tempo, queremos mostrar o processo de cura de alguém que foi abandonado pelo pai. A personagem da Gabriela Estevão é, ao mesmo tempo, narradora, psicóloga e consciência, que vai levantar

questionamentos e levar dados jornalísticos para a história”, explica o diretor Isaac Bernat.

Para Leonardo Bruno, coautor da peça, o espetá-culo quer levar o espectador a pensar sobre o amor entre pais e filhos e a diferença entre os nossos sonhos genuínos e aqueles que herdamos da famí-lia. “Estamos em um momento de pandemia, com sentimentos como o luto, o medo, a tristeza a revolta, muito aflorados. E essa peça faz um retorno a um dos nossos sentimentos mais primitivos, que é o amor pela mãe e pelo pai. Temos a vontade de que a história faça o espectador abrir seu leque de afetos neste momento tão difícil”, observa. “A gente optou por não focar nos motivos que levam um pai a abandonar seu filho, mas no que isso vai provo-car em quem foi abando-nado. E de que maneira é possível superar as difi-culdades e nos reconectar com nossos sonhos e com a criança que a gente foi um dia”, acrescenta.

“Pão e Circo” foi um espetá-culo idealizado para os palcos e adaptado para o formato virtual devido à pandemia. A obra foi filmada em dois dias no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, em julho de 2021. “Essa experiência foi muito interessante porque tivemos um diretor de teatro e um de cinema, então a gente fez uma mistura de verdade dessas duas linguagens e pensamen-tos e não apenas um registro da peça. Filmamos plano a plano!”, comenta o cineasta Cavi Borges. Também fize-ram parte da equipe criativa Doris Rollemberg (cenário), Bruna Falcão (figurino), Char-les Kahn (direção musical), Andrea Jabor (preparadora corporal) e Aurélio de Simoni (iluminador).

O que leva um atleta

querido e campeão a

decidir mudar o rumo

de sua vida logo após

uma partida histórica?

Com direção de Isaac

Bernat, o espetáculo

“Pão e Circo”, que

estreia dia 20 de

agosto no Sympla,

parte de um momento

decisivo da carreira

de um goleiro carioca

para refletir sobre

uma epidemia social

silenciosa: o abandono

paterno. Idealizada

pelo ator e autor

Pedro Monteiro, que

assina a dramaturgia

com Leonardo

Bruno, a peça se

inspira nos milhões

de brasileiros que

crescem sem o afeto

do pai para criar, de

maneira poética, uma

história sobre paixão,

sonhos, memória e

a importância dos

vínculos familiares.

As sessões, de sexta

a domingo, a partir

das 18h, exibirão

uma gravação do

espetáculo realizada

em junho deste ano,

com direção de vídeo

de Cavi Borges. O

projeto tem patrocínio

da CONTROL-LAB e da

Prefeitura da Cidade

do Rio de Janeiro -

Secretaria Municipal

de Cultura através da

Lei do ISS.

Racca Comunicação Assessoria

O drama poético “Pão e Circo”reflete sobre

as consequências do abandono paterno

DIREÇÃO DE ISAAC BERNAT |

Texto de Leonardo Bruno e Pedro Monteiro acompanha momento decisivo na vida de um goleiro campeão

Temporada: de 20 de agosto e

3 de outubro

Dias e horários: sextas,

sába-dos e domingos, a partir das 18h. O vídeo ficará disponível por 24 horas

Ingressos: R$ 20 (inteira) e

R$ 10 (meia). Vendas pelo Sympla (www.sympla.com. br/pao-e-circo__1288660) Tempo de duração: 35 minutos Classificação etária: Livre

(11)

P

ara sentir-se livre e viver a vida intensamente, o simpático e sonhador marinheiro Miguel se aventura pela imensidão do mar e pelas ondas das praias do Rio de Janeiro. A sinceridade presente nos olhos cor de mel do surfista encantou a jovem Camila. A paixão foi quase instantânea, ainda que despretensiosa.

Ao emprestar o nome para a protagonista de meu sonho me contou, a escritora carioca Camila Haik causa, de imediato, a impressão de que se trata de uma autobiografia. Na história, a protagonista é também uma escritora. Ela acaba de escrever um livro quando conhece Miguel e é surpreendida com um convite para passar alguns dias na casa dele – e aceita.

O e n re d o re l a c i o n a momentos comuns da rotina – como ensinar alguém a fazer café – com reflexões sobre a vida e os sentimentos. Na narrativa, o leitor é quase personagem, uma espécie de ouvinte dos desabafos e conse-lhos de Camila, enquanto a instigante história de amor se desenrola.

Alguns dias vão ser mais difí-ceis do que outros, eu sei, mas tenta mentalizar a bondade que há aí dentro, a certeza da sua alegria, a sua felicidade em harmonia com a tristeza. Tenta visualizar o que você quer sentir para, então, ser inteiramente a pessoa que faz e que vai fazer tudo aconte-cer: você. (Meu sonho me contou, p. 14)

Assim como para o leitor, a história também se apresenta por meio de cartas para Miguel e para psicóloga, Joana. Foi com ajuda da profissional que Camila encontra o caminho

LITERATURA

Um mergulho no

‘MEU SONHO ME CONTOU’ |

Camila Haik insere leitor na narrativa e o leva a refletir sobre o quanto cada um pode e deve se colocar em 1º lugar

Eu poderia te contar a minha história de uma só vez para você já entender o que aconteceu, mas, nesse caso, é melhor sentir pelo caminho.

Sou escritora, estou na faixa dos 20 e muitos anos e sigo a vida de forma livre, independente, especial. Tenho o pé no chão, a cabeça nas nuvens e vivo em um constante equilíbrio entre a razão e a emoção. Te conto um conto sobre um sonho que tive, mais real do que muitos outros, e te faço conhecer uma parte da minha trajetória que foi e ainda é fundamental para o processo: Miguel.

Marinheiro, que faz do mar a sua casa e que, se pudesse, viveria seus dias mergulhando em todas as ondas que existem. É simpático, gosta de agradar as pessoas e tem um coração que se apaixona por tudo o que vê. Parece aquela coisa de opostos complementares e é, de fato; a astrologia explica.

Neste breve encontro que demonstro em alguns capítulos, você vai conhecer um lado meu que não costumo mostrar, só que, essencialmente, você vai conhecer um pouco mais sobre você. Este livro é um mergulho. Que você sinta e reme em busca do seu.

LC Agência de Comunicação

Assessoria

FICHA TÉCNICA:

Autora: Camila Haik ISBN: 978-65-00-21266-2 Páginas: 204

Formato: 14x21 cm Preço: R$ 37,97 e R$

9,90 (eBook)

Link de venda: Uiclap e

Amazon para conectar o físico, o

espi-ritual e o mental. Ao acessar os sentimentos mais íntimos e puros da protagonista, o enredo faz refletir a respeito das próprias emoções – e o quanto cada um pode e deve se colocar em primeiro lugar no amor e na vida.

SOBRE A AUTORA

Sou Camila Haik, mas pode me chamar de Cacá. Carrego a Escrita no coração, o ThetaHe-aling na mente, a Astrologia na alma e a Publicidade na maté-ria. Escrevo para me libertar, para me salvar, para me amar. Eu escrevo para nos curar. Com o meu coração, escrevo para que todo mundo possa

mar dos sentimentos

Meu Sonho Me Contou

escrever, também. Acredito que as palavras têm magia e, por meio do nosso poder, confio no universo para mani-festar tudo o que um dia

sonha-mos, manifestasonha-mos, vivemos. Eu sinto a poesia da vida. E é por ela que eu estou aqui, é pelo amor que eu sou quem eu sou. Somos. E sempre.

(12)

C

ientistas que estudam a geopolítica no Oriente Médio consideram que é preciso olhar com cautela para as promessas de moderação do Talibã. Também questionam os resultados obtidos pelos Esta-dos UniEsta-dos (EUA) durante a ocupação que durou 20 anos e avaliam que os desdobramen-tos na região vão depender de como a China irá se movimen-tar diante do retorno do grupo extremista ao poder no Afega-nistão.

"Estamos vendo algumas mudanças importantes. O grupo que foi derrubado pelos Estados Unidos há 20 anos está agora virando governo e, inclu-sive, sendo reconhecido por alguns países, como é o caso da China. Durante muito tempo, nas discussões sobre a

geopolí-tica da região, se debatia o papel dos Estados Unidos, da Rússia, da Inglaterra. Pela primeira vez, precisamos entender qual será o papel chinês e qual vai ser a polí-tica chinesa para a região. Já está claro que os chineses vão nego-ciar com os talibãs", observa Fernando Luz Brancoli, pesqui-sador e professor do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Mais cedo, a China acenou para o novo governo afegão. A porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, disse que o país respeita o direito do povo afegão de decidir seu próprio destino e deseja seguir mantendo relações amistosas e de cooperação com o Afega-nistão. Ela ainda afirmou que a embaixada, situada na capital Cabul, manteria seu funciona-mento normal.

Para o cientista político João

Paulo Nicolini Gabriel, pesqui-sador da Universidade Fede-ral de Minas Gerais (UFMG), mudanças na região irão muito além da relação entre Estados Unidos e Afeganistão. "Devido à sua localização, é um país que ocupa espaço extremamente importante no cenário asiático. A Ásia Central sempre foi muito importante. Agora precisamos olhar como os Estados Unidos, a China e Rússia vão lidar com o Afeganistão. São países que desempenham papel central. Mas um ponto pouco falado envolve os papéis do Paquistão e da Índia, que são essenciais, porque têm grande influência na região. Pode haver fricções e realinhamentos diplomáticos", diz.

O Paquistão foi um dos poucos países que mantiveram relações diplomáticas com o Afeganistão, durante o perí-odo governado pelo Talibã

na década de 90. Segundo João Paulo, as declarações do primeiro-ministro Imran Khan dão indícios de que o governo paquistanês está disposto a acei-tar a volta do grupo extremista.

De outro lado, a situação impõe novas preocupações à Índia. O governo liderado por Narendra Modi, que costuma explorar politicamente crises com o Paquistão, poderá ficar em posição menos confortável com a saída das tropas norte--americanas do Afeganistão.

A volta dos talibãs ao poder foi consolidada no domingo passado: o presidente afegão Ashraf Ghani deixou o país e o controle do palácio presiden-cial foi assumido pelos rebel-des. Tudo ocorreu sem que houvesse resistências.

Diante do cenário, os EUA precisaram acelerar a conclu-são do processo de saída do país, em curso desde o ano passado:

uma megaoperação para tirar às pressas diplomatas e cidadãos americanos foi montada pelas tropas norte-americanas, que ainda controlam o aeroporto. No entanto, imagens que ganha-ram repercussão internacional mostraram um caos no local, com milhares de civis desespe-rados para deixar o país se aglo-merando junto aos aviões.

Para Brancoli, a rápida recu-peração do poder pelos talibãs coloca em cheque os bilhões de dólares investidos pelos Esta-dos UniEsta-dos no treinamento do Exército afegão.

"Os armamentos deixados pelos Estados Unidos vão cair nas mãos dos talibãs. Tem até uma curiosidade: eles tinham lá os Super Tucanos, que são aeronaves construídas no Brasil junto com os Estados Unidos. Agora o Talibã tem acesso a eles. Não sei se vão saber pilo-tar", observa.

Cientistas veem China com papel central e não creem em Talibã moderado

O

andamento da vacina-ção pode ser conferido na plataforma Localiza-SUS, atualizada diariamente.

De acordo com os dados da base nacional do Programa Nacional de Imunizações (PNI), 49.062.641 pessoas completaram o ciclo vacinal. Além delas, 2.089.449 também já tomaram as duas doses ou dose única, conforme infor-mado pelas secretarias esta-duais de Saúde, mas que ainda aguardam registro na base do PNI. O total, então, chega a 51.152.090 pessoas imuniza-das.

O Ministério da Saúde reforça aos brasileiros que ainda não completaram o ciclo vacinal que procurem uma unidade de saúde para a segunda dose. Para que as vacinas atinjam a efetividade

esperada, é necessário tomar as duas doses - ou a dose única, no caso da vacina da Janssen.

A orientação é que a segunda dose seja aplicada no período recomendado, de 12 semanas para as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Astra-zeneca/Fiocruz e de quatro

semanas para a CoronaVac/ Butantan. No entanto, mesmo para quem perdeu o prazo, a orientação é procurar um posto de vacinação para completar o ciclo vacinal.

A meta do governo é imuni-zar toda a população adulta com duas doses até o fim do

ano. De acordo com os regis-tros no PNI e nos painéis das secretarias estaduais, o Brasil já aplicou mais de 168 milhões de doses, no total, sendo que mais de 70% da população (117 milhões de pessoas) acima de 18 anos de idade já está com a primeira dose no braço.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o anda-mento da vacinação vem refle-tindo na redução no número de casos, óbitos e internações pela doença. Na última semana, todos os estados e o Distrito Federal registraram taxa de ocupação de leitos covid-19 abaixo de 80%. “É a primeira vez no ano que o Brasil atinge esse índice, reforçando a importância da imunização para acabar com o caráter pandêmico no país”, disse a pasta.

ÚLTIMAS

País atinge 50 milhões de pessoas

com vacinação completa contra covid

SAÚDE PÚBLICA |

A marca representa que 31,9% da população acima de 18 anos foi imunizada

O Ministério da Saúde

informou ontem que

mais de 50 milhões de

pessoas já tomaram

as duas doses ou a

vacina de dose única

contra a covid-19, o

que representa 31,9%

da população acima de

18 anos de idade com

a imunização completa

contra a doença.

Meta do MS é imunizar toda população adulta com duas doses ainda em 2021

Andreia Verdélio

Agência Brasil

Leo Rodrigues

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