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RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: Perícia contábil. Interesse. Alunos. 1 INTRODUÇÃO

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Um Estudo Sobre o Nível de Interesse de Alunos do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (FAFICA) em Atuarem Como

Perito Contábil

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo identificar o interesse de alunos de um curso de graduação em Ciências Contábeis, de uma instituição de ensino superior privada, quanto a intenção de atuarem como peritos contábeis na sua atividade profissional. Para consecução do estudo foi adotado o método indutivo, com abordagem descritiva quanto aos objetivos propostos, com utilização de técnicas de pesquisa bibliográfica e de campo, e quanto a abordagem do problema a análise foi qualitativa. De acordo com os dados coletados, observou-se que os respondentes, em sua maioria, não pretendem atuar na área de perícia, pois alegam que o mercado da região é pouco promissor e há uma grande morosidade para o recebimento dos honorários. Já a pequena parcela que disse que atuaria como perito contábil apontou como fatores motivadores os honorários, a valorização da atividade e a identificação pessoal com essa área. Conclui-se, portanto, que apesar de reconhecer a relevância da atividade, a maioria dos entrevistados não exerceria a função de perito contábil, atribuindo tal opção às dificuldades relacionadas ao mercado da região e a morosidade no recebimento dos honorários atribuídos ao exercício pericial.

PALAVRAS-CHAVE: Perícia contábil. Interesse. Alunos.

1 INTRODUÇÃO

A Contabilidade surgiu com o intuito de controlar o patrimônio dos indivíduos. Com o desenvolvimento da sociedade a Ciência Contábil evoluiu, buscando atender às necessidades de cada época e, dessa forma, surgiram as técnicas contábeis e, entre elas, a perícia contábil, que tem o intuito de esclarecer determinada situação ou fato envolvendo o patrimônio de um indivíduo ou entidade, realizada por um profissional que emite sua opinião através do laudo ou parecer pericial contábil.

O trabalho pericial requer conhecimento especializado, por isso, o “Decreto Lei nº. 9.295/46, na alínea “c” do art. 25, determina que o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil somente sejam elaborados por contador que esteja devidamente registrado e habilitado em Conselho Regional de Contabilidade” (NBC TP 01, ITEM 57). Ao perito compete a emissão de uma opinião fundamentada acerca de uma situação, que irá subsidiar a tomada de decisão da instância que requereu a perícia, demandando competência, ética e comprometimento do profissional, tamanha a responsabilidade que o mesmo assume.

Assim sendo, observa-se a notoriedade e a relevância do papel exercido pelo profissional contábil ao atuar como perito e, baseado nessa concepção, a presente pesquisa buscou responder a seguinte problemática: Qual o nível de interesse demonstrado por

alunos do curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (FAFICA) quanto ao exercício da Perícia Contábil?

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profissional deve ter; e expor a definição de laudo pericial, destacando a sua relevância na elucidação de situações ou fatos.

Ao longo do curso de graduação em Ciências Contábeis, várias disciplinas são ministradas abrangendo os diversos ramos da Contabilidade. Porém, sabe-se que algumas despertam de forma mais substancial os interesses dos discentes, outras nem tanto, fato que motivou o desenvolvimento do presente estudo, quando o mesmo procura buscar maiores informações acerca do interesse apresentado pelos alunos pesquisados com relação a disciplina de perícia, bem como sobre os fatores que influenciam esses alunos na escolha ou não desta área para desenvolverem suas atividades profissionais.

A pesquisa foi realizada através de questionários aplicados com 67 alunos do 7º e 8º períodos do curso de Ciências Contábeis da FAFICA, durante os meses de abril e maio de 2011.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 PERÍCIA CONTÁBIL

2.1.1 Conceito

Sá (2010, p. 3) explica que “A expressão perícia advém do Latim: Peritia, que em seu sentido próprio significa Conhecimento (adquirido pela experiência), bem como Experiência” (grifo do autor).

“Entende-se por perícia o trabalho de notória especialização feito com o objetivo de obter prova ou opinião para orientar uma autoridade formal no julgamento de um fato, ou desfazer conflito em interesses de pessoas” (MAGALHÃES et al., 2006, p. 12).

Conforme já citado, a perícia é um trabalho que tem como objetivo esclarecer um fato por meio de técnicas específicas de determinada área, inclusive a contábil. A Contabilidade tem como objeto de estudo o patrimônio das organizações, logo, a perícia contábil tem como foco de trabalho os fatos relacionados ao patrimônio.

Ornelas (2003, p. 33) assevera que “A Perícia Contábil inscreve-se num dos gêneros de prova pericial, ou seja, é uma das provas técnicas à disposição das pessoas naturais ou jurídicas, e serve como meio de prova de determinados fatos contábeis ou de questões contábeis controvertidas” (grifo do autor).

Segundo Alberto (2007, p. 33), a perícia contábil é “um instrumento técnico-científico de constatação, prova ou demonstração, quanto à veracidade de situações, coisas ou fatos oriundos das relações, efeitos e haveres que fluem do patrimônio de quaisquer entidades” (grifo do autor).

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2.1.2 Evolução da perícia contábil no Brasil

Magalhães et. al. (2006, p.11) relata que “O Código de Processo Civil (CPC) de 1939 já estabelecia vagas regras sobre perícia”. Entretanto, apesar do Decreto-lei nº 8.579/46 estabelecer expressivas modificações nas normas periciais, foi a partir do Decreto-lei nº 9.295/46 que a perícia contábil foi institucionalizada no Brasil (MAGALHÃES et. al., 2006). Através do CPC, instituído pela Lei nº 5.869 de 1973, “[...] as perícias judiciais foram premiadas com uma legislação ampla, clara e aplicável” (MAGALHÃES et. al., 2006, p. 11), bem como “Voltou o magistrado ao comando absoluto da produção da prova pericial, por intermédio de seu perito de confiança [...]”.

Com relação ao ensino da perícia contábil, Zanna (2007), relata que a resolução nº 3/1992 do Conselho Federal de Educação (CFE), incluiu tal disciplina como obrigatória no currículo dos cursos de graduação em ciências contábeis.

Com relação à literatura voltada para perícia contábil no País, Sá (2010, p. 2), relata que “na década de 20 do século XX, surgiu em nosso País a primeira obra específica sobre a matéria pericial, intitulada „Perícia em Contabilidade Comercial‟, de autoria do ilustre professor João Luiz Santos, cuja segunda edição foi feita pela Editora Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, em 1928”. Mas, só no fim do século XX foi efetivado o crescimento da literatura na área pericial, bem como do prestígio dos peritos (SÁ, 2010).

2.1.3 Objetivo

O objetivo da perícia é fazer um excepcional exame da questão levantada, emitindo uma opinião imparcial, segura e fundamentada. Nesse contexto, Alberto (2007, p. 35) afirma que “[...] a perícia contábil tem por objetivo geral a constatação, prova ou demonstração contábil da verdade real sobre seu objeto [...]” (grifo do autor). Na visão de Zanna (2007, p. 68), “o objetivo da prova é elucidar, por completo e com total clareza, ao magistrado e aos demais interessados, a respeito do que seja a verdade sobre as controvérsias guerreadas no processo”.

É exigido do perito um pronunciamento que servirá para o julgamento do usuário, portanto, é um trabalho que requer veracidade nas informações coletadas, uma vez que tendo como base as informações relacionadas ao objeto de estudo é que o perito desenvolve um exame suficiente para se posicionar com clareza e exatidão em seus resultados, materializando-se nesse exame o objetivo da perícia.

2.1.4 Classificação

Alberto (2007) classifica a perícia contábil em perícia judicial, perícia semijudicial, perícia extrajudicial e perícia arbitral.

“A perícia judicial assume forma solene porque é determinada por um magistrado e sujeita a ritos processuais estabelecidos por lei” (MAGALHÃES et. al., 2006, p. 23).

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denominadas “[...] por estarem sujeitas a regras legais que se assemelham às judiciais” (ALBERTO, 2007, p. 39).

A perícia extrajudicial é “[...] realizada fora do Estado, por necessidade e escolha de entes físicos e jurídicos particulares [...]” (ALBERTO, 2007, p. 39).

A perícia arbitral “[...] é aquela realizada no juízo arbitral – instância decisória criada pela vontade das partes [...]” (ALBERTO, 2007, p. 39).

2.2 PERITO

2.2.1 Conceito

De acordo com o item 2 da NBC PP 01 – Perito Contábil, “Perito é o contador regularmente registrado em Conselho Regional de Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria periciada”.

No exercício da perícia contábil observa-se três tipos de perito: o perito contador, o perito contador assistente e o perito extrajudicial. Ornelas (2003, p. 43) explica que “[...] o magistrado nomeia perito e a parte indica o assistente técnico”. A diferença entre perito contador e o perito contador assistente é que o primeiro é responsável pela emissão do laudo pericial contábil, já o assistente emite o parecer pericial contábil que pode estar convergente ao laudo ou divergente, e subsidia os advogados das partes. O perito extrajudicial é chamado para perícias de âmbito privado, requeridas por pessoas físicas ou jurídicas (ZANNA, 2007).

O perito é o profissional qualificado que detém capacidade técnica e científica acerca de determinado assunto e deve estar legalmente habilitado para exercer tal função. No caso do perito contábil, enfoque do presente estudo, o profissional deve ser registrado junto ao Conselho Regional de Contabilidade.

2.2.2 Qualidades do perito

De acordo com Ornelas (2003, p. 51), “À medida que o trabalho pericial tem como um de seus eixos a postura e a prática investigativa, determinadas qualidades pessoais são evidentemente necessárias”. Assim, esse profissional deve demonstrar capacidade para,

(a) pesquisar, examinar, analisar, sintetizar e fundamentar a prova no laudo pericial contábil e no parecer pericial contábil;

(b) realizar seus trabalhos com a observância da equidade significa que o perito-contador e o perito-perito-contador assistente devem atuar com igualdade de direitos, adotando os preceitos legais, inerentes à profissão contábil (NBC PP 01, ITEM 5).

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interligadas a contabilidade, entre outras. Com relação à ética, consiste em respeitar os preceitos que emanam do Código de Ética Profissional do Contador. E, por último, a qualidade moral, que se fundamenta na legitimidade das atitudes pessoais do perito (SÁ, 2010).

Observa-se, portanto, que a qualidade do trabalho pericial depende da qualidade do perito contábil, que precisa ter além da habilitação legal e do conhecimento que lhe caracteriza como um especialista, uma postura ética e moral incontestável.

2.3 LAUDO PERICIAL

O laudo pericial é o documento emitido pelo perito que contém o resultado da investigação. Segundo Sá (2010, p.11), “O laudo é sua opinião, onde produz seu ponto de vista e o justifica, oferecendo, também, as bases ou elementos de que se utilizou para poder chegar a opinar”. O laudo é elaborado dentro da formalidade, tendo em vista que as apurações de provas devem estar claras e objetivas.

Zanna (2007, p. 205) conclui que:

[...] o laudo pericial contábil, quando elaborado para fins judiciais, é a peça escrita, apresentada pelo perito oficial, que prova, segundo as circunstâncias e as possibilidades técnicas efetivamente existentes, algo a respeito de pontos obscuros ligados com assuntos de comércio, indústria e prestação de serviços; ligados com matérias tributárias, fiscais, previdenciárias e trabalhistas e relacionados com divergências sobre finanças e economia empresarial, tais como avaliações patrimoniais e prestação de contas.

Alberto (2007, p. 6) ressalta que “Judicialmente, o resultado material da atividade pericial, o laudo pericial, é uma prova altamente valorizada, superior mesmo a algumas outras provas (o testemunho, o documento etc.), porque representa a afirmativa ou a opinião fundamentada científica ou tecnicamente”.

Enfim, o laudo é o documento elaborado pelo perito que irá subsidiar a tomada de decisão do magistrado ou de quem solicitou de forma privada a perícia, porém o trabalho deve ser elaborado com o máximo de cuidado e zelo, exigindo do profissional máxima competência diante da responsabilidade com deve desenvolver sua atividade.

3 METODOLOGIA

A execução deste trabalho caracterizou-se pela utilização do método indutivo, “[...] cuja aproximação dos fenômenos caminha geralmente para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias (conexão ascendente)” (LOPES et al., 2006, p. 173).

Quanto aos objetivos, o estudo foi do tipo descritivo, que “[...] tem como objetivo principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno, estabelecendo relações entre as variáveis” (SILVA, 2010, p. 59).

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campo. De acordo com Silva (2010), a pesquisa bibliográfica se baseia em referências teóricas abordadas em livros, revistas, periódicos, entre outros, para explicar um tema ou problema. A pesquisa de campo foi realizada com 67 alunos dos 7° e 8° períodos do curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (FAFICA). A opção por tais períodos é que a disciplina Perícia, Medição e Arbitragem é ministrada no 7º período do curso.

No que tange a abordagem do problema, os dados tiveram um tratamento qualitativo. “[...] os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais” (RICHARDSON, 1999, p. 90 apud BEUREN, 2008, p. 91).

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A pesquisa foi desenvolvida com 37 alunos do 7º e 30 alunos do 8º período do curso de Ciências Contábeis da FAFICA, perfazendo um total de 67 pesquisados, buscando identificar o nível de interesse de atuarem na área pericial contábil. Os resultados são evidenciados a seguir.

4.1 DADOS DOS ALUNOS

A tabela 1 demonstra que na amostra pesquisada houve um equilíbrio na participação de homens e mulheres. Por uma pequena diferença, os respondentes do sexo masculino (52%) superaram as participantes do sexo feminino (48%).

Tabela 1 - Gênero % Masculino 52 Feminino 48 100 Fonte: Pesquisa, 2011.

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Tabela 2 - Idade % Até 22 anos 28 De 23 a 26 anos 40 De 27 a 30 anos 11 De 31 a 35 anos 12 Mais de 35 anos 9 100 Fonte: Pesquisa, 2011.

Os resultados evidenciaram que 82% dos participantes estão trabalhando, sendo 66% em empresas privadas, 4% como autônomos, 4% como empresários, 12% no serviço público e 6% atuam informalmente (tabela 3).

Tabela 3 – Atuação profissional

% Empregado de empresa privada 66 Profissional liberal/autônomo 4

Empresário 4

Servidor público 12

Trabalhador informal 6

Sem trabalho no momento 8 100 Fonte: Pesquisa, 2011.

Quando questionados sobre a área na qual pretendiam atuar após a conclusão do curso, 40% dos alunos demonstraram interesse em contabilidade geral, 16% em auditoria contábil, 15% em contabilidade pública, 5% em contabilidade de custos, outros 5% em contabilidade gerencial e 6% em outras áreas da contabilidade como controladoria e ambiental (tabela 4). Nenhum aluno optou pela docência e 12% afirmaram que não pretendem exercer a atividade contábil.

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Tabela 4 – Atuação após conclusão do curso % Contabilidade geral 40 Contabilidade de custos 5 Contabilidade gerencial 5 Contabilidade Pública 15 Auditoria Contábil 16 Perícia Contábil 1 Docência - Não pretendo atuar na área 12

Outra 6

100 Fonte: Pesquisa, 2011.

4.2 DADOS DA PESQUISA

4.2.1 Conhecimento da atividade do perito contábil

A pesquisa procurou saber se os entrevistados já conheciam a atividade desempenhada pelo perito contador antes de cursar a disciplina Perícia, Medição e Arbitragem. De acordo com os dados apresentados na tabela 5, observa-se que para 84% dos alunos participantes, a prática da perícia contábil era desconhecida até o período em que a disciplina foi ministrada.

Tabela 5 – Conhecimento da atividade do perito contador %

Sim 16

Não 84

100 Fonte: Pesquisa, 2011.

4.2.2 Perícia contábil como prerrogativa de contador

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Tabela 6 – Prerrogativa da perícia contábil % Concordo totalmente 51 Concordo parcialmente 35 Indiferente - Discordo parcialmente 10 Discordo totalmente 4 100 Fonte: Pesquisa, 2011. 4.2.3 Distinção e reconhecimento

Conforme a NBC PP 01, a escolha do contador para o exercício da atividade pericial contábil, seja como perito-contador ou perito-contador assistente, deve ser considerada como distinção e reconhecimento da capacidade e honorabilidade do profissional. Dessa forma, buscou-se observar se os alunos estavam de acordo com tal norma. Dos respondentes, 64% concordaram totalmente com a norma, conforme apresentado na tabela 7, onde está evidenciado que 24% concordaram parcialmente, 8% se mostraram indiferentes, 3% discordaram parcialmente e apenas 1% discordou totalmente.

Tabela 7 – Distinção e reconhecimento % Concordo totalmente 64 Concordo parcialmente 24 Indiferente 8 Discordo parcialmente 3 Discordo totalmente 1 100 Fonte: Pesquisa, 2011.

4.2.4 Papel social da perícia contábil

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Tabela 8 – Papel social da perícia contábil % Concordo totalmente 71 Concordo parcialmente 20 Indiferente 4 Discordo parcialmente 4 Discordo totalmente 1 100 Fonte: Pesquisa, 2011.

4.2.5 A valorização do laudo pericial

Alguns autores, como é o caso de Alberto (2007), ressaltam que o laudo pericial é uma prova altamente valorizada. Contudo, ao buscar conhecer a opinião dos alunos pesquisados, 54% concordaram parcialmente com tal opinião, 3% foram indiferentes, 3% discordaram parcialmente e 40% concordaram totalmente. Os resultados demonstram que grande parte dos alunos considera que o laudo pericial nem sempre é valorizado.

Tabela 9 – Laudo pericial

% Concordo totalmente 40 Concordo parcialmente 54 Indiferente 3 Discordo parcialmente 3 Discordo totalmente - 100 Fonte: Pesquisa, 2011.

4.2.6 Atuação como perito contábil

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Tabela 10 – Atuação como perito contábil % Sim 27 Não 73 100 Fonte: Pesquisa, 2011.

Dos alunos que afirmaram que atuariam como perito contábil 33% disseram que o fariam por ser uma atividade valorizada, 28% por conta dos honorários, 17% pelo mercado promissor da região e 28% por se identificarem com a área. Os percentuais apresentados na tabela 11 ultrapassam 100% já que os discentes poderiam assinalar mais de uma opção.

Tabela 11 – Fatores para atuar como perito %

Atividade valorizada 33

Honorários 28

Mercado promissor na região 17

Identificação com a área 28

Fonte: Pesquisa, 2011. Em contrapartida, entre os participantes que responderam que não atuariam como perito contábil, 39% justificaram que o mercado da região se mostrava pouco promissor, 27% por não considerarem os honorários condizentes com o trabalho realizado, 35% apontaram a morosidade no recebimento dos honorários, 20% alegaram dificuldade de acesso ao mercado e 12% apresentaram outras justificativas, como falta de interesse pela área e ausência de reconhecimento pela sociedade (tabela 12). Nessa questão, os respondentes também poderiam marcar mais de uma opção. Tabela 12 – Fatores para não atuar como perito % Mercado pouco promissor na região 39

Honorários não condizentes com o trabalho realizado 27

Morosidade no recebimento dos honorários 35

Dificuldade de acesso ao mercado 20

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5 CONCLUSÃO

O papel desempenhado pela perícia contábil é relevante, uma vez que a opinião emitida poderá auxiliar na decisão de quem a requereu. Face ao exposto, foi realizado um levantamento com alunos do curso de Ciências Contábeis da FAFICA, com o intuito de evidenciar o nível de interesse demonstrado em atuarem na área pericial contábil após a conclusão do curso.

Na amostra composta por 67 alunos, a maioria é do sexo masculino, com idade de 23 a 26 anos, empregados de empresas privadas e com pretensão em atuarem em contabilidade geral após a conclusão do curso.

Com relação à perícia contábil, grande parte dos pesquisados demonstrou: não conhecer a função desempenhada pelo perito antes de cursar a disciplina Perícia, Medição e Arbitragem; concordar que a perícia contábil desempenha um papel social relevante, devendo ser exercida apenas por contadores, cuja escolha deve ser considerada como distinção e reconhecimento da capacidade e honorabilidade do profissional.

A pesquisa questionou aos entrevistados se atuariam como perito contábil e a grande maioria respondeu que não, alegando que o mercado da região era pouco promissor, além de considerar a morosidade no recebimento dos honorários. Dentre a minoria que afirmou que atuaria na área pericial contábil, os motivos mais apontados foram: honorários, atividade valorizada e identificação com a área.

Conclui-se, portanto, que apesar de reconhecer a relevância da atividade, a maioria dos entrevistados não exerceria a função de perito contábil, atribuindo tal opção às dificuldades relacionadas ao mercado da região e a morosidade no recebimento dos honorários atribuídos ao exercício pericial.

REFERÊNCIAS

ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

BEUREN, Ilse Maria (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 3. ed. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2008.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n° 1.244, de 10 de dezembro de 2009. NBC PP 01 – Perito Contábil. Disponível em:

<http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001244>. Acesso em: 29 mai. 2011.

______. Resolução n° 1.243, de 10 de dezembro de 2009. NBC TP 01 - Perícia Contábil. Disponível em: <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001243>. Acesso em: 29 mai. 2011.

LOPES, Jorge et. al. O fazer do trabalho científico em ciências sociais aplicadas. Recife: Universitária da UFPE, 2006.

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ORNELAS, Martinho Maurício Gomes de. Perícia contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

SÁ, Antônio Lopes de. Perícia contábil. 9. ed. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.

SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da. Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade: orientações de estudos, projetos, artigos, relatórios, monografias, dissertações, teses. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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