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Rev. Assoc. Med. Bras. vol.50 número2

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Academic year: 2018

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Rev Assoc Med Bras 2004; 50(2): 109-26

116

À

beira do leito

Endométrio superior a 5 mm deve ser sempre investigado, principalmente se não sangrar após o uso de progestógeno1. No

caso presente, a investigação tornou-se ainda mais imperiosa, pois o tamoxifeno responsa-biliza-se por hiperplasias atípicas do métrio, que podem evoluir para câncer endo-metrial. As neoplasias malignas devem ser prevenidas, principalmente por meio de pro-gramas que visem à detecção precoce de lesões precursoras. Neste caso, outra consta-tação interessante foi o achado histeroscópio de atrofia endometrial em paciente cujo ultra-som revelava hiperplasia. O espessamento endometrial detectado na ultra-sonografia transvaginal é achado freqüente em exames de rotina na investigação da cavidade uterina e como menos de 10% desses espessamentos se relacionam ao câncer de endométrio, fica clara a necessidade de um método de triagem que seja pouco invasivo, de fácil acesso, baixo custo e boa sensibilidade2,3.

Daí a inclusão da histeroscopia em asso-ciação à ultra-sonografia transvaginal na ava-liação da cavidade uterina em mulheres após a menopausa.

THOMAS MOSCOVITZ

Referências

1.Cronje HS. Diagnostic hysteroscopy after posmenopausal uterine bleeding. S Afr Med J 1984; 20:773.

2.Dexeus S, Labastida R, Galera L. Onco-logical indications os hysteroscopy. Eur J Gynaecol Oncol 1982; 2:61.

3.Mencaglia L, Perino A: Hysteroscopy in perimenopausal and posmenopausal woman with abnormal uterine bleeding. J Reprod Med 1987; 322:577.

Medicina Baseada em Evidências

DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO

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DE

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ENCEF

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HEPÁTICA

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HEPÁTICA

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A encefalopatia hepática ou porto-sistêmica é uma síndrome clínica muito comum em portadores de doença hepá-tica crônica, acometendo de 50% a 70% dos cirróticos no curso da sua doença. Tem curso flutuante e caráter progressivo se não identificada e tratada adequada-mente. É caracterizada por sinais e sinto-mas neurológicos em portadores de insu-ficiência hepática ou “shunt” porto-sistê-mico e que não podem ser atribuídos a outra causa. Tem graus variáveis de gravi-dade, desde manifestações subclínicas até o estupor e coma profundo. O diagnóstico de encefalopatia hepática é eminente-mente clínico. As manifestações não são específicas; alteração de nível de consci-ência, asterix, hálito hepático e outros sin-tomas neuropsiquiátricos podem estar presentes em uma série de outras patolo-gias que devem ser excluídas. Anteceden-tes de cirrose hepática e encefalopatia hepática prévia ou a presença de um even-to precipitante óbvio, geralmente contri-buem para o diagnóstico, porém, mesmo em hepatopatas, a alteração de nível de consciência pode estar relacionada a ou-tras patologias como eventos vasculares cerebrais ou infecção no sistema nervoso central. Portanto, o diagnóstico de ence-falopatia hepática é geralmente de exclu-são, devendo-se atentar para a presença de sinais e sintomas que sugiram outra etiologia para alteração no nível de

consciência, como déficits focais, alte-ração em pares cranianos ou irritação meníngea. Fatores predisponentes tam-bém auxiliam na suspeita diagnóstica e in-cluem: o aumento da produção de amônia ou da difusão de amônia pela barreira hemato-encefálica (por uremia, hemorra-gia digestiva, infecção, entre outras), o comprometimento da perfusão hepática (por hipovolemia, paracentese), drogas depressoras do sistema nervoso (benzo-diazepínicos, opióides), “shunt" porto-sistêmico (TIPS, cirúrgico) e diminuição da reserva funcional hepática (progressão da hepatopatia, hepatocarcinoma).

Na maioria das vezes, existem fatores precipitantes que obrigatoriamente de-vem ser identificados e tratados para que a encefalopatia seja revertida de forma rápi-da e efetiva. O papel rápi-da propedêutica ar-mada está justamente no auxílio do diag-nóstico diferencial e identificação de fato-res precipitantes. A utilidade da dosagem sérica de amônia é bastante controversa na literatura. Geralmente não é útil, pois entre 20% e 30% dos pacientes com encefalopatia hepática podem apresentar amoninemia normal enquanto níveis séricos elevados não garantem que a etiologia da alteração da consciência tenha relação apenas com a encefalopatia hepá-tica. Enfim, o diagnóstico da encefalopatia hepática à beira do leito é um desafio propedêutico considerável, já que deve-mos levar em consideração não só uma ampla gama de diagnósticos diferenciais, mas também identificar os fatores que in-duziram ao seu desenvolvimento.

LEONARDO ROLIM FERRAZ

LUIZ FRANCISCO POLIDE FIGUEIREDO

Referências

1. Blei AT, Córdoba J. Hepatic encepha-lopathy: Practice Guidelines. Am J Gastroen-terol 2001; 96:1968-76

2. Lizardi-Cervera J, Almeda P, Guevara L, Uribe M. Hepatic encephalopathy: a review. Ann Hepatol. 2003; 2:122-30.

3. Ong JP, Mullen KD. Hepatic encephalo-pathy. Eur J Gastroenterol Hepatol 2001; 13:325-34.

Referências

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