Ben Hur - 1925
Produção
Esquecido por muitos anos, esse filme de Fred Niblo foi restaurado em fins da década de 1980, surpreendendo as gerações mais recentes por seus efeitos especiais (obra de J. Arnold Gillespie) e pela exuberância majestosa de algumas seqüências (como a batalha entre galeras e a corrida de quadrigas no circo), muito avançadas para a época em que foi produzido.
Considere-se também a audácia de exibir moças despidas da cintura para cima, jogando pétalas de flor sobre Quinto Arrio, em seu cortejo triunfal, além de outras cenas sensuais, que seriam impensáveis, alguns anos mais tarde, com a implantação do Código Hays1.
Durante as filmagens, Niblo utilizou diferente tipos de planos, inclusive movimentos de câmera mediante "Travelling", considerados muito arriscados pelos cineastas de seu tempo.
Para filmar a corrida de quadrigas, ele instalou 42 câmeras no cenário (com seus respectivos operadores) e consumiu 56 mil metros de celuloide.
Também recrutou 4 mil extras 2 , que se misturaram a milhares de bonecos, para compor a platéia do circo.
A história por trás desse filme tornou-se folclórica em Hollywood, por força das várias mudanças ocorridas durante as filmagens, dentre outras as substituições do ator George Walsh (que fora contrato para o papel principal) e do diretor Charles Brabin (substituído por Fred Nibio).
Sinopse
Ao contrário da premiada versão de 1959, esta procura se manter fiel ao romance de Lew Wallace.
Sua trama central gira em torno da disputa entre dois homens: o aristocrata judeu Judá Ben Hur, e seu amigo de infância, o romano Messala - que se torna o ambicioso comandante da guarnição militar de Jerusalém.
Messala quer que o amigo lhe revele os nomes dos que conspiram contra o domínio romano na Judeia, mas Ben Hur - que parece conhecê-los, ainda que não se envolva, politicamente, com eles - nega-se a ser um delator.
A desforra do romano vem dias depois, quando ocorre um acidente durante a chegada do governador (praefectus), Valério Grato.
Acusado de atentar contra a vida de Grato, Judá é preso, juntamente com sua família.
Seu destino será o de passar o resto de seus dias preso ao banco de remador, em uma galera romana.
Todavia, por salvar a vida do cônsul Quinto Árrio, durante uma batalha naval, Ben Hur readquire sua liberdade e volta à Judeia, tendo um único propósito: vingar-se de Messala.
O ajuste de contas se dá numa corrida de quadrigas, onde os soberbos cavalos árabes do sheik Ilderim, conquistam uma vitória espetacular.
Antes disso, ele conhece e se envolve com a sensual (e traiçoeira) egípcia, Iras.
Mas a satisfação de Ben Hur é conspurcada ao saber que suas mãe e irmã, mantidas presas numa úmida prisão romana, contraíram lepra (Hanseníase) e estão condenadas a viver na caverna dos leprosos.
Na convicção de que Jesus (cuja pregação atraía um número crescente de seguidores) é o Messias davídico, que veio para acabar com o domínio estrangeiro e instalar o "Reino de Deus" em uma Judéia purificada, ele usa sua riqueza para treinar e equipar (secretamente) uma tropa, pronta para apoiar o "rei dos judeus", quando chegar o momento.
Ocorre que, antes disso, Jesus é preso e crucificado.
O filme termina quando a mãe e a irmã de Ben Hur recuperam, milagrosamente, a saúde, e ele se entrega ao amor sincero de Ester, filha de seu fiel servidor, Simônides. Obviamente, todos eles se tornam cristãos.
Direção
Fred Niblo 1874 - 1948
Christy Cabanne 1888 - 1950
J.J. Cohn 1895 - 1996
Elenco
Ramon Novarro 1899 - 1968 - Ben-Hur
Francis X. Bushman 1883 – 1966 - Messala
Betty Bronson 1906 – 1971 – Mary
Claire McDowell 1877 – 1966 - Princess of Hur
Carmel Myers 1899 – 1980 - Iras
Nigel De Brulier 1877 – 1948 - Simonides
Leo White 1882 – 1948 – Sanballat
Charles Belcher 1872 – 1943 - Balthazar
Dale Fuller 1885 – 1948 - Amrah
Reginald Barker 1886 – 1945 - Chariot Race Spectator (não creditado),
Lionel Barrymore 1878 – 1954 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Clarence Brown 1890 – 1987 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Joan Crawford 1905 – 1977 - Chariot Race Spectator (não creditado)
William Donovan 1883 – 1959 - Charioteer of Corinthian Bay Team (não creditado)
Douglas Fairbanks 1883 – 1939 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Sidney Franklin 1893 – 1972 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Clark Gable 1901 – 1960 - Roman Guard (não creditado)
Janet Gaynor 1906 – 1984 - Slave Girl (não creditado)
John Gilbert 1897 – 1936 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Lillian Gish 1893 – 1993 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Samuel Goldwyn 1879 – 1974 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Sid GraSid Grauman 1879 – 1950 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Noble Johnson 1881 – 1978 - Crowd Member (não creditado)
Rupert Julian 1879 – 1943 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Henry King 1886 – 1982 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Carole Lombard 1908 – 1942 - Slave Girl (não creditado)
Myrna Loy 1905 – 1993 - Slave Girl (não creditado)
Carlotta Monti 1907 – 1993 - Slave Girl (não creditado)
Colleen Moore 1899 – 1988 - Chariot Race Spectator (não creditado)
Sally Rand 1904 – 1979 - Slave Girl (não creditado) (unconfirmed)
Tom Tyler 1903 – 1954 - Charioteer (não creditado)
Claude Payton 1882 – 1955 - Jesus Christ (não creditado) Gilbert Clayton 1875 – 1929 - (não creditado)
Ray Erlenborn 1915 – 2007 - (não creditado) William E. Green 1893 – 1962 - (não creditado)
Mickey Millerick 1905 – 1986 - (não creditado) Satini Pualoa - Extra (não creditado) Leonora Summers 1897 – 1976 - (não creditado) Christiane Yves 1905 - - Hedonist (não creditado)
Music by
Cinematography
Clyde De Vinna 1890 – 1953
René Guissart 1888 - 1960
Karl Struss 1886 - 1981 Glenn Kershner 1884 - 1985
Edited by
Lloyd Nosler 1900 - 1985