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INSS. I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

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Atualizada 07/02/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

3. CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO. Sobre a remuneração do empregado doméstico incide dois tipos de contribuição: uma, que já estudamos, do próprio empregado doméstico, o qual se aplica a “tabela de contribuição” que varia de 7,65% a 11%; e outra conhecida como contribuição patronal que é a parte do empregador doméstico.

A contribuição do empregador doméstico é de 12% (doze por cento) do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.1 Nota-se que a alíquota é fixa, sem aplicação de nenhuma tabela. E nota-se, também, que a base de cálculo é o salário-de-contribuição, ou seja, diferentemente das empresas, existe um teto máximo no pagamento da quota patronal, que é, hoje, R$ 2.894,28.

O empregador doméstico é responsável pelo pagamento tanto da quota patronal, como pelo desconto e

recolhimento da parte do empregado doméstico. Ambas as contribuições devem ser recolhidas na mesma guia (GPS), até o dia 15 do mês seguinte ao da competência e caso não haja expediente bancário, o prazo será prorrogado para o próximo dia útil.

Exemplo: Maria, empregada doméstica, recebeu o valor de R$ 500,00. Qual serão as contribuições sociais incidentes sobre sua remuneração?

Será descontado de Maria o valor de:

R$ 500,00 x 7,65% (% retirado da tabela) = R$ 38,25. A quota patronal será de:

R$ 500,00 x 12% (% fixo em lei) = R$ 60,00. Desta forma, Maria receberá um valor líquido de: R$ 500,00 – R$ 38,25 = R$ 461,75

E o valor total recolhido à previdência social, através da Guia de Previdência Social (GPS) será de:

R$ 38,25 (desconto do empregado) + R$ 60,00 (quota patronal) = R$ 98,25.

4. CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA

Sobre a Folha de Pagamento, incide, basicamente, dois tipo de contribuições: a do segurado, que acabamos de estudar e a contribuição da empresa, conhecida, também, como contribuição patronal.

Quando lemos notícias que falam da “desoneração da folha de pagamento”, está se falando da diminuição ou exclusão desta fonte de custeio. A própria Constituição Federal prevê esta desoneração, em seu art. 195, parágrafo 13, havendo a possibilidade de substituição gradual, total ou parcial desta contribuição pela incidente sobre a receita ou faturamento (por exemplo, o Cofins). A contribuição da empresa está prevista no art. 195, I, “a”:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

1

1

Lei 8.212/91, art. 24.

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. Em regra, a alíquota da contribuição patronal é 20% e o recolhimento deve ser feito até dia 10 do mês seguinte ao da competência. Já no caso das cooperativas de

trabalho, veremos que quando seus cooperados prestam serviços a empresas, estas recolhem alíquota de 15%, até dia 15 do mês seguinte ao da competência. Ao contrário das contribuições dos segurados, não há valor máximo (teto) a recolher por parte da empresa. Por exemplo: Um empregado que recebe R$10.000,00, lhe será descontado sobre o teto, R$ 2.894,28 x 11%= R$ 318,37.

Já na parte da empresa não se limita a este valor, portanto esta recolherá: R$ 10.000,00 x 20% = R$ 2.000,00.

Podemos, didaticamente, dividir as contribuições das empresas em:

A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individuais.

B- Incidentes sobre remunerações de empregados e segurados avulsos.

C- Substitutivas, em relação à parte patronal da regra geral de custeio.

Vamos, pois, iniciar a explicação sobre as contribuições das empresas.

4.1. Contribuições das empresas incidentes sobre remunerações de contribuintes individuais. A cota patronal da empresa que toma serviço de contribuinte individual, da mesma forma que dos empregados, é de 20%. Lembrando que, neste caso, a empresa é responsável pelo desconto e recolhimento de 11% do contribuinte individual (com abatimento de 9% do salário-de-contribuição).

O inciso II do art. 201 do RPS trata do recolhimento patronal incidente sobre remunerações do contribuinte individual:

Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços.

O fato gerador ocorre quando a remuneração é paga ou creditada ao contribuinte individual, a qualquer título. O termo “a qualquer título” quer dizer que, não importa de que forma é paga ou qual a denominação utilizada para a remuneração recebida pelo contribuinte individual. Por exemplo, se o contribuinte individual recebe parte de sua remuneração através de vale-transporte, este será considerado como remuneração, pois não há previsão legal para não considera-lo como tal.

Integra a remuneração, a bolsa de estudos paga ou creditada ao médico-residente participante do programa de residência médica, que é considerado como

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contribuinte individual. Da mesma forma, a parte patronal será de 20%.

O segurado contribuinte individual empresário, recebe, em regra, uma remuneração para exercer sua função. Este pagamento é chamado de pró-labore. Entretanto, não havendo comprovação dos valores pagos ou creditados aos segurados empresários, sócios, diretores de empresas, diretores de cooperativas quando

remunerados (de que tratam as alíneas "e" a "i" do inciso V do art. 9o), em face de recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, a contribuição da empresa referente a esses segurados será de 20% (vinte por cento), sendo aferida sobre2:

I - o salário-de-contribuição do segurado nessa condição;

II - a maior remuneração paga a empregados da empresa; ou

III - o salário mínimo, caso não ocorra nenhuma das hipóteses anteriores.

Já, no caso de sociedade civil de prestação de serviços profissionais relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentadas, (como por exemplo o dentista, advogado, médico) a contribuição da empresa referente aos segurados contribuintes individuais (que se referem as alíneas "g" a "i" do inciso V do art. 9º, observado o disposto no art. 225 do RPS e legislação específica) será de vinte por cento sobre3:

I - a remuneração paga ou creditada aos sócios em decorrência de seu trabalho, de acordo com a

escrituração contábil da empresa; ou

II - os valores totais pagos ou creditados aos sócios, ainda que a título de antecipação de lucro da pessoa jurídica, quando não houver discriminação entre a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do capital social ou tratar-se de adiantamento de resultado ainda não apurado por meio de demonstração de resultado do exercício.

Desta forma, evita-se a sonegação que poderia ocorrer se o empresário recebesse sua remuneração (pró-labore) “disfarçado” de antecipação de lucros, sem que haja a previsão deste.

A remuneração paga ou creditada a condutor autônomo de veículo rodoviário, ou ao auxiliar de condutor

autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30

de agosto de 1974, pelo frete, carreto ou transporte de

passageiros, realizado por conta própria, corresponde a vinte por cento do rendimento bruto.4 Este é o caso, por exemplo, do caminhoneiro autônomo que faz frete para empresas. Este autônomo tem gastos com toda

manutenção de seu caminhão, com combustível, etc. De modo que não seria justo aplicar a base de cálculo sobre o valor integral. Assim, se, por exemplo, o caminhoneiro recebeu R$ 1.000,00 pelo frete, a base de cálculo para efeitos de contribuição previdenciária será de: R$ 1.000,00 x 20% = R$ 200,00. E, a contribuição da empresa será de: R$ 200,00 x 20% = R$ 40,00. Da mesma forma, no nosso exemplo, esta base de cálculo (R$ 200,00) será utilizada para empresa fazer o

2

Art. 201, parágrafo 9

o

do RPS.

3

Art. 201, parágrafo 5

o

do RPS.

4

Art. 201, parágrafo 4

o

do RPS.

desconto e recolhimento da parte deste segurado contribuinte individual: R$ 200,00 x 11% = R$ 22,00. 4.1.1. Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de 15% sobre o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.

Vimos que o cooperado é considerado contribuinte individual. Agora vamos ter uma noção de o que é cooperativa.

Cooperativas são sociedades de pessoas, sem fins lucrativos, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados distinguindo-se das demais empresas pela sua própria característica.5 Cooperativas de trabalho são aquelas que, construídas entre trabalhadores de uma determinada profissão ou ofício, ou de ofícios variados de uma mesma classe, têm como finalidade primordial melhorar o salário e as condições de trabalho pessoal de seus associados e, dispensando a intervenção de um patrão ou empresário, se propõem a prestar serviços de cessão de mão-de-obra, através de contratos de obras, tarefas, trabalhos ou serviços públicos e particulares; coletivamente por todos ou por grupo de alguns.

É uma estrutura de prestação de serviços voltada ao atendimento de seus associados sem finalidade lucrativa6. Através das cooperativas de trabalho, os trabalhadores cooperados se reúnem com a finalidade de prestarem serviços a outras empresas, coisa que dificilmente fariam se cada qual procurasse prestar serviço isoladamente. Desta forma, estas cooperativas de trabalho prestam serviços que conhecemos como “terceirizados”.

A relação jurídica estabelecida entre o associado e a sociedade cooperativa é de natureza civil, portanto, não há a caracterização da relação de emprego, assim, fica evidenciada a condição de sócio.

A Lei 8.949/94 acrescentou à CLT o parágrafo único ao artigo 442 que diz: “qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre e os tomadores de serviços daquela.”

Ademais, as cooperativas equiparam-se a empresa quando da relação com seus empregados para os fins da legislação trabalhista e previdenciária.7 Entretanto, caso seja verificada a subordinação jurídica do associado com a empresa contratante dos serviços, estará configurado o vínculo empregatício e será constatada fraude entre esta e a sociedade cooperativa, que, então, terá participado como mera intermediária de mão-de-obra.

Após o advento do parágrafo único do art. 442 da CLT, que acabamos de ler acima, verificou-se o grande número de fraudes cometidos pelas empresas, que contratavam cooperativas para se verem livres de riscos trabalhistas e previdenciários.

Porém, na esfera legal há o Enunciado 331 do TST, que regulamenta a terceirização nas atividades-meio, desde que ausentes os pressupostos de subordinação e de pessoalidade, vedando, ainda, a terceirização de

atividades-fim8 na forma da prestação de serviços. Como,

5

Art 4

o

, Lei 5764/71

6

art. 3º da Lei nº 5.764/71.

7

Conforme art. 90 da Lei nº 5.764/71 e do art. 442,

parágrafo único da CLT

8

Atividades-fim são aquelas inerentes à própria atuação

da empresa. Por exemplo, numa escola, quem exerce a

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por exemplo, admite-se terceirização por meio de cooperativas de serviços de vigilância e de serviços de conservação e limpeza.

A contribuição a cargo da empresa, destinada à seguridade social, é de 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhes são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.9

Para simplificar, vamos a um exemplo: Imagine uma cooperativa de trabalho, (que é formada por contribuintes individuais) formada por faxineiras, que preste serviço de limpeza a uma empresa. Pelo serviço prestado, ela emite uma nota fiscal ou fatura. Vamos supor que o valor do serviço foi de R$ 1.000,00.

Então, a empresa contratante da cooperativa deverá recolher como contribuição social o valor de: R$ 1.000,00 x 15% = R$ 150,00.

Já a cooperativa trabalho, como vimos no item 2.2.2. letra “D”, é obrigada a descontar 11% do valor da quota distribuída ao cooperado por serviços por ele prestados, por seu intermédio, a empresas10. Vamos supor, ainda no exemplo anterior, que 10 faxineiras prestaram o serviço e dos R$ 1.000,00 cobrados, foram repassados R$ 100,00 para cada uma. A cooperativa de trabalho (e não a empresa) irá descontar e recolher o valor de: R$ 100,00 x 11% = R$ 11,00 para cada faxineira.

Resumindo, no nosso exemplo:

- Quem pagou a parte patronal de 15% foi a empresa tomadora dos serviços, no valor de R$ 150,00. - Quem descontou e recolheu a parte do segurado contribuinte individual (faxineira) foi a cooperativa de trabalho, no valor de R$ 11,00 para cada faxineira. Num total de R$ 110,00 (pois, no exemplo eram 10 faxineiras). Vimos no item 4.1 que a remuneração paga ou creditada a condutor autônomo de veículo rodoviário, pelo frete, carreto ou transporte de passageiros, realizado por conta própria, corresponde a vinte por cento do rendimento bruto. Da mesma forma os cooperados, que prestam serviços de transporte rodoviário de carga ou passageiro, têm seus gastos de combustível e manutenção de seus veículos, de modo que a base de cálculo é reduzida em até 20% do valor da nota fiscal ou fatura. O valor da alíquota que a empresa utilizará para os cálculos será o mesmo de 15%, a única coisa que muda é que antes de realizar este cálculo, a empresa deverá reduzir a base de cálculo para até 20% do valor da nota fiscal ou fatura.11 Por exemplo: uma empresa tomou serviços de frete de uma cooperativa de trabalho e pagou R$ 1.000,00 conforme nota fiscal. Esta empresa, então, deverá reduzir

atividade-fim é o professor. Já, o pessoal da limpeza

exerce atividade-meio, que não é inerente aos objetivos

sociais desta empresa.

9

Art. 22, inc IV, da Lei 8.212/91.

10

Quando o serviço é prestado a pessoas físicas esta

alíquota sobe para 20%, pois não há a dedução da cota

patronal.

11

Art. 201, parágrafo 20 do RPS: A contribuição da

empresa, relativamente aos serviços que lhe são

prestados por cooperados por intermédio de cooperativas

de trabalho na atividade de transporte rodoviário de carga

ou passageiro, é de 15% (quinze por cento) sobre a

parcela correspondente ao valor dos serviços prestados

pelos cooperados, que não será inferior a 20% (vinte por

cento) do valor da nota fiscal ou fatura.

a base de cálculo para até 20% (vamos supor que ela reduziu neste valor): R$ 1.000,00 – 20% = R$ 200,00 (esta é a base de cálculo). E, então, aplicará a alíquota de 15%: R$ 200,00 x 15% = R$ 30,00 (este é o valor a ser recolhido pela empresa).

O artigo 1o, parágrafo 1o da Lei 10.666/03 diz:

Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.

Vamos supor, que a empresa a qual o cooperado está prestando serviços de limpeza, trabalha com substâncias altamente tóxicas, que em contato com o trabalhador, dá ensejo a aposentadoria especial, a qual é permitido, ao trabalhador, aposentar após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. Nesta situação, além dos 15% a serem recolhidos, há um adicional de 9%, 7% ou 5%, respectivamente, a cargo da empresa tomadora de serviços. As alíquotas poderão, então, alcançar 24%, 22% ou 20% sobre a nota fiscal ou fatura, conforme observado na tabela abaixo:

Aposentadoria especial aos: Alíquota (normal) das empresas tomadoras de serviços de cooperativas de trabalho Adicional TOTAL adicionado 15 anos de contribuição 15% 9% 24% 20 anos de contribuição 15% 7% 22% 25anos de contribuição 15% 5% 20%

4.2. Contribuições das empresas incidentes sobre remunerações de empregados e segurados avulsos. Conforme o art 201 do RPS:

A contribuição a cargo da empresa, destinada à seguridade social, é de 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregado e trabalhador avulso, além das contribuições previstas nos arts. 202 (Gilrat)e 204 (Cofins e CSLL). A regra é esta, a empresa arrecadará 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregado e trabalhador avulso.

Quando a lei diz: “remunerações pagas, devidas ou creditadas”; significa que, quando as remunerações são pagas em dinheiro ou creditadas em conta corrente, há ocorrência da incidência de contribuição previdenciária, e, mesmo que a empresa não pague seus empregados, há ocorrência do fato gerador, pelo simples fato das remunerações serem devidas. Desta forma, não há como a empresa se escusar de recolher as contribuições sociais, pelo fato de estar inadimplente com seus funcionários.

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4.2.1. Adicional das Instituições Financeiras

A Lei 8.212/91, art. 22, parágrafo 1o, determina que, no caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas

econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,

sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições sociais básicas, é devida a contribuição adicional de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) sobre a base de cálculo dos segurados empregados, avulsos e contribuintes individuais que prestarem serviços a estas instituições financeiras.

Segundo Ibrahim12,

tal acréscimo visa a atender ao princípio da isonomia, pois estas entidades, como regra, têm atividade

altamente informatizada, reduzindo ao máximo a mão-de-obra empregada, o que traz como conseqüência a redução da arrecadação previdenciária em detrimento de outros segmentos específicos.

Desta forma, a cota patronal, para as instituições financeiras citadas, sofrerá um acréscimo de 2,5%, e como conseqüência, a alíquota aplicada será de 22,5%. É importante frisar que somente a alíquota da cota patronal é que sofre o acréscimo de 2,5%; já a parte do segurado, assim como a GILRAT13 (grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho), não há alteração.

Por exemplo, o Banco Itaú recolherá sobre os salários de seus empregados, a alíquota de 22,5% (e não 20% como as demais empresas em geral).

4.2.2. Adicional das Cooperativas de Produção

Considera-se cooperativa de produção aquela em que seus associados contribuem com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a cooperativa detenha por qualquer forma os meios de produção14. Por exemplo, um grupo de bordadeiras pode montar uma cooperativa de produção com o objetivo de, juntas, unirem forças para produção e comercialização de seus bordados, visando incrementar a produção, as vendas e, conseqüentemente, o retorno financeiro, pelo trabalho que elas dominam.

Os cooperados (no exemplo, as bordadeiras) são considerados segurados contribuintes individuais.

12

IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito

Previdenciário. p.192.

13

GILRAT - grau de incidência de incapacidade

laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho –

até 06/1997 era chamado de SAT – Seguro de Acidente

do Trabalho.

14

Conceito dado pela Lei 10.666/03, art. 1

o

, parágrafo 3

o

.

Sendo assim, a cooperativa de produção equipara-se a empresa, devendo recolher os 20%, (cota patronal), sobre a remuneração paga ou creditada aos cooperados (que são contribuintes individuais), como toda empresa o faz.

Entretanto, será devida contribuição adicional de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, a cargo da cooperativa de

produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. O mesmo raciocínio usado no caso de adicionais incidentes sobre as cooperativas de trabalho, também serve para cooperativa de produção, porém, quem tem a obrigação de recolher a cota patronal é a própria cooperativa e os percentuais são diferentes. Um exemplo: Vamos supor, que a cooperativa de produção trabalha com substâncias altamente tóxicas, que em contato com o cooperado, dá ensejo a aposentadoria especial, a qual é permitido, ao trabalhador, aposentar após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. Nesta situação, além dos 20% a serem recolhidos pela cooperativa de produção, há um adicional de 12%, 9% ou 6%, respectivamente. As alíquotas poderão, então, alcançar 32%, 29% ou 26% sobre a remuneração dos cooperados, conforme demonstrado na tabela abaixo: Aposentadoria Especial aos: Alíquota (normal) das cooperativas de produção (assim, como das empresas). Adicional Total Adicionado 15 anos de contribuição 20% 12% 32% 20 anos de contribuição 20% 9% 29% 25 anos de contribuição 20% 6% 26%

4.2.3. Contribuição decorrente do: Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos

Ambientais do Trabalho – GILRAT.

O Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho – GILRAT, também, é chamado por alguns autores como Seguro de Acidentes no Trabalho – SAT. Porém, o termo técnico atual que está presente na Lei 8.212/91 é o Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho – GILRAT.

O termo utilizado na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à

Previdência Social – GFIP - é RAT – Risco Ambiental do Trabalho.

Segundo o inciso II, art. 22 da Lei 8.212/91, para financiar a aposentadoria especial e os benefícios concedidos em

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razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), as empresas deverão recolher sobre o total das

remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja

atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;

b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;

c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.

Considera-se preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos. A atividade econômica

preponderante da empresa e os respectivos riscos de acidentes do trabalho compõem a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes Graus de Risco, prevista no Anexo V do RPS.

É de responsabilidade da empresa realizar o

enquadramento na atividade preponderante, cabendo à Secretaria da Receita Federal do Brasil revê-lo a qualquer tempo. Verificado erro no auto-enquadramento, a Secretaria da Receita Federal do Brasil adotará as medidas necessárias à sua correção, orientará o responsável pela empresa em caso de recolhimento indevido e procederá à notificação dos valores devidos. A empresa informará mensalmente, por meio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, a alíquota correspondente ao seu grau de risco, a respectiva atividade preponderante e a atividade do estabelecimento.

Desta forma, a empresa deverá se auto-enquadrar e informar mensalmente, através de GFIP, qual o percentual a recolher (1, 2 ou 3%), levando em conta o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos15. Por este critério, haverá, então, uma única alíquota para todos os empregados da empresa, independentemente da atividade exercida.

Por exemplo: Uma empresa metalúrgica possui 1000 empregados. Destes, 900 trabalham na linha de produção, cuja atividade enquadra-se como grave (3%), conforme a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes Graus de Risco, prevista no Anexo V do RPS. Outros 100 empregados trabalham no escritório da empresa, em local seguro, sem contato com a linha de produção, e cuja atividade ensejaria risco “leve” (1%). Mas, como a atividade preponderante desta empresa, levando em conta o maior número de empregados, considera-se como “risco de acidentes de trabalho grave”, esta empresa deverá recolher 3% (risco grave) sobre TODOS seus empregados, inclusive sobre aqueles que trabalham no escritório.

15

Sobre a prestação de serviços do

contribuinte individual não há esta contribuição.

Mais um exemplo:

Uma empresa, cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado médio , possui 3 empregados.

João e José, trabalham operando máquina, recebem remuneração de R$500,00 cada, e Antônio, que trabalha no escritório, recebe R$ 10.000,00. Qual será o valor da cota patronal da contribuição social devida à previdência? E qual será o valor descontado de cada empregado à previdência?

RESPOSTA: João e José:

Cota patronal: 20% + 2% (GILRAT)=22% R$ 500 x 22% = R$ 110,00

Desconto do segurado: 7,65% (conforme tabela) R$ 500 x 7,65% = R$ 38,25

Antônio:

Cota patronal: 20% + 2% (GILRAT)=22% R$10.000 x 22% = R$ 2.200,00

Desconto do segurado: 11% (conforme tabela) R$ 2.894,28 (limite máximo) x 11% = R$ 318,37

A fim de estimular investimentos destinados a diminuir os riscos ambientais no trabalho, poderá ser alterado o enquadramento de empresa que demonstre a melhoria das condições do trabalho, com redução dos agravos à saúde do trabalhador, obtida através de investimentos em prevenção e em sistemas gerenciais de risco. A alteração do enquadramento estará condicionada à inexistência de débitos em relação às contribuições previdenciárias.

Assim, as alíquotas (de 1, 2 ou 3%) poderão ser

reduzidas em até cinqüenta por cento ou aumentadas em até cem por cento, em razão do desempenho da

empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção – FAP. Isto visa estimular as empresas a implementar programas preventivos e proporcionar maior segurança no ambiente de trabalho, reduzindo-se os riscos de acidentes no trabalho.

O FAP consiste num multiplicador variável num intervalo contínuo de cinqüenta centésimos (0,50) a dois inteiros (2,00), desprezando-se as demais casas decimais, a ser aplicado à respectiva alíquota.

O Ministério da Previdência Social publicará anualmente, no Diário Oficial da União, sempre no mesmo mês, os índices de freqüência, gravidade e custo, por atividade econômica, e disponibilizará, na Internet, o FAP por empresa, com as informações que possibilitem a esta verificar a correção dos dados utilizados na

apuração do seu desempenho. O FAP produzirá efeitos tributários a partir do primeiro dia do quarto mês subseqüente ao de sua divulgação.

Máxima redução alíquota GILRAT (50%) Alíquota normal GILRAT Máximo acréscimo alíquota GILRAT (100%) 0,5% 1% 2% 1% 2% 4% 1,5% 3% 6% As alíquotas constantes de 1%, 2% ou 3% serão acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais,

respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de

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aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. Este acréscimo incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições

especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

Desta forma, o mesmo raciocínio usado no caso de adicionais incidentes sobre as cooperativas de produção, também serve para o GILRAT das empresas.

Um exemplo: Vamos supor, que a empresa trabalha com substâncias altamente tóxicas, que em contato com o cooperado, dá ensejo a aposentadoria especial, a qual é permitido, ao trabalhador empregado, aposentar após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. Nesta situação, haverá um adicional de 12%, 9% ou 6%, respectivamente, sobre o GILRAT (1%, 2% ou 3%) a cargo da empresa. Aposentadoria Especial aos: Adicional GILRAT

15 anos de contribuição 12%

20 anos de contribuição 9%

25 anos de contribuição 6%

Detalhe importante, é que este acréscimo de 12%, 9% ou 6% incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais, que enseja aposentadoria especial.

Por exemplo, imagine que numa empresa com 100 empregados, 5 trabalham em contato habitual e contínuo com substâncias tóxicas que ensejam aposentadoria especial aos 20 anos de contribuição. Vamos supor que a maioria dos trabalhadores desta empresa exercem atividades que se enquadram como risco grave (3%). Nesta situação, a empresa recolherá 3% sobre as remunerações de todos os empregados. E, SOMENTE, sobre as remunerações daqueles 5 empregados que trabalham em condição especial que enseja

aposentadoria aos 20 anos de contribuição é que serão recolhidos os adicionais, neste exemplo, de 9%. Um exemplo numérico:

José, trabalha com atividade que prejudica a saúde e enseja aposentadoria especial, após 20 anos de trabalho (contribuição), em uma empresa, cuja atividade

preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado grave.

Ele recebe remuneração mensal de R$2.000,00. Qual será o valor da cota patronal da contribuição social devida à previdência? E qual será o valor descontado de José à previdência?

Resposta:

Cota patronal: 20% + 3% (GILRAT) + 9% (adicional do GILRAT) = 32%

R$ 2.000 x 32% = R$ 640,00

Desconto do José: 11% (conforme tabela) R$ 2.000 x 11% = R$ 220,00.

O prazo para recolhimento das empresas, como vimos, é até o dia 10 do mês seguinte ao da competência. Caso não haja expediente bancário neste dia, o prazo é prorrogado para o próximo dia útil.

4.3. Contribuições Substitutivas das Empresas, em relação à parte patronal da regra geral de custeio.

Acabamos de ver as contribuições das empresas em geral: os 20% sobre a folha de pagamento e o GILRAT (1%, 2% ou 3%).

Estas contribuições sociais, referentes à parte patronal da regra geral de custeio, são obrigatoriamente substituídas em situações especiais previstas em lei. A Constituição Federal autoriza alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em seu art. 195, parágrafo 9o: As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. Abordaremos as contribuições substitutivas, que são: A- do Clube de Futebol Profissional;

B- do Produtor Rural.

4.3.1. Contribuição substitutiva do Clube de Futebol Profissional.

Todo mundo já ouviu dizer que o Brasil é o país do futebol. Pois é, até para pagar contribuições sociais os clubes de futebol tem maiores facilidades do que as empresas em geral. Freqüentemente temos notícias de grandes clubes com jogadores e salários milionários, mas, para estes clubes as regras previdenciárias são amenas e mesmo assim, por vezes entram em dívida para com a previdência, porém, sempre são “salvos”, como é o caso da recente loteria “time-mania”. Esta modalidade de contribuição aplica-se somente à associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional e que se organize na forma da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, que ficou conhecida como Lei Pelé, caso contrário, as demais associações desportivas recolhem como qualquer outra empresa, como estudado anteriormente.

Assim, este Clube de Futebol Profissional recolhe 5% da receita bruta, decorrente dos espetáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos. Veja, que a condição para esta modalidade de recolhimento é ser clube de futebol profissional, mas, o recolhimento é feito sobre a receita bruta de qualquer modalidade esportiva. E, a substituição vale para toda a folha de pagamento do clube, tanto para atletas como para os demais

funcionários do clube.

Esta contribuição substitui, APENAS, a contribuição patronal sobre trabalhadores empregados e avulsos (20%) e o GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do

Trabalho – 1, 2, ou 3%)16. Porém, não substitui as demais contribuições patronais, como a incidente sobre os contribuintes individuais (20%), sobre notas fiscais ou faturas das cooperativas de trabalho (15%) e, muito

16

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menos, as contribuições descontadas dos segurados empregados e avulsos.

Caberá à entidade promotora do espetáculo a responsabilidade de efetuar o desconto de cinco por cento da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos e o respectivo recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social, no prazo de até dois dias úteis após a realização do evento.

Caberá à associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional informar à entidade promotora do espetáculo desportivo todas as receitas auferidas no evento, discriminando-as detalhadamente.

No caso de a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional receber recursos de empresa ou entidade, a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e

transmissão de espetáculos, esta última ficará com a responsabilidade de reter e recolher o percentual de 5% da receita bruta decorrente do evento, inadmitida qualquer dedução.

Vamos supor que o “melhor time do mundo”, o glorioso Palmeiras, jogue pelo campeonato paulista, cuja entidade promotora seja a Federação Paulista de Futebol. Neste caso, ela deve descontar e recolher os 5% sobre a receita bruta do “espetáculo”. Assim como, o Palmeiras deverá informar à Federação Paulista de Futebol, todas as receitas auferidas no evento, discriminando-as detalhadamente, visando a habilitar a entidade promotora a efetuar a retenção corretamente. E se o Palmeiras receber da Rede Globo pela transmissão do espetáculo, caberá à Rede Globo a responsabilidade pela retenção e recolhimento dos 5% da receita bruta decorrente desta transmissão.

Suponha que o Palmeiras tenha os seguintes empregados:

Jogador de futebol - salário R$ 100.000,00 Jogador de voleibol – salário R$ 1.000,00 Secretária – salário R$ 400,00

Neste caso, apenas descontará a parcela referente ao segurado, pois a cota patronal será paga

substitutivamente, conforme estudamos (5% sobre renda do espetáculo, etc):

Jogador de futebol - salário R$ 100.000,00 R$ 2.984,28 x 11% = R$ 328,27.

Jogador de voleibol – salário R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 x 9% = R$ 90,00.

Secretária – salário R$ 400,00 R$ 400,00 x 7,65% = R$ 30,60.

Percebe-se, por este exemplo, que a cota patronal de TODA folha de pagamento, referente a empregados (e trabalhadores avulsos, se fosse o caso), do clube de futebol profissional é substituída (não somente dos jogadores de futebol)

4.3.2. Contribuição substitutiva do Produtor Rural. Esta modalidade diferenciada de contribuição é importante para o produtor rural, pois incide sobre a comercialização de seus produtos. Isto respeita os períodos entre safra, período em que não há entrada de receitas, os quais trariam muitas dificuldades no

recolhimento das contribuições previdenciárias patronais. Produtor Rural é a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que desenvolve, em área urbana ou rural, a atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou

animais, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos.

Estudamos o segurado especial, que é um produtor rural. Vimos que o segurado especial não tem empregados, pois caso tenha, será considerado produtor rural pessoa física. E por não ter empregados, não há que se falar de contribuição substitutiva patronal para o segurado especial. De modo que, neste capítulo, NÃO trataremos do segurado especial.

Passaremos, então a estudar a contribuição substitutiva de três espécies de produtores rurais:

A – Produtor Rural Pessoa Física; B – Produtor Rural Pessoa Jurídica; C – Agroindústria.

As contribuições a serem substituídas, semelhantemente aos clubes de futebol profissional, são referentes a APENAS, a contribuição patronal sobre a remuneração dos trabalhadores empregados e avulsos (20%) e o GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho – 1, 2, ou 3%)17. Porém, não substitui as demais contribuições patronais, como a incidente sobre os contribuintes individuais (20%), sobre notas fiscais ou faturas das cooperativas de trabalho (15%) e, muito menos, as contribuições descontadas dos segurados empregados, avulsos ou contribuintes individuais.

Integram a base de cálculo, a produção os produtos de origem animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou

industrialização rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza,

descaroçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem, cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação, bem como os subprodutos e os resíduos obtidos através desses processos.

Não integra a base de cálculo dessa contribuição a produção rural destinada ao plantio ou reflorestamento, nem sobre o produto animal destinado a reprodução ou criação pecuária ou granjeira e a utilização como cobaias para fins de pesquisas científicas, quando vendido pelo próprio produtor e quem a utilize diretamente com essas finalidades, e no caso de produto vegetal, por pessoa ou entidade que, registrada no Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, se dedique ao comércio de sementes e mudas no País.

4.3.2.1. Produtor Rural Pessoa Física

É a pessoa física, proprietária ou não, que explora a atividade agropecuária ou pesqueira, em área urbana ou rural, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de

empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua.

A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição patronal sobre a remuneração dos trabalhadores empregados (20%) e o GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho – 1, 2, ou 3%), é de:

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I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção;

II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho.

Desta forma, esta contribuição substitutiva será de 2,1% sobre a comercialização de sua produção rural.18 Equipara-se ao empregador rural pessoa física o

consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e

documentos. O documento deverá conter a identificação de cada produtor, seu endereço pessoal e o de sua propriedade rural, bem como o respectivo registro no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA ou informações relativas a parceria,

arrendamento ou equivalente e a matrícula no Instituto Nacional do Seguro Social – INSS de cada um dos produtores rurais. O consórcio deverá ser matriculado no INSS em nome do empregador a quem hajam sido outorgados os poderes. Os produtores rurais integrantes do consórcio serão responsáveis solidários em relação às obrigações previdenciárias.

A contribuição substitutiva do produtor rural pessoa física será recolhida19:

I - pela empresa adquirente, consumidora ou

consignatária ou a cooperativa, que ficam sub-rogadas20 no cumprimento das obrigações do produtor rural pessoa física, independentemente de as operações de venda ou consignação terem sido realizadas diretamente com estes ou com intermediário pessoa física, exceto nos casos do inciso III (abaixo);

II - pela pessoa física não produtor rural, que fica sub-rogada no cumprimento das obrigações do produtor rural pessoa física, quando adquire produção para venda, no varejo, a consumidor pessoa física; ou

III – pelo próprio produtor rural pessoa física caso comercialize sua produção com adquirente domiciliado no exterior, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial.

O produtor rural pessoa física continua obrigado a arrecadar e recolher ao Instituto Nacional do Seguro Social a contribuição do segurado empregado e do trabalhador avulso a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, nos mesmos prazos e segundo as mesmas normas aplicadas às empresas em geral. Vamos a um exemplo: Suponha que um produtor rural pessoa física tenha um empregado cujo salário é de R$ 500,00. O empregador deverá descontar do empregado e recolher o valor de R$ 500,00 x 7,65% = R$ 38,25. Já a parte patronal não será de 20% sobre o salário de seu empregado, como nas empresas em geral. Será de 2,1% sobre a comercialização de sua produção rural. Se o

18

Nota-se que a alíquota de 2,1% é semelhante ao

segurado especial, mas esta contribuição nada tem a ver

com este tipo de segurado.

19

Art. 200, parágrafo 7

o

do RPS.

20

Nota-se que o que existe é a sub-rogação e não

solidariedade. Portanto, neste caso, fica por conta

exclusiva do adquirente da produção rural o recolhimento

desta contribuição social.

produtor rural vendeu, naquele mês, R$ 2.000,00 de sua produção ao mercado da cidade, então este mercado deverá reter do produtor rural e recolher o valor de R$ 2.000,00 x 2,1% = R$ 42,00. Vamos supor que naquele mês não houve comercialização da produção rural, então, conseqüentemente, não haverá o recolhimento dos 2,1%. Neste caso, somente a parte descontada do empregado deverá ser recolhida normalmente (pois esta não é contribuição patronal).

4.3.2.2. Produtor Rural Pessoa Jurídica.

É a empresa legalmente constituída que se dedica à atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, em área urbana ou rural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou animais.

Conforme o art. 25 da Lei 8870/94, com redação dada pela Lei 10.256/01, a contribuição devida à seguridade social pelo empregador, pessoa jurídica, que se dedique à produção rural, em substituição à contribuição patronal sobre a remuneração dos trabalhadores empregados (20%) e o GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho – 1, 2, ou 3%), é de:

I - dois e meio por cento da receita bruta proveniente da comercialização de sua produção;

II - um décimo por cento da receita bruta proveniente da comercialização de sua produção, para o financiamento da complementação das prestações por acidente de trabalho.

Desta forma, esta contribuição substitutiva será de 2,6% sobre a comercialização de sua produção rural.

A responsabilidade pelo recolhimento desta contribuição social é do próprio Produtor Rural Pessoa Jurídica, não havendo, neste caso, a sub-rogação, como ocorre com o Produtor Rural Pessoa Física.

4.3.2.3. Agroindústria

É o produtor rural pessoa jurídica, cuja atividade econômica é a industrialização de produção própria ou a industrialização de produção própria e adquirida de terceiros, desenvolvendo duas atividades em um mesmo empreendimento econômico com departamentos, divisões ou setores rural e industrial distintos. Por exemplo, uma empresa que planta cana-de-açúcar e produz álcool em sua própria usina.

A contribuição devida pela agroindústria, definida, para os efeitos desta Lei, como sendo o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a industrialização de produção própria ou de produção própria e adquirida de terceiros, incidente sobre o valor da receita bruta proveniente da comercialização da produção, em substituição à contribuição patronal sobre a remuneração dos trabalhadores empregados (20%) e o GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho – 1, 2, ou 3%), é de: I – 2,5% destinados à Seguridade Social;

II – 0,1% para o financiamento do benefício

aposentadoria especial e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade para o trabalho decorrente dos riscos ambientais da atividade (GILRAT). Desta forma, esta contribuição substitutiva será de 2,6% sobre a comercialização de sua produção rural.

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Esta forma de contribuição substitutiva não se aplica às operações relativas à prestação de serviços a terceiros, cujas contribuições previdenciárias continuam sendo devidas na forma estabelecida pela regra geral de recolhimento patronal21. Caso isto ocorra, a receita bruta correspondente aos serviços prestados a terceiros será excluída da base de cálculo deste tipo de contribuição substitutiva. Por exemplo, caso uma agroindústria, usina de cana-de-açúcar, preste serviço de industrialização para terceiros, transformando a cana em álcool, estará realizando uma prestação de serviços, sendo esta receita excluída da base de cálculo aqui tratada. A mão-de-obra envolvida nesta tarefa sofrerá incidência de contribuições pela regra geral.

Esta modalidade de contribuição não se aplica às sociedades cooperativas e às agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura. Não se aplica, também, este regime substitutivo à pessoa jurídica que, relativamente à atividade rural, se dedique apenas ao florestamento e reflorestamento como fonte de matéria-prima para industrialização própria mediante a utilização de processo industrial que modifique a natureza química da madeira ou a transforme em pasta celulósica.

Também, foi excluída a pessoa jurídica que comercializar resíduos vegetais ou sobras ou partes da produção, desde que a receita bruta decorrente dessa

comercialização represente menos de um por cento de sua receita bruta proveniente da comercialização da produção.

5. Contribuição sobre a Receita de Concursos de Prognósticos.

A receita de concursos de prognóstico está prevista no art. 195 da Constituição Federal e não é contribuição substitutiva patronal. Até o item 4 (Contribuição da Empresa) estudamos as contribuições previdenciárias, que diz respeito ao objeto do nosso estudo (Direito Previdenciário). A partir deste item estudaremos,

brevemente, as demais contribuições sociais (receitas de concursos de prognósticos, Cofins, Pis, CSLL, CPMF). Constitui receita da seguridade social a renda líquida dos concursos de prognósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo22.

Consideram-se concurso de prognósticos todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por

sociedades comerciais ou civis.

A contribuição de que trata este artigo constitui-se de: I - renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público destinada à seguridade social de sua esfera de governo;

II - cinco por cento sobre o movimento global de apostas em prado de corridas; e

III - cinco por cento sobre o movimento global de sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos. Entende-se como:

- renda líquida - o total da arrecadação, deduzidos os valores destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas com administração;

21

Art. 22-A, parágrafo 2

o

da Lei 8212/91.

22

Art. 212 do RPS.

- movimento global das apostas - total das importâncias relativas às várias modalidades de jogos, inclusive o de acumulada, apregoadas para o público no prado de corrida, subsede ou outra dependência da entidade; e - movimento global de sorteio de números - o total da receita bruta, apurada com a venda de cartelas, cartões ou quaisquer outras modalidades, para sorteio realizado em qualquer condição.

6. Receitas de Outras Fontes.

O artigo 27 da Lei 8.212/91, traz outras receitas para a Seguridade Social:

I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios;

II - a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros.

Este inciso está tacitamente revogado pela Lei 11.457/07, art. 3o, parágrafo 4o.

Atualmente, a Receita Federal do Brasil é quem arrecada e fiscaliza as contribuições ditas de “terceiros”, são estes, aqueles participantes do sistema “S”, quais sejam: Sesi, Senac, Sesc, Senai, Senar, etc. Por este serviço prestado, é a Receita Federal do Brasil quem recebe 3,5% do montante arrecadado, que será creditado ao “Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização”;

III - as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens; IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras. Por exemplo, receita de aluguel de prédio pertencente ao órgão fiscal;

V - as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;

VI - 50% (cinqüenta por cento) dos valores obtidos decorrentes de tráfico de entorpecentes e drogas na forma do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal, in verbis:

Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e

repressão do crime de tráfico dessas substâncias. VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal;

VIII - outras receitas previstas em legislação específica.

As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% (cinqüenta por cento) do valor total do prêmio recolhido e destinado ao Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio da assistência médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito.

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01. (Auditor Fiscal da Previdência Social –

CESPE/UNB – 2003) A cooperativa de produção é uma sociedade cujos associados produzem em comum bens e serviços, detendo, eles mesmos, os meios de produção. A contribuição previdenciária da cooperativa é de 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestam serviço e, caso a atividade exercida pelo cooperado o exponha a agentes nocivos que permitam a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição,

respectivamente, serão adicionadas as alíquotas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais.

2. (Auditor Fiscal da Previdência Social – CESPE/UNB – 2003) O custeio dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos

ambientais do trabalho é feito mediante as contribuições sobre a remuneração paga a qualquer título no decorrer do mês ao segurado empregado, trabalhador avulso e ao contribuinte individual, incidindo um percentual de um, dois ou três pontos percentuais, a depender da atividade preponderante da empresa ter grau de risco leve, médio ou grave, cujas alíquotas podem ser acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, respectivamente, caso a atividade exercida pelo segurado, a serviço da

empresa, ensejar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.

3. (Auditor Fiscal da Previdência Social –

CESPE/UNB – 2003) Destina-se à previdência social 50% da receita obtida em relação a todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins que serão

utilizados pelo INSS nas ações de prevenção e proteção à saúde, bem como na aplicação para tratamento e recuperação de segurados viciados.

4. (AFPS 2000 - modificado) 0 empregador doméstico não está obrigado a efetuar o desconto e subseqüente recolhimento da contribuição devida pelo empregado doméstico, que deverá ser recolhida pelo próprio trabalhador. Está obrigado, contudo, a recolher a contribuição social a seu cargo, equivalente a 12% do salário-de-contribuição do empregado doméstico, até o dia 15 do mês seguinte ao da competência. Assinale a resposta certa:

a) Correta a assertiva

b) Incorreta a assertiva, pois o empregador deverá recolher, a seu cargo, 20% do salário-de-contribuição do empregado doméstico

c) Incorreta a assertiva, pois o empregador deve recolher, juntamente com a contribuição devida pelo empregado, também, a cota do empregador, que será de 12% do salário-de-contribuição do empregado doméstico d) Incorreta a assertiva, pois o empregador não tem responsabilidade alguma para com o recolhimento do empregado doméstico, por ser este, um contribuinte individual que presta serviços de natureza autônoma a uma família, sem objetivo de lucro

e) Incorreta a assertiva, pois, ao empregador, cabe apenas o desconto da contribuição social devida pelo empregado doméstico

5. (AFPS – 1998 - modificado)

Com relação ao financiamento da seguridade social, assinale a alternativa correta:

a) 0 valor da contribuição devida pelos bancos comerciais, de investimento ou desenvolvimento, cuja base de cálculo é o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título aos segurados empregados, é de 22,5%, sendo reduzida a 17,5%, quando se tratarem de pagamentos feitos a empresários, avulsos, autônomos e equiparados.

b) As associações desportivas que mantenham equipe de futebol profissional contribuirão com o pagamento de 5% da receita líquida resultante dos espetáculos desportivos de que participem em todo o território nacional, em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, computadas as receitas

provenientes de quaisquer formas de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos, cabendo à entidade promotora do evento a responsabilidade pela retenção de tais valores e pelo respectivo recolhimento aos cofres da seguridade, no prazo de quarenta e oito horas após a sua realização. c) As contribuições devidas pelas empresas para custeio dos benefícios concedidos em razão do grau de

incidência de incapacidade laborativa proveniente de riscos ambientais do trabalho serão proporcionais ao risco presente em cada uma das atividades

preponderantes por elas desenvolvidas e terão como base de cálculo os respectivos faturamentos mensais. d) Os investimentos em programas de prevenção de acidentes. cujos resultados sejam apurados em inspeções, poderão acarretar a redução do percentual das contribuições devidas pelas empresas.

e) 0 empregador rural pessoa física contribui para a seguridade, como contribuinte individual, com o equivalente a 2,5% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção e com 0,1% sobre essa mesma base de cálculo para custeio das prestações por acidente de trabalho.

6. (AGU – Procurador Federal – 2004 – modificado) A contribuição a cargo da empresa é de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhes são prestados por: a) segurado especial em regime de multirão

b) cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho c) cooperados por intermédio de cooperativas de

produção

d) cooperados por intermédio de qualquer espécie de cooperativa

e) contribuinte individual por intermédio de empresa mercantil

7 - (Auditor Fiscal da Previdência Social – CESPE/UNB – 2003- modificado) Considere a seguinte situação hipotética.

No mês de abril de 2003, Fábio, autônomo, exercendo por conta própria atividade econômica, prestou

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serviço apenas ao Mercado Santana Ltda, recebendo R$ 1.500,00.

Nessa situação, do total recebido por Fábio, a

empresa deverá descontar o equivalente a 11 %, bem como efetuar o repasse em favor da previdência social.

8. (ESAF - Técnico da Receita Federal – 2006) A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Será financiada também por contribuições sociais, mas não pela contribuição

a) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. b) sobre a receita ou o faturamento, relativo a operações de comércio interno, do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei.

c) sobre o lucro do empregador, da empresa e da entidade

a ela equiparada na forma da lei, independentemente de ser sujeito também pelo imposto de renda.

d) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem

a lei a ele equiparar, independentemente da incidência do imposto de importação que no caso couber. e) sobre os proventos de aposentadoria ou pensão concedidos pelo Regime Geral de Previdência Social ao trabalhador ou demais segurados submetidos a tal regime.

9. (ESAF - Técnico da Receita Federal – 2006) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção

que contenha a exata seqüência.

( ) A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal. ( ) Os recursos adicionais do Orçamento Fiscal para a Seguridade Social serão fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual.

( ) A União é responsável pela cobertura de insuficiências

financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social. a) V V V b) F F F c) F V V d) V V F e) F F V

10. (ESAF - Técnico da Receita Federal – 2006) De acordo com os princípios constitucionais da Seguridade Social, é incorreta a seguinte opção:

a) não incidirá contribuição sobre aposentadoria e pensão

concedidas pelo Regime Geral da Previdência Social de que trata o art. 201 da CF/88.

b) poderá ser instituída contribuição social do trabalhador sobre o lucro e o faturamento.

c) podem ter alíquotas diferenciadas as contribuições sociais da empresa.

d) os entes federados descentralizados têm seu orçamento

da Seguridade Social distinto do orçamento da União. e) a transferência de recursos para o Sistema Único de Saúde terá seus critérios definidos em lei.

11. (INSS – TÉC – CESPE – 2003) No caso de empregado doméstico, a contribuição previdenciária do empregador é de 20% sobre a remuneração paga ao empregado, da mesma forma que ocorre com as empresas em geral.

12. (INSS – TÉC – CESPE – 2003) Com exceção da opção pelo recolhimento trimestral de contribuições, o segurado facultativo não pode retroagir sua

filiação, estando vedado pagamento de contribuição relativa

a competências anteriores à data de sua inscrição e do seu

primeiro recolhimento.

13. (AFPS/2003) Considere a seguinte situação hipotética.

Uma sociedade civil constituída de 6 sócios, todos médicos, tem como objeto social prestar serviços de anestesiologia nos centros cirúrgicos dos hospitais e pagou a seus sócios, a título de antecipação dos lucros, R$ 10.000,00 por mês, durante o exercício de 2002, não tendo sido discriminada a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do capital social.

Nessa situação, em relação aos valores distribuídos aos sócios, a contribuição da empresa será de 20% sobre o total das remunerações pagas mensalmente durante o exercício. ( )

14. (Procurador da Fazenda Nacional – ESAF – 2006) Quanto à diversidade da base de financiamento da Seguridade Social é incorreto afirmar que:

a) toda a sociedade tem a incumbência de financiar a Seguridade Social, de forma direta ou indireta, nos termos da lei.

b) os trabalhadores e demais segurados devem contribuir, não incidindo a contribuição sobre a

aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social de que trata o art. 201, da Constituição Federal de 1988.

(13)

Atualizada 07/02/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

12

c) o importador de bens ou serviços está excluído do custeio da Seguridade Social em razão da inexistência de risco social a ser coberto na atividade que lhe é peculiar, além de não haver base de cálculo

contemplada no art. 195, incisos I a IV, da Constituição Federal.

d) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a pessoa física, a receita ou o faturamento e o lucro são bases de cálculo para as contribuições devidas pela empresa ou entidade a ela equiparada.

e) a Seguridade Social receberá recursos dos orçamentos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. GABARITO 1- C 2- E 3- E 4- C 5- D 6- B 7- C 8- E 9- A 10- B 11- E 12- C 13- C 14- C 11. Salário-de-Contribuição

O salário-de-contribuição representa a base de cálculo da contribuição previdenciária dos segurados empregados, avulsos, empregados domésticos e facultativos. O valor do salário-de-contribuição será utilizado para o cálculo do salário-de-benefício. O salário-de-contribuição, apesar de ser bem parecido com o salário, tem conotação

diferenciada deste. O Direito Previdenciário, como ramo autônomo do Direito, considera outras espécies de pagamento como sendo salário-de-contribuição, além do próprio salário, como veremos a diante.

A remuneração de natureza indenizatória, em regra, não é salário-de-contribuição.

O fato gerador das contribuições previdenciárias sobre a folha de pagamento ocorre, para o segurado empregado e para a empresa, no momento em que a remuneração é paga, creditada ou devida.

O salário-maternidade é considerado salário-de-contribuição. Este é o único benefício em que há

desconto de contribuição previdenciária. Neste caso, não somente a parte do segurado deve ser descontada, como também, no caso de segurados que prestam serviços a empresas e empregados domésticos, deve ser paga a cota patronal.

O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde ao piso salarial, legal ou normativo, da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês.

O limite máximo do salário-de-contribuição, hoje, é de R$ 2.894,28.

11.1. Salário-de-Contribuição para o Contribuinte Individual.

Conforme art. 28, inc. II, da Lei 8.212/91: Entende-se por salário-de-contribuição para o

contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máximo, que hoje, é de R$ 2894,28.

O salário-de-contribuição para o segurado contribuinte individual será todo valor auferido por ele, observado o limite máximo. Não há que se falar em parcelas integrantes ou não integrantes, pois, em regra, tudo o que receber das empresas, a qualquer título, inclusive sob a forma de utilidades, será considerado salário-de-contribuição, uma vez que este segurado deve arcar com seus riscos profissionais e econômicos.

Por exemplo, se um eletricista, contribuinte individual, que presta serviços a uma empresa receber R$ 200,00 pela mão-de-obra, mais R$ 20,00 pelo almoço, mais R$ 5,00 pelo transporte, o valor do salário-de-contribuição será a somatória dos valores recebidos: R$ 225,00. Como estudamos no item 4.1 deste capítulo, a

remuneração paga ou creditada a condutor autônomo de veículo rodoviário, ou ao auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30 de agosto

de 1974, pelo frete, carreto ou transporte de passageiros,

realizado por conta própria, corresponde a 20% do rendimento bruto. Da mesma forma, o

salário-de-contribuição deste contribuinte individual corresponderá a 20% do rendimento bruto, observado, logicamente, o limite máximo.

Já no caso do ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, não se considera remuneração direta ou

Referências

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