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A expansão do Brasil e sua língua partindo de uma visão geopolítica das línguas inglesa e espanhola

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Academic year: 2022

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A EXPANSÃO DO BRASIL E SUA LÍNGUA PARTINDO DE UMA VISÃO GEOPOLÍTICA DAS LÍNGUAS INGLESA E ESPANHOLA.

Álisson Maia Braga Medrado1

RESUMO: O presente trabalho tem como escopo visualizar possibilidades de difusão da língua portuguesa pelo país que possui maior potencial, atualmente, para isso: o Brasil, pelo perfil demográfico e geográfico que possui, pelo próspero momento político-econômico que vive, e por ser considerado, o português, uma língua em expansão geopolítica. A língua inglesa, reverenciada e referência para qualquer estudo linguístico-expansionista, serve-nos de parâmetro para vislumbrar palpáveis possibilidades. A língua espanhola, pelas notáveis constatações, principalmente nos Estados Unidos da América e no Brasil, surge como uma constante na progressão idiomática, podendo ter seu número de falantes alavancado até o ano de 2050.

PALAVRAS-CHAVE: Expansão. Língua Portuguesa. Geopolítica.

ABSTRACT: The present work is intented to see possibilities for dissemination of the Portuguese Language for the country that currently has the greatest potential for this, Brazil, by demografic and geografic features, the thriving political-economic lives, and be considered, the Portuguese Language, an expanding geopolitical language. The English language, revered and reference to any study-language expansion, parameter serves us to glimpse tangible possibilities. The Spanish language, by the remarkable findings, especially in the United States and Brazil emerges as a constant progression idiomatic, and may have boosted its number of speakers by the year 2050.

KEYWORDS: Expansion. Portuguese Language. Geopolitics.

1 INTRODUÇÃO

A expansão de uma língua está diretamente relacionada à quantidade de fronteiras abertas para seu efetivo crescimento. Acresce-se a isso, a coexistência de fatores que respondem porque uma língua pode se expandir tão efusivamente. Se por um lado, medidas protecionistas tentam frear esse processo de difusão, por outro, em tempos atuais, torna-se mais coerente imaginarmos essa língua rompendo as comportas que tentam restringir-la mundo afora. A evolução de uma nação espelha uma emancipação linguística, de forma multilateral e que possa beneficiar e

1 Aluno do Curso de Licenciatura em Língua Portuguesa pela Universidade de Brasília – UNB. Graduado no Curso de Licenciatura em Língua Espanhola pela UNB. E-mail: lissomaia@yahoo.com.br

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estreitar relações. No entanto, por outra janela, há de ser prudente quanto às transformações que possam afetar heranças e identidades culturais. As estratégias de crescimento de países emergentes, por exemplo, tem interesses que interligam entre si língua, cultura, história, economia e política.

O Inglês é atualmente a língua mais difundida no mundo. O estudo do processo histórico da língua inglesa e da prevalência dominante dos países propulsores dessa língua fornece subsídios para o entendimento não só do seu processo evolucional, mas também, de outros idiomas; e, ainda, oferece prospecções para se reavaliar políticas linguísticas nacionais e internacionais. O escopo deste trabalho não é se ater a esse processo histórico, e sim, revelar um panorama atual das línguas inglesa, espanhola, e, principalmente, da portuguesa.

Definindo Geopolítica como sendo as relações de poder e as influências sobre territórios, entendemos que a língua tem nisso papel fundamental, visto, por exemplo, a ascensão linguística do Inglês ao redor do mundo. Os Estados Unidos da América (EUA), direta ou indiretamente, dissemina sua cultura pelos quatro cantos do mundo, alastrando novas tecnologias, produções fonográficas e cinematográficas, inovações científicas, modelos políticos e econômicos, promovendo, como nesses casos, não só a língua (com papel secundário), mas também, um modo de pensar norte americano. O papel político da língua é referência para a sustentação e potencialização de culturas e economias. A visibilidade dos EUA frente ao mundo em termos econômicos, políticos e culturais, ao longo do século XXI, resultaram na propagação, e, conseqüente, predomínio da língua inglesa.

Assim como o Inglês caminha para o concreto domínio do mundo dos negócios, e , ainda, assim como ele é parâmetro para o estudo da difusão da língua, podemos nos perguntar que passos poderiam tornar, por exemplo, a Língua Portuguesa mais atrativa mundialmente, de maneira que não só a língua em si, mas também, uma cultura que inclui essa língua. Talvez alguns mitos como: português muito é difícil ou brasileiros não sabem falar português, e, também, o fato de o português de Portugal e o português do Brasil serem considerados línguas distintas para muitos linguístas, sinalizem empecilhos nessa caminhada que almeja romper fronteiras. No entanto, um projeto político linguístico voltado para o exterior, não somente no aspecto de divulgação, mas também, no de inclusão dessa língua no mundo dos negócios, e, ademais, juntando-se a esse anseio, as últimas conquistas

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e olhares para o Brasil, possivelmente os passos dessa caminhada virem saltos em direção a uma otimização da projeção linguística. Olhar para o futuro traz olhares para dentro. A Língua Portuguesa em evidência pode acarretar um grande estímulo particular (para o falante) e para o coletivo (Estado/Nação), no sentido de valorização do idioma. O Brasil tem grande potencial para difundir sua língua, visto que dos aproximados 240 milhões de falantes da Língua Portuguesa no mundo, tem ele, sozinho, cerca de 180 milhões. Ademais, atualmente, o país usufrui de um bom momento econômico e político que pode vir a resultar , daqui a algumas décadas, um dos países mais desenvolvidos do planeta.

A hegemonia do inglês, a princípio, não parece ser ameaçada por nenhuma outra língua. O espanhol, segunda língua mais falada no mundo, depois do mandarim, em falantes nativos, penetra em território norte americano, por meio dos imigrantes mexicanos, e, em minoria, pelos imigrantes oriundos das Américas Central e do Sul, o que resultou na defesa, por meio de contensões territoriais, idiomáticas e econômicas, impostas pelos EUA. Porém, parecem ainda não definir isso como uma possível ameaça à prevalência de sua língua, talvez diante da necessidade desse país em ter mão de obra barata para sua indústria e comércio, e da manutenção de suas relações benéficas com seus vizinhos centro e sul americanos. No Brasil, com a aprovação da lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005, que torna o ensino da língua espanhola obrigatória nas escolas brasileiras, o número de falantes do idioma ganha mais projeção, diante da densidade demográfica que possui o país. Destarte, a língua espanhola tem a possibilidade de se difundir decisivamente nos próximos anos, mas estará, certamente, às sombras da língua inglesa. Fazendo uma paralelo com a evolução da Língua mais prestigiada do mundo, observá-se-á pontos cruciais que posicionam em destaque a língua espanhola e a portuguesa no mundo.

2 INGLÊS: UMA BREVE E ATUAL VISÃO GEOPOLÍTICA

A conquista territorial, antigamente fruto de idealismos coloniais, hoje dá lugar a predominante série de influências e interesses que mantêm os Estados Unidos da América no patamar em que está, e improvável é, diante disso, seu destrono mundial. A dominação territorial é indireta, advinda de um prestígio político, e se

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concretiza na difusão da língua mais difundida do mundo, na economia-espelho para outros países, numa cultura rica que dita a moda, e, ainda, num modelo educacional e científico célebres. Como discutir e reverenciar o que levou a língua dessa nação a um status tão desejável? Trazer a experiência vencedora para a situação particular seria, talvez, a solução para se tentar projetar ideais. O melhor parâmetro convence e ajusta-se ao particular.

“A primeira característica geopolítica do inglês é a sua difusão planetária. Diferentemente do russo, por exemplo, restrito ao antigo império de Stálin, o inglês está um pouco presente em todos os lugares no mundo. Os principais núcleos estão na Europa (Reino Unido), na América do Norte (Estados Unidos e Canadá), na Austrália, na Nova Zelândia, na África do Sul. Esses núcleos agrupam populações para as quais o inglês, é a língua materna. Para outros – ex-colônias em sua grande maioria -, o inglês não é a língua materna; seguramente não a língua materna da grande maioria da população. Em compensação, ele é, de facto, a língua do poder – nas instituições políticas, mas também nos negócios, no comércio, na indústria e na cultura.” ... “Podemos ousar dizer que, definitivamente, não há nenhuma categoria da população de um Estado que não se sinta atraída pelo inglês. Para alguns, o fenômeno se explica pelo fato de ser uma língua materna; para outros, pela perenidade da influência colonial e mais frequentemente ainda pelo peso político do mundo de língua inglesa e por seu sucesso insolente em todos os âmbitos da vida científica, econômica e industrial, que a torna atraente, qualquer que seja o peso das tradições com as quais ela se enfrente.” (LE BRETON, J. A Geopolítica do Inglês, pp. 16 e 18)

A maioria dos países do mundo mantêm, em menor ou maior grau, interesse ou atração pela língua inglesa. O universalismo da língua, juntamente com seu caráter não conformista (no questionamento das idéias tradicionais), vivido no período de fixação da língua, são relevantes corresponsáveis pelo êxito contemporâneo da língua.

Os Estados Unidos, depois da Segunda Guerra Mundial vê sua influência expandir, principalmente no continente Europeu, e, logo após, no ocidente. A investida comercial norte Americana, por exemplo, fez com que a língua tomasse força pois se requisitava esta para a organização e manutenção da estratégia. As fantásticas conquistas políticas dos povos de língua inglesa, fizeram com que, definitivamente, o francês, o russo e o alemão, não fossem temor para a predominância daquela língua. Ainda na questão expansionista, no pós-guerra, dois fenômenos tornaram-se consideráveis para o avanço da língua inglesa: a guerra fria

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e a descolonização.

A língua inglesa é reconhecida, depois da segunda guerra mundial, como língua oficial de trabalho no Conselho da Europa, na Organização das Nações Unidas (ONU), na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Concretiza-se como o idioma-requisito das instituições e organizações mundiais e sua preferência se faz notável até mesmo nas exigências pelo o uso correto do inglês. O mau uso da língua pelos estrangeiros, muitas vezes, resultam em ruídos de comunicação que interferem nas devidas interpretações, o que pode levar a consequentes constrangimentos. Ainda nisso, os falantes nativos que representam suas nações, quando no exercício de suas funções, expressam-se como nativos e esperam que os partícipes/membros das sessões reajam, também, como nativos. A literalidade das orações linguísticas se faz necessária, nesse caso, frente ao multiculturalismo identificado em cada representante, que exerce o uso da língua em diferentes níveis de excelência. Os ingleses e Norte Americanos são severos atuantes nas grandes organizações internacionais, diferentemente dos franceses que são mais resistentes.

A tendência pela escolha da língua inglesa se estabelece por sua praticidade comunicativa e pela abrangência de instituições e indivíduos que contemporaneamente a elegem como elemento de projeção. A aceitação da língua reflete o seu nível de formalismo. Segundo entrevista de Hélene Gadriot-Renard, em A geopolítica do inglês, por exemplo, revela que os franceses se mantiveram apegados ao respeito à norma, à pureza da língua, diferente dos anglo-saxões e dos nórdicos. A atratividade da língua se desenha num rompimento dos padrões antigos;

a língua, que é viva, é mutável e tende a se expandir.

“Sim, o inglês é verdadeiramente uma língua de liberdade. E no inglês atual permanece algo disso tudo. A esse respeito, o inglês, diferentemente do francês ou do espanhol, cuja evolução é dirigida por academias que fixam o seu “correto uso”, parece ser uma língua mais flexível. A inovação é aceita de mais liberalidade em inglês do que em francês, por exemplo. A ausência de pressões linguísticas faz com que o conhecimento do inglês pareça “mais fácil”.” (LE BRETON, J. A geopolítica do Inglês, p. 18)

Não raro é de se imaginar, a língua inglesa como a língua oficial do comércio mundial. Exporta-se e importa-se em grandes números. Também consideráveis são o número de países que já adotaram o inglês como língua de comunicação internacional. Hoje, o indivíduo que planeja uma viagem para qualquer continente,

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terá que, no mínimo, falar e entender o idioma inglês. O ramo comercial e de hotelaria, pela alta demanda turística, investe no aperfeiçoamento de seus atendimentos. Profissionais multilingues, clientes satisfeitos e, ainda, futuras recomendações, que recompensarão altos investimentos. O turismo é um dos grandes responsáveis, no mundo dos negócios, pela crescente valorização mundial da língua inglesa. A referência tecnológica e científica se traduz em inglês. Quem está ligado à inovação digital, tecnológica e científica, provavelmente se depara, por exemplo, com um manual instrucional ou texto científico em língua inglesa. O domínio dessa língua pelo indivíduo pode representar a sua manutenção empregatícia. Diante disso, o comportamento muda: a resistência sai e a necessidade entra. Exige-se cada vez mais deste profissional, no entanto, remunera-se mais.

“São sobretudo americanas as ciências informáticas, que foram subvencionadas por vultosas encomendas militares, e elas estão na origem da internet. Para seguir esse movimento e dele participar, é preciso falar inglês” … “A mundialização do inglês se faz também indiretamente por meio de uma série de fenômenos culturais mais ou menos associados uns aos outros: pelo cinema americano, e especialmente pela enorme massa de produções musicais que são, dia e noite, difundidas por emissoras de rádio e de televisão do mundo inteiro”. (LACOSTE, 2005, p. 11)

O grande espelho norte americano reflete no restante do mundo toda uma cultura que perpassa a música e o cinema, a moda e, até mesmo, uma maneira de pensar. Seguir a tendência é voltar-se para o que é referência, e assim, se vê indispensável o aliamento a esse molde, a fim de se ver incluso no ambiente internacional.

A imperatividade de uma língua muitas vezes se realiza de maneira natural, de forma eletiva, pela escolha da língua em suas relações internacionais como forma, até mesmo, de sobrevivência, pelo caráter flexível e livre que a língua pode oferecer, etc. No entanto, eventualmente, essa escolha dá lugar a imposição e, claro, sobrepassa o limite do bom senso, entrando em méritos mais culturais e políticos protetivos. É o que constatou-se num artigo publicado no Reino Unido , em setembro de 2002, em que David Blunkett, Home Secretary of Great Britain (o equivalente a ministro do interior) declarou “sutilmente” aos imigrantes, que usassem o inglês em seu território. Ademais, diante de um momento de crise, em revoltas raciais ocorridas

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no nordeste da Inglaterra, declarou, em dezembro de 2001, que “os imigrantes deveriam tentar se sentir britânicos”. Talvez disso, entender-se-á que a melhor maneira para a subsistência de imigrantes na localidade seria a adoção da língua inglesa e, consequentemente, a de uma cultura.

“Nesse artigo, publicado na obra coletiva Reclaiming Britishness, o ministro conclama as minorias étnicas em geral e as asiáticas (indopaquistaneses e bangladeshianos) em particular a terem a bondade de falar inglês em casa, a fim de facilitar a comunicação intergeracional e de favorecer a sua própria integração na sociedade”

(PAPIN, A geopolítica do inglês, 2005, pp.116/117)

Imposição e liberdade são opostos que permeiam a história de conquistas dos povos de língua inglesa, e, certamente, estão nas exigências da atualidade. A impositividade é, muita vezes, de um processo natural, como por exemplo, quando o mercado conclama profissionais e estudantes que detenham o domínio da língua.

Eles se mantêm vivos, e, mais ainda, a língua inglesa. A imposição está no exigível para a sobrevivência mercadológica, e os indivíduos têm a liberdade de quererem ou não se sentirem inclusos, de serem mais bem remunerados ou não.

3 O ESPANHOL: ÀS SOMBRAS DA LÍNGUA INGLESA

Quanto mais longe for uma mensagem, mais claro se torna a preferência por uma língua internacional: a que deu asas à essa mensagem. Muitos se perguntam que língua é a melhor, e tendem a deduzir como a de maior prestigio e a mais difundida internacionalmente. As demais línguas podem ser consideradas inúteis, dependendo de cada objetivo particular, ou até, meras competidoras. Estaria mais coeso notar o caráter complementar que uma língua exerce com a outra, e ver o poliglotismo como forma projetável para a inserção de qualquer indivíduo, tanto no meio profissional, quanto no cultural.

O espanhol é uma grande língua por seu considerável número de falantes espalhados pelo mundo: mais de 400 milhões, por ter grande riqueza léxica e gramatical, por seu passado e seu presente literários e por seu uso internacional.

Segundo dados do Instituto Cervantes, o espanhol é hoje, a quarta língua mais falada do mundo, ficando atrás somente do chinês, do inglês e do hindi, e a estatística confere que em breve romperá a barreira de 500 milhões de falantes no mundo; é, também, a segunda língua ocidental em número de falantes, e, ainda,

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ocupa o segundo lugar como língua estrangeira mais estudada do mundo, perdendo somente para o inglês. Todo esse contingente vai desde os estudantes da língua até os falantes nativos de países cujo a língua materna é o espanhol. O Instituto supracitado, em seu anuário de 2006/2007 – Enciclopédia del Espanhol em el mundo, pode afirmar que, mais ou menos 14 milhões de alunos estiveram estudando espanhol como língua estrangeira no mundo. O maior número de estudantes se concentrando no Continente Americano, com cerca de 7.100.000. Os Estados Unidos encabeçam este número devido a inserção involuntária do idioma no país e, logo depois, está o Brasil, por ter aprovado uma lei, nos últimos anos, que obriga o ensino da língua espanhola como língua estrangeira nas escolas. O futuro do espanhol na área geográfica estará muito ligada à estabilidade política, social e econômica dos países que expressam bons números de aprendizes do idioma e da contínua procura pela educação de seus habitantes.

“He señalado arriba que esta ideologia de progreso le viene al español de su condicíon de lengua internacional. Por supuesto, cuando una lengua internacional (esto es, inter-nacional, que se habla por varias naciones) funciona, además, como lengua puente (Lopéz García 1999), como instrumento de comunicación valido para intercambios científicos o comerciales entre cualquiera seres humanos, su condición de lengua de progreso se hace aún más patente y sus defensores pasan a considerarla lengua global. Es lo que le ocurrió en lo antiguo al latín y lo que hoy día sucede con el inglés. (GARCÍA, A. L, Ideologias de la lengua española: realidad y ficción, p. 151)

A língua, de modo geral, é um fenômeno em essência político. Toda língua tem um papel político. Língua e política exercem um papel conjunto e ordenam a comunicação social. Qualquer política deve buscar o bem estar das pessoas que compõem o grupo social, este bem-estar inclui necessariamente uma identidade cultural harmônica, que por sua vez, tem um forte conteúdo linguístico. Essa política linguística internacional deve ser mais realista, evitando rupturas culturais e deserdando a sensação competitiva, que mais parece uma disputa com outros meios.

“La primera tarea de cualquier política linguística será, pues, dibujar el perfil internacional de nuestra lengua, averiguar lo que es, y, casi igual de importante, lo que no es. El más somero boceto mostraría uma gran lengua internacional, sorprendentemente unitaria, bastante pero no demasiado extendida geograficamente, de poco peso económico y con una reputación internacional manifestamente

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mejorable. (TAMARÓN, 1995, p. 52)

Antonio Alatorre, em Los 1001 años de la Lengua Española, ressalta que existe uma unidade básica da língua espanhola. O que se lê na Espanha pode ser lido em Trinidad e Tobado, ou quem fala com qualquer morador de outro país de língua espanhola compreenderá o que se diz. No entanto, os ideais acadêmicos de uniformidade parecem ter perdido adeptos entre alguns acadêmicos, visto que é normal deparar-se com unidades linguísticas distintas entre os países. Quando se vai perdendo laços entre Espanha e América, porque não se admite que há um único espanhol standard, aflora o que chama “função separatista”, como consequência, a maior parte das vezes, da autoafirmação que mantêm em direção às outras línguas espanholas seus próprios falantes. Mais sério é a comprovação de que o espanhol cada vez se utiliza menos para falar e escrever sobre a ciência e a técnica e em grande medida para as relações comerciais. Na Espanha, em algumas universidades, alguns professores escrevem seus trabalhos em inglês, costume que está muito estendido nas faculdades de ciências, pois sabem que suas considerações e que seus trabalhos serão conhecidos, lidos e citados, se imprescindivelmente, estiverem escritos em inglês.

“Acrescente-se a isso o fato ainda mais impressionante de que algo em torno de 80 a 90% da divulgação de conhecimento científico ocorre em inglês. Ou seja, quem se recusa a adquirir um conhecimento mínimo da língua inglesa corre o perigo de perder o bonde da história”. (RAJAGOLAPAN, 2005)

“A nova onda de imigração revitalizou o espanhol e, em grau menor, outras línguas no seio dos Estados Unidos. A imigração proveniente do México, da América Central e da maioria das outras regiões da América Latina esmagou demograficamente a população latino- americana que chegara antes dos anos 1970 e que vinha se tornando cada vez mais monolíngue. Cidades médias inteiras (Huntington Park e Santa Ana, na Califórnia do Sul) aparecem como funcionando exclusivamente em espanhol.” (LOPEZ E ESTRADA, A geopolítica do Inglês, p. 58)

O espanhol vem se inserindo, continuamente, em solo norte americano e, para alguns, já é uma possível ameaça à língua inglesa. Em 2008, O Instituto Cervantes, corresponsável pelos avanços de difusão e divulgação da língua e cultura espanhola, dedicou 1.198 páginas, em seu último anuário, ao que vem acontecendo com o espanhol nos Estados Unidos. Tamanha importância fez se concretizar na Enciclopédia del Español en los Estados Unidos. A questão que de início nos

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submete está sobre o valor da língua espanhola. Não resta dúvidas que o espanhol em terra norte americana representará números consideráveis em termos de falantes do idioma. Mesmo com políticas contentivas de imigração, a entrada de imigrantes é uma realidade, principalmente, a de mexicanos e latino americanos. A língua torna-se cada vez mais presente nas regiões de e próximas às fronteiras entre os Estados Unidos e México, como Novo México, Texas, Arizona e Luisiana, e segue uma tendência à interiorização da língua no país. A língua se insere, nesse caso, não pela poder influencial ou pela relevância econômica, política e social dos países de língua espanhola no contexto mundial, mas sim pela imersão da mão de obra barata oriunda, principalmente, dos mexicanos. O valor da língua secundariza e dá lugar ao valor da mão de obra lucrativa, que fortifica a indústria e comércio norte americanos. A invasão hispânica pode acarretar perdas culturais relevantes para os Estados Unidos. Estima-se que o número de falantes de espanhol em solo norte americano passe de, atualmente e aproximadamente, 40 milhões, para, 132 milhões em 2050. O desconhecimento do idioma inglês pelos imigrantes gera efeitos benéficos para a expansão do espanhol, pois renovam a vitalidade da língua no meio da comunidade hispânica e aumenta-se a procura do espanhol como língua estrangeira entre os falantes de inglês, que necessitam se comunicar profissionalmente. Se por um lado existe a possibilidade de abandono da língua espanhola pelos imigrantes, como forma de auto afirmação em solo Estadunidense, adotando, assim, o inglês; por outro, também existe a resistência em renegar suas heranças culturais.

“Hoy día se constata, entre ellos un vivo deseo por preservar y reforzar la cultura en español, legado que se considera como un territorio de afirmación y resistencia. Cuando hablo de afirmación y resistencia, me refiero a la adherencia a uma vision del mundo distintamente hispánica, por contraposición a una anglosajona.

(LAGOS, E. Estados Unidos Hispanos, p. 24)

Entendendo que, futuramente, o espanhol se configurará elemento essencial e fortificado nas relações interpessoais dos EUA, é conveniente fazer duas projeções:

a primeira está em que o inglês e o espanhol se mantenham e tenham que, mesclar suas unidades linguísticas, tornando, assim, o espanhol como uma língua estrangeira importante e de prestígio, e fazendo com que os americanos a aprendam; e a segunda, o espanhol estaciona e deixa de ser falado, mesmo sendo considerada uma língua de prestígio internacional, mas ficando o estigma de língua

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proletariada aos olhos da elite norte americana.

4 A EXPANSÃO DO BRASIL E SUA LÍNGUA

O Brasil consagra um atual bom momento internacional. A comprovação se enumera numa série de acontecimentos e notícias veiculadas em grandes jornais e sites nos últimos tempos. O site ig2, com base em estatísticas da Fundação Getúlio Vargas - FGV, veiculou recentemente que o Brasil é o segundo mercado mais atrativo dos BRICs para capital privado. BRICs é uma sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países que se destacaram mundialmente pelo rápido crescimento das suas economias em desenvolvimento. Em mais uma estatística da FGV, e segundo notícia publicada em maio de 2011, pelo jornal Correio Braziliense3, a pobreza no país diminuiu 67,3% desde o plano Real até 2010. Já o jornal Folha de São Paulo4, em junho de 2011, publicou uma entrevista com o Bilionário americano Sam Zell, com passagem pelo Brasil para investimentos, em que afirmava ser o Brasil a próxima potência mundial. O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, Luis Alberto Moreno, durante o Word Economic Forum on Latin America5, que se realizou no Rio de Janeiro em abril deste ano, afirmou que o Brasil será primeiro mundo em uma década. Segundo ele, se o país mantiver a trajetória de crescimento sustentado, como foi projetado pelo próprio BID, o Brasil pode se tornar primeiro mundo em dez anos, e revelou não haver dúvidas de que este é um grande momento para o Brasil aos olhos do mundo. O Brasil tem um bônus demográfico, fez grandes investimentos em infraestrutura para suportar os eventos esportivos como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, mas precisa investir mais em educação para colocar o país em outro patamar no mundo.

2 Texto disponível em:

http://economia.ig.com.br/mercados/brasil+e+2+mercado+mais+atrativo+dos+brics+para+capital+privado/n 1597040385018.html

3 Texto disponível em:

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2011/05/03/internas_economia,250701/pobreza- no-pais-diminuiu-67-desde-o-plano-real-ate-2010-aponta-fgv.shtml

4 Texto disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/755658-brasil-e-proxima-potencia-mundial- afirma-bilionario-americano.shtml

5 Texto disponível em:

http://economia.ig.com.br/para+presidente+do+bid+brasil+sera+primeiro+mundo+em+uma+decada/n130011 8794339.html

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“O Brasil adotou medidas no passado que garantiram a solidez do sistema financeiro durante a crise”, disse Moreno. “Em 25 anos a América Latina teve 31 crises financeiras. Aqui estão todas as lições.

Portanto não há dúvida de que o Brasil, como a maior economia da região, tem muito a contribuir com um novo pensamento econômico como a voz da América Latina” (Moreno, abril de 2011)

O país precisa aproveitar essas constatações para, por exemplo, expandir sua língua e cultura para, os países vizinhos latino americanos, para os Estados Unidos e, para os outros continentes. A visibilidade político-econômica que usufrui hoje e continuamente, é motivo para se tentar elevar a atratividade pelo país.

Quando entramos na questão linguística do país, assistimos a um impasse. O linguísta Marcos Bagno, em Português ou Brasileiro? Um convite à pesquisa, destacou uma matéria publicada na revista Superinteressante (“Falamos a língua de Cabral?”, abril de 2000, pp. 46-49) sobre a língua portuguesa falada no Brasil.

“Num caso raro da imprensa (que em geral só dá espaço para as manifestações do conservadorismo gramatiqueiro que deploram a

“decadência” e a “ruína” da língua), a revista entrevistou linguistas que trabalham em diversas regiões do país, todos empenhados em projetos de pesquisa científica que visam descrever o português falado no Brasil. Com base em diferentes suportes teóricos, todos eles são unânimes em afirmar que no Brasil, definitivamente, se fala uma língua diferente da falada em Portugal. O linguista indiano Kanavillil Rajagopalan, que trabalha há muitos anos no Brasil, diz que o “português” e o “brasileiro” têm muitas diferenças entre si do que o hindi (falado na Índia) e o urdu (falado no paquistão), que no entanto são reconhecidos politicamente como línguas diferentes.” (BAGNO, 1999, p. 167)

Na citação acima, confere-se que outros linguistas também são convictos na existência de duas línguas: o português de Portugal e o português do Brasil. No livro Preconceito Linguístico, Bagno desmistifica dois mitos que são frequentes no imaginário brasileiro: brasileiro não sabe português e português é muito difícil. O autor considera que esses mitos são reflexos de um complexo de inferioridade, um sentimento de sermos até hoje colônia dependente de um país mais antigo e mais

“civilizado”. O segundo mito anda de mãos dadas com o primeiro. O ensino do português sempre se respaldou na norma gramatical de Portugal. A língua que falamos e escrevemos não corresponde muitas vezes à norma frisada. Destarte, segundo o linguista, acreditam-se ser o português difícil, por estar ligado às regras e conceitos que não significam nada para os brasileiros. Toda essa discussão é antiga

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e permeia os livros do próprio Bagno. É necessário haver uma harmonização da língua para a manutenção de seu futuro. O Brasil, tem potencial capacidade para expandir sua língua, porém, parece não ter forças políticas nesse campo para real efetivação, talvez, por existirem dependências, como a referida neste parágrafo, que a prendam e a impeçam de se difundir.

O português é uma das seis línguas mais faladas no mundo, com mais de 240 milhões de falantes. É língua oficial em oito países. Com esse número de falantes, é incompreensível, que o português não possa ser língua oficial em organizações internacionais. Embora seja uma das mais faladas, é restringida em organismos internacionais e, por exemplo, no contexto da União Européia é, muitas vezes, desconhecida ou confundida com o Espanhol. Segundo um estudo realizado pela Semiocast, uma consultora Francesa, especializada em pesquisa e inteligência de dados, o português se destacou, em fevereiro de 2010, como a terceira língua mais usada no twitter, ficando atrás apenas do inglês e do japonês. Diante disso, constata-se a relevância do Brasil nas redes sociais, e na construção de uma comunicação em rede cada vez mais multilíngue. O monolinguismo, pautado no pragmatismo de que existe a vantagem no uso de uma única língua no meio científico e tecnológico, é naturalmente contraditório, visto ser prejudicial ao progresso da ciência e das línguas.

O Instituto Camões, com sede em Portugal, assegura o ensino e culturas Portuguesas em 72 países. A rede de ensino do Português no Estrangeiro – EPE é constituída por 1.691 docentes e integra cerca de 155.000 alunos. Número este inexpressivo para uma língua potencial. Com a criação do Instituto Internacional da Língua Portuguesa – IILP em 2002, os oito países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) que representam a Comunidade de Países da Língua Portuguesa – CPLP, passaram a gerir e a promover a língua portuguesa, criando um contato mais estreito entre os países membros. O Brasil deveria ter um papel mais referencial na promoção do idioma, pois, trata-se de uma nação cuja importância mundial eleva-se a cada ano.

No entanto, não se visualiza esforços políticos para que isso aconteça. A real integração das entidades e institutos portugueses e brasileiros que tenham como intenção a promoção da língua no estrangeiro, é uma boa medida para alavancar números.

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O Português tem grande possibilidade de se expandir nos países parceiros do Brasil, que fazem parte do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL, e, ainda, nos países que fazem fronteira com o Brasil. Em 5 de agosto de 2005 foi promulgada a Lei nº 11.1616, que instituiu o ensino do espanhol no Brasil como sendo de oferta obrigatória pela escola e de matrícula facultativa para o estudante. As escolas tiveram até o ano de 2010 para adaptarem seus currículos à determinação. Como resposta a este ato do governo brasileiro, a Argentina, por meio de seu Congresso Nacional Argentino, aprovou no dia 17 de dezembro de 2008, a Lei nº 26.4687, que determina a oferta do Português como língua estrangeira em todas as escolas do país. A oferta é obrigatória nas escolas secundárias e, a partir do nível primário, no caso de instituições fronteiriças com o Brasil. Em 2004, Argentina e Brasil firmaram acordo de implementação de um projeto de escolas bilíngues de fronteira, tornando um excelente exemplo de política de defesa de um ensino bilíngue. A obrigatoriedade do ensino das línguas portuguesas e espanhola nos países membros do MERCOSUL, conforme leis aprovadas pelo Brasil e Argentina supracitadas, está mais ligada às funções simbólicas da língua do que a suas funções comunicativas, como elucida Fiorin logo abaixo. É um avanço para a política da língua, poder reverenciar a não restrição ao ensino exclusivo do inglês como língua estrangeira em países latino americanos.

“Uma política linguística diz respeito muito mais às funções simbólicas da língua do que a suas funções comunicativas. Não são as necessidades reais de comunicação que pesam na definição de uma política linguística, mas considerações políticas, sociais, econômicas ou religiosas”. (FIORIN, 2002:110)

Enquanto a política linguística mais abrangente reivindica a promoção das línguas oficiais do bloco MERCOSUL nos países membros, a política linguística para fronteira prevê a promoção do Espanhol e do Português como segunda língua na região fronteiriça. O Brasil possui uma imensa cobertura fronteiriça, e precisa inclinar sua política linguística, não restringindo-a apenas ao MERCOSUL, e sim ampliando a essa ampla área continental que envolve dezenas de países.

A política de uma língua deve ser desenhada, em ações prioritárias e secundárias, de modo que seus executores tornem essa política constante. Os

6 Texto disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11161.htm 7 Texto disponível em:

http://www1.hcdn.gov.ar/dependencias/dsecretaria/Periodo2007/PDF2007/SANCIONES/3982-D-2006.pdf

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esforços devem partir das entidades governamentais, com altos investimentos, e com a colaboração dos profissionais de renome da sociedade, envolvidos com o estudo da língua.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A questão política-linguística no Brasil carece de maior atenção e desenvolvimento, pois conjunto ao crescimento do país, língua e cultura também deveriam seguir esse perfil. O desafio de harmonização da língua portuguesa como plano de sua expansão se transforma em tarefa árdua, diante das possíveis resistências linguísticas. O embate entre a dependência ou independência da língua portuguesa falada no Brasil com a falada em Portugal, além de ser tema de constantes prospecções, não parecem ter fim. Existem constatações sobre as diferenças das duas línguas, mas escassos debates políticos promovidos. A promoção da língua portuguesa (língua e cultura brasileiras) por meio de entidades e institutos criados e geridos pelo Brasil, fixados nos países vizinhos e em países de relevância global, injetaria um ganho de falantes do idioma, inserindo em cada continente o que se fala e o que se passa no Brasil.

O país possui uma área fronteiriça propicia para sua influência geopolítica; e relevantes eventos futuros, a nível mundial, podem elevar sua potencialidade econômica, política e turística. No entanto, carece de altos investimentos em educação, para se refletir tendências, ciência e conhecimento, multiculturalismo, etc.

O MERCOSUL, seria o início de um grande anseio: elevar a língua, comparar as cifras de um plano econômico com os números de falantes do português. O sucesso da geopolítica do inglês se deve, somando tudo, ao reflexo do triunfo político, econômico, cultural dos povos de língua inglesa (LE BRETON, 2005). Desta forma, diante do exposto neste trabalho, é possível visualizar oportunidades para a expansão do Brasil e sua língua no triunfo dessa tríade.

Diante do predomínio da língua inglesa, Rajagopalan (2005) relata diferentes posicionamentos que podem ser tomados frente a língua: sua rejeição sumária, a aceitação pura e simples do inglês, e, ainda, a adoção, como contrapeso, de um outro idioma de grande aceitação ao redor do mundo que possa ser adotado como língua franca. Segundo o linguísta indiano, hoje, os candidatos mais contundentes

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seriam o frânces e o espanhol, que é a segunda língua mais difundida no mundo, depois do inglês. Ademais, a importância dada ao espanhol nos próximos anos, pode trazer benefícios para os brasileiros, que deverão aproveitar a proximidade entre a língua portuguesa e a espanhola, e a facilidade de aprendizagem que esse fato implica.

A Globalização, em ritmo acelerado, expõe as desigualdades dentro e fora dos países que aderiram a esse fenômeno, e requer formulações políticas linguísticas de bom senso. As estratégias, segundo Rajagolapan, diante dos danos culturais sofríveis, devem assumir uma postura realista e exequível, de forma que isso não implique em perdas patrimoniais linguístico-culturais dos povos com menor poderio.

O ideal entre as línguas deve ser cooperativo, e não competitivo, e primar pela expansão linguística, pelo multiculturalismo.

6 REFERÊNCIAS

ALATORRE, A. Los 1001 anõs de la Lengua Española. Fondo de Cultura Económica de España – FCE, 2003.

BAGNO, M. Português ou Brasileiro? Um convite à pesquisa. São Paulo: Parábola Editorial, 2001.

BAGNO, M. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

ENCICLOPEDIA del Español en el mundo. Anuario del Instituto Cervantes. Madrid:

Círculo de Lectores/Plaza Janés, 2006/2007.

ENCICLOPEDIA del Español en los Estados Unidos. Anuario del Instituto Cervantes.

Madrid: Santillana, 2008.

FIORIN, J. L. Considerações em Torno do Projeto de Lei n° 1676/99. In: FARACO, C.

A. (org.) Estrangeirismos: guerras em torno da língua. São Paulo: Parábola Editorial, 2002.

GARCÍA, A. L. Ideologias de la lengua española: realidad y ficción.

LACOSTE, Y. RAJAGOPALAN, K. A geopolítica do Inglês. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

TAMARÓN, M. El peso de la lengua española en el mundo. Fundación Duques de Soria. Secretariado de Publicaciones de la Universidad de Valladolid, 1995.

THOMAZ, K. M, A política Linguística do Projeto Escolas Interculturais Bilíngues de Fronteira do Mercosul: Ensino de Segunda Língua para as Áreas Fronteiriças.

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Revista Línguas e Letras, Paraná, vol. 11, nº 21, 2010.

VALLE, J. La lengua, patria común? Ideas e ideologias del español. Lengua y Sociedad em el Mundo Hispánico. Vervuet-Iberoamericana, 2007.

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